3. SARNA
• Agente – ácaro: Sarcoptes Scabiei var. Hominis
• Transmissão:
1. Contacto interhumano directo - contacto íntimo
prolongado (ITS), partilha do mesmo leito.
2. Transmissão indirecta (toalhas, roupa, etc).
- Influenciada por promiscuidade e hábitos de higiene.
- todas as raças, classes sociais, sexos
- Todas as idades: ++ crianças e adultos jovens
- Ciclo parasitário: 20 dias
4. SARNA
• Adulto fêmea fecundado→perfura a epiderme→sulco
coberto (galeria)→postura de ovos (morre)
• (3 -4 dias)→larvas→superfície cutânea (bolsas)→3
mudas e amadurecem→cópula nas bolsas→nova fêmea
escava a sua galeria e o macho morre.
• Preferência por certos locais evitando os de >pilosidade
sebácea;
• Fenómenos de sensibilização→responsáveis pela
sintomatologia clínica.
5. SARNA
• CLÍNICA – período de incubação 3 a 4 semanas;
reinfestação: 1 a 3 dias
Prurido generalizado de exacerbação nocturna;
Tipo de lesões: Galerias (sulcos);
Pápulas, vesículas, nódulos;
Escoriações, piodermite, eczematização;
Crostas;
Topografia - Distribuição: simétrica
Bordo anterior das axilas, antebraços, face anterior dos
punhos, espaços interdigitais, r. periumbilical, r. glútea,
face interna das coxas, pernas, bordos e dorso dos pés.
6. Escabiose “Sarna”
Distribuição das lesões
Áreas cobertas
Mamilos e área sub-
mamária;
Região periumbilical;
Nádegas, coxas;
Períneo e genitais;
Bordo e dorso dos
pés.
Pregas
Interdigitais
Punhos
Pregas cubitais
Axilar anterior
7. SARNA
Sexo M – pénis, glande, escroto (nódulos escabióticos)
Sexo F – aréola mamária, mamilos
FORMAS CLÍNICAS
- Sarna clássica
- Sarna das pessoas limpas: sinais discretos
- Sarna em Lactentes e Crianças (0 – 2 anos):
Face, couro cabeludo, palma das mãos e planta dos pés
- Sarna norueguesa:
Doença crostosa, difusa, com tendência eritrodérmica,
grande quantidade de parasitas
8. SARNA
• CLÍNICA
- Sarna norueguesa – distribuição:
+++ dorso das mãos, dedos, antebraços, joelhos, face,
pavilhões auriculares, nuca, pescoço, couro cabeludo e
r.palmo-plantares, pápulas hiperqueratósicas, crostas e
afecção das unhas, indivíduos com acentuada
deficiência imunitária: Sida, outros estados
caquetizantes, ttt imunossupressores
28. Escabiose “Sarna”
Diagnóstico sugestivo, presuntivo ou de
suspeição:
• Prurido intenso, especialmente nocturno
• Distribuição típica das lesões
• Túnel acarino
• História de casos, contactos familiares,etc
• Teste terapêutico (baseado na anamnese
e exame físico)
29. Escabiose “Sarna”
Diagnóstico de certeza ou definitivo -pela
demonstração do parasita, ovos ou fezes:
• Raspado ou curetagem de túnel ou pápula
não escoriada para exame microscópico
direto;
• Exame histopatológico
31. Escabiose “Sarna”
Complicações:
Infecção secundária:
• Impetigo, foliculite, ectima, furúnculo, abscesso, celulite,
erisipela, etc.
Estreptococos (cepas nefritogénicas)
Glomerulonefrite difusa aguda:
Eczematização:
• Por coceira ou medicação tópica
Prurido pós-escabiose:
• Por sensibilização ao ácaro e seus produtos
32. Escabiose “Sarna”
Tratamento - medidas gerais:
• Banho antes da aplicação do produto.
• Aplicar por todo o corpo (pescoço para
• baixo).
Uso restrito ao indicado:
• uso: 2 - 3 dias seguidos e repete 7 dias depois;
• Mudança e lavagem da roupa
• Unhas cortadas e tratadas.
• Tratamento dos contactantes.
33. Escabiose “Sarna”
Tratamento:
• Benzoato de benzilo (loção ou creme 10-25%)
• Lindane (loção a 1%)
• Enxofre (pasta d’água 5-10%): irritante e > acção
traumática
• Crotamiton (creme 10%)
• Soluto de Hexacloreto de Benzeno
• Ivermectina oral: 12 a 16mg/dia, repetida 1
semana depois
37. PEDICULOSE
• Infestação cutânea por piolhos:
Pediculus humanus var. capitis (piolho da cabeça)
Pediculus humanus var. corporis (piolho do corpo)
Phitirius pubis (piolho do púbis)
Hematófagos exclusivos e habituais do homem
Vivem no estado adulto 6 a 8 semanas
Após a cópula→postura de ovos nos pêlos, cabelos ou
vestuário
Parasitas e ovos são destruídos por temperaturas
extremas de calor e frio.
38. PEDICULOSE
• Pediculose da cabeça: expressão colectiva e evolui por surtos
epidémicos.
• P. do corpo: hábitos higiénicos individuais
• P. do púbis: ITS
PEDICULOSE DA CABEÇA
Após a postura, os ovos fixam-se por anel na haste do cabelo
(lêndeas)
+++ mulheres e raparigas(epidemias em escolas e lares)
Reacção de intensidade variável: ausência de sintomas→prurido
intenso (r.retroauricular, occipital e temporal, nuca).
39. PEDICULOSE
PEDICULOSE DA CABEÇA
Complicações:
- Piodermite (foliculite/impétigo).
Diagnóstico:
- Clínica
- Observação das lêndeas
Tratamento:
- Soluto de Benzoato de benzilo
- Hexacloreto de benzeno
- Permetrina em soluto ou champoo
40. PEDICULOSE
PEDICULOSE DO CORPO
- condições de vida precária, fraca higiene (vagabundos)
- Clínica: tronco, cintura, nádegas e coxas
Prurido intenso: áreas cobertas e formas crónicas e prolongadas pela coceira
→escoriações lineares cobertas por crostas
Cicatrizes hipocrómicas, manchas hiperpigmentadas
Liquenificação
Diagnóstico:
- Clínica
- Descoberta da pulga nas roupas
Tratamento:
- Esterilização das roupas pelo calor
- emolientes suaves
41. PEDICULOSE
PEDICULOSE DO PÚBIS
- Frequente em ambos sexos
- Pêlos púbicos
- ITS (contacto íntimo, contaminação por roupas)
- O parasita vive na emergência do pêlo ( massa cinzenta ou castanha)
- R.púbica +++, regiões pilosas da face interna e superior das coxas, axilas, pestanas.
Clínica: prurido e manchas hiperpigmentadas
Diagnóstico: clínica, manchas de sangue na roupa interior
Tratamento:
- Benzoato de Benzilo/Hexacloreto de benzeno: 2 aplicações com 1 semana de
intervalo
- Nas pestanas: remoção mecânica dos parasitas e aplicação de pomada oftálmica de
óxido amarelo de mercúrio
43. Larva migrans
• Dermatite serpiginosa,
• Inoculação cutânea acidental de larvas de
parasitas de animais (cães e gatos).
• Áreas quentes e húmidas: quintais, jardins
e praias (areia ou terra).
45. Larva migrans
• Túnel eritemato-papuloso, sinuoso, com
progressão de mm a cm/dia.
• Vesículas em geral na extremidade activa.
• Dimensões: 3 mm x até 15 a 20 cm.
• Lesões únicas (serpiginosas) ou múltiplas
- “ invasão maciça” (pápulas e trajetos
curtos).
46. Larva migrans
• Áreas de contacto com o solo: pés, mãos,
nádegas, genitália, etc.
• Prurido: moderado a muito intenso.
• Escoriações, impétigo, eczema.
• Quadros extensos: tosse e sibilos,
urticária; eosinofilia transitória, Ig E.
47.
48.
49.
50. Larva migrans
• Tratamento local:
• Tiabendazol (pomada 1 a 10% );
• Congelamento: nitrogénio, CO2 e Cl etilo
Tratamento oral:
• Tiabendazol 25 mg/kg/d, 2 x d – 3 d; dose
max. 3 gr: (náuseas e vômitos)
• Albendazol 200-400 mg 1 x d - 1 a 5 d.
• Ivermectina 12-16 mg (d.u.)
51. Larva migrans
Prevenção:
• Evitar andar descalço em áreas arenosas
e húmidas (ambiente ideal para as larvas);
• Usar luvas para contacto com o solo;
• Tratamento dos animais infestados.
53. Tunguíase
• “Mataquenha”, tunguíase.
• Agente etiológico: Tunga penetrans
• Doença tropical: porco e homem.
• Sítios arenosos, estábulos, pocilgas.
• Hematófago: pulga de 1 mm.
54. Tunguíase
• A fémea penetra na pele deixando o abdomen
exposto; 4 a 5 dias → tumefacção nodular,
hiperqueratósica, centrada por ponto escuro
(orifício da postura)
• Prurido, sensação de queimadura
• Pés: plantas, áreas periungueais, interdigitais;
períneo, genitais, etc.
• Doença auto-limitada: a fêmea morre ao libertar
os ovos (≃100).
55.
56.
57. Tunguíase
• Complicações: infecção 2ª, úlcera,
celulite, gangrena gasosa.
• Tratamento: remoção com agulha ou
lâmina.
Creolina
Permanganato de potássio
58. • Lesões múltiplas: Albendazol, Ivermectina,
• Prevenção: uso de calçado, tratamento
dos animais infestados e aplicação de
insecticidas no ambiente.
60. Miíase furunculóide
• Doença produzida por larvas de moscas.
• Áreas rurais predominantemente nos
trópicos.
• Sem predilecção de sexo, idade ou raça.
61. Miíase furunculóide
• Dermatobia hominis, Cordylobia
anthropophoga;
• Mosca fémea deposita os ovos;
• Ovos na pele→eclodem→penetração
activa da larva na pele ao nível dos
folículos pilosebáceos
• →4 a 5 dias, tumefacção inflamatória –
furúnculo com 2 pequenos pontos negros
62. Miíase furunculóide
• Qualquer área exposta
• Ciclo: 30 a 70 dias;
• Uma ou varias larvas;
• A larva vem a superfície p/ respirar;
• Lesão dolorosa e inflamatória;
• Infecção 2a: Piodermite.