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Projeto 1895
Texto
Importância
• É essencial para a psicanálise;
• Considerado um texto pré-psicanalítico
Finalidade do Projeto
• Representar os processos psíquicos como
estados quantitativamente determinados de
partículas materiais especificáveis; dando
assim a esses processos um caráter concreto
e inequívoco;
• Elaboração de uma teoria do funcionamento
psíquico numa visão quantitativa;
• Transposição de algumas conclusões
retiradas da psicopatologia para a psicologia
do indivíduo normal;
• O psiquismo pode ser expresso por leis
científicas.
Influências
• Atmosfera Positivista e Cientificista -
ciência produção suprema do homem é a
única que pode conduzi-lo ao conhecimento
• J. F. Herbart
Abordagem mais matemática
da psicologia;
Psicologia baseada na
experiência e quantitativa;
Concepção dinâmica do psiquismo e
particularmente do ics;
A ideia possui uma intensidade;
Noções de conflito intrapsíquico;
Noções do princípio do equilíbrio
Conflito Intrapsíquico
Princípio do Equilíbrio
Se caracterizam por um esforço constante para
manter o equilíbrio.
Semelhança entre Freud e Herbart
Os processos psíquicos são passíveis de serem
expressos por leis científicas.
Fundamentação - Base Clínica
• Concepção quantitativa vinda de observações
clinicopatológicas;
• Com base nos casos de histerias e neuróticos
obsessivos há uma proporcionalidade entre
intensidade dos traumas e a intensidade dos
sintomas produzidos
Luta p/ impedir
que se torne
consciente
Luta para se
tornar
consciente
IDEIA	
REPRIMIDA
IDEIA	
CONCIÊNTE
Ideia	
Reprimida
Ideia	
Conciente
Características do Texto
• Dividido em Três Partes
Esquema geral;
Psicopatologia da histeria;
Tentativa de representar os processos
psíquicos normais
• Não é um trabalho descritivo baseado em
observações e experimentos, mas um trabalho
teórico de natureza fundamentalmente
hipotética;
• Explicação do funcionamento do aparelho
psíquico em bases anatômicas, mas ao
contrário, implica uma renúncia a anatomia e a
formulação de uma “metapsicologia”.
Aparelho Psíquico
Conceito
• Aparelho capaz de transmitir e de transformar
uma energia determinada;
• Não possui, realidade ontológica; trata-se de
um modelo explicativo que não supõe
qualquer sentido denotativo do real;
• Estados quantitativamente determinados de
partículas materiais especificáveis;
• A identificação dessas partículas materiais
com os neurônios;
Funcionamento
• A quantidade (Q) que distingue a atividade do
repouso das partículas materiais;
Origem dos Estímulos do Aparelho
Psíquico
• Exterior - Natureza Exógena
Podem ser evitados;
• Interior - Natureza Endógena
Criam as necessidades: fome, respiração,
sexualidade;
Não há possibilidade de fuga;
Só desaparecem após a realização da
ação específica que possibilita a
eliminação dos estímulos
Noção de Quantidade (Q)
• São neurônios;
• São submetidas às leis gerais do movimento
de atividade e repouso
Dois tipos de Q
Q - quantidades de excitação ligada a
estimulação sensorial externa, quantidade
externa;
Q’n - ordem interna, intercelular, psíquica
Princípios de Regulação do
Aparelho Psíquico
Princípio da Inércia
• Descarga - Os neurônios tendem a desfazer
de toda a quantidade (Q) que recebem);
• Funções
Força de Descarga - Evitar do livre
escoamento da energia;
Força de Estímulo - conservar vias de
escoamento que possibilitam manter-se
afastado das fontes de excitação
• Segue o modelo do Arco Reflexo - Quantidade
de excitação recebida pelo neurônio sensitivo
deve ser descarregada na extremidade motora
Princípio da Constância
• Necessidade de uma “Reserva” de Energia -
Satisfação das exigências decorrentes dos
estímulos endógenos
• Sistema neurônico que procura manter uma
quota de Q num nível mais baixo possível ao
mesmo tempo q procura se proteger contra
qualquer aumento da mesma, ou seja, procura
mantê-la constante;
Barreiras de Contato
• Sistema de neurônios se estrutura de tal modo
que forma “ barreiras de contato” que oferecem
resistência à descarga total;
• Resistências localizadas nos pontos de
contato entre os neurônios, impedindo a
passagem de energia que deveria ser
escoada;
• A existência de barreira de contato não
significa o represamento total de Q; parte fica
retida pelas barreiras e parte consegue ser
escoada. Esse represamento dá-se o nome de
“facilitação”;
• Requer dois tipos de Neurônios:
Permeáveis
Impermeáveis
Noção de Facilitação
• Ponto de vista econômico;
• Passagem parcial de Q pelas barreiras de
contato e essas barreiras ficam
alteradas/marcadas;
• Diminuição da resistência e construção de um
caminho com menores resistências de
barreiras;
• Grau de facilitação depende da maior ou
menor quantidade Q com a qual o neurônio
tem de se defrontar
Neurônios
Φ, Ψ , ω
Tipos de Neurônios
Φ – Fi (Phi)
Ψ – Psi
ω – Ômega
Classes de Neurônios
Neurônios Permeáveis - deixam passar Q
como se não tivessem barreiras de contato e
que depois da cada passagem retornam ao
estado anterior;
Neurônios Impermeáveis - opõe uma
resistência ao livre escoamento de Q através
das barreiras de contato. Depois de cada
excitação constituem as memórias.
• Posição dos neurônios face a fonte de
excitação dirá sobre a
permeabilidade/impermeabilidade
Neurônios Quantitativos
Φ (Sistema FI)
Ψ (Sistema Psi)
• Origem – Nível do inconsciente (Ics)
Funções de Φ e Ψ
• Manter afastadas as grandes Qs externas
através da descarga;
• Força de Descarga - tendência básica do
sistema nervoso de evitar dor ou desprazer
resultante do acúmulo excessivo de Q no
sistema formado pelos neurônios Ψ
• Pelo ponto de vista quantitativo a tendência
para evitar a dor (e não para buscar o prazer)
decorre do fato de que não há barreira de
contato capaz de deter um estímulo doloroso,
porque a lembrança desse estímulo é capaz,
por si só, de provocar desprazer.
Sistema Φ (FI)
• Neurônios permeáveis;
• Não oferecem resistência ao escoamento de
Q;
• Destinados à percepção;
• Alimentados de fonte externa/exógeno;
• Retém maior quantidade de Q
Sistema Ψ (PSI)
• Neurônios impermeáveis;
• Impermeabilidade não é total - há uma
passagem parcial da excitação (facilitação)
• Dotados de resistência, retentivos de Q;
• Portadores de memória;
• Estimulados por fonte interna/ endógena;
• Menor quantidade de Q, por isso, podem
formar barreiras de contato mais ou menos
fortes, por isso constituem em memória;
Neurônio Qualitativo
ω (Sistema Ômega)
• Origem – Nível Consciente (Cs)
Funções
• São excitados junto com a percepção e são
responsáveis pelas sensações conscientes;
• Neles não há lugar para a memória, se
comportam com órgãos de percepção;
• Responsável pela qualidade;
• Não são capazes de receber Q, o que eles
recebem é uma temporalidade ou um período
de excitação que possibilita a eles uma carga
mínima de Q necessária p a consciência
Características
• Fonte - não é endógena e nem exógena, mas
retira sua energia dos neurônios Ψ e são
permeáveis, ou seja, não formam barreiras de
contato e não possuem memória;
• Permeabilidade - São absolutamente
permeáveis, pois funcionam com órgãos de
percepção, o que implica total fluidez
• Correlacionam-se com questões cm a
temporalidade e a periodicidade;
Três formas que afetam os
neurônios mutuamente
Transferindo quantidade (Q) entre si;
Transferindo qualidade entre si;
Exercendo uma forma de excitação recíproca
- não implica um acumulo de carga de
energética, o que vai possibilitar uma
compreensão melhor da temporalidade dos
neurônios ω;
• O período do movimento neurônico se
propaga a todas as partes sem nenhuma
inibição, como se fosse um processo de
indução;
Relação ω de com Q
• Os neurônios ω apesar de não receberem Q,
assumem o período de excitação decorrente
de sua articulação com os neurônios Ψ;
• Os neurônios ω não necessitam de descarga,
seu nível de investimento aumenta e diminui
pela excitação recíproca q mantém com Ψ;
• Os neurônios ω guiam a descarga de energia
livre dos neurônios Ψ;
Prazer e Desprazer
• Ao falar dos neurônios ω que Freud aborda a
questão do prazer-desprazer, dentre as
sensações que constituem o conteúdo da
consciência;
• O prazer e o desprazer seriam sensações
correspondentes à própria catexia de ω, ao
seu próprio nível; e aqui ω e Ψ funcionariam,
por assim dizer, como vasos comunicantes;
• Os resíduos das experiências de satisfação e
de dor vão constituir os afetos e os estados de
desejos
Experiência de Satisfação
É pela a experiência de satisfação que poderemos
entender os afetos e os estados de desejo, está
ligada à concepção freudiana de um estado de
desamparo original do ser humano.
Conceito
É a eliminação da tensão interna causada por um
estado de necessidade;
• Tensão / Fragilidade - Estado de desamparo
do ser humano (tensão); dependência
absoluta do outro;
Principio Envolvido
Princípio de Inércia - funciona no sentido de se ver
livre de todos os estímulos através da descarga de
Q que ele recebe;
Exemplo
A excitação decorrente dos estímulos internos
como no caso da fome
O bebê não é capaz de sozinho executar a ação
específica que põe fim à tensão decorrente do
acúmulo de Q
• A experiência de satisfação fica associada a
imagem do objeto que proporcionou a
satisfação e também a imagem do movimento
que proporcionou a descarga;
• Associação quando o estado de necessidade
se repetir surgirá um impulso psíquico
reinvestindo nesta imagem mnemônica do
objeto
Desejo
• Um impulso desta espécie é o que chamamos
de desejo; o reaparecimento da percepção é a
realização do desejo e o caminho mais curto a
essa realização é uma via que conduz
diretamente da excitação produzida pelo
desejo a uma catexia completa da percepção;
• O que é reativado é o traço mnemônico da
imagem do objeto sem que essa reativação
seja acompanhada por sua presença real o
que se produz, é, portanto, uma alucinação;
• Bebê não é capaz de fazer essa distinção
entre objeto real e objeto alucinado
desencadeia-se um ato reflexo cujo objetivo é
a posse do objeto sobrevindo assim frustração
Evitar o desprazer onde esse é identificado
com o aumento excessivo do nível de Q
Se a imagem do objeto hostil é reinvestida,
surge um estado de desprazer acompanhado
de uma tendência a descarga
Desejo e Afeto
• São construídos tanto a experiência de
satisfação;
• Ambos caracterizados por um aumento da
tensão no sistema de neurônios Ψ;
• No caso de um afeto - liberação súbita de Q;
• No caso de um desejo - somação
• Os desejos e os afetos vão produzir dois
mecanismos básicos que são a atração de
desejo primária e a defesa primária
(recalcamento)
Surgimento do Ego
Conceito
• O ego é uma formação do sistema Ψ - Ego
é mais um objeto, não possuindo acesso à
realidade, não sendo sujeito da percepção,
da consciência ou do desejo;
• O acesso à realidade é realizado pelo
sistema perceptivo formado pelos
neurônios ω;
• Não é entendido como sujeito, indivíduo ou
a totalidade do aparelho psíquico, mas
como uma parte do sistema Ψ que possui
uma função essencialmente inibidora.
Função
• É dificultar as passagens de Q que
originalmente foram acompanhadas de
satisfação ou de dor;
• Impedir que o investimento da imagem
mnêmica do primeiro objeto satisfatório se
faça, isto é, evitar a alucinação e a
consequente decepção;
• É tanto ativo quanto passivo, ou seja, deve
ser protegido e ao mesmo tempo é o
agente dessa proteção à dupla função: de
inibição e de defesa
Danos
• Em estado de desejo, recatexiza a
lembrança de um objeto, colocando em
ação um processo de descarga à não há
satisfação porque o objeto não é real, está
presente na ideia imaginária;
• Ao recatexizar uma imagem mnêmica
hostil, não consegue realizar uma inibição
adequada, resultando daí uma liberação
excessiva de desprazer ;
• Os danos ao ego ocorrem em função da
falta de um indicador de realidade, pois o
sistema Ψ é incapaz de distinguir o real
do imaginário
Processos Mentais
Conceito
• Dois modos de funcionamento do aparelho
psíquico;
• Dois modos de circulação de energia psíquica:
a energia livre e a energia ligada, assim como
corresponde também à oposição entre
princípio de prazer e o princípio de realidade
Tipos
Primários
Secundários
Processo
Primário
Processo
Secundário
Catexia
A catexia de
desejo levada ao
ponto da
alucinação e a
completa
produção do
desprazer, que
implica o total
consumo da
defesa;
Só se tornam
possíveis
mediante uma
boa catexia do
ego e que
representam
versões
atenuadas dos
mencionados
processos
psíquicos.
Ponto de
Vista
Tópico
Sistema
inconsciente
Sistema pré-
consciente-
consciente
Ponto de
Vista
Econômico
Energia livre -
Quando tende
para a descarga
da forma mais
direta possível
Energia ligada
- Quando sua
descarga é
retardada ou
controlada
Estados
Sonhos e
Sintomas
Pensamento,
Vigília,
Atenção
Raciocínio,
Linguagem
	
Funções	do	Aparelho	
Psíquico	
Processos	do	
Aparelho	Psíquico	
Função	Primária	-	visa	à	
descarga	total	de	Q,		
Função	Secundária	-	fuga	
do	estimulo	
Processos	Primários	
Processos	Secundários	
Funcionamento	do	
sistema	nervoso	em	geral	
ou	mesmo	a	todo	o	
organismo		
Representações	e	
corresponde	
especificamente	ao	
sistema	de	neurônios
Sonhos
Conceito
Exemplo privilegiado de processo primário em
função de uma diminuição das necessidades
orgânicas e por um desligamento dos
estímulos externos que tornam supérflua a
função secundária do ego.
Pré-condição para o Sono
• A pré-condição essencial do sono, e
portanto do sonho, é a queda da carga
endógena em Ψ (reserva de Q
acumulada no ego que, ao ser
descarregada, possibilita o sono);
• No sono o indivíduo se encontra em
estado ideal de inércia, livre de
acúmulo de Q
Seis características do processo
onírico
• Realizações de desejo;
• Processos primários que reproduzem o
modelo da experiência de satisfação;
• Caráter alucinatório- as conexões são
absurdas, contraditórias ou
estranhamente loucas;
• Carecem de descarga motora;
• Causam poucos danos em comparação à
outros processos primários;
• A Consciência fornece qualidade total
como na vida desperta
Conclusão
• O Projeto foi uma tentativa de Freud de
colocar a teoria psicológica numa linguagem
neurológica;
• O lugar aqui ocupado pela neurologia será
posteriormente ocupado pela metapsicologia;
• A explicação neurológica cederá lugar a
decifração de sentido, articulando aí desejo e
linguagem;
• Por essa pertença a linguagem que o sonho
vai tornar-se o modelo de compreensão dos
sintomas, dos mitos, das religiões, da obra de
arte à formas dissimuladas do desejo;

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O projeto 1895 - Freud

  • 1. Projeto 1895 Texto Importância • É essencial para a psicanálise; • Considerado um texto pré-psicanalítico Finalidade do Projeto • Representar os processos psíquicos como estados quantitativamente determinados de partículas materiais especificáveis; dando assim a esses processos um caráter concreto e inequívoco; • Elaboração de uma teoria do funcionamento psíquico numa visão quantitativa; • Transposição de algumas conclusões retiradas da psicopatologia para a psicologia do indivíduo normal; • O psiquismo pode ser expresso por leis científicas. Influências • Atmosfera Positivista e Cientificista - ciência produção suprema do homem é a única que pode conduzi-lo ao conhecimento • J. F. Herbart Abordagem mais matemática da psicologia; Psicologia baseada na experiência e quantitativa; Concepção dinâmica do psiquismo e particularmente do ics; A ideia possui uma intensidade; Noções de conflito intrapsíquico; Noções do princípio do equilíbrio Conflito Intrapsíquico Princípio do Equilíbrio Se caracterizam por um esforço constante para manter o equilíbrio. Semelhança entre Freud e Herbart Os processos psíquicos são passíveis de serem expressos por leis científicas. Fundamentação - Base Clínica • Concepção quantitativa vinda de observações clinicopatológicas; • Com base nos casos de histerias e neuróticos obsessivos há uma proporcionalidade entre intensidade dos traumas e a intensidade dos sintomas produzidos Luta p/ impedir que se torne consciente Luta para se tornar consciente IDEIA REPRIMIDA IDEIA CONCIÊNTE Ideia Reprimida Ideia Conciente
  • 2. Características do Texto • Dividido em Três Partes Esquema geral; Psicopatologia da histeria; Tentativa de representar os processos psíquicos normais • Não é um trabalho descritivo baseado em observações e experimentos, mas um trabalho teórico de natureza fundamentalmente hipotética; • Explicação do funcionamento do aparelho psíquico em bases anatômicas, mas ao contrário, implica uma renúncia a anatomia e a formulação de uma “metapsicologia”. Aparelho Psíquico Conceito • Aparelho capaz de transmitir e de transformar uma energia determinada; • Não possui, realidade ontológica; trata-se de um modelo explicativo que não supõe qualquer sentido denotativo do real; • Estados quantitativamente determinados de partículas materiais especificáveis; • A identificação dessas partículas materiais com os neurônios; Funcionamento • A quantidade (Q) que distingue a atividade do repouso das partículas materiais; Origem dos Estímulos do Aparelho Psíquico • Exterior - Natureza Exógena Podem ser evitados; • Interior - Natureza Endógena Criam as necessidades: fome, respiração, sexualidade; Não há possibilidade de fuga; Só desaparecem após a realização da ação específica que possibilita a eliminação dos estímulos Noção de Quantidade (Q) • São neurônios; • São submetidas às leis gerais do movimento de atividade e repouso
  • 3. Dois tipos de Q Q - quantidades de excitação ligada a estimulação sensorial externa, quantidade externa; Q’n - ordem interna, intercelular, psíquica Princípios de Regulação do Aparelho Psíquico Princípio da Inércia • Descarga - Os neurônios tendem a desfazer de toda a quantidade (Q) que recebem); • Funções Força de Descarga - Evitar do livre escoamento da energia; Força de Estímulo - conservar vias de escoamento que possibilitam manter-se afastado das fontes de excitação • Segue o modelo do Arco Reflexo - Quantidade de excitação recebida pelo neurônio sensitivo deve ser descarregada na extremidade motora Princípio da Constância • Necessidade de uma “Reserva” de Energia - Satisfação das exigências decorrentes dos estímulos endógenos • Sistema neurônico que procura manter uma quota de Q num nível mais baixo possível ao mesmo tempo q procura se proteger contra qualquer aumento da mesma, ou seja, procura mantê-la constante; Barreiras de Contato • Sistema de neurônios se estrutura de tal modo que forma “ barreiras de contato” que oferecem resistência à descarga total; • Resistências localizadas nos pontos de contato entre os neurônios, impedindo a passagem de energia que deveria ser escoada; • A existência de barreira de contato não significa o represamento total de Q; parte fica retida pelas barreiras e parte consegue ser escoada. Esse represamento dá-se o nome de “facilitação”; • Requer dois tipos de Neurônios: Permeáveis Impermeáveis Noção de Facilitação • Ponto de vista econômico; • Passagem parcial de Q pelas barreiras de contato e essas barreiras ficam alteradas/marcadas; • Diminuição da resistência e construção de um caminho com menores resistências de barreiras; • Grau de facilitação depende da maior ou menor quantidade Q com a qual o neurônio tem de se defrontar
  • 4. Neurônios Φ, Ψ , ω Tipos de Neurônios Φ – Fi (Phi) Ψ – Psi ω – Ômega Classes de Neurônios Neurônios Permeáveis - deixam passar Q como se não tivessem barreiras de contato e que depois da cada passagem retornam ao estado anterior; Neurônios Impermeáveis - opõe uma resistência ao livre escoamento de Q através das barreiras de contato. Depois de cada excitação constituem as memórias. • Posição dos neurônios face a fonte de excitação dirá sobre a permeabilidade/impermeabilidade Neurônios Quantitativos Φ (Sistema FI) Ψ (Sistema Psi) • Origem – Nível do inconsciente (Ics) Funções de Φ e Ψ • Manter afastadas as grandes Qs externas através da descarga; • Força de Descarga - tendência básica do sistema nervoso de evitar dor ou desprazer resultante do acúmulo excessivo de Q no sistema formado pelos neurônios Ψ • Pelo ponto de vista quantitativo a tendência para evitar a dor (e não para buscar o prazer) decorre do fato de que não há barreira de contato capaz de deter um estímulo doloroso, porque a lembrança desse estímulo é capaz, por si só, de provocar desprazer. Sistema Φ (FI) • Neurônios permeáveis; • Não oferecem resistência ao escoamento de Q; • Destinados à percepção; • Alimentados de fonte externa/exógeno; • Retém maior quantidade de Q Sistema Ψ (PSI) • Neurônios impermeáveis; • Impermeabilidade não é total - há uma passagem parcial da excitação (facilitação) • Dotados de resistência, retentivos de Q; • Portadores de memória; • Estimulados por fonte interna/ endógena; • Menor quantidade de Q, por isso, podem formar barreiras de contato mais ou menos fortes, por isso constituem em memória;
  • 5. Neurônio Qualitativo ω (Sistema Ômega) • Origem – Nível Consciente (Cs) Funções • São excitados junto com a percepção e são responsáveis pelas sensações conscientes; • Neles não há lugar para a memória, se comportam com órgãos de percepção; • Responsável pela qualidade; • Não são capazes de receber Q, o que eles recebem é uma temporalidade ou um período de excitação que possibilita a eles uma carga mínima de Q necessária p a consciência Características • Fonte - não é endógena e nem exógena, mas retira sua energia dos neurônios Ψ e são permeáveis, ou seja, não formam barreiras de contato e não possuem memória; • Permeabilidade - São absolutamente permeáveis, pois funcionam com órgãos de percepção, o que implica total fluidez • Correlacionam-se com questões cm a temporalidade e a periodicidade; Três formas que afetam os neurônios mutuamente Transferindo quantidade (Q) entre si; Transferindo qualidade entre si; Exercendo uma forma de excitação recíproca - não implica um acumulo de carga de energética, o que vai possibilitar uma compreensão melhor da temporalidade dos neurônios ω; • O período do movimento neurônico se propaga a todas as partes sem nenhuma inibição, como se fosse um processo de indução; Relação ω de com Q • Os neurônios ω apesar de não receberem Q, assumem o período de excitação decorrente de sua articulação com os neurônios Ψ; • Os neurônios ω não necessitam de descarga, seu nível de investimento aumenta e diminui pela excitação recíproca q mantém com Ψ; • Os neurônios ω guiam a descarga de energia livre dos neurônios Ψ; Prazer e Desprazer • Ao falar dos neurônios ω que Freud aborda a questão do prazer-desprazer, dentre as sensações que constituem o conteúdo da consciência; • O prazer e o desprazer seriam sensações correspondentes à própria catexia de ω, ao seu próprio nível; e aqui ω e Ψ funcionariam, por assim dizer, como vasos comunicantes; • Os resíduos das experiências de satisfação e de dor vão constituir os afetos e os estados de desejos
  • 6. Experiência de Satisfação É pela a experiência de satisfação que poderemos entender os afetos e os estados de desejo, está ligada à concepção freudiana de um estado de desamparo original do ser humano. Conceito É a eliminação da tensão interna causada por um estado de necessidade; • Tensão / Fragilidade - Estado de desamparo do ser humano (tensão); dependência absoluta do outro; Principio Envolvido Princípio de Inércia - funciona no sentido de se ver livre de todos os estímulos através da descarga de Q que ele recebe; Exemplo A excitação decorrente dos estímulos internos como no caso da fome O bebê não é capaz de sozinho executar a ação específica que põe fim à tensão decorrente do acúmulo de Q • A experiência de satisfação fica associada a imagem do objeto que proporcionou a satisfação e também a imagem do movimento que proporcionou a descarga; • Associação quando o estado de necessidade se repetir surgirá um impulso psíquico reinvestindo nesta imagem mnemônica do objeto Desejo • Um impulso desta espécie é o que chamamos de desejo; o reaparecimento da percepção é a realização do desejo e o caminho mais curto a essa realização é uma via que conduz diretamente da excitação produzida pelo desejo a uma catexia completa da percepção; • O que é reativado é o traço mnemônico da imagem do objeto sem que essa reativação seja acompanhada por sua presença real o que se produz, é, portanto, uma alucinação; • Bebê não é capaz de fazer essa distinção entre objeto real e objeto alucinado desencadeia-se um ato reflexo cujo objetivo é a posse do objeto sobrevindo assim frustração Evitar o desprazer onde esse é identificado com o aumento excessivo do nível de Q Se a imagem do objeto hostil é reinvestida, surge um estado de desprazer acompanhado de uma tendência a descarga Desejo e Afeto • São construídos tanto a experiência de satisfação; • Ambos caracterizados por um aumento da tensão no sistema de neurônios Ψ; • No caso de um afeto - liberação súbita de Q; • No caso de um desejo - somação • Os desejos e os afetos vão produzir dois mecanismos básicos que são a atração de desejo primária e a defesa primária (recalcamento)
  • 7. Surgimento do Ego Conceito • O ego é uma formação do sistema Ψ - Ego é mais um objeto, não possuindo acesso à realidade, não sendo sujeito da percepção, da consciência ou do desejo; • O acesso à realidade é realizado pelo sistema perceptivo formado pelos neurônios ω; • Não é entendido como sujeito, indivíduo ou a totalidade do aparelho psíquico, mas como uma parte do sistema Ψ que possui uma função essencialmente inibidora. Função • É dificultar as passagens de Q que originalmente foram acompanhadas de satisfação ou de dor; • Impedir que o investimento da imagem mnêmica do primeiro objeto satisfatório se faça, isto é, evitar a alucinação e a consequente decepção; • É tanto ativo quanto passivo, ou seja, deve ser protegido e ao mesmo tempo é o agente dessa proteção à dupla função: de inibição e de defesa Danos • Em estado de desejo, recatexiza a lembrança de um objeto, colocando em ação um processo de descarga à não há satisfação porque o objeto não é real, está presente na ideia imaginária; • Ao recatexizar uma imagem mnêmica hostil, não consegue realizar uma inibição adequada, resultando daí uma liberação excessiva de desprazer ; • Os danos ao ego ocorrem em função da falta de um indicador de realidade, pois o sistema Ψ é incapaz de distinguir o real do imaginário
  • 8. Processos Mentais Conceito • Dois modos de funcionamento do aparelho psíquico; • Dois modos de circulação de energia psíquica: a energia livre e a energia ligada, assim como corresponde também à oposição entre princípio de prazer e o princípio de realidade Tipos Primários Secundários Processo Primário Processo Secundário Catexia A catexia de desejo levada ao ponto da alucinação e a completa produção do desprazer, que implica o total consumo da defesa; Só se tornam possíveis mediante uma boa catexia do ego e que representam versões atenuadas dos mencionados processos psíquicos. Ponto de Vista Tópico Sistema inconsciente Sistema pré- consciente- consciente Ponto de Vista Econômico Energia livre - Quando tende para a descarga da forma mais direta possível Energia ligada - Quando sua descarga é retardada ou controlada Estados Sonhos e Sintomas Pensamento, Vigília, Atenção Raciocínio, Linguagem Funções do Aparelho Psíquico Processos do Aparelho Psíquico Função Primária - visa à descarga total de Q, Função Secundária - fuga do estimulo Processos Primários Processos Secundários Funcionamento do sistema nervoso em geral ou mesmo a todo o organismo Representações e corresponde especificamente ao sistema de neurônios
  • 9. Sonhos Conceito Exemplo privilegiado de processo primário em função de uma diminuição das necessidades orgânicas e por um desligamento dos estímulos externos que tornam supérflua a função secundária do ego. Pré-condição para o Sono • A pré-condição essencial do sono, e portanto do sonho, é a queda da carga endógena em Ψ (reserva de Q acumulada no ego que, ao ser descarregada, possibilita o sono); • No sono o indivíduo se encontra em estado ideal de inércia, livre de acúmulo de Q Seis características do processo onírico • Realizações de desejo; • Processos primários que reproduzem o modelo da experiência de satisfação; • Caráter alucinatório- as conexões são absurdas, contraditórias ou estranhamente loucas; • Carecem de descarga motora; • Causam poucos danos em comparação à outros processos primários; • A Consciência fornece qualidade total como na vida desperta Conclusão • O Projeto foi uma tentativa de Freud de colocar a teoria psicológica numa linguagem neurológica; • O lugar aqui ocupado pela neurologia será posteriormente ocupado pela metapsicologia; • A explicação neurológica cederá lugar a decifração de sentido, articulando aí desejo e linguagem; • Por essa pertença a linguagem que o sonho vai tornar-se o modelo de compreensão dos sintomas, dos mitos, das religiões, da obra de arte à formas dissimuladas do desejo;