Poetas portugueses Florbela Espanca e Miguel Torga
1. Poetas portugueses
Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de
1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A
sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de
sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade,
carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.
Poesia
1919 Livro de Mágoas. Lisboa: Tipografia Maurício. (eBook)
1923 Livro de Sóror Saudade. Lisboa: Tipografia A Americana.
1931 Charneca em Flor. Coimbra: Livraria Gonçalves.
1931 Juvenília: versos inéditos de Florbela Espanca (com 28 sonetos inéditos). Estudo crítico de
Guido Battelli. Coimbra: Livraria Gonçalves.
1934 Sonetos Completos (Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade, Charneca em Flor,
Reliquiae). Coimbra: Livraria Gonçalves.
Prosa
1931 As Máscaras do Destino. Porto: Editora Marânus.
1981 Diário do Último Ano. Prefácio de Natália Correia. Lisboa: Livraria Bertrand.
1982 O Dominó Preto. Prefácio de Y. K. Centeno. Lisboa: Livraria Bertrand.
Coletâneas
1985/86 Obras Completas de Florbela Espanca. 8 vols. Edição de Rui Guedes. Lisboa:
Publicações Dom Quixote.
1994 Trocando Olhares. Estudo introdutório, estabelecimento de textos e notas de Maria Lúcia
Dal Farra. Lisboa: Imprensa Nacional/ Casa da Moeda.
Epistolografia
1931 Cartas de Florbela Espanca (A Dona Júlia Alves e a Guido Battelli). Coimbra: Livraria
Gonçalves.
1949 Cartas de Florbela Espanca. Prefácio de Azinhal Abelho e José Emídio Amaro. Lisboa:
Edição dos Autores.
Traduções
1926 Ilha azul, de Georges Thiery. Figueirinhas do Porto.
____ O segredo do marido, de M. Maryan. Biblioteca das Famílias.
1927 O segredo de Solange, de M. Maryan. Biblioteca das Famílias.
____ Dona Quichota, de Georges de Peyrebrune. Biblioteca do Lar.
____ O romance da felicidade, de Jean Rameau Biblioteca do Lar.
____ O castelo dos noivos, de Claude Saint-Jean
____ Dois noivados, de Champol. Biblioteca do Lar.
2. ____ O canto do cuco, de Jean Thiery. Biblioteca do Lar.
1929 Mademoiselle de la Ferté (romance da actualidade) de Pierre Benoit. Série Amarela.
1932 Máxima (romance da actualidade, de A. Palácio Váldes. Coleção de Hoje.)
Algumas reedições
ESPANCA, Florbela. Poemas de Florbela Espanca. Edição preparada pó Maria Lúcia Dal Farra.
São Paulo: Martins Fontes, 1997.
Sonetos Completos. 7ª ed. Prefácio de José Régio. Coimbra: Livraria Gonçalves, 1946.
As Máscaras do Destino. 4ª ed. Prefácio de Agustina Besa Luís. Amadora: Bertrand Editora,
1982.
Contos Completos. 2ª ed. Venda Nova: Bertrand Editora, 1995.
Obras Completas de Florbela Espanca, Lisboa: Publicaçőes D. Quixote, 1992.
Obras Completas – Poesia (1903 - 1917). Coleção Obras Completas de Florbela Espanca. Vol. I.
Lisboa: Publicações D. Quixote, 1985.
Poesia Completa. Prefácio, organizaçăo e notas de Rui Guedes. Coleção Autores de Língua
Portuguesa – Poesia. Venda Nova: Bertrand Editora,1994.
Sonetos. Prefácio de José Régio. Lisboa: Bertrand Editora, 1982.
Miguel Torga
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, (São Martinho de Anta, 12 de
Agosto de 1907 — Coimbra, 17 de Janeiro de 1995) foi um dos mais importantes poetas e
escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas
escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudónimo "Miguel" e "Torga".
Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel
de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da
rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo.
Obras:
Poesia
1930 - Rampa
1936 - O outro livro de Job
1944 - Libertação
1958 - Orfeu rebelde
1962 - Câmara ardente
1965 - Poemas ibéricos
1997- “Poesia Completa”, volume I
2000- “Poesia Completa”, volume II
Prosa
1931 - Pão Ázimo.
1931 - Criação do Mundo.
1934 - A Terceira Voz.
3. 1937 - Os Dois Primeiros Dias.
1938 - O Terceiro Dia da Criação do Mundo.
1939 - O Quarto Dia da Criação do Mundo.
1940 - Bichos.
1941 - Contos da Montanha. "Diário I"
1942 - Rua.
1943 - O Senhor Ventura. "Diário II"
1944 - Novos Contos da Montanha.
1945 - Vindima.
1946 - "Diário III".
1949 - "Diário IV".
1950 - Portugal
1951 - Pedras Lavradas. "Diário V".
1953 - "Diário VI".
1956 - "Diário VII".
1959 - "Diário VIII".
1974 - O Quinto Dia da Criação do Mundo.
1976 - Fogo Preso.
1981 - O Sexto Dia da Criação do Mundo.
1982 - Fábula de Fábulas.
1999 - "Diário: Volumes IX a XVI"(1964-1993), Publicações Dom Quixote e
Herdeiros de Miguel Torga, 2.ª edição integral, ISBN 972-20-1647-4
Indice dos volumes
Diário IX (15-1-1960/20-9-1963)
Diário X (5-10-1963/30-7-1968)
Diário XI (2-8-1968/6-4-1973)
Diário XII (17-5-1973/22-6-1977)
Diário XIII (8-7-1977/20-5-1982)
Diário XIV (21-5-1982/11-1-1987)
Diário XV (20-02-1987/31-12-1989)
Diário XVI (11-1-1990/10-12-1993)
O seu Diário (1941 - 1994), em 16 volumes, mistura poesia, contos, memórias,
crítica social e reflexões. No último volume, diz: "Chego ao fim, perplexo diante de
meu próprio enigma. Despeço-me do mundo a contemplar atônito e triste o
espetáculo de um pobre Adão paradoxal, expulso da inocência sem culpa sem
explicação."[1]
Peças de teatro
1941 - "Terra Firme" e "Mar".
1947 - Sinfonia.
1949 - O Paraíso.
1950 - Portugal.
1955 - Traço de União.
4. Luís Camões
Luís Vaz de Camões (Lisboa, c. 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um célebre
poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e
um dos grandes poetas do Ocidente.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de
uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá
recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a
literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas
a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a
sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da
nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que,
por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África, alistado como militar, onde perdeu
um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu
para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias
vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais
conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e
recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos
seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.