Os autores descrevem os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça), Èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça). Cada elemento tem uma representação física e espiritual, e origina-se de entidades como Olórún, os ancestrais ou mitos. O Ìpòrí estabelece as relações entre o indivíduo e sua origem mítica, determinando aspectos como o orixá a ser cultuado e as
1) O documento resume o livro "Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá" de Pierre Fatumbi Verger, destacando sua importância para a religião e cultura Yorubá.
2) Questiona se o livro fornece instruções claras e completas sobre o uso correto das plantas para fins mágicos e medicinais, conforme exigido de um Babalao.
3) Argumenta que a falta de explicações pode tornar o livro perigoso se usado incorretamente, em vez de apenas mostrar a cult
1. O documento apresenta um tratado de Ifá destinado ao uso exclusivo de Babalawos. 2. Ele contém informações sobre diversas cerimônias de Ifá que um Babalawo deve conhecer para seu aprendizado no primeiro ano. 3. O autor espera que o guia de estudos ajude novos sacerdotes de Ifá e contribua para a organização da religião, transmitindo os conhecimentos através de gerações de forma escrita.
Este documento discute vários aspectos da religião Ifá, incluindo conselhos de Orunmila para alcançar uma "boa posição" através da sabedoria e fazer o bem, e descrições de vários Exus que representam diferentes aspectos espirituais como comunicação, limites e relacionamentos.
Este documento contém orikis (louvações) dedicadas a vários orixás e entidades do candomblé, como Exu, Egungun, Ejiogbe e Osetura. Os orikis pedem proteção contra doenças, morte, feitiços e inimigos, e desejam prosperidade, filhos e esposa. Eles louvam a sabedoria de Ifá e dos orixás para vencer as dificuldades da vida.
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
(1) O documento discute vários processos de cura tradicionais, incluindo o uso de ervas medicinais. (2) Ele também descreve vários procedimentos rituais que envolvem o uso de folhas para propósitos tanto benéficos quanto maléficos. (3) As folhas podem ser usadas para tratar doenças, proteger contra a morte, aumentar a fertilidade e a sorte, ou até mesmo amaldiçoar ou matar alguém.
O documento descreve as origens e principais atributos do orixá Èsú na mitologia iorubá. Resume que Èsú foi a primeira criatura criada por Olorun a partir da lama, antes de Obatala e Oduduwa. Também explica que Èsú se multiplicou em 16 aspectos ligados aos odus de Ifá e desempenha um papel fundamental como mensageiro entre os orixás e Olorun.
1) O documento apresenta os segredos do oráculo de Ifá e busca desvendar esses segredos para todos os interessados no culto.
2) O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito, incluindo suas características, sacrifícios associados e itans.
3) Informações importantes sobre a interpretação de Ejiogbe e condutas a serem seguidas por quem recebe esse Odu são fornecidas.
1) O documento resume o livro "Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá" de Pierre Fatumbi Verger, destacando sua importância para a religião e cultura Yorubá.
2) Questiona se o livro fornece instruções claras e completas sobre o uso correto das plantas para fins mágicos e medicinais, conforme exigido de um Babalao.
3) Argumenta que a falta de explicações pode tornar o livro perigoso se usado incorretamente, em vez de apenas mostrar a cult
1. O documento apresenta um tratado de Ifá destinado ao uso exclusivo de Babalawos. 2. Ele contém informações sobre diversas cerimônias de Ifá que um Babalawo deve conhecer para seu aprendizado no primeiro ano. 3. O autor espera que o guia de estudos ajude novos sacerdotes de Ifá e contribua para a organização da religião, transmitindo os conhecimentos através de gerações de forma escrita.
Este documento discute vários aspectos da religião Ifá, incluindo conselhos de Orunmila para alcançar uma "boa posição" através da sabedoria e fazer o bem, e descrições de vários Exus que representam diferentes aspectos espirituais como comunicação, limites e relacionamentos.
Este documento contém orikis (louvações) dedicadas a vários orixás e entidades do candomblé, como Exu, Egungun, Ejiogbe e Osetura. Os orikis pedem proteção contra doenças, morte, feitiços e inimigos, e desejam prosperidade, filhos e esposa. Eles louvam a sabedoria de Ifá e dos orixás para vencer as dificuldades da vida.
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
(1) O documento discute vários processos de cura tradicionais, incluindo o uso de ervas medicinais. (2) Ele também descreve vários procedimentos rituais que envolvem o uso de folhas para propósitos tanto benéficos quanto maléficos. (3) As folhas podem ser usadas para tratar doenças, proteger contra a morte, aumentar a fertilidade e a sorte, ou até mesmo amaldiçoar ou matar alguém.
O documento descreve as origens e principais atributos do orixá Èsú na mitologia iorubá. Resume que Èsú foi a primeira criatura criada por Olorun a partir da lama, antes de Obatala e Oduduwa. Também explica que Èsú se multiplicou em 16 aspectos ligados aos odus de Ifá e desempenha um papel fundamental como mensageiro entre os orixás e Olorun.
1) O documento apresenta os segredos do oráculo de Ifá e busca desvendar esses segredos para todos os interessados no culto.
2) O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito, incluindo suas características, sacrifícios associados e itans.
3) Informações importantes sobre a interpretação de Ejiogbe e condutas a serem seguidas por quem recebe esse Odu são fornecidas.
1) O livro "Èsù" da autora Juana Elbein publica em português, inglês e ioruba os principais mitos sobre Èsù, incluindo textos inéditos. 2) A obra traz uma revisão conceitual importante corrigindo um equívoco sobre qual orixá é a décima sétima pessoa dos irunmalés. 3) Apesar disso, o texto continua apresentando problemas de tradução que afetam a compreensão da teogonia ioruba na diáspora.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição iorubá. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino individual de acordo com a tradição iorubá.
O documento apresenta um curso gratuito de introdução ao idioma iorubá ministrado por Vanderson Nogueira, professor e empreendedor da área linguística e cultural afro-brasileira. O curso contém lições básicas sobre o alfabeto, pronúncia, saudações, dias da semana e números em iorubá. O objetivo é despertar o interesse dos alunos e apresentar uma amostra do que é possível aprender sobre a língua e cultura iorubanas.
Este documento descreve a experiência do autor iniciando-se no culto de Ifá na República do Benim, na África. Ele viajou para lá em busca de conhecimento sobre os mistérios de Ifá e, após realizar um jogo de Ifá com um babalorixa local, recebeu a mensagem de que deveria seguir esse caminho cultural. Nos dias seguintes, ele visitou vários babalawos em diferentes locais para aprender mais sobre os segredos de Ifá.
Hermoso libro que cuenta la historia de la formación de la tierra y relata las personalidades de cada orixa haciendo de este libro algo muy interesante desde el principio al fin
O documento discute a importância de Olódumaré, visto como a base estrutural do Universo e a causa original de todas as causas. Entretanto, é difícil explicar a essência de Olódumaré e Ele só pode ser entendido através de ideias aproximadas, não exatas. O texto reflete sobre a dificuldade do homem em explicar o inexplicável quando se trata da origem do Universo.
Este documento describe los conceptos de Ire y Osogbo en el sistema de Ifá. Explica que el Ire se refiere a la suerte o lo bueno, mientras que el Osogbo se refiere a lo malo. Detalla varios tipos específicos de Ire y Osogbo y cómo se determina su causa a través de palabras como "Elese" y "Nitosi". También aclara algunos usos importantes de palabras como "Timbelaye" y cuando se debe o no utilizar.
1. O documento descreve cargos importantes da corte real de Oyó e sua correspondência com a hierarquia do candomblé de Nação Nagô, listando os cargos e suas funções na corte e no candomblé.
2. É apresentada uma lista detalhada dos cargos dos Obás de Xangô no candomblé e sua origem nos cargos da corte de Oyó.
3. O texto discute costumes e tradições iorubás e suas semelhanças com os rituais do candomblé de Ketu no Bras
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
O documento descreve os rituais de sacrifício para os principais orixás na religião africana. Inclui detalhes sobre a preparação dos animais e do local do sacrifício, além de cantigas invocatórias para cada orixá durante o ritual. O sangue dos animais é essencial para fortalecer o axé e garantir a sobrevivência humana, de acordo com os ensinamentos da religião.
Ebbo de tablero en yoruba completo nigeriaDenise Barquet
Este documento describe los pasos para realizar un sacrificio (ebo) en el tablero de Ifa en la religión Yoruba. Explica que primero se hace una adivinación para determinar los odu que se colocarán en el centro y derecha del tablero. Luego, se colocan los materiales del sacrificio frente al tablero y se rezan varios versos sagrados asociados con cada odu mientras se realizan acciones rituales. Finalmente, el cliente lleva el sacrificio completado a su destino según las instrucciones de Ifa.
O documento lista vários tipos de oferendas para orixás, incluindo Akara Okun feito com inhame, milho e camarão para Ogum e Ebó Yaan feito com canjica vermelha e pó de Osun para qualquer Iyágba. Fornece instruções detalhadas sobre os ingredientes e preparo de cada oferenda.
Este documento descreve a experiência do autor sendo iniciado no culto de Ifá no Benim. Ele viajou para a África em busca de conhecimento sobre esta religião e realizou uma longa pesquisa de campo. Após consultar o oráculo de Ifá, foi levado à floresta sagrada de Ifá, onde passou por rituais de iniciação durante três noites. O autor passou a compreender a importância cultural do culto de Ifá para os povos africanos.
As crianças Abiku nascem para morrer repetidamente, causando sofrimento às suas famílias. Elas fazem um pacto para retornar ao mundo espiritual, Orun, após certos eventos. Rituais como oferendas e marcações no corpo podem quebrar o pacto e manter a criança viva na terra.
Este dicionário fornece definições de termos importantes relacionados ao Candomblé e aos Orixás da religião Yorubá. Algumas palavras definidas incluem "Abadá" (veste branca usada pelos Yorubás), "Abará" (bolo feito com massa de feijão e cozido em folhas de bananeira), e "Axé" (força vital presente em objetos e seres sagrados).
Signos de IFÁ en la cosmogonia_de_ifa.dochqyvv56rtq
Este documento presenta un resumen de varios Odduns de Ifa, la religión yoruba. Describe el origen de diferentes conceptos y prácticas religiosas a través de la narración de cada Oddun. En total, resume aproximadamente 30 Odduns, describiendo brevemente el significado de cada uno y las ideas o cosas que surgieron según la tradición yoruba.
Este documento descreve a estrutura e os rituais do candomblé paulista, incluindo:
1) A iniciação de novos membros envolve rituais privados como "bolar", quando o orixá incorpora a pessoa, e o "orô" de assentamento do orixá na cabeça do iniciado.
2) As cerimônias públicas chamadas "toques" usam música ritual para incorporar os orixás.
3) O candomblé paulista se desenvolveu a partir de influências de outras regiões, criando
excelente herramienta para los practicantes de IFA que inician en su practica a nivel de Awo o Iyanifas dependiendo la vertiente de la practica, escencial para el entendimiento claro de la necesidad de una interpretacion precisa del cuerpo de IFA
O documento é uma oração e louvor a Aje, orixá da prosperidade e riqueza. Em três frases, resume que o texto pede a Aje que traga sorte, prosperidade e realização de objetivos, livrando a pessoa da pobreza através da fé e louvor ao orixá.
Este documento contiene varios versos y canciones relacionadas con diferentes Orishas de la religión Yoruba como Oshun, Shango, Elegua, Ogun y otros. Cada verso ofrece información sobre el Orisha, incluyendo detalles sobre sacrificios y adivinaciones realizadas para ellos. El documento también contiene traducciones de los versos y canciones del Yoruba al español.
Ifá le dice a la persona que ofrezca un sacrificio para una vida larga. Debe ofrecer el sacrificio para tener tiempo, espacio y un ambiente propicio para prosperar. La adivinación fue lanzada para Rèmílékún Onígbò Afonran sobre un hechizo de muerte en Òwìnnì. Se le prescribió un sacrificio y Rèmílékún lo ofreció, ganando riqueza y prosperidad.
Ifá le dice a la persona que ofrezca un sacrificio para una vida larga. Debe ofrecer el sacrificio para tener tiempo, espacio y un ambiente propicio para prosperar. La adivinación fue lanzada para Rèmílékún Onígbò Afonran sobre un hechizo de muerte en Òwìnnì. Se le prescribió un sacrificio y Rèmílékún lo ofreció, ganando riqueza y prosperidad.
1) O livro "Èsù" da autora Juana Elbein publica em português, inglês e ioruba os principais mitos sobre Èsù, incluindo textos inéditos. 2) A obra traz uma revisão conceitual importante corrigindo um equívoco sobre qual orixá é a décima sétima pessoa dos irunmalés. 3) Apesar disso, o texto continua apresentando problemas de tradução que afetam a compreensão da teogonia ioruba na diáspora.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição iorubá. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino individual de acordo com a tradição iorubá.
O documento apresenta um curso gratuito de introdução ao idioma iorubá ministrado por Vanderson Nogueira, professor e empreendedor da área linguística e cultural afro-brasileira. O curso contém lições básicas sobre o alfabeto, pronúncia, saudações, dias da semana e números em iorubá. O objetivo é despertar o interesse dos alunos e apresentar uma amostra do que é possível aprender sobre a língua e cultura iorubanas.
Este documento descreve a experiência do autor iniciando-se no culto de Ifá na República do Benim, na África. Ele viajou para lá em busca de conhecimento sobre os mistérios de Ifá e, após realizar um jogo de Ifá com um babalorixa local, recebeu a mensagem de que deveria seguir esse caminho cultural. Nos dias seguintes, ele visitou vários babalawos em diferentes locais para aprender mais sobre os segredos de Ifá.
Hermoso libro que cuenta la historia de la formación de la tierra y relata las personalidades de cada orixa haciendo de este libro algo muy interesante desde el principio al fin
O documento discute a importância de Olódumaré, visto como a base estrutural do Universo e a causa original de todas as causas. Entretanto, é difícil explicar a essência de Olódumaré e Ele só pode ser entendido através de ideias aproximadas, não exatas. O texto reflete sobre a dificuldade do homem em explicar o inexplicável quando se trata da origem do Universo.
Este documento describe los conceptos de Ire y Osogbo en el sistema de Ifá. Explica que el Ire se refiere a la suerte o lo bueno, mientras que el Osogbo se refiere a lo malo. Detalla varios tipos específicos de Ire y Osogbo y cómo se determina su causa a través de palabras como "Elese" y "Nitosi". También aclara algunos usos importantes de palabras como "Timbelaye" y cuando se debe o no utilizar.
1. O documento descreve cargos importantes da corte real de Oyó e sua correspondência com a hierarquia do candomblé de Nação Nagô, listando os cargos e suas funções na corte e no candomblé.
2. É apresentada uma lista detalhada dos cargos dos Obás de Xangô no candomblé e sua origem nos cargos da corte de Oyó.
3. O texto discute costumes e tradições iorubás e suas semelhanças com os rituais do candomblé de Ketu no Bras
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
O documento descreve os rituais de sacrifício para os principais orixás na religião africana. Inclui detalhes sobre a preparação dos animais e do local do sacrifício, além de cantigas invocatórias para cada orixá durante o ritual. O sangue dos animais é essencial para fortalecer o axé e garantir a sobrevivência humana, de acordo com os ensinamentos da religião.
Ebbo de tablero en yoruba completo nigeriaDenise Barquet
Este documento describe los pasos para realizar un sacrificio (ebo) en el tablero de Ifa en la religión Yoruba. Explica que primero se hace una adivinación para determinar los odu que se colocarán en el centro y derecha del tablero. Luego, se colocan los materiales del sacrificio frente al tablero y se rezan varios versos sagrados asociados con cada odu mientras se realizan acciones rituales. Finalmente, el cliente lleva el sacrificio completado a su destino según las instrucciones de Ifa.
O documento lista vários tipos de oferendas para orixás, incluindo Akara Okun feito com inhame, milho e camarão para Ogum e Ebó Yaan feito com canjica vermelha e pó de Osun para qualquer Iyágba. Fornece instruções detalhadas sobre os ingredientes e preparo de cada oferenda.
Este documento descreve a experiência do autor sendo iniciado no culto de Ifá no Benim. Ele viajou para a África em busca de conhecimento sobre esta religião e realizou uma longa pesquisa de campo. Após consultar o oráculo de Ifá, foi levado à floresta sagrada de Ifá, onde passou por rituais de iniciação durante três noites. O autor passou a compreender a importância cultural do culto de Ifá para os povos africanos.
As crianças Abiku nascem para morrer repetidamente, causando sofrimento às suas famílias. Elas fazem um pacto para retornar ao mundo espiritual, Orun, após certos eventos. Rituais como oferendas e marcações no corpo podem quebrar o pacto e manter a criança viva na terra.
Este dicionário fornece definições de termos importantes relacionados ao Candomblé e aos Orixás da religião Yorubá. Algumas palavras definidas incluem "Abadá" (veste branca usada pelos Yorubás), "Abará" (bolo feito com massa de feijão e cozido em folhas de bananeira), e "Axé" (força vital presente em objetos e seres sagrados).
Signos de IFÁ en la cosmogonia_de_ifa.dochqyvv56rtq
Este documento presenta un resumen de varios Odduns de Ifa, la religión yoruba. Describe el origen de diferentes conceptos y prácticas religiosas a través de la narración de cada Oddun. En total, resume aproximadamente 30 Odduns, describiendo brevemente el significado de cada uno y las ideas o cosas que surgieron según la tradición yoruba.
Este documento descreve a estrutura e os rituais do candomblé paulista, incluindo:
1) A iniciação de novos membros envolve rituais privados como "bolar", quando o orixá incorpora a pessoa, e o "orô" de assentamento do orixá na cabeça do iniciado.
2) As cerimônias públicas chamadas "toques" usam música ritual para incorporar os orixás.
3) O candomblé paulista se desenvolveu a partir de influências de outras regiões, criando
excelente herramienta para los practicantes de IFA que inician en su practica a nivel de Awo o Iyanifas dependiendo la vertiente de la practica, escencial para el entendimiento claro de la necesidad de una interpretacion precisa del cuerpo de IFA
O documento é uma oração e louvor a Aje, orixá da prosperidade e riqueza. Em três frases, resume que o texto pede a Aje que traga sorte, prosperidade e realização de objetivos, livrando a pessoa da pobreza através da fé e louvor ao orixá.
Este documento contiene varios versos y canciones relacionadas con diferentes Orishas de la religión Yoruba como Oshun, Shango, Elegua, Ogun y otros. Cada verso ofrece información sobre el Orisha, incluyendo detalles sobre sacrificios y adivinaciones realizadas para ellos. El documento también contiene traducciones de los versos y canciones del Yoruba al español.
Ifá le dice a la persona que ofrezca un sacrificio para una vida larga. Debe ofrecer el sacrificio para tener tiempo, espacio y un ambiente propicio para prosperar. La adivinación fue lanzada para Rèmílékún Onígbò Afonran sobre un hechizo de muerte en Òwìnnì. Se le prescribió un sacrificio y Rèmílékún lo ofreció, ganando riqueza y prosperidad.
Ifá le dice a la persona que ofrezca un sacrificio para una vida larga. Debe ofrecer el sacrificio para tener tiempo, espacio y un ambiente propicio para prosperar. La adivinación fue lanzada para Rèmílékún Onígbò Afonran sobre un hechizo de muerte en Òwìnnì. Se le prescribió un sacrificio y Rèmílékún lo ofreció, ganando riqueza y prosperidad.
Ifá le indica a esta persona que realice un sacrificio para prevalecer y consagrarse a Sàngó, lo que le permitiría ver el fin de sus enemigos. Luego, la historia narra las experiencias de varias personas (Òwú, Sèkèrè y otros) a los que Ifá les indica realizar sacrificios que les traerían prosperidad y éxito sobre sus enemigos. Finalmente, se enfatiza que si se hace el bien en la tierra se cosecharán recompensas, mientras que si se comparte en la tiran
Este documento descreve as crenças iorubás sobre as Àjé Ìyáàmi, mulheres poderosas que receberam poderes de Olódùmarè. Explica que elas são divididas em três categorias principais e que ninguém pode escolher se iniciar nelas, somente elas escolhem. Também detalha os tipos de Àjé, sendo algumas boas e outras más se provocadas, e que devem ser respeitadas por seu poder de punir aqueles que as desrespeitam.
Ifá desea lo mejor para esta persona, pero le dice que debe ofrecer sacrificio y no ser avaro con su esposa. La esposa tampoco debe molestarse por las acciones de su marido. Si son pobres, ella debe ser paciente, pero cuando tengan riquezas, debe ejercer autocontrol para no arriesgar la fuente de ingresos. La historia trata de un hombre que cría pollos y uno muere, pero Èsù le dice que lo guarde, lo que finalmente cura a la hija enferma de Olókun.
O primeiro mapa mostra a localização e os nomes dos países da África, com destaque para os mares e oceanos que banham o continente. O segundo mapa apresenta as principais etnias que habitam a África nos séculos XVI-XVII, destacando os berberes no norte e diversos grupos étnicos no centro e sul do continente. O terceiro mapa ilustra as principais organizações políticas que existiam na África nos séculos XVI-XVII, com destaque para os estados independentes, colônias europeias e protetor
NO BRASIL E EM VÁRIOS LUGARES DO MUNDO EXISTEM MILHARES E MILHARES DE PESSOAS QUE, MARAVILHADAS PELO MISTÉRIO DOS ÒRÌSÀ. QUER SEJAM DESCENDENTES DE AFRICANOS, EUROPEUS, ASIÁTICOS OU DE QUALQUER OUTRA RAÇA DO PLANETA, ACABAM TRANSPONDO AS PORTAS DA INICIAÇÃO, SURPREENDIDOS PELO PARADOXO DE DEFRONTAR-SE COM CRENÇAS ALICERÇADAS EM RITUAIS DE REBUSCADA COMPLEXIDADE E AO MESMO TEMPO SIMPLES DE ENTENDIMENTO NA SUA ESSÊNCIA. AS CERIMÔNIAS SÃO ALEGRES, COLORIDAS, EMBALADAS PELO SOM DOS TAMBORES NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO, AGREGANDO PESSOAS DE TODAS AS CAMADAS SOCIAIS; CONTUDO, O APRENDIZADO RITUAL E FILOSÓFICO REQUER ESTUDOS SÉRIOS E CONTÍNUOS, QUE ACOMPANHARÃO O INICIADO PELA VIDA AFORA.
QUE MISTÉRIOS SÃO ESSE, OCULTOS EM MEIO A LENDAS E ENSINAMENTOS DE SABEDORIA ANCESTRAL?
O QUE NA VERDADE LEVA PESSOAS ÀS MAIS DIFERENTES TRADIÇÕES AFRO-DESCENDENTES, EM BUSCA DA INICIAÇÃO?
O perigo para as religioes afro brasileirasLuiz L. Marins
Pierre Verger adverte sobre dois grandes perigos para as religiões afro-brasileiras: 1) o turismo, que pode modificar a cultura, e 2) as teorias de intelectuais que, embora bem explicadas, propagam informações falsas sobre o candomblé. Ele cita como exemplo trabalhos que chegam a conclusões opostas à realidade. Roberto Motta complementa criticando antropólogos que impõem seus modelos em vez de estudar a realidade vivida.
Este documento resume um estudo realizado sobre as fontes utilizadas no livro "Os Nàgó e a Morte", escrito por Juana Elbein dos Santos. O estudo identificou 24 mitos usados como base no livro e listou a página, o nome do mito e a fonte. Aproximadamente 50% dos textos selecionados não tinham a fonte informada ou vieram de reinterpretações da própria autora. Os principais colaboradores foram Elbein & Santos e fontes não informadas.
Àjé refere-se à energia mágica e às pessoas que carregam essa energia. Àjé pode ser inato ou adquirido através de métodos como encantos de travesseiro ou incisões nos olhos. A forma mais poderosa de àjé é transmitida de mãe para filha ou durante o nascimento. Àjé é um dom espiritual e não uma força maligna.
1) A geomancia pode ter sido uma das bases para a formação do oráculo de Ifá na África Ocidental. A geomancia já era praticada por muitas etnias africanas com sinais divinatórios semelhantes.
2) O culto aos orixás já existia na região iorubá antes da introdução da geomancia e de Ifá. Os orixás tinham seu próprio oráculo e mitologia.
3) Ifá agregou os nomes dos signos divinatórios da geomancia aos odus que registram a cultura
Este documento contiene varias historias cortas sobre personas que reciben consejos de Ifá a través de adivinaciones. En la primera historia, Ifá le dice a una persona que obtendrá riqueza si realiza sacrificios. Siguiendo el consejo, la persona realiza sacrificios y se vuelve inmensamente rica. En otra historia, un sacerdote llamado Ológun Ìsesè recibe un consejo similar de Ifá y también se vuelve rico después de realizar sacrificios. Otras historias tratan sobre personas a las que Ifá les pide comport
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
O documento revisita a noção de pessoa ioruba, discutindo os elementos que compõem o ser humano de acordo com a cosmologia ioruba, incluindo o corpo, a alma, o espírito e a ancestralidade. Aborda também a diferença entre o mundo físico e espiritual segundo a visão ioruba.
[1] O documento discute a noção de destino na religião iorubá, segundo a perspectiva de E. Bolaji Idowu.
[2] Para os iorubás, o homem é composto de corpo (ara) e espírito (èmí). Olódùmarè é quem coloca o espírito no homem, dando-lhe vida.
[3] Além do espírito, os iorubás também concebem a alma (orí), que é a essência da personalidade de cada um e determina seu destino (ìp
1) O documento descreve a religião indígena iorubá, originária da Nigéria, que influenciou religiões como o candomblé no Brasil. 2) Ela explica os principais orixás cultuados e seus respectivos dias na semana sagrada iorubá, além de detalhar o jogo de búzios usado para divinação. 3) A religião iorubá prega a existência de um deus supremo e várias divindades que governam a terra e a humanidade sob sua orientação.
Este documento apresenta um resumo sobre o sistema de divinação Ifá encontrado entre o povo Yoruba da Nigéria. A introdução discute a mitologia de Ifá e seu papel central na religião e cultura Yoruba. O documento também apresenta 64 poemas do Ifá traduzidos para português, cobrindo os 16 principais odus ou categorias da poesia divinatória Ifá.
A posicao da mulher no culto a ancestralidade iorubaPublicitário
1) O documento discute a posição da mulher no culto à ancestralidade Yoruba, argumentando que ela é mal compreendida e foi distorcida ao longo do tempo.
2) Tradicionalmente, o culto Egungun venera tanto ancestrais masculinos quanto femininos individualmente, não apenas coletivamente como acreditavam alguns estudiosos.
3) Cultuar os ancestrais, tanto homens quanto mulheres, é essencial para a cultura Yoruba por manter viva a ancestralidade e guiar os vivos de forma digna.
De acordo com a concepção iorubá da alma, cada pessoa possui pelo menos três partes separadas: a respiração, a sombra e o guardião ancestral. A respiração dá vida e é responsável pelos sonhos, enquanto a sombra segue o corpo sem função. O guardião ancestral reside na cabeça e está ligado ao destino individual e à crença na reencarnação. Após a morte, essas partes normalmente se separam do corpo físico e viajam para o paraíso.
Obàtálá, o Òrìsà da criação, foi encarregado por Olódùmarè de criar o mundo com seu poder de sugerir e realizar. O mito da criação do mundo pelo Òrìsà Obàtálá é fundamental na religião ioruba e será resgatado neste trabalho através da reconstrução do poema sagrado Òrìsà Dídá Ayé.
Este documento discute vários rituais e cerimônias religiosas afro-brasileiras, incluindo o Ebbo Etutu realizado após a morte de um sacerdote, o Dia de Ita no qual o iniciado recebe conselhos de seu orixá, e uma cerimônia de iniciação em Ifá para um casal.
1) O documento discute a divinação básica usando Obi Abata, uma noz de cola de quatro lóbulos usada na religião iorubá.
2) Explica a anatomia do Obi Abata, identificando os segmentos masculinos e femininos.
3) Detalha as cinco combinações básicas de segmentos abertos e fechados usadas na divinação e o que cada uma representa.
1) O documento introduz os conceitos básicos da adivinhação com Obi Abata na religião iorubá, incluindo a anatomia da noz de cola e os significados de "aberto" e "fechado".
2) São descritas as cinco combinações básicas de segmentos abertos e fechados do Obi Abata que representam as posições de adivinhação.
3) É explicado que outros objetos como coco e búzios também podem ser usados para adivinhação, embora o foco seja no Obi Ab
Ifá é um sistema de adivinhação originário da África Ocidental entre os povos Yorubá. O sistema é conduzido pelos babalawos e utiliza métodos como o Opele-Ifá, Ikins e Merindilogun para interpretar os Odús e fornecer respostas aos consultantes. Ifá é considerado o porta-voz do Orixá Orunmilá.
1) O documento discute o uso tradicional do Obì na cultura Yoruba, incluindo seu uso em pactos de união, oferendas aos Orisas, remédios caseiros e cerimônias.
2) Conta o mito de como Osanyin, o primeiro herbolário Yoruba, fez um pacto com Orunmila para que o povo reconhecesse o valor do Obì.
3) Explica que o Obì é lançado para determinar se oferendas foram aceitas, venerar os Orisas, consultar conselhos div
Este documento descreve o grupo religioso conhecido como "Os Obás de Xangô" no terreiro de candomblé Opô Afonjá em Salvador, Bahia. A ialorixá Eugênia Ana dos Santos instituiu formalmente o grupo em 1937 com doze membros que receberam nomes inspirados na história iorubá para zelar pelo culto de Xangô. O babalaô Martiniano do Bonfim influenciou a organização do grupo com base em suas leituras sobre tradições iorubás.
O documento discute a criação do mundo segundo a religião afro-brasileira do Candomblé. Em três frases:
Olodumaré é o nome do Ser Supremo criador do universo segundo o Candomblé de tradição iorubá. Ele é adorado como o único Deus onipotente responsável por toda a criação. Os Orixás são entidades espirituais intermediárias entre Olodumaré e os humanos, encarregados de transmitir suas mensagens sagradas através da natureza.
O documento resume as principais informações sobre o Candomblé, incluindo sua origem na África, os orixás mais importantes, os toques musicais e rituais associados a cada orixá, e alguns temas polêmicos como homossexualidade e aborto.
O documento analisa a descendência dos Orishas na cultura iorubá e sua sobrevivência na iniciação do Batuque do RS, mostrando que os ritos podem ter sido fundados por descendentes reais dos Orishas. Segundo fontes tradicionais iorubás, os Orishas eram ancestrais importantes que após a morte passaram a ser cultuados como divindades, e sua descendência poderia se reencarnar para assumir posições de liderança, preservando assim laços familiares e linhagens reais na religi
O documento analisa a descendência dos Orishas na cultura iorubá e sua sobrevivência na iniciação do Batuque do RS, mostrando que os ritos podem ter sido fundados por descendentes reais dos Orishas. Segundo fontes tradicionais iorubás, os Orishas eram ancestrais poderosos que após a morte passaram a ser cultuados como divindades, e sua descendência poderia reencarnar dentro da mesma linhagem familiar real. Isso explicaria a origem dos ritos de iniciação do Batuque do RS.
Mahasiãh Raimundo _ Jaison Hinkel - Exu e a noção Iorubá de pessoa.pdfFernandoReis310745
1) O documento discute o orixá Exu e a noção iorubá de pessoa, explorando os saberes e lições que podem ser tiradas sobre a existência humana.
2) Exu é uma figura central na cosmologia iorubá e representa saberes éticos como retidão, paciência e emancipação.
3) A noção iorubá de pessoa está ligada a conceitos como caracter (iwá), consciência (okàn), corpo (ará), essência (orí) e sua relação com a comunidade, tempo e espaço.
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Este livro é uma obra antiguíssima, datado de aproximadamente o ano 300 dC. E provavelmente escrito na Síria onde o cristianismo crescia de forma pujante nos primeiros séculos da Era Cristã. O livro também é uma obra pseudo-epígrafa porque tem a pretensão de ter sido escrita pelos apóstolos para orientar a igreja na sua administração. Todavia é um livro que tem grande valor histórico porque revela como era a igreja nos primeiros séculos. Vemos que algumas coisas são bem enfática naqueles dias como o fato que só havia dois cargos na igreja [bispo ou presbítero e diácono], que uma boa parte do dinheiro coletado na igreja era usado para sustentar as viúvas e se pagava salário para os dirigentes das igrejas. Havia grupos dissidentes com enfoque na guarda da Lei de Moisés. Outra coisa que vamos percebendo ao ler esta obra era a preocupação dos cristãos em viverem uma vida santa e não havia tanta preocupação com a teologia. Ainda que vemos conceitos teológicos claros como a triunidade de Deus e o inferno eterno para os condenados. Este livro Didascalia não deve ser confundido com o DIDAQUÊ, este último é a mais antiga literatura cristã, sendo datado do ano 100 dC e o Didascalia é do ano 300. O Didascalia contem muito mais conteúdo do que o Diddaquê. Mas ambos seguem o mesmo princípio de ideias. As viúvas são tratadas no Didascalia quase como um cargo eclesiástico. Vemos em Atos 6 que o cargo de diácono foi criado para cuidar das viúvas. O cuidado social da igreja primitiva aos seus membros era patente.
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Este livro serve para desmitificar a crença que o apostólo Pedro foi o primeiro Papa. Não havia papa no cristianismo nem nos tempos de Jesus, nem nos tempos apostólicos e nem nos tempos pós-apostólicos. Esta aberração estrutural do cristianismo se formou lá pelo quarto século. Nesta obra literária o genial ex-padre Anibal Pereira do Reis que faleceu em 1991 liquida a fatura em termos de boas argumentações sobre a questão de Pedro ser Papa. Sempre que lemos ou ouvimos coisas que vão contra nossa fé ou crença, criamos uma defesa para não se convencer. Fica a seu critério ler este livro com honestidade intelectual, ou simplesmente esquecer que teve esta oportunidade de confronto consigo mesmo. Qualquer leigo de inteligência mediana, ao ler o livro de Atos dos Apóstolos que é na verdade o livro da história dos primeiros anos do cristianismo, verá que até um terço do livro de Atos vários personagens se alternam em importância no seio cristão, entre eles, Pedro, Filipe, Estevão, mas dois terço do livro se dedica a conta as proezas do apóstlo Paulo. Se fosse para colocar na posição de papa, com certeza o apóstolo seria Paulo porque ele centraliza as atenções no livro de Atos e depois boa parte dos livros do Novo Testamento foram escritos por Paulo. Pedro escreveu somente duas epístolas. A criação do papado foi uma forma de uma elite criar um cargo para centralizar o poder sobre os cristãos. Estudando antropologia, veremos que sempre se formam autocratas nas sociedades para tentar manter um grupo coeso, só que no cristianismo o que faz a liga entre os cristãos é o próprio Cristo.
1. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
REVISTA OLORUN N. 06 OUTUBRO 2011
ISSN 2358-3320 http://www.olorun.com.br
ÌPÒRÍ
Juana Elbein dos Santos &
Deoscoredes M. Dos Santos
Trabalho apresentado no
Colloque International sur La Notion de Personne em Afrique Noire,
Paris, 1971
Publicado pelo
C.N.R.S.
Centre National de la Recherche Scientifique
Paris, 1981,
Edição número 544
Tradução, introdução, transcrição e organização:
Luiz L. Marins
Terceira edição
Janeiro de 2015
1
2. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
INTRODUÇÃO DE LUIZ L. MARINS
Em 1971, Juana Elbein dos Santos e Deoscoredes Santos, apresentaram na Universidade
de Ibadan, Nigéria, um precioso trabalho bilíngue sobre Èsù, em iorubá e inglês, que
não foi publicado.1
Este importante trabalho, embora não publicado, veio a ser a base de outro trabalho,
também importante, apresentado no Colloque International sur La Notion de Personne
em Afrique Noire, Paris, 1971, (Colóquio Internacional para a Noção de Pessoa na
África Negra), cujo título é Èsù Bara, Principle of Individual Life in the Nàgó System
(Exu Bara, Princípio de Vida Individual no Sistema Nagô) 2
, sendo que, este último, foi
publicado pelo C.N.R.S.
Estes dois trabalhos formaram a base do conceito de “Bara do Corpo” apresentado por
Juana Elbein dos Santos em sua tese de doutorado defendida na Universidade de
Sorbonne, cujo conceito nas últimas décadas, foi adotado pelo candomblé
intelectualizado e reafricanizado, vindo a ser “atualmente” um dos seus fundamentos
basilares.
Neste colóquio de 1971, seguindo a orientação do tema principal sobre Noção de
Pessoa na África Negra, Juana e Deoscóredes registraram um odù Ifá3
, belíssimo texto
bilíngue, em iorubá e inglês, chamado Ìpòrí, muito esclarecedor sobre as relações de
Orí (símbolo da cabeça, do destino, e da individualidade), com os Òrìsà, os Ebora e os
Irúnmalè.4
1 Juana Elbein dos Santos & Deoscoredes M. dos Santos, Èsù Bara Láróyè – a comparative study,
Institude of African Studies, University of Ibadan, May, 1971.
2 O nome Nàgó ou Anàgó denota um sub-grupo étnico yorùbá, mas que adquiriu no Brasil uma
conotação muito maior. Assim como as palavras, yorùbá para Nigéria, e Lucumi para Cuba, a palavra
Nàgó tem sido aplicada coletivamente para todos aqueles grupos unidos por uma linguagem comum,
reivindicando a descendência mítica de um progenitor também comum, Odùduwà, e que migraram de
um único lugar mítico de origem, Ilè Ifè.
3 Ifá, é o nome do sistema oracular e sua divindade tutelar. Os Odù Ifá (256) são compostos pelas
histórias oraculares que acumulam o ensinamento universal, teológico, e cosmológico dos iorubás.
Cada um deles tem um nome e um sinal.
4 As divindades ou entidades sobrenaturais do sistema religioso iorubá. Entretanto, apesar de cada nome
possuir um significado particular, e de serem geralmente traduzidos como “deus” ou “deusas”,
existem importantes distinções entre eles.
2
3. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
É este texto que, pela riqueza de conceitos e informações, será aqui traduzido e
apresentado, em forma bilíngue, iorubá e português. Todas as notas são dos autores,
incluindo aquelas que foram alocadas nesta introdução, devido ao intertexto necessário.
Os colchetes inseridos são nossos, visando melhor conceito, sendo que os parênteses são
originais dos autores. A tradução do iorubá foi realizada a partir da versão em inglês,
conforme o texto original publicado pelo C.N.R.S.
Noção de Pessoa
O leitor encontrará algumas expressões conceituais que podem confundi-lo. Assim,
visando preparar a leitura, faremos algumas considerações iniciais.
As expressões “duplo no òrun/cópia no ayé”, referem-se ao corpo e espírito do ser
humano, que embora sejam uma coisa só, tem uma coexistência òrun/ayé. O duplo é o
espírito, também chamado de enìkejì (segunda pessoa), mas não deve ser entendido
como uma outra consciência, fora e separada do arayé (ser humano). Esta confusão
ocorre por que a palavra enìkejì tem duplo sentido.
O segundo sentido é quando refere-se a um protetor espiritual da pessoa (aláààbò),
podendo ser um ancestral ou não. Neste caso, sim, trata-se de uma outra consciência, à
parte da pessoa. É este enìkeji (aláààbò) geralmente ligado à ancestralidade e ao egbé-
òrun (família espiritual) que, no ato do ìbórí (sacrifício à cabeça), vem alimentar-se no
igbá-orí (assentamento de Orí).
Queremos com isso esclarecer:
a) o enìkeji (duplo da pessoa) alimenta-se sobre o Orí físico, sendo o duplo coexistente
da própria pessoa, é a pessoa …
b) o enìkeji (protetor) este sim, é uma outra entidade, e alimenta-se no igbá-orí.
Não faz sentido dizer que o duplo da pessoa “deixe momentaneamente o corpo físico do
arayé”, para ir alimentar-se no igbá-orí. Isto é completamente irracional.
3
4. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
Outra expressão que pode confundir o leitor é quando os autores dizem no poema que
“…todas as pessoas precisam ir à casa de Àjàlá para ter uma cabeça…”. O leitor pode
perguntar se Olódumarè e Obàtálá criam o ser espiritual sem cabeça. A resposta é não.
Explico: a palavra Orí é complexa e muda de significado conforme o contexto em que
está inserida. O orí de Àjàlá é uma metáfora iorubá para tentar explicar o “destino”. Um
Ifá lésé-lésé (poema de Ifá) recolhido por Abimbola (1976, p. 119 ss) diz que “aqueles
que antes de ir à casa de Àjàlá, vão consultar Ifá, Òrúnmìlà toca-lhes a testa com seus
instrumentos”. O texto diz:
Ni Òrúnmìlà bá kó Ifáa rè
Òrúnmìlà pegou seus instrumentos divinatórios
Ó fi kan Afùwàpé lórí
E tocou a cabeça de Afùwàpé com eles
Portanto, de acordo com os ìtan-Ifá, o ser que nascerá na ayé já possui Orí (cabeça), e
vai até a casa de Àjàlá para obter um orí-destino. Após escolher seu orí-destino, coloca-
o sobre o seu próprio orí-cabeça e vem para o ayé:
Ni Afùwàpé ba gbé e karí
Afùwàpé então fixou-o na sua cabeça
Ló bá korí s'ónà òde-ìsálaye
E veio em direção ao caminho da Terra
Uma vez nascido no ayé, tanto o orí-cabeça, quanto o orí-destino, vem a ser aquilo que
a diáspora afro-brasileira chama de orí’nú. Todo este complexo é representado pelo
igbá-orí, mas o duplo espiritual, o ènikeji, não está assentado nele.
O assentamento de Orí, o Ilé-Orí, chamado no Brasil de Igbá-Orí, é largamente
utilizado pelos iorubás. Queremos lembrar, porém, que o candomblé tradicional não faz
uso do assentamento de Orí, algo que se conservou de forma rudimentar no Batuque do
R.S. Uma descrição de um borí tradicional recolhido por Pierre Verger pode ser visto
aqui: http://www.olorun.com.br
4
5. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
Entretanto, atualmente os candomblés intelectualizados, reafricanizados ou
reinventados, como queiram, embora não tenham um padrão definido, culminaram por
adotar o uso comum do igbá-orí com otá, mas este não tem a finalidade de “assentar o
ènikeji”. Isto é completamente irracional, como já dissemos. Neste tipo de candomblé, o
uso do igbá-orí com ota tem apenas a finalidade de preparar os elementos que formarão
o futuro jogo de búzios do iniciado, conforme o modo de entender deste modelo atual de
candomblé. Isto é necessário que se frise.
Recentemente, devido à polêmica do uso do ota no igbá-orí adotado pelos candomblés
reafricanizados e/ou reinventados, tomamos o depoimento de um babalâo tradicional,
como pode ser visto aqui: http://iledeobokum.blogspot.com/2011/06/erick-wolff8-sao-
paulo-07062011-outro.html
Pensamos que, mesmo resumidamente, fica claro que o Orí de Àjàlá é uma metáfora de
destino, e não cabeça propriamente dita. É preciso dizer ainda, que a palavra Orí, dentro
do tema Noção de Pessoa, não está restrita ao significado de cabeça, mas carrega o
símbolo de todo o complexo, de destino, memória, ancestralidade, sentimentos,
individualidade, e reencarnação.
Sobre isso, escreve Juana Elbein, em outro trabalho “[...] com efeito, Orí é o que
individualiza, será o primeiro a nascer e o último a expirar. Orí também será o primeiro
que deverá ser venerado por um indivíduo, antes mesmo de seu Òrìsà [...]”(Os Nagô a
Morte, p. 216).
As obrigações rituais de Orí e Òrìsà são completamente separadas e individualizadas,
pois enquanto “Orí cuida do interesse individual e pessoal, Òrìsa existe no interesse
coletivo” (Abimbola, 1971). Ao se alimentar Orí, não se alimenta Òrìsà, e vice-versa.
Porém, é relativamente comum nas áreas mais extremas do Brasil, onde se perdeu o
conceito de Orí, o rito do Ìbòrí nestas áreas vir acompanhado de cantigas para Òrìsà, e
até mesmo, de assentamento de òkúta (pedra), ritualísticas que não existem na religião
tradicional iorubá.
5
6. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
Esclarecidos estes pontos em que foi necessário nos alongarmos, veremos na sequência
o texto de Juana Elbein e Deoscóredes (Mestre Didi), em fonte padrão, conforme
apresentado no Colóquio de 1971.
RESUMO SOBRE OS COMPONENTES DA PERSONALIDADE, NO SISTEMA
NÀGÓ
Juana Elbein dos Santos &
Desocóredes M. dos Santos
Para cada elemento “espiritual”, corresponde uma representação material ou corporal.
Assim, Orí (a cabeça física), é a representação material de Orí inú (cabeça espiritual
interior), incorporando os individuais e intransferíveis componentes intimamente
ligados com o destino pessoal.
Cada componente da personalidade, é derivada de uma origem, um elemento
constitutivo, que transfere sua característica material e significado simbólico. Por
exemplo: èmí é o princípio da existência que reside no peito e nos pulmões e é
representada pela respiração. Seu elemento original é Olórún, a Suprema Entidade, o
Dispensador da Existência, “Eléèmí”, o Ar Massa, a Protomatéria do Universo.
Nas palavras de um babaláwo (sacerdote conhecedor dos versos do oráculo de Ifá),
“cada pessoa tem uma parte do próprio Olórun em seu corpo” .
Estas entidades são a matéria de origem: os pais, os ancestrais ou mitos simbólicos
coletivos, dos quais partes individualizadas são desprendidas, para formar os elementos
de uma pessoa.
6
7. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
Estes elementos têm uma dupla [co]existência: enquanto uma parte está [invisível] no
òrun , a vastidão infinita do mundo sobrenatural, a outra parte está [visível] no
indivíduo, em toda a área particular do seu corpo, ou em íntimo contato com ele. O
duplo [coexistente] individualizado que está no òrun, pode ser louvado e representado
[fisicamente no ayé]. Se nós retornarmos ao exemplo de Orí, podemos examinar todas
estas características. Cada indivíduo possui seu orí-inú, próprio e intransferível.
O orí-inú é o elemento vivo materializado pela cabeça, [co]existindo com sua
contraparte no òrun. De fato, é o duplo do Orí pessoal, do òrun, que será transferido
para o aiyé (a Terra), onde nascerá. Literalmente, o texto diz: eléyí tí ó bá dé òde ìsálayé
(quando alguém chega neste vasto mundo). Cada Orí é moldado no òrun e sua origem
mítica pode variar. A porção original ou matéria original que cada cabeça é modelada, é
o Ìpòrí de cada pessoa. Esta concepção é fundamental, pois ela estabelece uma série de
relações entre o indivíduo e sua matéria de origem mítica. Ela determina o Òrìsà ou
entidade deificada que deverá cultuar, ela estabelece suas possibilidades e escolhas, e
acima de tudo, indica suas proibições (èwò), particularmente seus alimentos proibidos.
O Ìpòrí pessoal tem sua representação material, a qual, deverá ser preparada e
sacralizada, recebe oferendas, e é cultuado.
O Orí do òrun é também representado e venerado. Durante a cerimônia do bori (bo +
orí = cultuar a cabeça), ele é louvado, e sacrifícios são oferecidos para orí-inú, sobre a
cabeça da pessoa, e para o igbá-orí, a cabaça simbólica que representa sua contraparte
no òrun.
Tendo em vista a importância do Ìpòrí, elemento constitutivo da personalidade,
transcreveremos em seguida, uma parte de um odú Ifá, que explica a sua função:
EJÌOGBÉ
5
5 Narrado aos autores pelo babaláwo Ifatoogun, de Ilobu.
7
8. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
ÍPÒRÍ
1. Ìpòrí! Tí won ń pè ní Òkè Ìpòrí. Tí won si ń pè Òkè Ìpòrí ènìyàn. Èyí ni bii. Ibi tí odò
gbé sè. T'a ń pè ní Ìpurí Odò. Ní bi tí Odò gbé selè. Tó fi di omi ńlá títí lo. Béè náà ni
ènìyàn. Ni bi ti Òrìsà gbe búũ. Tó fi dá ènìyàn. Ni bè ni won ń pè ní Ìpòrí ènìyàn.
2. Wón bùũ òpe dá elòmíìn “elòmíràn”. Irú eni tí won bu òpe tí won fi dà. Eléyí tí ó bá
dé òde Isálayé. Ifá ni ó moo se. Wón bu òkuta. Wón fi dà elòmíìn "elòmíran" ti eléyí tó
bá dé òde Ìsálayé. Ògún ni Olúwarè yíó sin. Tí ó sì jé pé Ògún ni le gbàálà l'òde
isálayé.
3. Wón bu erùpè. Wón fi dá elòmíìn. Eléyí kò gbodò húwà èké. Ogbóni Ìyá wa Orò
Molè. Ni eléyí, ni ó móo gbaálà lòde ayé. Ni ó sì jé Òkè Ìpòrí rè.
4. Wón bu omi. Wón fi dá elòmíìn. Òsun! Yémónjá, Erinlè Oya. Ajé, Olókun. Àwon
báyí-báyí gbogbo. Ni ó jèé Òkè Ìpòrí fun Olúwarè.
5. Wón sì fi Aféré dá elòmíìn. Eléyí yíó jè Oranfè, Sàngó àbí Oya náà. Awon béè ni ó jé
Òkè Ìpòrí fún Olúwarè. Ifá tí so àlàyé wòn yí ni Osetùá àti Èjìogbè. O só báyí wípé: Orí
ní dá ni. Ení kankan ò í dórí. Òrìsà ní panídà láyé. Ení kankan kìí p'osaà dà. Àwon ló
difá fún Àjàlá. Tí se morí m'orí gbogbo ayé lálàde Òrun.
6. Ajàlá nì yí. Òun ni Olódìmarè fi sí òde òrun wípé ni. Kó móo mo orí. O sì jé Agbà
Òrìsà. Orí ni ímóo sílè ní joojúmó. Gbogbo ení tí nba wa ń ti ìkòlé òrun bò wá sí t'ayé.
Dandan ni kó lo sí òdò Ajàlá. Kó lo rèé gba orí.
7. Tó bá sì dé bè. Yiò gbé èyí tó bá wú ni. Bí ènìyàn bá fé. Ó le fún Àjàlá ní ǹkan. Bì
ènìyàn kò sì fún ní ǹkankan bí owó tàbí gbogbo ǹkan èbùn mìíràn. T'énìyàn kò bá fun,
kò ní bíléèrè. Kò sì ní pé kó mó gbè èyí tó bá wù. Sùgbón eni tó bá ti fún Àjàlá ní owó
àbí ohùn àlò tí won n lò l'òrun. Àjàlá yíò síjú ànú wó.
8. Yíó bá wá orí tó bá dára púpòjù. Iyejú àwon tí nwon ń fún Àjàlá ní ǹkan ebùn.
T'Àjàlá fowó ara rè yan orí fún. Àwon ni Orí won ń dára d'óde ayé, tí won ń là ti won ń
8
9. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
lówó, tàbí ti won ń darúgbó won ó tó kú, tàbí won ń fi joba. Àti eni tí ó ní gbogbo ohun.
Tí ó bá wá láyé.
9. Eni tí kò bá bi Àjàlá lérèè, láti fún ní ǹ kankan. Orí tí ó bá wùú, tí ó bá gbé. Bóyá ó le
jorí rere, bóyá ó sì le jé orí k'orí. Nítorípé Àjàlá ni ń mo orí won yí sílè.
10. Àwon gbogbo tí won tún jé, àwon tí ń bá Àjàlá sisé pò: Òrìsàálá ati Àwon Ojú Odù
Mérèèrìndínlógún: Ogbè-Méjì, Òyèkú-Méjì, Ìwòrì-Méjì, Odí-Méjì, Ìròsùn Méjì,
Òwónrín-Méjì, Òbàrá-Méjì, Òkànràn-Méjì, Ògúndá-Méjì, Òsà-Méjì, Ìkà-Méjì,
Òtúrúpòn-Méjì, Òtùrá-Méjì, Ìretè-Méjì, Òsé-Méjì, Òfún-Méjì. Éépà Odù!
11. Àwon Odù wònyí gbogbo, tí won jé métàdìnlógún. Àwon ni wón ń bá Àjàlá sisé pò.
Isé Orí mímo lójoojúmó. Irú ibi tí won bá ti bà dá. Orí kálùkù ní egún Ìpòrí yí. Irù òna
béè ni Olúwarè ó tò tí ó fi là láye. Tàbí ni ó jè ìgbàlà fún.
12. Ni bi irú ǹ kan tí won bá fi mó orí olúkálùkù náà. Ni wón tií moo irú isé tí ó ye. Ki
Olúkálùkù ó se tó le ró lórùn. Àti irú ǹ kan tó bá jé èwè rè, tí kò gbodò je. Nkan tí wón
fi se èdá orí mímo. N ló ní àpere, kìí sìí se pe. N kankan lásán sáá ń ko.
13. Ìtumò tó fi jé pe ni. Eni tí ó bá dé ayé tí kò bá mo Ojútù Òràn ???? rè mó. Nígbàtí ó
bá ti bi Ifá léree. Ifá ó sì mú àpejuwe ǹ kan tó bá jo ohun tí, won fi mo rè yí.
14. À ní, Irú Ebora báyí, òun ni kó móo tèlé. Tabí irú èwò ǹ kan báyí, ni ò gbòdò je. Kó
mó baà jèé lára ǹ kan tí won fi mo, orí rè. Kó mó baà jé pé. Yíò ya Olúwarè ní wèrè.
Tàbí yiò pákú, tàbí kò ní jé kò ní ǹ kan láyé. Oun ni wón ń fi ń pe. Irú ǹ kan tó bá jé
àdìmú eni yí ni Òkè Ìpòrí.
15. Ní ibi tí won bá bù tí wón bá fi mo orí ènìyàn ni Ìpòrí. Òun ná sì ni Ìpòri eni. Èýùn
ni pé.
16. Ní bi tí wón ti bu ǹ kan tí wón fi mo orí eni. L'à ń pè ní Ìpòrí eni. Bí Èjìogbè ati
Òsétura bí wón ti se jé rí ti wón sì fi hàn wá gbaagba òhun nì yí. Àború Àboye.
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10. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
EJÌOGBÉ
ÍPÒRÍ
1. O Ìpòrí é aquilo que é chamado de Òkè Ìpòrí. Òkè Ìpòrí é o espírito original
deificado. Ele é como a nascente do rio, que nós chamamos Ìpòrí odò, a fonte do rio, a
origem do rio, antes de vir a ser larga, seguindo seu curso. Assim, o mesmo acontece
com os seres humanos. Ele é o lugar onde Òrìsà pega uma porção para criar uma
pessoa. Ele é o lugar que é chamado Ìpòrí, para as pessoas.
2. Eles pegam uma parte da palmeira para criar alguém. O tipo de pessoa que eles
pegaram para criar com a palmeira, quando ela nascer, ela deverá cultuar Ifá. Eles
pegam uma parte da pedra, para criar outro tipo de pessoa. Quando esta pessoa nascer,
ela deverá cultuar Ògún. Na medida, que Ògún será sua salvação no mundo.
3. Eles pegam uma parte de barro para criar outro tipo de pessoa. Esta pessoa não
poderá ser um mentiroso. Porque Ògbóni, Ìyáa wa (nossa mãe ancestral), e Òrò Molè,
são seus progenitores e serão seus protetores na Terra. Òrò deverá ser seu Òkè Ìpòrí, seu
espírito original deificado na Terra.
4. Eles pegam uma parte de água para criar outro tipo de pessoas. Oxum, Iemanjá,
Erinlé, Oya, Ajê, Olokun, e assim por diante, deverá ser seu Òkè Ìpòrí, seu espírito
original deificado, na Terra.
5. Eles usam ar para criar alguns outros tipos de pessoas, espera -se que Òranfè, Sàngó,
Oya, ou outro similar, deverá ser seu Òkè Ìpòrí, espírito original deificado na Terra para
estas pessoas. Os odù de Ifá que explicam isto para nós, são Òsetùá e Èjíogbè. Eles
dizem assim: Orí cria todos nós. Ninguém pode criar Orí. Òrìsà pode mudar qualquer
pessoa na Terra. Ninguém pode mudar Òrìsà. Eles jogaram Ifá para Ajàlá. Aquele que
faz todas as cabeças no Òde-Òrun.
6. Àjàlá é aquele a quem Olódùmarè colocou no Òde Òrun para modelar Orí. Ele é um
Òrìsà antigo. Ele modela Orí todos os dias, colocando-os no chão. Aqueles que vão do
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11. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
Ìkòlé-Òrun para o mundo, são obrigados a ir para [a casa de] Àjàlá, para pegar uma
cabeça.
7. Quando ele chega ali, ele deverá fazer a sua escolha. Se desejar, ele poderá dar para
Àjàlá alguma coisa. Se não desejar, não dará nada para ele. Pode ser dinheiro, pode ser
qualquer presente. As pessoas que não derem a ele alguma coisa, não podem pedir sua
ajuda para fazer sua escolha. Mas aqueles que dão à Àjàlá dinheiro, ou alguma coisa
que é usado no òrun, Àjàlá deverá ser simpático com ele.
8. [Se ele consultou Ifá antes], ele [Àjàlá] o ajudará a encontrar o melhor Orí. Aqueles
que dão para Àjàlá alguns presentes, ele mesmo escolhe o Orí [para a pessoa], e ela terá
um bom destino na Terra. Ele, [ou] será rico, [ou] terá uma vida longa, [ou] será
entronado como rei. E conseguirá tudo o que necessitar na Terra.
9. Aqueles que não querem incomodar Àjàlá, perguntando e dando a ele alguma coisa, o
Orí [destino] que ele escolherá e carregará, ele poderá ser, talvez, um bom Orí, ou ele
poderá ser um mau Orí. Por que é Àjàlá que modela todos os Orí [destino].
10. Aqueles que trabalham com Àjàlá são: Òrìsàálá e os 16 Odú principais: Ogbè-Méjì,
Òyèkú-Méjì, Ìwòrì-Méjì, Odí-Méjì, Ìròsùn Méjì, Òwónrín-Méjì, Òbàrá-Méjì, Òkànràn-
Méjì, Ògúndá-Méjì, Òsà-Méjì, Ìkà-Méjì, Òtúrúpòn-Méjì, Òtùrá-Méjì, Ìretè-Méjì, Òsé-
Méjì, Òfún-Méjì. Saudação a Odu!
11. Todos estes Odù, que são dezessete, trabalham juntos com Àjàlá para modelar Orí
todos os dias. A parte que é tomada fora, [e colocada junto] com o que todo Orí é
modelado, é Egún Ìpòrí (matéria ancestral). A pessoa deverá cultuar sua matéria
ancestral para vir a ser rico no mundo, como também ter sua proteção.
12. O tipo de coisa de onde eles modelaram Orí, deverá indicar que tipo de trabalho é
adequado para cada um, e que pode favorece-lo, e que o fará rico. E todas as coisas
prescritas como proibição, (èwò) para ele, e que são proibidas para comer, por causa da
maneira como eles modelaram seu Orí. O material que é usado para criar Orí tem um
signo que o distingue, e não é apenas um material.
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12. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
13. O motivo do porque isto é assim, é que, uma pessoa que está viva, e não consegue
solução para sua condição, quando ele consulta Ifá, Ifá informará alguns exemplos da
natureza do qual sua cabeça foi modelada.
14. Ifá dirá, este tipo de Ebora que você deverá seguir, ou uma certa coisa proibida que
você não deve comer. Pois você não pode comer da mesma matéria que a sua cabeça foi
construída, para que não fique louca, não morra, ou viva uma vida miserável. Isto é uma
coisa particular da pessoa (àdímú), e seu espírito deificado de origem (Òkè Ìpòrí).
15. O lugar de onde eles pegaram uma parte da matéria original para modelar as cabeças
das pessoas é Ìpòrí. E isto é o Ìpòrí desta pessoa.
16. Isto significa que o lugar que onde eles pegam as coisas para modelar a cabeça de
alguém é o que nos chamamos Ìpòrí da pessoa. É isto que Èjìogbè e Òsétura
testemunham e revelam, para nós, nesta vida, como que é isto. Àború Àboye.
Por extensão, Ìpòrí aplica-se aos ancestrais diretos da pessoa, pai e mãe, elementos
diretos, imediatos e particulares. Os pés, estando em contato com a terra, são as partes
do corpo através dos quais “respondem”, sendo que, o dedão direito representa o pai, e o
esquerdo, a mãe. Isto é o motivo pelo qual Lucas, com alguma ingenuidade, sustenta
que o Ìpòrí é o “caminho da cabeça”6
, e Abraham, tomando a sugestão de Lucas,
simplifica ainda mais este elemento pessoal fundamental, quando diz, “Lucas afirma
que Ìpòrí é o espírito deificado vivendo no dedão”.
Alguns dos componentes de personalidade do òrun, transfere sua contraparte para fazer
parte dentro do indivíduo no àiyé; cada contraparte assume então uma dupla existência
[ou co-existência], onde, uma parte representa o aspecto coletivo, e outra, o individual e
exclusivo aspecto da pessoa, o qual desenvolve normalmente como pessoa humana.
6 Lucas, J. Oluminde. The Religion of the Yoruba, C.M.S. Bookshop, Lagos, 1948, p. 250.
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13. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
Para dizermos de uma outra forma, nós podemos dizer que, os elementos terrestres ou
corporizados da pessoa, no sistema Nàgó, simultaneamente, extrai um ancestral coletivo
de aspecto impessoal, e um novo aspecto, uma interação ou resultado individual.
Por exemplo, o iyè representa a memória. Cada pessoa tem dois tipos de iyè:
(a) o iyè que acompanha o èmí, [a memória espiritual] , o príncipio existencial. Ele
carrega a memória ancestral, e acompanha o èmí através do mundo dos sonhos, quando
este, parcialmente abandona o corpo quando nós cochilamos ou sonhamos, e também
após a morte, quando o èmí retorna para o ìkole-òrun. É por isto que se diz:
Orí ohùn kan náa ni Iyè ati èmí wà
Iyè e èmí são a mesma coisa
(b) o outro tipo de iyè, é aquele que possibilita experiências para serem lembradas,
pesquisadas e acumuladas, [a memória física]. Ela acomponha a pessoa quando acorda.
Lucas a chama de “corpo mental ou mente” e diz que é “a parte consciente do homem e
depende da solidez do cérebro [opolo]”. Quando uma criança nasce, ela não possui seu
iyè de uma forma desenvolvida, pois ela o desenvolve [aos poucos], crescendo e
aprendendo. Ela é comparada a uma bolsa (àpò-iyè), no qual são gradualmente
acumulados o conhecimento e memória [ìránti] de um indivíduo. Após a morte, o àpò-
iyè desaparece com o corpo. Supõe-se que muitos problemas e desiquilíbrios mentais
são geradas quando o iyè individual, está impedido ou em conflito com seu iyè
ancestral. Quando uma pessôa está em dúvida, costuma-se dizer:
Ó nse ní'yè méjì
Os dois iyè não estão em acordo.
Outra representação de Ìpòrí, é a placenta, porção separada e individualizada do útero,
que transmite a matéria original mítica e suas representações ancestrais.
1. Òrúnmìlà ló nti ìkòle-òrun bò wa si t'aiye,
2. Ó fé Òkè-Ìpòrí rè tira jéé,
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14. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
3. A dífá fún Aboyún
4. A bù fún ojo Ibí
5. Njé Òkè Ìpòrí mi ò
6. Ìbí ni mo dá padà yìí oo Èkejì Isù7
1. Quando Òrúnmìlà estava vindo do òrun para o àiyé
2. Ele colocou gentilmente ao lado dele seu Òkè-Ìpòrí
3. Este foi o oráculo jogado para Aboyún (gestante)
4. E repetido para ojo ibí (o dia do nascimento)
5. Por isso, minha matéria de origem
6. A placenta do qual nasci, é minha segunda proteção.
Este odù é ilustrado pela história que se segue, revelando o que é, e como é preparada a
representação material do Ìpòrí. Daremos uma pequena versão, relatada a nós pelo
babaláwo 8
:
“Quando Òrúnmìlà foi concebido, sua mãe ficou doente, e aparentava que ela perderia seu filho. Ifá,
tendo sido consultado, esclareceu que Òrúnmìlà não havia trazido sua placenta e que não sobreviveria.
Uma oferenda, com vários sacrifícios de animais prenhos foi realizada.
Aboyún, a mãe de Òrúnmìlà, comeu porções de partes importantes do sacrifício. Após isto, sua placenta
veio a ser fixada para o filho concebido, e ele veio a ter força e saúde. No dia do parto, a placenta
desenlaçou-se primeiro, e veio a ser difícil para a criança nascer.
Após Òrúnmìlà nascer, sua placenta estava ao lado dele, quando ela foi cortada e colocada em um pote de
cerâmica, com uma tampa, e enterrada no monte, ao lado da cama, onde sua mãe costumava dormir.
Foi deste monte que, quando Òrúnmìlà veio a ser adulto, ele pegou uma pequena porção do local onde
7 (Nota do tradutor) O texto original traz outra palavra, Èsù, para nós completamente fora do contexto.
Assim, com base no dicionário do Abraham, tomamos a liberdade alterar o texto, pois entendemos que
trata-se de um equívoco de tradução fonética, talvez devido a um metaplasmo. A palavra ìsù,
“amalgama mais ou menos esférica de algo”, no caso, um amuleto de proteção, completa melhor o
conceito do texto. (Dictionary of Yoruba Modern, R.C. Abraham, 1962, p. 324)
8 Relatado para os autores por Mr. Dr. Agboola Adeniji, Ancião de Iwo, Nigéria. [Secretário do Intituto
de Estudos Africanos da Universidade de Ibadan, Nigéria].
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15. Ìpòrí - Juana Elbein dos Santos e Deoscóredes M. dos Santos
sua placenta foi enterrada, e realizou os mesmos sacrifícios como sua mãe havia realizado.
Junto com o sangue, ele modelou uma espécie de cabeça, não redonda, parecida com o coração humano.
Ele a chamou de Òkè Ìpòrí, e colocou-a na sacola para ser carregada junto com ele. É como se a placenta
o estivesse escoltando, quando ele deixa a casa. É o símbolo da sua segunda proteção.”
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