SlideShare uma empresa Scribd logo
Nascimento da Umbanda
Em 1908, aos 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes preparava-se para ingressar na
Escola Naval, quando fatos estranhos começaram a acontecer na vida dele. Em alguns
momentos Zélio era visto falando manso, com a postura de um velho, sotaque diferente.
Em outros momentos parecia um felino lépido e desembaraçado, mostrando conhecer
todos os mistérios na natureza.
Como esses "ataques" se tornaram frequentes, a família decidiu buscar ajuda. Primeiro
com o médico da família, seu tio Epaminondas de Moraes, psiquiatra e diretor do Hospício
da Vargem Grande. Após dias de observação e não encontrando seus sintomas em
nenhuma literatura médica, sugeriu à família que que o encaminhasse a um padre, para
que fosse feito um ritual de exorcismo. Foi chamado o padre, outro tio de Zélio e, após 3
exorcismos, não resolveram a situação e as manifestações prosseguiram.
Após algum tempo, Zélio foi tomado por uma paralisia parcial, a qual os médicos não
conseguiam entender. Um dia, Zélio levanta-se do leito e diz: "amanhã estarei curado" e,
no dia seguinte, voltou a andar como se nada houvesse acontecido.
Um amigo sugeriu encaminhá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida pelo chefe de
um departamento da Marinha, o Sr. José de Souza. No dia 15 de novembro de 1908, na
presença do Sr. José de Souza, em meio aos ataques reconhecidos como manifestações
mediúnicas, o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou o surgimento da Religião
de Umbanda no plano material. No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na casa do
médium Zélio Fernandino de Moraes, as 20h, o Caboclo das Sete Encruzilhadas
incorporou, na presença de várias pessoas, inclusive membros da Federação Espirita de
Niterói, e com as palavras abaixo iniciou seu culto:
"Vim para fundar a Umbanda no Brasil. Aqui, inicia-se um novo culto, em que os espíritos
de pretos-velhos e os índios nativos de nossa terra poderão trabalhar em benefício do
seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo, ou posição social. A prática
da caridade, no sentido do amor fraterno, será a característica principal desse culto."
O surgimento da Umbanda se dá com a fundação do primeiro Templo de Umbanda,
a Tenda Espirita Nossa Senhora da Piedade, onde surgiu, de fato, uma liturgia, um ritual e
uma estrutura para que essa religião viesse a ser praticada. Tudo isso foi realizado
com Zélio Fernandino de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas. O que não significa
que foi por meio de Zélio de Moraes que aconteceram as primeiras manifestações de
espíritos como Caboclo, Preto-Velho, ou de outras entidades que manifestam-se na
Umbanda. Isto acontece pois há muita confusão entre origem da Umbanda e a origem das
manifestações dessas entidades, são coisas distintas.
Independente das manifestações espirituais de tais entidades, o termo Umbanda não
existia no Brasil como sinônimo de religião. No Rio de Janeiro, no início do século 1900,
eram populares os Candomblés (culto afro-brasileiro Nagô-Yorubá) e, com o tempo, se
popularizaram as "macumbas" (culto afro-brasileiro Bantu) que recebiam esse nome por
causa de um tambor chamado macumba. Não havia o ritual de Umbanda antes de 1908,
antes de Zélio de Moraes.1
Visões sobre o vocábulo "Umbanda"[editar | editar código-
fonte]
Referência Histórico-Literária
A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, em
Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda, como:
curador, magia que cura, sinônimo de Kimbanda.
Umbanda (a prática espiritual e curandeira). Preexistente à Religião de Umbanda, a
palavra Umbanda, na língua quimbundo, falada em Angola, define a prática de um xamã
ou sacerdote Kimbanda. A Umbanda que se pratica em Angola se difere da Religião de
Umbanda, embora guarde algumas semelhanças. Basta considerar o fato de que a religião
é reconhecida como algo brasileiro, resultante do encontro de três raças e muitas culturas,
para, facilmente, diferenciá-las. A Umbanda que se pratica em Angola não constitui culto
aberto e coletivo, antes se reserva a práticas mais particulares e restritas. Logo, uma
mesma palavra passa a ter um novo significado.
Visão Esotérica sobre o vocábulo Umbanda
Segundo a corrente esotérica que existe na Umbanda, a origem do vocábulo Umbanda
estaria na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu
Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em
um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-
se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a
Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e
M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais
sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os
Vedas e todos os livros sagrados ou místicos.
As outras palavras componentes se supõem, como: Bandha, de origem sânscrita, no
mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra.
Autores dessa corrente esotérica, analisando as duas palavras, definiram Umbanda como
sendo a junção dos termos Aum + Bandha, que seria o elo entre os planos divino e
terreno. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até
nós como Umbanda.
Formas variadas da Umbanda
A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de
Caboclos (desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros,
Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos),
no Catimbó e em centros Espíritas (onde não eram aceitos e, muitas vezes, expulsos ou
pedidos a se retirar, por serem vistos como espíritos não evoluídos, ou mesmo, como
obsessores).
Hoje temos várias linhas doutrinárias com o nome "Umbanda" que guardam raízes muito
fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões,
mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade,
respeito e fé.
Alguns exemplos dessas ramificações são:
 Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não
encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho de exus e pombagiras, ou
a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha
doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e
crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte
doutrinária;
 Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos
um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
 Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre
Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote alterna sessões de forma
diferenciada;
 Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira
Magno, Emanuel Zespo e W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a
Umbanda como a Aumbhandan: conjunto de leis divinas;
 Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e fundamentada pelo
Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde
há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do
Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande
influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização
do sânscrito;

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Religião afro brasileiras
Religião afro brasileirasReligião afro brasileiras
Religião afro brasileiras
Denise Aguiar
 
Umbanda
UmbandaUmbanda
Candomblé e umbanda reginaldo prandi
Candomblé e umbanda reginaldo prandiCandomblé e umbanda reginaldo prandi
Candomblé e umbanda reginaldo prandi
Moacir Carvalho
 
Religiões afro brasileiras
Religiões afro brasileirasReligiões afro brasileiras
Religiões afro brasileiras
Claudio Duarte Sá
 
Umbanda esotérica esoterismo ocultismo magia
Umbanda esotérica  esoterismo ocultismo magiaUmbanda esotérica  esoterismo ocultismo magia
Umbanda esotérica esoterismo ocultismo magia
Leonardo Toledo
 
Trabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileiraTrabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileira
Gabriel Mayer
 
Introdução ao Candomblé e seus Orixás
Introdução ao Candomblé e seus OrixásIntrodução ao Candomblé e seus Orixás
Introdução ao Candomblé e seus Orixás
nina rizzi
 
curso de umbanda
curso de umbandacurso de umbanda
curso de umbanda
Gustavo Marques
 
Estudos de aruanda i introdução à umbanda
Estudos de aruanda i introdução à umbandaEstudos de aruanda i introdução à umbanda
Estudos de aruanda i introdução à umbanda
Denise Tamaê
 
ReligiõEs Afro Brasileiras
ReligiõEs Afro BrasileirasReligiõEs Afro Brasileiras
ReligiõEs Afro Brasileiras
kobe_2B
 
O ebo no culto aos orixas cn
O ebo no culto aos orixas cnO ebo no culto aos orixas cn
O ebo no culto aos orixas cn
juanillotc
 
Concepcão Ioruba da alma (bascom)
Concepcão Ioruba da alma (bascom)Concepcão Ioruba da alma (bascom)
Concepcão Ioruba da alma (bascom)
Luiz L. Marins
 
Candomble
CandombleCandomble
Candomble
27101992
 
Religião Afro-brasileira. Orixas mitos
Religião Afro-brasileira. Orixas mitosReligião Afro-brasileira. Orixas mitos
Religião Afro-brasileira. Orixas mitos
Denise Aguiar
 
A reafricanizacao filosofica de altair togun 4
A reafricanizacao filosofica de altair togun 4A reafricanizacao filosofica de altair togun 4
A reafricanizacao filosofica de altair togun 4
Luiz L. Marins
 
Ipori 5
Ipori 5Ipori 5
199258253 quimbanda-pdf
199258253 quimbanda-pdf199258253 quimbanda-pdf
199258253 quimbanda-pdf
oxala79
 
Os nago e a morte - um estudo das fontes
Os nago e a morte - um estudo das fontesOs nago e a morte - um estudo das fontes
Os nago e a morte - um estudo das fontes
Luiz L. Marins
 
1 história da umbanda
1   história da umbanda1   história da umbanda
1 história da umbanda
Vania Gomes
 
As religiões de matriz africana e a escola
As religiões de matriz africana e a escolaAs religiões de matriz africana e a escola
As religiões de matriz africana e a escola
Carmen Prisco
 

Mais procurados (20)

Religião afro brasileiras
Religião afro brasileirasReligião afro brasileiras
Religião afro brasileiras
 
Umbanda
UmbandaUmbanda
Umbanda
 
Candomblé e umbanda reginaldo prandi
Candomblé e umbanda reginaldo prandiCandomblé e umbanda reginaldo prandi
Candomblé e umbanda reginaldo prandi
 
Religiões afro brasileiras
Religiões afro brasileirasReligiões afro brasileiras
Religiões afro brasileiras
 
Umbanda esotérica esoterismo ocultismo magia
Umbanda esotérica  esoterismo ocultismo magiaUmbanda esotérica  esoterismo ocultismo magia
Umbanda esotérica esoterismo ocultismo magia
 
Trabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileiraTrabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileira
 
Introdução ao Candomblé e seus Orixás
Introdução ao Candomblé e seus OrixásIntrodução ao Candomblé e seus Orixás
Introdução ao Candomblé e seus Orixás
 
curso de umbanda
curso de umbandacurso de umbanda
curso de umbanda
 
Estudos de aruanda i introdução à umbanda
Estudos de aruanda i introdução à umbandaEstudos de aruanda i introdução à umbanda
Estudos de aruanda i introdução à umbanda
 
ReligiõEs Afro Brasileiras
ReligiõEs Afro BrasileirasReligiõEs Afro Brasileiras
ReligiõEs Afro Brasileiras
 
O ebo no culto aos orixas cn
O ebo no culto aos orixas cnO ebo no culto aos orixas cn
O ebo no culto aos orixas cn
 
Concepcão Ioruba da alma (bascom)
Concepcão Ioruba da alma (bascom)Concepcão Ioruba da alma (bascom)
Concepcão Ioruba da alma (bascom)
 
Candomble
CandombleCandomble
Candomble
 
Religião Afro-brasileira. Orixas mitos
Religião Afro-brasileira. Orixas mitosReligião Afro-brasileira. Orixas mitos
Religião Afro-brasileira. Orixas mitos
 
A reafricanizacao filosofica de altair togun 4
A reafricanizacao filosofica de altair togun 4A reafricanizacao filosofica de altair togun 4
A reafricanizacao filosofica de altair togun 4
 
Ipori 5
Ipori 5Ipori 5
Ipori 5
 
199258253 quimbanda-pdf
199258253 quimbanda-pdf199258253 quimbanda-pdf
199258253 quimbanda-pdf
 
Os nago e a morte - um estudo das fontes
Os nago e a morte - um estudo das fontesOs nago e a morte - um estudo das fontes
Os nago e a morte - um estudo das fontes
 
1 história da umbanda
1   história da umbanda1   história da umbanda
1 história da umbanda
 
As religiões de matriz africana e a escola
As religiões de matriz africana e a escolaAs religiões de matriz africana e a escola
As religiões de matriz africana e a escola
 

Semelhante a Nascimento da umbanda

Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!
Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!
Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!
marcosguilherme110
 
Trabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileiraTrabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileira
Gabriel Mayer
 
Diversidade Religiosa Brasileira
Diversidade Religiosa BrasileiraDiversidade Religiosa Brasileira
Diversidade Religiosa Brasileira
Lara Luisa
 
Umbanda
UmbandaUmbanda
Umbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptx
Umbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptxUmbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptx
Umbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptx
williammachado46
 
Religiões Afro Macumba, Umbanda e Candomblé em Bom Jardim - MA
Religiões Afro   Macumba, Umbanda e Candomblé  em Bom Jardim - MAReligiões Afro   Macumba, Umbanda e Candomblé  em Bom Jardim - MA
Religiões Afro Macumba, Umbanda e Candomblé em Bom Jardim - MA
Adilson P Motta Motta
 
Religiões..
Religiões..Religiões..
Religiões..
Emerson Mathias
 
Aula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
Aula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃOAula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
Aula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
Oribes Teixeira
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
Paper sobre Sincretismo Afro Brasileiro
Paper sobre Sincretismo Afro BrasileiroPaper sobre Sincretismo Afro Brasileiro
Paper sobre Sincretismo Afro Brasileiro
Edson L
 
A quimbanda-no-rs
A quimbanda-no-rsA quimbanda-no-rs
A quimbanda-no-rs
eliasoxala
 
Sandro sales catimbó apresentado no gt mercosul
Sandro sales catimbó apresentado no gt mercosulSandro sales catimbó apresentado no gt mercosul
Sandro sales catimbó apresentado no gt mercosul
Daniel Torquato
 
VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...
VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...
VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...
ProfessoresMS
 
Curso Básico de Espiritismo 6
Curso Básico de Espiritismo 6Curso Básico de Espiritismo 6
Curso Básico de Espiritismo 6
Roseli Lemes
 
Matrizes Religiosa Brasileira.pptx
Matrizes Religiosa Brasileira.pptxMatrizes Religiosa Brasileira.pptx
Matrizes Religiosa Brasileira.pptx
IrenildeAlvesdeSousa
 

Semelhante a Nascimento da umbanda (20)

Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!
Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!
Artigo desvendando as Vertentes da Umbanda!
 
Trabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileiraTrabalho religioes afro brasileira
Trabalho religioes afro brasileira
 
Diversidade Religiosa Brasileira
Diversidade Religiosa BrasileiraDiversidade Religiosa Brasileira
Diversidade Religiosa Brasileira
 
Umbanda
UmbandaUmbanda
Umbanda
 
Umbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptx
Umbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptxUmbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptx
Umbanda Mod. 1 Mãe Santana.pptx
 
Religiões Afro Macumba, Umbanda e Candomblé em Bom Jardim - MA
Religiões Afro   Macumba, Umbanda e Candomblé  em Bom Jardim - MAReligiões Afro   Macumba, Umbanda e Candomblé  em Bom Jardim - MA
Religiões Afro Macumba, Umbanda e Candomblé em Bom Jardim - MA
 
Religiões..
Religiões..Religiões..
Religiões..
 
Aula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
Aula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃOAula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
Aula mediunismo e mediunidade e espiritismo,ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
 
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
 
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
 
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
 
Paper sobre Sincretismo Afro Brasileiro
Paper sobre Sincretismo Afro BrasileiroPaper sobre Sincretismo Afro Brasileiro
Paper sobre Sincretismo Afro Brasileiro
 
A quimbanda-no-rs
A quimbanda-no-rsA quimbanda-no-rs
A quimbanda-no-rs
 
Sandro sales catimbó apresentado no gt mercosul
Sandro sales catimbó apresentado no gt mercosulSandro sales catimbó apresentado no gt mercosul
Sandro sales catimbó apresentado no gt mercosul
 
VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...
VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...
VI ENCONTO DE PROFESSORES DE ARTE DE MS E II SEMINÁRIO DIÁLOGOS VISUAIS E CUL...
 
Curso Básico de Espiritismo 6
Curso Básico de Espiritismo 6Curso Básico de Espiritismo 6
Curso Básico de Espiritismo 6
 
Matrizes Religiosa Brasileira.pptx
Matrizes Religiosa Brasileira.pptxMatrizes Religiosa Brasileira.pptx
Matrizes Religiosa Brasileira.pptx
 

Mais de J. Alfredo Bião

Obàtálà & Odùdúwà na gênese yorubá
Obàtálà & Odùdúwà na gênese yorubáObàtálà & Odùdúwà na gênese yorubá
Obàtálà & Odùdúwà na gênese yorubá
J. Alfredo Bião
 
3. étà ògúndá
3. étà ògúndá3. étà ògúndá
3. étà ògúndá
J. Alfredo Bião
 
3º caminho de òkànràn
3º caminho de òkànràn3º caminho de òkànràn
3º caminho de òkànràn
J. Alfredo Bião
 
4º caminho de òkànrà1
4º caminho de òkànrà14º caminho de òkànrà1
4º caminho de òkànrà1
J. Alfredo Bião
 
5º caminho de òkànràn
5º caminho de òkànràn5º caminho de òkànràn
5º caminho de òkànràn
J. Alfredo Bião
 
Caminhos de odu
Caminhos de oduCaminhos de odu
Caminhos de odu
J. Alfredo Bião
 
Candomblé
CandombléCandomblé
Candomblé
J. Alfredo Bião
 
Cosmogonia yorubá
Cosmogonia yorubáCosmogonia yorubá
Cosmogonia yorubá
J. Alfredo Bião
 
Iorubás e o culto aos éguns
Iorubás e o culto aos égunsIorubás e o culto aos éguns
Iorubás e o culto aos éguns
J. Alfredo Bião
 
Iorubás
IorubásIorubás
Odús e as divindades
Odús e as divindadesOdús e as divindades
Odús e as divindades
J. Alfredo Bião
 
Owarin caminhos de odu
Owarin   caminhos de oduOwarin   caminhos de odu
Owarin caminhos de odu
J. Alfredo Bião
 
Verdade absoluta parábola taoista
Verdade absoluta   parábola taoistaVerdade absoluta   parábola taoista
Verdade absoluta parábola taoista
J. Alfredo Bião
 
Os trabalhadores na vinha
Os trabalhadores na vinhaOs trabalhadores na vinha
Os trabalhadores na vinha
J. Alfredo Bião
 
O filho pródigo
O filho pródigo O filho pródigo
O filho pródigo
J. Alfredo Bião
 
Causa e efeito e livre arbítrio
Causa e efeito e livre arbítrioCausa e efeito e livre arbítrio
Causa e efeito e livre arbítrio
J. Alfredo Bião
 
Amor em eros
Amor em erosAmor em eros
Amor em eros
J. Alfredo Bião
 
A figueira seca
A figueira secaA figueira seca
A figueira seca
J. Alfredo Bião
 
A parábola do mordomo infiel
A parábola do mordomo infielA parábola do mordomo infiel
A parábola do mordomo infiel
J. Alfredo Bião
 
A crise de sentido...
A crise de sentido...A crise de sentido...
A crise de sentido...
J. Alfredo Bião
 

Mais de J. Alfredo Bião (20)

Obàtálà & Odùdúwà na gênese yorubá
Obàtálà & Odùdúwà na gênese yorubáObàtálà & Odùdúwà na gênese yorubá
Obàtálà & Odùdúwà na gênese yorubá
 
3. étà ògúndá
3. étà ògúndá3. étà ògúndá
3. étà ògúndá
 
3º caminho de òkànràn
3º caminho de òkànràn3º caminho de òkànràn
3º caminho de òkànràn
 
4º caminho de òkànrà1
4º caminho de òkànrà14º caminho de òkànrà1
4º caminho de òkànrà1
 
5º caminho de òkànràn
5º caminho de òkànràn5º caminho de òkànràn
5º caminho de òkànràn
 
Caminhos de odu
Caminhos de oduCaminhos de odu
Caminhos de odu
 
Candomblé
CandombléCandomblé
Candomblé
 
Cosmogonia yorubá
Cosmogonia yorubáCosmogonia yorubá
Cosmogonia yorubá
 
Iorubás e o culto aos éguns
Iorubás e o culto aos égunsIorubás e o culto aos éguns
Iorubás e o culto aos éguns
 
Iorubás
IorubásIorubás
Iorubás
 
Odús e as divindades
Odús e as divindadesOdús e as divindades
Odús e as divindades
 
Owarin caminhos de odu
Owarin   caminhos de oduOwarin   caminhos de odu
Owarin caminhos de odu
 
Verdade absoluta parábola taoista
Verdade absoluta   parábola taoistaVerdade absoluta   parábola taoista
Verdade absoluta parábola taoista
 
Os trabalhadores na vinha
Os trabalhadores na vinhaOs trabalhadores na vinha
Os trabalhadores na vinha
 
O filho pródigo
O filho pródigo O filho pródigo
O filho pródigo
 
Causa e efeito e livre arbítrio
Causa e efeito e livre arbítrioCausa e efeito e livre arbítrio
Causa e efeito e livre arbítrio
 
Amor em eros
Amor em erosAmor em eros
Amor em eros
 
A figueira seca
A figueira secaA figueira seca
A figueira seca
 
A parábola do mordomo infiel
A parábola do mordomo infielA parábola do mordomo infiel
A parábola do mordomo infiel
 
A crise de sentido...
A crise de sentido...A crise de sentido...
A crise de sentido...
 

Último

CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
ESCRIBA DE CRISTO
 
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdfO-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
WELITONNOGUEIRA3
 
Manual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docx
Manual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docx
Manual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docx
Janilson Noca
 
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxLição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Celso Napoleon
 
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresOração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Nilson Almeida
 
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Igreja Jesus é o Verbo
 
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxasMalleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Lourhana
 
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimentoHabacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
ayronleonardo
 
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOSDIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
ESCRIBA DE CRISTO
 
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxLição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Celso Napoleon
 
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
ESCRIBA DE CRISTO
 
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
ESCRIBA DE CRISTO
 
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADAS
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADASCARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADAS
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADAS
ESCRIBA DE CRISTO
 
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptxA CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
JonasRibeiro61
 
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
ESCRIBA DE CRISTO
 
Escola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTAS
Escola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTASEscola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTAS
Escola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTAS
ceciliafonseca16
 

Último (16)

CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
 
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdfO-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
 
Manual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docx
Manual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docx
Manual-do-PGM-Protótipo.docxManual-do-PGM-Protótipo.docx
 
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxLição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
 
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresOração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
 
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
 
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxasMalleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
 
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimentoHabacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
 
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOSDIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
 
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxLição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
 
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
 
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
 
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADAS
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADASCARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADAS
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADAS
 
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptxA CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
 
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
 
Escola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTAS
Escola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTASEscola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTAS
Escola sabatina juvenis.pdf. Revista da escola sabatina - ADVENTISTAS
 

Nascimento da umbanda

  • 1. Nascimento da Umbanda Em 1908, aos 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes preparava-se para ingressar na Escola Naval, quando fatos estranhos começaram a acontecer na vida dele. Em alguns momentos Zélio era visto falando manso, com a postura de um velho, sotaque diferente. Em outros momentos parecia um felino lépido e desembaraçado, mostrando conhecer todos os mistérios na natureza. Como esses "ataques" se tornaram frequentes, a família decidiu buscar ajuda. Primeiro com o médico da família, seu tio Epaminondas de Moraes, psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após dias de observação e não encontrando seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que que o encaminhasse a um padre, para que fosse feito um ritual de exorcismo. Foi chamado o padre, outro tio de Zélio e, após 3 exorcismos, não resolveram a situação e as manifestações prosseguiram. Após algum tempo, Zélio foi tomado por uma paralisia parcial, a qual os médicos não conseguiam entender. Um dia, Zélio levanta-se do leito e diz: "amanhã estarei curado" e, no dia seguinte, voltou a andar como se nada houvesse acontecido. Um amigo sugeriu encaminhá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida pelo chefe de um departamento da Marinha, o Sr. José de Souza. No dia 15 de novembro de 1908, na presença do Sr. José de Souza, em meio aos ataques reconhecidos como manifestações mediúnicas, o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou o surgimento da Religião de Umbanda no plano material. No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na casa do médium Zélio Fernandino de Moraes, as 20h, o Caboclo das Sete Encruzilhadas incorporou, na presença de várias pessoas, inclusive membros da Federação Espirita de Niterói, e com as palavras abaixo iniciou seu culto: "Vim para fundar a Umbanda no Brasil. Aqui, inicia-se um novo culto, em que os espíritos de pretos-velhos e os índios nativos de nossa terra poderão trabalhar em benefício do seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo, ou posição social. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, será a característica principal desse culto." O surgimento da Umbanda se dá com a fundação do primeiro Templo de Umbanda, a Tenda Espirita Nossa Senhora da Piedade, onde surgiu, de fato, uma liturgia, um ritual e uma estrutura para que essa religião viesse a ser praticada. Tudo isso foi realizado com Zélio Fernandino de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas. O que não significa que foi por meio de Zélio de Moraes que aconteceram as primeiras manifestações de espíritos como Caboclo, Preto-Velho, ou de outras entidades que manifestam-se na Umbanda. Isto acontece pois há muita confusão entre origem da Umbanda e a origem das manifestações dessas entidades, são coisas distintas. Independente das manifestações espirituais de tais entidades, o termo Umbanda não existia no Brasil como sinônimo de religião. No Rio de Janeiro, no início do século 1900, eram populares os Candomblés (culto afro-brasileiro Nagô-Yorubá) e, com o tempo, se
  • 2. popularizaram as "macumbas" (culto afro-brasileiro Bantu) que recebiam esse nome por causa de um tambor chamado macumba. Não havia o ritual de Umbanda antes de 1908, antes de Zélio de Moraes.1 Visões sobre o vocábulo "Umbanda"[editar | editar código- fonte] Referência Histórico-Literária A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, em Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda, como: curador, magia que cura, sinônimo de Kimbanda. Umbanda (a prática espiritual e curandeira). Preexistente à Religião de Umbanda, a palavra Umbanda, na língua quimbundo, falada em Angola, define a prática de um xamã ou sacerdote Kimbanda. A Umbanda que se pratica em Angola se difere da Religião de Umbanda, embora guarde algumas semelhanças. Basta considerar o fato de que a religião é reconhecida como algo brasileiro, resultante do encontro de três raças e muitas culturas, para, facilmente, diferenciá-las. A Umbanda que se pratica em Angola não constitui culto aberto e coletivo, antes se reserva a práticas mais particulares e restritas. Logo, uma mesma palavra passa a ter um novo significado. Visão Esotérica sobre o vocábulo Umbanda Segundo a corrente esotérica que existe na Umbanda, a origem do vocábulo Umbanda estaria na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam- se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. As outras palavras componentes se supõem, como: Bandha, de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra. Autores dessa corrente esotérica, analisando as duas palavras, definiram Umbanda como sendo a junção dos termos Aum + Bandha, que seria o elo entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda. Formas variadas da Umbanda A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de Caboclos (desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos),
  • 3. no Catimbó e em centros Espíritas (onde não eram aceitos e, muitas vezes, expulsos ou pedidos a se retirar, por serem vistos como espíritos não evoluídos, ou mesmo, como obsessores). Hoje temos várias linhas doutrinárias com o nome "Umbanda" que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé. Alguns exemplos dessas ramificações são:  Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho de exus e pombagiras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;  Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;  Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote alterna sessões de forma diferenciada;  Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: conjunto de leis divinas;  Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito;