O Ministério da Saúde investirá R$ 165 milhões em pesquisas para melhorar o atendimento no SUS, incluindo estudos sobre estratégias para fixar médicos em áreas carentes, terapia celular e redução do tempo de espera. Os recursos serão destinados a seis editais sobre terapia celular, doenças negligenciadas, gestão do trabalho e educação em saúde.

1. Boletim informativo do Ministério da Saúde Ano 2 nº 72 Abril 2012
SAÚDE INVESTE R$ 165 MILHÕES EM PESQUISAS
PARA APRIMORAR A ASSISTÊNCIA NO SUS
Recursos vão para estudos de estratégia de fixação de médicos, terapia celular, redução do
tempo de espera, gestão do trabalho e educação em saúde, dentre outros
O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 165 milhões em pesquisas
no setor, este ano. Serão publicados seis editais em diferentes áreas: terapia celular,
doenças negligenciadas, gestão do trabalho e educação em saúde, pesquisa clínica,
avaliação de tecnologias e coortes (estudos longitudinais).
O objetivo do Ministério é incentivar pesquisadores de todo o Brasil a encontrar
soluções inovadoras para serem aplicadas no Sistema Único de Saúde (SUS) e aprimorar
o atendimento e a assistência aos usuários da rede pública.
Esta é a hora da virada para nós reduzirmos a dependência tecnológica do Brasil. O lançamento de
pesquisas voltadas para as necessidades da população nos permite sonhar e avançar para consolidar
o Brasil como produtor importante de vacinas, por exemplo
Ministro Alexandre Padilha

2. FIXAÇÃO DE MÉDICOS – Parte dos recursos investidos pelo ministério em 2012 vai para a melhoria da gestão do trabalho
e educação em saúde, uma prioridade para o governo. Serão contempladas pesquisas que visem encontrar soluções para
minimizar a questão da falta de acesso a profissionais de saúde, apontando estratégias inovadoras e efetivas para a fixação
de médicos, enfermeiros e dentistas em locais carentes desses profissionais, com mapeamento dos vazios assistenciais.
REDE DE PESQUISA EM DOENÇAS NEGLIGENCIADAS – O Brasil, que já é considerado líder mundial em pesquisas em doenças
negligenciadas, pretende dar ainda maior atenção à produção de conhecimento nessa área, investindo R$ 20 milhões na criação
de uma Rede, que envolve nove patologias: chagas, dengue, esquistossomose, hanseníase, helmintíases, leishmanioses, malária,
tracoma e tuberculose.
TERAPIA CELULAR – Desses R$ 165 milhões investidos em pesquisas, R$ 15 milhões serão aplicados em terapia celular, ainda este
ano. A maior parte do recurso – R$ 8 milhões – será voltada para concluir a estruturação de oito Centros de Terapia Celular, que
ficarão responsáveis pela produção nacional de pesquisas com células-tronco. Os outros R$ 7 milhões serão aplicados em editais de
pesquisa. Com esta ação, o governo quer ampliar o uso da medicina regenerativa na recuperação de pacientes do Sistema Único
de Saúde (SUS), em tratamentos como regeneração do coração, movimento das articulações, tratamento da esclerose múltipla.
Hoje, grande parte dos insumos utilizados nas pesquisas com células-tronco realizadas no Brasil
é importada. O objetivo desta medida é incentivar a independência tecnológica do País e
proporcionar autonomia produtiva e know how numa das áreas mais inovadoras da saúde
Ministro Alexandre Padilha