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Linguagens- Língua Portuguesa
Ensino Médio – 1º Ano
Variação Linguística e Preconceito
linguístico
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
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Por farta d'água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
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"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio“
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
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Regional
Conforme a
região do falante, o uso da
língua varia, pois este tem
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próprios de sua região. O que
não significa dizer que região
X
fala “melhor” ou mais “bonito”
do que região Y. Quem assim
pensa comete preconceito
linguístico.
Exemplo: Um falante
nordestino, ao chegar
numa feira livre no Rio de
Janeiro, diz ao vendedor:
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macaxeira.
E o vendedor responde:
-Caramba, não tenho. Tenho
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O falante nordestino examina
o produto e diz: - Vou
levar, é a mesma coisa!
É comum as pessoas de
diferentes épocas
utilizarem um vocabulário
diferente, e, na maioria das
vezes, também escreverem
de modo diferenciado
devido às variações da
língua no tempo, as quais
atingem a faixa etária dos
falantes. Um exemplo vivo
para nós é a reforma
ortográfica, a qual muda o
jeito de escrever algumas
palavras.
Exemplo:
Num consultório entram o avô (65
anos) e o neto (10 anos). O avô
olha para o médico e fala:
-Doutor, quero que o senhor me
receite um remédio para meu
neto que está com difruço.
O médico, meio que aturdido, porém
compreende a fala do senhor e
começa a prescrever a
medicação. Eis que o neto
interrompe:
-Vovô, eu não tenho essa doença aí
não, tenho apenas um leve
resfriado.
Pessoas que têm maior
acesso a leituras
variadas, escolas,
filmes, internet etc
apresentam uma
variedade da língua,
digamos, mais próxima
do falar exigido pela
sociedade letrada. Não
se trata de mais pobres
ou menos pobres, trata-
se apenas das
oportunidades de
leitura desses falantes.
Exemplo: Conversa entre três jovens
de diferentes classes sociais
Jovem da classe alta: - Li ontem vários artigos
sobre variação linguística na biblioteca virtual
e tive aulas com meu pai.
Jovem da classe média: -Foi mesmo, cara? Eu
tenho internet, livros, Tv a cabo, mas não li
nada. Convidei um antigo colega para ir lá em
casa, ele também utilizou minhas mídias e fez
essa leitura que você aí fala.
Jovem da classe baixa: - O convidado fui eu! Não
tenho esses recursos, apenas as xérox das
aulas, por isso aproveitei a oportunidade
dada pelo colega, a fim de também me sentir
incluído e li tudo que pude. Resultado: Hoje
entendo as variações e sei me defender diante
do preconceito linguístico!
O nível de instrução do
falante também faz com
que a língua sofra
variações. Isso quer dizer
que falantes com maior
escolarização tendem a
usar a língua de modo
mais formal que os
falantes de menor
escolaridade. Fato que,
em muitos casos, provoca
o surgimento do
preconceito linguístico.
Exemplo: Conversa entre um agricultor
(analfabeto) e um metereologista:
Agricultor:- Sinhô, hoje chove de todo jeito!
Metereologista: -Não, as previsões só
anunciam chuvas para o final do mês.
Agricultor: -Num concordo, não sinhô e até
pruque o mei miô, o mei findô e hoje já é
15. Assim, tá no miado e vai chuver.
Metereologista: - Mas e as previsões? O
senhor não entende de nada, nem falar
sabe...
Agricultor: - Me disculpe, falá bunito como o
sinhô eu possa num sabê, mas se o sinhô
tem istudo num parece pruque num sabe
nem arrespeitar or mai véi. E se eu num
sei falá como dixe, como é que eu tenho 65
ano e nunca deixei de falá com o povo
daqui e nunca errei um paipite de chuva?!
Conforme a situação
comunicativa em que se
encontra o falante, ele
faz a língua variar. Isso
quer dizer que, em
ambientes mais formais,
a opção pelo uso formal
da língua é mais
conveniente. Já com os
familiares e colegas, o
uso da informalidade é
mais usual. O
interessante é saber
fazer essas trocas.
Exemplo: A mãe com o filho, em casa, e
na escola, na qualidade de sua
educadora.
Maria (mãe): -Filho, vá estudar variação
linguística. A avaliação é hoje, te dou
uma bola se tirar 80. Não vai me
envergonhar, hein?
José (filho): - Mamãe, eu já sei que a língua
varia conforme a região, o tempo, o grau
de instrução e um bocado de coisas
mais. Me dê, mamãe, a bola.
Maria (na escola): - José, estude variação
linguística que a avaliação será hoje e eu
darei à turma um livro a quem tirar 80.
José (na escola)- Professora, sei de todas
as variações, inclusive como banir o
preconceito linguístico existente na
nossa sociedade. E agora, mereço o 80 e
o livro?!
Língua oral e língua
escrita
A língua oral,
(falada) também é
diferente da língua escrita.
Assim, quando escrevemos,
temos condições de
escrever bem as palavras,
de corrigir o texto e
melhorá-lo até transmitir
exatamente o que
desejamos. Na fala isso não
é possível, ela
normalmente apresenta
repetições, quebras de
sequência lógica,
problemas de
concordância e várias
expressões de apoio, como né?, tá?,
entendem?, etc.
Em outras palavras, poderíamos resumir que a
escrita é planejada, enquanto a fala não, é
espontânea. Aquilo que
escrevemos podemos rever, revisar, ao passo
que aquilo que falamos, não temos mais como
voltar atrás. Nesse caso, sendo uma ofensa ao
outro, somente um pedido de desculpa poderá
“sanar”o dito. Aproveitem essa aula e, a partir
de agora, não menosprezem seus colegas
se estes falarem arrastado, com gírias, ou
mesmo se usarem palavras desconhecidas
para vocês. Saibam que todo falante nativo
conhece muito bem a sua língua materna.
Formal: também
chamada de culta ou
padrão. Ao falarmos em
público ou ao
conversarmos com pessoas
mais instruídas do que nós,
ou ainda com pessoas que
ocupam cargo ou posição
elevada, passamos a
empregar a língua formal,
isto é, falamos de modo
mais cuidadoso. Evitamos
tanto as gírias e expressões
grosseiras quanto aquelas
que demonstrem muita
intimidade (caramba,
fofinha, bicho etc). (1)
A língua culta ou padrão é veiculada
nos dicionários, nas gramáticas, nos
textos literários, técnico-científicos e
jornalísticos e nas redações oficiais do
país.
Informal: ao contrário, se a conversa
for com pessoas conhecidas, com as
quais temos intimidade ou mesmo
familiaridade, podemos falar de modo
informal, mais popular e menos
policiado, pois nosso interlocutor não se
chocará com a nossa linguagem.
Gíria e jargão: são os
códigos linguísticos
próprios de um grupo
sociocultural com
vocabulário especial,
incompreensível para
quem dele não fizer parte.
Os médicos usam uma
linguagem típica da
medicina, por exemplo,
para explicar um
procedimento cirúrgico
(jargão); já os surfistas
empregam gírias entre
eles.
Calão (ou baixo calão): é uma
realização linguística caracterizada
pelo uso de termos baixos, grosseiros
ou obscenos, que, dependendo do
contexto, muitas vezes chocam pela
falta de decoro e desvalorizam
socialmente aqueles que os empregam.
Vale ressaltar que, no ato comunicativo,
o falante deverá primar por ser bem
compreendido linguisticamente, suas
escolhas deverão estar adequadas à
situação comunicativa vivenciada por
ele, bem como a seu interlocutor
imediato.
Vocês lembram de gírias antigas?
Deem alguns exemplos de gírias
usadas na nossa região.
Ninguém deve menosprezar os usos da língua
escolhidos pelo falante. Este, por sua vez,
deve fazer uso adequado dela, para evitar
situações de incompreensões e para
participar ativamente da sociedade da qual
faz parte, por exemplo:
Quando se afirma que alguém não sabe falar
corretamente porque não utiliza a variedade de
maior prestígio social, ou seja, a culta, ou mesmo
quando não se aceita uma diferença na pronúncia
e no léxico de uma pessoa, comete-se o
preconceito linguístico. Ele também se mascara
em afirmações como: “o certo é falar assim,
porque se escreve assim”; “brasileiro não sabe
português”; “nordestino fala tudo
errado“ ;“pessoas sem instrução falam tudo
errado” etc.
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Português renato - 3º perdão - 3 b -tipo 02
Português   renato -  3º perdão - 3 b -tipo 02Português   renato -  3º perdão - 3 b -tipo 02
Português renato - 3º perdão - 3 b -tipo 02
 
Português renato - 3º perdão - 3 b -tipo 03
Português   renato -  3º perdão - 3 b -tipo 03Português   renato -  3º perdão - 3 b -tipo 03
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Português renato - 3º perdão - 3 b -tipo 01
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Gabaritos
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Preconceito linguístico

  • 1. Linguagens- Língua Portuguesa Ensino Médio – 1º Ano Variação Linguística e Preconceito linguístico
  • 2.
  • 3. Quando "oiei" a terra ardendo Qual a fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de "prantação“ Por farta d'água, perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por farta d'água, perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão "Intonce" eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração "Intonce" eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão Quando o verde dos teus "óio“ Se "espaiar" na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu Meu coração Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu Meu coração
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  • 5. 1-Como o cenário do sertão é descrito na música? 2-Qual o tema tratado na música? 3- Poderíamos afirmar que o conteúdo expresso pelo compositor em décadas passadas se faz “novo” nos dias atuais? Justifique. 4-Na sua opinião, qual o grau de escolaridade do eu-lírico? Explique. 5-Qual sua possível profissão?
  • 6.
  • 7.
  • 8.  Cada um de nós, quando nasce, começa a aprender a língua em casa, com os familiares. Ao ouvir as pessoas falando, nós também vamos, aos poucos, apropriando-nos do vocabulário e das leis combinatórias da língua.  Também treinamos nossa boca e nossas cordas vocais para produzirem sons, que se transformam em palavras, em frases e em textos inteiros.
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  • 10. Regional Conforme a região do falante, o uso da língua varia, pois este tem vocabulário e pronúncia próprios de sua região. O que não significa dizer que região X fala “melhor” ou mais “bonito” do que região Y. Quem assim pensa comete preconceito linguístico. Exemplo: Um falante nordestino, ao chegar numa feira livre no Rio de Janeiro, diz ao vendedor: -Quero um quilo de macaxeira. E o vendedor responde: -Caramba, não tenho. Tenho mandioca, serve? O falante nordestino examina o produto e diz: - Vou levar, é a mesma coisa!
  • 11. É comum as pessoas de diferentes épocas utilizarem um vocabulário diferente, e, na maioria das vezes, também escreverem de modo diferenciado devido às variações da língua no tempo, as quais atingem a faixa etária dos falantes. Um exemplo vivo para nós é a reforma ortográfica, a qual muda o jeito de escrever algumas palavras. Exemplo: Num consultório entram o avô (65 anos) e o neto (10 anos). O avô olha para o médico e fala: -Doutor, quero que o senhor me receite um remédio para meu neto que está com difruço. O médico, meio que aturdido, porém compreende a fala do senhor e começa a prescrever a medicação. Eis que o neto interrompe: -Vovô, eu não tenho essa doença aí não, tenho apenas um leve resfriado.
  • 12. Pessoas que têm maior acesso a leituras variadas, escolas, filmes, internet etc apresentam uma variedade da língua, digamos, mais próxima do falar exigido pela sociedade letrada. Não se trata de mais pobres ou menos pobres, trata- se apenas das oportunidades de leitura desses falantes. Exemplo: Conversa entre três jovens de diferentes classes sociais Jovem da classe alta: - Li ontem vários artigos sobre variação linguística na biblioteca virtual e tive aulas com meu pai. Jovem da classe média: -Foi mesmo, cara? Eu tenho internet, livros, Tv a cabo, mas não li nada. Convidei um antigo colega para ir lá em casa, ele também utilizou minhas mídias e fez essa leitura que você aí fala. Jovem da classe baixa: - O convidado fui eu! Não tenho esses recursos, apenas as xérox das aulas, por isso aproveitei a oportunidade dada pelo colega, a fim de também me sentir incluído e li tudo que pude. Resultado: Hoje entendo as variações e sei me defender diante do preconceito linguístico!
  • 13. O nível de instrução do falante também faz com que a língua sofra variações. Isso quer dizer que falantes com maior escolarização tendem a usar a língua de modo mais formal que os falantes de menor escolaridade. Fato que, em muitos casos, provoca o surgimento do preconceito linguístico. Exemplo: Conversa entre um agricultor (analfabeto) e um metereologista: Agricultor:- Sinhô, hoje chove de todo jeito! Metereologista: -Não, as previsões só anunciam chuvas para o final do mês. Agricultor: -Num concordo, não sinhô e até pruque o mei miô, o mei findô e hoje já é 15. Assim, tá no miado e vai chuver. Metereologista: - Mas e as previsões? O senhor não entende de nada, nem falar sabe... Agricultor: - Me disculpe, falá bunito como o sinhô eu possa num sabê, mas se o sinhô tem istudo num parece pruque num sabe nem arrespeitar or mai véi. E se eu num sei falá como dixe, como é que eu tenho 65 ano e nunca deixei de falá com o povo daqui e nunca errei um paipite de chuva?!
  • 14. Conforme a situação comunicativa em que se encontra o falante, ele faz a língua variar. Isso quer dizer que, em ambientes mais formais, a opção pelo uso formal da língua é mais conveniente. Já com os familiares e colegas, o uso da informalidade é mais usual. O interessante é saber fazer essas trocas. Exemplo: A mãe com o filho, em casa, e na escola, na qualidade de sua educadora. Maria (mãe): -Filho, vá estudar variação linguística. A avaliação é hoje, te dou uma bola se tirar 80. Não vai me envergonhar, hein? José (filho): - Mamãe, eu já sei que a língua varia conforme a região, o tempo, o grau de instrução e um bocado de coisas mais. Me dê, mamãe, a bola. Maria (na escola): - José, estude variação linguística que a avaliação será hoje e eu darei à turma um livro a quem tirar 80. José (na escola)- Professora, sei de todas as variações, inclusive como banir o preconceito linguístico existente na nossa sociedade. E agora, mereço o 80 e o livro?!
  • 15. Língua oral e língua escrita A língua oral, (falada) também é diferente da língua escrita. Assim, quando escrevemos, temos condições de escrever bem as palavras, de corrigir o texto e melhorá-lo até transmitir exatamente o que desejamos. Na fala isso não é possível, ela normalmente apresenta repetições, quebras de sequência lógica, problemas de concordância e várias expressões de apoio, como né?, tá?, entendem?, etc. Em outras palavras, poderíamos resumir que a escrita é planejada, enquanto a fala não, é espontânea. Aquilo que escrevemos podemos rever, revisar, ao passo que aquilo que falamos, não temos mais como voltar atrás. Nesse caso, sendo uma ofensa ao outro, somente um pedido de desculpa poderá “sanar”o dito. Aproveitem essa aula e, a partir de agora, não menosprezem seus colegas se estes falarem arrastado, com gírias, ou mesmo se usarem palavras desconhecidas para vocês. Saibam que todo falante nativo conhece muito bem a sua língua materna.
  • 16. Formal: também chamada de culta ou padrão. Ao falarmos em público ou ao conversarmos com pessoas mais instruídas do que nós, ou ainda com pessoas que ocupam cargo ou posição elevada, passamos a empregar a língua formal, isto é, falamos de modo mais cuidadoso. Evitamos tanto as gírias e expressões grosseiras quanto aquelas que demonstrem muita intimidade (caramba, fofinha, bicho etc). (1) A língua culta ou padrão é veiculada nos dicionários, nas gramáticas, nos textos literários, técnico-científicos e jornalísticos e nas redações oficiais do país. Informal: ao contrário, se a conversa for com pessoas conhecidas, com as quais temos intimidade ou mesmo familiaridade, podemos falar de modo informal, mais popular e menos policiado, pois nosso interlocutor não se chocará com a nossa linguagem.
  • 17. Gíria e jargão: são os códigos linguísticos próprios de um grupo sociocultural com vocabulário especial, incompreensível para quem dele não fizer parte. Os médicos usam uma linguagem típica da medicina, por exemplo, para explicar um procedimento cirúrgico (jargão); já os surfistas empregam gírias entre eles. Calão (ou baixo calão): é uma realização linguística caracterizada pelo uso de termos baixos, grosseiros ou obscenos, que, dependendo do contexto, muitas vezes chocam pela falta de decoro e desvalorizam socialmente aqueles que os empregam. Vale ressaltar que, no ato comunicativo, o falante deverá primar por ser bem compreendido linguisticamente, suas escolhas deverão estar adequadas à situação comunicativa vivenciada por ele, bem como a seu interlocutor imediato.
  • 18. Vocês lembram de gírias antigas? Deem alguns exemplos de gírias usadas na nossa região.
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  • 21. Ninguém deve menosprezar os usos da língua escolhidos pelo falante. Este, por sua vez, deve fazer uso adequado dela, para evitar situações de incompreensões e para participar ativamente da sociedade da qual faz parte, por exemplo:
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  • 23. Quando se afirma que alguém não sabe falar corretamente porque não utiliza a variedade de maior prestígio social, ou seja, a culta, ou mesmo quando não se aceita uma diferença na pronúncia e no léxico de uma pessoa, comete-se o preconceito linguístico. Ele também se mascara em afirmações como: “o certo é falar assim, porque se escreve assim”; “brasileiro não sabe português”; “nordestino fala tudo errado“ ;“pessoas sem instrução falam tudo errado” etc.