A doença da bolsa de Fabricio ou doença de Gumboro é uma infecção viral aguda que afeta principalmente pintos jovens, causando imunossupressão, diarréia e mortalidade. O vírus é altamente contagioso e resistente, transmitido através das fezes entre aves suscetíveis com idades entre 3 a 18 semanas. A profilaxia inclui o uso de vacinas vivas ou inativadas.

1. Doença Infecciosa da Bolsa de
Fabrício ou
Doença de Gumboro

2. Definição
• Infecção viral aguda das aves jovens,
altamente contagiosa, que afeta o tecido
linfóide em particular a bolsa de Fabrício.
“Não é zoonose”.

3. Histórico
• Cosgrove (1962) em Gumboro – Delaware.
- década de 80 - isolamento de cepas
variantes.

4. Etiologia
• Vírus da família Birnaviridae.
- Sorotipo 1 – infecta galinhas e raramente
perus.
- Sorotipo 2 – infecta perus e galinhas, menos
virulento que o anterior.

5. Resistência do vírus
• Altamente resistente ao calor – 30 min. a
60ºC.
• 100 dias em instalações e 60 dias em fezes.
• Formalina 0,5% por 6 h – diminui a
infectividade.

6. Hospedeiros
• H. naturais – galinhas.
• Atualmente - diagnosticada também em
perus, patos e pintinhos de avestruz
(infecção natural).

7. Suscetibilidade
• Ligada a idade:
- Pintos menores de 3 semanas – doença
subclínica, com severa imunossupressão.
- Pintos entre 3 e 6 semanas de idade –
doença clínica.
- Frangos e galinhas suscetíveis até 18
semanas.

8. Fontes de infecção
• Galinhas (doentes ou portadoras), patos,
perus e avestruzes infectados, roedores e
“cascudinho” (Alphitobius diaperinus).

9. Vias de eliminação e
transmissão
• Eliminação – fezes
• Transmissão – horizontal

10. Sinais clínicos
• Aves até 3 semanas de idade –
imunossupressão severa.
• Aves entre 3 e 6 semanas de idade –
depressão, diarréia branca aquosa, anorexia,
penas arrepiadas e morte súbita.

11. Morbidade e mortalidade
• Variando de acordo com a cepa:
- Morbidade – 10 a 100%
- Mortalidade – 0 a 20%

12. Lesões
• Petéquias na musculatura das pernas, coxas e
peito.
• Bursa:
- 3 dias p.i – aumentada de volume e hiperemia.
- 3 a 6 dias p.i. – transudato amarelado.
- 10 a 12 dias p.i. – degeneração do tecido
linfóide e redução do volume.

13. Diagnóstico
• Laboratorial – isolamento viral em o.e.,
ELISA, AGP, vírus- neutralilzação, PCR.

14. Tratamento
• Não existe.

15. Profilaxia
• Vacinas vivas – atenuadas (suaves,
intermediárias, fortes ou quentes)
• Vacinas inativadas oleosas – cepas padrão
ou variantes.