1) O documento discute modelos de parcerias público-privadas para gestão de serviços de saúde no Brasil, comparando desempenho de hospitais geridos por organizações sociais versus administração direta estadual.
2) Ele apresenta exemplos de parcerias bem-sucedidas no estado de São Paulo, onde organizações sociais gerenciam diversos hospitais sob contrato de gestão com melhores resultados do que a administração direta.
3) O documento defende que a gestão por organizações sociais qualificadas, focada
FGV / IBRE – Modelos de Parcerias Publico Privadas para Gestão de Serviços de Saúde
1. GOVERNANÇA E GESTÃO
Governança e Gestão
Modelos de Parcerias Publico Privadas
para Gestão de Serviços de Saúde
Wladimir Taborda | 2014
seminário
dos hospitais de atendimento público no Brasil
2. Modelos de Parcerias Publico Privadas
para Gestão de Serviços de Saúde
Wladimir Taborda MD, PhD
Universidade Federal de São Paulo
São Paulo, Brasil
3. IDH do Brasil é 0,744 - 79º lugar no ranking mundial com 187 países. (PNUD, 2013)
6º maior mercado privado de saúde do mundo, com receita de R$ 61,5 bilhões
World Health Organization 2009
7º PIB
4. Índice Bloomberg de Eficiência da Saúde (2011)
Ranking País Índice de
Eficiência
o Expectativa de Vida ao Nascer – 60%
o Gasto Anual em Saúde % do PIB - 30%;
o Gasto percapita* anual em saúde - 10%
Ranking
País Índice de
Eficiência
1 Hong Kong 92,6 25 Holanda 48,5
2 Singapura 81,9 26 Venezuela 48,3
3 Japão 74,1 27 Portugal 47,2
4 Israel 68,7 28 Cuba 46,8
5 Espanha 68,3 29 Arábia Saudita 46,0
6 Italia 66,1 30 Alemanha 45,5
7 Austrália 66,0 30 Grécia 45,5
8 Coréia do Sul 65,1 32 Argentina 45,1
9 Suiça 63,1 33 Romenia 44,9
10 Suécia 62,6 34 Bélgica 44,5
11 Líbia 56,8 35 Perú 43,2
12 Emirados Árabes 56,6 36 Eslováquia 41,1
13 Chile 56,2 37 China 38,3
14 Reino Unido 55,7 38 Dinamarca 38,1
15 México 54,9 39 Hungria 38,1
16 Austria 54,4 40 Argélia 37,2
17 Canada 53,4 41 Bulgária 37,0
18 Malásia 52,8 42 Colombia 36,2
19 França 52,3 43 República Dom. 35,3
20 Equador 51,7 44 Turquia 33,4
21 Polônia 50,6 45 Irã 31,5
22 Tailândia 50,2 46 Estados Unidos 30,8
23 Finlândia 49,5 47 Servia 27,2
24 Rep, Tcheca 48,9 48 Brasil 17,4
5. No Brasil a assistência à saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado
Reforma Constitucional e criação do SUS, 1988.
Municípios são responsáveis pela rede de atenção básica – 15%
Estado assumem os serviços de alta complexidade – 12%
Governo Federal financia, promove e regula o SUS – valor ano anterior + variação PIB
HOSPITAIS DIRETAMENTE ADMINISTRADOS
Limitação de recursos financeiros
Politica inadequada para gestão de Recursos Humanos
Desenho organizacional inapropriado
Inadequada informação sobre custos e sobre serviços prestados
Processos administrativos lentos e burocráticos
Interferência politica no dia a dia do hospital
O Setor de Saúde absorve
cerca de 8% do PIB do Brasil!
Regulamentação da EC 29 (2012) não garantiu mais recursos para a saúde .
Estima-se a necessidade de ao menos R$ 150 bilhões por ano de recursos federais para o SUS.
6. Diferentes modelos de gestão do SUS e Integração Público Privado
ESTADO SOCIEDADE
Regime Jurídico de Direito Público Regime Jurídico de Direito Privado
Administração Pública Sociedade civil
Administração Direta
Autarquia
Fundação Direito Público
Sociedade Anônima
Organizações Sociais
OSCIP
Empresa Pública
Consórcio Público
Adaptado de V.Salgado 2009
Entidades do 3º setor
Consórcio Dir. Privado
Parceria Publico Privada
Hospitais Privados Total 4.548
Hospitais Privados Lucrativos 2.637
Hospitais Privados Filantrópicos 1.911
Hospitais Públicos Total 2.142
Municipais 1.517
Estaduais 470
Federais 57
Hospitais de Ensino 98
Fonte: CNES/MS 04/2012
Fundação de Apoio
OSCIP
Consórcio Dir. Privado
11. Oportunidades de atuação como Organização Social
• Cumprir a sua missão institucional
• Manter o CBAS e certificado de filantropia
• Benefícios Fiscais (INSS, PIS/PASEP, COFINS, CSLL, IR)
• Remuneração de pessoal, gerentes, especialistas
• Especialização e rotatividade de Recursos Humanos
• Ganhos em escala econômica, inovação tecnológica
• Gestão voltada para resultados e qualidade
• Parceria Governamental
• Reconhecimento do mercado
CNPJ Matriz e Filiais – O conjunto de estabelecimentos da unidade é constituído por matriz e
filial da mesma raiz de CNPJ, modificada pelo numero sequencial
12. Primeiros hospitais sob Contrato de Gestão no Estado de São Paulo
Hosp. de Itaquaquecetuba
Hosp. de Guarulhos
Hosp. de Carapicuíba
Hosp.Itapecerica da Serra
Hosp. Pirajussara (Taboão da Serra)
Hosp.Itapevi
Hosp. Diadema
Hosp.Itaim Pta.
Hosp. Pedreira
Hosp. Grajaú
Hosp.Sto.André
Hosp.Vila Alpina
LC 846 de 04.06.1998 - Gestão Mário Covas
DIR- III - MOGI DAS CRUZES
1
DIR V - OSASCO
DIR- I - CAPITAL
DIR- II - SANTO ANDRÉ
Itaim 08.98
Pedreira 12.98
Grajaú 01.99
Itapecerica 03.99
Carapicuíba 03.99
Pirajussara 04.99
Itaquaquecetuba 03.00
Guarulhos 04.00
Diadema 10.00
Vila Alpina 02.01
Sto. André 11.01
13. 1º Maio de 1999
2º trimestre de 2012
Leitos Operacionais 265
Nº de funcionários 1.224
Nº de Enfermeiros 104
Nº de Médicos 275
Funcionário/Leito 4,62
Enfermeiro/Leito 0,39
Taxa de Ocupação %) 84,18
Tempo Médio Permanência (dias) 4,70
Taxa de Cesárea Global (%) 28,25
Taxa de Cesárea Primipara (%) 29,53
Saídas hospitalares 4.321
Atendimentos de Urgência 64.999
Despesa Operacional (R$) 28.051.297,37
RH em regime CLT (%) 57,00
Serviços de terceiros (%) 29,00
2002 Certificação ISO 9001:2000 AEJP
2004 Balanced Score Card / Mérito da Saúde ALESP
2005 Certificação Qualidade ONA II
2008 Hospital Amigo do Meio Ambiente – SES/SP
2009 5º melhor hospital do Estado – SES/SP
Premio Prata PNGS – CQH
2010 Premio Nacional de Gestão em Saúde - Ouro
14. 2004 Organização
Social (12)
Administração Direta
Estadual (10)
Diferença %
Media de altas por leito/ano 60 46 30,4
Taxa de Ocupação % 80,9 72,1 12,2
Tempo Médio de Permanência (dias) 3,3 5,2 -36,5
Taxa de Cesariana % 25,5 77,1 -66,9
Relação Funcionário/leito 4,2 4,4 -4,5
Relação Enfermeiro/leito 0,33 0,28 17,9
Horas médicas/total h 3,6 5,1 -29,9
Custo médio por paciente R$ 3.300 3.600 -8,3
Custo médio de diária UTI R$ 978 1.197 -18,3
La Forgia and Cuttolenc (2008) Hospital Performance in Brazil: The search for excellence
The World Bank Washington DC 2008
23. Contrato de Gestão
Ajuste de Pagamento por atividade
Hospitalização – Ambulatório - SADT
PRODUÇÃO EFEITO
Acima do contratado
Entre 85% e 100%
Entre 70% e 84,99% abaixo
Nenhum
Nenhum
90% do peso da atividade
Inferior a 70% do contratado 70% do peso da atividade
24. Desempenho de hospitais gerenciados por Organizações Sociais - 2013
Resultado financeiro
positivo
Liquidez abaixo da média
Resultado financeiro
positivo
Liquidez acima a média
Resultado financeiro
negativo
Liquidez acima da média
Resultado financeiro
negativo
Liquidez abaixo da média
Financeiro
Resultado operacional/Receita Total
Liquidez
Ativos Totais/Passivos Totais
F Cammarota e col. 2013 – Gestão econômico-financeira e flexibilidades contratuais das unidades de saúde gerenciadas
por Organizações Sociais no Estado de São Paulo. VI Congresso CONSAD Gestão Pública, Brasilia,/DF, abril 2013
25. F Cammarota e col. 2013 – Gestão econômico-financeira e flexibilidades contratuais das unidades de saúde gerenciadas
por Organizações Sociais no Estado de São Paulo. VI Congresso CONSAD Gestão Pública, Brasilia,/DF, abril 2013
27. Case Pernambuco 2008 - 2013
Planejamento do Hospital Metropolitano Norte + 3 UPA
População de referência 1.089.160 pessoas
Obra entregue em outubro 2009
• Perfil assistencial – 150 leitos
• Urgência referenciada exclusiva – SAMU
• Clinica Médica e Cirúrgica
• Trauma e Ortopedia
• UTI adulto / pediátrica
• Não atende Pediatria (apenas acidentes)
04 Salas de Cirurgia: Sendo 02 equipadas com videolaparoscopia , 01 com arco cirúrgico e 01 para infectados.
FONTE: PDR / Superintendência de Planejamento / SES-PE, 2009
1. Gerenciamento por Organização Social
2. Desafogar grandes emergências Recife
3. Receber pacientes da UPA
Hospital Miguel Arraes foi inaugurado em 15 dez 2009
29. Resultados 2011
HOSPITAIS Total Média Mês
Hospital Miguel Arraes 22.681 1.890
Hospital Dom Helder Câmara 24.100 2.008
Hospital Dom Malan 81.326 6.777
Total - Hospitais 128.107 10.676
UNIDADES PRONTO ATENDIMENTO
Barra de Jangada 121.874 10.156
Cabo de Santo Agostinho 43.385 3.944
Caruaru 136.198 11.350
Caxangá 133.525 11.127
Curado 169.633 14.136
Engenho Velho 110.257 9.188
Ibura 138.851 13.885
Igarassu 117.592 9.799
Imbiribeira 153.117 12.760
Nova Descoberta 115.612 10.510
Olinda 132.609 11.051
Paulista 98.659 8.222
São Lourenço da Mata 107.167 8.931
Torrões 140.989 11.749
Total - UPA 1.719.468 143.289
Total Geral 1.847.575 153.965
Case Pernambuco 2008 - 2013
Consolidação
1.8 milhões de consultas Urgência /ano
Hierarquização do Atendimento
Referência para hospitais
Inauguração da primeira UPA em Pernambuco
Gerenciamento OSS/FMF IMIP
Olinda, 4 janeiro 2010
Fonte: Relatório de Execução OSS / Janeiro a Dezembro de 2011 SES PE/ DGMMAS