A fase da entrada na carreira, pode ser comparada com a inserção profissional, ou seja, é a fase onde, os professores então iniciando sua prática docente. Garcia (2010) salienta que pode ser entendida, também, como uma transição de estudantes para docentes, e esta fase é um período de crises, onde os professores devem manter o equilíbrio pessoal e adquirir, ainda, conhecimento profissional. Portanto passa a vivenciar as dúvidas e as aflições do iniciante. Neste, sentido, é possível perceber que o apoio dado aos professores iniciantes, é muito pequeno e às vezes até inexistente, tanto por parte da escola onde ele está iniciando suas atividades, quanto das políticas públicas de educação.
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSProfessorPrincipiante
Temos por objetivo neste trabalho analisar o que motiva para a aprendizagem de
novos conhecimentos professores iniciantes no exercício da profissão docente nas quatro
primeiras séries do ensino fundamental I. A metodologia utilizada foi a de natureza
qualitativa, do tipo exploratória e descritivo-analítica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas
com os professores com auxílio de roteiro construído e testado com essa
finalidade específica. Os dados coletados foram mapeados, organizados em Quadros e
analisados com o apoio teórico de autores como Giroux, Apple e Pérez Gómez. Os
resultados permitem afirmar que os professores se vêem como aprendizes ávidos,
permanentes e que demonstram sua motivação para a aprendizagem da docência em
seu trabalho e em seu processo de formação. Mas em seus depoimentos apontam
elementos como: tenho sempre interesse por aprender coisas novas em relação à
profissão; afirmam que sua principal motivação são seus alunos e que se motivam ao vêlos
aprender; declaram querer aprender sempre mais, para melhorar suas práticas e que
fazem isso estudando; finalmente, reiteram que mesmo no início da docência já
percebem que só não gostam de aprender em situações de treinamento, sem liberdade
para pensar, ou por obrigação. A forma como os professores percebem e expressam
seus processos de aprendizagem da profissão e o que os motiva demonstra que ter certo
domínio do mundo profissional no qual vivem, no qual se comunicam com outros seres e
partilham o mundo com eles, permitindo que vivam certas experiências, os torna maiores,
mais seguros, mais independentes.
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os diferenciais do Programa de iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Pedagogia, de uma universidade pública federal localizada no Rio de Janeiro/BR, na atuação de dois professores da Educação Básica. Analisa os saberes docentes mobilizados pelos investigados no seu cotidiano escolar, compreendendo quais estratégias de ensino-aprendizagem se baseiam para ensinar e relacionando-as com suas concepções de ensino. A pesquisa foi construída segundo a fundamentação teórica de Tardif (2002), e de Cochran-Smith & Lytle (1999). Metodologicamente, trabalhou-se com os recursos da entrevista semiestruturada visando compreender as razões pelas quais os professores ensinam da forma que ensinam e da análise de documentos, como fotos e registros de campo do ano de 2013, fase em que os professores investigados estavam no PIBID. O estudo revela que a participação no PIBID proporcionou uma maior segurança em sala de aula; autonomia para buscar novos conhecimentos; estratégias de ensino-aprendizagem desenvolvidas em parceria com os alunos nas escolas; pensamento crítico sobre as concepções de ensino e, deste modo, os depoimentos ratificam uma racionalidade, demonstrando que esses professores sabem as razões de suas práticas pedagógicas.
PROFESSORES INICIANTES E EXPERIENTES E APRENDIZAGENS DA DOCÊNCIA NUM GRUPO CO...ProfessorPrincipiante
Inspirado em um grupo colaborativo/reflexivo organizado a partir de sua inserção no
Programa Público Observatório da Educação da Capes/Ministério da Educação do Brasil, o
objetivo do artigo é discutir as diferentes aprendizagens ocorridas a partir de atividades
vivenciadas por professores iniciantes e experientes que ensinam matemática nas séries
iniciais do Ensino Fundamental. O grupo conta, ainda, com a participação de professores
especialistas na área de Matemática e que lecionam nas séries finais do mesmo segmento,
professores em formação dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e em Matemática e
alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação e em Educação Matemática e
alunos do Mestrado Profissional Formação de Formdores da PUC/SP. Esse grupo faz parte
de um projeto de pesquisa intitulado Rede Colaborativa de Práticas na Formação de
Professores que ensinam Matemática: múltiplos olhares, diálogos e contextos. O programa
propõe a criação de uma rede colaborativa entre programas distintos de pós-graduação e
essa rede colaborativa organizou-se, também, no interior do grupo de pesquisa-formação da
PUC/SP, objeto dessa análise.
REFLEXÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA E...ProfessorPrincipiante
A presente pesquisa insere-se no amplo campo de investigações relacionadas à formação de professores. Nesse campo é conhecida a importância do desenvolvimento profissional docente para a melhoria da sua prática. No entanto, apesar dos avanços desses estudos no Brasil, o desenvolvimento profissional de professores iniciantes na profissão e na educação especial é pouco compreendido. Neste estudo analisaram-se os desafios vivenciados por docentes iniciantes na profissão e na educação especial, tendo em vista seu desenvolvimento profissional. Os participantes atuam em salas de recursos multifuncionais de escolas/colégios públicos estaduais. A pesquisa, de abordagem crítico-dialética, tem enfoque qualitativo. Os resultados indicam fragilidades no desenvolvimento profissional dos iniciantes, que sentem dificuldades mesmo tendo formação específica em educação especial. As dificuldades estão relacionadas à prática pedagógica, à formação docente e às demandas burocráticas existentes. Com o estudo pretende-se contribuir com o avanço das reflexões e práticas da área.
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...ProfessorPrincipiante
O presente artigo apresenta percurso e resultados de uma pesquisa desenvolvida com professores iniciantes da Educação Infantil e os acadêmicos do curso de pedagogia, que no projeto Diálogos e acompanhamento: itinerários para a formação de professores iniciantes são denominados acadêmicos residentes. Objetivamos construir diálogos que articulassem teoria e prática na formação inicial e no exercício profissional docente, por meio de escritas narrativas. A metodologia utilizada fundamentou-se em Josso (2004), especificamente no conceito de pesquisa-formação, cujos participantes são ao mesmo tempo sujeitos da pesquisa e sujeitos que se formam com/nela. A pesquisa possibilitou diálogos entre pesquisadores, professores iniciantes e acadêmicos residentes abordando aspectos imprescindíveis à formação docente e ao trabalho do professor na fase de inserção na docência. Os diálogos permitiram diferentes aprendizagens para os sujeitos participantes da pesquisa, aos acadêmicos residentes que se apropriassem de instrumentais teórico-práticos importantes à sua formação, aos professores iniciantes o rompimento de sua ação solitária no magistério e a possibilidade de retomarem o cotidiano e construírem novas aprendizagens, aos pesquisadores indicativos para a realização de novas pesquisas na Educação Infantil.
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
O presente estudo tem como objetivo principal investigar de que maneira o Programa de Mentoria online oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (2004-2007) contribuiu para a formação de professores iniciantes, participantes da iniciativa, a partir da análise atual destes docentes. Iniciativas desse tipo, conforme Marcelo Garcia (2006) se organizam a fim de diminuir a tensão da inserção do professor na escola, por isso a importância de se oferecer e estudar sobre programas de indução/ mentoria e seus resultados na promoção da formação docente e no apoio ao professor iniciante.
Nessa perspectiva, a ideia de formação docente avança do modelo de racionalidade técnica, que se tornou pouco para se responsabilizar dela (Mizukami, Reali, Reys, Martucci & Freitas, 2003), para novas concepções de formação e atuação profissional como um processo continuum (Knowles & Cole, 1995), que não se limita a um tempo determinado.
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSProfessorPrincipiante
Temos por objetivo neste trabalho analisar o que motiva para a aprendizagem de
novos conhecimentos professores iniciantes no exercício da profissão docente nas quatro
primeiras séries do ensino fundamental I. A metodologia utilizada foi a de natureza
qualitativa, do tipo exploratória e descritivo-analítica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas
com os professores com auxílio de roteiro construído e testado com essa
finalidade específica. Os dados coletados foram mapeados, organizados em Quadros e
analisados com o apoio teórico de autores como Giroux, Apple e Pérez Gómez. Os
resultados permitem afirmar que os professores se vêem como aprendizes ávidos,
permanentes e que demonstram sua motivação para a aprendizagem da docência em
seu trabalho e em seu processo de formação. Mas em seus depoimentos apontam
elementos como: tenho sempre interesse por aprender coisas novas em relação à
profissão; afirmam que sua principal motivação são seus alunos e que se motivam ao vêlos
aprender; declaram querer aprender sempre mais, para melhorar suas práticas e que
fazem isso estudando; finalmente, reiteram que mesmo no início da docência já
percebem que só não gostam de aprender em situações de treinamento, sem liberdade
para pensar, ou por obrigação. A forma como os professores percebem e expressam
seus processos de aprendizagem da profissão e o que os motiva demonstra que ter certo
domínio do mundo profissional no qual vivem, no qual se comunicam com outros seres e
partilham o mundo com eles, permitindo que vivam certas experiências, os torna maiores,
mais seguros, mais independentes.
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os diferenciais do Programa de iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Pedagogia, de uma universidade pública federal localizada no Rio de Janeiro/BR, na atuação de dois professores da Educação Básica. Analisa os saberes docentes mobilizados pelos investigados no seu cotidiano escolar, compreendendo quais estratégias de ensino-aprendizagem se baseiam para ensinar e relacionando-as com suas concepções de ensino. A pesquisa foi construída segundo a fundamentação teórica de Tardif (2002), e de Cochran-Smith & Lytle (1999). Metodologicamente, trabalhou-se com os recursos da entrevista semiestruturada visando compreender as razões pelas quais os professores ensinam da forma que ensinam e da análise de documentos, como fotos e registros de campo do ano de 2013, fase em que os professores investigados estavam no PIBID. O estudo revela que a participação no PIBID proporcionou uma maior segurança em sala de aula; autonomia para buscar novos conhecimentos; estratégias de ensino-aprendizagem desenvolvidas em parceria com os alunos nas escolas; pensamento crítico sobre as concepções de ensino e, deste modo, os depoimentos ratificam uma racionalidade, demonstrando que esses professores sabem as razões de suas práticas pedagógicas.
PROFESSORES INICIANTES E EXPERIENTES E APRENDIZAGENS DA DOCÊNCIA NUM GRUPO CO...ProfessorPrincipiante
Inspirado em um grupo colaborativo/reflexivo organizado a partir de sua inserção no
Programa Público Observatório da Educação da Capes/Ministério da Educação do Brasil, o
objetivo do artigo é discutir as diferentes aprendizagens ocorridas a partir de atividades
vivenciadas por professores iniciantes e experientes que ensinam matemática nas séries
iniciais do Ensino Fundamental. O grupo conta, ainda, com a participação de professores
especialistas na área de Matemática e que lecionam nas séries finais do mesmo segmento,
professores em formação dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e em Matemática e
alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação e em Educação Matemática e
alunos do Mestrado Profissional Formação de Formdores da PUC/SP. Esse grupo faz parte
de um projeto de pesquisa intitulado Rede Colaborativa de Práticas na Formação de
Professores que ensinam Matemática: múltiplos olhares, diálogos e contextos. O programa
propõe a criação de uma rede colaborativa entre programas distintos de pós-graduação e
essa rede colaborativa organizou-se, também, no interior do grupo de pesquisa-formação da
PUC/SP, objeto dessa análise.
REFLEXÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA E...ProfessorPrincipiante
A presente pesquisa insere-se no amplo campo de investigações relacionadas à formação de professores. Nesse campo é conhecida a importância do desenvolvimento profissional docente para a melhoria da sua prática. No entanto, apesar dos avanços desses estudos no Brasil, o desenvolvimento profissional de professores iniciantes na profissão e na educação especial é pouco compreendido. Neste estudo analisaram-se os desafios vivenciados por docentes iniciantes na profissão e na educação especial, tendo em vista seu desenvolvimento profissional. Os participantes atuam em salas de recursos multifuncionais de escolas/colégios públicos estaduais. A pesquisa, de abordagem crítico-dialética, tem enfoque qualitativo. Os resultados indicam fragilidades no desenvolvimento profissional dos iniciantes, que sentem dificuldades mesmo tendo formação específica em educação especial. As dificuldades estão relacionadas à prática pedagógica, à formação docente e às demandas burocráticas existentes. Com o estudo pretende-se contribuir com o avanço das reflexões e práticas da área.
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...ProfessorPrincipiante
O presente artigo apresenta percurso e resultados de uma pesquisa desenvolvida com professores iniciantes da Educação Infantil e os acadêmicos do curso de pedagogia, que no projeto Diálogos e acompanhamento: itinerários para a formação de professores iniciantes são denominados acadêmicos residentes. Objetivamos construir diálogos que articulassem teoria e prática na formação inicial e no exercício profissional docente, por meio de escritas narrativas. A metodologia utilizada fundamentou-se em Josso (2004), especificamente no conceito de pesquisa-formação, cujos participantes são ao mesmo tempo sujeitos da pesquisa e sujeitos que se formam com/nela. A pesquisa possibilitou diálogos entre pesquisadores, professores iniciantes e acadêmicos residentes abordando aspectos imprescindíveis à formação docente e ao trabalho do professor na fase de inserção na docência. Os diálogos permitiram diferentes aprendizagens para os sujeitos participantes da pesquisa, aos acadêmicos residentes que se apropriassem de instrumentais teórico-práticos importantes à sua formação, aos professores iniciantes o rompimento de sua ação solitária no magistério e a possibilidade de retomarem o cotidiano e construírem novas aprendizagens, aos pesquisadores indicativos para a realização de novas pesquisas na Educação Infantil.
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
O presente estudo tem como objetivo principal investigar de que maneira o Programa de Mentoria online oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (2004-2007) contribuiu para a formação de professores iniciantes, participantes da iniciativa, a partir da análise atual destes docentes. Iniciativas desse tipo, conforme Marcelo Garcia (2006) se organizam a fim de diminuir a tensão da inserção do professor na escola, por isso a importância de se oferecer e estudar sobre programas de indução/ mentoria e seus resultados na promoção da formação docente e no apoio ao professor iniciante.
Nessa perspectiva, a ideia de formação docente avança do modelo de racionalidade técnica, que se tornou pouco para se responsabilizar dela (Mizukami, Reali, Reys, Martucci & Freitas, 2003), para novas concepções de formação e atuação profissional como um processo continuum (Knowles & Cole, 1995), que não se limita a um tempo determinado.
CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA COLABORATIVA PARA A FORMAÇÃO E A PRÁTICA DE FUTUROS...ProfessorPrincipiante
Acreditamos que o professor, polivalente ou não, precisa ter ao longo da sua formação a oportunidade de constituir uma base de conhecimentos que lhe permita compreender a disciplina que vai ensinar, combinando esse conhecimento com o conhecimento do “modo de ensinar”. Além disso, necessita compreender o programa curricular, conhecer os diferentes materiais disponíveis para ensinar, fazer articulações horizontais e verticais do conteúdo a ser ensinado, bem como conhecer a história da evolução curricular desse conteúdo (Shulman, 1987).
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...ProfessorPrincipiante
Os programas de inserção à docência visam apoiar e orientar os professores iniciantes na carreira sendo que as ações propostas devem articular saberes, experiências e práticas destes profissionais, quer individual ou coletivamente. A inserção docente pode ser percebida como um período propício ao desenvolvimento profissional e isto requer a abertura de espaços reflexivos que possibilitem o diálogo entre os pares, planejamento de ações, revisão teórica e reelaboração de práticas. Esta análise objetiva discutir os propósitos e contextos de formação incluídos nos programas de desenvolvimento profissional docente. O enfoque da primeira abordagem situa o embasamento teórico destacando a intencionalidade e propósitos dos programas de inserção profissional onde se situa a necessidade do professor aprender como aprender a prática. Em seguida é destacada a experiência vivenciada na UTFPR/Curitiba, quando se analisa a constituição de uma trajetória de desenvolvimento profissional dos professores a partir das ações do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento Profissional Docente. Na sequencia, de modo a contribuir com as discussões em relação à formação do professor de ensino superior e sua inserção profissional na universidade, é apresentada a pesquisa realizada na UFSM/RS onde são problematizadas a realidade da formação dos professores, a partir do Programa Institucional de Formação e Desenvolvimento Profissional de Docentes e Gestores - o CICLUS, e os processos formativos dos docentes participantes. Podem ser destacadas algumas considerações, a partir da articulação entre as três investigações realizadas: a) os programas de inserção profissional possibilitam ao professor se inserir e compreender a realidade escolar de uma maneira mais coerente e adequada, sendo que estes programas pressupõe a redução de carga horária docente, apoio por parte dos pares com experiências e atividades de formação contínua de modo a dar resposta às necessidades dos professores principiantes e para a avaliação em relação aos modelos de atuação; b) os programas de inserção propiciam que as questões centrais que permeiam o desenvolvimento profissional docente sejam desveladas e que ocorram a apropriação e compreensão das práticas, dos sentidos e da identidade do ser professor, fortalecendo as situações da aprendizagem colaborativa entre os sujeitos envolvidos nos distintos percursos de atuação e c) a instituição de ensino superior necessita assumir um compromisso no sentido da qualificação pedagógica de seus professores, não somente deliberando a este profissional a incumbência de sua formação, mas também se colocando como responsável por oferecer um espaço que onde possam ser discutidas e problematizadas as demandas do cotidiano da sala de aula.
A investigação insere-se no âmbito da formação de professores e pretende compreender e descrever o impacto da preparação recebida na formação inicial no desempenho da prática docente dos professores principiantes.
Neste estudo participaram 6 professores que iniciaram a sua atividade profissional no ano letivo 2015/2016. A investigação insere-se no paradigma interpretativo recorrendo, por essa razão, a uma metodologia de natureza qualitativa. A técnica de recolha de dados utilizada foi a entrevista semiestruturada, tendo os dados sido analisados com recurso à análise de conteúdo, através do software NVIVO 11.
Os resultados obtidos permitem-nos identificar os aspetos positivos e os constrangimentos percecionados pelos docentes sobre a formação inicial, bem como a relação entre os mesmos e a sua preparação para o desempenho da profissão, no início da sua inserção na carreira. Foi ainda possível identificar outros aspetos que se configuraram de dificuldade não relacionados com o objeto de estudo.
Formação de professores:O que é formação?Elicio Lima
A formação profissional está relacionada à aquisição de conhecimentos fundamentais, capacidades práticas, atitudes e formas de comportamento que constituem base indispensável para o exercício de uma profissão ou grupo de profissões, com vista a uma especialização posterior ou à ocupação imediata de um posto de trabalho para a concretização da práxis profissional .
O presente estudo centra-se na inserção profissional de cinco educadores de infância. Pretende-se descrever e compreender as conceções e práticas destes profissionais sobre o trabalho colaborativo, mais precisamente aceder à forma como essa estratégia de trabalho se pode constituir facilitadora da integração de novos educadores nos contextos de trabalho e de desenvolvimento profissional.
Neste sentido foram formuladas as questões: Quais as conceções que os educadores principiantes, participantes no estudo, têm sobre trabalho colaborativo?; Quais os momentos de trabalho colaborativo que são identificados pelos participantes, no estudo, na sua prática pedagógica, no contexto profissional?; De que forma é que o trabalho colaborativo promove a sua inserção profissional?; De que forma é que o trabalho colaborativo se configura impulsionador do seu desenvolvimento profissional?.
O quadro conceptual de referência privilegia constructos teóricos do desenvolvimento profissional docente, do trabalho colaborativo e da reflexão sobre a praxis. Como opções metodológicas adota-se o paradigma qualitativo e o design estudo de caso.
Os resultados do estudo evidenciam a prática do trabalho colaborativo como facilitador da inserção profissional e socialização dos educadores de infância, quer em contextos de trabalho formal, quer em contextos informais.
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...ProfessorPrincipiante
Este trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado que tem como foco os professores iniciantes e o papel formativo da escola. O objetivo aquí foi compreender a visão dos egressos acerca de sua formação inicial e a sua inserção docente e as contribuições formativas da escola no processo de constituição profissional destes professores. Foram analisados os questionários dos egressos do curso de Ciências Biológicas, que entraram na carreira docente, de uma universidade pública do estado de São Paulo utilizando a análise de grellha (Bardin, 1970) e, também, a análise do projeto político pedagógico do curso. Pode-se destacar que o perfil desejado de aluno a ser formado pela universidade, de fato, está sendo formado, porém, há a necessidade de diminuir a distância universidade-escola para que as dificuldades inerentes ao processo de inserção docente sejam minimizadas.
ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
Modalidade:
Ensino Médio Regular e Ensino Médio Integrado a Educação Profissional: Curso Técnico em Informática
Diretor: Bartolomeu Pereira de Sousa
Coordenadora: Nilza Pereira Maranhão
PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
“SALA DE PROFESSOR”
“Construindo Saberes, sabores e valores no Ensino Médio”.
Professores participantes:
Aelso Oliveira Moura
Anderson Mayso M. Toledo
Carivaldo A. da Silva
João Pereira Miranda
Karla Vanessa Araújo
Laura Neide de S. Ferreira
Leonor Alves dos Santos
Maria de Fátima Lima
Maria Gleci A. S. Pires
Moisés Silva Pereira
Rosa de Lima P. Rodrigues
Nília Santana
Ialene
Suênia Mª Silvana
PROFESSORES INICIANTES E PROFESSORES EXPERIENTES EM PROPOSTAS INOVADORAS NA G...ProfessorPrincipiante
A DOCÊNCIA EM SAÚDE: APONTAMENTOS E DESAFIOS
As análises empreendidas por Pereira, Coelho e Da Ros (2005), Batista (2005); Seiffert (2005); Batista e Batista (2004), Urtiaga (2004), Batista e cols (2009)nos possibilitam apreender a complexa rede de determinações e condicionantes sociais, culturais e psicológicos que constitui a docência no ensino superior em saúde. Compreender o trabalho do professor universitário requer um cuidadoso trabalho de estudo e investigação que busque articular dimensões institucionais às dimensões pessoais e coletivas.
Situa-se a urgência de se enfrentar o debate sobre a docência universitária: o que a define e a singulariza como profissão? Quais as coordenadas que a caracterizam? São múltiplas questões que encontram possibilidade de discussão a partir das palavras de Garcia (1999, p.243): as funções que tradicionalmente se têm atribuído ao professor universitário são as de pesquisa e investigação.
PROFESSORES SUPERVISORES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DO...ProfessorPrincipiante
Há muito se vem discutindo sobre a necessidade de aproximação entre a universidade e a escola básica que poderiam estabelecer uma relação dialógica que beneficiaria mutuamente ambas as partes e, ainda, fortaleceria a formação dos futuros professores em estreita relação com professores de carreira, tendo a escola como espaço de troca e aprendizagem. Embora os cursos de licenciatura tentem uma aproximação via estágio curricular, propondo-o como articulador entre a teoria e a prática e entre os conhecimentos vistos na academia e a realidade da prática sala de aula, este não vem cumprindo efetivamente o seu papel. A aproximação dos licenciandos com a realidade prática é defendida por autores como, Canário (2001) e Roldão (2007), por exemplo, que salientam a importância da inserção do futuro professor na escola básica, seu futuro ambiente de trabalho, numa ação articulada e integradora de conhecimentos, práticas e transformações. É preciso reconhecer que, quanto mais cedo esta imersão do licenciando aconteça tanto melhor lhe será, para encantar-se e abraçar a profissão ou para desistir dela. Como processo viabilizador dessa aproximação, foi criado em 2007, o PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, lançado pelo MEC sob a supervisão da CAPES. Nesse programa há a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início de sua formação acadêmica sob a orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.
A MOBILIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO INÍCIO...ProfessorPrincipiante
Antes de falarmos sobre o processo de se tornar professor ou sobre a mobilização dos saberes docentes, entendemos a necessidade de apresentar o professor iniciante.
Pacheco e Flores (1999) definem o professor iniciante como aquele que se encontra no primeiro ano de docência. Gonçalves (1995) afirma que o professor em início de carreira é aquele que está entre o primeiro e o quarto ano de atuação docente, já Huberman (1995) observa que o professor em início de carreira se localiza entre os três primeiros anos de docência.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES IN...ProfessorPrincipiante
Os estudos sobre o início da docência ganham magnitude no campo da educação e da sociologia da educação no momento em que buscam tratar e reconhecer o ingresso na docência como elemento preponderante para a construção da identidade docente. É neste caminho que o presente estudo busca apresentar e ampliar a discussão sobre a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência. O debate inicial trata de reconhecer possíveis questionamentos que fazem parte do repertório de dificuldades dos professores iniciantes. A partir disso, foi definido o objetivo desta pesquisa – Compreender a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência.
CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA COLABORATIVA PARA A FORMAÇÃO E A PRÁTICA DE FUTUROS...ProfessorPrincipiante
Acreditamos que o professor, polivalente ou não, precisa ter ao longo da sua formação a oportunidade de constituir uma base de conhecimentos que lhe permita compreender a disciplina que vai ensinar, combinando esse conhecimento com o conhecimento do “modo de ensinar”. Além disso, necessita compreender o programa curricular, conhecer os diferentes materiais disponíveis para ensinar, fazer articulações horizontais e verticais do conteúdo a ser ensinado, bem como conhecer a história da evolução curricular desse conteúdo (Shulman, 1987).
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...ProfessorPrincipiante
Os programas de inserção à docência visam apoiar e orientar os professores iniciantes na carreira sendo que as ações propostas devem articular saberes, experiências e práticas destes profissionais, quer individual ou coletivamente. A inserção docente pode ser percebida como um período propício ao desenvolvimento profissional e isto requer a abertura de espaços reflexivos que possibilitem o diálogo entre os pares, planejamento de ações, revisão teórica e reelaboração de práticas. Esta análise objetiva discutir os propósitos e contextos de formação incluídos nos programas de desenvolvimento profissional docente. O enfoque da primeira abordagem situa o embasamento teórico destacando a intencionalidade e propósitos dos programas de inserção profissional onde se situa a necessidade do professor aprender como aprender a prática. Em seguida é destacada a experiência vivenciada na UTFPR/Curitiba, quando se analisa a constituição de uma trajetória de desenvolvimento profissional dos professores a partir das ações do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento Profissional Docente. Na sequencia, de modo a contribuir com as discussões em relação à formação do professor de ensino superior e sua inserção profissional na universidade, é apresentada a pesquisa realizada na UFSM/RS onde são problematizadas a realidade da formação dos professores, a partir do Programa Institucional de Formação e Desenvolvimento Profissional de Docentes e Gestores - o CICLUS, e os processos formativos dos docentes participantes. Podem ser destacadas algumas considerações, a partir da articulação entre as três investigações realizadas: a) os programas de inserção profissional possibilitam ao professor se inserir e compreender a realidade escolar de uma maneira mais coerente e adequada, sendo que estes programas pressupõe a redução de carga horária docente, apoio por parte dos pares com experiências e atividades de formação contínua de modo a dar resposta às necessidades dos professores principiantes e para a avaliação em relação aos modelos de atuação; b) os programas de inserção propiciam que as questões centrais que permeiam o desenvolvimento profissional docente sejam desveladas e que ocorram a apropriação e compreensão das práticas, dos sentidos e da identidade do ser professor, fortalecendo as situações da aprendizagem colaborativa entre os sujeitos envolvidos nos distintos percursos de atuação e c) a instituição de ensino superior necessita assumir um compromisso no sentido da qualificação pedagógica de seus professores, não somente deliberando a este profissional a incumbência de sua formação, mas também se colocando como responsável por oferecer um espaço que onde possam ser discutidas e problematizadas as demandas do cotidiano da sala de aula.
A investigação insere-se no âmbito da formação de professores e pretende compreender e descrever o impacto da preparação recebida na formação inicial no desempenho da prática docente dos professores principiantes.
Neste estudo participaram 6 professores que iniciaram a sua atividade profissional no ano letivo 2015/2016. A investigação insere-se no paradigma interpretativo recorrendo, por essa razão, a uma metodologia de natureza qualitativa. A técnica de recolha de dados utilizada foi a entrevista semiestruturada, tendo os dados sido analisados com recurso à análise de conteúdo, através do software NVIVO 11.
Os resultados obtidos permitem-nos identificar os aspetos positivos e os constrangimentos percecionados pelos docentes sobre a formação inicial, bem como a relação entre os mesmos e a sua preparação para o desempenho da profissão, no início da sua inserção na carreira. Foi ainda possível identificar outros aspetos que se configuraram de dificuldade não relacionados com o objeto de estudo.
Formação de professores:O que é formação?Elicio Lima
A formação profissional está relacionada à aquisição de conhecimentos fundamentais, capacidades práticas, atitudes e formas de comportamento que constituem base indispensável para o exercício de uma profissão ou grupo de profissões, com vista a uma especialização posterior ou à ocupação imediata de um posto de trabalho para a concretização da práxis profissional .
O presente estudo centra-se na inserção profissional de cinco educadores de infância. Pretende-se descrever e compreender as conceções e práticas destes profissionais sobre o trabalho colaborativo, mais precisamente aceder à forma como essa estratégia de trabalho se pode constituir facilitadora da integração de novos educadores nos contextos de trabalho e de desenvolvimento profissional.
Neste sentido foram formuladas as questões: Quais as conceções que os educadores principiantes, participantes no estudo, têm sobre trabalho colaborativo?; Quais os momentos de trabalho colaborativo que são identificados pelos participantes, no estudo, na sua prática pedagógica, no contexto profissional?; De que forma é que o trabalho colaborativo promove a sua inserção profissional?; De que forma é que o trabalho colaborativo se configura impulsionador do seu desenvolvimento profissional?.
O quadro conceptual de referência privilegia constructos teóricos do desenvolvimento profissional docente, do trabalho colaborativo e da reflexão sobre a praxis. Como opções metodológicas adota-se o paradigma qualitativo e o design estudo de caso.
Os resultados do estudo evidenciam a prática do trabalho colaborativo como facilitador da inserção profissional e socialização dos educadores de infância, quer em contextos de trabalho formal, quer em contextos informais.
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...ProfessorPrincipiante
Este trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado que tem como foco os professores iniciantes e o papel formativo da escola. O objetivo aquí foi compreender a visão dos egressos acerca de sua formação inicial e a sua inserção docente e as contribuições formativas da escola no processo de constituição profissional destes professores. Foram analisados os questionários dos egressos do curso de Ciências Biológicas, que entraram na carreira docente, de uma universidade pública do estado de São Paulo utilizando a análise de grellha (Bardin, 1970) e, também, a análise do projeto político pedagógico do curso. Pode-se destacar que o perfil desejado de aluno a ser formado pela universidade, de fato, está sendo formado, porém, há a necessidade de diminuir a distância universidade-escola para que as dificuldades inerentes ao processo de inserção docente sejam minimizadas.
ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
Modalidade:
Ensino Médio Regular e Ensino Médio Integrado a Educação Profissional: Curso Técnico em Informática
Diretor: Bartolomeu Pereira de Sousa
Coordenadora: Nilza Pereira Maranhão
PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
“SALA DE PROFESSOR”
“Construindo Saberes, sabores e valores no Ensino Médio”.
Professores participantes:
Aelso Oliveira Moura
Anderson Mayso M. Toledo
Carivaldo A. da Silva
João Pereira Miranda
Karla Vanessa Araújo
Laura Neide de S. Ferreira
Leonor Alves dos Santos
Maria de Fátima Lima
Maria Gleci A. S. Pires
Moisés Silva Pereira
Rosa de Lima P. Rodrigues
Nília Santana
Ialene
Suênia Mª Silvana
PROFESSORES INICIANTES E PROFESSORES EXPERIENTES EM PROPOSTAS INOVADORAS NA G...ProfessorPrincipiante
A DOCÊNCIA EM SAÚDE: APONTAMENTOS E DESAFIOS
As análises empreendidas por Pereira, Coelho e Da Ros (2005), Batista (2005); Seiffert (2005); Batista e Batista (2004), Urtiaga (2004), Batista e cols (2009)nos possibilitam apreender a complexa rede de determinações e condicionantes sociais, culturais e psicológicos que constitui a docência no ensino superior em saúde. Compreender o trabalho do professor universitário requer um cuidadoso trabalho de estudo e investigação que busque articular dimensões institucionais às dimensões pessoais e coletivas.
Situa-se a urgência de se enfrentar o debate sobre a docência universitária: o que a define e a singulariza como profissão? Quais as coordenadas que a caracterizam? São múltiplas questões que encontram possibilidade de discussão a partir das palavras de Garcia (1999, p.243): as funções que tradicionalmente se têm atribuído ao professor universitário são as de pesquisa e investigação.
PROFESSORES SUPERVISORES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DO...ProfessorPrincipiante
Há muito se vem discutindo sobre a necessidade de aproximação entre a universidade e a escola básica que poderiam estabelecer uma relação dialógica que beneficiaria mutuamente ambas as partes e, ainda, fortaleceria a formação dos futuros professores em estreita relação com professores de carreira, tendo a escola como espaço de troca e aprendizagem. Embora os cursos de licenciatura tentem uma aproximação via estágio curricular, propondo-o como articulador entre a teoria e a prática e entre os conhecimentos vistos na academia e a realidade da prática sala de aula, este não vem cumprindo efetivamente o seu papel. A aproximação dos licenciandos com a realidade prática é defendida por autores como, Canário (2001) e Roldão (2007), por exemplo, que salientam a importância da inserção do futuro professor na escola básica, seu futuro ambiente de trabalho, numa ação articulada e integradora de conhecimentos, práticas e transformações. É preciso reconhecer que, quanto mais cedo esta imersão do licenciando aconteça tanto melhor lhe será, para encantar-se e abraçar a profissão ou para desistir dela. Como processo viabilizador dessa aproximação, foi criado em 2007, o PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, lançado pelo MEC sob a supervisão da CAPES. Nesse programa há a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início de sua formação acadêmica sob a orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.
A MOBILIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO INÍCIO...ProfessorPrincipiante
Antes de falarmos sobre o processo de se tornar professor ou sobre a mobilização dos saberes docentes, entendemos a necessidade de apresentar o professor iniciante.
Pacheco e Flores (1999) definem o professor iniciante como aquele que se encontra no primeiro ano de docência. Gonçalves (1995) afirma que o professor em início de carreira é aquele que está entre o primeiro e o quarto ano de atuação docente, já Huberman (1995) observa que o professor em início de carreira se localiza entre os três primeiros anos de docência.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES IN...ProfessorPrincipiante
Os estudos sobre o início da docência ganham magnitude no campo da educação e da sociologia da educação no momento em que buscam tratar e reconhecer o ingresso na docência como elemento preponderante para a construção da identidade docente. É neste caminho que o presente estudo busca apresentar e ampliar a discussão sobre a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência. O debate inicial trata de reconhecer possíveis questionamentos que fazem parte do repertório de dificuldades dos professores iniciantes. A partir disso, foi definido o objetivo desta pesquisa – Compreender a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência.
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraProfessorPrincipiante
Esta pesquisa está vinculada a um programa de pós-Graduação em Educação (PPGEd-So) em uma universidade pública. A pesquisa visa compreender o desenvolvimento profissional docente de professores iniciantes, a partir das produções acadêmicas elaboradas no contexto do Programa Observatório da Educação na área da Educação Matemática. O referencial teórico se fundamenta nos estudos referentes ao início de carreira docente (Huberman, 2000) e (Garcia, 1998) e sobre desenvolvimento profissional docente de professores iniciantes (Day, 1999), (Fiorentini & Crecci, 2013). O corpus de análise é composto pela produções textuais dos professores iniciantes, dada a natureza do objeto de estudo, a pesquisa é de cunho qualitativo e interpretativo (Ludke & André, 1986). Pelas análise das produções, destaca-se que seria oportuno a implementação de ações e programas de apoio para professores iniciantes participarem de grupos pesquisa podendo partilhar os desapontamentos do início de carreira e permitindo também ser um espaço de reflexão sobre a prática e aprendizagem coletiva.
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃOProfessorPrincipiante
Pesquisas sobre formação de professores têm aumentado nos últimos anos e os
enfoques adotados tomam direções variadas, deixando de ser levantamento de dados
sobre o que falta para um ensino de qualidade ou o que caracteriza uma formação eficaz,
para considerar as concepções teóricas dos professores e seus maiores desafios no
enfrentamento da docência.
Nesse cenário, desponta o movimento biográfico que se consolida desde os anos 2000
(Josso, 2004, 2010; Nóvoa, 1995, 2006; Souza, 2006), construindo uma nova área de
pesquisa, inaugurando fóruns de debates internacionais como o CIPA1, em que
pesquisadores discutem suas produções de conhecimento sobre a abordagem biográfica.
O recorte aqui apresentado baseia-se no princípio da atividade de pesquisa vinculada à
formação, tendo em vista que a abordagem biográfica, presente nas escritas de si,
propicia situações que levam à interpretação dos percursos biográficos, questionando a
trajetória de profissional de cada envolvido, proporcionando condições para a
conscientização desse processo. Josso (2004) afirma que o procedimento autobiográfico
permite-nos compreender o modo pelo qual os professores formam-se e adquirem novas
competências, e auxilia na criação de estratégias de trabalho que favorecem suas
aprendizagens, permitindo aos escritores das narrativas, responder a questões como: Em
que me apoio para pensar como penso? Como me constituí no que sou? De onde vêm
referenciais em que me apóio? Com quem e como aprendi meu fazer? E, ainda, aos
pesquisadores, permite confirmar o caráter heterogêneo das motivações que dinamizam
o processo formativo dos aprendizes adultos. A esse tipo de pesquisa, Josso (2010)
intitulou pesquisa-formação, descrevendo que seu poder de transformação está pela
tomada de consciência de que ele é sujeito de suas transformações, sujeito cônscio de
suas formas de ser no mundo, suas aprendizagens, objetivações e valorizações que
elaborou em diferentes contextos que são/foram os seus.
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
Esse artigo está vinculado a uma pesquisa de tese de doutorado em fase de finalização, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa 1 (LP1) Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A pesquisa permeia a interpretação e a reflexão sobre trajetórias docentes de professores ingressantes na Educação Superior, tendo em vista os processos vivenciados em duas Instituições – uma brasileira e outra espanhola –, por meio de programas formativos institucionalizados. A tese tem como objetivo investigar a constituição dos programas de assessoramento pedagógico para professores principiantes, desenvolvidos em duas instituições de Educação Superior, uma brasileira e outra espanhola, tendo em vista a concepção de uma proposta de processo formativo em rede frente aos desafios à Educação Superior. O design investigativo da pesquisa, está fundamentado em uma abordagem qualitativa, alicerçada em um estudo de caso múltiplo, com a utilização de pesquisa bibliográfica, de questionário exploratório e de entrevistas narrativas. Tendo como resultado preliminar o entendimento de que o desenvolvimento profissional do professor principiante requer um programa institucionalizado e em rede que seja um meio propulsor de reflexões emergentes sobre a prática docente, configurando-se por uma interação entre os protagonistas, criando uma comunidade presencial e virtual de aprendizagem, a fim de qualificar a docência, promovendo a inteligência coletiva e aprendizagem mútua entre mentores e principiantes e assim, institucionalizar um processo formativo alicerçado em uma rede formativa pela interação e reflexão permanente acerca da docência universitária.
ENTRADA NA CARREIRA DOCENTE: DIALOGANDO SOBRE OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS P...ProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta as ações desenvolvidas pela Rede Integrare, órgão suplementar articulador, de apoio e mediação às questões que envolvem a educação e desenvolvimento profissional de docentes e gestores do Centro de Educação (CE), unidade de ensino de uma universidade pública federal, na região sul do Brasil. Tem por objetivo refletir os desafios encontrados por professores principiantes durante a entrada da carreira docente na educação superior, considerando esse um período de transição de profissionais para professores, que envolve o modo como os professores principiantes enfrentam as mudanças, os sentimentos docentes que consistem em elementos dinamizadores da atividade docente, bem como a capacidade de adaptação ao ambiente universitário e o enfrentamento diante das dificuldades encontradas.
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAProfessorPrincipiante
O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...ProfessorPrincipiante
O processo de formação de professores tem sido foco de diversas pesquisas, e sobre diferentes perspectivas, inclusive na Educação Matemática. Muitos são as problemáticas que envolvem este processo, tais como, os desafios e perspectivas da formação, o modelo de currículo das instituições formadoras, as práticas pedagógicas e diferentes metodologias de ensino, o papel do professor frente às tecnologias e, além disso, o potencial formador e transformador do educador, entre outros. Perante estas facetas, o presente trabalho abordará a relação Universidade-Escola na formação inicial de professores de matemática, para que este ir-e-vir constante da formação docente seja vivido em um laço estreito entre teoria e prática.
Muitas são as iniciativas e as ações das políticas públicas para a formação de professores, assim, encontramos no subprojeto “Licenciatura em Matemática”, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID1, um caminho a ser percorrido, afinal o licenciando terá oportunidade de familiarizar-se com o ambiente escolar.
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma pesquisa realizada para uma tese de doutorado que está em andamento que tem como objetivo contribuir para uma reflexão sobre o trabalho do professor formador, em início de carreira, dos cursos de Licenciatura em Matemática. O estudo se justifica inicialmente pela importância do trabalho desses profissionais que têm envolvimento direto com a formação dos professores que irão atuar na escola básica e, também, em razão do reduzido número de pesquisas acadêmicas que tratam dessa problemática. O objetivo central desta pesquisa é analisar os problemas e desafios encontrados pelos professores formadores em início de carreira no ensino superior em relação ao exercício da docência e como vêm respondendo a essas demandas. Diante de tais propósitos buscamos responder ás seguintes questões: Qual é o perfil dos professores formadores em início de carreira? Como ele tem se preparado para esse trabalho? Quais os problemas encontrados pelos formadores no inicio de carreira? Como os formadores vêm respondendo aos desafios pedagógicos e institucionais? Para este estudo utilizou-se da abordagem qualitativa e o principal instrumento de coleta de dados foram entrevistas. Nesse trabalho serão analisados os resultados de entrevistas realizadas com cinco professores do curso de licenciatura em matemática de faculdades isoladas e três professores de instituições públicas.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA EDUCATIVA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Desenvolvimento e avaliação de programas de inserção profissional para o
professorado principiante
INFORME DE INVESTIGAÇÃO
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA:
CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA EDUCATIVA DE PROFESSORES DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
MANFIOLETI, Ramires Mendes
ramiresmafioletti@hotmail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
ROSA, Silvio Nunes da
Silvionunes057@htomail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
BLASIUS, Jaqueline
jaqueblasius@htomail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
CARDOSO, Viviani Dias
Vivi__any@hotmail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
MEDEIROS, Camila da Rosa
k_milamed@hotmail.com
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Palavras-chave: programa de acompanhamento docente; início da docência; professor
iniciante; professor de Educação Física.
INTRODUÇÃO
A fase da entrada na carreira, pode ser comparada com a inserção profissional, ou seja,
é a fase onde, os professores então iniciando sua prática docente. Garcia (2010) salienta
que pode ser entendida, também, como uma transição de estudantes para docentes, e
esta fase é um período de crises, onde os professores devem manter o equilíbrio pessoal
e adquirir, ainda, conhecimento profissional. Portanto passa a vivenciar as dúvidas e as
aflições do iniciante. Neste, sentido, é possível perceber que o apoio dado aos
professores iniciantes, é muito pequeno e às vezes até inexistente, tanto por parte da
escola onde ele está iniciando suas atividades, quanto das políticas públicas de
educação.
2. Esta falta de suporte tem ficado cada vez mais evidente quando os professores se
manifestam no sentido de que são abandonados ao saírem de seus cursos de formação
inicial. Esse fato tem provocado as universidades e os cursos de formação inicial de
professores a criarem programas de iniciação ao docente.
Deste modo Huberman (1995) descreve que a fase da Entrada na carreira, é
caracterizada pela “sobrevivência” que representa a confrontação inicial da atividade
docente com a complexidade da situação profissional, a distância entre os ideais e a
realidade da sala de aula, tais como, o primeiro contato com os alunos, os materiais
didáticos inadequados e a preocupação consigo próprio. E pela “descoberta”, que se
explica como o entusiasmo inicial, a experimentação, a exaltação pela situação de
responsabilidade e inserção em um corpo profissional, enfim, a descoberta de um mundo
novo que se apresenta.
O ser e fazer docente, é uma temática instigante e necessária para as pesquisas sobre a
formação e desenvolvimento docente. Tratar sobre o processo de tornar-se professor é
resgatar toda a trajetória ou percurso de experiências com a escola e a Educação Física.
Este processo determina como elemento central o fazer pedagógico frente a cultura
escolar. É neste cenário de descobertas e sobrevivências (Huberman, 1995), de choques
com o real ou culturais, que este texto busca se debruçar. Ou seja, busca apresentar as
motivações que um programa de acompanhamento ao início da docência se
manifestaram em professores de Educação Física iniciantes na carreira.
Dentre as opções de apoio que poderiam ser oferecidas aos professores no início de sua
carreira, está o trabalho de acompanhamento docente, no qual os professores mais
experientes são chamados de mentores, que segundo Houaiss (2002 citado como em
Migliorança, 2010). Este modelo, que contribui para o processo formativo do professor,
significa um professor mais experiente que passa servir de guia, de sábio e experiente
conselheiro, pessoa que inspira, estimula, cria ou orienta (ideias, ações, projetos,
realizações). Esse tipo de trabalho tem o intuito de auxiliar os iniciantes a buscar novos
conhecimentos, a encontrar possíveis respostas as suas dúvidas, a analisar a base
profissional e buscar meios adequados para ampliá-la a entrar em um processo de
compreensão de sua prática educativa, promovendo assim o desenvolvimento docente.
Migliorança (2010) observa que os programas de iniciação a docência têm como objetivo
principal acompanhar as primeiras experiências dos principiantes, para poder auxiliá-los
nas suas maiores dificuldades. A partir disso, busca diminuir o impacto na vida
profissional do iniciante. Portanto os programas de apoio à iniciação docente são de
grande importância, pois contribuem para a diminuição de abandono da profissão e
favorecem o comprometimento com a qualidade do trabalho desenvolvido por eles.
Nos programas de iniciação a docência é importante oferecer elementos para a
aprendizagem profissional de docentes em início de carreira e também para aqueles
professores com mais experiências na mesma área de atuação. O sucesso desses
programas deve-se a boa qualificação dos mentores. Eles orientam sobre a rotina da
escola, sobre o trabalho em sala de aula; proporcionam discussões sobre o currículo
escolar, métodos e estratégias de ensino bem como a troca de experiências bem-
sucedidas ou não (TancrediI; Reali; Mizukami, 2008).
Nesta perspectiva de formação docente, embasada nos processos complexos de
socialização entre os sujeitos e o seu ambiente cultural de trabalho (Dubar, 2005),
entendemos que os ambientes de trocas e de construções coletivas contribuem
significativamente para a prática educativa do professor. Gama (2007), assim como nos
estudos de Montalvão (2008), Faria (2009) e Knoublach (2008), observam que o
3. desenvolvimento docente, a partir da reflexão coletiva sobre a sua prática, são apoiadas
pela socialização das experiências de ensino aprendizagem através de grupos
colaborativos. Estas estratégias de trato sobre a prática educativa contribuem para
compreender os saberes docentes na estabilização pessoal dos professores iniciantes.
Por consequência disso trás contribuições para as escolas e alunos. Outras revelações
são apontadas para o repensar da formação inicial e permanente e a própria comunidade
profissional.
Neste sentido, Pieri (2010) observa que o programa de mentoria é um espaço de
formação de professores iniciantes e experientes. As Experiências de Ensino
Aprendizagem passam a assumir um papel importante como atividade formativa e para o
desenvolvimento docente de professores iniciantes. Quando os professores experientes e
iniciantes trabalham interligados e trocam ideias sobre os reais problemas põem suas
bases de conhecimentos comuns em ação e vivenciam relações recíprocas entre teoria e
prática. Por meio de uma cultura colaborativa, ambos se ajudam e constroem
conhecimentos (Tancredi et al., 2008).
Um exemplo de proposta de acompanhamento docente é o programa de mentoria on line
para professores iniciantes da UFSCar. Migliorança (2010); Ferreira (2005); Bueno
(2008); Pieri (2010) destacam que no programa, as professoras mais experientes
colaboram para uma formação em serviço de professores no início da carreira. Os
objetivos traçados pelo programa buscam dar subsídios e apoio aos professores
iniciantes nos momentos de mais dificuldades, contribuir para a formação de professores
iniciantes reflexivos, estimular um processo de auto avaliação das competências
profissionais, a reorientação do seu trabalho, formar formadores de professores que
possam atuar via internet na formação de professores em início de carreira (Reali,
Tancredi & Mizukami, 2005).
As características que envolvem o programa é o fato dele ser online e possuir como foco
de discussão as dificuldades encontradas pelos professores iniciantes. Outra
característica é entender a formação de professores como um processo contínuo e
permanente com interlocução com o desenvolvimento profissional e também pessoal.
Reali et al. (2005) afirmam que a perspectiva do programa era a concepção de que o
ensino é um processo organizado, baseado nas reflexões, no diálogo, nos desafios para
a resolução de problemas, e na tomada de decisões que ocorrem no contexto social. No
programa as pessoas aprendem, ensinam, discutem e constroem conhecimentos, é uma
socialização, uma troca de experiências de conhecimento dos iniciantes para com os
experientes.
O texto busca apresentar os caminhos percorridos e os achados de um programa de
acompanhamento ao início da carreira docente de professores de Educação Física, em
relação ao processo de desenvolvimento docente e suas contribuições para experiências
de ensino aprendizagem. Para compreender o processo analítico, partimos do
entendimento sobre as necessidades da cultura escolar onde está inserido, para em um
processo reflexivo, o professor iniciante compreenda a sua prática educativa.
METODOLOGIA
TIPO DE PESQUISA
4. O processo metodológico seguiu os princípios da pesquisa ação, buscando estabelecer e
descrever um estado inicial, e construir ações que contribuíram para a chegada á um
estado final, ou seja, a proposta de mudanças das necessidades educativas que
realmente sejam significativas para os sujeitos do processo. Para caracterizar este
modelo Thiollent (1994, p. 7), parte do princípio da diferenciação entre a pesquisa-ação e
a pesquisa participante, pois, “[...] a pesquisa-ação, além de participação supõe uma
forma de ação planejada de caráter social, educacional, técnico ou outro, que nem
sempre se encontra em proposta de pesquisa participante”.
Este modo de pesquisar ocorreram nas seguintes fases:
Primeira fase: exploração geral da comunidade - Nesta fase pretendemos abordar a
realidade educacional, e analisar através de estudo descritivo exploratório as ações
pedagógicas dos professores. Esta etapa Inicial foi período de apresentação, contatos
iniciais e investigação para conhecimento e busca de afinidades entre os professores
iniciantes. Foram sistematizados encontros com a proposta de debater sobre os saberes
necessários para dar conta da prática educativa. Contudo, esta etapa inicial teve o
objetivo principal de dar as boas vindas ao grupo, construir um espaço de relação íntima
e de confiança entre os professores iniciantes.
Segunda fase: identificação das necessidades básicas (compreensão dos processos
coercitivos) - Segundo Rodrigues, Esteves (1993), a análise das necessidades na
formação de professores não pode prescindir somente do campo da investigação
científica, mas também deve permear pelo quadro das necessidades específicas da
formação continuada. Assim, “[...] analisar as necessidades significa conhecer os
interesses, as expectativas, os problemas da população a formar, para garantir o
ajustamento ótimo programa formador – formando” (Rodrigues, Esteves, 1993, p. 20).
Terceira fase: estratégia educativa (em busca do estado final) – nesta fase existe o
processo de ação sobre o que foi levantado até o momento. Foi proposto um debate
sobre a realidade educacional, a cultura escolar, as dificuldades formativas e de prática
educativa, e sobre os saberes necessários para a prática pedagógica. Também
entendida como etapa de desenvolvimento, busca a consolidação das interações dos
mentores e professoras iniciantes por meio de discussões focalizadas e aprofundadas a
partir de temas geradores, que aparecem durante as discussões. Para Reali et al. (2010)
é um período de aprendizagens intensas para os professores iniciantes, é uma fase de
aprendizagem para os dois lados (professores mentores e professores iniciantes). As
autoras ainda observam que a compreensão sobre as Experiências de Ensino
Aprendizagem estimulam a capacidade de adotar ações inteligentes baseadas nas
compreensões emergentes sobre a realidade escolar. Esta fase foi organizada com
encontros quinzenais junto aos professores iniciantes, buscando sistematizar suas
Experiências de Ensino Aprendizagem com os debates organizados pelo
mentores/pesquisadores a partir das leituras de textos.
PALCO DA INVESTIGAÇÃO
O Programa de Acompanhamento Docente para Professores de Educação Física em
Início de Carreira (PADI) é desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em
Desenvolvimento Docente o Mundo do Trabalho em Educação Física (GPOM). Iniciou
suas atividades em março de 2012 contando inicialmente com a participação de 40
professores de Educação Física em fase inicial da carreira docente atuantes em escolas
5. de Criciúma e região sul de Santa Catarina, egressos, em sua maioria, do curso de
licenciatura da UNESC.
O programa entende que o processo de desenvolvimento docente continua após a
conclusão do curso no ambiente da própria escola onde passa a atuar. Parte da ideia de
que os professores constantemente buscam compreender a cultura escolar onde estão
inseridos, e, através de um processo reflexivo, procuram entender a sua prática educativa
e construir sua identidade como professores de Educação Física.
Assim, apresentamos uma proposta de projeto de extensão que visa construir um espaço
colaborativo com professores de Educação Física no início da carreira docente. O modelo
escolhido para dar conta deste processo é o PADI (Programa de Acompanhamento
Docente para Professores de Educação Física em Início de Carreira), que centra suas
ações no acompanhamento de professores iniciantes e busca contribuir para que o
processo de desenvolvimento docente, que acontece no âmbito da escola, seja um
processo crítico, reflexivo, levando-os a compreender melhor a sua prática educativa na
cultura escolar onde estão inseridos.
Desse modo, o PADI se justifica a partir da compreensão da necessidade de uma
proposta de projeto de extensão que visa construir um espaço colaborativo com
professores de Educação Física no início da carreira docente. O programa centra suas
ações no acompanhamento de professores iniciantes e busca contribuir para que o
processo de desenvolvimento docente, que acontece no âmbito da escola, seja um
processo crítico, reflexivo, levando-os a compreender melhor a sua prática educativa na
cultura escolar onde estão inseridos.
O PADI foi realizado em três módulos:
O primeiro módulo, que ocorreu no último semestre de 2012 com quatro encontros e os
respectivos temas, “Início da docência: o estado da arte sobre o tema”, “Desenvolvimento
docente: um debate sobre a construção do ser professor”, “Trabalho e cultura docente: o
trabalho coletivo como fonte de construção da prática educativa” e por último
“Experiências de ensino aprendizagem: o PIBID como uma possibilidade para
compreensão da cultura escolar.” O segundo módulo aconteceu no primeiro semestre de
2013 e teve quatro palestras com os seguintes temas: o primeiro “Identidade docente e
cultura escolar”, o segundo “Trajetória docente e a prática pedagógica do professor
iniciante”, as “Perspectivas pedagógicas em educação física e proposta pedagógica do
estado de Santa Catarina” e por último “O referencial teórico metodológico de Paulo
Freire”. A partir dos temas levantados nas reuniões, são feitas algumas reflexões com os
professores iniciantes a partir da sua atuação nas escolas. Reflexões essas que levam o
professor iniciante a pensar sobre a sua metodologia de ensino e qual objetivo assumir
em suas aulas com seus estudantes, auxiliando assim em uma reflexão crítica da
realidade em que ele está inserido.
Todas as atividades são registradas em áudio e vídeo para posterior análise e construção
de textos acadêmicos referentes aos debates desenvolvidos nos encontros mensais.
Além do registro dos organizadores do projeto, cada professor possuía seu diário de
campo, onde expunham suas impressões, dúvidas, além de registrar as tarefas
solicitadas nos encontros mensais. Este caderno, que foi chamado de Blog de Campo,
era exposto, sem identificação, em todos os encontros, para que os demais professores
pudessem fazer a leitura e socializar comentários escritos para os demais colegas. Os
diários também servem de registro sobre os momentos marcantes no processo de
inserção a docência. Desta forma, é um espaço de socialização sobre as contribuições
6. do PADI para a modificação da sua prática educativa; e, desenvolver de questões
norteadoras sobre as dificuldades encontradas no início da docência.
Fizeram parte desta investigação 10 professores de educação física, iniciantes na
carreira docente participantes do PADI com idades entre 23 e 28 anos de idade, 5
mulheres e 5 homens.
INSTRUMENTO DA PESQUISA:
No decorrer do programa de mentoria foram utilizados diferentes instrumentos apontados
por Triviños (1987), que foram escolhidos para dar conta dos objetivos do estudo.
Com a observação Participante, buscamos reconhecer as características pessoais dos
professores, desenvolvendo uma fecunda proximidade entre pesquisador-colaborador,
entendendo as interferências da vida pessoal sobre a profissional dos participantes do
estudo. As observações serão registradas no decorrer de todo o programa de mentoria,
buscando descrever os entendimentos, ações e questionamentos que serão tratados nos
encontros.
A entrevista semi-estruturada foi utilizada de forma focalizada após cada encontro, e
nesta “(...) o entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas que quiser: sendo razões
e motivos, dá esclarecimento, não obedecendo, a rigor, a uma estrutura formal” (Marconi,
Lakato, 1996, p. 50). Já na situação de reunião reflexiva em grupo, foi utilizado a
entrevista semi-estruturada não dirigida, pois há liberdade total por parte do entrevistado,
que poderá expressar suas opiniões e sentimentos. A função do entrevistador foi de
incentivo (Marconi, Lakatos, 1996). Em ambos os casos, as entrevistas foram gravadas
com gravado digital e transcritas, para, posteriormente, serem analisadas. Desta forma,
desenvolvemos uma rede de análises que tenham ligação direta com o processo
formativo dos professores.
Apoiados em Bogdan, Biklen (1994), que observam que depois da volta de cada
observação, entrevista, ou qualquer outra sessão de investigação, é típico que o
investigador descreva, preferencialmente, em formato de texto o que aconteceu. As
anotações de campo se referem a todos os dados recolhidos através de diferentes
métodos de avaliação. Na condução de entrevistas gravadas, por exemplo, o significado
e contexto da entrevista podem ser capturados mais completamente se, como
suplemento a cada entrevista, o investigador escrever notas de campo. O gravador não
capta a visão, os cheiros, as impressões e os comentários extra, ditos antes e depois da
entrevista (Bogdan, Biklen, 1994). Por esse motivo, o diário assume o papel de elemento
importante e fundamental na construção dos relatórios parciais e finais da pesquisa, pois
apresenta intensas características reflexivas, construídas na leitura e releitura das
escritas.
SOCIALIZAÇÃO DO SER PROFESSOR
O acolhimento dado aos professores iniciantes é um momento de socialização muito
importante, pois levam a refletirem sobre o ambiente de trabalho, a sua prática
educativa do dia-a-dia.
Para entender melhor destacamos aqui uma subcategoria construída através das
informações recolhidas junto aos professores. A socialização como um processo de
motivação para continuar na carreira docente.
7. SOLIALIZAÇÃO COMO UM PROCESSO DE MOTIVAÇÃO PARA CONTINUAR NA
CARREIRA DOCENTE
Os professores iniciantes precisam ser estimulados a analisar suas percepções sobre
o ensino e o aprender a ensinar, e aprender a refletir sobre suas práticas docentes. O
programa não é importante apenas para os professores iniciantes, mas também aos
professores mentores, que ao auxiliar, esclarecer dúvidas ainda continuam
aprendendo e ampliando seus processos de desenvolvimento profissional, gerando
assim uma socialização docente e uma troca de experiências muito vasta no grupo
de participantes.
Garcia (2010) destaca que a socialização é o processo mediante o qual um indivíduo
adquire o conhecimento e as destrezas sociais necessários para assumir um papel na
organização. Assim, a partir do momento que um professor inicia em uma escola e é bem
acolhido pelos seus colegas, o seu trabalho fica mais agradável e seguro, ou seja, ele
sabe que pode contar com a ajuda dos demais professores e equipe diretiva.
Nas entrevistas realizadas no grupo do PADI, as escritas sobre socialização apareceu
para os professores como um marco muito forte e de extrema importância para a
continuação e manutenção da sua carreira docente nesse inicio. Diante disso Dubar
(2005) aponta que o sistema social deve assegurar a manutenção e a estabilidade do
indivíduo nos valores e nas normas, fazendo que ele se torne parte da sociedade,
conhecendo e interiorizando os valores da mesma pelos autores.
Para Dubet, Martuccelli (1997) a socialização faz com que o indivíduo tente manter sua
integração com o meio social que está inserido sem perder sua ação autônoma. Sendo
assim iremos debater sobre a importância da socialização para o professor de Educação
Física no início de sua carreira, sendo que socialização segundo Dubet, Martuccelli
(1997) podem ser vistas também como internalizações normativas e culturais do meio em
que ele se encontra portador então da cultura em que ele está inserido, do sistema social
que o cerca.
Deste modo, o PADI vem possibilitando aos professores de Educação Física um lugar
onde além de discutirem a Educação Física, é também um ambiente de socialização
entre os professores, onde possam trocar ideias e socializar com aos colegas suas aulas
marcantes ou até mesmo as frustradas. Trocar com os colegas algo que deu certo, ou
ajudar simplesmente outro que está com dificuldade em algum momento da carreira.
Saber que as dificuldades encontradas por eles em seu âmbito escolar não é
exclusivamente deles e sim de todos os seus colegas que estão iniciando na docência.
Diante dos depoimentos dos professores, fica claro que alguns já imaginavam e outros foi
um momento de alívio ao perceber que não estavam só nesse processo, como reporta o
(Professor 2) “Percebi o que já imaginava, os professores de Educação Física passam
pelos mesmos problemas e situações”. Já o (Professor 4) “Passou muita confiança ao
conhecer as dificuldades dos colegas e saber que isso não era exclusivamente do meu
cotidiano”.
Esse processo de socialização enfatiza no professor características marcantes, “ela
constitui uma incorporação das maneiras de ser (de sentir, de pensar e de agir) de um
grupo, de sua visão do mundo e de sua relação com o futuro, de suas posturas corporais
e de suas crenças intimas” (Dubar, 2005, p. 97). Isso ocorre porque segundo o autor o
professor tenta incorporar características para que seja um individuo socialmente
8. identificável pelo grupo. Os problemas que os professores enfrentam em sua vida
cotidiana que são muito próximos dos problemas dos seus colegas, isso os tornam
indivíduos identificáveis pelo grupo, já que enfrentam problemas e buscam soluções em
comum. Esse caminho é explicado por Hegel como citado em Dubar (2005), como
dialética da interação, um caminho de mão dupla onde conhecer o outro no processo de
socialização é de extrema importância, pois somente reconhecendo o outro e
entendendo-o é possível se reconhecer como ser e entender seu eu.
Dubet, Martuccelli (1997) fala sobre o homem comunitário, esse sujeito está totalmente
submetido à coletividade e aos parâmetros da sociedade que ele se encontra moldado
por ela e incapaz de se desprender, tornando assim incapaz de achar um espaço para
que nele possa ter a sua iniciativa individual. O PADI através de suas reuniões consegue
despertar nos professores um estimulo para que ele encontre esse local para ter sua
iniciativa individual colocar seu eu no seu trabalho diário. “Repassar os meus
pensamentos e reflexões juntamente com minhas experiências de vida” (Professor 5).
Fazendo assim com que o professor não fique preso as normas que o prende, podendo
dar mais vida ao seu trabalho de modo satisfatório e prazeroso. Portanto faz com que o
professor tenha mais autonomia para trocar ideias e sugestões com os outros membros
da sociedade que ele se encontra, “Troca de experiências com outros professores da
escola, mais discussão sobre temas e serem trabalhados” (Professor 8).
IDENTIDADE DOCENTE : COMPREENDER-SE COMO PROFESSOR
A construção identitária docente se dá em relação a vários aspectos que influenciam na
construção desse sujeito e tem relação direta com a prática educativa. Essa construção
não se dá apenas na formação inicial, mas como vemos em Mizukami (1996) é uma
construção que acontece desde os primeiros anos na escola, pois nesse período o então
estudante já começa a se relacionar com a docência, e assim quando escolhe tornar-se
professor, esse contexto de relações e experiências anteriores com a docência,
influenciam diretamente em sua prática educativa.
Assim como a identidade profissional é uma das identidades que constituem o sujeito, e
que se ressignificam ao longo da trajetória desse docente, pois, como vemos em Melucci
(2004) essa construção tem caráter plural, dinâmico e tem influência do contexto de
relações em que o sujeito se insere.
O conceito de identidade docente aqui apresentado tem ligação com a carreira
pedagógica, que Huberman (1995, p.38) descreve como “a carreira daqueles que, ao
longo das suas vidas (ou até o momento em que interrogamos), viveram situações de
sala de aula, apresentando-se, antes de mais, como professores”. Entendemos a
necessidade de abordar o tema identidade docente em nossa pesquisa, justificada em
algumas falas dos professores a dificuldade da construção da sua identidade, e que a
partir do PADI conseguiram ter mais reflexões sobre si mesmo.
Ao ingressar na docência, os professores iniciantes sofrem um processo conhecido como
choque com o real que segundo Huberman (1995, p.39) é entendida como o confronto
inicial com a complexidade das relações do contexto de trabalho, é a dificuldade no trato
com os alunos, a distância entre o ideal apresentado na formação e a realidade
encontrada no contexto escolar. Isso gera em cada professor reações diferentes, tanto
positivas quanto negativas, para alguns é um processo fácil e para outros um processo
complexo e problemático, esse processo compreende-se como parte do processo de
construção identidade docente.
9. Analisando as falas dos colaboradores, compreendemos que o PADI teve influência
nesse processo de reflexão com os iniciantes, colaboradores desta pesquisa.
Alguns professores colaboradores do grupo começam a ver a sua profissão de forma
diferente, o que podemos evidenciar na fala do professor 9 que vê no PADI uma
possibilidade de uma maior “compreensão sobre a importância do professor”.
O período de inserção profissional se configura como um momento
importante na trajetória do futuro professor. Um período importante
porque os professores devem realizar a transição de estudante a
professores, por isso surgem dúvidas e tensões, devendo adquirir um
conhecimento adequado e competência profissional num curto período
de tempo (Marcelo, 2010, p. 29).
O professor iniciante ao passar pelo momento de transição, tendo esse momento de
acompanhamento tende a adaptar-se o mais rápido como professor, já que antes,
durante sua formação inicial, havia um professor que o acompanhava (estágio), que
tirasse suas dúvidas, agora ele se coloca nessa posição, em uma mudança brusca de
responsabilidades em sua vida.
A identidade docente para o professor tem papel importante para a compreensão da sua
própria prática educativa. Segundo alguns professores iniciantes, existem dificuldades
para compreensão da sua própria identidade. Assim o professor 3 relata ter “Dificuldade
em fazer parte de uma escola”. O professor destaca em sua fala que o fato de estar
contratado em caráter temporário (ACT1
) na escola não permite que ele tenha a
compreensão daquela comunidade e sua realidade, ficando em uma condição de eterno
iniciante.
Garcia (2010 como citado em Frasson, 2012) afirma que o processo de construção da
identidade profissional tem início no período de estudante, se materializa na formação
inicial e se estende durante todo o período de docência. Ou seja, esse processo está
sempre se (re)construindo, passando por mudanças para melhor se adequar as
realidades encontradas.
Em vários momentos durante os encontros, percebemos nas falas dos professores essa
dificuldade em se compreender como parte da realidade escolar, destacando ainda que
na função de ACTs não conseguem ficar muito tempo na mesma escola. Por isso a
dificuldade do professor em compreender-se como parte da realidade em que trabalha,
pois passa pelo mesmo processo de reconhecimento da realidade escolar cada vez que
troca de escola.
Podemos dizer que professor iniciante tem uma identidade, mas no início ainda faltam
elementos para sua compreensão, e que a partir dos momentos de reflexão feitos no
encontro do PADI eles puderam pensar mais sobre sua própria identidade.
O entendimento da identidade e a busca para transformá-la é feita segundo Pimenta
(1997, p. 7) “na leitura crítica da profissão, diante das realidades sociais, que se buscam
os referenciais para modificá-la”. Por isso a necessidade da reflexão, para que os
professores pensem sobre sua realidade e no contato com seus colegas consigam
reconhecer sua própria identidade.
CONCLUSÃO
1
Admissão em caráter temporário
10. O PADI continuará com suas atividades mensais agora com uma proposta de elaboração
de um livro, com temáticas propostas e investigadas pelos próprios professores do
programa. Para isso, realizamos uma reunião buscando recordar as atividades realizadas
e identificar as categorias que mais aparecem nos discursos dos professores. Este
exercício contribuiu para identificar a contribuição do PADI para a transformação da
prática educativa dos professores de educação física no início da docência. Os
professores levantaram alguns pontos significativos, como o repensar a sua prática
pedagógica com mais frequência; muitos passaram a se perceber mais como professor,
contribuindo para a construção de sua identidade.
REFERENCIAS
Bogdan, R. & Biklen, S. K. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução
á teoria e aos métodos. Porto: Porto.
Bueno, A. H. (2008). Contribuições do programa de mentoria do portal dos professores –
UFScar: Auto-estudo de uma professora iniciante. Dissertação de Mestrado, Programa de
Pós-Graduação em Educação, UFScar, São Carlos, São Paulo, Brasil.
Dubar, C. (2005). A socialização: Construção das identidades sociais e profissionais. São
Paulo: Martins Fontes.
Dubet.F & Martuccelli.D. (1997). A socialização e a formatação escolar, Revista Lua
Nova, 41(40), pp. 241, 327
Faria, M. V. de O. (2009). Formação docente e entrada na carreira: uma análise dos
saberes mobilizados pelos professores que ensinam matemática nos anos iniciais. Tese
Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFMS, Minas Gerais, Brasil.
Ferreira, L. A. (2005). O professor de Educação Física no primeiro ano da carreira:
análise da aprendizagem profissional a partir da promoção de um programa de iniciação
à docência. Tese Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFScar, São
Carlos, São Paulo, Brasil.
FLICK, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa. 3º ed., Porto Alegre: Artmed.
Frasson, J. S. (2012). A influência da organização escolar diante as condições de
trabalho dos professores de educação física no inicio da carreira docente. Trabalho
de conclusão de curso. Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, Santa
Catarina, Brasil.
Gama, R. P. (2007). Desenvolvimento profissional com apoio de grupos colaborativos: o
caso de professores de matemática em início de carreira. Tese Doutorado, Programa de
Pós-Graduação em Educação, UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil.
Huberman, M. O (1995). Ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, Antônio.
Vidas de Professores. Porto: Editora Porto.
11. Knoublach, A. (2008). Aprendendo a ser professora: um estudo sobre a socialização
profissional de professoras iniciantes no município de Curitiba. Tese Doutorado,
Programa de Pós-Graduação em Educação, PUC-SP, São Paulo, São Paulo, Brasil.
Marcelo, C. M. (2010). O professor iniciante, a prática pedagógica e o sentido da
experiência. Revista Formação Docente, 03 (03), p. 11-49,
Marconi, M. de A. & Lakatos, E. M. (1996). Técnicas de pesquisa: planejamento e
execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e
interpretação de dados. 3º Ed, São Paulo: Atlas.
Migliorança, F. (2010). Programa de Mentoria da UFSCar e desenvolvimento
profissional de três professoras iniciantes. Tese de Doutorado, Programa de Pós-
graduação em Educação, São Carlos, São Paulo, Brasil.
Montalvão, E. C. (2008). O Desenvolvimento Profissional de Professoras Iniciantes
Mediante um Grupo Colaborativo de Trabalho. Tese Doutorado, Programa de Pós-
Graduação em Educação, UFScar, São Carlos, São Paulo, Brasil.
Perin, A. P. (2009). Dificuldades vivenciadas por professores de matemática em início de
carreira. 142 f. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação,
UNIMEP, Piracicaba, São Paulo, Brasil.
Pimenta, S. G. (1997). Formação de professores – Saberes da docência e identidade
do professor. Revista Nuances, 3(3).
Tancredi, R. M. S. P., Reali, A. M. M. R & Mizukami, M. G. N. (2005). Programa de
mentoria para professores das séries iniciais: implementando e avaliando um
contínuo de aprendizagem docente. São Carlos: UFSCar.
Tancredi, R. M. S. P.; Reali A. M. M. R. & Mizukami, M. G. N. (2008). Programa de
mentoria online: espaço para o desenvolvimento profissional de professores iniciantes
e experientes. Revista Educação e Pesquisa, 34(1), pp. 77-95.
Thiollent, M. (1994). Metodologia da Pesquisa-Ação. 6. ed., São Paulo: Cortez.
Triviños, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987.