Este documento discute o poder da mente e do pensamento. Ele descreve um estudo sobre monges tibetanos que foram capazes de secar lençóis molhados apenas com a força da meditação, demonstrando o poder do pensamento sobre a matéria. Também discute como o pensamento de encarnados e desencarnados interagem e se combinam, repelindo ou neutralizando uns aos outros. Finalmente, reflete sobre como pouco entendemos sobre a mente e como precisamos nos conhecer melhor para usar seu potencial de forma consciente.
2. "Do latim mens, o conceito de mente diz respeito a uma dimensão ou a
um fenômeno complexo que se associa ao pensamento." Dicionário On
Line
A mente, ainda hoje, é objeto de estudos e descobertas constantes.
Existem casos relatados que nos permitem dizer com toda a segurança
que não utilizamos o potencial de nossa mente porque não a
conhecemos. O pensamento age não apenas em reflexão, inteligência,
aprendizado, mas é capaz de agir sobre a matéria, alterando o seu
estado.
Para exemplificar, trazemos ao estudo o caso amplamente noticiado na
internet e que deu origem a um documentário no History Chanel, sobre
os monges que secam lençóis com o poder da mente.
3. "Em uma das mais notáveis exposições de
suas habilidades, um grupo de monges
tibetanos permitiu que médicos
monitorassem mudanças corporais,
enquanto eles se concentravam em uma
técnica de meditação conhecida
como yoga g-tummo. Durante o processo,
os monges foram envoltos em lençóis
molhados e frios ( 9,4 graus centígrados )
e colocados em uma sala com
temperatura de 4,5 graus centígrados. Em
tais condições, uma pessoa comum
provavelmente experimentaria tremores
incontroláveis e em pouco tempo sofreria
hipotermia. No entanto, através da
profunda concentração, os monges foram
capazes de gerar calor corporal, e em
poucos minutos, os pesquisadores
notaram vapor saindo dos lençóis que
cobriam os monges. Dentro de uma hora,
os lençóis estavam completamente secos."
(https://www.youtube.com/watch?
v=lyxqHQkihRw)
4. Como tratamos esta questão?
O que cabe em nosso corrido dia a dia para que nos conheçamos melhor e
usemos a nossa mente cada vez mais?
Recordemos de Jung:
"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta."
5. Iniciemos a lição:
"Quando a criatura passa a interrogar o porquê do destino e da dor e
encontra a luz dos princípios espiritistas a clarear-lhe os vastos corredores
do santuário interno, deve consagrar-se à apreciação do pensamento,
quanto lhe seja possível, a fim de iniciar-se na decifração dos segredos
que, para nós todos, ainda velam o fulcro mental." Roteiro
Pensamos o tempo todo, dizem alguns, porém, o que o benfeitor nos está
dizendo neste primeiro parágrafo é algo mais. Não se tratam dos
pensamentos corriqueiros e sem nenhum controle que acontecem em todos
os homens, indistintamente. Trata-se do pensar consciente, da reflexão, da
busca por algo interior.
6. É algo muito comum quando adoecemos ou passamos por algo grave que nos
remeta a possibilidade de morrer. O porquê do destino e da dor começa a
envolver a criatura que poderá encontrar ou não as luzes que clareiam o
caminho. Temos o espiritismo, como o cristianismo redivivo a nos guiar e
iluminar. Façamos uso deste conhecimento sublime para aproveitarmos esta
encarnação, alçando voos mais altos em nossa trajetória evolutiva.
Caminhemos mais um pouco com a lição.
"Se as incógnitas do corpo fazem no mundo a paixão da ciência, que designa
exércitos numerosos de hábeis servidores para a solução dos problemas de
saúde e genética, reconforto e eugenia, além túmulo a grandeza na mente
desafia-nos todos os potenciais de inteligência, no trato metódico dos assuntos
que lhe dizem respeito." Roteiro
7. A cada mundo os seus desafios e necessidades. Aqui, ante as nossas
necessidades físicas e diárias, não raro passamos a vida resolvendo questões
meramente materiais. Mas e ao desencarnar? Quais serão nossas preocupações?
Do que nos ocuparemos?
Emmanuel nos relata que no além túmulo, compreender a mente é o grande
desafio. Enquanto encarnados, nosso invólucro carnal nos protege e esconde.
Poucos sabem o que estou pensando no momento. Não obstante, ao
desencarnarmos tudo muda e nosso pensar torna-se explícito, tal qual uma
pessoa nua em meio a multidão, será o nosso espírito diante do Universo.
E para que isto deixe de ser tão assustador quanto parece (e é!!!) precisamos
nos preparar, precisamos saber quem somos, reconhecer nossos pensamentos,
aprender um pouco mais sobre a nossa mente.
Pouco sabemos, é fato.
8. "A psicologia e a psiquiatria, entre os homens da atualidade, conhecem
tanto do espírito, quanto um botânico, restrito ao movimento em acanhado
círculo de observação do solo,que tentasse julgar um continente vasto e
inexplorado, por alguns talos de erva, crescidos ao alcance de suas
mãos." Roteiro
A comparação é séria e gravíssima. Um talo de erva e um continente, o
que sabemos da mente e o que ela efetivamente é.
É bom que tenhamos este parâmetro, ele nos chama para perto da virtude
mais necessária a quem deseja aprender: a humildade.
9. André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade,
também reflete sobre a questão quando fala sobre o
pensamento das criaturas:
"Do Princípio Elementar, fluindo incessantemente no
campo cósmico, auscultamos, de modo imperfeito,
as energias profundas que produzem eletricidade e
magnetismo, sem conseguir enquadrá-las em
exatas definições terrestres, e, da matéria mental
dos seres criados, estudamos o pensamento ou fluxo
energético do campo espiritual de cada um deles, a se
graduarem nos mais diversos tipos de onda, desde os
raios super-ultra-curtos, em que se exprimem as
legiões angélicas, através de processos ainda
inacessíveis à nossa observação, passando pelas
oscilações curtas, médias e longas em que se
exterioriza a mente humana, até as ondas
fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica, ainda
em germe, somente arroja de si determinados
pensamentos ou raios descontínuos."
10. Se a mente está associada ao pensamento, o que, afinal, é o pensamento?
"Libertos do veículo de carne, quando temos a felicidade de sobre pairar
além das atrações de natureza inferior, que, por vezes, no imantam à crosta
da Terra, indefinidamente, compreendemos que o poder mental reside na
base de todos os fenômenos e circunstâncias de nossas experiências
isoladas ou coletivas. A mente é manancial vivo de energias criadoras. O
pensamento é substância, coisa mensurável." Roteiro
Energia? Coisa mensurável?
11. Fenômeno é um acontecimento observável,
particularmente algo especial (literalmente "algo
que pode ser visto", derivado da palavra grega
phainomenon = "observável")
Circunstância: Particularidade que acompanha
determinado .fato ou acontecimento.
Qualidade anexa ou determinante.Fato que provoc
a determi-
nada .ação ou comportamento. Estado das coisas n
um determinado momento.
Seja na causa ou na consequência do que nos
cerca, nosso pensamento está envolvido. E
não apenas isto, vejam o que Emmanuel diz a
seguir:
"Encarnados e desencarnados povoam o
Planeta, na condição de habitantes dum
imenso palácio de vários andares, em
posições diversas, produzindo pensamentos
múltiplos que se combinam, que se repelem
ou que se neutralizam." Roteiro
12. Três verbos:
combinar, repelir,
neutralizar.
Estes verbos nos falam de como
nosso pensamento age. Se
pensamos de forma negativa,
iremos nos coadunar com as
forças equivalentes, bem como
repelir o que é positivo. Mas se
passarmos a agir de forma
consciente, iremos decidir com
que tipo de pensamentos iremos
combinar, que tipo de
pensamentos iremos repelir e
até mesmo que tipo de
pensamentos iremos neutralizar.
13. André Luiz nos explica como funcional estes corpúsculos mentais:
"Como alicerce vivo de todas as realizações nos Planos físico e extrafísico,
encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda é
matéria, — a matéria mental, em que as leis de formação das cargas
magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem sob novo sentido,
compondo o maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos
submersos e no qual surpreendemos elementos que transcendem o sistema
periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo.
Temos, ainda aqui, as formações corpusculares, com bases nos sistemas
atômicos em diferentes condições vibratórias, considerando os átomos,
tanto no Plano físico, quanto no Plano mental, como associações de cargas
positivas e negativas.
14. Isso nos compete naturalmente a denominar tais princípios de “núcleos,
prótons, nêutrons, posítrons, elétrons ou fótons mentais”, em vista da
ausência de terminologia analógica para estruturação mais segura de nossos
apontamentos.
Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de
correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais,
dentro de normas que correspondem à lei dos “quanta de energia” e aos
princípios da mecânica ondulatória, que lhes imprimem frequência e cor
peculiares.
Essas forças, em constantes movimentos sincrônicos ou estado de agitação
pelos impulsos da vontade, estabelecem para cada pessoa uma onda mental
própria."
15. Pensemos um pouco na questão do efeito placebo e do efeito nocebo.
Placebo
"Um placebo é uma substância inerte ou uma crença que produz efeitos biológicos
reais em seres humanos. É tão amplamente aceito como fato, que placebos são
incluídos na maioria dos testes médicos como forma de provar se, por exemplo,
uma droga funciona pelos próprios méritos ou porque as pessoas simplesmente
"pensam" que ela funciona.
Há centenas de experimentos que comprovam os efeitos do placebo, mas um dos
mais divertidos é um teste feito por um grupo de estudantes de Princeton. Eles
deram uma festa e convidaram diversos colegas que nada sabiam da experiência. Os
experimentadores secretamente esvaziaram os barris da cerveja Heineken e os
encheram com O'Douls (marca de cerveja que contém cerca de 0,4% de álcool,
enquanto que a cerveja normal tem em torno de 5%) e, em seguida, presenciaram
seus amigos agindo como bobos, arrastando as palavras, dormindo no chão, enfim,
comportando-se como se estivessem bêbados. Embora seja quase impossível
embriagar-se com O'Douls, os estudantes tinham uma forte crença de que estavam
bebendo cerveja com teor alcóolico padrão, crença que afetou o comportamento
deles.
16. Curiosamente, pesquisadores
tem observado que o efeito
placebo, de alguma forma tem se
tornado cada vez mais forte, e
algumas drogas que estão no
mercado há anos, agora são
considerados menos eficazes do
que muitos placebos.
Naturalmente, esta é uma
questão sensível para o bolso
das grandes empresas
farmacêuticas, que estão
realizando centenas de estudos
neurológicos em um esforço
para chegar a novas maneiras de
proteger seus produtos contra
simples pílulas de açúcar."
17. Nocebo
"Enquanto placebos são geralmente
associados com resultados positivos,
como a cura de uma doença ou ficar
bêbado com O'Douls (se você
considerar a embriaguez como algo
positivo), o efeito nocebo produz
resultados negativos, como vômitos
em pacientes com câncer antes do
início da quimioterapia ou uma
erupção cutânea em alguém que
pensou ter tocado em hera
venenosa, mesmo que tenha sido em
uma planta comum.
18. Um dos mais conhecidos exemplos do fenômeno nocebo, foi um
incidente publicado na "New Scientist". De acordo com o relato, tarde
da noite, um homem do Alabama, conhecido como Vance, foi a um
cemitério e encontrou-se com um feiticeiro. Esse feiticeiro, na ocasião,
previu a morte de Vance para dentro de poucos dias. Acreditando na
previsão, Vance logo caiu doente e em questão de semanas estava
raquítico e perto da morte. Vance foi levado para o hospital, mas os
médicos não encontraram nada de errado com ele. Finalmente, a
esposa de Vance conversou com o Dr. Doherty, médico que cuidava
do caso, sobre o encontro do marido com o feiticeiro. Então, o médico
teve uma ideia criativa: no dia seguinte, o Dr. Doherty disse ao casal
que havia encontrado o feiticeiro e, que sob ameaças físicas, o
macabro sujeito confessara ter colocado um lagarto dentro de Vance e
que o bicho estava devorando as entranhas dele. Depois de retirar o
lagarto imaginário de dentro do paciente, ( o Dr. Doherty
sorrateiramente havia levado um lagarto para dentro da sala de
cirurgia ) Vance acordou alerta, com fome, e não demorou muito para
que ele se recuperasse totalmente.
Aparentemente, essa história foi corroborada por outros quatro
profissionais da área médica, e é frequentemente citada quando se
explica os motivos dos feitiços às vezes funcionarem (ou seja, não é
por causa de magia, mas sim, por causa do efeito nocebo)." (http://kid-
bentinho.blogspot.com.br/2013/05/10-incriveis-exemplos-do-poder-da-
mente.html)
19. Está em nosso querer, conforme nos explica André Luiz: "...a matéria
mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da
matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou
dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a
abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os
seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesma os
agentes (por enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra,
vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade." Mecanismos da
Mediunidade.
20. Sigamos em frente com a lição.
"Correspondem-se as idéias, segundo o tipo em que se expressam,
projetando raios de força que alimentam ou deprimem, sublimam ou
arruínam, integram ou desintegram, arrojados sutilmente do campo das
causas para a região dos efeitos.
A imaginação não é um país de névoa, de criações vagas e incertas. É
fonte de vitalidade, energia, movimento..." Roteiro
21. Citamos, novamente André Luiz, para bem compreendermos a riqueza
do que Emmanuel nos está dizendo:
"Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham,
ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade
correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos,
assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos
esposem o modo de sentir.
É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio
com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos
movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções
substanciais na Esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo
escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece
porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria
expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um,
pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa
libertação no rumo dos Planos superiores ou estaciona nos Planos
inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés."
Mecanismos da Mediunidade
22. Como nos sentimos após ouvir uma música de caráter elevado que nos remeta a paz
e a harmonia? Como nos sentimos ao contemplar a natureza e sua esplendorosa
beleza? Como nos sentimos ao olhar o céu em noite estrelada?
As empresas que dominam o comércio mundial investem milhões em busca de
conhecer como nossa mente funciona e elas tem tido êxito em nos fazer consumir
cada vez. Será que realmente precisamos de tantas coisas?
23. "A cultura de consumo suportada por diligentes empresas de comunicação e meios,
ainda de PNL, de entre outras, contribui para o atingir a mente dos consumidores
através de programação dedicada ao subconsciente. É claro que qualquer
necessidade continua a ser traduzida por um processo primário, configurado em
torno da tenção fisiológica e psicológica, entre a satisfação e a frustração. O que
poderá ser questionado atualmente é a capacidade do Homem fantasiar em torno
deste mesmo processo.
Mas o que é que mudou? Desde logo, o entronizar da ilusão do poder pelo consumo,
ou seja o consumo transformou-se no mais importante ideal de afirmação social,
econômico, status, etc. A este propósito salientamos ainda o fato da identidade
social do indivíduo, agora massificado, já não o remeter, como outrora, para a
família de referência ou para a função (profissão) desempenhada, mas, cada vez
mais, para o seu estilo de consumo.
(...) o Homem se vê agora submetido a uma exaltada e inevitável influência
psicológica / íntima, suportada por modernas técnicas de persuasão. Afinal, se tudo
mudou, porque não se adaptaria o Homem a esse novo mundo, quando pensamos na
forma de lidar com as suas necessidades?"
https://consultapsicologo.com.br/2008/03/27/maslow-mcgregor-e-herzberg-teorias-
motivacao/
24. Caminhemos com Emmanuel neste rico aprendizado.
"A imaginação não é um país de névoa, de criações vagas e incertas. É fonte
de vitalidade, energia, movimento..." Roteiro
Segundo Julio Verne, "Tudo que uma pessoa pode imaginar, outras podem
tornar real. “
Recordemos a lição 5 do livro Roteiro: "...somos o que decidimos, possuímos
o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a
derrota ou a estagnação, conforme imaginamos."
25. A assim encerramos a lição:
"O idealismo operante, a fé construtiva, o sonho que age, são os
pilares de todas as realizações.Quem mais pensa, dando corpo ao que
idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis,
nas obras do bem ou do mal.
E, em razão dessa lei que preside à vida cósmica, quantos se
adaptarem, ao reto pensamento e à ação enobrecedora, se fazem
preciosos canais da energia divina, que, em efusão constante, banha a
Humanidade em todos os ângulos do Globo, buscando as almas
evoluídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em
médiuns ou instrumentos vivos de sua exteriorização, para benefício
das criaturas e erguimento da Terra ao concerto dos mundos de alegria
celestial." Roteiro
26. Reto pensamento e ação
enobrecedora, roteiros
imprescindíveis para quem quer
evoluir neste campo tão precioso e tão
desconhecido que é o mundo mental.
Deus nos quer bem e está em nós a
decisão de buscarmos os mundos de
alegria celestial. Avancemos,
caminhando com consciência,
sabedores de que tudo o que fazemos
e pensamos é construção para o
amanhã.
Tenhamos em Jesus o guia excelso,
permitindo que ele adentre em nossa
casa, como nos ensina Emmanuel.
27. "A mente é a casa viva onde cada um de
nós reside, segundo as nossas próprias
concepções.
A imaginação é o arquiteto de nosso
verdadeiro domicílio.
Se julgarmos que o ouro é o material
adequado à nossa construção, cedo
sofremos a ventania destruidora ou
enregelante da ambição e da inveja, do
remorso e do tédio, que costuma envolver a
fortuna, em seu castelo de imprevidência.
Se supomos que o poder humano deve ser
o agasalho de nosso Espírito, somos
apressadamente defrontados pela desilusão
que habitualmente coroa a fronte das
criaturas enganadas pelos desvarios da
autoridade.
Se encontramos alegria na crítica ou na
perversidade, naturalmente nos demoramos
no cárcere escuro da maledicência ou do
crime.
28. Moramos, em espírito, onde projetamos
nosso pensamento.
Respiramos o bem ou o mal, de acordo
com as nossas preferências na vida.
Na Terra, muitas vezes temos a máscara
física emoldurada em honrarias e
esplendores, guardando nossa alma em
deploráveis cubículos de padecimentos e
trevas.
Só o trabalho incessante no bem pode
oferecer-nos a milagrosa química do amor
para a sublimação de nosso lar interno. Por
isso mesmo, disse Jesus: — “meu Pai
trabalha até hoje e eu trabalho também.”
Idealizemos mais luz para o nosso
caminho.
Abracemos o serviço infatigável aos nossos
semelhantes e a nossa experiência, de
alicerces na Terra, culminará feliz e
vitoriosa, nos esplendores do Céu."
Reformador, fevereiro 1956, p. 39