O documento apresenta um texto histórico sobre os casamentos reais e entre classes sociais no século XIX. Discute que os casamentos reais eram acordos políticos entre famílias reais de diferentes países, com os príncipes escolhendo suas esposas baseados em retratos. Relata o casamento decepcionante de D. Pedro II com a Princesa Teresa Cristina, que não correspondia à imagem de seu retrato. Também menciona que entre as classes não nobres os casamentos eram acordos entre famílias da mesma classe social.
1. SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
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E.E.” ______________________________________________”
AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA
- Leia o texto abaixo, de autoria do historiador JoséMurilo de Carvalho, professorda UFRJ:
“A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, luxos e
seus rituais e simbolismos, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do
Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou,
pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual por causa do poder Moderador. Mas (...) este
poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande, mas braços
muito curtos. Agigantava-se na corte, mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí
a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o
governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do
Império. Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.
1. De acordo com a análise do texto acima, comoo poder monárquico fazia para ter visibilidade no contexto doBrasil
Imperial? Marque as alternativas verdadeiras.
I. A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, luxos
e seus rituais e simbolismos, com o carisma da figura real. (seja D. Pedro I ou D. Pedro II).
II. O poder monárquico se fazia presente no início do Brasil imperial através da centralização do poder e
autoritarismo.
III. D. Pedro I, tinha poder total não apenas na outorga da Constituição de 1824, como também na criação do
Poder Moderador, também conhecido como 4º poder.
IV. O governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal
do Império.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, somente. b) II e III, somente.
c) III e IV, somente. d) I, II, III e IV.
CERIMÔNIA DO BEIJA-MÃO
Função medieval revivida pelos Bragança, a cerimônia de corte do beija-mão era
uma antiga representação pública, que punha o monarca em contato direto com
o vassalo. Este, por sua vez, lhe apresentava as devidas reverências e suplicava
por alguma mercê, frequentemente concedida pelo rei. Pleno de significado
simbólico, o cerimonial reforçava a autoridade paternal do soberano protetor da
nação, bem como o respeito à monarquia, confirmado pela postura altamente
reverencial diante dos reis, e pelo fascínio que exercia sobre o povo em geral.
Regras prescritas determinavam a seqüência de atos que levava ao ponto mais
alto da cerimônia do beija-mão: chegando junto à sua majestade, por meio de
uma genuflexão, que consiste em dobrar um pouco ambos os joelhos ficando o
corpo inteiro, punha-se um joelho em terra e lhe beijava a mão. Após levantar,
tornava-se a fazer outra genuflexão, e voltando--se para o lado direito retirava-se
da sala. Dom João recebia o público para a cerimônia todas as noites, exceto
domingos e feriados, no palácio de São Cristóvão, acompanhado por uma banda
musical.
2. Após a leitura do texto, marque a alternativa correta sobre o significado simbólico da cerimônia do Beija-mão,
destacando as implicações políticas e sociais desseeventohistórico.
a. O simbolismo nos remete á herança nobiliárquica, ou seja, da nobreza, da época medieval, onde percebemos
a posição política do imperador e seu ar de superioridade e paternalidade, onde o gesto de se curvar para
beijar a mão do monarca, o coloca socialmente acima de seus súditos.
b. Era uma antiga representação pública que punha o monarca em contato direto apenas com os nobres,
chegando junto à sua majestade e dobrando ambos os joelhos ficando com o corpo inteiro, punha-se um joelho
em terra e lhe beijava a mão. Os pobres eram excluídos.
c. Na cerimônia do Beija-mão, a corte apresentava ao rei as devidas reverências e suplicava por alguma mercê,
que frequentemente era concedida pelo rei.
d. O significado simbólico, do Beija-mão reforçava a autoridade paternal do rei como protetor da nação, bem como
o respeito à república, confirmado pela postura altamente reverencial diante dos reis, e pelo fascínio que
exercia sobre o povo em geral.
NOTA:
DATA:
NÚMERO:
PROFESSOR (A): Série: 2º TURMA:
ALUNO (A)
2. 3. Que imagem de D. Pedro I o escultor procurou
transmitir para quem observa a estátua presente na
fotografia?
a. A imagem busca transmitir a ideia de líder altivo e
poderoso, representando a força do império brasileiro.
b. Apenas o símbolo da proclamação da República.
c. Simbolizava o poder na colonização do Brasil.
d. Simbolizava a Independência do Brasil em relação aos
países dominadores como a Inglaterra.
TRANSCRIÇÃO DA IMAGEM:
O caricaturista desenhou ___________como o
eixo de um carrossel no qual giram os cavalinhos.
Na barra do vestido da dama no cavalinho, lê-se
“Partido Liberal”. Em oposição, o homem da
charge representa o Partido ___________. Quem
gira o carrossel é uma idosa, em cujo vestido está
escrito “diplomacia”. Tal como um carrossel, os
partidos políticos giravam, isto é, revezavam-se no
_________ao redor do eixo central, e de acordo
com o ritmo da _________imperial, uma velha
conhecida, maliciosa e espertalhona. A diplomacia
se limitava a uma troca de favores e de
distribuição de títulos, cargos e pensões.
4. Analise a charge, criada durante o império e publicadas em jornais da época: CHARGE “CARROSSEL PARTIDÁRIO” e
responda.
A alternativa que completa, na sequência correta o texto acima, é...
a. D.Pedro II, liberais, poder moderador e diplomacia
b. D.Pedro I, abolicionistas, poder moderador e demcracia.
c. D. Pedro I, Conservador, poder, diplomacia.
d. D. Pedro II, Monarquiar, poder, burocracia.
CHARGE “BALCÃO DE NEGÓCIOS”
Pobre país! A corrupção alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo! ”
É a legenda da charge de Ângelo Agostini, publicada em “O Cabrião”,
1867.
TRANSCRIÇÃO DA IMAGEM:
Carregando sacos de dinheiro, clientes compram medalhas e títulos de
nobreza que estão expostas na vitrine atrás do balcão. O vendedor na
charge é o primeiro-ministro, observado pelo imperador, atrás dele. Aos pés
deste, um indígena, símbolo da nação brasileira, esconde o rosto entre as
mãos. A charge possui a seguinte legenda: “Pobre país! A corrupção
alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo!”. A venda de comendas,
feita sob anuência do imperador, era uma forma de manipulação política e
de aumentar as receitas do governo no segundo reinado. Para isso, não se
obedeciam a critérios de competência, mas o interesse em se obter
vantagens materiais – fato que deixa a nação prostrada de vergonha.
5. Sobre as informações acima, marque as alternativas verdadeiras.
I. Comendas eram títulos de nobreza, cargos políticos e pensões para políticos e seus filhos.
II. A nação é representada pelo indígena
III. A imagem mostra a corrupção desde os tempos do império.
IV. O imperador retratado na imagem é D. Pedro I.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, somente. b) I, II e III, somente.
c) III e IV, somente. d) I, II, III e IV.
6. (FESP) – Assinale a alternativa que não contém uma característica referente ao período do Segundo Reinado (1845 –
1889):
a) fim do tráfico negreiro;
b) elaboração da primeira Constituição brasileira;
c) domínio do café no quadro das exportações brasileiras;
d) início da propaganda republicana
3. 7. Charge de AGOSTINI, A. Revista Illustrada,
n. 309, 29 jul. 1882 (adaptado). A charge
tem o Conde D’Eu, o marido da Princesa
Isabel, como personagem principal. Ao
fundo, vemos seu sogro, o Imperador D.
Pedro II
Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia
foram marcados por
a. debates promovidos em espaços públicos,
contando com a presença da família real.
b. atividades intensas realizadas pelo Conde
D’Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico.
c. revoltas populares em escolas, com o intuito
de destituir o monarca do poder e coroar seu genro.
d. críticas oriundas principalmente da imprensa,
colocando em dúvida a continuidade do regime
monárquico.
8. A charge ao lado é do ano de 1887, quando D. Pedro II tinha
62 anos e faltavam apenas dois anos para a Proclamação da
República. Que mensagem essa charge passa do imperador e
da situação politica do país?
Pode-se interpretar, na charge de Augustini, como... Marque a
alternativa errada.
a. Dom Pedro II com suas barbas longas e brancas, sentado e
adormecido com um exemplar do periódico "O Paiz" em seu
colo, mostra o pouco interece com a continuidade do império.
b. A construção da imagem remete a uma crítica à passividade e
à inoperância do imperador em meio a um período de
discussões políticas intensas, tal qual aquela que se refere ao
republicanismo.
c. Na prática, o velho imperador parecia demonstrar pouco
interesse com relação às principais questões do país, e, por isso,
foi alvo de muitas críticas por parte da imprensa da época.
d. Dom Pedro II, passivamente, mostra a pouca preocupação
com as críticas diante da estabilidade do seu governo e certeza
de continuidade.
Os príncipes, no século XIX, ainda não podiam se casar com quem
conhecessem pessoalmente. Os casamentos eram acordos entre
famílias de reis de diferentes países. D. Pedro I, depois de ter
ficado viúvo da imperatriz Leopoldina, ainda se casou de novo,
com a Princesa Amélia de Leuchtenberg, neta de Josefina, esposa
de Napoleão Bonaparte, e de seu primeiro marido. Um príncipe
escolhia uma princesa de acordo com a imagem que visse dela
em uma pintura – e nem sem pre essa imagem correspondia à
realidade, como aconteceu com o retrato da Princesa Teresa
Cristina das Duas Sicílias, escolhida por D. Pedro II para sua
esposa. Ao desembarcar no Rio de Janeiro, ela foi uma decepção
para D. Pedro, que, no entanto, teve que se casar assim mesmo.
Entre os jovens que não eram nobres os casamentos também
eram acordos – sempre entre famílias da mesma classe social. De
preferência, o rapaz deveria ser de família de mais posses e
prestígio do que a moça. A nobreza era protagonista dos rituais de
casamento.
9. Que informações as pinturas do francês Jean-Baptiste Debret e o texto nos fornecem acerca de costumes e
rituais do Brasil Imperial? Marque a alternativa errada.
a. Eram acordos entre as famílias da mesma classe social
b. Os príncipes não podiam se casar com quem conhecessem pessoalmente.
c. Um príncipe escolhia uma princesa de acordo com a imagem que visse dela em uma pintura e nem sempre
essa imagem correspondia à realidade.
d. Os acordos de casamentos eram sempre entre famílias de classes sociais diferentes.
4. ENEM 2013
No final do século XIX, as Grandes Sociedades carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre os foliões
cariocas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso objetivo em relação à comemoração carnavalesca em si
mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas principais ruas da cidade, pretendiam abolir o entrudo
(brincadeira que consistia em jogar água nos foliões) e outras práticas difundidas entre a população desde os
tempos coloniais, substituindo-os por formas de diversão que consideravam mais civilizadas, inspiradas nos
carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia disposto a abrir mão de suas diversões para assistir ao carnaval
das sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados praticantes, poderia coexistir perfeitamente com os
desfiles. PEREIRA, C.S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes. Sociedades carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M.C.P.
Carnavais e outras festas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado).
10. - Manifestações culturais como o carnaval também têm sua própria história, sendo constantemente
reinventadas ao longo do tempo. A atuação das Grandes Sociedades, descrita no texto, mostra que o carnaval
representava um momento em que as
a. distinções sociais eram deixadas de lado em nome da celebração
b. aspirações cosmopolitas da elite impediam a realização da festa fora dos clubes.
c. tradições populares se transformavam em matéria de disputas sociais.
d. perseguições policiais tinham caráter xenófobo por repudiarem e impedirem tradições estrangeiras.
Em 3 de dezembro de 1870, foi publicado o jornal A República, que trazia estampado o “Manifesto republicano
brasileiro”, o mesmo que daria base para a fundação de um novo partido em 17 de janeiro de 1872. Formado
inicialmente por profissionais liberais ligados a setores urbanos, nomeadamente paulistas, o Partido Republicano
organizou seu primeiro congresso em julho de 1873, quando foi reforçado por novos adeptos de fôlego:
fazendeiros paulistas que, descontentes com o que consideravam ser uma política intervencionista do Estado, (o
que impedia o desenvolvimento de outras regiões), passaram a engrossar as fileiras da oposição à monarquia.
SCHW ARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 301.
11. O trecho anterior demonstra o distanciamento dos cafeicultores paulistas em relação à monarquia. A
insatisfação dos monarquistas com a “política intervencionista” evidencia o fortalecimento da seguinte
proposta dentro das elites econômicas do Brasil:
a. O federalismo - mais autonomia aos estados e, consequentemente, menor centralização do poder.
b. O parlamentarismo – que daria poder ao primeiro ministro e diminuiria o poder do rei.
c. A democracia – pois exigiam o fim do absolutismo real.
d. O socialismo – pois exigiam uma maior igualdade de poder para cafeicultores e nobreza.
A troca de favores governava todas as relações. Sem patrono, político não fazia carreira, magistrado não
permanecia no cargo, funcionário público não conseguia emprego, escritor não ficava famoso, empresário não
conseguia criar empresa, banco não obtinha permissão para funcionar. Essa situação ficou bem caracterizada no
ditado popular: “Quem não tem padrinho morre pagão”. (COSTA. Emília Viotti da. O legado do império: Gov erno oligárquico e aspirações
democráticas. In: Nossa história: a construção do Brasil. Rio de Janeiro, 2006, p. 163).
12. O Brasil adentra no hall das nações republicanas em 1889. Sobre este momento é INCORRETO afirmar:
a. Quem fez a República no Brasil foi uma parcela da elite que estava descontente com os rumos tomados pelo
império.
b. A principal característica da Primeira República foi a ultracentralização do poder na esfera federal. O presidente
tornou-se um ditador eleito pelo povo.
c. A situação social no país não muda muito com o advento da República, os pobres continuam excluídos e sem
participação política.
d. A Primeira República não contou com a participação da população. Longe disso, foi promovida pela elite militar
com o apoio de grupos econômica e politicamente importantes de setores agrários e urbanos;.
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