SlideShare uma empresa Scribd logo
QUALIDADE DO AR INTERIOR
Susana Daniel
Maio de 2012
Unidade Curricular de Ecologia da Saúde
Artigo: “Poluição dos Ambientes Fechados ou Poluição In-door”,
Autor: Luca Beltrami Gadola (presidente do Consórcio Indoor Air Quality – Itália)
Publicação: Ambiente Urbano – Contribuições de Peritos. Comissão
das Comunidades Europeias – Direcção Geral Ambiente, Segurança
Nuclear e Protecção Civil. 1991. Bruxelas. pp 59-66.
(disponível em http://www.youscribe.com/catalogue/rapports-et-theses/savoirs/science-de-la-nature/contribuicoes-de-peritos-1282943)
Organização do artigo:
- Definição da poluição indoor
- Origens e descoberta do fenómeno
- Análises do ar interior
- Fontes de poluição indoor
- As dimensões do problema
- O que se faz a nível mundial
Poluição do ar interior é (de acordo com o autor):
“uma forma particular de poluição que tem a ver com o ar, mais
genericamente, com o ambiente de lugares fechados, onde se
desenvolvem actividades humanas, mesmo de carácter lúdico ou de
repouso”. Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
De um modo geral, as comunidades reconhecem que a poluição do ar
exterior tem graves efeito na saúde…
Contudo não se verifica a mesma sensibilização relativamente à
poluição do ar interior.
A poluição do ar interior surgiu com a primeiras ocupações
urbanas…
Antiga Roma:
existem inúmeras referências de autores latinos citando os problemas
com que se defrontavam os habitantes das “insulae”;
1600 a 1800:
habitações de Londres e Paris – raquitismo.
Época contemporânea:
mais estudos após a crise petrolífera da década de 70.
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
O aumento do preço do petróleo, levou os países industrializados a emitir normas
para contenção dos consumos energéticos, nomeadamente no
aquecimento dos imóveis: (Portugal: Certificado Energético e de QAI, desde 2007/2009)
 Aumentando o poder isolador das paredes exteriores, das
coberturas e das paredes divisórias, para reduzir as perdas por
condução;
 Melhorando a capacidade isoladora de portas e janelas, para reduzir
as perdas por convecção ou simples dispersão.
As 1.as Análises de Qualidade do Ar Interior, foram efectuadas, no fim da
década de 70, nos EUA, Canadá e Europa do Norte.
O ar interior de alguns edifícios revelou-se mais tóxico do que o ar exterior.
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
Fontes Agentes Poluentes
Exterior óxidos de enxofre, pólenes, hidrocarbonetos
Interior formaldeído, amianto, substâncias orgânicas (produtos de
limpeza), substâncias alergénicas (poeiras e pelos de
animais), bactérias (legionella) e fungos
Indiferenciada óxidos de azoto, monóxido de carbono, dióxido de carbono,
radão
Qualidade do Ar Interior (QAI) não tem uma definição
simples…
É um conceito complexo que integra diversos agentes e interacções
de factores que afectam o tipo, o nível e a importância dos poluentes do
ambiente interior…
• fontes emissoras dos poluentes;
• o desenho, montagem e manutenção dos sistemas AVAC;
• a humidade;
• e a susceptibilidade dos ocupantes.
Segundo a OMS, uma QAI aceitável significa que “a natureza física e
química do ar interior que é respirado pelos ocupantes de um edifício
produz um completo bem-estar, mental, físico e social, não podendo
provocar absentismo, doenças e debilidades”.(www.who.int)
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
A importância das interacções do ambiente na saúde do indivíduo
e das populações têm vindo a ser reconhecidas nas últimas décadas.
Na perspectiva actual de saúde (equilíbrio do indivíduo consigo e
com o ambiente envolvente) são identificados vários factores
determinantes, com destaque para:
• as características biológicas (genéticas) do indivíduo,
•o seu estilo de vida,
•a organização dos serviços de saúde, e
•o ambiente (natural ou humanizado que o rodeia).
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
80 a 90 % do
nosso tempo é
passado no
interior de
edifícios:
Habitação, escola, creches,
escritórios, centros comerciais,…
A QAI
é
fundamental
para a
salvaguarda
da saúde
da população
Cada pessoa inala em médio 15 000 litros de ar/dia
Os grupos populacionais mais susceptíveis de sofrer efeitos
adversos na saúde relacionados com a exposição a contaminantes
ambientais (biológicos/não biológicos) são:
 As crianças, uma vez que o seu sistema imunitário não está
totalmente desenvolvido e estão expostos a doses superiores aos
adultos;
 Os idosos, pois são mais susceptíveis e sofrem de várias doenças
crónicas;
 A população com doenças respiratórias crónicas (asma, rinite
alérgica, entre outras).
Uma má QAI pode causar…
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
A curto prazo (SED) A longo prazo
Dores de cabeça, náuseas,
irritação das mucosas, bronquite,
gripe, pneumonia, conjuntivites
Problemas imunológicos, problemas do
sistema nervoso, defeitos congénitos,
dificuldades reprodutivas, cancro
Mais e metade da população mundial (52%) utiliza combustíveis
sólidos para cozinhar e aquecer as suas casas (OMS, 2002).
Cerca de 3 000 000 (três milhões) de pessoas morrem, por ano,
prematuramente de doenças atribuíveis à poluição do ar
interior, devido ao uso de combustíveis sólidos (OMS, 2006).
• 54 % doença pulmonar obstrutiva crónica;
• 44 % de pneumonia;
• 2 % cancro no pulmão.
Mortes devido à poluição do ar interior/milhão
(fonte: World Health Report, 2002, dados de 2000)
Cerca de 50% das mortes por pneumonia em crianças, menores de
5 anos, são devida à inalação de partículas poluentes do ar
interior (OMS, 2006).
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
Autoridades e cientistas estão cada vez mais atentos à
problemática QAI, esta é cada vez mais objecto de estudos da saúde
e da ciência.
A OMS possui um Programa de Poluição do Ar Interior para
apoiar os países em desenvolvimento (pesquisa e avaliação,
construção, linhas estratégicas de políticas de saúde).
Embora a QAI envolva múltiplos actores e vários níveis de
governação, é possível estabelecer incentivos económicos para
conseguir ambientes mais saudáveis.
O uso de tecnologias mais limpas (biogás, solar, gpl), em vez do
uso dos combustíveis fósseis, pode potencialmente reduzir os níveis de
poluição do ar interior, minimizando os impactos na saúde das
populações.
É importante investir na educação e na divulgação de informação
sobre os riscos para a saúde pública associados à QAI.
Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
Principal Bibliografia de Suporte
 Almeida, Mário Morais de. 2012. Importância da QAI nas doenças alérgicas.
Seminário Qualidade do Ar Interior em Espaços Públicos - Gestão, Avaliação e
Impacto na Saúde Humana. 8 de Fevereiro. (comunicação consultado em Abril de
2012, disponível em http://www.idad.ua.pt/ReadObject.aspx?obj=22407)
 Decreto-lei n.º 79/2006, de 4 de Abril. Regulamento dos Sistemas Energéticos de
Climatização dos Edifícios. Diário da República n.º 67/2006. I Série-A. Ministério
das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
 Pinto, Manuel et al. 2007. Qualidade do Ambiente Interior em Edifícios de
Habitação. – Destaque Eficiência Energética nos Edifícios. Engenharia e Vida, n.º
38, pp. 34 – 43.
 World Health Organization. 2010. Selected Pollutants: Guidelines for Indoor Air
Quality. Alemanha.
 World Health Organization. 2006. Fuel for Life: Household Energy and Health.
França.
QUALIDADE DO AR INTERIOR
Susana Daniel
Maio de 2012
Unidade Curricular de Ecologia da Saúde

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Manual de ergonomia
Manual de ergonomiaManual de ergonomia
Manual de ergonomia
Hospital da Restauração
 
Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.
Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.
Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.
Alfredo Brito
 
O uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativasO uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativas
Mirelly Melo
 
Dependências
DependênciasDependências
Higiene e segurança no trabalho
Higiene e segurança no trabalhoHigiene e segurança no trabalho
Higiene e segurança no trabalho
MiguelCarapinha94
 
Drogas psicotropicas
Drogas psicotropicasDrogas psicotropicas
Drogas psicotropicas
Enzo Berger
 
A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...
A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...
A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...
Alcinda Almeida
 
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).pptaula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
SANDRAREIS96
 
Aula 001 Risco Químico
Aula 001 Risco QuímicoAula 001 Risco Químico
Aula 001 Risco Químico
Alexandre Batista de Almeida
 
Postura No Computador
Postura No ComputadorPostura No Computador
Postura No Computador
lidia76
 
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
carlossilva333486
 
Leis de jogo
Leis de jogoLeis de jogo
Leis de jogo
Vitor Henriques
 
Causas Das AlteraçõEs ClimáTicas
Causas Das AlteraçõEs ClimáTicasCausas Das AlteraçõEs ClimáTicas
Causas Das AlteraçõEs ClimáTicas
Emília Cabral
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Trabalho de Equipa em Intervenção Precoce
Trabalho de Equipa em Intervenção PrecoceTrabalho de Equipa em Intervenção Precoce
Trabalho de Equipa em Intervenção Precoce
Joaquim Colôa
 
Segunda Aula De Handebol
Segunda Aula De HandebolSegunda Aula De Handebol
Segunda Aula De Handebol
caduroots
 
Ambiente térmico
Ambiente térmicoAmbiente térmico
Ambiente térmico
Maria Dias
 
Risco Fisico : Umidade
Risco Fisico : UmidadeRisco Fisico : Umidade
Risco Fisico : Umidade
Senac São Paulo
 
Drogas e alcool
Drogas e alcool Drogas e alcool
Drogas e alcool
Dr.Marcelinho Correia
 
A importância da higiene para a saúde
A importância da higiene para a saúdeA importância da higiene para a saúde
A importância da higiene para a saúde
Os Sabichões
 

Mais procurados (20)

Manual de ergonomia
Manual de ergonomiaManual de ergonomia
Manual de ergonomia
 
Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.
Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.
Nr 09 ppra - programa de prevenção de riscos ambientais.
 
O uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativasO uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativas
 
Dependências
DependênciasDependências
Dependências
 
Higiene e segurança no trabalho
Higiene e segurança no trabalhoHigiene e segurança no trabalho
Higiene e segurança no trabalho
 
Drogas psicotropicas
Drogas psicotropicasDrogas psicotropicas
Drogas psicotropicas
 
A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...
A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...
A dislexia no pré escolar prevenir-nos 1º e 2º ciclos-intervir_nos 3º ciclo e...
 
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).pptaula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
 
Aula 001 Risco Químico
Aula 001 Risco QuímicoAula 001 Risco Químico
Aula 001 Risco Químico
 
Postura No Computador
Postura No ComputadorPostura No Computador
Postura No Computador
 
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
 
Leis de jogo
Leis de jogoLeis de jogo
Leis de jogo
 
Causas Das AlteraçõEs ClimáTicas
Causas Das AlteraçõEs ClimáTicasCausas Das AlteraçõEs ClimáTicas
Causas Das AlteraçõEs ClimáTicas
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Trabalho de Equipa em Intervenção Precoce
Trabalho de Equipa em Intervenção PrecoceTrabalho de Equipa em Intervenção Precoce
Trabalho de Equipa em Intervenção Precoce
 
Segunda Aula De Handebol
Segunda Aula De HandebolSegunda Aula De Handebol
Segunda Aula De Handebol
 
Ambiente térmico
Ambiente térmicoAmbiente térmico
Ambiente térmico
 
Risco Fisico : Umidade
Risco Fisico : UmidadeRisco Fisico : Umidade
Risco Fisico : Umidade
 
Drogas e alcool
Drogas e alcool Drogas e alcool
Drogas e alcool
 
A importância da higiene para a saúde
A importância da higiene para a saúdeA importância da higiene para a saúde
A importância da higiene para a saúde
 

Destaque

Gestão da qualidade do ar gestão ambiental - victoria e daniel
Gestão da qualidade do ar   gestão ambiental - victoria e danielGestão da qualidade do ar   gestão ambiental - victoria e daniel
Gestão da qualidade do ar gestão ambiental - victoria e daniel
victoriamclaro
 
A PoluiçãO Do Ar
A PoluiçãO Do ArA PoluiçãO Do Ar
A PoluiçãO Do Ar
ekanhoca
 
Emissão atmosférica x qualidade do ar
Emissão atmosférica x qualidade do arEmissão atmosférica x qualidade do ar
Emissão atmosférica x qualidade do ar
Vereador Serjão
 
Aula 4 Indicadores Da Qualidade Do Ar
Aula 4   Indicadores Da Qualidade Do ArAula 4   Indicadores Da Qualidade Do Ar
Aula 4 Indicadores Da Qualidade Do Ar
Paulo Souza
 
Tecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial de RevestimentoTecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial de Revestimento
Lucas_Cabral
 
Balanço de Energia na Terra
Balanço de Energia na TerraBalanço de Energia na Terra
Balanço de Energia na Terra
Pibid Física
 
Tecido epitelial 2009.2 - prof kercia
Tecido epitelial   2009.2 - prof kerciaTecido epitelial   2009.2 - prof kercia
Tecido epitelial 2009.2 - prof kercia
Kercia Regina
 
Tecido epitelial
Tecido epitelialTecido epitelial
Tecido epitelial
Caio Maximino
 
Aula 1 de Histologia : Epitélio
Aula 1 de Histologia : Epitélio Aula 1 de Histologia : Epitélio
Aula 1 de Histologia : Epitélio
Julia Berardo
 
Tecido epitelial
Tecido epitelialTecido epitelial
Tecido epitelial
letyap
 
Poluição do ar ( slide) apresentação
 Poluição do ar ( slide) apresentação Poluição do ar ( slide) apresentação
Poluição do ar ( slide) apresentação
JJRBOL
 

Destaque (11)

Gestão da qualidade do ar gestão ambiental - victoria e daniel
Gestão da qualidade do ar   gestão ambiental - victoria e danielGestão da qualidade do ar   gestão ambiental - victoria e daniel
Gestão da qualidade do ar gestão ambiental - victoria e daniel
 
A PoluiçãO Do Ar
A PoluiçãO Do ArA PoluiçãO Do Ar
A PoluiçãO Do Ar
 
Emissão atmosférica x qualidade do ar
Emissão atmosférica x qualidade do arEmissão atmosférica x qualidade do ar
Emissão atmosférica x qualidade do ar
 
Aula 4 Indicadores Da Qualidade Do Ar
Aula 4   Indicadores Da Qualidade Do ArAula 4   Indicadores Da Qualidade Do Ar
Aula 4 Indicadores Da Qualidade Do Ar
 
Tecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial de RevestimentoTecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial de Revestimento
 
Balanço de Energia na Terra
Balanço de Energia na TerraBalanço de Energia na Terra
Balanço de Energia na Terra
 
Tecido epitelial 2009.2 - prof kercia
Tecido epitelial   2009.2 - prof kerciaTecido epitelial   2009.2 - prof kercia
Tecido epitelial 2009.2 - prof kercia
 
Tecido epitelial
Tecido epitelialTecido epitelial
Tecido epitelial
 
Aula 1 de Histologia : Epitélio
Aula 1 de Histologia : Epitélio Aula 1 de Histologia : Epitélio
Aula 1 de Histologia : Epitélio
 
Tecido epitelial
Tecido epitelialTecido epitelial
Tecido epitelial
 
Poluição do ar ( slide) apresentação
 Poluição do ar ( slide) apresentação Poluição do ar ( slide) apresentação
Poluição do ar ( slide) apresentação
 

Semelhante a Qualidade do Ar Interior

Trabalho escrito
Trabalho escritoTrabalho escrito
Trabalho escrito
Nina Melodia
 
Aula sobre educação ambiental
Aula sobre educação ambientalAula sobre educação ambiental
Aula sobre educação ambiental
Sonho Decriança
 
Cartilha poluicao - quimica
Cartilha poluicao - quimicaCartilha poluicao - quimica
Cartilha poluicao - quimica
Vinicius Moreira
 
Ecodesign americo cti_maio_2010
Ecodesign americo cti_maio_2010Ecodesign americo cti_maio_2010
Ecodesign americo cti_maio_2010
grupogaia
 
A importância das auditorias ambientais nas empresas
A importância das auditorias ambientais nas empresasA importância das auditorias ambientais nas empresas
A importância das auditorias ambientais nas empresas
Universidade Federal Fluminense
 
Problemas ambientais 1
Problemas ambientais 1Problemas ambientais 1
Problemas ambientais 1
aqmedeiros
 
GESTÃO AMBIENTAL
GESTÃO AMBIENTALGESTÃO AMBIENTAL
GESTÃO AMBIENTAL
Filipa Andrade
 
Saneamento Ambiental Trabalho
Saneamento Ambiental  TrabalhoSaneamento Ambiental  Trabalho
Saneamento Ambiental Trabalho
Maria de Fatima Sakamoto
 
Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...
Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...
Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...
gomezzeduardo88
 
Gestoambiental 111126115822-phpapp01
Gestoambiental 111126115822-phpapp01Gestoambiental 111126115822-phpapp01
Gestoambiental 111126115822-phpapp01
Adonias Paulo da Silva
 
Ecologia
EcologiaEcologia
energias e meio ambiente
energias e meio ambiente energias e meio ambiente
energias e meio ambiente
SimoneTeresa
 
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptxProdutoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptx
DeyvidDacoregio
 
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptxProdutoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptx
DeyvidDacoregio
 
Results ON Day - Como deixar sua empresa mais verde
Results ON Day - Como deixar sua empresa mais verdeResults ON Day - Como deixar sua empresa mais verde
Results ON Day - Como deixar sua empresa mais verde
rafaelbucco
 
29 09 09_artigo_6
29 09 09_artigo_629 09 09_artigo_6
29 09 09_artigo_6
Willian Dias da Cruz
 
Poluição atmosférica apresentação blog
Poluição atmosférica   apresentação blogPoluição atmosférica   apresentação blog
Poluição atmosférica apresentação blog
Giselepriva
 
Projeto final Módulo básico
Projeto final Módulo básicoProjeto final Módulo básico
Projeto final Módulo básico
Marta Durão Nunes
 
Controle e Prevenção dos Processos de Poluição Ambiental
Controle e Prevenção dos Processos de Poluição AmbientalControle e Prevenção dos Processos de Poluição Ambiental
Controle e Prevenção dos Processos de Poluição Ambiental
UN Joint Office of UNDP, UNFPA and UNICEF (Environment Energy and Disaster Prevention Unit)
 
GestaoAmbiental1 (2).ppt
GestaoAmbiental1 (2).pptGestaoAmbiental1 (2).ppt
GestaoAmbiental1 (2).ppt
CemeiLuminrias
 

Semelhante a Qualidade do Ar Interior (20)

Trabalho escrito
Trabalho escritoTrabalho escrito
Trabalho escrito
 
Aula sobre educação ambiental
Aula sobre educação ambientalAula sobre educação ambiental
Aula sobre educação ambiental
 
Cartilha poluicao - quimica
Cartilha poluicao - quimicaCartilha poluicao - quimica
Cartilha poluicao - quimica
 
Ecodesign americo cti_maio_2010
Ecodesign americo cti_maio_2010Ecodesign americo cti_maio_2010
Ecodesign americo cti_maio_2010
 
A importância das auditorias ambientais nas empresas
A importância das auditorias ambientais nas empresasA importância das auditorias ambientais nas empresas
A importância das auditorias ambientais nas empresas
 
Problemas ambientais 1
Problemas ambientais 1Problemas ambientais 1
Problemas ambientais 1
 
GESTÃO AMBIENTAL
GESTÃO AMBIENTALGESTÃO AMBIENTAL
GESTÃO AMBIENTAL
 
Saneamento Ambiental Trabalho
Saneamento Ambiental  TrabalhoSaneamento Ambiental  Trabalho
Saneamento Ambiental Trabalho
 
Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...
Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...
Aula 01- A evolucao da questao ambiental e suas repercussoes no ambiente empr...
 
Gestoambiental 111126115822-phpapp01
Gestoambiental 111126115822-phpapp01Gestoambiental 111126115822-phpapp01
Gestoambiental 111126115822-phpapp01
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
energias e meio ambiente
energias e meio ambiente energias e meio ambiente
energias e meio ambiente
 
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptxProdutoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2).pptx
 
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptxProdutoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptx
Produtoeducacional_FlexQuestTermoquímica_Silva_2015(2) (1).pptx
 
Results ON Day - Como deixar sua empresa mais verde
Results ON Day - Como deixar sua empresa mais verdeResults ON Day - Como deixar sua empresa mais verde
Results ON Day - Como deixar sua empresa mais verde
 
29 09 09_artigo_6
29 09 09_artigo_629 09 09_artigo_6
29 09 09_artigo_6
 
Poluição atmosférica apresentação blog
Poluição atmosférica   apresentação blogPoluição atmosférica   apresentação blog
Poluição atmosférica apresentação blog
 
Projeto final Módulo básico
Projeto final Módulo básicoProjeto final Módulo básico
Projeto final Módulo básico
 
Controle e Prevenção dos Processos de Poluição Ambiental
Controle e Prevenção dos Processos de Poluição AmbientalControle e Prevenção dos Processos de Poluição Ambiental
Controle e Prevenção dos Processos de Poluição Ambiental
 
GestaoAmbiental1 (2).ppt
GestaoAmbiental1 (2).pptGestaoAmbiental1 (2).ppt
GestaoAmbiental1 (2).ppt
 

Último

AULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptx
AULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptxAULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptx
AULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptx
DiegoFernandes857616
 
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
BeatrizLittig1
 
Historia de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagem
Historia de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagemHistoria de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagem
Historia de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagem
sidneyjmg
 
Principios do treinamento desportivo. Ed Física
Principios do treinamento desportivo. Ed FísicaPrincipios do treinamento desportivo. Ed Física
Principios do treinamento desportivo. Ed Física
AllanNovais4
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
jhordana1
 
643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx
643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx
643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx
SusanaMatos22
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
Cartilha Digital exercícios para OMBRO.pdf
Cartilha Digital exercícios para OMBRO.pdfCartilha Digital exercícios para OMBRO.pdf
Cartilha Digital exercícios para OMBRO.pdf
Camila Lorranna
 
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na Enfermagem
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na EnfermagemMICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na Enfermagem
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na Enfermagem
sidneyjmg
 
Pompoarismo - uma abordagem para a saúde
Pompoarismo - uma abordagem para a saúdePompoarismo - uma abordagem para a saúde
Pompoarismo - uma abordagem para a saúde
FernandaCastro768379
 
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
jhordana1
 
doenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptx
doenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptxdoenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptx
doenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptx
ccursog
 

Último (12)

AULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptx
AULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptxAULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptx
AULA BANHO NO LEITO DE ENFERMAGEM...pptx
 
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
 
Historia de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagem
Historia de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagemHistoria de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagem
Historia de FLORENCE NIGHTINGALE na enfermagem
 
Principios do treinamento desportivo. Ed Física
Principios do treinamento desportivo. Ed FísicaPrincipios do treinamento desportivo. Ed Física
Principios do treinamento desportivo. Ed Física
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
 
643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx
643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx
643727227-7233-Afetvidade-e-sexualidade-das-pessoas-com-deficie-ncia-mental.pptx
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
Cartilha Digital exercícios para OMBRO.pdf
Cartilha Digital exercícios para OMBRO.pdfCartilha Digital exercícios para OMBRO.pdf
Cartilha Digital exercícios para OMBRO.pdf
 
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na Enfermagem
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na EnfermagemMICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na Enfermagem
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA na Enfermagem
 
Pompoarismo - uma abordagem para a saúde
Pompoarismo - uma abordagem para a saúdePompoarismo - uma abordagem para a saúde
Pompoarismo - uma abordagem para a saúde
 
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
 
doenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptx
doenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptxdoenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptx
doenças transmitidas pelas arboviroses ARBOVIROSES - GALGON.pptx
 

Qualidade do Ar Interior

  • 1. QUALIDADE DO AR INTERIOR Susana Daniel Maio de 2012 Unidade Curricular de Ecologia da Saúde
  • 2. Artigo: “Poluição dos Ambientes Fechados ou Poluição In-door”, Autor: Luca Beltrami Gadola (presidente do Consórcio Indoor Air Quality – Itália) Publicação: Ambiente Urbano – Contribuições de Peritos. Comissão das Comunidades Europeias – Direcção Geral Ambiente, Segurança Nuclear e Protecção Civil. 1991. Bruxelas. pp 59-66. (disponível em http://www.youscribe.com/catalogue/rapports-et-theses/savoirs/science-de-la-nature/contribuicoes-de-peritos-1282943) Organização do artigo: - Definição da poluição indoor - Origens e descoberta do fenómeno - Análises do ar interior - Fontes de poluição indoor - As dimensões do problema - O que se faz a nível mundial Poluição do ar interior é (de acordo com o autor): “uma forma particular de poluição que tem a ver com o ar, mais genericamente, com o ambiente de lugares fechados, onde se desenvolvem actividades humanas, mesmo de carácter lúdico ou de repouso”. Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
  • 3. De um modo geral, as comunidades reconhecem que a poluição do ar exterior tem graves efeito na saúde… Contudo não se verifica a mesma sensibilização relativamente à poluição do ar interior. A poluição do ar interior surgiu com a primeiras ocupações urbanas… Antiga Roma: existem inúmeras referências de autores latinos citando os problemas com que se defrontavam os habitantes das “insulae”; 1600 a 1800: habitações de Londres e Paris – raquitismo. Época contemporânea: mais estudos após a crise petrolífera da década de 70. Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
  • 4. O aumento do preço do petróleo, levou os países industrializados a emitir normas para contenção dos consumos energéticos, nomeadamente no aquecimento dos imóveis: (Portugal: Certificado Energético e de QAI, desde 2007/2009)  Aumentando o poder isolador das paredes exteriores, das coberturas e das paredes divisórias, para reduzir as perdas por condução;  Melhorando a capacidade isoladora de portas e janelas, para reduzir as perdas por convecção ou simples dispersão. As 1.as Análises de Qualidade do Ar Interior, foram efectuadas, no fim da década de 70, nos EUA, Canadá e Europa do Norte. O ar interior de alguns edifícios revelou-se mais tóxico do que o ar exterior. Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel Fontes Agentes Poluentes Exterior óxidos de enxofre, pólenes, hidrocarbonetos Interior formaldeído, amianto, substâncias orgânicas (produtos de limpeza), substâncias alergénicas (poeiras e pelos de animais), bactérias (legionella) e fungos Indiferenciada óxidos de azoto, monóxido de carbono, dióxido de carbono, radão
  • 5. Qualidade do Ar Interior (QAI) não tem uma definição simples… É um conceito complexo que integra diversos agentes e interacções de factores que afectam o tipo, o nível e a importância dos poluentes do ambiente interior… • fontes emissoras dos poluentes; • o desenho, montagem e manutenção dos sistemas AVAC; • a humidade; • e a susceptibilidade dos ocupantes. Segundo a OMS, uma QAI aceitável significa que “a natureza física e química do ar interior que é respirado pelos ocupantes de um edifício produz um completo bem-estar, mental, físico e social, não podendo provocar absentismo, doenças e debilidades”.(www.who.int) Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
  • 6. A importância das interacções do ambiente na saúde do indivíduo e das populações têm vindo a ser reconhecidas nas últimas décadas. Na perspectiva actual de saúde (equilíbrio do indivíduo consigo e com o ambiente envolvente) são identificados vários factores determinantes, com destaque para: • as características biológicas (genéticas) do indivíduo, •o seu estilo de vida, •a organização dos serviços de saúde, e •o ambiente (natural ou humanizado que o rodeia). Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel 80 a 90 % do nosso tempo é passado no interior de edifícios: Habitação, escola, creches, escritórios, centros comerciais,… A QAI é fundamental para a salvaguarda da saúde da população Cada pessoa inala em médio 15 000 litros de ar/dia
  • 7. Os grupos populacionais mais susceptíveis de sofrer efeitos adversos na saúde relacionados com a exposição a contaminantes ambientais (biológicos/não biológicos) são:  As crianças, uma vez que o seu sistema imunitário não está totalmente desenvolvido e estão expostos a doses superiores aos adultos;  Os idosos, pois são mais susceptíveis e sofrem de várias doenças crónicas;  A população com doenças respiratórias crónicas (asma, rinite alérgica, entre outras). Uma má QAI pode causar… Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel A curto prazo (SED) A longo prazo Dores de cabeça, náuseas, irritação das mucosas, bronquite, gripe, pneumonia, conjuntivites Problemas imunológicos, problemas do sistema nervoso, defeitos congénitos, dificuldades reprodutivas, cancro
  • 8. Mais e metade da população mundial (52%) utiliza combustíveis sólidos para cozinhar e aquecer as suas casas (OMS, 2002). Cerca de 3 000 000 (três milhões) de pessoas morrem, por ano, prematuramente de doenças atribuíveis à poluição do ar interior, devido ao uso de combustíveis sólidos (OMS, 2006). • 54 % doença pulmonar obstrutiva crónica; • 44 % de pneumonia; • 2 % cancro no pulmão. Mortes devido à poluição do ar interior/milhão (fonte: World Health Report, 2002, dados de 2000) Cerca de 50% das mortes por pneumonia em crianças, menores de 5 anos, são devida à inalação de partículas poluentes do ar interior (OMS, 2006). Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
  • 9. Autoridades e cientistas estão cada vez mais atentos à problemática QAI, esta é cada vez mais objecto de estudos da saúde e da ciência. A OMS possui um Programa de Poluição do Ar Interior para apoiar os países em desenvolvimento (pesquisa e avaliação, construção, linhas estratégicas de políticas de saúde). Embora a QAI envolva múltiplos actores e vários níveis de governação, é possível estabelecer incentivos económicos para conseguir ambientes mais saudáveis. O uso de tecnologias mais limpas (biogás, solar, gpl), em vez do uso dos combustíveis fósseis, pode potencialmente reduzir os níveis de poluição do ar interior, minimizando os impactos na saúde das populações. É importante investir na educação e na divulgação de informação sobre os riscos para a saúde pública associados à QAI. Ecologia da Saúde | Maio de 2012 | Susana Daniel
  • 10. Principal Bibliografia de Suporte  Almeida, Mário Morais de. 2012. Importância da QAI nas doenças alérgicas. Seminário Qualidade do Ar Interior em Espaços Públicos - Gestão, Avaliação e Impacto na Saúde Humana. 8 de Fevereiro. (comunicação consultado em Abril de 2012, disponível em http://www.idad.ua.pt/ReadObject.aspx?obj=22407)  Decreto-lei n.º 79/2006, de 4 de Abril. Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização dos Edifícios. Diário da República n.º 67/2006. I Série-A. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.  Pinto, Manuel et al. 2007. Qualidade do Ambiente Interior em Edifícios de Habitação. – Destaque Eficiência Energética nos Edifícios. Engenharia e Vida, n.º 38, pp. 34 – 43.  World Health Organization. 2010. Selected Pollutants: Guidelines for Indoor Air Quality. Alemanha.  World Health Organization. 2006. Fuel for Life: Household Energy and Health. França.
  • 11. QUALIDADE DO AR INTERIOR Susana Daniel Maio de 2012 Unidade Curricular de Ecologia da Saúde

Notas do Editor

  1. Este modelo pode ser utilizado como um ficheiro de iniciação para apresentar os materiais de formação num ambiente de grupo. Secções Clique com o botão direito do rato num diapositivo para adicionar secções. As secções podem ajudar a organizar os diapositivos ou facilitar a colaboração entre vários autores. Notas Utilize a secção Notas para notas de entrega ou para fornecer detalhes adicionais à audiência. Visualizar estas notas na Vista de Apresentação durante a apresentação. Tenha em consideração o tamanho do tipo de letra (importante para acessibilidade, visibilidade, gravação de vídeo e produção online) Cores coordenadas Preste especial atenção aos gráficos e caixas de texto. Tenha em consideração que os participantes serão impressos em preto e branco ou tons de cinzento. Executar um teste de impressão para garantir que as cores funcionam quando impresso a preto e branco puro e tons de cinzento. Gráficos e tabelas Mantenha a simplicidade: se possível, utilize cores e estilos consistentes e que não desconcentrem. Identifique todos os gráficos e tabelas.
  2. Esta é outra opção para uma Visão Geral, diapositivos utilizando transições.
  3. Microsoft Confidencial
  4. Este modelo pode ser utilizado como um ficheiro de iniciação para apresentar os materiais de formação num ambiente de grupo. Secções Clique com o botão direito do rato num diapositivo para adicionar secções. As secções podem ajudar a organizar os diapositivos ou facilitar a colaboração entre vários autores. Notas Utilize a secção Notas para notas de entrega ou para fornecer detalhes adicionais à audiência. Visualizar estas notas na Vista de Apresentação durante a apresentação. Tenha em consideração o tamanho do tipo de letra (importante para acessibilidade, visibilidade, gravação de vídeo e produção online) Cores coordenadas Preste especial atenção aos gráficos e caixas de texto. Tenha em consideração que os participantes serão impressos em preto e branco ou tons de cinzento. Executar um teste de impressão para garantir que as cores funcionam quando impresso a preto e branco puro e tons de cinzento. Gráficos e tabelas Mantenha a simplicidade: se possível, utilize cores e estilos consistentes e que não desconcentrem. Identifique todos os gráficos e tabelas.