"O caminho para Wigan Píer" é um livro com duas partes distintas. A primeira parte, de natureza descritiva, foca de perto a extrema pobreza da classe trabalhadora inglesa em 1936, na segunda temos um ensaio agudo, virulento sobre a sociedade de classes na Inglaterra e, por extensão, em todo o mundo capitalista.
Essa aula visa discutir um dos movimentos literários mais cobrados nos vestibulares e processos seletivos.
Para isso, músicas, vídeos, paródias foram utilizadas afim de dinamizar e facilitar o entendimento desse fascinante período da literatura.
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Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015Umberto Neves
Diversas biografias do período estão reunidas nesse documento: Friedrich Dürrenmatt, Manuel Botelho de Oliveira, Ramón María del Valle-Inclán, Luiz Pacheco, Beernard Le Nail, Santa Gertrudes de Helfta, Joana d'arc, Heinrich Schliemann, Carl Sandburg, Khalil Gibran, Jacques Vaché, Elisa Lispector, Ilse Losa, Beniamino Placido, Millard Fillmore, Josué Guimarães, William Peter Blatty, Jean Charles de Menezes, René Guénon, Carl Rogers, Leonardo Sciascia, Galileu Galilei, Luisa Todi, August Gailit, Simone de Beauvoir, Richard Nixon, Nicolas Durand de Villegagnon, Bernard le Bovier de Fontenelle, Wilhelm Busch, Katherine Mansfield, Houston Stewart Chamberlain, Anathon Aall, Francisco Ferrer y Guardia, Aleksey Nikolayevich Tolstoy, José Américo de Almeida, Sinclair Lewis, Gabriela Mistral, Dashiell Hammett, William James, Manfred B. Lee, Al Berto, Karin Michaëlis e Ariel Sharon.
A estética romântica
O Romantismo foi marcado por três acontecimentos históricos importantes:
As Revoluções:
Industrial
Francesa
A invenção da imprensa.
SHOCKLEY FATORES AO ESCREVER UM ARTIGO.pdfGiba Canto
Dois textos elaborados pelo Prof. Giba Canto: 1) fatores relevantes ao escrever um artigo científico; 2) teste de garra criado por Angela Lee Duckworth
Paulo Roberto de Almeida produziu este excelente artigo: "O que restou, vinte anos depois, da tese controversa de Fukuyama?
No verão de 1989, a revista americana National Interest publicava um ensaio teórico – mais exatamente de filosofia da História – do intelectual nipo-americano Francis Fukuyama sobre os sinais – até então simplesmente anunciadores – do fim da Guerra Fria, cujo título estava destinado a deslanchar um debate ainda hoje controverso...
Livro MENINOS DE ZINCO de Svetlana Aleksiévitch (1991)... Entre 1979 e 1989, as tropas soviéticas se envolveram em uma guerra devastadora no Afeganistão, que causou milhares de baixas em ambos os lados. Companhia das Letras, 2020.
10 atitudes positivas para o sucesso profissional (Eduardo Ferraz e Giba Canto)
A maioria das demissões acontecem mais por más atitudes do que por deficiências técnicas ou maus resultados.
Você já ouviu falar das gerações Boomers (pós-segunda guerra mundial), Geração X, Geração Y e Millenials, provavelmente já leu pesquisas e descrições sobre cada uma delas... Eric Geiger (JAN-2018)
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Jordan defende que a vida é um processo continuado de ordem e caos. Apregoa que o ser humano busca sempre a ordem, uma situação estável de vida em que possa viver confortavelmente, mas o ser humano também sabe que para evoluir precisa arriscar-se, buscar novos horizontes, tentar situações de incerteza, que ele chama de caos.
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It has long been common practice for companies to take out insurance on the lives of their CEOs and top executives, to offset the significant cost of replacing them if they die.
Desde a pré-história a medicina melhorou muito, mas não em termos de relações afetivas, talvez tenha havido uma elevação do tédio. (epílogo do livro AFORISMOS IMORAIS de Luiz Felipe Pondé, pgs 104-105)
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1. (George Orwell – 1937)
O caminho para Wigan Píer é um livro
com duas partes distintas. A primeira
parte, de natureza descritiva, foca de
perto a extrema pobreza da classe
trabalhadora inglesa, na linha do que
hoje chamaríamos de novo jornalismo
americano que surgiu quase três
décadas depois, na segunda temos um
ensaio agudo, virulento e a seu modo
divertido sobre a sociedade de classes
na Inglaterra e, por extensão, em todo
o mundo capitalista.
A parte jornalística é fruto de uma
visita de dois meses que o, então, fu-
turo autor do clássico 1984 fez às
áreas de mineração de carvão em Lancashire e YorkSjhire, no norte
da ilha britânica. Ali Orwell entrou em contato direto com o drama
dos mineradores paupérrimos, submetidos a duras e desumanas
condições de trabalho e de habitação, sob salários de fome, quando
empregados, ou enfrentando as sucessivas ondas de desemprego
em massa que punham em risco sua sobrevivência e a de suas
famílias.
Orwell ficou profundamente impressionado com o que viu, e suas
descrições das misérias, cheiros pestilentos e angústias que
cercavam a vida daquelas pessoas não admitem meios-tons, fato
que chocou não pouca gente na época da publicação do livro e
choca até hoje. Mesmo escrito sob encomenda de seu editor
esquerdista, Wigan Píer é um dos livros mais pessoais de Orwell,
um testemunho vivido do submundo infernal da grande sociedade
industrial inglesa, numa época em que o carvão regia a quase
totalidade da vida cotidiana, "desde tomar um sorvete até
atravessar o Atlântico, desde assar um filão de pão até escrever um
romance", como descreve o autor.
Na segunda parte do livro, Orwell, em tom confessional e não raro
mordaz, analisa a estrutura social e os preconceitos de classe
britânicos, sem poupar críticas azedas aos políticos de filiação
socialista e aos simpatizantes esquerdistas de classe média, que ele
vê como incapazes de verdadeira empatia física com os
trabalhadores.
2. Em plena posse da prosa límpida e potente que o celebrizou, Orwell
começa esmiuçando sua própria classe social, que ele, não sem boa
dose de ironia, chamava de "lower-upper-middle-class" — ou seja,
a faixa inferior da classe média alta, às vezes obrigada a partilhar
bairros com a desprezada classe trabalhadora, sem, porém, perder
um ridículo senso de superioridade mantido quase que somente às
custas do sotaque aristocrático.
O caminho para Wigan Píer é um exemplo acabado do imenso
poder narrativo e ensaístico de George Orwell, num grafismo
implacável, descrições agudas da injustiça social, das moradias
precárias, das condições perigosas e desumanas do trabalho
insalubre das minas de carvão.
O autor: Eric Arthur Blair (George
Orwell) nasceu em 1903, na Índia,
onde seu pai era funcionário
público. A família mudou-se para a
Inglaterra em 1907, e em 1917
Orwell ingressou na escola de elite
em Eton, onde foi bolsista. Lá,
contribuiu regularmente para várias
publicações. De 1922 a 1927,
serviu na Força Policial Imperial In-
diana, na Birmânia (atual
Mianmar), teve experiência que
inspirou seu primeiro romance,
Dias na Birmânia, de 1934.
Seguiram-se vários anos de
pobreza. Viveu em Paris dois anos até voltar à Inglaterra, onde
trabalhou sucessivamente como professor particular, mestre-escola
e vendedor de livraria, contribuindo também com resenhas e
artigos para diversos periódicos. Em 1936 recebeu do editor
esquerdista Victor Gollancz a incumbência de visitar áreas que
sofriam de desemprego em massa, nos condados de Lancashire e
Yorkshire. O caminho para Wigan Píer (1937) é uma
impressionante descrição da penúria que Orwell testemunhou
nessas regiões da Inglaterra. No fim de 1936, decidiu ir à Espanha
lutar ao lado dos republicanos, e ali foi ferido. Homenagem à
Catalunha é o seu relato da Guerra Civil Espanhola. Em 1938 foi
hospitalizado em um sanatório para tuberculosos e nunca mais
recuperou plenamente a saúde. Passou seis meses no Marrocos,
onde escreveu “Um pouco de ar, por favor”. Durante a Segunda
Guerra Mundial serviu na Guarda Nacional Britânica, e de 1941 a
3. 1943 trabalhou na BBC, no serviço de transmissões para o Oriente.
Como editor literário do Tribune, colaborava regularmente com
comentários políticos e literários; também escreveu para o
Observer e depois para o Manchester Evening News. Sua alegoria
política “A revolução dos bichos” foi publicada em 1945. Foi esse
livro, juntamente com 1984 (de 1949), que lhe trouxe fama
mundial. Orwell morreu em Londres, em janeiro de 1950. Alguns
dias antes, Desmond MacCarthy lhe enviara uma mensagem de
saudações, na qual dizia: "Você deixou uma marca indelével na
literatura inglesa [...]. Você é dos poucos escritores memoráveis da
sua geração".
"No sistema capitalista, para que a Inglaterra possa viver em relativo conforto,
100 milhões de indianos têm que viver à beira da inanição – um estado de
coisas perverso, mas você consente com tudo isso cada vez que entra num
táxi ou come morangos com creme."
É dessa forma, unindo a pegada do inconformista com a mordacidade do
literato, que George Orwell pinta as relações entre a metrópole imperial
britânica e suas colônias na Ásia, na segunda parte de O caminho para Wigan
Pier, publicado originalmente em 1937. É na primeira parte, porém, que ele dá
conta, com seu costumeiro estilo límpido ("de vidraça", como ele dizia), direto
e vigoroso, de sua visita às áreas de mineração de carvão em Lancashire e
Yorkshire, no norte da ilha britânica. A pobreza e o sofrimento atroz dos
mineiros são retratados ali com um grafismo brutal, desde as condições
esquálidas de moradia ao medo das frequentes ondas de desemprego que
assolavam a região, colocando em risco extremo a sobrevivência física dos
trabalhadores e de suas famílias.
Orwell já havia mergulhado a fundo na experiência da pobreza quase absoluta,
nos dois anos que viveu perambulando como mendigo e trabalhador
desqualificado pela França e pela própria Inglaterra – experiência narrada em
seu primeiro livro, Na pior em Paris e Londres. A isso, somou-se o impacto
desses dias passados lado a lado com os mineiros de carvão, o que resultou
não só na pioneira peça de new journalism (expressão que só apareceria a
partir dos anos 1960, nos Estados Unidos) da primeira parte de Wigan Pier,
como também na análise amarga e muitas vezes sardônica da estrutura social,
dos preconceitos de classe britânicos e das fragilidades e inconsistências da
esquerda intelectual bem-nascida que lemos na segunda parte da obra.
Neste livro, vemos o futuro e celebrado autor de clássicos universais já em
plena florescência de seu projeto literário e existencial, que o levou a
abandonar os privilégios de sua classe, a execrar qualquer forma de
imperialismo e a mergulhar de corpo e alma na vida dos trabalhadores pobres
e dos excluídos sociais.
Fonte: Editora Companhia das Letras – edição 2010.