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O Curso a Distancia bras literárias 2ª fase Luíz Cláudio Jubilato
AUTO DA BARCA DO INFERNO
GIL VICENTE
AUTO DA BARCA DO INFERNO Sociedade portuguesa do período humanista Esses personagens são alegóricos porque representam determinadas classes ou segmentos sociais e vícios ou virtudes da sociedade. Fidalgo (D. Anrique) Alcoviteira  (Brísida Vaz) Sapateiro  (Joanantão) Parvo  (Joane)
AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente, um humanista de mentalidade medieval, tinha duas preocupações essenciais: o homem e a religião. Mesmo sendo um católico fervoroso, centrou a sua verve crítica no diabo (personagem ativo) e não no anjo (personagem passivo).
AUTO DA BARCA DO INFERNO Suas críticas principais são contra o excessivo materialismo da sociedade, o mau uso da Palavra de Deus pelo baixo clero, a injustiça praticada por quem deveria promovê-la. Onzeneiro  (agiota) Frei Babriel e  sua dama Florença O Corregedor  e o Procurador
AUTO DA BARCA DO INFERNO Essa obra pode ser chamada de “auto de moralidade” porque é a obediência aos mandamentos divinos que define a entrada no céu. Cabe ressaltar que Brísida Vaz, a alcoviteira, possui  relacionamento tanto com o Corregedor quanto com o  Procurador que devem tê-la chantageado, e com o  Enforcado, que deve ser o executor das más obras  dos dois. A alcoviteira transita entre todas as classes  sociais como a Parteira, de Memórias de um sargento de  milícias. Enforcado (Pero de Lisboa)
AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente pode ser considerado moralista, porque prega a moral católica durante toda a peça, tanto quanto o narrador de Memórias de um sargento de milícias que tece constantes críticas às pessoas que deveriam pregar e contestar a moral, mas não a praticam. Gil Vicente também tem o seu lado hipócrita.  Ao absolver os quatro cavaleiros cruzados,  redime-se tanto com a Igreja quanto com a nobreza,  dois segmentos da sociedade que o protegiam. Outra semelhança entre o Auto da Barca do Inferno  e Memórias de um sargento de milícias é o  ênfase à linguagem popularesca. Quatro cavaleiros cruzados
IRACEMA
JOSÉ DE ALENCAR
IRACEMA O narrador observador (narra em 3ª pessoa) / autor (interfere na narrativa em 1ª pessoa) cria uma lenda sobre o nascimento da América a partir do encontro de dois mundos:  ,[object Object],[object Object]
 há fatos históricos (lutas entre tabajaras, amigos dos franceses, contra os potiguaras, amigos dos portugueses, mesclados a fatos imaginários (paixão de Iracema por Martim).,[object Object],[object Object]
O 3º é o encontro entre Martim e Batuirité, avô de Poti, que lhe chama de “gavião branco” (predador). Desiludido, ele se despe de suas vestes e Iracema pinta-lhe o corpo, passando a chamá-lo de “coatiabo” (guerreiro pintado).,[object Object]
MANOEL ANTÔNIO DE ALMEIDA
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS Um narrador observador, bisbilhoteiro, moralista, conta a história de Leonardo, primeiro anti-herói da nossa literatura. Esse narrador vale-se das digressões e da metalinguagem como recursos estilísticos para construir a sua narrativa.  A obra tem a agilidade de uma crônica policial ao enfocar a vida suburbana do Rio de Janeiro da época de D. João VI (1808 – 1821), com suas brigas de casais, batizados e perseguições policiais.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS 		A parteira e o barbeiro, por serem reconhecidos por 		suas profissões, aproximam-se dos personagens 			alegóricos de Gil Vicente que representam 		vícios e virtudes sociais. 	A exemplo de Martim Moreno e Poti, em Iracema, o Major Vidigal é também um personagem histórico.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS O momento histórico vivido pelo Brasil em Memórias de um sargento de milícias (chegada da família real) tem sua continuidade em A cidade e as serras (período miguelista) em Portugal.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS O anticlericalismo do narrador se manifesta nas atuações do Major Vidigal, amante de uma ex-prostituta, Maria Arregalada, e do Mestre de Cerimônias, amante de uma cigana. 	 	15 mil portugueses aportaram em terras brasileiras junto com a família real, portanto o linguajar característico de Portugal está presente no cotidiano do Rio de Janeiro. Os conflitos entre a cultura lusitana e a brasileira a partir daí estarão presentes de diversas formas em O Cortiço, principalmente nas brigas entre Jerônimo x Firmo e Rita Baiana x Piedade.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS 	A paixão de Leonardinho por Luisinha e a presença do destino aproximam essa obra do Romantismo; o enfoque da escória social, a ironia deslavada e o anticlericalismo a aproximam do Realismo/Naturalismo. 	Ela possui ainda uma série de características próprias, como o coloquialismo,  os personagens próximos do real e o ritmo de crônica policial privilegiando mais a ação do que a descrição.
A CIDADE E AS SERRAS
EÇA DE QUEIROZ
A CIDADE E AS SERRAS Pertencente à fase pós-realista de Eça de Queiroz, a obra traz, no título, o ideal clássico do FUGERE URBEM, isto é, o Jacinto entediado da cidade, em oposição ao Jacinto saudável das serras. O ideal do “Bom Selvagem”, de Rousseau também aparece aqui espelhado, por isso dizemos que é um romance de tese.
A CIDADE E AS SERRAS Em Paris, o Príncipe da Grã  Ventura, homem mais civilizado  do mundo, era Positivista:  Civilização é enxergar à frente.  Era também um homem artificial:  usa roupas inglesas, tinha hábitos  franceses, raízes em Portugal e  usava uma flor de plástico na  lapela.
A CIDADE E AS SERRAS Na fase da cidade, Grilo, o empregado, diagnostica o tédio de Jacinto: “Sua excelência sofre de fartura”. O mesmo Grilo diagnostica a recuperação da sua alegria quando ele passa a viver no campo: “Sua excelência brotou”.  	Zé Fernandes, o narrador testemunha das  transformações de Jacinto de Tormes, representa o  lado romântico da história, ao atestar que a única  forma de salvar o homem da civilização era o retorno de Jesus Cristo.
A CIDADE E AS SERRAS 		É ele que se apaixona de forma avassaladora por 			Madame Colombe, para vomitá-la  			depois de um porre. Por causa dela,  			perde suas últimas economias. Jacinto passa pela fase realista, quando se torna positivista e usa a equação: suma potência + suma eficiência = suma felicidade. Acreditava que a ciência era o telescópio que poderia fazer ver longe. Tornou-se um romântico, quando, entediado, adotou a leitura de Schopenhauer (filósofo pessimista) e do Eclesiastes (parte da Bíblia que discute a vaidade das vaidades). Sua filosofia de vida mudou para: O sofrimento é uma lei universal.
A CIDADE E AS SERRAS 	Jacinto é um personagem repleto de simbologias. Em Paris, representa o artificialismo da civilização. Em Tormes, segundo o eremita João Torrado, representa a reencarnação de D. Sebastião; para os fazendeiros, ele traz o retorno do “Ausente”, Dom Miguel, ou seja, a monarquia se opondo ao liberalismo.
A CIDADE E AS SERRAS 	Ao abrir as caixas com as máquinas vindas da civilização e só aproveitar algumas delas na sua vida de homem do campo, representa o encontro do Portugal agrário do presente com o Portugal industrial do futuro.  	Jacinto representa também o reencontro do próprio Eça de Queiroz com a sua pátria.
DOM CASMURO
MACHADO DE ASSIS
DOM CASMURO O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. 	Assim, Bento Santiago, um advogado, começa a defender a grande causa de sua vida e, por isso, redige o inventário de suas impressões para tentar provar ao leitor e,  principalmente, a si mesmo que foi traído por  Capitu, afinal destruiu a vida de três pessoas: a  dela, a de Ezequiel, seu filho, e a sua própria em função de uma suspeita e não de um fato consumado.
DOM CASMURO 	Bento Santiago traz a principal característica do seu caráter, a ambiguidade, no seu próprio sobrenome: SANT – santo aos olhos do leitor; IAGO – o intrigante, personagem de Otelo, de William Shakespeare. Além disso, Bento faz a intertextualidade a sua vida e a obra de Shakespeare. 	Bentinho e não Capitu é o personagem central e  grande mistério dessa obra, pois se esconde nas entrelinhas, nas frases ambíguas, nas atitudes de duplo sentido. Tudo o  que sabemos dela é filtrado pelos olhos dele, um jovem  inseguro, ciumento, manipulado pela própria mãe e pela  namorada. É sintomático que, depois de velho, tenha  voltado para uma casa igual à da sua infância, onde se  sentia protegido pela mãe.
DOM CASMURO Capitolina (cabeça) é uma mulher sedutora e manipuladora aos olhos de um Bentinho que se lembra de cada um dos detalhes de seus trejeitos, olhares, roupas e penteados. Obcecado pelos olhos dela, 			compara-os com a ressaca do mar, tal o poder 			que eles têm de tragá-lo. É de José Dias a 			definição de que eles eram os olhos de uma 			cigana dissimulada. 	É importante observar que o tema central da obra é o CIÚME, que transforma a conduta e os valores do personagem central, e não a traição, que tantas teorias suscita.
O CORTIÇO
ALUÍSIO DE AZEVEDO
O CORTIÇO 			Romance de espaço – o cortiço é o personagem 			central.  	Romance de tese – tenta provar a teoria determinista do “Mal dos trópicos”, pois João Romão, Jerônimo e Miranda, homens trabalhadores e sérios na sua terra natal, vão se “abrasileirando” na medida em que aprendem a roubar, enganar, beber, jogar e, no caso de João Romão e Jerônimo, até a matar.
O CORTIÇO A obra centra-se na escória social carioca e na decadência dessa mesma sociedade, dividida entre os imigrantes e os nativos.  Os personagens são excessivamente sexualizados.  Ressaltam também as características animalescas de cada um (zoomorfismo). Bertoleza
O CORTIÇO 	Há oposição entre o casarão do Miranda, onde as pessoas sentam-se à mesa, comem com talheres, o cortiço onde as pessoas bebem, brigam, falam alto e comem com as mãos. Há também a oposição entre a cultura brasileira e a lusitana, que se manifesta nos hábitos de Jerônimo que abominava o parati (cachaça), o café (preferia o chá) e as modinhas alegres (tocava o fado). O desejo por Rita Baiana faz com que se renda, Piedade mantém-se firme.
VIDAS SECAS
GRACILIANO RAMOS
VIDAS SECAS Romance desmontável, Vidas Secas tem capítulos independentes e nisso se assemelha a Memórias de um sargento de milícias e Capitães da Areia.  		A militância no PCB aproxima Graciliano Ramos de Jorge Amado e Vinícius de Moraes, por isso as obras assumem caráter de 				intensa crítica social, ao discutirem como o 				capital oprime as massas trabalhadoras e/ou				excluídas que não têm chances de conquistarem 				uma vida melhor. Fabiano é o exemplo claro 				disso. Seu pai e seu avô passaram a vida 				construindo a casa dos outros. Ele também.
VIDAS SECAS Ao contrário de O Cortiço, Vidas Secas não prega o Determinismo. Podemos afirmar que é um romance de “tensão crítica”, pois um personagem como Fabiano está em conflito consigo mesmo, com o meio em que vive e com as autoridades que o manipulam e oprimem. Sequer sabe se é um homem ou um bicho.  Alto, ruivo, olhos claros,  Fabiano não tem a tipologia do caboclo nordestino. Sua miséria vem da falta de oportunidades.
A OBRA Os meninos (filho mais novo, filho mais velho) sofrem um processo de despersonalização, pois se parecem com tantos meninos nordestinos sem chances de uma vida melhor. O filho mais velho sonha com novos amigos e uma vida melhor, sonha em fugir. Nisso e na carência afetiva se parecem muito com os capitães da areia.
A OBRA 	Os preás são personagens simbólicos: tanto podem significar sobrevivência (capítulo FUGA) quanto fartura (capítulo BALEIA). As aves de arribação também ganham duplo significado: são a vida, porque sua carne pode ser consumida pela família de Fabiano, porém são a morte, pois sua chegada denuncia a seca na região.
A OBRA Há momentos de zoomorfismo na obra, pois Sinhá Vitória é sempre comparada aos animais. Nessas comparações, sempre leva desvantagem. Há momentos de  antropomorfismo, quando Baleia  pensa e sonha. A sublimação da  sua alma, no capítulo que leva o  seu nome, é o ponto alto dessa  característica. 	A obra também tem um sentido cíclico, isto é, a família de Fabiano só vive entre uma seca e outra.
CAPITÃES DE AREIA
JORGE AMADO
CAPITÃES DE AREIA 	A exemplo de Vidas Secas, Capitães de Areia se passa na época da Ditadura Vargas. Em Vidas Secas, a presença do Soldado Amarelo confirma isso. Em Capitães da Areia, as sucessivas greves dos estivadores dos quais Pedro Bala será um líder denotam isso. vida das pessoas, como as transforma.  	Se o Cortiço é um microcosmo da sociedade carioca do final do século XIX, o trapiche é um microcosmo da sociedade baiana do século XX, portanto, se o cortiço é personagem da obra, o trapiche também o é. Em Vidas Secas, a seca é personagem fundamental, pois não só decide a
CAPITÃES DE AREIA Se Fabiano (em Vidas Secas) e Leonardinho (em Memórias de um sargento de milícias) centralizam a narrativa em obras de capítulos independentes, em Capitães da Areia Pedro Bala exerce o mesmo papel. No entanto, Capitães da Areia e Memórias de um sargento de milícias estão mais para a crônica, enquanto Vidas Secas está mais para o conto. Se, em Vidas Secas, Baleia atrai para si o afeto das pessoas à sua volta, Dora exerce papel semelhante em Capitães da Areia, levando-se em conta que, além disso, ela, para muitos, é a irmã; para outros, a mãe e, para o Professor e Pedro Bala, a noiva.
CAPITÃES DE AREIA Em Memórias de um sargento de milícias, Manoel Antônio de Almeida dá verossimilhança à história de Leonardinho, dizendo que ela lhe foi contada por um tal Antônio César Ramos, companheiro de repartição. Jorge Amado usa o mesmo expediente ao publicar um PRÓLOGO (Cartas à Redação), em que pessoas escrevessem para o jornal ou protestando contra os maus tratos  cometidos contra as crianças ou se defendendo  de acusações. Em Iracema, José de Alencar  interfere na obra dizendo que foi uma lenda que  ouviu nos verdejantes campos de sua infãncia.
CAPITÃES DE AREIA 	Ao contrário do baixo clero, preocupado tão somente com os prazeres mundanos em O Auto da Barca do Inferno ou Memórias de um sargento de milícias, em Capitães da Areia o padre José Pedro luta pelos meninos a ponto de ser repreendido pelos seus superiores. 	Pedro Bala é uma espécie de Robin Hood, tirando dos ricos e dando aos pobres. O futuro frade Pirulito (Frei Tuck), o João Grande (Litle John), Dora (MaidMarian) compõem a intertextualidade com a vida do Príncipe dos Ladrões.
ANTOLOGIA POÉTICA
VINÍCIUS DE MORAES
SONETO DA FIDELIDADE De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure. Comentário Vinicius é o poeta dos relacionamentos humanos.
PÁTRIA MINHA A minha pátria é como se não fosse, é íntimaDoçura e vontade de chorar; uma criança dormindoÉ minha pátria. Por isso, no exílioAssistindo dormir meu filhoChoro de saudades de minha pátria.Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:Não sei. De fato, não seiComo, por que e quando a minha pátriaMas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a águaQue elaboram e liquefazem a minha mágoaEm longas lágrimas amargas.Vontade de beijar os olhos de minha pátriaDe niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feiasDe minha pátria, de minha pátria sem sapatosE sem meias pátria minhaTão pobrinha!
PÁTRIA MINHA Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenhoPátria, eu semente que nasci do ventoEu que não vou e não venho, eu que permaneçoEm contato com a dor do tempo, eu elementoDe ligação entre a ação o pensamentoEu fio invisível no espaço de todo adeusEu, o sem Deus!Tenho-te no entanto em mim como um gemidoDe flor; tenho-te como um amor morridoA quem se jurou; tenho-te como uma féSem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeitoNesta sala estrangeira com lareiraE sem pé-direito. Comentário Vinicius de Moraes experimentou o exílio durante a Era Vargas e a ditadura militar. Com ele, as saudades da pátria que considerava “pobrinha” pela falta de liberdade.
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Literatura 1 Luiz Claudio

  • 1. O Curso a Distancia bras literárias 2ª fase Luíz Cláudio Jubilato
  • 2. AUTO DA BARCA DO INFERNO
  • 4. AUTO DA BARCA DO INFERNO Sociedade portuguesa do período humanista Esses personagens são alegóricos porque representam determinadas classes ou segmentos sociais e vícios ou virtudes da sociedade. Fidalgo (D. Anrique) Alcoviteira (Brísida Vaz) Sapateiro (Joanantão) Parvo (Joane)
  • 5. AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente, um humanista de mentalidade medieval, tinha duas preocupações essenciais: o homem e a religião. Mesmo sendo um católico fervoroso, centrou a sua verve crítica no diabo (personagem ativo) e não no anjo (personagem passivo).
  • 6. AUTO DA BARCA DO INFERNO Suas críticas principais são contra o excessivo materialismo da sociedade, o mau uso da Palavra de Deus pelo baixo clero, a injustiça praticada por quem deveria promovê-la. Onzeneiro (agiota) Frei Babriel e sua dama Florença O Corregedor e o Procurador
  • 7. AUTO DA BARCA DO INFERNO Essa obra pode ser chamada de “auto de moralidade” porque é a obediência aos mandamentos divinos que define a entrada no céu. Cabe ressaltar que Brísida Vaz, a alcoviteira, possui relacionamento tanto com o Corregedor quanto com o Procurador que devem tê-la chantageado, e com o Enforcado, que deve ser o executor das más obras dos dois. A alcoviteira transita entre todas as classes sociais como a Parteira, de Memórias de um sargento de milícias. Enforcado (Pero de Lisboa)
  • 8. AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente pode ser considerado moralista, porque prega a moral católica durante toda a peça, tanto quanto o narrador de Memórias de um sargento de milícias que tece constantes críticas às pessoas que deveriam pregar e contestar a moral, mas não a praticam. Gil Vicente também tem o seu lado hipócrita. Ao absolver os quatro cavaleiros cruzados, redime-se tanto com a Igreja quanto com a nobreza, dois segmentos da sociedade que o protegiam. Outra semelhança entre o Auto da Barca do Inferno e Memórias de um sargento de milícias é o ênfase à linguagem popularesca. Quatro cavaleiros cruzados
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 15. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS Um narrador observador, bisbilhoteiro, moralista, conta a história de Leonardo, primeiro anti-herói da nossa literatura. Esse narrador vale-se das digressões e da metalinguagem como recursos estilísticos para construir a sua narrativa. A obra tem a agilidade de uma crônica policial ao enfocar a vida suburbana do Rio de Janeiro da época de D. João VI (1808 – 1821), com suas brigas de casais, batizados e perseguições policiais.
  • 16. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS A parteira e o barbeiro, por serem reconhecidos por suas profissões, aproximam-se dos personagens alegóricos de Gil Vicente que representam vícios e virtudes sociais. A exemplo de Martim Moreno e Poti, em Iracema, o Major Vidigal é também um personagem histórico.
  • 17. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS O momento histórico vivido pelo Brasil em Memórias de um sargento de milícias (chegada da família real) tem sua continuidade em A cidade e as serras (período miguelista) em Portugal.
  • 18. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS O anticlericalismo do narrador se manifesta nas atuações do Major Vidigal, amante de uma ex-prostituta, Maria Arregalada, e do Mestre de Cerimônias, amante de uma cigana. 15 mil portugueses aportaram em terras brasileiras junto com a família real, portanto o linguajar característico de Portugal está presente no cotidiano do Rio de Janeiro. Os conflitos entre a cultura lusitana e a brasileira a partir daí estarão presentes de diversas formas em O Cortiço, principalmente nas brigas entre Jerônimo x Firmo e Rita Baiana x Piedade.
  • 19. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS A paixão de Leonardinho por Luisinha e a presença do destino aproximam essa obra do Romantismo; o enfoque da escória social, a ironia deslavada e o anticlericalismo a aproximam do Realismo/Naturalismo. Ela possui ainda uma série de características próprias, como o coloquialismo, os personagens próximos do real e o ritmo de crônica policial privilegiando mais a ação do que a descrição.
  • 20. A CIDADE E AS SERRAS
  • 22. A CIDADE E AS SERRAS Pertencente à fase pós-realista de Eça de Queiroz, a obra traz, no título, o ideal clássico do FUGERE URBEM, isto é, o Jacinto entediado da cidade, em oposição ao Jacinto saudável das serras. O ideal do “Bom Selvagem”, de Rousseau também aparece aqui espelhado, por isso dizemos que é um romance de tese.
  • 23. A CIDADE E AS SERRAS Em Paris, o Príncipe da Grã Ventura, homem mais civilizado do mundo, era Positivista: Civilização é enxergar à frente. Era também um homem artificial: usa roupas inglesas, tinha hábitos franceses, raízes em Portugal e usava uma flor de plástico na lapela.
  • 24. A CIDADE E AS SERRAS Na fase da cidade, Grilo, o empregado, diagnostica o tédio de Jacinto: “Sua excelência sofre de fartura”. O mesmo Grilo diagnostica a recuperação da sua alegria quando ele passa a viver no campo: “Sua excelência brotou”. Zé Fernandes, o narrador testemunha das transformações de Jacinto de Tormes, representa o lado romântico da história, ao atestar que a única forma de salvar o homem da civilização era o retorno de Jesus Cristo.
  • 25. A CIDADE E AS SERRAS É ele que se apaixona de forma avassaladora por Madame Colombe, para vomitá-la depois de um porre. Por causa dela, perde suas últimas economias. Jacinto passa pela fase realista, quando se torna positivista e usa a equação: suma potência + suma eficiência = suma felicidade. Acreditava que a ciência era o telescópio que poderia fazer ver longe. Tornou-se um romântico, quando, entediado, adotou a leitura de Schopenhauer (filósofo pessimista) e do Eclesiastes (parte da Bíblia que discute a vaidade das vaidades). Sua filosofia de vida mudou para: O sofrimento é uma lei universal.
  • 26. A CIDADE E AS SERRAS Jacinto é um personagem repleto de simbologias. Em Paris, representa o artificialismo da civilização. Em Tormes, segundo o eremita João Torrado, representa a reencarnação de D. Sebastião; para os fazendeiros, ele traz o retorno do “Ausente”, Dom Miguel, ou seja, a monarquia se opondo ao liberalismo.
  • 27. A CIDADE E AS SERRAS Ao abrir as caixas com as máquinas vindas da civilização e só aproveitar algumas delas na sua vida de homem do campo, representa o encontro do Portugal agrário do presente com o Portugal industrial do futuro. Jacinto representa também o reencontro do próprio Eça de Queiroz com a sua pátria.
  • 30. DOM CASMURO O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. Assim, Bento Santiago, um advogado, começa a defender a grande causa de sua vida e, por isso, redige o inventário de suas impressões para tentar provar ao leitor e, principalmente, a si mesmo que foi traído por Capitu, afinal destruiu a vida de três pessoas: a dela, a de Ezequiel, seu filho, e a sua própria em função de uma suspeita e não de um fato consumado.
  • 31. DOM CASMURO Bento Santiago traz a principal característica do seu caráter, a ambiguidade, no seu próprio sobrenome: SANT – santo aos olhos do leitor; IAGO – o intrigante, personagem de Otelo, de William Shakespeare. Além disso, Bento faz a intertextualidade a sua vida e a obra de Shakespeare. Bentinho e não Capitu é o personagem central e grande mistério dessa obra, pois se esconde nas entrelinhas, nas frases ambíguas, nas atitudes de duplo sentido. Tudo o que sabemos dela é filtrado pelos olhos dele, um jovem inseguro, ciumento, manipulado pela própria mãe e pela namorada. É sintomático que, depois de velho, tenha voltado para uma casa igual à da sua infância, onde se sentia protegido pela mãe.
  • 32. DOM CASMURO Capitolina (cabeça) é uma mulher sedutora e manipuladora aos olhos de um Bentinho que se lembra de cada um dos detalhes de seus trejeitos, olhares, roupas e penteados. Obcecado pelos olhos dela, compara-os com a ressaca do mar, tal o poder que eles têm de tragá-lo. É de José Dias a definição de que eles eram os olhos de uma cigana dissimulada. É importante observar que o tema central da obra é o CIÚME, que transforma a conduta e os valores do personagem central, e não a traição, que tantas teorias suscita.
  • 35. O CORTIÇO Romance de espaço – o cortiço é o personagem central. Romance de tese – tenta provar a teoria determinista do “Mal dos trópicos”, pois João Romão, Jerônimo e Miranda, homens trabalhadores e sérios na sua terra natal, vão se “abrasileirando” na medida em que aprendem a roubar, enganar, beber, jogar e, no caso de João Romão e Jerônimo, até a matar.
  • 36. O CORTIÇO A obra centra-se na escória social carioca e na decadência dessa mesma sociedade, dividida entre os imigrantes e os nativos. Os personagens são excessivamente sexualizados. Ressaltam também as características animalescas de cada um (zoomorfismo). Bertoleza
  • 37. O CORTIÇO Há oposição entre o casarão do Miranda, onde as pessoas sentam-se à mesa, comem com talheres, o cortiço onde as pessoas bebem, brigam, falam alto e comem com as mãos. Há também a oposição entre a cultura brasileira e a lusitana, que se manifesta nos hábitos de Jerônimo que abominava o parati (cachaça), o café (preferia o chá) e as modinhas alegres (tocava o fado). O desejo por Rita Baiana faz com que se renda, Piedade mantém-se firme.
  • 40. VIDAS SECAS Romance desmontável, Vidas Secas tem capítulos independentes e nisso se assemelha a Memórias de um sargento de milícias e Capitães da Areia. A militância no PCB aproxima Graciliano Ramos de Jorge Amado e Vinícius de Moraes, por isso as obras assumem caráter de intensa crítica social, ao discutirem como o capital oprime as massas trabalhadoras e/ou excluídas que não têm chances de conquistarem uma vida melhor. Fabiano é o exemplo claro disso. Seu pai e seu avô passaram a vida construindo a casa dos outros. Ele também.
  • 41. VIDAS SECAS Ao contrário de O Cortiço, Vidas Secas não prega o Determinismo. Podemos afirmar que é um romance de “tensão crítica”, pois um personagem como Fabiano está em conflito consigo mesmo, com o meio em que vive e com as autoridades que o manipulam e oprimem. Sequer sabe se é um homem ou um bicho. Alto, ruivo, olhos claros, Fabiano não tem a tipologia do caboclo nordestino. Sua miséria vem da falta de oportunidades.
  • 42. A OBRA Os meninos (filho mais novo, filho mais velho) sofrem um processo de despersonalização, pois se parecem com tantos meninos nordestinos sem chances de uma vida melhor. O filho mais velho sonha com novos amigos e uma vida melhor, sonha em fugir. Nisso e na carência afetiva se parecem muito com os capitães da areia.
  • 43. A OBRA Os preás são personagens simbólicos: tanto podem significar sobrevivência (capítulo FUGA) quanto fartura (capítulo BALEIA). As aves de arribação também ganham duplo significado: são a vida, porque sua carne pode ser consumida pela família de Fabiano, porém são a morte, pois sua chegada denuncia a seca na região.
  • 44. A OBRA Há momentos de zoomorfismo na obra, pois Sinhá Vitória é sempre comparada aos animais. Nessas comparações, sempre leva desvantagem. Há momentos de antropomorfismo, quando Baleia pensa e sonha. A sublimação da sua alma, no capítulo que leva o seu nome, é o ponto alto dessa característica. A obra também tem um sentido cíclico, isto é, a família de Fabiano só vive entre uma seca e outra.
  • 47. CAPITÃES DE AREIA A exemplo de Vidas Secas, Capitães de Areia se passa na época da Ditadura Vargas. Em Vidas Secas, a presença do Soldado Amarelo confirma isso. Em Capitães da Areia, as sucessivas greves dos estivadores dos quais Pedro Bala será um líder denotam isso. vida das pessoas, como as transforma. Se o Cortiço é um microcosmo da sociedade carioca do final do século XIX, o trapiche é um microcosmo da sociedade baiana do século XX, portanto, se o cortiço é personagem da obra, o trapiche também o é. Em Vidas Secas, a seca é personagem fundamental, pois não só decide a
  • 48. CAPITÃES DE AREIA Se Fabiano (em Vidas Secas) e Leonardinho (em Memórias de um sargento de milícias) centralizam a narrativa em obras de capítulos independentes, em Capitães da Areia Pedro Bala exerce o mesmo papel. No entanto, Capitães da Areia e Memórias de um sargento de milícias estão mais para a crônica, enquanto Vidas Secas está mais para o conto. Se, em Vidas Secas, Baleia atrai para si o afeto das pessoas à sua volta, Dora exerce papel semelhante em Capitães da Areia, levando-se em conta que, além disso, ela, para muitos, é a irmã; para outros, a mãe e, para o Professor e Pedro Bala, a noiva.
  • 49. CAPITÃES DE AREIA Em Memórias de um sargento de milícias, Manoel Antônio de Almeida dá verossimilhança à história de Leonardinho, dizendo que ela lhe foi contada por um tal Antônio César Ramos, companheiro de repartição. Jorge Amado usa o mesmo expediente ao publicar um PRÓLOGO (Cartas à Redação), em que pessoas escrevessem para o jornal ou protestando contra os maus tratos cometidos contra as crianças ou se defendendo de acusações. Em Iracema, José de Alencar interfere na obra dizendo que foi uma lenda que ouviu nos verdejantes campos de sua infãncia.
  • 50. CAPITÃES DE AREIA Ao contrário do baixo clero, preocupado tão somente com os prazeres mundanos em O Auto da Barca do Inferno ou Memórias de um sargento de milícias, em Capitães da Areia o padre José Pedro luta pelos meninos a ponto de ser repreendido pelos seus superiores. Pedro Bala é uma espécie de Robin Hood, tirando dos ricos e dando aos pobres. O futuro frade Pirulito (Frei Tuck), o João Grande (Litle John), Dora (MaidMarian) compõem a intertextualidade com a vida do Príncipe dos Ladrões.
  • 53. SONETO DA FIDELIDADE De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure. Comentário Vinicius é o poeta dos relacionamentos humanos.
  • 54. PÁTRIA MINHA A minha pátria é como se não fosse, é íntimaDoçura e vontade de chorar; uma criança dormindoÉ minha pátria. Por isso, no exílioAssistindo dormir meu filhoChoro de saudades de minha pátria.Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:Não sei. De fato, não seiComo, por que e quando a minha pátriaMas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a águaQue elaboram e liquefazem a minha mágoaEm longas lágrimas amargas.Vontade de beijar os olhos de minha pátriaDe niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feiasDe minha pátria, de minha pátria sem sapatosE sem meias pátria minhaTão pobrinha!
  • 55. PÁTRIA MINHA Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenhoPátria, eu semente que nasci do ventoEu que não vou e não venho, eu que permaneçoEm contato com a dor do tempo, eu elementoDe ligação entre a ação o pensamentoEu fio invisível no espaço de todo adeusEu, o sem Deus!Tenho-te no entanto em mim como um gemidoDe flor; tenho-te como um amor morridoA quem se jurou; tenho-te como uma féSem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeitoNesta sala estrangeira com lareiraE sem pé-direito. Comentário Vinicius de Moraes experimentou o exílio durante a Era Vargas e a ditadura militar. Com ele, as saudades da pátria que considerava “pobrinha” pela falta de liberdade.