1. Os portugueses são descendentes de uma mistura de diversos povos que migraram para a Península Ibérica ao longo dos séculos, incluindo iberos, celtas, romanos, mouros, e povos dos descobrimentos portugueses.
2. Estudos genéticos indicam que os antepassados dos portugueses modernos tinham origens na Península Ibérica, Europa Ocidental, e regiões do Norte da África e Oriente Médio.
3. Muitos povos pré-roman
Festas do Povo de Campo Maior - Artur Filipe dos Santos - Património CulturalArtur Filipe dos Santos
Foi a 15 de dezembro de 2021 que as Festas do Povo de Campo Maior foram classificadas pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade. Festas cuja maior característica cultural é o de se enfeitarem dezenas de ruas com milhares de flores de papel feitas pela população. As Festas do Povo consistem na ornamentação das ruas de Campo Maior, maioritariamente no Centro Histórico.
Festas do Povo de Campo Maior - Artur Filipe dos Santos - Património CulturalArtur Filipe dos Santos
Foi a 15 de dezembro de 2021 que as Festas do Povo de Campo Maior foram classificadas pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade. Festas cuja maior característica cultural é o de se enfeitarem dezenas de ruas com milhares de flores de papel feitas pela população. As Festas do Povo consistem na ornamentação das ruas de Campo Maior, maioritariamente no Centro Histórico.
Trabalho realizado pela aluna nº 9, Jéssica Ferreira, da turma do 1º ano do curso profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades, no âmbito da disciplina Ambiente e Desenvolvimento Rural, no módulo 8 "As Áreas Protegidas"
Trabalho sobre o concelho e freguesia de Mértola no âmbito da disciplina de Geografia A. Este trabalho foi de grupo e falámos sobre o que Mértola tinha e é atualmente e planos para criar novas atividades para se tornar um local mais turístico e atrativo.
Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Europa e Europeus» integrada no Programa de Estudos 2018/2019 da Dalian University of Foreign Languages e da Jilin University com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Europa e Europeus» integrada no Programa de Estudos 2015/2016 da Dalian University of Foreign Languages com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Trabalho realizado pela aluna nº 9, Jéssica Ferreira, da turma do 1º ano do curso profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades, no âmbito da disciplina Ambiente e Desenvolvimento Rural, no módulo 8 "As Áreas Protegidas"
Trabalho sobre o concelho e freguesia de Mértola no âmbito da disciplina de Geografia A. Este trabalho foi de grupo e falámos sobre o que Mértola tinha e é atualmente e planos para criar novas atividades para se tornar um local mais turístico e atrativo.
Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Europa e Europeus» integrada no Programa de Estudos 2018/2019 da Dalian University of Foreign Languages e da Jilin University com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Europa e Europeus» integrada no Programa de Estudos 2015/2016 da Dalian University of Foreign Languages com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Europa e Europeus» integrada no Programa de Estudos 2017/2018 da Dalian University of Foreign Languages com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
É uma das expressões populares mais conhecidas do mundo: o Carnaval do Rio de Janeiro envolve milhões de foliões a cada ano e as suas origens são tão europeias como indígenas. Foi classificado em 2012 pela UNESCO Património Imaterial da Humanidade. O Carnaval do Recife (capital do Estado de Pernambuco) foi classificado em 2017. E se a festa do Rio se destaca pelo Samba, a Dança do Frevo dá o colorido à folia pernambucana.
História do porto - Os judeus e as judiarias do porto - artur filipe dos santosArtur Filipe dos Santos
AS JUDIARIAS DO PORTO(Comemorando o 1º Aniversário do Museu Judaico do Porto)
O Museu Judaico da Sinagoga do Porto, conhecida celebra em Maio de 2016 o seu primeiro aniversário.
Testemunho do passado e da influência da comunidade judaica na cidade do Porto, o Museu da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim guarda retratos do passado que ajudam a ter uma noção da história dos judeus no Porto. Mas a Sinagoga Kadoorie Mekor Haim não foi a primeira sinagoga do Porto…
Artur Filipe dos Santos - Património Cultural - Danças Guerreiras Portuguesa...Artur Filipe dos Santos
As danças guerreiras portuguesas são uma das mais antigas manifestações da cultura ancestral do nosso país.
Desde a Idade do Ferro até aos nossos dias, foram muitos os povos que passaram pelo nosso território e fizeram das danças guerreiras parte da sua cultura, num misto de crenças, superstições e necessidade de defesa.
As mais conhecidas, como a dos Pauliteiros de Miranda, o Jogo do Pau de Cabeceiras de Basto ou o Baile dos Ferreiros, das Festas do Corpo de Deus em Penafiel, conservam ainda muito da sua autenticidade, plasmada nos movimentos e nos trajes.
Grandes Navegações - slide para 7 ano do ensino fundamental975668
slide sobre as grandes navegações para professores utilizarem com alunos do 7 ano, contem o pioneirismo português, as consequências da descoberta do Novo Mundo, o trato com os indígenas e a invasão e conquista da américa portuguesa e espanhola...
A expansão ultramarina permitiu conhecer um novo mundo e estabeleceu rotas que uniam as diferentes regiões entre si. O comercio assumiu dimensões mundiais.
Património cultural o caminho de santiago aula 2 - artur filipe dos santos ...Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
artursantos.no.sapo.pt
http://omeucaminhodesantiago.wordpress.com
Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.Estudioso do Mito Compostelano e dos Caminhos de Santiago, é orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Em finais do século VIII difunde-se no noroeste da península Ibérica a lenda de que Santiago Maior tinha sido enterrado nessas terras. Em 812 ou 813, um eremita chamado Pelágio avistou uma estrela pousada no bosque Libredón (local onde se situa atualmente a Igreja de São Félix de Solovio (San Fiz), sobre uma urna de mármore.
Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
A Universidade Sénior Contemporânea
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais através de livraria online.
Artur Filipe dos Santos - A Capela dos Reis Magos ou dos Gaiteiros, antigos paços do Concelho da Cidade do Porto.
A cidade do Porto tem uma longa tradição em celebrar as datas mais importantes do calendário religioso relacionadas com a Sagrada Família. Existem registos de festejos em honra da Natividade de Nossa Senhora, que se celebra a oito de setembro, estando a memória deste efeméride gravada na história toponímica da cidade do Porto. •Antes da Praça da Liberdade, o lugar que hoje conhecemos teve muitos nomes, como por exemplo Campo das Hortas, Praça Nova ou ainda Praça D. Pedro IV. As festas em honra aos Reis Magos eram de tal maneira importantes que chegavam a ombrear com os festejos de S. João e durante mais de 200 anos houve uma capela evocativa, onde é hoje a Praça da Liberdade, mais precisamente onde se encontra a estátua da “Menina Nua”. •Nesse local, foi erguido por volta de 1717 um palacete, mandado construir pela família do fidalgo José Monteiro Moreira, casado com Josefa Joana de Salazar. Era uma capela particular de Inácio Leite Pereira de Almada, que a vendeu, juntamente com o palacete, à Câmara do Porto. Nos dias de vereação era lá celebrada missa. Ao lado do edifício que assim se viria a tornar a sede da edilidade portuense, mais concretamente do lado direito, encontrava-se a Capela dos Reis Magos, também conhecida como a “Capela dos Gaiteiros”, pois era habitual grupos de tocadores deste ancestral instrumento aqui se juntarem para celebrarem.
Desde tempos imemoriais, os transportes desempenham um papel fundamental na evolução das cidades.
A cidade do Porto, em Portugal, não é exceção. Ao longo da sua rica história, esta cidade costeira tem testemunhado uma transformação notável nos seus sistemas de transporte.
A história dos transportes no Porto remonta aos tempos romanos, quando a cidade era conhecida como "Portus Cale".
Naquela época, as estradas eram de fundamental importância para o comércio e a mobilidade. A rede de estradas ligava a cidade ao interior, facilitando a circulação de mercadorias e pessoas.
A importância dos transportes para a cidade ao longo dos séculos.
Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património. Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES), organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola, Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
A Itália Romana e Pontifícia - aula 2 - Artur Filipe dos Santos.pptxArtur Filipe dos Santos
Assis Não fosse a figura eterna de S. Francisco e Assis seria, provavelmente, apenas mais uma pequena vila pitoresca no centro de Itália Para sempre marcada pela história do fundador da Ordem Franciscana, Assis será sempre a cidade de São Francisco e de Santa Clara, um dos lugares mais visitados da cristandade, apenas superada por Roma, Jerusalém, Santiago de Compostela, Lourdes, Fátima e Nossa Senhora da Aparecida (Brasil). A cidade de Assis está localizada na encosta noroeste do Monte Subasio , numa posição moderadamente elevada em relação ao norte do Vale da Úmbria , cerca de 26 km a sudeste de Perugia. Numerosos achados arqueológicos atestam que Assis tem a sua origem num pequeno povoado habitado pelos úmbrios já no chamado período Villanovano (séculos IX - VIII aC ). Os Úmbrios eram um dos povos que fundaram a cultura romana, em conjunto com os látios, os etruscos e os ítalos. Aqui viveu e morreu S. Francisco de Assis, padroeiro de Itália.
A Itália Romana e Pontifícia - Aual 1 - Artur Filipe dos Santos .pptxArtur Filipe dos Santos
O Património Cultural da Itália Romana e Pontifícia A Itália é um país rico em história e cultura, e uma das épocas mais fascinantes de sua história é o período romano e pontifício. Ao longo dos séculos, várias cidades italianas foram testemunhas do poder e da influência dos imperadores romanos e dos papas, resultando num tesouro de património cultural que ainda pode ser apreciado até hoje. Nas próximas aulas vamos explorar algumas das cidades mais notáveis dessa era, com destaque para Roma, Assis, Florença, Ravena, Pádua, Veneza e Verona. A Itália é um país abençoado por uma riqueza cultural extraordinária, tanto em termos de arte e arquitetura quanto de paisagens naturais deslumbrantes. Não é de admirar que tantos dos seus bens tenham sido classificados como Património da Humanidade pela UNESCO. Itália | 58 sítios Com 58, a Itália é a líder em número de Patrimónios Mundiais da UNESCO. A região centro-norte do país concentra a maior parte deles, mas dê uma volta pelo sul e você também pode encontrar alguns. A Sicília, ilha na ponta da bota, também guarda seis deles. Grande parte dos patrimônios é de caráter cultural, como a Cidade de Verona, fundada no primeiro século antes de Cristo, ou os centros históricos de Roma e Florença. Cinco deles, no entanto, são patrimónios naturais, sendo o mais famoso o Monte Etna, o mais alto vulcão ativo da Europa. Na lista segue-se a China com 55, Espanha com 48, França com 46, Alemanha com 46, Índia com 36, México com 38 e o Reino Unido com 31.
A Itália Romana e Pontifícia - aula 3 - Artur Filipe dos Santos.pptxArtur Filipe dos Santos
Próxima paragem: Ravena Ravenna é uma cidade encantadora localizada no nordeste da Itália, na região da Emília-Romanha. Conhecida pela sua rica herança cultural e artística, Ravenna é um destino imperdível para os amantes de história e arte. Esta cidade pitoresca, situada a poucos quilómetros do mar Adriático, possui uma história fascinante e um legado de impressionantes monumentos e mosaicos. Ravena, terceira e última capital do Império Romano do Ocidente conserva uma coleção de mosaicos pictóricos iconoclastas que se encontram em alguns dos seus mais importantes monumentos. Alguns dos lugares imperdíveis para apreciar estas obras de arte incluem a Basílica de San Vitale, o Batistério Neoniano e o Mausoléu de Galla Placidia. Basílica de San Vitale: É um dos tesouros mais valiosos de Ravenna. Sua arquitetura impressionante e seus mosaicos deslumbrantes fazem dela um Património Mundial da UNESCO. Construída no século VI, essa igreja bizantina é um exemplo notável da fusão de influências arquitetónicas orientais e ocidentais. Batistério Neoniano: É outro local impressionante em Ravenna. Considerado um dos batistérios mais antigos da Itália, remonta ao século V e é conhecido por seus mosaicos deslumbrantes. Os mosaicos retratam cenas religiosas, incluindo o batismo de Jesus. Mausoléu de Galla Placidia: Joia da arte cristã e bizantina. Construído no século V, este mausoléu é famoso por seus mosaicos intrincados e bem preservados. Centro Histórico de Ravenna: Além dos tesouros artísticos, o centro histórico de Ravenna também oferece uma atmosfera encantadora. Ruas de paralelepípedos, praças pitorescas e edifícios medievais criam um ambiente singular no contexto das cidades italianas. Pádua A sua história encontra-se intimamente ligada a Santo António, nascido Fernando de Bulhões. Nasceu em 1195 em Lisboa. Ingressou inicialmente na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho e,inspirado por S. Francisco de Assis e pelos Mártires de Marrocos, vestiu, anos mais tarde, o hábito franciscano. Fernando de Bulhões viria a mudar o seu nome em homenagem a Santo Antão do Egipto (Antonius em Latim) Após ser ordenado sacerdote, dedicou-se à pregação e à vida de penitência. A sua eloquência, conhecimento teológico e a sua simplicidade conquistaram as pessoas, tornando-se um pregador popular em toda a Europa. Santo António faleceu em 1231, na cidade italiana de Pádua, onde é venerado como um santo especial. Milagres atribuídos a Santo António: Santo António é amplamente conhecido como o "santo dos milagres". Durante sua vida e após sua morte, inúmeros relatos de milagres foram atribuídos à sua intercessão. Entre os milagres mais famosos associados a ele estão a cura de doenças, a restauração de objetos perdidos, a proteção contra perigos e até mesmo a ressurreição de pessoas. A reputação de Santo António como um santo milagroso atraiu fiéis de todo o mundo, buscando sua intercessão em momentos de necessidade.
Património Cultural Português -O Património Cultural das Romarias Portugu...Artur Filipe dos Santos
As festas e romarias de Portugal são uma parte importante do património cultural do país. Estas perpetuam os usos, costumes e tradições das gentes portuguesas. As romarias são um costume religioso cujas origens se perdem nos tempos. Já na antiguidade, era costume dos povos antigos deslocarem-se em peregrinação aos seus deuses.
Há muitas festas e romarias que acontecem em todo o país, sobretudo durante o verão. Para além dos santos populares Santo António, S. João (sem esquecer a secuar Bugiada e Mouriscada de Sobrado, Valongo) e S. Pedro, em Maio e Junho há festas que atraem milhares de pessoas como a Festa das Cruzes, em Barcelos, ou o Senhor de Matosinhos.
Já em plena estação quente são as romarias a Santiago um pouco por todo o país e, sobretudo, a Sra. Da Agonia, em Viana do Castelo, no mês e Agosto, que atrai milhares de pessoas.
Muitas destas festas atraem emigrantes, que aproveitam as férias para regressar ao país, às suas cidades e aldeias. Disso são exemplo as romarias a S. Torcato, Guimarães, por alturas de julho, S. Bento de Seixas, também em Viana do Castelo.
Com forte implantação no norte do país, as romarias enchem as cidades e aldeias do Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro.
Património Cultural Português -Origem das Festas de Santo António de Lisbo...Artur Filipe dos Santos
As Festas de Santo António de Lisboa e as Marchas Populares têm raízes históricas e culturais profundas na cidade de Lisboa. Como terá surgido esta festa tão popular? E quando começaram a sair para a rua as marchas?
A título de introdução refira-se que As festas dos santos populares, como São João, São António e São Pedro, têm suas origens em tradições católicas e culturais que remontam a séculos atrás. Cada uma dessas festas tem suas próprias raízes históricas e lendárias, mas todas são celebradas de maneira semelhante, com festividades animadas, envoltas em cores e uma gastronomia típica de grande valor cultural. São António é celebrado em 13 de junho e é especialmente popular em Lisboa. São António é um santo muito querido em Portugal, conhecido como o santo casamenteiro e o padroeiro dos pobres.
Fica a curiosidade de sublinhar que Santo António tanto pode ser representado com o menino ao colo do lado direito como do lado esquerdo. Segundo a tradição, quando o santo tem o menino Jesus do lado direito está representado como casamenteiro e quanto tem o menino do lado esquerdo como milagreiro (ou identificado como padroeiro dos comerciantes e ladrões). Refira-se ainda que a simbologia de Santo António como menino Jesus ao colo remete para a enorme devoção do Santo de Lisboa (e de Pádua) à Nossa Senhora. Diz a tradição que Nossa Senhora lhe apareceu oferecendo-lhe o menino. Dizem também que o menino esticou os seus braços e entrelaçou-os ao redor do pescoço do frade, arrebatando o seu coração.
Património Cultural Português -Festa das Cruzes- Artur Filipe dos Santos.pdfArtur Filipe dos Santos
É a primeira romaria do ano no Minho. A Festa das Cruzes, em Barcelos, é uma celebração com mais de 300 anos, que une religiosidade e profano em torno da Igreja do Bom Jesus da Cruz.
Entre um e três de maio a “cidade do Galo” enche-se para comemorar a primeira grande romaria do ano, a Festa das Cruzes, cujas tradições remontam ao séc. XVI, à lenda de João Pires, o sapateiro.
Cenários de batalhas ou romances, os castelos europeus fazem parte da história – e do imaginário ocidental. Construídas na sua maioria na Idade Média, estas fortificações são hoje alguns dos mais famosos pontos turísticos do Velho Mundo.
Os chapéus têm uma longa história e não há um consenso sobre quando exatamente eles surgiram. Certo é que em Portugal, pelo menos desde 1802, aquele que é o concelho mais pequeno do País (cerca de 8 quilómetros quadrados) notabilizou-se na criação de chapéus: S. João da Madeira.
Artur Filipe dos Santos - patrimonio cultural - a paisagem natural e cultural...Artur Filipe dos Santos
A Serra da Estrela não é só neve, covões, lagoas ou rios. A sua riqueza cultural reside nas gentes das cidades e aldeias, num misto de tradição e arte onde o queijo e a lã são testemunho intemporal. De todas as localidades, a Covilhã é a cidade que melhor convive com a história e o seu presente.
Se é verdade que na paisagem serrana as aldeias figuram como pontos turísticos de inegável valor, cidades como a Guarda, Seia, Viseu, Mangualde, Celorico da Beira ou Covilhã guardam a memória da importância histórica da região beirã quanto à manutenção da nacionalidade e a proteção das fronteiras face à ameaça castelhana.
Criado em 1976, o Parque Natural da Serra da Estrela estende-se pelos concelhos de Celorico da Beira, da Covilhã, Gouveia, Guarda e ainda Manteigas e Seia. Uma extensão de 88 850 hectares, constituindo-se como uma das mais extensas áreas protegidas do nosso país. O Parque Nacional é toda uma paisagem feita de planaltos que se estendem desde a cidade da Guarda, a nordeste, até às faldas da serra do Açor, no concelho de Seia. Uma área caracterizada por um relevo de média e alta montanha, testemunho do passado glaciar que esta região já vivenciou.
A principal estrada que serpenteia a serra é a N339, num percurso de aproximadamente 40 km. Há ainda outras vias, secundárias, como a N338 que nos leva a cidade de Manteigas.
A Covilhã é a cidade mais próxima, a cerca de 20 km da Torre.
Pertencente ao distrito de Castelo Branco, a cidade da Covilhã é uma das entradas favoritas da Serra da Estrela. Sede de concelho com 46 mil habitantes é limitada a norte pelos municípios de Seia e Manteigas, a nordeste pela Guarda, a leste por Belmonte, a sul pelo Fundão e a Oeste por Pampilhosa da Serra e Arganil.
Capital da indústria da lã, a Covilhã é uma das cidades mais importantes da Beira, é a sede de uma das mais novas e importantes universidades portuguesas: a Universidade da Beira Interior.
Artur Filipe dos Santos - Património cultural - a paisagem natural e cultural...Artur Filipe dos Santos
É o teto de Portugal Continental. Desde tempos imemoriais que a Serra da Estela tem sido porto de abrigo para o homem, berço da transumância, cuja atividade teima em não desaparecer. Envolta em lendas, mistérios e personagens heroicas, as cidades, vilas e aldeias que rodeiam os antigos montes Hermínios guardam um passado comum banhado pelo rio Mondego.
É a cordilheira mais alta de Portugal Continental e, juntamente com a Serra da Lousã, a cordilheira constituinte mais ocidental do Sistema Central e também uma das mais altas do sistema Montejunto-Estrela.
Artur Filipe dos Santos - patrimonio cultural - o Património de Vila do Cond...Artur Filipe dos Santos
Entre a história e a Lenda, a cidade de Vila do Conde construiu o seu passado, presente e, com certeza, o futuro olhando para o Oceano Atlântico.
Em Vila do Conde desagua o Ave, rio que nasce na Serra da Cabreira, em Vieira do Minho, a 1277 metros de altitude, percorrendo 91 quilómetros até à foz, passando por importantes concelhos como Póvoa de Lanhoso, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa.
Vila do Conde, o rio Ave e a serra da Cabreira partilham uma lenda que se perde na raiz do tempo. Descubra nesta apresentação.
Artur Filipe dos Santos
Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património. Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES), organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola, Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
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Artur Filipe dos Santos - patrimonio cultural - paisagens outonais de Portuga...Artur Filipe dos Santos
É no outono que Portugal se transforma e ganha cores douradas e vermelhas. Com cheiro a castanha assada, o nosso país abraça uma das estações mais bonitas do ano. As florestas transformam-se e os caminhos ganham um novo colorido. São várias as paisagens, de norte a sul, que podemos descobrir o Outono em Portugal
Património Cultural da Occitânia-Avignon - Artur Filipe dos Santos .pdfArtur Filipe dos Santos
Avignon: a Cidade dos Papas Franceses
Avignon é uma cidade no sul da França , localizada na confluência do Rhône e Durance . É a capital do arrondissement de Avignon e do departamento de Vaucluse , no noroeste da região Provence -Alpes -Côte d'Azur , bem como a sede do conselho da Grande Avignon .
A fama de Avignon vem principalmente de sua ponte e suas muralhas históricas .
Partrimónio Cultural da Occitânia-Carcassonne - Artur Filipe dos Santos .pdfArtur Filipe dos Santos
É uma das paisagens culturais mais extraordinárias da Europa. A história e a riqueza cultural da Occitânia é um misto de línguas, tradições e lendas milenares. A cidade de Carcassonne é um complexo fortificado único na Europa: 3 km de muralhas, 52 torres, um castelo, uma verdadeira fortaleza dentro da fortaleza, uma basílica e uma vila ainda habitada.
Artur Filipe dos Santos - patrimonio cultural - GUIMARÃES - Senhora da Penha...Artur Filipe dos Santos
É um dos monumentos mais visitados de Guimarães. Com uma arquitetura arrojada, o santuário da Senhora da Penha, da autoria de Marques da Silva, é a sua paisagem que torna a construção avassaladora. O Santuário da Penha é um monumento de singular beleza e valia arquitectónica e religiosa, símbolo de fé, e um farol de Guimarães. O Santuário da Penha, situa-se no Monte da Penha, em Guimarães. O seu nome completo oé Santuário de Nossa Senhora do Carmo da Penha, mas habitualmente referido como Santuário de Nossa Senhora da Penha.
Património Cultural da Occitânia-Toulouse - Artur Filipe dos Santos .pdfArtur Filipe dos Santos
É uma das paisagens culturais mais extraordinárias da Europa. A história e a riqueza cultural da Occitânia é um misto de línguas, tradições e lendas milenares.
Guimarães Museu Alberto Sampaio e Fundação Martins Sarmento - Artur Filipe ...Artur Filipe dos Santos
Um dos mais importantes museus do país, ocupa o lugar onde, no século X, a condessa Mumadona Dias mandou erguer um mosteiro.
O nome do museu procura homenagem o célebre historiador vimaranense Alberto Sampaio.
Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
Aula voltada para alunos do Ensino Médio focando nos processos de Independência da América Latina a partir dos antecedentes até a consolidação dos Estados Nacionais.
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
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Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
património Cultural PortuguêsO Património Cultural dos Povos que fizeram Portugal - Artur Filipe dos Santos
1. 1
Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
O Património Cultural
dos Povos que fizeram Portugal
Desde os Celtas aos Visigodos até
Aos povos dos Descobrimentos
2. Qual a origem dos
portugueses? Como
surgiram os
portugueses? Que
mistura de povos deu
origem ao que somos
hoje? Ou será que somos
descendentes apenas de
um povo e diferentes de
todos os outros?
2
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
3. • Os portugueses são
fruto de uma mistura
de povos que migraram
para a Península
Ibérica no decorrer dos
séculos e assim surgiu
também a nossa
língua.
3
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
4. A mistura básica ocorreu
entre os Iberos e celtas.
Os iberos foram os
habitantes indígenas de
Portugal, provenientes
do norte da África e
sudeste da Europa.
4
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
5. • Misturas menores
ocorreram com a
chegada dos romanos, de
onde se originou a língua
portuguesa e com os
mouros, principalmente
berberes. Com a
decadência do Império
Romano, Portugal foi
invadido por povos
germânicos, como os
visigodos e suevos.
5
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
6. Influências pouco
significativas vieram com
gregos, fenícios,
cartagineses, vândalos e
os alanos.
6
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
7. • Os celtiberos são o povo que resultou, segundo
alguns autores, da fusão das culturas do povo
Céltico e a do povo Ibero, nativo da Península
Ibérica.
7
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
8. • Habitavam a Península
Ibérica, nas regiões
montanhosas onde
nascem os rios Douro,
Tejo e Guadiana, desde
o século VI a.C..
8
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
9. Não há, contudo,
unanimidade quanto à
origem destes povos
entre os historiadores.
9
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
10. • Para outros autores, tratar-se-ia de um povo Celta
que adaptou costumes e tradições iberas. Estavam
organizados em gens, uma espécie de clã familiar
que ligava as tribos, embora cada uma destas fosse
autónoma, numa espécie de federação.
10
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
11. • Esta organização social
e a sua natural
belicosidade,
permitiram a estes
povos resistir
tenazmente aos
invasores Romanos até
cerca de 133 a.C., com
a Queda de Numância
(a 7 km da atual Sória).
11
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
12. Deste povo
desenvolveram-se, na
parte ocidental da
Península, os Lusitanos,
considerados pelos
historiadores como os
antecessores dos
portugueses, que viriam
ser subjugados ao
Império Romano no
século II a.C..
12
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Técnica de ataque dos vaus.
13. • Os dados sobre a
composição genética
dos Portugueses
apontam para a sua
fraca diferenciação
interna e base
essencialmente
continental europeia
paleolítica.
13
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
14. É certo que houve processos
démicos no Mesolítico (provável
ligação ao Norte de África) e
Neolítico (criando alguma
ligação com o Médio Oriente,
mas bastante menos do que
noutras zonas da Europa), tal
como as migrações das Idades
do Cobre, Bronze e Ferro
contribuíram para a indo-
europeização da Península
Ibérica (essencialmente uma
«celtização»), sem apagar o
forte carácter mediterrânico,
particularmente a sul e leste.
14
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
18. • A romanização, as
invasões germânicas, o
domínio islâmico
mouro, a presença
judaica e a escravatura
subsariana terão tido
igualmente o seu
impacto e a sua
contribuição démica.
18
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
19. Podem mesmo listar-se
todos os povos
historicamente mais
importantes que por
Portugal passaram e/ou
ficaram:
19
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
20. As culturas pré-indo-
europeias da Península
Ibérica (como Tartessos e
outras anteriores) e seus
descendentes (como os
cónios, posteriormente
«celtizados»);
• Os protoceltas e celtas
(tais como os lusitanos,
Galaicos, Célticos);
• Alguns poucos fenícios e
cartagineses;
• Romanos;
20
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
21. • Suevos, búrios e visigodos,
bem como alguns poucos
vândalos e alanos;
• Alguns poucos bizantinos;
• Berberes com alguns árabes
e saqaliba (escravos
eslavos);
• Judeus sefarditas;
• Fluxos menos maciços de
migrantes europeus
(particularmente da Europa
Ocidental).
21
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
22. • Todos estes processos
populacionais terão
deixado a sua marca,
ora mais forte, ora só
vestigial.
22
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
23. Mas a base genética da
população relativamente
homogénea do território
português, como do resto
da Península Ibérica,
mantém-se a mesma nos
últimos quarenta milénios:
os primeiros seres
humanos modernos a
entrar na Europa Ocidental,
os caçadores-recolectores
do Paleolítico.
23
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
24. • Estudo genético
• Um estudo genético
pormenorizou as
origens geográficas dos
antepassados dos
atuais portugueses,
sendo as seguintes:
24
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Muito antes dos Lusitanos, andaram por aqui
os Sefes, que terão sido os verdadeiros
antepassados dos portugueses. E antes deles
estiveram os Estrímnios.
Castro de Monte Mozinho, Penafiel
25. • 50,4% de contribuição ibero-
itálica (originária da Europa
mediterrânica)
• 25% de contribuição noroeste-
europeia (originária das Ilhas
Britânicas, Europa Ocidental
ou Escandinávia)
• 9,1% de contribuição eslava-
báltica (originária da Europa
do leste e do centro e dos
Balcãs)
• 4,2% de contribuição norte-
africana (originária do
Magrebe e do Deserto do
Saara)
25
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Portugal é do “tamanho do mundo”,
tal é a amalgama de povos que pelo
nosso país já passaram J
26. • 2,6% de contribuição
árabe (originária da
Península Arábica e do
Nordeste da África)
• 2,5% de contribuição
leste-mediterrânica
(originária dos atuais
Chipre, Malta e de judeus
europeus)
• 1,2% de contribuição do
Corno da África (atuais
Etiópia e Somália)
26
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27. • 1,9% de contribuição da
Cordilheira do Cáucaso
(atuais Rússia, Geórgia,
Arménia, Azerbaijão,
Irão e Turquia)
• 1,0% de contribuição
urálica (atuais
Finlândia, norte da
Rússia e montanhas
urálicas)
27
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Nacionalidades dos atuais residentes
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
(sistematização e cálculos de Oliveira e
Gomes: 2017, Indicadores de Integração
de Imigrantes 2017:
28. Segundo um outro
estudo, dos antepassados dos
atuais portugueses:
• 50% deles eram originários
da Península Ibérica. Isso
sugere uma origem
predominantemente
autóctone da população
portuguesa, remontando
aos primeiros habitantes
humanos da Península
Ibérica, talvez incluindo
povos falantes de língua
ibérica que ali chegaram em
tempos pré-históricos.
28
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
30. • 28,9% eram originários dos
arredores da região chamada
pelos romanos de Gália Belga,
que hoje incluem os Estados da
Bélgica, Holanda, Luxemburgo,
norte da França e sudeste da
Grã-Bretanha. Isso sugere uma
migração de povos de cultura
celta para a Ibéria, que também
ocorreu em tempos pré-
históricos.
• 11,2% eram do Norte da África, o
que pode significar contacto
direto com mercadores fenícios e
cartaginenses, assim como
resultado da invasão muçulmana
da península Ibérica ocorrida na
Idade Média.
30
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
32. • 4,5% eram fenícios, que
pode ser resultado da
migração de povos que
estiveram em contacto
direto com eles, como os
godos e alanos, de povos
do Báltico como os
suevos ou dos saqaliba, que
eram escravos eslavos
trazidos para Portugal
durante o domínio islâmico.
• Outras migrações
contribuíram com os
restantes 5,4%.
32
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
33. Não existe de facto um
consenso, sabendo-se no
entanto que Portugal é
habitado desde tempos
imemoráveis.
33
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
34. • Estas teorias,
relativamente recentes,
foram facilmente
aceites, principalmente,
por aqueles que
registavam qualquer
ligação dos europeus a
África.
34
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
35. 35
Presença do homem do Neandertal (Homo Neanderthalensis)
na Europa. Há cerca de 200 000 anos, no paleolítico inferior,
os neandertais chegaram à Península, presença que perdurou
até 28 000 a.C., quando o homem do neandertal se extinguiu,
sendo o seu último refúgio o atual território de Portugal.
36. Os livros de História, quando mencionam os
antepassados dos portugueses, fazem referência
sobretudo aos Lusitanos, à presença Romana e aos
Mouros. No entanto, os povos que deram origem aos
portugueses estão longe de ser apenas esses.
36
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
37. É o caso, por exemplo, dos Estrimníos, dos Sefes ou
dos Cempsos, cuja história apenas pode ser
conhecida através das crónicas do escritor latino
Avieno, no século IV.
37
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
38. • Note-se ainda que muitos
povos são catalogados
como pertencendo a
tribos celtas falar de
todos eles é uma tarefa
complicada. Exemplo
disso são os Tamagani
(que deu origem ao nome
do rio Tâmega), na zona
de Chaves ou os Gróvios,
na zona do Minho.
38
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Os tamaganos (em latim tamagani) eram um povo pré-
romano que vivia nas margens do rio Tâmega,
em Portugal, na zona de Chaves e de Verim. A
etimologia poderia vir de tami, "rio" no idioma local. O
nome deste povo aparece referido na ponte romana
de Trajano de Chaves.
39. • Os tamaganos (em latim
tamagani) eram um povo
pré-romano que vivia nas
margens do rio Tâmega,
em Portugal, na zona
de Chaves e de Verim. A
etimologia poderia vir
de tami, "rio" no idioma
local. O nome deste povo
aparece referido
na ponte romana
de Trajano de Chaves.
39
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
40. • Ainda antes dos
Lusitanos, muitos povos
habitaram o território
que hoje corresponde a
Portugal. Alguns desses
povos não deixaram
vestígios e tudo o que
sabemos sobre eles
provem da leitura das
crónicas históricas dos
gregos e dos romanos.
40
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Escultura dos Celtas Galaicos
41. • E há ainda algumas
surpresas, como os
escravos negros que
foram usados para
povoar a zona do Sado
ou os Franceses que
vieram povoar algumas
partes do Alentejo no
século XII.
41
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
42. • Lista dos 16 povos que
“fizeram” Portugal:
42
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
43. • Estrímnios
• Os Estrímnios (em
latim: Oestremni são
dados como o primeiro
povo nativo conhecido de
Portugal. Oestremni
significaria (povo do)
extremo
ocidente. Estendiam o
seu território da Galiza
(Noroeste de Espanha)
até ao Algarve.
43
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
44. Este povo de hábitos
rudes dormia no chão,
alimentava-se de carne
de bode e pão feito a
partir de farinha de
bolotas e praticava
sacrifícios humanos
durante os quais
examinavam as vísceras
das vítimas para predizer
o futuro.
44
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Dólmen Oestrimni, Galiza
45. • Sefes
• Vindos de leste,
chegaram os Sefes
(cultura de Hallstat),
guiados pela sua deusa-
serpente, Ofiusa. Estes
eram menos
numerosos que os
Estrímnios.
45
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
46. No entanto, os
Estrímnios eram um povo
de agricultores pacíficos e
os Sefes, além de bons
guerreiros, possuíam uma
religião mais
desenvolvida e quase
exterminaram os
Estrímnios, tendo
sobrevivido apenas alguns
povoados dispersos pelo
território que antigamente
dominavam.
46
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
47. • A passagem
dos Sefes como força
invasora pelas planícies
do Alentejo encontra-se
arqueologicamente
documentada, seja pelo
desaparecimento súbito e
inexplicável de povoados
na Serra de Huelva e nas
duas margens do
Guadiana (o povoado de
Passo Alto, na margem
direita do Chança, é um
caso paradigmático),
47
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
48. seja pela alteração do modelo de povoamento no
Alentejo Central, com as populações abandonando as
suas quintas na planície, sem preocupações defensivas, e
recuperando ou construindo grandes povoados
fortificados, no cimo dos montes, como se pode
comprovar nos povoados da Serra d’ Ossa, no Alto
Alentejo.
48
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
49. • Fundam uma primeira
cidade, Dipo, que
sobrevive até à época
romana e que muito
acreditam estar no
subsolo de Évoramonte.
E avançando para oeste e
para noroeste fundam
sucessivamente Beuipo
(Alcácer do Sal), Olisipo
(Lisboa) e Colipo (Leiria),
avançando até às
margens do Mondego.
49
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Cromeleque dos Almendres
O Cromeleque dos Almendres localiza-se na freguesia de Nossa
Senhora de Guadalupe, no concelho de Évora, Distrito de Évora,
em Portugal.
Constitui-se num círculo de pedras pré-histórico (cromeleque) com 95
monólitos de pedra. É o monumento megalítico do seu tipo mais
importante da Península Ibérica, e um dos mais importantes
da Europa, não apenas pelas suas dimensões, como também pelo
seu estado de conservação.[1] Junto com o menir dos Almendres,
localizado nas proximidades, o conjunto é classificado
pelo IGESPAR como Imóvel de Interesse Público desde 1974, foi
elevado a Monumento Nacional em 2015.[
50. • Os Celtas
• Celtas é a designação
dada a um conjunto de
povos (um etnónimo),
organizados em
múltiplas tribos e
pertencentes à família
linguística indo-
europeia que se espalhou
pela maior parte do
Oeste da Europa a partir
do II milénio a.C..
50
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51. • A primeira referência
literária aos celtas
(Κελτοί) foi feita pelo
historiador
grego Hecateu de
Mileto no século VI
a.C..
51
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
52. • Boa parte da população
da Europa
ocidental pertencia às
etnias celtas até à
conquista daqueles
territórios pelo Império
Romano; organizavam-
se em tribos, que
ocupavam o território
desde a Península
Ibérica até à Anatólia.
52
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
53. • A maioria dos povos
celtas foi conquistada, e
mais tarde integrada,
pelos Romanos, embora
o modo de vida celta
tenha, sob muitas formas
e com muitas alterações
resultantes
da aculturação devida
aos invasores e à
posterior cristianização,
sobrevivido em grande
parte do território por
eles ocupado.
53
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Cruz celta, monte Santa Tecla, Galiza
54. 54
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• Existiam diversos
grupos celtas
compostos de várias
tribos, entre eles
os bretões, os gauleses,
os escotos, os eburões,
os batavos, os belgas,
os gálatas,
os trinovantes,
os caledónios e os
Calaicos.
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Guerreiro Calaico - Castro do Outeiro do
Lesenho, Boticas
55. • Os celtas são
considerados os
introdutores
da metalurgia do ferro na
Europa, dando origem
naquele continente
à Idade do Ferro (culturas
de Hallstatt e La Tène),
bem como das calças na
indumentária masculina
(embora essas sejam
provavelmente
originárias
das estepes asiáticas).
55
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
56. 56
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• Tal como consta que
traziam com eles um
pequeno cavalo muito
parecido com o
português garrano, que
nessa língua quer dizer
"cavalo pequeno".
57. • A Península Ibérica sofreu
um duplo processo de
influência durante o I
milénio a.C., por um lado
um influxo mediterrânico,
enquanto que pelo outro,
um processo de
celtização afectou as
zonas central e ocidental
principalmente.
57
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
58. 58
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• A cultura dos "Campos de
Urnas", que se havia
identificado com os Celtas
até agora, foi delimitada no
noroeste, logo, as teses
"invasionistas" encontram-
se com o problema de que
esta zona não coincide com
a área geográfica e
linguística dos Celtas, já que
eram sociedades que
falariam o ibérico, como
parece indicar a epigrafia e
as referências históricas.
59. • Influência e "Celtização"
59
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• Os povoados fortificados,
e os posteriores Oppida
explicam a hierarquização
do território que surge
em relação à
transumância sazonal do
gado, para evitar tanto a
seca estival da Meseta
(fenómeno conhecido
como agostamiento),
como a dureza invernal
das serras.
Castro de Sanfins
60. • Este tipo de economia
produziria uma
sociedade
hierarquizada, sendo
que no topo estaria a
classe guerreira, como
parecem indicar as
fontes históricas.
60
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
62. 62
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• O ritual de incineração
dos cadáveres, pode
explicar-se através de
influências de "Campos
de Urnas", como ocorre
nos Celtiberos ou
Vetões.
63. • A construção de
túmulos como o de
Pajaroncillo, ou as
estelas alinhadas
podem ser resultado
das diferenças étnicas,
cronológicas e sociais.
63
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Pajaroncillo é um município da Espanha
na província de Cuenca, comunidade
autónoma de Castilla-La Mancha
64. 64
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• As fíbulas, os adornos e
as espadas documentam
o uso do ferro desde as
primeiras fases de
introdução da influência
colonizadora (fenícios e
gregos), evidenciando
influências multi-
direccionais, tanto
mediterrânicas como
transpirenaicas, o que
não permite pensar
numa única via de
chegada, nem numa
origem comum.
65. • Esses objectos devem
considerar-se como
objectos de prestígio das
elites guerreiras, cujo
grande desenvolvimento
seria favorecido pelos
intercâmbios com o
mundo colonial
mediterrânico, como pela
organização pastoril e
guerreira do interior.
65
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
66. 66
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• Assim se compreende
que a quantidade
destes objectos no
interior seja minoritária
e que existam variantes
locais, dada a sua
difusão por intercâmbio
e a imitação artesanal.
67. • Esta organização
hierarquizada e guerreira,
unida à introdução do
ferro, produto abundante
e difundido rapidamente,
explica a formação das
características da Cultura
celtibérica e a sua
tendência para a
expansão, a qual se
traduziu num processo de
"celtização" de outras
populações, e chocou
com os romanos.
67
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Guerrero Galaico . Siglo lll a.C.
68. 68
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• O processo de "celtização"
explica a aparição de
elementos arqueológicos,
linguísticos, socio-económicos
comuns e atribuíveis aos
Celtiberos: como armas
"celtibéricas" nas necrópoles,
fíbulas, topónimos em briga,
antropónimos e topónimos
em Seg-; antropónimos
"celtius" ou em ambatus,
organizações supra-familiares
que se reflectem nos genitivos
em plural, pactos de
hospitalidade, e inclusive um
elemento religioso comum,
como Lug.
69. • Topónimos celtas em
Portugal
69
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70. • Celtiberos
• Os celtiberos são o povo que resultou, segundo
alguns autores, da fusão das culturas do povo
Céltico e a do povo Ibero, nativo da Península
Ibérica.
70
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
71. Habitavam a Península
Ibérica, nas regiões
montanhosas onde
nascem os rios Douro,
Tejo e Guadiana, desde o
século VI a.C.. Não há,
contudo, unanimidade
quanto à origem destes
povos entre os
historiadores.
71
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
72. • 4. Lusitanos
• Os lusitanos são
normalmente vistos
como uns dos
antepassados dos
portugueses do centro
e sul do país e dos
extremenhos. Eram um
povo celtibérico que
viveu na parte ocidental
da Península Ibérica.
72
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
73. • Primeiramente, uma única
tribo que vivia entre os rios
Douro e Tejo ou Tejo e
Guadiana. Ao norte do
Douro limitavam com os
galaicos e astures – que
constituem a maior parte
dos habitantes do norte de
Portugal – na província
romana de Galécia, ao sul
com os béticos e ao oeste
com os celtiberos na área
mais central da Hispânia
Tarraconense.
73
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
74. • A figura mais notável
entre os lusitanos foi
Viriato, um dos seus
líderes no combate aos
romanos.
74
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Monumento a Viriato, Viseu
Nascimento
Lusitânia
Morte 139 a.C.
Batalhas/Guerras Guerra Lusitana
75. Apesar de as fronteiras da
Lusitânia não coincidirem
perfeitamente com as de
Portugal de hoje, os povos
que aqui habitaram são
uma das bases etnológicas
dos portugueses do centro
e sul e também dos
extremenhos (da
Extremadura espanhola).
75
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
77. • Traziam produtos,
como tecidos, vidros,
porcelanas, armas e
objectos de adorno,
para fazerem as suas
trocas comerciais.
Fundam as Feitorias,
isto é, uma espécie de
postos comerciais, no
litoral.
77
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
78. Criaram o primeiro
alfabeto, constituído por
22 consoantes, e utilizaram
o papiro para
escreverem. Infelizmente,
em termos materiais e
arquitetónicos temos
poucos vestígios sobre este
povo (o subsolo do claustro
da Sé de Lisboa é um dos
poucos exemplos).
78
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Reprodução de inscrições em língua
lusitana em Arroyo de la Luz (Província de
Cáceres)
80. • Cempsos
• Os cempsos foram
uma tribo que habitou o
sudoeste da Península
Ibérica na Antiguidade.
Habitavam a região do
Cinético, nome dado
na Antiguidade ao Algarve,
e faziam parte dos cinetes,
motivo pelo qual, mais
tarde, Avieno deu o nome
de lugum cempsicum ao
actual cabo Espichel.
80
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
81. Os cempsos viveram na
região conhecida
como Cuneum
Ager (“Campo Cónio”),
sendo assim uma variante
étnica dos cónios, talvez
com fortes
influências lígures ou célti
cas.
81
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
82. • Estas hipóteses, no entanto,
permanecem em aberto, na
falta de qualquer indício
significativo que permita
elucidar melhor esta
questão. Nicolae
Densusianu, na sua
obra Dacia Pré-histórica,
localiza a tribo dos cempsos
nas proximidades
do Cănicea, numa aldeia
da Roménia habitada nessa
época pelos coniscos ou
cónios. Os cempsos
terão fundado Sesimbra.
82
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
83. • Gregos
• Os Gregos chegaram
depois à Península,
concorrentes
comerciais dos Fenícios,
fundam várias colónias,
tais como Alcácer do
Sal. Estes introduziram
a civilização helénica no
Sul e Leste da
Península.
83
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
84. Como vestígios da sua
presença deixaram a
ânfora (uma das
primeiras peças para
armazenar
mantimentos), vasos e
moedas. Embora se
considerem lendas, diz-
se que Ulisses fundou
Lisboa, e o filho deste,
Abidis, fundou Santarém.
84
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
85. • A maior contribuição
grega na cultura das
populações deste
território foi sem
dúvida a noção de
moeda, que começou a
ser cunhada localmente
em Emporion no século
V a.C. e em Rodes no
século seguinte.
85
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
86. Esta prática, porém, só se
tornou corrente nos
restantes territórios da
Península Ibérica nos
anos posteriores e sob a
influência de Cartago.
86
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
87. • Cartagineses
• Os Cartagineses
descendiam dos
Fenícios. Estes
dedicam-se ao
comércio de metais e à
salga de peixe. Atribui-
se-lhes a fundação de
Portimão e outras
colónias de pescadores
na costa algarvia.
87
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
88. • Além de grandes
comerciantes, os
cartagineses eram
também
grandes exploradores.
88
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
89. Algures entre o ano 500
aC e 420 aC, o almirante
cartaginês Hanão
organizou uma expedição
para efectuar comércio
marítimo em torno da
costa africana,
possivelmente para
fundar colónias a sul.
89
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
90. • Muitos historiados
creem que o navegador
terá chegado até à
Serra Leoa e ao Golfo
da Guiné, mas não é
provável que tenha
estabelecido rotas
permanentes de
comércio.
90
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Hanão, dito o Navegador (Hanno ou Hannon, Cartago, c. 500 a.C. —?440 a.C.) foi um almirante cartaginês que empreendeu na
primeira metade do século V a.C. uma viagem de colonização e exploração pela costa atlântica da África, atingindo, pelo menos, a
zona equatorial africana. Para além da notícia de um vulcão em actividade (provavelmente o Monte Camarões), deve-se a Hanão a
primeira descrição nas culturas mediterrânicas, depois adoptada pela greco-latina, do gorila e das selvas tropicais.
O Periplus Hannonis
91. Não existe prova
concreta que tenham
comerciado além de
Marrocos. Porém, a
viagem à Serra Leoa é
descrita com algum
pormenor.
91
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
92. • Suevos
• Os Suevos começaram
por ser guerreiros e
lavradores. Depois
tornaram-se
conquistadores e
alargaram o seu reino
para sul, até ao rio Tejo.
Converteram-se ao
catolicismo, por
influencia de S. Martinho
de Dume.
92
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
93. 93
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
• S. Martinho de Dume ou Martinho de
Braga (Panónia, c.510/5 – Braga, 579/80),
também conhecido como Martinho
Dumiense, Martinho
Bracarense ou Martinho da Panónia, foi
um bispo de Braga e
de Dume considerado santo pela Igreja
Católica. Martinho nasceu na Panónia,
actual Hungria, no século VI. É conhecido
como o "apóstolo dos suevos", por ser
considerado o maior responsável pela sua
conversão do arianismo ao catolicismo.
Também é conhecido por nominar os dias
da semana em língua portuguesa.
S. Martinho de Braga,
Galeria dos Arcebispos da Sé de Braga
94. Fundaram o Reino dos
Suevos, com a capital em
Braga. Esta tornou-se um
grande centro de fé e de
cultura. Com a expansão
do reino para sul, os
Suevos instalaram-se em
Portucale, na foz do rio
Douro.
94
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
95. • Segundo o historiador
Dan Stanislawski, o
norte de Portugal tem
ainda fortes influências
dos suevos.
95
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
S. Torcato
Igreja de S. Martinho de
Cedofeita, Porto
96. A característica mais
evidente é a prevalência
de pequenos terrenos
rurais (o que contrasta
com o sul de Portugal,
onde se encontram mais
latifúndios).
96
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
97. • O arado quadrado e o
espigueiro também foram
deixados por este povo.
Na toponímia, nomes
como Freamunde ou
Guilhofrei (Vieira do
Minho) evocam origens
germânicas.
• Calabicastro, um dos
antigos nomes de
Santarém (a par de
Escalábis) é de origem
sueva.
97
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Espigueiros do Lindoso
98. Moedas de origem sueva
98
Cunhagem em prata do tempo do rei suevo Richarius
Exemplo de cunhagem em ouro, em nome do
Imperador Honório, que reinou entre 393 e 423.
99. • Visigodos
• Os Visigodos chegaram
à Península Ibérica no
ano de 416. Aqui
fundaram um reino,
submeteram os Suevos
e ficaram a dominar
longos anos em todo o
território.
99
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
100. • No que diz respeito a
edifícios, temos a
Capela de S. Frutuoso
de Montélios, perto de
Braga, a Igreja de S.
Pedro de Balsemão, nos
arredores de Lamego, e
a Igreja de S. Gião da
Nazaré (datada
provavelmente do séc.
VII).
100
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Capela de S. Frutuoso
105. • Claros traços visigóticos
presentes em alguns
espaços são o arco de
ferradura e a planta em
forma de cruz das
igrejas. Também
deixaram um
importante trabalho na
área jurídica.
105
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
S. Gião
106. • Escreveram Liber
judiciorum (ou Codex
Recesvintus), uma obra
que forneceu as bases
do pensamento jurídico
na era medieval na
Península Ibérica.
106
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
107. • Também relevantes foram o Código de Eurico, a Lex
romana visigothorum.
107
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108. • Romanos
• É dos povos que mais
heranças nos deixaram: o
latim, a numeração
romana, pontes,
estradas, aquedutos e
cidades (o mais famoso
centro urbano romano é
em Condeixa, onde
existem as ruínas
da antiga cidade romana,
Conímbriga).
108
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
112. • A calçada portuguesa é
também uma criação
dos romanos. O vinho,
o pão e o azeite eram
muito admirados pelos
romanos. A lei do
mundo ocidental ainda
hoje tem uma notória
influência romana.
112
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
113. • Judeus
• Até à época da
Inquisição existiam
muitos judeus em
Portugal com grande
influência na sociedade.
113
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
114. • Muitos judeus
desempenharam um
trabalho relevante para
o sucesso das
descobertas
portuguesas nos
séculos XV e XVI,
trabalhando na áreas
da matemática, de
astronomia e de
cartografia.
114
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
115. • Judeus na História de Portugal:
• Amato Lusitano
• Judeu português, médico e
escritor do século XVI. Nasceu
em Castelo Branco, em 1511,
baptizado como João Rodrigues.
Aos 14 anos foi estudar Medicina
para Salamanca, exercendo
clínica em dois hospitais aos 18
anos. Regressou a Portugal em
1531, trabalhando em Lisboa.
1533/1534 marca o início da vida
errante pela Europa (devido à
Inquisição) onde desenvolveu
obras importantes.
115
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
116. • Judeus na História de Portugal:
• Garcia de Orta
• Garcia de Orta nasceu, em 1501, em
Castelo de Vide, distrito de
Portalegre. Os seus pais, Fernando
Isaac de Orta e Leonor Gomes, eram
judeus, tendo sido expulsos de
Espanha em 1492 pelos Reis
Católicos. Estudou em Espanha,
nomeadamente em Salamanca e
Alcaná de Henares. Tirou o
Bacharelato em Artes e licenciou-se
em Medicina e Filosofia Natural. Foi
durante o seu percurso universitário
que surgiu o interesse pelo estudo
de plantas medicinais.
116
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
117. • Judeus na História de Portugal:
• Pedro Nunes
• Pedro Nunes foi um dos primeiros nomes na
difusão e na investigação científica no país
mais a ocidente na Europa. Desenvolvendo o
seu trabalho na época dos Descobrimentos,
revelou-se primordial na instrumentalização
das diferentes viagens encetadas pelas
tripulações lusas. Apesar de formado em
Matemática, foi muito além da sua área de
estudos, caminhando lado a lado com as
progressivas inovações científicas europeias.
Um dos nomes da Ciência que deu luz às
portas europeias do Atlântico, sendo o farol
em ciência e engenho de todo o
empreendedorismo náutico.
117
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
118. • Judeus na História de Portugal:
• Abraão Zacuto
• Zacuto teria nascido em Salamanca em c.
1450. Ali teria estudado e leccionado
astronomia e astrologia na Universidade de
Salamanca, ainda que haja poucos detalhes
sobre sua vida naquela cidade. Quando da
expulsão dos judeus de Espanha em 1492,
Zacuto refugiou-se em Portugal, sabendo-se
que estava a serviço de D. João II em Junho
de 1493. Era já reconhecido como um
importante astrónomo antes de chegar a
Portugal. No país, seu trabalho foi
importante para a ciência náutica. Foi
chamado à Corte e nomeado Astrónomo e
Historiador Real pelo Rei D. João II, cargo
que exerceu até ao reinado de D. Manuel I.
Foi consultado por este monarca acerca da
possibilidade de uma viagem por mar até à
Índia, que apoiou e encorajou.
118
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
119. • Muçulmanos
• A presença muçulmana em
Portugal durou 500 anos,
sendo assim natural que
tenha deixado uma forte
herança. Temos alguns
bairros em Portugal que
preservam o mesmo aspeto
do tempo dos muçulmanos
(como a Mouraria e
Alfama), e a casa tradicional
do Alentejo e Algarve
(chaminés e açoteias) com
o estilo muçulmano.
119
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Igreja de Nossa Senhora da
Anunciação, também referida
como Igreja Matriz de Mértola,
no Alentejo,
120. 120
Mouraria, Lisboa
A Mouraria é um dos mais tradicionais
bairros da cidade de Lisboa, que deve o
seu nome ao facto de D. Afonso
Henriques, após a conquista de Lisboa,
ter confinado uma zona da cidade para
os muçulmanos. Foi neste bairro que
permaneceram os mouros após
a Reconquista Cristã.
121. 121
Alfama é o mais antigo e um dos mais típicos bairros da
cidade de Lisboa. Atualmente, abrange uma parte
da freguesia de Santa Maria Maior e outra da freguesia de São
Vicente. O seu nome deriva do árabe al-hamma ( اﻟﺣﻣّﺔ(, que
significa banhos ou fontes.
122. • Na agricultura, o
tanque, a nora e os
canais de rega, o
alambique foram
invenções islâmicas.
Trouxeram
árvores/alimentos
como a oliveira,
limoeiro, laranjeira,
abóbora, cenoura, arroz
e a figueira.
122
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Acéquia é um termo arcaico, de
origem árabe (as-sáqiya; "regato ou canal
para irrigar campos") sinónimo
de regueiro (canal de irrigação)
ou aqueduto.
Exemplo de uma acéquia na Serra da Freita
124. 124
Antiga nora de origem árabe em S.
Bartolomeu de Messines, concelho de
Silves
125. 125
O alambique (do árabe اﻷﻧﺑﯾق, transl. al-anbiq, por sua vez do grego ambix, ambikon,
possivelmente derivado do semítico)[1] é um equipamento usado na destilação de
várias bebidas alcoólicas, óleos essenciais, incluindo a aguardente vínica, o bagaço e
a cachaça. Baseado no processo de destilação simples, foi usado em tempos
remotos na alquimia.
126. • Também nos doces há
intervenção
muçulmana: arroz
doce, aletria, açúcar. No
nosso atual
vocabulário, quase
todas as palavras que
começam por Al têm
origem muçulmana.
126
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Lista de palavras
portuguesas de origem árabe
Topónimos árabes em Portugal
127. • Africanos
• Embora seja um pormenor
desconhecido pela maioria
dos portugueses, a zona do
vale do Sado foi povoado por
escravos negros. É frequente
atribuir-se ao Marquês de
Pombal a iniciativa de
promover a fixação de
populações negras no vale do
Rio Sado. sem épocas muito
anteriores a Pombal. Segundo
tais registos, já no séc. XVI
havia pessoas de cor negra
vivendo nas terras de Alcácer.
127
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
128. • No séc. XVI, muitos
portugueses
embarcavam nas naus,
o que agravava ainda
mais o défice
demográfico existente.
128
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
129. • Terá sido esta a razão por
que, naquela época, os
proprietários das férteis
terras banhadas pelo
Sado terão resolvido
povoá-las com negros,
comprados nos mercados
de escravos. Os mulatos
do Sado dos nossos dias
são, portanto,
descendentes desses
antigos escravos negros.
129
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Mestiços do Sado: Alentejanos de pele
escura
130. • Franceses
• Em 1199 D. Sancho I doa
a Herdade da Açafa à
Ordem do Templo, este
território era delimitado,
de modo muito sumário a
norte pelo Rio Tejo e a sul
detinha parte do
território dos atuais
concelhos de Nisa,
Castelo de Vide e parte
do território espanhol
junto à atual fronteira.
130
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
D. Sancho I e os Cátaros occitanos – Por
Vitor Manuel Adrião
131. • Estas doações tinham
como objetivo fixar
moradores em zonas
ermas e despovoadas e
consequentemente
defender o território. Os
Templários edificaram
uma fortaleza que os
defendesse dos infiéis e
sinalizava a posse desses
territórios.
131
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Castelo de Almourol
132. • Ao mesmo tempo o
monarca anuncia a
vinda de colonos
franceses, que
chegaram de forma
faseada, sendo o último
grupo destinado ao
povoamento do
território da Açafa.
132
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Nisa e Vila Velha de Rodão faziam
parte do território de Açafe.
133. • Instalaram-se junto das
fortalezas construídas
pelos monges
guerreiros e aí
ergueram habitações,
fundaram aglomerados
populacionais a que
deram o nome das suas
terras de origem.
133
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
Os 10 castelos templários em Portugal
Na imagem Castela da Feira
134. • É neste sentido que surge
possivelmente o de Nisa,
ou seja sendo os
primeiros habitantes
oriundos de Nice,
ergueram aqui a sua “
Nova Nice” ou melhor
dizendo, a Nisa a Nova,
que encontramos nos
documentos, e quando
surge o termo Nisa a
Velha, este refere-se
à sua antiga terra de
origem, a Nice francesa.
134
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Os Povos que fizeram Portugal – Artur Filipe dos Santos
136. Bibliografia
• http://arqueovox.com/neo.html
• https://pt.slideshare.net/xana96/as-primeiras-
comunidades-2329852
• http://atlashistoricopeniberica.blogspot.com/2017/
02/caracteristicas-geograficas-da.html
• https://ciberduvidas.iscte-
iul.pt/consultorio/perguntas/dias-da-semana--
etimologia-de-novo/3808
• http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_art
text&pid=S0807-89672013000200016
136
Cadeira de Património Mundial e Turismo Cultural
Património Mundial Natural de África