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ENF. RICHARD LAHOZ
Febre Maculosa
Zoonose
Doença infecciosa febril aguda
Alta taxa de letalidade
Transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense ou sculptum)
Carrapato portador da bactéria Rickettsia rickettsii
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Carrapato portador da bactéria Rickettsia rickettsii
Transmissão da bactéria durante toda sua vida 18 - 36 meses
inclusive contaminando seus filhotes, que já nascem infectados
Carrapato-estrela
Transmitem a doença através do processo de alimentação:
1 -Se agarram na pele e cortam a superfície.
2 - Inserem tubo de alimentação, secretam um líquido e possuem farpas
para melhor se prender a pele.
3 - Secretam saliva com propriedades anestésicas para o hospedeiro não
sentir dor ou perceber que o carrapato está ali, em locais bem protegidos
podem passar dias despercebido.
4 - Sugam o sangue durante vários dias e ingerem patógenos.
5 - Durante o processo a saliva do carrapato entra na pele do hospedeiro e
também transmite seus patógenos.
Após alimentação eles se soltam e procuram um novo hospedeiro.
Á partir de 4 horas de alimentação já podem transmitir a doença.
Ao retirar o carrapato, retirar com uma pinça, não esmagar ou o
tubo de alimentação e farpa podem continuar inseridos na pele e
contaminando.
1 -Cada carrapato fêmea bota entre 3 a 5 mil ovos no solo.
2 - Após 50 a 60 dias de incubação, acontence a eclosão dos ovos e nascimento das larvas com 3
pares de pernas (Micuins).
3 - A larva procura um hospedeiro se alimenta entre 5 e 10 dias retorna ao solo e se torna ninfa,
passam a ter 4 pares de pernas nesta fase e podem ficar longe do hospedeiro por até 1 ano.
4 - Encontram novamente um hospedeiro, se alimentam entre 5 e 10 dias retornam ao solo e se
tornam adulto, se diferenciando entre macho ou fêmea, nesta fase podem ficar até 2 anos sem
se alimentar.
5 - O acasalamento ocorre no hospedeiro na fase adulta, o macho geralmente morre e a fêmea
se alimenta, volta para o solo, deposita os ovos e geralmente morre na sequência.
Ciclo de vida
A bactéria
Encontrada em certos tipos de carrapatos, pulgas e piolhos
Cocobacilo
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Plemórfico
Sem motilidade
Intracelular (não sobrevive fora do hospedeiro).
Rickettsia rickettsii
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Capivaras e cavalos
Principais hospedeiros
Outros hospedeiros
Gambás, bois, carneiros, cabras, porcos, veados,
coelhos, cotias, tamanduás, galinhas, perus, seriemas,
etc.
A Doença
Entre 2 e 14 dias
(média de 7 dias).
Incubação
Febre alta persistente.
Cefaléia (dor de cabeça intensa).
Dor no corpo (dor muscular constante).
Edema no olho e conjuntiva.
Náusea e vômito.
Diarréia.
Calafrios.
Manchas vermelhas e erupções pelo corpo e nas mãos e pés.
Inchaço das mãos e pés.
Sintomas
Apresentação clínica
Febre
elevada
Cefaléia
Mialgia
Naúseas
Êmese
Início
Exantema*
(palmar e
plantar)
Petéquias,
equimoses e
hemorragias.
3° a 5° dia Após o 6° dia
Edema de membros
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Hepatoesplenomegalia
Insuficiência renal
Edema pulmonar
Convulsões.
* pode estar ausente
Via hematogênica
e linfática
Células endotélias e
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Órgãos (músculos esqueléticos,
encéfalo, pulmões, coração, rins,
baço, fígado e trato gastrointestinal).
Apresentação Clínica
Tratamento
Oportuno iniciar antes do quinto dia da doença.
Doxiciclina e Cloranfenicol.
Antibióticos
Todo caso deve ser notificado no SINAN - Sistema de
Informação de Agravos de Notificação, por meio do
preenchimento da Ficha de Investigação de febre
maculosa.
http://www.portalsinan.saude.gov.br/febre-maculosa
Notificação compulsória
Definição de caso
Indivíduo com febre de início súbito, cefaléia, mialgia, com histórico de picada
de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou ter
frequentado área de transmissão de febre maculosa nos últimos 15 dias.
Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaléia, mialgia seguida de
exantema maculopapular, entre o segundo e quinto dia de evolução, e/ou
manifestações hemorrágicas.
Suspeito
Critério laboratorial, exame confirmado (Rifi, Imuno-histoquímica, PCR e
Cultura)
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Medidas
protetivas
Não possui imunoprevenção ou
quimioprofilaxia.
Hábitos e comportamento, evitar áreas em
beira de rios e lagos com presença de
capivaras, outras matas, locais com cavalos,
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e pele, use espelhos, atenção para algumas
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interior das orelhas, nas axilas e virilhas, no
interior do umbigo, no períneo, no escroto e no
prepúcio, atrás do joelho.
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  • 1. COMUNIDADE ENFERMEIROS DO BEM Febre Maculosa ENF. RICHARD LAHOZ
  • 2. Febre Maculosa Zoonose Doença infecciosa febril aguda Alta taxa de letalidade Transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense ou sculptum) Carrapato portador da bactéria Rickettsia rickettsii
  • 3. Carrapato-estrela Amblyomma cajennense e Amblyomma sculptum Carrapato portador da bactéria Rickettsia rickettsii Transmissão da bactéria durante toda sua vida 18 - 36 meses inclusive contaminando seus filhotes, que já nascem infectados
  • 4. Carrapato-estrela Transmitem a doença através do processo de alimentação: 1 -Se agarram na pele e cortam a superfície. 2 - Inserem tubo de alimentação, secretam um líquido e possuem farpas para melhor se prender a pele. 3 - Secretam saliva com propriedades anestésicas para o hospedeiro não sentir dor ou perceber que o carrapato está ali, em locais bem protegidos podem passar dias despercebido. 4 - Sugam o sangue durante vários dias e ingerem patógenos. 5 - Durante o processo a saliva do carrapato entra na pele do hospedeiro e também transmite seus patógenos. Após alimentação eles se soltam e procuram um novo hospedeiro. Á partir de 4 horas de alimentação já podem transmitir a doença. Ao retirar o carrapato, retirar com uma pinça, não esmagar ou o tubo de alimentação e farpa podem continuar inseridos na pele e contaminando.
  • 5. 1 -Cada carrapato fêmea bota entre 3 a 5 mil ovos no solo. 2 - Após 50 a 60 dias de incubação, acontence a eclosão dos ovos e nascimento das larvas com 3 pares de pernas (Micuins). 3 - A larva procura um hospedeiro se alimenta entre 5 e 10 dias retorna ao solo e se torna ninfa, passam a ter 4 pares de pernas nesta fase e podem ficar longe do hospedeiro por até 1 ano. 4 - Encontram novamente um hospedeiro, se alimentam entre 5 e 10 dias retornam ao solo e se tornam adulto, se diferenciando entre macho ou fêmea, nesta fase podem ficar até 2 anos sem se alimentar. 5 - O acasalamento ocorre no hospedeiro na fase adulta, o macho geralmente morre e a fêmea se alimenta, volta para o solo, deposita os ovos e geralmente morre na sequência. Ciclo de vida
  • 6. A bactéria Encontrada em certos tipos de carrapatos, pulgas e piolhos Cocobacilo Gram-negativo Plemórfico Sem motilidade Intracelular (não sobrevive fora do hospedeiro). Rickettsia rickettsii
  • 7. Hospedeiros Capivaras e cavalos Principais hospedeiros Outros hospedeiros Gambás, bois, carneiros, cabras, porcos, veados, coelhos, cotias, tamanduás, galinhas, perus, seriemas, etc.
  • 8. A Doença Entre 2 e 14 dias (média de 7 dias). Incubação Febre alta persistente. Cefaléia (dor de cabeça intensa). Dor no corpo (dor muscular constante). Edema no olho e conjuntiva. Náusea e vômito. Diarréia. Calafrios. Manchas vermelhas e erupções pelo corpo e nas mãos e pés. Inchaço das mãos e pés. Sintomas
  • 9. Apresentação clínica Febre elevada Cefaléia Mialgia Naúseas Êmese Início Exantema* (palmar e plantar) Petéquias, equimoses e hemorragias. 3° a 5° dia Após o 6° dia Edema de membros inferiores Hepatoesplenomegalia Insuficiência renal Edema pulmonar Convulsões. * pode estar ausente Via hematogênica e linfática Células endotélias e pequenos vasos da pele Órgãos (músculos esqueléticos, encéfalo, pulmões, coração, rins, baço, fígado e trato gastrointestinal).
  • 11. Tratamento Oportuno iniciar antes do quinto dia da doença. Doxiciclina e Cloranfenicol. Antibióticos
  • 12. Todo caso deve ser notificado no SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação, por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de febre maculosa. http://www.portalsinan.saude.gov.br/febre-maculosa Notificação compulsória
  • 13.
  • 14. Definição de caso Indivíduo com febre de início súbito, cefaléia, mialgia, com histórico de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou ter frequentado área de transmissão de febre maculosa nos últimos 15 dias. Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaléia, mialgia seguida de exantema maculopapular, entre o segundo e quinto dia de evolução, e/ou manifestações hemorrágicas. Suspeito Critério laboratorial, exame confirmado (Rifi, Imuno-histoquímica, PCR e Cultura) Confirmado
  • 15. Medidas protetivas Não possui imunoprevenção ou quimioprofilaxia. Hábitos e comportamento, evitar áreas em beira de rios e lagos com presença de capivaras, outras matas, locais com cavalos, gramados etc. Use roupas compridas, meias altas, roupas claras para identificar melhor o carrapato, utilize repelentes. Inspecionar seus pets. Faça inspeção a cada 3 horas sobre as roupas e pele, use espelhos, atenção para algumas áreas do corpo, couro cabeludo, ao redor e interior das orelhas, nas axilas e virilhas, no interior do umbigo, no períneo, no escroto e no prepúcio, atrás do joelho. Ao identificar o carrapato na pele, a remoção deve ser por meio de movimentos circulares e com uma pinça, evite esmagar pois assim o fluído pode potencializar e entrar em contato com o organismo, lavar a ferida com água e sabão prerefencialmente com função antibacteriana.
  • 16. Links relacionados Informe técnico - Febre Maculosa - Secretaria do Estado SP Febre Maculosa -Aspectos epidemiológicos, clínicos e ambientais - Ministério da saúde. Febre maculosa - biblioteca virtual de saúde Videoaula Enfermeiros do Bem - Febre Maculosa Apresentação Enfermeiros do Bem - Febre Maculosa
  • 17. Contatos INSTAGRAM @projetoenfermeirosdobem YOUTUBE E LINKEDIN Enfermeiros do Bem EMAIL ADDRESS enfermeirosdobem21@gmail.com ENF. RICHARD LAHOZ WHATSAPP LINK DISPONÍVEL PARA MEMBROS