SlideShare uma empresa Scribd logo
O papel educacional do
Museu de Ciências: desafios
e transformações
conceituais.
Carla Gruzman e Vera Helena F. de Siqueira
Autoras:
Carla Gruzman
Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da
Universidade de São Paulo, possui Mestrado em Tecnologia
Educacional nas Ciências da Saúde pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (2003) e graduação em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (1984). É tecnologista em
saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz.
E-mail: carlag@coc.fiocruz.br
Vera Helena F. de Siqueira
Núcleo de Tecnologia Educacional para as Ciências de Saúde -
NUTES, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil. E-mail: verahfs@yahoo.com.br
O que é museu?
Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em
1683, o primeiro dos museus modernos.
Introdução
Missão Cultural;
Função de
preservar, conservar, pesquisar, expor e é um
campo fértil para as práticas educativas;
Compromisso de empreender um dialogo com
diferentes públicos que o frequentam;
Museu-público torna-se uma tentativa de
discussões;
A articulação com a sociedade se intensifica a
O museu
Surgimento no renascimento;
Ampliação no séc. XVII e XVIII, devido o crescimento das
coleções;
A feição pública do museu veio no séc. XVIII;
O entusiasmo de organização do conhecimento, fez
surgir um grande número de novos museus.
British Museum (1753), Londres
O museu
 No séc. XIX há o surgimento de novos museus e os
aspectos educativos tornam-se motivos de reflexão;
 Inicio da era das grandes exposições internacionais;
 Os museus do séc. XX passam a ter exposições de âmbito
educativo;
 Na 2ª Guerra Mundial os museus começam a ter a vertente
educacional voltada para maior participação do visitante;
 Por volta do séc. XIX aparecem no Brasil os museus de
ciência .
Museu do Ipiranga
( atual Museu Paulista)
Museu Nacional do
Rio de Janeiro
O Museu
 Nos anos 80 foram criados museus e centros de ciência com
ênfase na educação e difusão científicas;
Museu de Astronomia e Ciências Afins, RJ
O museu
 Nos anos 90 as ações voltadas para difusão científica,
ganharam impulso com editais elaborados por instâncias
governamentais;
 A inauguração de quatro instituições museológicas mostram
todos os esforços para difusão científica.
Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS
ICOM (1946)- Conselho Internacional
de Museus;
UNESCO-Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciências e
Cultura.
(1958-1992): Debates e
aprofundamentos sobre o papel
social dos museus.
 Desde a inclusão de diferentes tipos de públicos a ênfase na
forma de exploração dos objetos em exposição para melhor
compreensão do público.
 Da flexibilização da interpretação dos objetos de museu á
necessidade de reconhecer as expectativas do usuário do
museu.
 Da utilização de linguagens de comunicação familiares aos
visitantes à busca pela inclusão de diferentes grupos culturais;
 Do aprofundamento das relações com as comunidades mais
próximas da instituição à ampliação da relação do museu com
seu meio social, politico e econômico, com parte da missão
institucional.
Definição atual dos museus:
 Além de suas funções de preservar, conservar, pesquisar,
comunicar e expor; são instituições a serviço da sociedade,
voltados para o estudo, lazer e educação.
AAM-Associação Americana de
Museus, destacou :
 Os museus proporcionam o seu mais frutífero serviço público
justamente ao oferecer uma experiência educacional no seu
amplo sentido. Promovendo a habilidade de viver
produtivamente numa sociedade pluralista e de contribuir
com as resoluções dos desafios com os quais nos
deparamos com cidadãos globais. A responsabilidade
pública educacional dos museus apresenta duas facetas:
excelência e igualdade (...)
Antes os múltiplos desafios do futuro, vislumbra-se
na educação um importante trunfo para a
construção das ideias da paz, liberdade e justiça
social. Tendo em tese a globalização indo de
encontro com as ideias igualitária dos museus.
Museu X Internet
Museu:
preservar, conservar, pesquisar, comunicar e
expor.
Internet:
Preservar, conservar, pesquisar, comunicar e
expor.
Morin (08/07/1921)
 É um antropólogo, sociólogo e filósofo francês, de família
judia;
 Durante a 2ª Guerra Mundial, participou da resistência
francesa.
 Segundo Morin, no séc. XX os progressos não eram
acompanhados pela reflexão crítica, pois o conhecimento
estava disperso em vários campos disciplinares.
Aspectos dos estudos de
Morin(2000)
Ele introduz o conhecimento de forma abstrata;
Coloca obstáculos na compreensão;
Afirmava que as ciências, permitiam certezas, mas
também apontavam incertezas;
Neste sentido, Morin acreditava que a educação
deveria ser baseada na incerteza.
Segundo o texto elaborado pelo
ICOM no Brasil:
“ o objetivo da educação em museus é oferecer a
comunicação, informação, o aprendizado, a
construção da cidadania e o entendimento do que
seja identidade” (Studart, et.al, 2004, p.37)
Desafios colocados a educação
referente aos museus:
1980: A UNESCO firma compromisso para
desenvolvimento das ciências;
O programa “ ciências para todos”.
Delgado e Quevedo
Segundo Delgado e Quevedo(1997) a ciência era:
“ um conjunto de atividades sociais realizadas por
indivíduos de caráter amplo e com estratégias
cognitiva.”
Nesse sentido o conhecimento seria mais dinâmico.
A ciência no campo da
popularização
É um monólogo, descontextualizado pois ao
homogeneizar a sociedade, se desconhece a
cultura.
Atuais desafios educacionais
referente ao mundo
Educação na valorização da aprendizagem ao longo da
vida.
Feshman (1999)
Para ele, a importância das ciências era a
possibilidade de focalizar as novas necessidades
sociais de enfrentar imprevistos,
Feshman propõe três gerações de museus:
1. Eleger o objeto histórico como foco da exposição;
2. Buscar maior comunicação com o público;
3. Tem como missão a educação do público visitante.
Museus de 1º e 2º geração
 Em ambas as instituições a comunicação é reflexo de uma
pedagogia tradicional.
- O museu expõe o conhecimento de forma autoritária e o
visitante tem um papel passivo nesse processo.
 Ainda na Segunda Geração, formam-se museus com
características mais participativas que valorizam a interação
do visitante com a exposição (hands-on).
-Indicado pelos Educadores da Escola nova;
-Tendência muito disseminada na Educação Escolar na década
de 60;
-Maior interação dos visitantes;
-Contavam com aparatos e displays interativos;
-Apresentavam uma resposta certa , que era reforçada no final
da atividade;
Museus da 3º geração
Preocupação com a alfabetização cientifica;
Focaliza o papel da ação do sujeito na aprendizagem;
Interação com a exposição a partir de diferentes
dispositivos;
Comunicação entre os visitantes e a ciência é mediada
por uma maior interatividade com os aparatos.
(Característica marcante).
Procurava utilizar mais aparatos com resposta aberta;
Wagensberg
Doutor em física pela Universidade de
Barcelona, pesquisador, museólogo, escritor.
É referência para museus de ciências no mundo;
Professor da teoria dos processos irreversíveis;
Afirma que:
 A função primordial de um museu de ciências é o estimulo à curiosidade
sobre o conhecimento e o método cientifico.
 A exposição e os elementos do museu instigam os visitantes nos seguintes
aspectos

-Interatividade Manual
 Emoção provocada por meio da manipulação dos objetos;
-Interatividade Mental.
 Reflexão e a associação de ideias entre conceitos científicos e do cotidiano;
-Interatividade Cultural.
 Valoriza a construção das identidades das comunidades do entorno do
museu;

 “Ao visitar um Museu de ciências o visitante deve sair com mais perguntas
do que tinha quando entrou.”

- Dessa maneira o museu teria alcançado o objetivo de atuar como uma
ferramenta para mudança individual e social.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A Museologia: Ciência Social
A Museologia: Ciência SocialA Museologia: Ciência Social
A Museologia: Ciência Social
Teresa Bock
 
Educacao em museus
Educacao em museusEducacao em museus
Educacao em museus010214
 
Visita a curitiba
Visita a curitibaVisita a curitiba
Visita a curitibanailsonp
 
Experiencia Com Universitarios
Experiencia Com UniversitariosExperiencia Com Universitarios
Experiencia Com Universitarios
Margari León
 
O museu na contemporaneidade
O  museu na contemporaneidadeO  museu na contemporaneidade
O museu na contemporaneidadeRita Carvalho
 
Arqueologia da mídia
Arqueologia da mídiaArqueologia da mídia
Arqueologia da mídia
Aline Corso
 
Pre projeto term
Pre projeto termPre projeto term
Pre projeto term
faraga23
 
Síntese conferência (1) (1)
Síntese conferência (1) (1)Síntese conferência (1) (1)
Síntese conferência (1) (1)
j_sdias
 
Pesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iii
Pesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iiiPesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iii
Pesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iiiRita de Cássia Freitas
 
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueDivulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Semana Biblioteconomia
 

Mais procurados (12)

A Museologia: Ciência Social
A Museologia: Ciência SocialA Museologia: Ciência Social
A Museologia: Ciência Social
 
Educacao em museus
Educacao em museusEducacao em museus
Educacao em museus
 
Visita a curitiba
Visita a curitibaVisita a curitiba
Visita a curitiba
 
Tese
TeseTese
Tese
 
Experiencia Com Universitarios
Experiencia Com UniversitariosExperiencia Com Universitarios
Experiencia Com Universitarios
 
O museu na contemporaneidade
O  museu na contemporaneidadeO  museu na contemporaneidade
O museu na contemporaneidade
 
Arqueologia da mídia
Arqueologia da mídiaArqueologia da mídia
Arqueologia da mídia
 
01
0101
01
 
Pre projeto term
Pre projeto termPre projeto term
Pre projeto term
 
Síntese conferência (1) (1)
Síntese conferência (1) (1)Síntese conferência (1) (1)
Síntese conferência (1) (1)
 
Pesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iii
Pesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iiiPesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iii
Pesquisa, orientação profissional e iniciacao cientifica modulo iii
 
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueDivulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
 

Destaque

Guia 9-semana-de-museus-final
Guia 9-semana-de-museus-finalGuia 9-semana-de-museus-final
Guia 9-semana-de-museus-finaldenisefiletti
 
Os Blogues Como Instrumentos De Trabalho
Os Blogues Como Instrumentos De TrabalhoOs Blogues Como Instrumentos De Trabalho
Os Blogues Como Instrumentos De Trabalho
NoMundodosMuseus
 
Criatividade e museu
Criatividade e museu Criatividade e museu
Criatividade e museu João Lima
 
Museus, arte, educação
Museus, arte, educaçãoMuseus, arte, educação
Museus, arte, educaçãoJoão Lima
 
Uma viagem ao mundo dos museus
Uma viagem ao mundo dos museusUma viagem ao mundo dos museus
Uma viagem ao mundo dos museus
profmariely
 
Museus de Ciência e formação de professores e educadores
Museus de Ciência e formação de professores e educadoresMuseus de Ciência e formação de professores e educadores
Museus de Ciência e formação de professores e educadoresJoão Sousa
 
Mediação: acção educativa em museus
Mediação: acção educativa em museusMediação: acção educativa em museus
Mediação: acção educativa em museusssafreixo _
 
Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)
Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)
Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)
Maria Mariano
 
Castelos e Fortificações Medievais
Castelos e Fortificações MedievaisCastelos e Fortificações Medievais
Castelos e Fortificações Medievais
eb23sroque
 
Museu de artes e ofícios
Museu de artes e ofíciosMuseu de artes e ofícios
Museu de artes e ofíciosfannyeduc4
 
Uma viagem ao tempo dos castelos
Uma viagem ao tempo dos castelosUma viagem ao tempo dos castelos
Uma viagem ao tempo dos castelosbibliotecap
 
Castelos portugal
Castelos portugalCastelos portugal
Castelos portugal
Armando Oliveira
 
Castelos medievais
Castelos medievaisCastelos medievais
Castelos medievaisDoug Caesar
 

Destaque (20)

Guia 9-semana-de-museus-final
Guia 9-semana-de-museus-finalGuia 9-semana-de-museus-final
Guia 9-semana-de-museus-final
 
Os Blogues Como Instrumentos De Trabalho
Os Blogues Como Instrumentos De TrabalhoOs Blogues Como Instrumentos De Trabalho
Os Blogues Como Instrumentos De Trabalho
 
Criatividade e museu
Criatividade e museu Criatividade e museu
Criatividade e museu
 
Museus, arte, educação
Museus, arte, educaçãoMuseus, arte, educação
Museus, arte, educação
 
scanned cert,,,
scanned cert,,,scanned cert,,,
scanned cert,,,
 
Uma viagem ao mundo dos museus
Uma viagem ao mundo dos museusUma viagem ao mundo dos museus
Uma viagem ao mundo dos museus
 
Museus de Ciência e formação de professores e educadores
Museus de Ciência e formação de professores e educadoresMuseus de Ciência e formação de professores e educadores
Museus de Ciência e formação de professores e educadores
 
O museu e eu 4
O museu e eu 4O museu e eu 4
O museu e eu 4
 
Mediação: acção educativa em museus
Mediação: acção educativa em museusMediação: acção educativa em museus
Mediação: acção educativa em museus
 
Um museu é uma instituição
Um museu é uma instituiçãoUm museu é uma instituição
Um museu é uma instituição
 
Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)
Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)
Uma viagem ao tempo dos castelos (ficha de exploração)
 
Castelos e Fortificações Medievais
Castelos e Fortificações MedievaisCastelos e Fortificações Medievais
Castelos e Fortificações Medievais
 
Power point castelos
Power point  castelosPower point  castelos
Power point castelos
 
Museu de artes e ofícios
Museu de artes e ofíciosMuseu de artes e ofícios
Museu de artes e ofícios
 
Uma viagem ao tempo dos castelos
Uma viagem ao tempo dos castelosUma viagem ao tempo dos castelos
Uma viagem ao tempo dos castelos
 
Ficha monumentos
Ficha monumentosFicha monumentos
Ficha monumentos
 
Castelos portugal
Castelos portugalCastelos portugal
Castelos portugal
 
Castelos medievais
Castelos medievaisCastelos medievais
Castelos medievais
 
O Museu
O MuseuO Museu
O Museu
 
Museu e museologia bci 11
Museu e museologia bci 11Museu e museologia bci 11
Museu e museologia bci 11
 

Semelhante a O papel educacional do museu de ciências

Congresso equador
Congresso equadorCongresso equador
Congresso equador
Carolina Medeiros
 
Caracterização dos espaços nao formais
Caracterização dos espaços nao formaisCaracterização dos espaços nao formais
Caracterização dos espaços nao formaisHebert Balieiro
 
O currículo de ciências como campo de disputa
O currículo de ciências como campo de disputaO currículo de ciências como campo de disputa
O currículo de ciências como campo de disputaRobert Joseph
 
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Fábio de Albuquerque
 
Transdisciplinaridade
TransdisciplinaridadeTransdisciplinaridade
Web Social
Web SocialWeb Social
Web Social
Alexandre Miranda
 
Museus e centros de ciencias
Museus e centros de cienciasMuseus e centros de ciencias
Museus e centros de ciencias
cristianeramosteixeira
 
Aula no mcdb
Aula no mcdbAula no mcdb
aulas 6 e 7- História da Educomunicação.ppt
aulas 6 e 7- História da Educomunicação.pptaulas 6 e 7- História da Educomunicação.ppt
aulas 6 e 7- História da Educomunicação.ppt
mocardoso
 
Museu do inconsciente coletivo
Museu do inconsciente coletivoMuseu do inconsciente coletivo
Museu do inconsciente coletivo
Ex Votos Do Brasil
 
As finalidades da museologia IV
As finalidades da museologia IVAs finalidades da museologia IV
As finalidades da museologia IV
Teresa Cristina Bock
 
Ci tematica historia e fundamentos
Ci tematica historia e fundamentosCi tematica historia e fundamentos
Ci tematica historia e fundamentosBiblio 2010
 
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científicaIEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
Instituto de Estudos Avançados - USP
 
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]claudiocpaiva
 
28199 texto do artigo-85152-1-18-20200927
28199 texto do artigo-85152-1-18-2020092728199 texto do artigo-85152-1-18-20200927
28199 texto do artigo-85152-1-18-20200927
Eduardo Rocha
 
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGTransdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Zara Hoffmann
 
Antropolia, estudos culturais e educação
Antropolia, estudos culturais e educaçãoAntropolia, estudos culturais e educação
Antropolia, estudos culturais e educação
Marcélia Amorim Cardoso
 

Semelhante a O papel educacional do museu de ciências (20)

Congresso equador
Congresso equadorCongresso equador
Congresso equador
 
291 922-1-pb
291 922-1-pb291 922-1-pb
291 922-1-pb
 
Caracterização dos espaços nao formais
Caracterização dos espaços nao formaisCaracterização dos espaços nao formais
Caracterização dos espaços nao formais
 
O currículo de ciências como campo de disputa
O currículo de ciências como campo de disputaO currículo de ciências como campo de disputa
O currículo de ciências como campo de disputa
 
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
 
Transdisciplinaridade
TransdisciplinaridadeTransdisciplinaridade
Transdisciplinaridade
 
Web Social
Web SocialWeb Social
Web Social
 
Museus e centros de ciencias
Museus e centros de cienciasMuseus e centros de ciencias
Museus e centros de ciencias
 
Aula no mcdb
Aula no mcdbAula no mcdb
Aula no mcdb
 
aulas 6 e 7- História da Educomunicação.ppt
aulas 6 e 7- História da Educomunicação.pptaulas 6 e 7- História da Educomunicação.ppt
aulas 6 e 7- História da Educomunicação.ppt
 
Museu do inconsciente coletivo
Museu do inconsciente coletivoMuseu do inconsciente coletivo
Museu do inconsciente coletivo
 
As finalidades da museologia IV
As finalidades da museologia IVAs finalidades da museologia IV
As finalidades da museologia IV
 
Ci tematica historia e fundamentos
Ci tematica historia e fundamentosCi tematica historia e fundamentos
Ci tematica historia e fundamentos
 
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científicaIEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
 
Multicultuiralismo
MulticultuiralismoMulticultuiralismo
Multicultuiralismo
 
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]
 
28199 texto do artigo-85152-1-18-20200927
28199 texto do artigo-85152-1-18-2020092728199 texto do artigo-85152-1-18-20200927
28199 texto do artigo-85152-1-18-20200927
 
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGTransdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
 
Antropolia, estudos culturais e educação
Antropolia, estudos culturais e educaçãoAntropolia, estudos culturais e educação
Antropolia, estudos culturais e educação
 
Antropologia (2)
Antropologia (2)Antropologia (2)
Antropologia (2)
 

Último

Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino MédioCaderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
rafaeloliveirafelici
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Centro Jacques Delors
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
goncalopecurto
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Letras Mágicas
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
pamellaaraujo10
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Bibliotecas Infante D. Henrique
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
Lídia Pereira Silva Souza
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
CrislaineSouzaSantos
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
Manuais Formação
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
MariaSantos298247
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
cleanelima11
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
estermidiasaldanhada
 
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdfCorreção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Edilson431302
 
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e CardiovascularAnatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
PatrickMuniz8
 
Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.
Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.
Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.
FelipeCavalcantiFerr
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
CarlosEduardoSola
 

Último (20)

Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino MédioCaderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
 
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdfCorreção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
 
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e CardiovascularAnatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
 
Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.
Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.
Profissão de Sociólogo - Bourdieu et al.
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
 

O papel educacional do museu de ciências

  • 1. O papel educacional do Museu de Ciências: desafios e transformações conceituais. Carla Gruzman e Vera Helena F. de Siqueira
  • 2. Autoras: Carla Gruzman Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de São Paulo, possui Mestrado em Tecnologia Educacional nas Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1984). É tecnologista em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz. E-mail: carlag@coc.fiocruz.br Vera Helena F. de Siqueira Núcleo de Tecnologia Educacional para as Ciências de Saúde - NUTES, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: verahfs@yahoo.com.br
  • 3. O que é museu? Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em 1683, o primeiro dos museus modernos.
  • 4. Introdução Missão Cultural; Função de preservar, conservar, pesquisar, expor e é um campo fértil para as práticas educativas; Compromisso de empreender um dialogo com diferentes públicos que o frequentam; Museu-público torna-se uma tentativa de discussões; A articulação com a sociedade se intensifica a
  • 5. O museu Surgimento no renascimento; Ampliação no séc. XVII e XVIII, devido o crescimento das coleções; A feição pública do museu veio no séc. XVIII; O entusiasmo de organização do conhecimento, fez surgir um grande número de novos museus.
  • 6.
  • 8. O museu  No séc. XIX há o surgimento de novos museus e os aspectos educativos tornam-se motivos de reflexão;  Inicio da era das grandes exposições internacionais;  Os museus do séc. XX passam a ter exposições de âmbito educativo;  Na 2ª Guerra Mundial os museus começam a ter a vertente educacional voltada para maior participação do visitante;  Por volta do séc. XIX aparecem no Brasil os museus de ciência .
  • 9. Museu do Ipiranga ( atual Museu Paulista) Museu Nacional do Rio de Janeiro
  • 10. O Museu  Nos anos 80 foram criados museus e centros de ciência com ênfase na educação e difusão científicas; Museu de Astronomia e Ciências Afins, RJ
  • 11. O museu  Nos anos 90 as ações voltadas para difusão científica, ganharam impulso com editais elaborados por instâncias governamentais;  A inauguração de quatro instituições museológicas mostram todos os esforços para difusão científica. Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS
  • 12. ICOM (1946)- Conselho Internacional de Museus; UNESCO-Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura.
  • 13. (1958-1992): Debates e aprofundamentos sobre o papel social dos museus.  Desde a inclusão de diferentes tipos de públicos a ênfase na forma de exploração dos objetos em exposição para melhor compreensão do público.  Da flexibilização da interpretação dos objetos de museu á necessidade de reconhecer as expectativas do usuário do museu.  Da utilização de linguagens de comunicação familiares aos visitantes à busca pela inclusão de diferentes grupos culturais;  Do aprofundamento das relações com as comunidades mais próximas da instituição à ampliação da relação do museu com seu meio social, politico e econômico, com parte da missão institucional.
  • 14. Definição atual dos museus:  Além de suas funções de preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor; são instituições a serviço da sociedade, voltados para o estudo, lazer e educação. AAM-Associação Americana de Museus, destacou :  Os museus proporcionam o seu mais frutífero serviço público justamente ao oferecer uma experiência educacional no seu amplo sentido. Promovendo a habilidade de viver produtivamente numa sociedade pluralista e de contribuir com as resoluções dos desafios com os quais nos deparamos com cidadãos globais. A responsabilidade pública educacional dos museus apresenta duas facetas: excelência e igualdade (...)
  • 15. Antes os múltiplos desafios do futuro, vislumbra-se na educação um importante trunfo para a construção das ideias da paz, liberdade e justiça social. Tendo em tese a globalização indo de encontro com as ideias igualitária dos museus.
  • 16. Museu X Internet Museu: preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor. Internet: Preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor.
  • 17. Morin (08/07/1921)  É um antropólogo, sociólogo e filósofo francês, de família judia;  Durante a 2ª Guerra Mundial, participou da resistência francesa.  Segundo Morin, no séc. XX os progressos não eram acompanhados pela reflexão crítica, pois o conhecimento estava disperso em vários campos disciplinares.
  • 18. Aspectos dos estudos de Morin(2000) Ele introduz o conhecimento de forma abstrata; Coloca obstáculos na compreensão; Afirmava que as ciências, permitiam certezas, mas também apontavam incertezas; Neste sentido, Morin acreditava que a educação deveria ser baseada na incerteza.
  • 19. Segundo o texto elaborado pelo ICOM no Brasil: “ o objetivo da educação em museus é oferecer a comunicação, informação, o aprendizado, a construção da cidadania e o entendimento do que seja identidade” (Studart, et.al, 2004, p.37)
  • 20. Desafios colocados a educação referente aos museus: 1980: A UNESCO firma compromisso para desenvolvimento das ciências; O programa “ ciências para todos”.
  • 21. Delgado e Quevedo Segundo Delgado e Quevedo(1997) a ciência era: “ um conjunto de atividades sociais realizadas por indivíduos de caráter amplo e com estratégias cognitiva.” Nesse sentido o conhecimento seria mais dinâmico.
  • 22. A ciência no campo da popularização É um monólogo, descontextualizado pois ao homogeneizar a sociedade, se desconhece a cultura.
  • 23. Atuais desafios educacionais referente ao mundo Educação na valorização da aprendizagem ao longo da vida.
  • 24. Feshman (1999) Para ele, a importância das ciências era a possibilidade de focalizar as novas necessidades sociais de enfrentar imprevistos, Feshman propõe três gerações de museus: 1. Eleger o objeto histórico como foco da exposição; 2. Buscar maior comunicação com o público; 3. Tem como missão a educação do público visitante.
  • 25. Museus de 1º e 2º geração  Em ambas as instituições a comunicação é reflexo de uma pedagogia tradicional. - O museu expõe o conhecimento de forma autoritária e o visitante tem um papel passivo nesse processo.  Ainda na Segunda Geração, formam-se museus com características mais participativas que valorizam a interação do visitante com a exposição (hands-on). -Indicado pelos Educadores da Escola nova; -Tendência muito disseminada na Educação Escolar na década de 60; -Maior interação dos visitantes; -Contavam com aparatos e displays interativos; -Apresentavam uma resposta certa , que era reforçada no final da atividade;
  • 26. Museus da 3º geração Preocupação com a alfabetização cientifica; Focaliza o papel da ação do sujeito na aprendizagem; Interação com a exposição a partir de diferentes dispositivos; Comunicação entre os visitantes e a ciência é mediada por uma maior interatividade com os aparatos. (Característica marcante). Procurava utilizar mais aparatos com resposta aberta;
  • 27.
  • 28. Wagensberg Doutor em física pela Universidade de Barcelona, pesquisador, museólogo, escritor. É referência para museus de ciências no mundo; Professor da teoria dos processos irreversíveis;
  • 29. Afirma que:  A função primordial de um museu de ciências é o estimulo à curiosidade sobre o conhecimento e o método cientifico.  A exposição e os elementos do museu instigam os visitantes nos seguintes aspectos  -Interatividade Manual  Emoção provocada por meio da manipulação dos objetos; -Interatividade Mental.  Reflexão e a associação de ideias entre conceitos científicos e do cotidiano; -Interatividade Cultural.  Valoriza a construção das identidades das comunidades do entorno do museu;   “Ao visitar um Museu de ciências o visitante deve sair com mais perguntas do que tinha quando entrou.”  - Dessa maneira o museu teria alcançado o objetivo de atuar como uma ferramenta para mudança individual e social.