Consideração inicial.
Por que o professor precisa estudar? O estudo, mais do que um conjunto de práticas, confere ao educador uma postura acadêmica: a de criar seu próprio caminho.
Pedagogia e Senso Comum
O ato de educar é uma prática e, como tal, exige uma fundamentação teórica.
A Pedagogia é o esforço da passagem – referente ao educar – do senso comum à sistematização conceitual.
2. PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO
Consideração inicial.
Por que o professor precisa estudar? O estudo, mais do que
um conjunto de práticas, confere ao educador uma postura
acadêmica: a de criar seu próprio caminho.
Pedagogia e Senso Comum
• O ato de educar é uma prática e, como tal, exige uma
fundamentação teórica.
• A Pedagogia é o esforço da passagem – referente ao educar –
do senso comum à sistematização conceitual.
3. Pedagogia e Metafísica
• De início – historicamente falando – Pedagogia e Filosofia se
confundiam (cf. sofistas, Sócrates)
• Se Pedagogia e Filosofia se confundiam, a educação era, então,
o esforço por se desenvolver todas as possibilidades da
natureza humana.
• Suchodolski chama essa concepção – que ganhou terreno na
tradição ocidental – de essencialista.
• Os limites desta abordagem se encontram na visão parcial dos
procedimentos educacionais, excessivamente centrados no
individuo e nos modelos ideais que determinam, a priori, o que é
o homem universal e como deve ser a educação.
Ciências e Pedagogia
• O século XVII se destacou pela busca do rigor e da
sistematização do conhecimento: também a Pedagogia aqui se
encaixa. No século XIX recebe ela apoio das ciências humanas.
4. Psicologia
• A Psicologia aplicada à Pedagogia, auxilia-nos a conhecer
realmente nosso educando.
• Contribui ela para avaliar questões como nível de dificuldade,
ritmo de aquisição de conhecimento, controle e distúrbio de
aprendizagem.
Sociologia
• O desenvolvimento da Sociologia amplia a compreensão da
escola como grupo social complexo e da educação como
processo de perpetuação e desenvolvimento da sociedade.
• A Sociologia descreverá elementos reais e também as instituições
sociais.
5. Outras Ciências
O processo educativo também se apoia em outras ciências
para realizar sua tarefa, tais como: economia, história, história da
educação, antropologia, geografia humana, linguística, etc.
A Teoria geral da Educação
• Talvez um dos grandes problemas pedagógicos atuais seja o
próprio conceito de pedagogia (visto que vivemos, segundo Luiz
Lacerda Orlandi, um momento de “flutuações da consciência
pedagógica”): ela – a pedagogia – não pode se confundir com as
ciências, mas também não pode prescindir das mesmas. O
ponto de partida da Pedagogia será sempre a realidade
educacional, iluminada pelas ciências, encontrará seu ponto de
chegada: a realidade educacional.
• Assim, a Pedagogia pode ser definida como a teoria geral da
educação.
6. A importância da Pedagogia
• As concepções pedagógicas não são “inocentes”; elas nascem
das concepções antropológicas e sociais. Ao educar,
respondemos às seguintes questões: Que tipo de homem se
quer formar? Para que tipo de sociedade? Tendo claro as
respostas, passamos aos conteúdos. Que conteúdos usaremos
para formar este homem e esta sociedade? Tendo as respostas
a esta questão, passamos às últimas considerações: Como
ensinar? Que metodologia usar?
• Há, então, um itinerário a ser seguido pelo educador.
CONCEPÇÕES ANTROPOLÓGICAS CONTEÚDOS MÉTODOS
• A importância da Pedagogia, por conseguinte, é perceber a
intencionalidade do processo educativo.
7. Educar o educador
• O que é preciso para ser um educador?
A formação do professor
• A revalorização do magistério se inicia com os cuidados na
formação dos professores.
• Três aspectos são importantes na formação dos professores:
a) Qualificação: o professor deve adquirir os conhecimento
científicos indispensáveis para o ensino.
b) Formação pedagógica: não basta carisma para ensinar, mas
processo sistemático.
c) Formação ética e política: todo professor é professor de
valores e possui posturas políticas (mesmo quando se diz
apolítico).
8. A profissionalização do educador?
• O que significa a palavra “profissão”?
• O que você pensa dos termos “tia” e “sacerdócio” aplicados à
tarefa de educar?
9. PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO
Origem da Escola Tradicional
• Qual o nosso conceito primário de Escola Tradicional?
• O conceito Escola Tradicional é de difícil delimitação, visto que
sob esta denominação articulam-se as mais diversas tendências
pedagógicas ao longo de, pelo menos, quatro ou cinco séculos
(século XV ao século XX).
• O termo Escola Tradicional é devido ás críticas que a Escola
Nova faz ao estilo de ensino adotado nos séculos citados acima.
• A Escola Nova, ao criticar a Escola Tradicional, apresentou-a de
forma negativa e caricaturada. Se nos apoiarmos apenas na
crítica novista, corremos o perigo de estabelecermos visões
simplistas sobre a Escola Tradicional.
10. • A Escola é uma criação moderna e, como tal, deve responder
aos anseios modernos e, por isso, a exigência do confinamento
do educando, a separação por idades, a graduação em série, a
organização de currículos e o recurso de manuais didáticos.
• Num primeiro momento, a Escola que surge na modernidade se
opõe à escola medieval e esta escola deve responder às
aspirações burguesas (por isso a exigência de uma disciplina
severa, a busca de um estado não-natural da criança, a
perspectiva de uma educação voltada ao mercado de trabalho,
etc.)
• Com a Revolução Industrial, os operários necessitam de
instrução e o Estado intensifica sua tarefa de promover
educação para todos.
• Com o advento das chamadas Ciências Humanas, muito se
teoriza sobre o processo educacional.
11. Características gerais da Escola Tradicional
• Relação professor/aluno: A Escola Tradicional é
magistrocêntrica
• Disposição: a Escola Tradicional é hierárquica e gera uma
relação de passividade.
• Conteúdos: dá-se ênfase na aquisição de conceitos, de esforço
intelectual por assimilar conhecimentos: assim, a valorização do
passado é fundamental.
• Metodologia: é valorizada a exposição oral e os exercícios de
fixação.
• Absorção do conhecimento: de maneira empirista, sem maior
esforço pela compreensão.
• Avaliação: valoriza os aspectos cognitivos e, por isso, as provas
têm aspecto central. É normal, então, o espírito de competição
entre os alunos e não cooperação.
• Disciplina: intensa e hierárquica e garantida por meio de
punições. Exemplo: “Quem poupa e ???? odeia a criança” (????
de uma escola inglesa do século XVI).
12. Períodos da Escola Tradicional
• Num primeiro momento (século XVI e XVII) as instituições de
ensino estavam nas mãos de congregações religiosas, de modo
especial os jesuítas. Dessa maneira, a educação era
profundamente classicista, embasada na filosofia tomista e
disciplinarmente rigorosa.
• Paralelamente, surge a chamada tendência realista, que visa
resgatar o contato com o vivido, com o real. Temos, então, as
figuras de Lutero, dos oratorianos. Erasmo de Roterdã,
Montaigne. Comenius e a discussão racionalistas X empiristas.
O iluminismo e a Educação
• Aqui encontramos uma nova visão da realidade, uma visão
“esclarecida e iluminada” pela razão natural.
• Destacam-se Rousseau e Kant.
13. A Escola Tradicional no século XIX
• As transformações do século XIX (Revolução Industrial e a
“pequena revolução científica”) levam a Escola a repensar suas
atuações.
• Temos os ideais propostos por Comte e os positivistas e as
propostas pedagógicas de Herbart.
• É partir desse anacronismo da Escola Tradicional que muitos
pensadores proporão um novo modo de educar, que será
chamado de Escola Nova.
14. ESCOLA NOVA
Aprender a aprender
• A Escola Tradicional nasceu em um mundo “estável”, no qual a
educação se fazia em base de modelos ideais. Assim, era
importante a transmissão de uma cultura clássica, privilegiando o
ensino intelectualista e livresco.
• As críticas a este modelo de educação surgem diante das
transformações que passa o mundo a partir do século XIX e a
educação não acompanha este processo.
• O mundo é “mutante” e a educação deve preparar o humano
para uma sociedade em constante mudança, em constante
dinâmica.
• A “Escola Nova” quer se contrapor ao modelo de educação
essencialista e propor uma educação existencialista. Para tanto,
a criança será o sujeito (pedocentrismo).
15. Antecedentes de tendência escolanovista
• Liberalismo.
• Revolução Industrial.
• Rousseau e sua “revolução copernicana”.
• Kierkegaard.
• Nietzsche.
• Pragmatismo.
Características gerais da Escola Nova (Aluno/Professor)
• O aluno é o centro do processo educativo.
• Há preocupações com a natureza psicológica da criança.
• O professor é uma espécie de “facilitador” do processo.
16. Metodologia
• Aprender fazendo.
• O objetivo da educação é o homem integral (razão sentimentos,
emoções e ações).
• Aprendizagem mediante pesquisa e projetos.
Disciplina
• O foco não está na disciplina, mas na capacidade de adaptação
ao meio (visto a sociedade estar em constante mudança).
17. TENDÊNCIA TECNICISTA
4.1 Contextualizando
• Com o anacronismo da Escola Tradicional, novas propostas
surgem; entre elas, citamos a tendência tecnicista da educação.
• A partir da década de 60 do século XX, um modelo empresarial
torna-se referência de produção: o taylorismo (baseia-se na
especialização de funções, onde há a separação do setor de
planejamento e o setor de execução do trabalho).
• Esta mentalidade empresarial ganha terreno no campo
educacional (iniciado pelos EUA).
18. Características gerais da tendência tecnicista
• Objetivo: adequar a educação às exigências impostas pelo
mercado (exigências técnicas e tecnológicas).
• Conteúdo: informações objetivas para a adaptação do
indivíduo ao mercado de trabalho.
• Método: inspirado no taylorismo, ou seja, divisão de tarefas
com especializações.
• Avaliação: verificação dos objetivos propostos.
• Meios didáticos: valorizam-se os meios tecnológicos.
• Professor: um técnico que, por meio de recursos técnicos,
transmite as operações técnicas.
19. Pressupostos filosóficos
• Empirismo: o conhecimento é objetivo.
• Positivismo: o conhecimento se restringe ao científico.
• Behaviorismo: controle do comportamento.
Críticas
• A crítica à tendência tecnicista da educação se insere num
contexto maior: a crise da razão contemporânea (Habermas).
• Segundo Habermas, a razão instrumental submete e coloniza a
razão comunicativa.
A importação do tecnicismo no Brasil
• O movimento de industrialização do Brasil (a partir de 1950).
• O golpe militar (1964).
20. TEORIAS ANTIAUTORITÁRIAS
Contextualizando
• Uma das mais radicais críticas feitas à Escola Tradicional foi a
denúncia de seu caráter autoritário.
• Muitos teóricos – deixando de lado busca de outros métodos e
processos – enfatizam a recusa do exercício do poder, a
educação deve ser realizada para e em liberdade.
• Aqui temos várias tendências: liberais, marxistas, anarquistas,
etc.
• Uma das grandes influências foi a psicanálise de Freud: id, ego
e superego.
21. Características gerais
• Relação professor/aluno: a visão do aluno como centro é
levada à radicalidade; o professor não dirige, mas cria as
condições de atuação da criança (facilitador).
• Conteúdo: não pode ser dogmático e nem resultar de
exposição magistral, mas precisa ter ressonância nos
interesses dos alunos (ligado à experiência de vida).
• Metodologia: baseia-se na autogestão; o professor não
“prepara” aula, mas direciona a aula. Aqui temos as
“comunidades de aprendizagem”.
• Avaliação: desprezam-se os instrumentos clássicos da
avaliação e visa-se uma autoavaliação.
• Disciplina: resulta da autonomia e nunca é imposta.
22. Principais linhas pedagógicas
• Pedagogias não-diretivas: baseada em Carl Roger (1902-1987),
o homem é capaz de resolver por si mesmo seus problemas,
bastando que tenha autocompreensão ou percepção do eu. O
educador, então, deve propiciar condições para que o sujeito
assuma sua existência.
• Escola libertária: Ferrer (1859-1909) defendia que a atuação do
professor fosse mais efetiva no início para, depois, tornar-se
menos diretiva. Foi influenciado pelo anarquismo e racionalismo
iluminista.
Pedagogias institucionais
• Os principais representantes são: Michel Lobrot, Fernand Oury e
Aída Vasquez.
• A proposta é uma pedagogia da liberdade – negando a
autoridade – por meio do aspecto sociológico (por isso o termo
“institucional”).
23. TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
Contextualizando
• A partir da década de 60 do século XX, diversos teóricos
franceses chegaram à conclusão de que a escola não consegue
equalizar as relações sociais, tornando-se, assim, reprodutora de
um sistema de exclusão.
• Desta maneira, uma pedagogia baseada na crítica à reprodução
do status que era o que pretendiam tais teóricos.
24. Bordieu e Passeron: a teoria da violência simbólica
• Bordieu e Passeron desenvolveram uma ampla pesquisa sobre a
instituição escolar e chegaram à conclusão que na escola
(universo micro) havia uma reprodução da sociedade (universo
macro).
• Para eles, a escola não é uma ilha separada de um contexto
social, mas o sistema social marca fortemente os rumos da
instituição escolar.
• Para os franceses, o fato de “obrigar” a reprodução dos sistemas
sociais cria uma cultura de “violência simbólica”: aquela exercida
pelo poder de imposição das ideias transmitidas por meio da
comunicação cultural, da doutrinação política e religiosa, etc.
• A escola constitui um instrumento de violência simbólica porque
reproduz os privilégios existentes na sociedade. A escola, no
fundo, perpetua um estilo de vida burguês (e aquelas crianças
que provém de famílias burguesas terão muito mais facilidade de
adaptação; com isso, o índice de evasão escolar das classes
menos favorecidas é explicado).
25. Althusser: a teoria da escola como aparelho ideológico do
Estado
• Althusser considera que a função da escola deve ser
compreendida não de forma isolada, mas contextualizada: ela
está inserida numa sociedade capitalista e esta necessita de
aparelhos ideológicos para a reprodução de seu sistema.
• Suas ideias são fortemente marcadas pela análise marxista.
• A função da ideologia, então, é a reprodução da sociedade.
• Os aparelhos ideológicos do Estado podem se apresentar de
duas maneiras: repressivo (sistema de coerção) e ideológico
(religião, escola, família, sistemas jurídicos e políticos, meios de
comunicação, meios culturais, etc.)
26. Baudelot e Establet: a teoria da escola dualista
• Para Establet e Baudelot, se vivemos em uma sociedade dividida
em classes, não podemos falar de uma “única escola”. Existem,
na realidade, duas escolas radicalmente diferentes quanto ao
número de anos de escolaridade, aos itinerários, aos fins da
educação.
• Em outros termos, existe uma escola dos “ricos” e uma escola
dos “pobres” e, assim, desde o começo os filhos dos proletários
estão destinados a não atingir níveis superiores.
27. DESESCOLARIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Contextualizando
• A década de 70 do século XX foi fértil em críticas à escola e
propostas para alternar a sua situação inserido neste contexto,
Ivan IIIich apresenta uma proposta radical a desescolarização da
sociedade.
• Para ele, a solução para a educação não seria uma reforma nos
métodos ou currículos, mas no questionamento sério se
realmente a escola é o único e o melhor meio de educação.
• Em um mito marcado pelo controle das instituições, a escola
escraviza mais que a família, devido à estrutura sistemática e
organizada, à hierarquia, aos rituais das provas e ao mito do
diploma. Uma sociedade assim estruturada desconsidera o
aprendizado real, encarando com desconfiança aquele que
aprende sem estar na escola.
28. Sociedade sem escolas
• IIIich afirma que o vertiginoso progresso científico levou o
homem à alienação e que é importante desmistifica o ideal de
progresso e de consumo insaciável (complexo de Prometeu),
onde a escola apenas aumenta esta sede insaciável de
estabilidade econômica.
• A saída seria um novo estilo de vida, onde as “redes de
comunicação culturais” se encarregassem de educar o humano
(e não apenas instruí-lo tecnicamente).
• No fundo, a crítica que IIIich faz à escola é: será que, realmente,
este modelo educacional que possuímos é eficaz?
29. AS TEORIAS CONSTRUTIVISTAS
Contextualizando
• As teorias construtivistas propõe, de modo geral, a interação
entre a história individual com a história social, ou seja, leva em
consideração a construção da pessoa por meio de suas
situações individuais e suas situações circunstanciais (“Eu sou
eu e minhas circunstâncias” – Ortega y Gasset)
• A intenção do construtivismo é visualizar o processo educativo
como uma complexidade e dar conta de tal por meio de estudos
de psicologia e medicina.
• Do ponto de vista antropológico, os construtivistas superam a
visão metafísica e naturalista do ser humano. A abordagem
antropológica é vista sob o prisma histórico-social, isto é, por
meio de suas relações interpessoais e pela ação sobre o mundo.
30. • Do ponto de vista epistemológico, os construtivistas superam o
inatismo e o empirismo e propõe uma concepção de
conhecimento interacionista ou construtivista; para eles, o
conhecimento não é inato e nem apenas adquirido; é dado pela
interação entre sujeito e objeto mediante uma realidade
histórica. O conhecimento se constrói a partir de etapas, nos
quais a criança organiza o pensamento e a afetividade.
A epistemologia genética
• Jean Piaget (1896-1980) analisou o processo educacional a
partir da epistemologia genética.
• Elaborou a ideia da psicologia genética, que investiga o
desenvolvimento cognitivo, dividido em 04 estágios: sensório-
motor (0-2 anos), intuitivo ou simbólico (02-07 anos), operações
concretas (07-14 anos) e operações formais (14 anos em
diante).
• A passagem de um estágio para outro somente se efetua
mediante mecanismos de organização e adaptação.
31. A psicogênese da escrita
• Emília Ferreiro, aluna de Piaget, abordou a teoria de seu mestre
no processo de aprendizado: como a criança realiza a
construção da linguagem escrita? Qual a natureza da relação
entre o real e sua representação?
• Ao realizar a psicogênese da escrita, Ferreiro descobre que a
criança “reinventa” a escrita e, por isso, o professor precisa estar
atento ao mundo semântico da criança.
• Percebe-se, aqui, o caráter não empirista da teoria, que acentua
a participação ativa do sujeito no processo de alfabetização.
32. A psicogênese da escrita
• Vygotsky (1897-1934) analista a psicogênese na construção do
pensamento e da linguagem. Nele foi marcante o pensamento
marxista e o método dialético.
• A preocupação com o desenvolvimento do comportamento
resulta da constatação de que todos os fenômenos psíquicos são
processos em movimento, possuem uma história e que o
mecanismo de mudança individual tem sua raiz na sociedade e
na cultura.
• O que caracteriza, realmente, a psicogênese humana é a
internalização das atividades socialmente enraizadas e
historicamente desenvolvidas.
• Ao analisar as operações superiores, Vygotsky utiliza o conceito
de mediação, segundo o qual a relação do homem com o mundo
não é direita, mas mediada pelos sistemas simbólicos.
33. TEORIAS PROGRESSISTAS
Contextualizando
• Diante da novidade e dos fracassos experiências da Escola
Nova, buscou-se um novo caminho: as teorias progressistas
(termo retirado de um livro de Georges Snyders).
• As teorias progressistas, no fundo, buscam fugir do “lado
inocente” da educação, ou seja, toda educação é intencional.
34. Características gerais
• Relação entre educação e transformação social: descoberto
o caráter político da educação, cumpre construir uma pedagogia
social e crítica.
• Escola: elemento de continuidade, mas, também, de ruptura. Ela
deve ser um local de socialização do conhecimento elaborado.
• Função da escola: durante muito tempo a escola foi o elemento
de ruptura entre o trabalho intelectual e o trabalho manual, entre
e teoria e a prática. A educação progressista quer formar o
homem pelo e para o trabalho.
• O conceito de trabalho: integrar o trabalho à escola como
atividade existencial humana fundamental e não como
passatempo acessório ou simples aprendizagem técnica.
• Professores: formados para a prática transformadora, que tenha
a competência técnica, mas, também, um compromisso político
e social.
35. Uma extensa lista
• Aqui se encaixam várias teóricas: Makarenko, Pistrak, Gramsci,
Freinet, Lobrot, Ferrer, Arroyo, Vygostsky, Charlot, Suchodoisky,
Paulo Frere.