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MUSEUS, ARTE, EDUCAÇÃO
A arte, em sentido lato, deveria ser a base da educação. Herbert Read
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Eisner afirma que os seres humanos chegam ao mundo sem mente mas com cérebro. Segundo este autor, o cérebro é biológico e a mente é o resultado de um  desenvolvimento cultural . Assim, a mente é fruto de um processo, constrói-se. Constrói-a o próprio indivíduo mas também aqueles, cujo trabalho é fomentar o desenvolvimento individual, e esses são aqueles a quem chamamos professores.
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A educação em museus é um esforço para usar as obras de arte para dar forma à experiência humana e, formar assim, a maneira de pensar e sentir das pessoas. A satisfação estética é um dos resultados desse esforço.
Como afirma Eisner, não será talvez bom, separar as palavras sentir e pensar. A capacidade para sentir aquilo que uma obra de arte exprime, ou para participar na viagem emocional que proporciona, resulta do que pensamos sobre o que vemos. Por outro lado, o que vemos resulta daquilo que aprendemos a procurar.
O ACTO DE  VER  NÃO É APENAS UMA ACTIVIDADE QUOTIDIANA, MAS TAMBÉM UMA “REALIZAÇÃO”, ENQUANTO QUE  OLHAR  É UMA TAREFA; É VENDO QUE ALTERAMOS A EXPERIÊNCIA, E UMA VEZ ALTERADA, ESTA EXPERIẼNCIA VAI MUDAR A MENTE HUMANA.
Ao longo dos tempos, separámos razão e emoção estabelecendo uma hierarquia que coloca a razão em primeiro lugar. Esta é uma forma inadequada de caracterizar aquilo que  pensar   implica, pois pensar é aperceber-se, distinguir, retirar ilações, fazer comparações e confrontos e estabelecer relações.
Assim, a tarefa de todos nós implicados na educação  em museus é entender e criar as condições que ajudem a  ver ,  para poder assim, fomentar o desenvolvimento do pensamento humano.
Assim,a nossa função consiste em criar de condições que permitam às pessoas aprender, formular juízos críticos. Para isso é necessário ajudá-las a usar os sentidos, de modo a que a sua experiência do mundo se possa tornar mais profunda, mais verdadeira.
Aquilo que os museus fazem para promover experiências educativas é da maior importância e é uma condição necessária para que a visita tenha algum tipo de retorno, ou seja, proporcione uma experiência estética. Não sendo assim, a visita não terá significado, não trará uma nova experiência, ficará apenas como um mero desfilar de imagens sem significado.
A arte não fala por si própria, as obras não têm o poder de penetrar na ignorância e, se assim fosse, a educação em museus não faria qualquer sentido. As obras, tal como os livros, têm de ser “lidas” e sem cultura visual não podemos decifrar as suas mensagens.
O nosso papel é ajudar a decifrar, é ensinar a colocar as questões que permitam  ver,   ajudar a que a experiência estética, transformadora tenha lugar. Baseado Eisner, Elliot W., “The Museum as a Place for Education”. Maria de Lourdes Riobom

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Museus, arte, educação

  • 2. A arte, em sentido lato, deveria ser a base da educação. Herbert Read
  • 3.
  • 4. Eisner afirma que os seres humanos chegam ao mundo sem mente mas com cérebro. Segundo este autor, o cérebro é biológico e a mente é o resultado de um desenvolvimento cultural . Assim, a mente é fruto de um processo, constrói-se. Constrói-a o próprio indivíduo mas também aqueles, cujo trabalho é fomentar o desenvolvimento individual, e esses são aqueles a quem chamamos professores.
  • 5.
  • 6. A educação em museus é um esforço para usar as obras de arte para dar forma à experiência humana e, formar assim, a maneira de pensar e sentir das pessoas. A satisfação estética é um dos resultados desse esforço.
  • 7. Como afirma Eisner, não será talvez bom, separar as palavras sentir e pensar. A capacidade para sentir aquilo que uma obra de arte exprime, ou para participar na viagem emocional que proporciona, resulta do que pensamos sobre o que vemos. Por outro lado, o que vemos resulta daquilo que aprendemos a procurar.
  • 8. O ACTO DE VER NÃO É APENAS UMA ACTIVIDADE QUOTIDIANA, MAS TAMBÉM UMA “REALIZAÇÃO”, ENQUANTO QUE OLHAR É UMA TAREFA; É VENDO QUE ALTERAMOS A EXPERIÊNCIA, E UMA VEZ ALTERADA, ESTA EXPERIẼNCIA VAI MUDAR A MENTE HUMANA.
  • 9. Ao longo dos tempos, separámos razão e emoção estabelecendo uma hierarquia que coloca a razão em primeiro lugar. Esta é uma forma inadequada de caracterizar aquilo que pensar implica, pois pensar é aperceber-se, distinguir, retirar ilações, fazer comparações e confrontos e estabelecer relações.
  • 10. Assim, a tarefa de todos nós implicados na educação em museus é entender e criar as condições que ajudem a ver , para poder assim, fomentar o desenvolvimento do pensamento humano.
  • 11. Assim,a nossa função consiste em criar de condições que permitam às pessoas aprender, formular juízos críticos. Para isso é necessário ajudá-las a usar os sentidos, de modo a que a sua experiência do mundo se possa tornar mais profunda, mais verdadeira.
  • 12. Aquilo que os museus fazem para promover experiências educativas é da maior importância e é uma condição necessária para que a visita tenha algum tipo de retorno, ou seja, proporcione uma experiência estética. Não sendo assim, a visita não terá significado, não trará uma nova experiência, ficará apenas como um mero desfilar de imagens sem significado.
  • 13. A arte não fala por si própria, as obras não têm o poder de penetrar na ignorância e, se assim fosse, a educação em museus não faria qualquer sentido. As obras, tal como os livros, têm de ser “lidas” e sem cultura visual não podemos decifrar as suas mensagens.
  • 14. O nosso papel é ajudar a decifrar, é ensinar a colocar as questões que permitam ver, ajudar a que a experiência estética, transformadora tenha lugar. Baseado Eisner, Elliot W., “The Museum as a Place for Education”. Maria de Lourdes Riobom