O pré-mRNA eucariótico passa por diversas modificações após a transcrição, incluindo a remoção de íntrons, adição de um cap 5' e cauda poli(A), e pode sofrer edição. Isto gera o mRNA maduro, que é transportado para o citoplasma e traduzido em proteínas. Já o mRNA procariótico sofre poucas modificações e a transcrição e tradução ocorrem simultaneamente.
2. Muitos genes eucarióticos contêm éxons e íntrons, ambos os quais são transcritos em
RNA. Os éxons são regiões codificantes(corresponde á informação que sairá do
núcleo e será traduzida no citoplasma e que determina a sequência de aminoácidos
que o polipeptídio deverá ter) e os íntrons são regiões não-codificantes( macete para
decorar: os íntrons são INTRONmetidos).
Os íntrons são removidos pelo processamento do RNA , tendo tamanho e número que
variam de gene para gene. São raramente encontrados em procariotos.
A estrutura do RNA Mensageiro
O RNA mensageiro funciona como molde para a síntese de proteínas.Cada
aminoácido em uma proteína é especificado por um conjunto de 3 nucleotídeos no
mRNA, chamado um códon. Os mRNA tanto eucariótico como procariótico contêm
três regiões primárias:
1- Região 5’ não traduzida: sequência de nucleotídeos na ponta 5’ do mRNA
que não codifica a sequência de aminoácidos numa proteína. No RNA
bacteriano, essa região contém uma sequência de consenso chamada de
sequência Shine-Dalgarno que serve como sítio de ligação de ribooso
durante a tradução. O mRNA não tem uma sequência de consenso equivalente
em sua região não traduzida 5’.
2- Região codificante de proteínas: compreende os códons que especificam a
sequência de aminoácidos da proteína.
3- Região 3’ não codificante: sequência de nucleotídeos na ponta 3’ do mRNA
que não é traduzida em proteína.
Processamento do Pré-mRNA
Nas bactérias a transcrição e a tradução ocorrem simultaneamente e com isso
há pouca oportunidade para que o mRNA bacteriano seja modificado antes da
síntese de proteínas.
Já o mRNA eucariótico é amplamente alterado após a transcrição. O transcrito
inicial de genes é chamado de pré-mRNA, enquanto o transcrito final
processado é o mRNA.
3. Adição do Cap 5’
Consiste na adição de um nucleotídeo guanina à
ponta 5’ do mRNA e metilação pela adição de um
grupo metil(CH3) à base no nucleotídeo recém
adicionado e ao grupo 2’-OH do açúcar de um ou
mais nucleotídeos na ponta 5’. Apresença do cap 5’
aumenta estabilidade do mRNA, influencia a
remoção dos íntrons e funciona no início da
tradução.
Adição da Cauda Poli(A)
Muitos genes eucarióticos transcritos pela RNA pol II são transcritos além da ponta da
sequência codificante. Esse material extra na ponta 3’ é então cortado e uma cauda
poli(A) (50 a 250 nucleotídeos adenina) é adicionada. A sequência de consenso
AAUAAA está geralmente de 11 a 30 nucleotídeos antecedente ao ponto de corte e
determina o ponto ao qual irá ocorrer o corte. Uma sequência rica em Us(ou Gs e Us)
está tipicamente posterior ao ponto de corte.
A cauda poli(A) confere estabilida ao mRNA, aumentado o tempo que o mRNA
permanece intacto e disponível para a tradução antes de ser degradado por enzimas
celulares.
4. Recomposição do DNA
Processo de remoção dos íntrons(os intronmetidos, lembra? rsrsrs) que ocorre no
núcleo após a transcrição.
A recomposição requer a presença de 3 sequências no íntron. Uma ponta do íntrons é
chamada de sítio de corte 5’ e a outra ponta é o sítio de corte 3’. Esses pontos de
corte apresentam sequências de consenso, sendo que a maioria dos íntrons começam
co GU e termina AG. A terceira sequência importante ésta no chamado ponto de
ramificação, que é uma nucleotídeo adenina que fica de 18 a 40 nucleotídeos
antecedentes ao ponto de corte 3’. A deleção ou mutação nonucleotídeo adenina no
ponto de ramificação impede a recomposição.
A recomposição ocorre num grande complexo chamado spliceossomo que consiste
em snRNA(RNAs nucleares) e proteínas associadas.
Processo de Recomposição
Antes que ocorra a recomposição, um éxon antecedente(éxon 1) e um éxon
posterior(éxon 2) são separados por um íntron. Numa primeira etapa, o pré-mRNA é
cortado no sítio de corte 5’. Esse corte separa o éxon1 do íntron, e a ponta 5’ do
íntron se liga ao seu ponto de ramificação, isto é, o íntron se dobra sobre si mesmo,
formando uma estrutura chamada de laço. Na segunda etapa é feito um corte no sítio
de corte 3’ e, simultaneamente, a ponta 3’ do éxon1 se liga à ponta 5’ do éxon2 numa
reação de transesterificação. O íntron é liberado como um laço,depois torna-se linear e
é degradado por enzimas nucleares. O mRNA final, consistindo em éxons unidos, é
liberado para o citoplasma onde ele é traduzido.
5. Vias alternativas de processamento
Permite que os éxons sejam recompostos em combinações diferentes para produzir
mRNA que codificam proteínas diferentes.
Ex: Recomposição alternativa e múltiplos sítios de corte 3’
Edição do RNA
6. Na edição do Mrna, a sequência codificante de uma molécula de mRNA é alterada
após a transcrição, e assim a proteína tem uma sequência de aminoácidos que difere
da codificada pelo gene. O processo inclui a inserção e deleção de nucleotídeos e a
conversão de uma base em outra.
RESUMINDO O PROCESSAMENTO DO mRNA