Este documento discute como a organização escolar influencia o processo de socialização de professores iniciantes. Analisa como a recepção, diálogo e apoio da escola podem ajudar os novos professores a se adaptarem, construindo sua identidade docente. Discute também como as experiências na escola contribuem para o desenvolvimento profissional ao longo da carreira.
PROFESSOR INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA: VALORIZANDO TRAJETÓRIAS E CONQUISTAS ...ProfessorPrincipiante
O início da carreira docente envolve um conjunto de desafios e complexidades. Veenman (1984), inclusive, cunhou o termo “choque com a realidade” para representar os enfrentamentos que são característicos desta fase profissional.
Tais desafios são inúmeros envolvendo uma diversidade de questões como: a relação teoria e prática; as condições objetivas de trabalho; a não familiarização com a hierarquia que se estabelece na escola; as dificuldades de aprendizagem dos alunos; a falta de interesse e motivação dos discentes; a indisciplina e a violência presentes na escola; o uso de drogas, dentre tantos outros... Embora este cenário de tamanha dificuldade não se caracterize como exclusividade do início da carreira de professor, Marcelo-Garcia (2010) sinaliza que o professor iniciante costuma vivenciar, neste seu ingresso na carreira, um período de sobrevivência.
ENTRADA NA CARREIRA DOCENTE: DIALOGANDO SOBRE OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS P...ProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta as ações desenvolvidas pela Rede Integrare, órgão suplementar articulador, de apoio e mediação às questões que envolvem a educação e desenvolvimento profissional de docentes e gestores do Centro de Educação (CE), unidade de ensino de uma universidade pública federal, na região sul do Brasil. Tem por objetivo refletir os desafios encontrados por professores principiantes durante a entrada da carreira docente na educação superior, considerando esse um período de transição de profissionais para professores, que envolve o modo como os professores principiantes enfrentam as mudanças, os sentimentos docentes que consistem em elementos dinamizadores da atividade docente, bem como a capacidade de adaptação ao ambiente universitário e o enfrentamento diante das dificuldades encontradas.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
PROFESSOR INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA: VALORIZANDO TRAJETÓRIAS E CONQUISTAS ...ProfessorPrincipiante
O início da carreira docente envolve um conjunto de desafios e complexidades. Veenman (1984), inclusive, cunhou o termo “choque com a realidade” para representar os enfrentamentos que são característicos desta fase profissional.
Tais desafios são inúmeros envolvendo uma diversidade de questões como: a relação teoria e prática; as condições objetivas de trabalho; a não familiarização com a hierarquia que se estabelece na escola; as dificuldades de aprendizagem dos alunos; a falta de interesse e motivação dos discentes; a indisciplina e a violência presentes na escola; o uso de drogas, dentre tantos outros... Embora este cenário de tamanha dificuldade não se caracterize como exclusividade do início da carreira de professor, Marcelo-Garcia (2010) sinaliza que o professor iniciante costuma vivenciar, neste seu ingresso na carreira, um período de sobrevivência.
ENTRADA NA CARREIRA DOCENTE: DIALOGANDO SOBRE OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS P...ProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta as ações desenvolvidas pela Rede Integrare, órgão suplementar articulador, de apoio e mediação às questões que envolvem a educação e desenvolvimento profissional de docentes e gestores do Centro de Educação (CE), unidade de ensino de uma universidade pública federal, na região sul do Brasil. Tem por objetivo refletir os desafios encontrados por professores principiantes durante a entrada da carreira docente na educação superior, considerando esse um período de transição de profissionais para professores, que envolve o modo como os professores principiantes enfrentam as mudanças, os sentimentos docentes que consistem em elementos dinamizadores da atividade docente, bem como a capacidade de adaptação ao ambiente universitário e o enfrentamento diante das dificuldades encontradas.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
RELAÇÕES PROFESSOR-ALUNOS NO INÍCIO DA DOCÊNCIA DE UMA JOVEM PROFESSORA UNIVE...ProfessorPrincipiante
Habitualmente, é em aula que professor e alunos se encontram ou mantêm um contato maior. A aula, além de envolver esses sujeitos, envolve também o conhecimento, o conteúdo a ser trabalhado. A relação professor-alunos que ocorre em aula pode ser considerada uma relação interpessoal particular, pois é localizada e possui objetivos específicos: professor e aluno relacionam-se em sala de aula tendo em vista os processos de ensino e de aprendizagem.
O estudante que ingressa em sala de aula universitária está disposto a desenvolver aprendizagens tendo em vista a sua formação profissional. Já o professor é um profissional formado que assume a tarefa de ensinar, de auxiliar o aluno em seu processo de aprendizagem. Portanto, a sala de aula é, por excelência, um espaço para a relação professor-alunos.
Formação de professores:O que é formação?Elicio Lima
A formação profissional está relacionada à aquisição de conhecimentos fundamentais, capacidades práticas, atitudes e formas de comportamento que constituem base indispensável para o exercício de uma profissão ou grupo de profissões, com vista a uma especialização posterior ou à ocupação imediata de um posto de trabalho para a concretização da práxis profissional .
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA:METODOLOGIAS E PRÁTICAS_ESEPF_PROFª DOUTORA DANIELA GON...Elvira Rodrigues
Apresentação realizada por Elvira Rodrigues conjuntamente com Céu Mesquita e Susana Santos para o trabalho apresentado no dia 9 de fevereiro de 2013 na ESEPF, Porto na Unidade Curricular lecionada pela Profª Doutora Daniela Gonçalves.
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAProfessorPrincipiante
O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira.
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma investigação realizada para a tese de
doutorado na Universidade do Minho em Portugal, intitulada _ “O desenvolvimento dos
professores universitários de Educação Física e os ciclos de vida profissional. Três
estudos de caso”. A pesquisa centrou-se no professor e teve como objeto de estudo o
desenvolvimento dos professores universitários de Educação Física, com a finalidade
de compreender esse desenvolvimento nas fases da carreira docente.
PROFESSORES SUPERVISORES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DO...ProfessorPrincipiante
Há muito se vem discutindo sobre a necessidade de aproximação entre a universidade e a escola básica que poderiam estabelecer uma relação dialógica que beneficiaria mutuamente ambas as partes e, ainda, fortaleceria a formação dos futuros professores em estreita relação com professores de carreira, tendo a escola como espaço de troca e aprendizagem. Embora os cursos de licenciatura tentem uma aproximação via estágio curricular, propondo-o como articulador entre a teoria e a prática e entre os conhecimentos vistos na academia e a realidade da prática sala de aula, este não vem cumprindo efetivamente o seu papel. A aproximação dos licenciandos com a realidade prática é defendida por autores como, Canário (2001) e Roldão (2007), por exemplo, que salientam a importância da inserção do futuro professor na escola básica, seu futuro ambiente de trabalho, numa ação articulada e integradora de conhecimentos, práticas e transformações. É preciso reconhecer que, quanto mais cedo esta imersão do licenciando aconteça tanto melhor lhe será, para encantar-se e abraçar a profissão ou para desistir dela. Como processo viabilizador dessa aproximação, foi criado em 2007, o PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, lançado pelo MEC sob a supervisão da CAPES. Nesse programa há a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início de sua formação acadêmica sob a orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...ProfessorPrincipiante
Foi desenvolvida uma pesquisa com apoio do CNPq que teve como objetivo geral
identificar indícios de desenvolvimento profissional docente por meio de narrativas de
formação a partir de dinâmicas colaborativas (2009-2011)1. O projeto envolveu
participação voluntária de professores/pesquisadores universitários, futuros professores
(graduandos dos Cursos de Pedagogia) e professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental em um curso desenvolvido no ano de 2010, tendo sido emitidos
certificados de extensão universitária para os participantes.
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...ProfessorPrincipiante
A fase da entrada na carreira, pode ser comparada com a inserção profissional, ou seja, é a fase onde, os professores então iniciando sua prática docente. Garcia (2010) salienta que pode ser entendida, também, como uma transição de estudantes para docentes, e esta fase é um período de crises, onde os professores devem manter o equilíbrio pessoal e adquirir, ainda, conhecimento profissional. Portanto passa a vivenciar as dúvidas e as aflições do iniciante. Neste, sentido, é possível perceber que o apoio dado aos professores iniciantes, é muito pequeno e às vezes até inexistente, tanto por parte da escola onde ele está iniciando suas atividades, quanto das políticas públicas de educação.
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
O presente estudo tem como objetivo principal investigar de que maneira o Programa de Mentoria online oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (2004-2007) contribuiu para a formação de professores iniciantes, participantes da iniciativa, a partir da análise atual destes docentes. Iniciativas desse tipo, conforme Marcelo Garcia (2006) se organizam a fim de diminuir a tensão da inserção do professor na escola, por isso a importância de se oferecer e estudar sobre programas de indução/ mentoria e seus resultados na promoção da formação docente e no apoio ao professor iniciante.
Nessa perspectiva, a ideia de formação docente avança do modelo de racionalidade técnica, que se tornou pouco para se responsabilizar dela (Mizukami, Reali, Reys, Martucci & Freitas, 2003), para novas concepções de formação e atuação profissional como um processo continuum (Knowles & Cole, 1995), que não se limita a um tempo determinado.
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta um projeto de pesquisa em andamento e está inserido no campo das investigações sobre a formação de professores. Tem como objetivo central apresentar os objetivos da pesquisa sobre professores iniciantes nos primeiros anos de docência nos anos iniciais do ensino fundamental da Rede Municipal de uma cidade no Estado do Paraná/Brasil. Fundamentam teoricamente a investigação os seguintes autores: Carlos Marcelo (1999), Huberman (1992 e 1995), Nóvoa (1995), Mizukami (2002) e Romanowski (2007). A pesquisa será desenvolvida numa perspectiva qualitativa, a partir de grupo focal (Gatti, 2012) realizado com professores da Rede Municipal de Ponta Grossa. Ao realizar a discussão sobre o professor iniciante percebe-se que as dificuldades encontradas advêm dos diversos contextos evidenciados no trabalho do professor marcados por alguns fatores determinantes que influenciam na sua prática docente.
Entrevista realizada em 02/05/1995 com o Prof. Paulo Freire pela Profa. Ana Maria Saul da USJ Tadeu. Ele aborda temas como \"prática pedagógica\", \"escola pública\", \"organização escolar\" e \"empecilhos na escola pública para uma maior democratização do ensino\".
SOCIALIZAÇÃO DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE CIÊNCIAS NATURAIS: EM BUSCA DA PR...ProfessorPrincipiante
O processo de socialização inicial na cultura escolar é um momento importante da
carreira docente na constituição, tanto da identidade profissional quanto das relações
com o trabalho e a escola. Nesse momento, caracterizado como de choque ou de
primeira confrontação, o professor iniciante passa por uma série de conflitos e incertezas.
Nesse estudo etnográfico, cujo principal objetivo é compreender como a confrontação
inicial e a socialização na cultura profissional, condicionam e orientam possíveis conflitos
identitários importantes para a construção da identidade docente, analisamos o processo
de socialização inicial de uma professora de Ciências, desde a perspectiva da professora.
Os dados consistiram de anotações no caderno de campo das observações da sala de
aula, das reuniões pedagógicas, de eventos escolares e da sala dos professores, bem
como duas entrevistas com a professora. O referencial teórico que orienta este trabalho é
constituído pela teoria de constituição das identidades sociais de Claude Dubar. Os
resultados, apresentados segundo as dimensões de análise que surgiram da interação
dos dados com o referencial teórico adotado e com outros trabalhos pertinentes da
literatura, mostram que, apesar da insegurança e das diversas dificuldades apresentadas,
a professora constrói seus mecanismos de sobrevivência e vivencia de forma profunda
seu processo de construção identitária profissional, de forma a prevalecer o desejo de
continuar na profissão. Essa sobrevivência parece acontecer por meio da aceitação de
algumas das identidades que lhe estão sendo atribuídas. Pudemos encontrar também
nesse processo de primeira confrontação alguns importantes pontos de análise
referentes à busca da profissionalidade ou de um modelo de profissionalização docente.
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
A fase de iniciação profissional docente é um momento de grande importância na
constituição da carreira do professor e na construção de sua identidade. A literatura
específica tem considerado esse momento como dotado de características próprias e
configurado pela ocorrência das principais marcas da identidade e do estilo que vai
caracterizar o profissional ao longo de sua carreira. Caracteriza-se a fase inicial de inserção
na docência a passagem de estudante a professor, a qual teve início nas atividades de
estágio e prática de ensino. De acordo com Garcia (1999, p.113), “os primeiros anos de
ensino são especialmente importantes porque os professores devem fazer a transição de
estudantes para professores, e por isso surgem duvidas, tensões (...)”. Se por um lado o
início de carreira docente é importante, por outro é um período difícil onde o professor
experiencia papéis e avalia a sua competência profissional.
Como coordenadora de um Programa de Mestrado em Educação pude acompanhar e participar em uma Universidade a preparação de docentes que deveriam iniciar trabalho em novos cursos criados de graduação. Em especial pude acompanhar a rápida formação dos principiantes do curso de Comunicação Social e o trabalho posterior dos professores em sala de aula por alguns anos.
Este contato me fez perceber necessidades sofridas pelos iniciantes e, portanto, com o “choque de realidade” vivido por eles. Imerso nestas dificuldades coloquei a mim várias questões: por que acontece este desajuste inicial com alguns professores? Por que as dificuldades? Como caracterizá-las? Como encaminhar alternativas de solução? Quais alternativas? São dificuldades unicamente dos professores ou envolvem, também, todo o conteúdo do curso?
No contexto da formação de professores, o exercício profissional na educação básica tem sido foco de estudos e discussões que problematizam o desenvolvimento tanto da formação inicial quanto da formação continuada, em um movimento que compreende a constituição dos sujeitos docentes, o desenvolvimento das funções na realização do trabalho e as relações presentes nas instituições educativas. A partir das reflexões sobre as práticas de ensino e condições de trabalho dos professores, acreditamos na formação como um processo que se desenvolve ao longo da vida, que se mostra como movimento, em processos formativos desenvolvidos no encontro com os outros e em vinculação com a totalidade da vida (Bakhtin, 2010). Os docentes são sujeitos capazes de criar e recriar sua própria formação, formando-se e transformando-se.
RELAÇÕES PROFESSOR-ALUNOS NO INÍCIO DA DOCÊNCIA DE UMA JOVEM PROFESSORA UNIVE...ProfessorPrincipiante
Habitualmente, é em aula que professor e alunos se encontram ou mantêm um contato maior. A aula, além de envolver esses sujeitos, envolve também o conhecimento, o conteúdo a ser trabalhado. A relação professor-alunos que ocorre em aula pode ser considerada uma relação interpessoal particular, pois é localizada e possui objetivos específicos: professor e aluno relacionam-se em sala de aula tendo em vista os processos de ensino e de aprendizagem.
O estudante que ingressa em sala de aula universitária está disposto a desenvolver aprendizagens tendo em vista a sua formação profissional. Já o professor é um profissional formado que assume a tarefa de ensinar, de auxiliar o aluno em seu processo de aprendizagem. Portanto, a sala de aula é, por excelência, um espaço para a relação professor-alunos.
Formação de professores:O que é formação?Elicio Lima
A formação profissional está relacionada à aquisição de conhecimentos fundamentais, capacidades práticas, atitudes e formas de comportamento que constituem base indispensável para o exercício de uma profissão ou grupo de profissões, com vista a uma especialização posterior ou à ocupação imediata de um posto de trabalho para a concretização da práxis profissional .
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA:METODOLOGIAS E PRÁTICAS_ESEPF_PROFª DOUTORA DANIELA GON...Elvira Rodrigues
Apresentação realizada por Elvira Rodrigues conjuntamente com Céu Mesquita e Susana Santos para o trabalho apresentado no dia 9 de fevereiro de 2013 na ESEPF, Porto na Unidade Curricular lecionada pela Profª Doutora Daniela Gonçalves.
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAProfessorPrincipiante
O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira.
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma investigação realizada para a tese de
doutorado na Universidade do Minho em Portugal, intitulada _ “O desenvolvimento dos
professores universitários de Educação Física e os ciclos de vida profissional. Três
estudos de caso”. A pesquisa centrou-se no professor e teve como objeto de estudo o
desenvolvimento dos professores universitários de Educação Física, com a finalidade
de compreender esse desenvolvimento nas fases da carreira docente.
PROFESSORES SUPERVISORES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DO...ProfessorPrincipiante
Há muito se vem discutindo sobre a necessidade de aproximação entre a universidade e a escola básica que poderiam estabelecer uma relação dialógica que beneficiaria mutuamente ambas as partes e, ainda, fortaleceria a formação dos futuros professores em estreita relação com professores de carreira, tendo a escola como espaço de troca e aprendizagem. Embora os cursos de licenciatura tentem uma aproximação via estágio curricular, propondo-o como articulador entre a teoria e a prática e entre os conhecimentos vistos na academia e a realidade da prática sala de aula, este não vem cumprindo efetivamente o seu papel. A aproximação dos licenciandos com a realidade prática é defendida por autores como, Canário (2001) e Roldão (2007), por exemplo, que salientam a importância da inserção do futuro professor na escola básica, seu futuro ambiente de trabalho, numa ação articulada e integradora de conhecimentos, práticas e transformações. É preciso reconhecer que, quanto mais cedo esta imersão do licenciando aconteça tanto melhor lhe será, para encantar-se e abraçar a profissão ou para desistir dela. Como processo viabilizador dessa aproximação, foi criado em 2007, o PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, lançado pelo MEC sob a supervisão da CAPES. Nesse programa há a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início de sua formação acadêmica sob a orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...ProfessorPrincipiante
Foi desenvolvida uma pesquisa com apoio do CNPq que teve como objetivo geral
identificar indícios de desenvolvimento profissional docente por meio de narrativas de
formação a partir de dinâmicas colaborativas (2009-2011)1. O projeto envolveu
participação voluntária de professores/pesquisadores universitários, futuros professores
(graduandos dos Cursos de Pedagogia) e professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental em um curso desenvolvido no ano de 2010, tendo sido emitidos
certificados de extensão universitária para os participantes.
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...ProfessorPrincipiante
A fase da entrada na carreira, pode ser comparada com a inserção profissional, ou seja, é a fase onde, os professores então iniciando sua prática docente. Garcia (2010) salienta que pode ser entendida, também, como uma transição de estudantes para docentes, e esta fase é um período de crises, onde os professores devem manter o equilíbrio pessoal e adquirir, ainda, conhecimento profissional. Portanto passa a vivenciar as dúvidas e as aflições do iniciante. Neste, sentido, é possível perceber que o apoio dado aos professores iniciantes, é muito pequeno e às vezes até inexistente, tanto por parte da escola onde ele está iniciando suas atividades, quanto das políticas públicas de educação.
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
O presente estudo tem como objetivo principal investigar de que maneira o Programa de Mentoria online oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (2004-2007) contribuiu para a formação de professores iniciantes, participantes da iniciativa, a partir da análise atual destes docentes. Iniciativas desse tipo, conforme Marcelo Garcia (2006) se organizam a fim de diminuir a tensão da inserção do professor na escola, por isso a importância de se oferecer e estudar sobre programas de indução/ mentoria e seus resultados na promoção da formação docente e no apoio ao professor iniciante.
Nessa perspectiva, a ideia de formação docente avança do modelo de racionalidade técnica, que se tornou pouco para se responsabilizar dela (Mizukami, Reali, Reys, Martucci & Freitas, 2003), para novas concepções de formação e atuação profissional como um processo continuum (Knowles & Cole, 1995), que não se limita a um tempo determinado.
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta um projeto de pesquisa em andamento e está inserido no campo das investigações sobre a formação de professores. Tem como objetivo central apresentar os objetivos da pesquisa sobre professores iniciantes nos primeiros anos de docência nos anos iniciais do ensino fundamental da Rede Municipal de uma cidade no Estado do Paraná/Brasil. Fundamentam teoricamente a investigação os seguintes autores: Carlos Marcelo (1999), Huberman (1992 e 1995), Nóvoa (1995), Mizukami (2002) e Romanowski (2007). A pesquisa será desenvolvida numa perspectiva qualitativa, a partir de grupo focal (Gatti, 2012) realizado com professores da Rede Municipal de Ponta Grossa. Ao realizar a discussão sobre o professor iniciante percebe-se que as dificuldades encontradas advêm dos diversos contextos evidenciados no trabalho do professor marcados por alguns fatores determinantes que influenciam na sua prática docente.
Entrevista realizada em 02/05/1995 com o Prof. Paulo Freire pela Profa. Ana Maria Saul da USJ Tadeu. Ele aborda temas como \"prática pedagógica\", \"escola pública\", \"organização escolar\" e \"empecilhos na escola pública para uma maior democratização do ensino\".
SOCIALIZAÇÃO DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE CIÊNCIAS NATURAIS: EM BUSCA DA PR...ProfessorPrincipiante
O processo de socialização inicial na cultura escolar é um momento importante da
carreira docente na constituição, tanto da identidade profissional quanto das relações
com o trabalho e a escola. Nesse momento, caracterizado como de choque ou de
primeira confrontação, o professor iniciante passa por uma série de conflitos e incertezas.
Nesse estudo etnográfico, cujo principal objetivo é compreender como a confrontação
inicial e a socialização na cultura profissional, condicionam e orientam possíveis conflitos
identitários importantes para a construção da identidade docente, analisamos o processo
de socialização inicial de uma professora de Ciências, desde a perspectiva da professora.
Os dados consistiram de anotações no caderno de campo das observações da sala de
aula, das reuniões pedagógicas, de eventos escolares e da sala dos professores, bem
como duas entrevistas com a professora. O referencial teórico que orienta este trabalho é
constituído pela teoria de constituição das identidades sociais de Claude Dubar. Os
resultados, apresentados segundo as dimensões de análise que surgiram da interação
dos dados com o referencial teórico adotado e com outros trabalhos pertinentes da
literatura, mostram que, apesar da insegurança e das diversas dificuldades apresentadas,
a professora constrói seus mecanismos de sobrevivência e vivencia de forma profunda
seu processo de construção identitária profissional, de forma a prevalecer o desejo de
continuar na profissão. Essa sobrevivência parece acontecer por meio da aceitação de
algumas das identidades que lhe estão sendo atribuídas. Pudemos encontrar também
nesse processo de primeira confrontação alguns importantes pontos de análise
referentes à busca da profissionalidade ou de um modelo de profissionalização docente.
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
A fase de iniciação profissional docente é um momento de grande importância na
constituição da carreira do professor e na construção de sua identidade. A literatura
específica tem considerado esse momento como dotado de características próprias e
configurado pela ocorrência das principais marcas da identidade e do estilo que vai
caracterizar o profissional ao longo de sua carreira. Caracteriza-se a fase inicial de inserção
na docência a passagem de estudante a professor, a qual teve início nas atividades de
estágio e prática de ensino. De acordo com Garcia (1999, p.113), “os primeiros anos de
ensino são especialmente importantes porque os professores devem fazer a transição de
estudantes para professores, e por isso surgem duvidas, tensões (...)”. Se por um lado o
início de carreira docente é importante, por outro é um período difícil onde o professor
experiencia papéis e avalia a sua competência profissional.
Como coordenadora de um Programa de Mestrado em Educação pude acompanhar e participar em uma Universidade a preparação de docentes que deveriam iniciar trabalho em novos cursos criados de graduação. Em especial pude acompanhar a rápida formação dos principiantes do curso de Comunicação Social e o trabalho posterior dos professores em sala de aula por alguns anos.
Este contato me fez perceber necessidades sofridas pelos iniciantes e, portanto, com o “choque de realidade” vivido por eles. Imerso nestas dificuldades coloquei a mim várias questões: por que acontece este desajuste inicial com alguns professores? Por que as dificuldades? Como caracterizá-las? Como encaminhar alternativas de solução? Quais alternativas? São dificuldades unicamente dos professores ou envolvem, também, todo o conteúdo do curso?
No contexto da formação de professores, o exercício profissional na educação básica tem sido foco de estudos e discussões que problematizam o desenvolvimento tanto da formação inicial quanto da formação continuada, em um movimento que compreende a constituição dos sujeitos docentes, o desenvolvimento das funções na realização do trabalho e as relações presentes nas instituições educativas. A partir das reflexões sobre as práticas de ensino e condições de trabalho dos professores, acreditamos na formação como um processo que se desenvolve ao longo da vida, que se mostra como movimento, em processos formativos desenvolvidos no encontro com os outros e em vinculação com a totalidade da vida (Bakhtin, 2010). Os docentes são sujeitos capazes de criar e recriar sua própria formação, formando-se e transformando-se.
PROFESSORES INICIANTES E AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE DOCÊNCIA: O PAPEL DA ES...ProfessorPrincipiante
A formação continuada de professores tem sido uma temática bastante recorrente nas pesquisas educacionais, pois a sociedade contemporânea exige um professor que consiga efetivar um processo de ensino e aprendizagem que atenda a nova demanda do século XXI. As mudanças ocorridas devido a fatores econômicos, políticos, culturais e sociais tem afetado diretamente o cenário educacional o que tem demandado nos últimos cinco anos (2008-2012) estudos e pesquisas que versam sobre essa temática. É exatamente nesse contexto permeado de mudanças, desafios e dilemas que o professor em início de carreira, ou seja, o professor iniciante precisa ser inserido.
O atual cenário da educação brasileira nos provoca a questionar uma série de
problemas conjunturais tais como a formação de professores, assunto há muito
relegado a segundo plano que, nos últimos anos, vem se constituindo uma das grandes
preocupações não só para os setores ligados à educação, mas também pela sociedade
e pela mídia.
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...ProfessorPrincipiante
Este estudo decorre da necessidade em implementar pesquisas sobre o processo inclusivo, visando a formação incial do(a) pedagogo(a) com relevante aprofundamento teórico-metodológico, por intermédio do qual críticamente pretendemos estabelecer relação entre conhecimentos científicos, que são resultantes do contato com base em um referencial adequado e a prática de ensino. A investigação apresenta como objeto o desvelamento de algumas das políticas educacionais e normas vigentes em relação ao atendimento educacional especializado, realizado nas salas de recursos. Como objetivo maior, pretendemos contribuir para a construção da práxis pedagógica dos profissionais que atuam junto aos serviços de apoio às crianças com necessidades educacionais especiais. Especificamente, buscamos evidenciar que o processo de inclusão escolar se efetivará com a participação de todos os envolvidos no contexto educacional de maneira contínua e exaustiva. É um trabalho de análise permanente sobre as práticas docentes estabelecidas, concebendo a educação especial com os mesmos objetivos da educação geral, incluída em todos os níveis e modalidades da educação. Nesse sentido realizaremos uma investigação documental e bibliográfica, fundamentada no materialismo histórico e dialético. No transcorrer dessa pequisa conseguimos desenvolver o aprimoramento de conhecimentos e, nessa andança, produziu-se o “novo” para contribuir com o aprofundamento teórico-metodológico no cenário educacional.
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraProfessorPrincipiante
Esta pesquisa está vinculada a um programa de pós-Graduação em Educação (PPGEd-So) em uma universidade pública. A pesquisa visa compreender o desenvolvimento profissional docente de professores iniciantes, a partir das produções acadêmicas elaboradas no contexto do Programa Observatório da Educação na área da Educação Matemática. O referencial teórico se fundamenta nos estudos referentes ao início de carreira docente (Huberman, 2000) e (Garcia, 1998) e sobre desenvolvimento profissional docente de professores iniciantes (Day, 1999), (Fiorentini & Crecci, 2013). O corpus de análise é composto pela produções textuais dos professores iniciantes, dada a natureza do objeto de estudo, a pesquisa é de cunho qualitativo e interpretativo (Ludke & André, 1986). Pelas análise das produções, destaca-se que seria oportuno a implementação de ações e programas de apoio para professores iniciantes participarem de grupos pesquisa podendo partilhar os desapontamentos do início de carreira e permitindo também ser um espaço de reflexão sobre a prática e aprendizagem coletiva.
PROFESSORES INICIANTES E EXPERIENTES E APRENDIZAGENS DA DOCÊNCIA NUM GRUPO CO...ProfessorPrincipiante
Inspirado em um grupo colaborativo/reflexivo organizado a partir de sua inserção no
Programa Público Observatório da Educação da Capes/Ministério da Educação do Brasil, o
objetivo do artigo é discutir as diferentes aprendizagens ocorridas a partir de atividades
vivenciadas por professores iniciantes e experientes que ensinam matemática nas séries
iniciais do Ensino Fundamental. O grupo conta, ainda, com a participação de professores
especialistas na área de Matemática e que lecionam nas séries finais do mesmo segmento,
professores em formação dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e em Matemática e
alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação e em Educação Matemática e
alunos do Mestrado Profissional Formação de Formdores da PUC/SP. Esse grupo faz parte
de um projeto de pesquisa intitulado Rede Colaborativa de Práticas na Formação de
Professores que ensinam Matemática: múltiplos olhares, diálogos e contextos. O programa
propõe a criação de uma rede colaborativa entre programas distintos de pós-graduação e
essa rede colaborativa organizou-se, também, no interior do grupo de pesquisa-formação da
PUC/SP, objeto dessa análise.
LA CONFIGURACIÓN DE LA IDENTIDAD DEL PROFESORADO NOVEL: UNA EXPERIENCIA FORMA...ProfessorPrincipiante
Las investigaciones en la Educación Superior, en torno al desarrollo profesional docente y a la construcción de la identidad profesional demandan revisar los procesos de inducción y socialización del profesorado principiante y establecer procesos de innovación para la mejora de la incorporación de este profesorado. El presente trabajo expone las líneas claves sobre las que pivota el Programa de formación realizado en la Universidad del País Vasco (EHU) y presenta los resultados de su primera fase centrada específicamente en la construcción de la identidad docente en los participantes a través de diversas estrategias.
O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA (PIBID) E A FORMAÇÃ...ProfessorPrincipiante
O presente estudo se situa nas discussões sobre o Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e a formação de professores iniciantes. O Pibid tem como principal objetivo elevar a qualidade da formação de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre Educação Superior e Educação Básica. O objetivo deste estudo foi analisar as contribuições do Pibid, subprojeto do Curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Goiás (UFG)/Regional Jataí (GO-Brasil), para a aprendizagem e o desenvolvimento profissional dos licenciando, bolsistas de iniciação à docência. O subprojeto do Pibid/Pedagogia tem como eixo condutor o letramento literário, tendo nas obras literárias o suporte de ensino e aprendizagem tanto para os alunos da escola de Educação Básica, quanto para os bolsistas do Pibid. Configura-se como uma experiência de formação e investigação, quando fomenta a integração escola-universidade e quando acompanha e avalia, durante todo o projeto, como essas experiências impactam na formação dos licenciandos bolsistas do Curso de Pedagogia. Para tanto, foram aplicados questionários, em dois momentos diferentes, segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015. A análise dos questionários foi feito de forma qualitativa, através de algumas categorizações, partindo dos temas mais recorrentes e dos que evidenciam aspetos mais relevantes e convergentes sobre a importância desse programa para a formação inicial dos “pibidianos”. Os resultados revelam predominantemente os aspectos positivos do programa e a importância do Pibid/Pedagogia para os bolsistas, licenciando do Curso de Pedagogia. Conclui-se que essa proposta de formação “antecipa” algumas experiências que só poderiam ser vivenciadas no período de estágio (final do curso) e abre possibilidades para pensar uma estrutura curricular, em que a inter-relação entre os aspectos teóricos e práticos estejam presentes desde o início dos cursos de licenciaturas.
REFLEXÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA E...ProfessorPrincipiante
A presente pesquisa insere-se no amplo campo de investigações relacionadas à formação de professores. Nesse campo é conhecida a importância do desenvolvimento profissional docente para a melhoria da sua prática. No entanto, apesar dos avanços desses estudos no Brasil, o desenvolvimento profissional de professores iniciantes na profissão e na educação especial é pouco compreendido. Neste estudo analisaram-se os desafios vivenciados por docentes iniciantes na profissão e na educação especial, tendo em vista seu desenvolvimento profissional. Os participantes atuam em salas de recursos multifuncionais de escolas/colégios públicos estaduais. A pesquisa, de abordagem crítico-dialética, tem enfoque qualitativo. Os resultados indicam fragilidades no desenvolvimento profissional dos iniciantes, que sentem dificuldades mesmo tendo formação específica em educação especial. As dificuldades estão relacionadas à prática pedagógica, à formação docente e às demandas burocráticas existentes. Com o estudo pretende-se contribuir com o avanço das reflexões e práticas da área.
A SEIS AÑOS DEL PROYECTO "ACOMPAÑAMIENTO A DOCENTES NOVELES DEL URUGUAY: LECC...ProfessorPrincipiante
Este ensayo constituye una relatoría del proceso llevado a cabo por el Consejo de Formación en Educación (CFE) de Uruguay a partir del 2011 con el objeto promover e instrumentar un proyecto de acompañamiento a docentes noveles. El mismo surge ante la necesidad de una formación continua para el ejercicio de la profesión. Este proceso tuvo su inicio a finales del 2010 y contó con el apoyo de la Agencia Española de Cooperación Internacional para Desarrollo (AECID), la Organización de Estados Iberoamericanos (OEI) y el Ministerio de Educación y Cultura (MEC), formalizándose un programa de intervención que dio lugar a la primera edición durante 2011. El propósito del proyecto ha sido mejorar la inserción de los docentes en las culturas profesionales e institucionales. Se partió de la base de que el ejercicio de la profesión no debe agotarse en el período inicial haciéndose necesaria la puesta en marcha de dispositivos eficaces en el proceso de formación permanente.
Conocimiento pedagógico y didáctico de algunas maestras de educación preescol...ProfessorPrincipiante
En el presente estudio se contempla la participación intencionada de un grupo de 5
maestras, pertenecientes a la Red de Primera Infancia de la Secretaría de Educación del
Municipio de Medellín, que participaron de una propuesta de formación cuya pretensión
fue aportar a la construcción del saber pedagógico y didáctico con miras a la
transformación de sus prácticas de enseñanza y ambientes de aprendizaje.
En el marco de este proceso de formación se llevó a cabo la investigación “Resignificar
las prácticas pedagógicas de los maestros y maestras de educación preescolar: aportes
al mejoramiento de la calidad de la educación en el municipio de Medellín”. Un avance
parcial de la tesis doctoral es lo que se presente en este artículo, específicamente
hacemos referencia a la pregunta por ¿Qué conocimiento pedagógico y didáctico tienen
algunas de las maestras de educación preescolar que participaron del proceso de
formación y su incidencia en las prácticas de enseñanza?
El estudio se inscribe en el paradigma cualitativo bajo la estrategia del estudio de caso.
Para recoger la información utilizamos la entrevista estructurada y la observación no
participante. La codificación, la categorización y la triangulación fueron las técnicas que
facilitaron la organización, análisis e interpretación de la información.
Un avance en el análisis de la entrevista inicial a las maestras participantes, nos lleva a
concluir que el grado de apropiación del saber pedagógico y didáctico que ponen en
escena cuando planean su enseñanza, es muy disímil, pues muchos de los conceptos y
términos que utilizan son confusos, carecen de sentido y se evidencia una carencia de
fundamentación teórica.
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...ProfessorPrincipiante
Una de las propuestas institucionales que la Secretaría de Educación Pública de México ofrece como apoyo para formar en la función de tutor a docentes de nuevo ingreso, es a través de un diplomado en línea, diseñado por la Universidad Pedagógica Nacional. En este trabajo se recupera la experiencia de este proceso desde la perspectiva de cuatro figuras clave; se inicia con el análisis del investigador que está considerando este proceso formativo como objeto de estudio y cuya premisa es que los testimonios son perspectivas que reflejan un saber situado a partir del reto que a cada quien le ha implicado desde su función. El segundo aporte es la visión del responsable de su implementación, en la sede regional de la UPN, la Unidad 011, que corresponde al estado de Aguascalientes; nos presenta el contexto del diplomado, su configuración y aplicación, así como el reto que representa desde la política pública; la tercera mirada es de la facilitadora de uno de los siete grupos que están al frente de dicha responsabilidad, quien plasma su experiencia de tener cerca participantes en un juego de roles sui generis: como alumnos/docentes/tutores. Y la cuarta voz, la ofrece una alumna de dicho grupo desde el reto que le está generando como parte de su formación como tutora. El hilo conductor del presente trabajo es la recuperación de algunas reflexiones sobre lo que cada actor percibe desde la función que desempeña, su visión personal de lo que estánenfrentando hasta el momento; las problemáticas, aprendizajes y/o descubrimientos que les ha dejado la experiencia hasta el momento.
Com o propósito de abordar a forma como se dá o processo de inserção na carreira profissional docente, levantamos alguns dados que demonstram as características, orientações e até mesmo modelos que os professores procuram ou desenvolvem para adentrar no mundo da docência. As falas dos sujeitos nos retratam as dificuldades encontradas e como os professores procuraram superá-las. A memória dos estágios, a partilha com profissionais mais experientes, a lembrança da escola enquanto alunos e do perfil dos seus professores são algumas das pistas que os profissionais destacaram como elementos que auxiliaram no início do contato com a escola como membros do corpo docente.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...ProfessorPrincipiante
As estatísticas educacionais têm demonstrado, no Brasil, que o número de formandos licenciados está aquém das necessidades das demandas das escolas. Para analisar esta questão podemos identificar algumas questões. Uma que aponta para a execução de políticas públicas voltadas para “estancar” a falta de professores como, por exemplo, programas de qualificação para quem já atua na educação através do PARFOR - Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica e mesmo programas de incentivo a docência como o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Incentivo a Docência). Tais programas têm sua origem nas relações sócio históricas inerente às políticas educacionais e necessitam serem pensados no atual contexto da globalização econômica, das comunicações e da tecnologia. Considerando este contexto, as pesquisas apontam para os conflitos e implicações no desenvolvimento profissional dos professores, nas condições de carreira e do trabalho docente. (Gatti e Barreto, 2009; Fanfani, 2005)
A segunda questão constituída de pesquisas sobre os desafios da docência na perspectiva do professor no cotidiano da escola: suas dificuldades, fracassos e superações. As linhas de investigação, em grande parte baseada nos relatos de professores, têm enfatizado critérios de ordem econômica-salarial e condições de trabalho, além da discussão sobre a formação do professor e sua prática docente.
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho toma como referência dados coletados na pesquisa O trabalho docente e a aprendizagem da profissão nos primeiros anos da carreira, cujo principal objetivo foi compreender como professores, recém ingressos na profissão, vivem o trabalho docente e o processo de socialização profissional. Nessa direção, o estudo buscou investigar o processo de aprendizagem da profissão, articulando três dimensões: o trabalho docente, a formação profissional e o contexto social e institucional no qual esse trabalho se insere
O presente texto compõe uma pesquisa de revisão bibliográfica tendo como objetivo apresentar resultados de pesquisas sobre professores iniciantes na educação infantil com o objetivo de mapear e discutir a produção acadêmica tentando responder quais aspectos e dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes pesquisas publicadas em periódicos, congressos e eventos da área. A metodologia envolveu um levantamento bibliográfico efetuado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação e Atuação de Professores/Pedagogos (GEPFAPe/UnB) dentro de um recorte temporal de 14 anos (2000 a 2014). A análise realizada da produção encontrada mostra que as pesquisas sobre professores iniciantes vêm sendo intensificadas no Brasil, porém, com pouca ênfase para os desafios, dificuldades e especificidades dos professores que atuam na educação infantil. As pesquisas realizadas sobre essa temática buscam compreender o exercício profissional e seus desafios na educação infantil, as condições de trabalho, os saberes necessários para docência e as representações constituídas para esta etapa da educação básica.
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOProfessorPrincipiante
El aprendizaje de las profesiones complejas requiere de procesos de inducción y acompañamiento que faciliten a los que ingresan, la adquisición de valores, normas, saberes y prácticas de forma progresiva y guiada. En el caso de la docencia sólo recientemente se ha puesto la mirada en los primeros años y se ha destacado la importancia de atender a los profesores que se inician en el ejercicio profesional. En esta comunicación se describen algunos componentes del programa INDUCTIO que los autores vienen coordinando en la República Dominicana. Los sujetos que participan en el programa son 45 mentores y 363 docentes principiantes. Los datos que describimos en esta investigación han sido recopilados mediante herramientas de comunicación asíncrona que se utilizan en el programa: foro de discusión y mensajería instantánea mediante WhatsApp. En relación con los foros, hemos analizado más de 125 entradas en ese espacio de comunicación de un número aproximado de 1.750 comentarios analizados. En relación con la mensajería instantánea, hemos analizado 9.932 mensajes producidos bien por los mentores o por los principiantes. Los resultados nos muestran que el programa está teniendo incidencia desde el punto de vista social, cognitivo y formativo del profesorado principiante.
En esta comunicación se presentan algunos resultados analíticos de una
investigación sobre profesores principiantes llevada a cabo con docentes que trabajaban
en contextos de pobreza. El análisis se centra en dos grandes ámbitos de la práctica de
estos maestros: La manera en que la experiencia escolar que viven es influida por el
contexto en que se desarrolla; y las estrategias que van construyendo para desarrollar su
trabajo en contextos situados.
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...ProfessorPrincipiante
Este trabalho faz parte de uma pesquisa de Doutorado, cujo objetivo consiste em investigar
experiências de jovens docentes iniciantes que lecionam para outros jovens em escolas
públicas situadas em uma região de Belo Horizonte/Minas Gerais (Brasil). No estudo
apresentado neste Congresso, exponho uma discussão teórica, associada a parte de uma
ampla investigação empírica, cujo intento consiste em propor uma distinção conceitual
entre as noções de “professores iniciantes/principiantes” e “jovens professores”/
”professores jovens”; sendo os/as primeiros/as aqueles/as que estavam iniciando a
profissão docente (até 05 anos – Veenman, 1995; Zanchet, Fagundes e Facin, 2012 apud
Lima, 2009) e os/as últimos/as aqueles/as que estavam vivendo determinado momento da
vida (a juventude) – que as políticas públicas no Brasil consideram como indivíduos que
possuem entre 15 e 29 anos de idade (atual consenso etário adotado na América Latina,
conforme Carrano, 2009) e que Dayrell (2007) prefere chamar de “condição juvenil”. A
investigação mais ampla, de natureza quantitativa e qualitativa, utiliza como fontes de
dados revisão bibliográfica, tratamento estatístico de banco de dados sobre o corpo
docente da rede pública de Ensino Médio regular no Brasil (PNAD/2013), além do
estabelecimento de contato e/ou aplicação de questionários e realização “entrevistas
narrativas” (Flick, 2004; Teixeira e Pádua, 2006) com 32 (trinta e dois) jovens docentes
iniciantes da rede pública estadual de Ensino Médio regular de uma região administrativa
do município investigado. Neste estudo, apresentamos parte destes dados, com destaque
para análises de narrativas 03 (três) destes jovens docentes iniciantes pesquisados. Os
resultados preliminares apontam que, embora as expressões “professores iniciantes/
principiantes” e “professores jovens”/”professores jovens” sejam, muitas vezes, tomadas
em investigações sobre iniciação à docência como sinônimas, as mesmas apresentam
significados diferentes. Isto acontece se cotejamos distintos campos do conhecimento
(Sociologia da Educação e Sociologia da Juventude, por exemplo) e se observamos
grandes levantamentos de dados, a exemplo da PNAD/2013. Tais indistinções conceituais
podem estar encobrindo uma compreensão mais ampla sobre os sujeitos que adentram na
profissão quando jovens, velando alguns problemas e questões que para eles/as se
apresentam, tais como: proximidade geracional entre docentes e discentes; construção de
relações de autoridade e as emoções na iniciação à docência por jovens; a relação de
jovens docentes iniciantes e suas mães professoras, entre outros aspectos, sendo aqui
destacados alguns mais marcantes para jovens docentes principiantes que lecionam no
Ensino Médio regular, em especial.
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
Esse artigo está vinculado a uma pesquisa de tese de doutorado em fase de finalização, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa 1 (LP1) Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A pesquisa permeia a interpretação e a reflexão sobre trajetórias docentes de professores ingressantes na Educação Superior, tendo em vista os processos vivenciados em duas Instituições – uma brasileira e outra espanhola –, por meio de programas formativos institucionalizados. A tese tem como objetivo investigar a constituição dos programas de assessoramento pedagógico para professores principiantes, desenvolvidos em duas instituições de Educação Superior, uma brasileira e outra espanhola, tendo em vista a concepção de uma proposta de processo formativo em rede frente aos desafios à Educação Superior. O design investigativo da pesquisa, está fundamentado em uma abordagem qualitativa, alicerçada em um estudo de caso múltiplo, com a utilização de pesquisa bibliográfica, de questionário exploratório e de entrevistas narrativas. Tendo como resultado preliminar o entendimento de que o desenvolvimento profissional do professor principiante requer um programa institucionalizado e em rede que seja um meio propulsor de reflexões emergentes sobre a prática docente, configurando-se por uma interação entre os protagonistas, criando uma comunidade presencial e virtual de aprendizagem, a fim de qualificar a docência, promovendo a inteligência coletiva e aprendizagem mútua entre mentores e principiantes e assim, institucionalizar um processo formativo alicerçado em uma rede formativa pela interação e reflexão permanente acerca da docência universitária.
A MOBILIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO INÍCIO...ProfessorPrincipiante
Antes de falarmos sobre o processo de se tornar professor ou sobre a mobilização dos saberes docentes, entendemos a necessidade de apresentar o professor iniciante.
Pacheco e Flores (1999) definem o professor iniciante como aquele que se encontra no primeiro ano de docência. Gonçalves (1995) afirma que o professor em início de carreira é aquele que está entre o primeiro e o quarto ano de atuação docente, já Huberman (1995) observa que o professor em início de carreira se localiza entre os três primeiros anos de docência.
Metodologias Ativas como proposta estratégica para a o desenvolvimento de apr...LindsaiSantosAmaralB
O artigo tem como foco apresentar uma discussão sobre possíveis contribuições das Metodologias Ativas de ensino para o desenvolvimento de aprendizagens significativas pautadas no desenvolvimento de habilidades e competências que se (cor)relacionam com conhecimentos prévios e o cotidiano. Traz também uma reflexão sobre influências socioemocionais e suas contribuições para o processo de ensino e aprendizado, bem como a necessidade de formação continuada ao professor, agregando sentido e criticidade em relação ao que se aprende na escola, e sua relevância para a vida em diferentes contextos e situações.
ALBINO, J. L. S. ; BATISTA, L. S. A. ; MORAIS, R. S. . Metodologias Ativas como proposta estratégica para o desenvolvimento de aprendizagens significativas. In: Ivanio Dickmann, Márcia Boell. (Org.). União pela Educação. 1ed.Veranópolis: Diálogo Freiriano, 2021, v. 3, p. 55-67.
Introdução
Este artigo constitui-se em recorte da pesquisa Os movimentos da docência superior: especificidades nas diferentes áreas do conhecimento e sua influência na atuação docente1, e tem por objetivo trazer à discussão as dificuldades dos professores principiantes da educação superior tendo como premissa as diferentes áreas de conhecimento específico.
Entendemos por dificuldades na docência superior os entraves que se apresentam no cotidiano docente que envolve tanto os aspectos estruturais quanto aqueles inerentes a condição humana. No que tange a esfera estrutural relacionamos os espaços físicos e recursos materiais pertinentes ao desenvolvimento da docência
O presente estudo centra-se na inserção profissional de cinco educadores de infância. Pretende-se descrever e compreender as conceções e práticas destes profissionais sobre o trabalho colaborativo, mais precisamente aceder à forma como essa estratégia de trabalho se pode constituir facilitadora da integração de novos educadores nos contextos de trabalho e de desenvolvimento profissional.
Neste sentido foram formuladas as questões: Quais as conceções que os educadores principiantes, participantes no estudo, têm sobre trabalho colaborativo?; Quais os momentos de trabalho colaborativo que são identificados pelos participantes, no estudo, na sua prática pedagógica, no contexto profissional?; De que forma é que o trabalho colaborativo promove a sua inserção profissional?; De que forma é que o trabalho colaborativo se configura impulsionador do seu desenvolvimento profissional?.
O quadro conceptual de referência privilegia constructos teóricos do desenvolvimento profissional docente, do trabalho colaborativo e da reflexão sobre a praxis. Como opções metodológicas adota-se o paradigma qualitativo e o design estudo de caso.
Os resultados do estudo evidenciam a prática do trabalho colaborativo como facilitador da inserção profissional e socialização dos educadores de infância, quer em contextos de trabalho formal, quer em contextos informais.
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...ProfessorPrincipiante
Desde as últimas décadas do século XX, a sociedade passou a conviver e a sentir
o impacto das constantes transformações ocorridas em vários setores provenientes da
era globalizada. Essas transformações aumentaram as tensões nas relações sociais que
tenderam a se organizar ao redor de interesses particulares e competitivos ao invés de
instituir-se em torno do direito e da justiça. Por consequência, estes fatores acabaram
ocasionando uma crise na ética profissional e na construção da identidade profissional,
(Tardif, 2000).
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...ProfessorPrincipiante
As pesquisas sobre o conhecimento que os docentes constroem em sua ação têm sido
alvo de muitos estudos, pois segundo Shön, (2000) o conhecimento profissional pode se
construir na prática, no momento em que os professores (as) “pensam enquanto fazem”.
Essa capacidade de agir na prática é denominada pelo autor como um processo de
reflexão-na-ação, pois nem todas as situações que se tecem nesses contextos estão
transcritas em algum manual técnico. Muitas vezes para encontrar saídas para diversos
problemas de forma competente, o professor pode improvisar, inventar e testar
estratégias situacionais que ele próprio produz.
Zeichner (1995) considera duas categorias que devem ser levadas em conta no estudo
da prática dos professores (as). Uma é a reflexão-na-ação, que se refere aos processos
de pensamento que se realizam na ação, sempre que os professores (as) têm
necessidade de reenquadrar uma situação problemática tomando como base a
informação obtida a partir da ação, desenvolvendo experiências para conseguir as
respostas mais adequadas. A outra é a reflexão-sobre-a-ação que se refere ao processo
de pensamento que ocorre retrospectivamente sobre uma situação problemática e sobre
as reflexões-na-ação produzidas pelo (a) professor (a).
Nesse sentido, acreditamos que o referencial trazido por esses autores possibilita a
criação de instrumentos teóricos capazes de compreender a complexidade dos
fenômenos e ações que se desenvolvem durante as atividades práticas. Monteiro (2001)
alerta para a crítica à racionalidade técnica, a qual tem gerado várias pesquisas que
procuram superar a relação linear e mecânica entre conhecimento técnico científico e a
prática da sala de aula.
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSProfessorPrincipiante
Temos por objetivo neste trabalho analisar o que motiva para a aprendizagem de
novos conhecimentos professores iniciantes no exercício da profissão docente nas quatro
primeiras séries do ensino fundamental I. A metodologia utilizada foi a de natureza
qualitativa, do tipo exploratória e descritivo-analítica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas
com os professores com auxílio de roteiro construído e testado com essa
finalidade específica. Os dados coletados foram mapeados, organizados em Quadros e
analisados com o apoio teórico de autores como Giroux, Apple e Pérez Gómez. Os
resultados permitem afirmar que os professores se vêem como aprendizes ávidos,
permanentes e que demonstram sua motivação para a aprendizagem da docência em
seu trabalho e em seu processo de formação. Mas em seus depoimentos apontam
elementos como: tenho sempre interesse por aprender coisas novas em relação à
profissão; afirmam que sua principal motivação são seus alunos e que se motivam ao vêlos
aprender; declaram querer aprender sempre mais, para melhorar suas práticas e que
fazem isso estudando; finalmente, reiteram que mesmo no início da docência já
percebem que só não gostam de aprender em situações de treinamento, sem liberdade
para pensar, ou por obrigação. A forma como os professores percebem e expressam
seus processos de aprendizagem da profissão e o que os motiva demonstra que ter certo
domínio do mundo profissional no qual vivem, no qual se comunicam com outros seres e
partilham o mundo com eles, permitindo que vivam certas experiências, os torna maiores,
mais seguros, mais independentes.
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃOProfessorPrincipiante
Pesquisas sobre formação de professores têm aumentado nos últimos anos e os
enfoques adotados tomam direções variadas, deixando de ser levantamento de dados
sobre o que falta para um ensino de qualidade ou o que caracteriza uma formação eficaz,
para considerar as concepções teóricas dos professores e seus maiores desafios no
enfrentamento da docência.
Nesse cenário, desponta o movimento biográfico que se consolida desde os anos 2000
(Josso, 2004, 2010; Nóvoa, 1995, 2006; Souza, 2006), construindo uma nova área de
pesquisa, inaugurando fóruns de debates internacionais como o CIPA1, em que
pesquisadores discutem suas produções de conhecimento sobre a abordagem biográfica.
O recorte aqui apresentado baseia-se no princípio da atividade de pesquisa vinculada à
formação, tendo em vista que a abordagem biográfica, presente nas escritas de si,
propicia situações que levam à interpretação dos percursos biográficos, questionando a
trajetória de profissional de cada envolvido, proporcionando condições para a
conscientização desse processo. Josso (2004) afirma que o procedimento autobiográfico
permite-nos compreender o modo pelo qual os professores formam-se e adquirem novas
competências, e auxilia na criação de estratégias de trabalho que favorecem suas
aprendizagens, permitindo aos escritores das narrativas, responder a questões como: Em
que me apoio para pensar como penso? Como me constituí no que sou? De onde vêm
referenciais em que me apóio? Com quem e como aprendi meu fazer? E, ainda, aos
pesquisadores, permite confirmar o caráter heterogêneo das motivações que dinamizam
o processo formativo dos aprendizes adultos. A esse tipo de pesquisa, Josso (2010)
intitulou pesquisa-formação, descrevendo que seu poder de transformação está pela
tomada de consciência de que ele é sujeito de suas transformações, sujeito cônscio de
suas formas de ser no mundo, suas aprendizagens, objetivações e valorizações que
elaborou em diferentes contextos que são/foram os seus.
PIBID: IMPACTOS POSITIVOS NA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DO CONTATO ANTECIPADO N...pibidgeo
O presente trabalho vem mostrar como o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) tem sido desenvolvido no Colégio Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Soares de Carvalho e vem a ajudar os licenciandos a melhorar e inserir as metodologias e práticas de ensino no seu cotidiano, pois a vivência junto com a execução dos trabalhos faz com que os futuros profissionais vejam onde devem melhorar e/ou prosseguir. Com o contato antecipado no âmbito escolar, já propõe ao futuro docente um conhecimento de como interagir na vida educacional. A pesquisa do trabalho desenvolveu-se a partir de observações, experiências em sala de aula e acompanhamento de atividades no referente colégio. Sabemos que ainda existe uma porfia entre os modos conservadores e os contemporâneos, o que dificulta muitas vezes a realização de um melhor desempenho nas atividades que pretendem ser produzidas. Observa-se até o momento que a junção do Ensino Superior aliado ao Ensino Básico vem promovendo uma articulação benéfica quanto ao quadro de formação de novos professores, pois, com a inserção “precoce” na academia, têm-se mais oportunidades de se tentar e testar novos meios para um melhor desempenho na escola. O PIBID faz com que haja movimentação na escola, fazendo com que a instituição incentive novas práticas pedagógicas e as execuções se tornam mais dinâmicas, principalmente no que diz respeito à criação de procedimentos e recursos utilizado
Semelhante a ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES INICIANTES (20)
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES INICIANTES
1. Processos de socialização profissional docente na cultura da escola
INFORMES DE INVESTIGAÇÃO
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE
DOS PROFESSORES INICIANTES
FRASSON, Jéssica Serafim
jehfrasson@hotmail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
BOROSWKI, Eduardo Batista von
ebvb@unesc.net
Universidade do Extremo Sul Catarinense
CONCEIÇÃO, Victor Julierme Santos da
victor@unesc.net
Universidade do Extremo Sul Catarinense
NEVES, Pâmella Cardoso
pamellacnpam@hotmail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
VOLPATO, Gildo
giv@unesc.net
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Palavras-chave: Socialização docente - professor iniciante - organização escolar
INTRODUÇÃO
Os estudos sobre o início da docência ganham magnitude no campo da educação e da
sociologia da educação no momento em que buscam tratar e reconhecer o ingresso na
docência como elemento preponderante para a construção da identidade docente. É
neste caminho que o presente estudo busca apresentar e ampliar a discussão sobre a
influência da organização escolar no processo de iniciação à docência. O debate inicial
trata de reconhecer possíveis questionamentos que fazem parte do repertório de
dificuldades dos professores iniciantes. A partir disso, foi definido o objetivo desta
pesquisa – Compreender a influência da organização escolar no processo de iniciação à
docência.
Huberman (1995) afirma que o professor iniciante se caracteriza pelos três primeiros
anos de trabalho docente. Já Marcelo (2009) destaca que o início da docência se estende
2. aos cinco primeiros anos da carreira do professor. O que é comum entre os autores, é a
caracterização deste momento pelas dificuldades encontradas pelos docentes ao
assumirem a carreira do magistério. Neste movimento é onde aparece o choque do real
(Huberman, 1995), ou Choque cultural (Marcelo, 2009) como o momento que o professor
inicia sua carreira na escola e se depara com inúmeras dificuldades. Esse choque refere-
se, sobretudo entre a diferença do real e ideal, ou seja, entre aquilo que é idealizado
pelos acadêmicos durante o curso de formação inicial e aquilo que efetivamente ocorre
no dia-a-dia escolar.
Este distanciamento, muitas vezes proporcionado pelo processo formativo idealizado pelo
racionalismo técnico instrumental, desconsiderando a cultura escolar, e a falta de apoio
da organização escolar pode provocar um desconforto inicial muito grande, e levar o
professor a desistência.
O início da carreira pode ser acompanhado por sentimentos de opressão, medos e
insegurança. E esses sentimentos podem ser amenizados pelo acolhimento institucional,
pois este também é papel da organização escolar.
Ao oferecer os subsídios necessários tanto do ponto de vista pedagógico e estrutural
quanto administrativo e ao buscar compreender as maiores dificuldades dos professores
iniciantes, a organização escolar promove um espaço colaborativo, criando um vínculo de
aprendizado e de apoio ao desenvolvimento profissional do professor, que é essencial,
principalmente, no início da carreira. É neste espaço cultural, próprio e complexo, que o
processo de socialização e de constituição da identidade do professor iniciante se
configura.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DOCENTE
É importante ressaltar que a construção do ser professor acontece a partir dos primeiros
momentos ainda como estudante nas escolas, portanto o futuro professor está
encharcado de experiências vivenciadas muito antes, até mesmo da escolha da sua
profissão. Nesse sentido Mizukami (1996) observa que tornar-se professor é um caminho
que tem início nas primeiras vivências escolares.
A partir da formação inicial este caminho se amplia e se reconfigura, a partir das
vivências que o professor iniciante passa a ter no ambiente escolar.
É através das experiências que os professores se constroem e se reconhecem no
ambiente escolar, a partir das aproximações com os alunos, com a direção, funcionários
e com os demais professores. Essa socialização se dá em todo o contexto educacional,
mas de fato ganha importância quando acontece mediado pela organização escolar.
Mélèse (1979 como citado em Iannone, 2006), observa que organização escolar pode ser
definida como um grupo de indivíduos que utilizam um conjunto de meios para realizar
tarefas coordenadas em função de objetivos comuns. Outra definição é pensar a
organização como um coletivo humano coordenado, orientado por uma finalidade,
controlado e atravessado pelas relações de poder.
Assim, apontamos a importância de estudarmos a socialização docente que se dá dentro
da organização escolar. No caminho de tornar-se professor já há esse processo, que se
perdura por toda a vida docente do professor. Para Marcelo (2010, p.30) a socialização
“[...] é o processo mediante o qual um indivíduo adquire o conhecimento e as destrezas
sociais necessárias para assumir um papel na organização”. Assim, a partir do momento
que um professor inicia em uma escola e é bem acolhido pelos seus colegas, o seu
3. trabalho fica mais agradável e seguro, ou seja, ele sabe que pode contar com a ajuda dos
demais professores e equipe diretiva. Se o professor iniciante, muitas vezes cheio de
dúvidas e medos não encontra, nesse primeiro momento, o apoio necessário, ele pode
sentir o que chamamos de desmotivação profissional. Nessas condições o professor não
consegue dar continuidade a sua prática educativa. Pode até permanecer no contexto
escolar, mas não com a mesma motivação pela docência, processo esse chamado de
desinvestimento pedagógico. (Machado et al. 2010).
Esse processo de socialização influencia na construção de identidade docente, pois é
nesse período que começam as trocas de experiências, a construção de acordos,
conhecer os alunos e também se começa a compreender a organização escolar
(Medeiros & Conceição, 2012). Os autores ressaltam ainda que junto à socialização, a
formação inicial permite ao docente, enquanto acadêmico, conhecer as distintas
realidades escolares, fazendo com que reflita sobre sua prática pedagógica na cultura
escolar.
Refletindo sobre o ambiente de profissão o docente consequentemente irá carregar uma
bagagem muito grande, onde terá interligado a sua prática educativa do dia-a-dia junto
com a reflexão crítica da mesma. Zeichner (1980 como citado em Marcelo, 2010) propõe
o termo “mito” para se referir à crença de que as experiências práticas contribuem, para
formar melhores professores, ou seja, um pouco de prática é melhor que nada, e ainda,
quanto mais tempo se dedique às experiências práticas, melhor será. Assim, as
experiências vividas pelos professores nas escolas, lhes servem de aprendizado também
para aperfeiçoamento de sua própria prática.
Dewey (1938 como citado em Marcelo, 2010) observa que experiência não é sinônimo de
formação. Para o autor existe a necessidade de uma “teoria de experiências”. Essa teoria
está ligada as reflexões obtidas da mesma, pois não adianta termos muitas experiências
se não pararmos para analisá-las, assim tudo depende da qualidade desse experimento,
ou seja, não é satisfatório ter apenas uma experiência, mas sim uma boa vivência que se
possa aproveitar para tirar de lá muitos aprendizados.
Marcelo (2010), diferencia o conhecimento “para” do conhecimento “na”. Ele enfatiza que
o conhecimento “para” serve para organizar a prática, ou seja, conhecer conteúdos,
teorias educacionais e estratégias de ensino. Por outro lado o conhecimento “na”, coloca
em ênfase a análise sobre o ato de aprender a ensinar, ou seja, aquilo que os
professores conhecem está explícita na prática, na reflexão sobre ela.
Então, ao se falar de ensino, não há necessidade de falar de dois conhecimentos (o
formal e o prático), e sim falar do conhecimento que se constrói coletivamente dentro de
comunidades formadas por professores trabalhando em projetos de desenvolvimento da
escola, de formação ou de pesquisa colaborativa. Cochran-smit e Lytle (1999 como
citado em Marcelo, 2010).
Reali, Trancredi e Mizukami (2008) apontam divisões da aprendizagem docente: as que
antecedem a formação inicial, a formação inicial, a relativa aos primeiros anos de
inserção profissional e a relacionada ao desenvolvimento profissional.
As etapas de formação inicial, inserção e desenvolvimento profissional deveriam estar
muito mais inter-relacionados para criar uma aprendizagem coerente e um sistema de
desenvolvimento para os professores. Uma perspectiva de aprendizagem ao longo da
vida para os professores implica, para a maioria dos países, uma atenção mais
destacada para oferecer apoio aos professores em seus primeiros anos de ensino, e lhes
proporcionar incentivos e recursos para seu desenvolvimento profissional contínuo. Em
4. geral, seria mais adequado melhorar a inserção e o desenvolvimento profissional dos
professores ao longo de sua carreira em vez de incrementar a duração da formação
inicial OCDE (2005 como citado em Marcelo, 2010, p.26).
O processo de formação inicial é de extrema importância para todos os docentes, porém,
fica claro que os professores necessitam de apoio depois da formação inicial, no
processo de inserção a docência, no período em que estão iniciando, pois é justamente,
nessa fase que se encontram com mais insegurança, medos e angústias.
Bereiter e ScarDamalia (1986 como citado em Marcelo, 2010) falam de professores
expertos, e a esse termo ele assemelha os professores experientes, mas não significa
que é somente um professor com no mínimo cinco anos de experiência, mas também
sobre um grande nível de conhecimento e exercício, o que não se adquire de forma
natural e sim, que requer uma atenção especial e leal, isso as vezes é deixado escapar
pelos iniciantes, justamente por não terem ainda essa capacidade de agregar reflexões
sobre os seus conhecimentos. O autor ainda separa esses “expertos” em dois níveis: os
“expertos rotineiros” e os “expertos adaptativos”, ou seja, ambos são expertos pois a
aprendizagem é contínua ao longo da vida, mas o rotineiro como o nome já diz, cria
rotinas, desenvolve um conjunto de competências e aplica ao longo da sua vida
profissional. Já o experto adaptativo muda com mais frequência as suas competências,
adaptando e ampliando sempre que necessário a determinadas situações de ensino.
Segundo Marcelo (2010) os professores iniciantes precisam de ideias e habilidades
críticas para refletir, avaliar e aprender sobre o ensino, para assim poderem sempre
melhorar como docentes. A organização escolar também possui uma função na
socialização do professor, pois deveria incentivar o iniciante, dar o apoio necessário para
que ele possa se estabilizar dentro da organização, e geralmente não é isso que
acontece, pois para esses iniciantes as escolas na maioria das vezes oferecem as turmas
mais difíceis, os espaços e materiais mais precários, pois os melhores, geralmente, são
do professor que está a mais tempo na escola e ele socializa esse espaço/material se
quiser, fazendo assim, com que exista uma relação de poder entre os mais experiente e
os iniciantes.
Em sua dissertação de mestrado Perin (2009) mostra que na organização escolar todos
os envolvidos no processo educativo devem participar de discussões pedagógicas, pois
os trabalhos são realizados no ambiente escolar e não somente nas salas propriamente
ditas.
Percebemos assim, que a influência da organização escolar está presente no cotidiano
dos professores e que o iniciante deve estar inserido e ser atuante no contexto para
assim, buscar um melhor entendimento deste espaço. A organização tem como função
abrir espaços e buscar cada vez mais meios de socialização com os docentes, que estão
em início de carreira.
METODOLOGIA
Esta pesquisa se classifica como descritiva de caráter qualitativo “que tem como
pressuposto científico manipular informações recolhidas, descrevendo e analisando-as
para num segundo momento interpretar e discutir á luz da teoria” (Negrine, 2010, p.62).
Quanto à pesquisa descritiva, este modelo exige do pesquisador que tenha um bom
embasamento sobre o que procura pesquisar. À medida que as informações são
coletadas ocorre a interpretação, ou seja, assim que a pesquisa vai se estruturando, a
5. interpretação dos dados já vai sendo realizada, o que pode originar a necessidade de
procura de novos dados (Triviños, 1987).
Participaram da pesquisa cinco professores de Educação Física, escolhidos através da
representatividade tipológica que segundo Molina Neto (2010) é um perfil das pessoas
que estão envolvidas em um caso particular. Os professores possuem entre 22 á 30 anos
de idade, estão entre o primeiro e o quinto ano de docência, todos lecionam em uma ou
mais escola, sendo todas de ensino publico.
Como esses professores foi realizada uma entrevista semiestruturada, que segundo
Lakatos e Marconi (2001) é uma ferramenta de trabalho que hoje em dia é utilizada em
vários atividades e campos de profissão, tais como: Psicologia social, politica, serviço
social, pesquisa de mercado e os mais vistos nos meios de comunicação é no jornalismo.
Para realização das entrevistas foram agendados os encontros com os professores,
gravadas as conversas e transcritas. Os professores foram identificados com letras do
alfabeto, para que dessa forma fossem preservadas as identidades dos mesmos.
De posse das entrevistas transcritas, foram reconhecidas unidades de significados e a
partir delas construídas categorias de análise que responderam os objetivos do estudo. A
partir das entrevistas, selecionamos as falas de maior significado para justificar as
análises construídas a luz do referencial teórico consultado.
ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
A partir das falas dos entrevistados elencamos unidades de significado que descrevem o
processo de acolhimento institucional entre os professores iniciantes e a organização
escolar: Recepção/Acolhimento, Diálogo, Apoio/Auxílio.
Quando o professor iniciante se insere em um determinado contexto escolar, sente a
necessidade do apoio da equipe diretiva para que se integre nessa organização. O
acolhimento traz o professor para o grupo e faz com que ele se sinta mais seguro.
Realizando a análise das respostas, percebemos que esse processo, de ter o apoio da
equipe diretiva, aparece com frequência, então, utilizamos o termo “acolhimento” para
abordar o que os professores colaboradores do estudo entenderam sobre esse processo.
“É muito interessante que a gente seja bem “recebido”, principalmente pela direção, e
hierarquicamente a direção é o órgão máximo da escola, e nós professores somos
subordinados da mesma, então é importante que essa relação seja bem linear”.
(Professor J)
Entendendo que existem formas diferentes de acolhimento e durante a análise das
respostas compreendemos que quando um professor iniciante não se sente acolhido pela
organização escolar, não sente um ambiente favorável, pode se sentir desmotivado, se
deixando vencer pelas várias dificuldades que encontra nesta fase de entrada na carreira.
Neste momento de análise, percebemos que nem todos os colaboradores vivenciaram ou
veem esse processo de acolhimento de maneira negativa. Apresentamos algumas falas
que ilustram essa vivência sob uma ótica positiva e mostram que quando o docente
iniciante se sente acolhido, se mostra integrado em determinada cultura escolar,
efetivando sua prática educativa.
6. “Eu fui bem recebido pela direção [...] Sempre que eu preciso dela, tenho total liberdade
de conversar e apresentar meus problemas e solicitar materiais ou qualquer questão
ligada a escola e as minhas aulas”.
(Professor J)
“(...) em todas as escolas que eu passei, eu encontrei diretoras maravilhosas, a minha
relação com elas é muito boa, não tive nenhum problema com nenhuma delas até hoje”.
(Professor F)
As falas dos professores mostram que o processo de acolhimento institucional é
importante para a ambientação, no início da docência, à cultura escolar. Neste sentido,
até mesmo com algumas dificuldades do seu cotidiano, na sua prática educativa, existe
uma maior aproximação entre a escola, professores e pais, para dar conta dessas
dificuldades da docência.
“Trabalhar junto é essencial! Têm os casos em que precisa ter a conversa com os pais, o
professor fala uma coisa e o coordenador fala outra, e isso já mostra que não há “diálogo”
entre eles. Então se deve sempre estar trabalhando junto”.
(Professora A)
A passagem acima nos remete a apresentar outra categoria que chamamos de “diálogo”.
Apesar dos professores afirmarem ter sido bem recebidos no ambiente escolar, alguns
ainda têm dificuldade em manter um contato mais aproximado com a organização
escolar. Quando não existe esse “diálogo” entre o corpo diretivo e o professor, algumas
informações que podem ser relevantes no cotidiano escolar, podem se perder ou
passarem até despercebidas. E quando ocorre esse diálogo mais aproximado, mantendo
sempre essa relação de troca, essa socialização se torna efetiva.
Ainda sobre os aspectos que influenciam na prática educativa do professor iniciante,
analisamos as condições de trabalho encontradas nas escolas como fator que pode
induzir a um questionamento sobre a “carreira docente”. Esta análise ocorre a partir do
entendimento se essas condições influenciam na prática pedagógica dos professores
iniciantes e se podem levá-los a um pensamento sobre sua escolha profissional.
Quando não existe uma dinâmica de diálogo e socialização no nosso cotidiano, o
resultado é a construção de dificuldades e frustrações que sofremos por não termos em
quem nos apoiar. Dado exposto, embasa o processo de “socialização docente”, apontado
como chave principal para a porta que separa o professor iniciante e o experiente.
Marcelo (2010) observa que esse período de iniciação não representa só um momento
de aprendizagem da prática docente, representa também a “socialização” profissional, e
consequentemente com as práticas de ensino, os professores iniciam o conhecimento
sobre a cultura escolar. O autor ainda destaca que é no período de inserção docente que
a “socialização” se produz com maior amplitude, pois a partir disso, acabam
interiorizando normas, valores, e condutas, que por sua vez estão presentes na
organização escolar.
“Tudo depende desse primeiro contato [...] Eu tenho um relacionamento normal, tenho
professor de educação física junto comigo na escola e a gente conversa normal,
7. geralmente são professores com mais tempo na escola e eles procuram orientar a gente
pra conhecer, deixar a gente por dentro de como funciona o ambiente escolar”.
(Professora L).
Observamos na fala da professora acima que essa “socialização” influencia na prática
docente, pois os professores iniciantes se sentem mais seguros e confiantes para realizar
a sua docência. Machado (2010), nos mostra que:
A prática pedagógica dos referidos educadores é (re)construída a
partir dos vínculos de amizade, cumplicidade, de desconfortos, de
resistências, de estranhamento, de isolamento, de
descompromissos, de agressões, que firmam permanentemente
com o coletivo de professores da escola, com os alunos, com os
funcionários, com os pais, dentre outros (Machado, 2010 p.2).
Marcelo (2010) trata que o professor iniciante se torna um estranho, que na maioria das
vezes não está familiarizado com essa nova realidade em que se insere. Analisando o
que o autor observa, fica clara a importância desses momentos de “socialização” entre os
professores iniciantes e os experientes, construindo momentos mais seguros consigo
mesmo e com a sua prática educativa.
Cancherine (2009) aponta quatro níveis de socialização que influenciam na organização
docente, são eles: pessoal, de classe, institucional e social. Para tratar do “apoio diretivo”,
utilizaremos o nível institucional, que segundo o autor é nele que se inclui os colegas,
diretores e pais nas relações docentes, assim como o currículo e a administração.
“Depende de como a direção te leva pra isso, porque se ela te joga lá na sala e diz isso
aqui é o que tu tem e tá acabado, tu vai sentir essa falta de apoio, e é muito difícil pra
quem está iniciando”.
(Professora L).
Refletindo essa fala, podemos ver que o professor em início de carreira necessita em um
primeiro contato, um direcionamento para a prática educativa, pois o iniciante sente-se
perdido e até isolado dos demais. Cancherine (2009), ainda observa que o isolamento
não é um sentimento, mas sim um estado, onde se resulta em uma consequência dos
demais professores ou a própria pessoa. A autora nos remete a refletir analisando que
esses isolamentos podem ser dos demais professores a partir do momento em que se
negam a apoiá-lo e auxiliá-lo, e por outro lado do próprio professor, que em alguns casos
se retraem e não se preocupam em buscar ajuda.
Outro elemento que também pode ser analisado com as respostas dos colaboradores é a
“desmotivação/desistência”. A desmotivação pode surgir por vários motivos, pela
inexperiência que acarreta em dificuldades na gestão das aulas, pela falta de materiais,
pelas condições encontradas nos espaço pedagógico, por falta de socialização com os
docentes e com gestão escolar, pela questão salarial e ainda por outros motivos.
Segundo Tardif e Lessard (2005, p.39) a docência,
[...] visa a objetivos particulares e põe em ação conhecimentos e
tecnologias de trabalho próprias; ela se encaminha a um objeto de
trabalho cuja própria natureza é, como veremos, cheia de
consequência para os trabalhadores; enfim, a docência se realiza
8. segundo um certo processo do qual provém determinados
resultados.
Podemos observar que diversos são os obstáculos enfrentados durante o exercício da
profissão, os quais muitas vezes acabam desestimulando os professores a prosseguirem
na carreira, levando-os a desistência nesta primeira fase de inserção no mercado de
trabalho (Guarnieri, 1995; Huberman, 1995).
“Alguns fatores desmotivam o professor: estrutura da escola; a falta de limite, a falta de
comprometimento dos pais, que na maioria das vezes jogam os alunos na escola e só
vem na escola quando tem alguma reclamação para fazer; e a questão salarial”
(Professor F)
“A falta de valorização profissional, a falta de apoio nos momentos que mais precisamos
que seria quando estamos iniciando, a falta de materiais e espaço pedagógico para se
trabalhar. O salário também é um grande desmotivador dos professores”.
(Professora L)
Nas falas dos colaboradores podemos perceber alguns dos fatores que deixam os
professores desmotivados. E esses aspectos também podem induzir o professor a um
questionamento sobre sua profissão. Esses pensamentos indicam como o docente se
sente, o que ele pensa sobre sua carreira, e alguns podem até desistir, ou como na fala
da Professora L, outras nem resolvem atuar, por não querer encarar as realidades
encontradas. Podemos analisar isso nas falas dos professores iniciantes:
“Eu, no começo, achei que não ia aguentar, chorava todo dia, aí os outros professores
falavam pra ficar calma que no começo era assim mesmo”.
(Professora C).
“O professor pode muitas vezes se questionar porque não fez outra coisa, e se perguntar,
e agora? Vou ficar nessa área? E agora?... [...] Eu acredito que essa desmotivação pode
sim levar a um questionamento sobre a carreira docente e até levar a pensar se
realmente ele quer isso, se vai se aposentar nessa área, ou irá desistir, ou fazer outro
curso, ou mudar para academia, ou para um clube na preparação física”.
(Professor F).
“Eu conheço vários colegas meus que se formaram mas não atuam na área, chegaram a
conhecer a realidade escolar, mas resolveram não arriscar”.
(Professora L).
Em outros casos, há o sentimento inverso, em que tendo possuído o prazer da
descoberta e a responsabilidade por ter uma sala de aula, faz com que eles se tornem
encorajados e buscam usar essas dificuldades como experiências para o seu
crescimento profissional (Huberman, 1995).
Acredito que se um professor não está preparado para encontrar dificuldades, ele pode
se questionar e até desistir da profissão de ser professor, Não foi o meu caso, pois eu
9. sempre procuro refletir sobre os acontecimentos para buscar soluções mais adequadas
possíveis. [...] Depende de professor para professor.
(Professor J).
Podemos observar que há diferentes casos, alguns se desmotivam e outros se
encorajam, isso fica claro quando a Professora J, mostra que essa questão varia de
professor para professor, se o indivíduo está preparado e sabe que essas dificuldades
podem vir a acontecer, ele irá encarar a situação da melhor forma possível para que essa
desmotivação não ocorra com ele. Tudo está na forma de refletir as situações, por isso
concordamos com Marcelo (2010), quando afirma que uma experiência por si só, é
apenas uma experiência.
Além dessas questões, aparece com frequência nas falas dos professores a questão da
“desvalorização da disciplina e do professor de Educação Física”. Marcelo (2010) nos diz
que no começo do século XX ser professor era motivo de orgulho, pois tinha muito
prestígio profissional e era respeitado, no contexto social. Já nos dias atuais, o trabalho
docente tem sido visto como um trabalho de risco, uma prática com muitas sobrecargas,
baixo reconhecimento, incerteza em relação à função, individualismo e sentimento de
impotência.
Isso fica cada dia mais claro, pois as condições oferecidas ao trabalho dos professores
são muitas vezes precárias. Essa “desvalorização” profissional é percebida pelos
professores vinda até mesmo de outros docentes de outras disciplinas, da equipe
diretiva, de alunos e do contexto escolar e da sociedade.
“Eles não dão muito valor, eles acham que a Educação física é brincar por brincar, que o
professor não pode faltar porque já é uma folguinha que eles vão perder, aí falta
professoras dos anos finais, mandam lá pra quadra, para o professor cuidar, e eu tenho
que ficar cuidando, dando uma de babá. Eles não dão valor para o professor, não estão
nem ai”
(Professora C).
“Uma coisa que me desmotivou bastante foi o desrespeito por parte das nossas forças
governamentais com a situação dos professores, esse descaso do poder público com
relação ao professor, uma desvalorização e desrespeito”.
(Professor J).
A desvalorização não está somente destinada aos professores, mas também a disciplina.
Os professores de Educação Física relatam que os demais componentes do corpo
decente entendem que a educação física não tem conteúdos, que não tem sua
relevância, como foi vista na fala da Professora C. O professor só é lembrado quando
precisa fazer algo pela escola, ou por professor de outras disciplinas, como vemos na fala
abaixo:
“Quando tem um evento na escola como festa junina e jogos escolares eles se lembram
do professor de educação física, não interessa “é ti vira, isso é da tua área” então nessa
época eles se lembram do professor”.
(Professora C).
10. Pelo que se percebe, o professor de educação física só é lembrado quando se trata de
assuntos ligados às atividades em eventos na escola ou atividades de recreação, já
quando se trata de questões referentes a decisões dentro da organização escolar os
professores não são lembrados.
“No conselho (de classe), a tua palavra quase não é válida, eles comentam, do aluno, daí
chega à tua vez eles falam: - o que tu tem pra dizer? Não tem nada né?! Próximo. Ou se
tu fala de algum problema que tá acontecendo contigo eles também não dão
importância”.
(Professora C).
Para os demais componentes do contexto escolar, os professores de educação física não
tem prioridade, não tem opiniões para contribuir junto a organização escolar. Mas essa
visão deve ser modificada e deve começar partindo do professor, pois o docente deve se
mostrar interessado, comprometido com suas aulas, seus alunos e deve ainda ter
argumentos para defender suas ações e interesses. Para que o professor se sinta capaz
de firmar o seu lugar e a sua importância na organização escolar ele deve estar sempre
disposto a buscar conhecimentos, superando as dificuldades encontradas no ambiente
escolar.
CONSIDERAÇÕES TRANSITÓRIAS
Nesta pesquisa buscamos ampliar a discussão sobre a influência da organização escolar
no processo de iniciação à docência em termos de interação social, estabelecidas a partir
do momento em que os professores se inserem no contexto escolar.
Os professores entrevistados descrevem o processo de acolhimento institucional entre os
professores iniciantes e a organização escolar como importante para a ambientação na
cultura escolar. Esse professor em início de carreira necessita de um primeiro contato,
um direcionamento para a prática educativa, pois sente-se perdido e até isolado dos
demais.
Assim, observamos que a socialização influencia diretamente na prática educativa, pois
os professores iniciantes se sentem mais seguros e confiantes para realizar a sua
docência. Fica claro que a falta socialização pode levar a um possível processo de
desmotivação, induzindo o professor a um questionamento sobre sua profissão.
A desvalorização da disciplina e do professor de Educação Física é um assunto
recorrente entre os entrevistados, para os demais componentes do contexto escolar, os
professores de educação física não tem prioridade, não tem opiniões para contribuir junto
a organização escolar.
Evidenciamos que o processo de socialização é fundamental para contribuir na entrada
da carreira docente, levando o professor iniciante a uma prática mais segura e coerente
com o projeto pedagógico da escola e seus propósitos enquanto educador. Acreditamos
ainda que o processo de valorização da disciplina Educação Física passa pela efetiva
participação do professor nas instâncias decisórias da escola, debatendo e refletindo
sobre os caminhos a serem percorridos e como a disciplina pode contribuir para a
efetivação do projeto pedagógico da escola.
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