Ministério decide reestruturar o setor após diagnóstico de que faltam condições para atender a população

1. Saúde na mídia Brasília, 02 de junho de 2011
O Globo/BR
Ministério da Saúde | Alexandre Padilha
Na Saúde básica, estrutura insuficiente é regra
O PAÍS
Ministério decide reestruturar o setor após diag- cam pela falta de banheiro e salas de observação e de
nóstico de que faltam condições para atender a po- acolhimento. As novas deverão ter, no mínimo, 230
pulação metros quadrados. A Saúde promete ainda realizar
um censo para analisar a falta de equipamentos e o es-
Roberto Maltchik tado de conservação das unidades em uso.
BRASÍLIA.O Ministério da Saúde diagnosticou - Esse diagnóstico só reforça a necessidade de termos
que 75% das 36.800 unidades básicas de saúde (UB- uma grande prioridade para a atenção básica de saúde
Ss) têm infraestrutura insuficiente para o aten- no país. Mostra-nos que temos que investir na re-
dimento à população. O levantamento, confrontado forma e construção de unidades básicas - disse ao
com os problemas da qualidade do acesso ao Sistema GLOBO o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Único de Saúde (SUS ),levou a presidente Dilma
Rousseff a bater o martelo sobre uma proposta para Atendimentos de excelência serão recompensados
reestruturar a atenção básica. Entre as ações pre-
vistas, o aumento de recursos para cidades mais po- Padilha afirma que sua pasta começa a executar ainda
bres, a reforma de postos em situação inadequada e a no segundo semestre o chamado Programa de Cer-
construção de novas unidades. A Saúde também fe- tificação de Qualidade, que receberá R$900 milhões
chou com estados e municípios o plano para só em 2011. O programa voltado à Estratégia de
gratificar quem se propuser a cumprir metas de qua- Saúde da Família - considerada prioritária pelo go-
lidade de atendimento, sujeitas a verificação anual. verno- cria ummecanismo quepoderá até mesmo do-
brar o valor que determinada equipe recebe da União,
A primeira ação será anunciada hoje por Dilma no desde que ocorra uma atendimento de excelência. Pa-
lançamento do plano Brasil Sem Miséria. O governo ra isso, a prefeitura terá que assinar um contrato com
vai elevar em 26% o valor dos repasses do Piso de as metas individualizadas, submetidas a protocolos e
Atenção Básica Fixo para 70% dos municípios mais sob avaliação constante de técnicos contratados junto
pobres do país. O valor passará de R$18,00 para a universidades de todo o país.
R$23,00 por pessoa. As reformas e construções de
novas UBSs também vão priorizar as cidades com Cada equipe poderá ter um reforço de caixa mensal
maior número de pessoas em situação de pobreza ex- de até R$6,5 mil, valor que salta para R$8,5 mil caso
trema e com menor PIB per capita. também ocorra atendimento de saúde bucal. Para is-
so, entretanto, a equipe deverá comprovar a qua-
O governo deve gastar, por ano, R$2,2 bilhões para lidade dos prontuários e se comprometer com
construir cerca de oito mil novas unidades e reformar prioridades do Ministério da Saúde. Por exemplo,
as unidades em situação irregular. A maioria das UB- garantir pré-natal de qualidade e o atendimento de hi-
Ss, de acordo com o diretor do Departamento de pertensos e diabéticos. A Saúde vai entrevistar usuá-
Atenção Básica, Hêider Pinto, não atinge o tamanho rios do SUS para comprovar o cumprimento das
mínimo de 154 metros quadrados. Elas também pe- metas.
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