Este documento discute os argumentos cosmológico e teleológico para a existência de Deus em 3 frases ou menos:
1) O argumento cosmológico defende que o Universo requer uma causa primeira imaterial para a sua existência baseado no princípio da razão suficiente.
2) O argumento teleológico aponta que as características do Universo, como o "fine-tuning", sugerem um propósito inteligente por detrás da criação.
3) Estes argumentos filosóficos tentam forn
Este documento resume a teoria ética deontológica de Kant. Segundo Kant, o valor moral de uma ação depende unicamente da intenção com que é praticada, e não de suas consequências. Uma ação só tem valor moral quando o propósito do agente é cumprir o dever pelo dever.
Hume defende que o conhecimento se origina a partir da experiência sensível através das impressões, e que as ideias nada mais são do que cópias fracas das impressões. Ele propõe uma "anatomia da mente" para investigar as capacidades e limites do entendimento humano, concluindo que só há conhecimento daquilo que é experienciado através das impressões, rejeitando assim a existência de ideias inatas.
Este documento resume as principais ideias do filósofo empirista David Hume. Hume acreditava que todo o conhecimento deriva da experiência sensorial e que não há fundamentos objetivos para o conhecimento. Ele argumentou que só podemos ter certeza da sucessão constante de eventos no passado, mas não da causalidade necessária entre eventos.
Este documento resume os principais problemas filosóficos abordados por David Hume, notadamente: (1) a inexistência de um eu substancial, apenas uma sucessão de percepções; (2) a impossibilidade de justificar a existência independente do mundo exterior; (3) a formação da ideia de Deus a partir da imaginação, sem fundamento empírico.
Este documento compara as teorias do conhecimento de Descartes e David Hume, destacando suas diferenças principais. Descartes defende uma posição racionalista, enquanto Hume adota uma perspectiva empirista. Especificamente, Descartes acredita que a razão é a fonte do conhecimento e que existem ideias inatas, ao passo que Hume sustenta que toda experiência vem da sensação e que não há ideias inatas.
1) O documento discute o relativismo cultural, argumentando que o certo e o errado variam entre culturas e sociedades diferentes.
2) Apresenta como exemplos a poliginia, permitida em alguns países africanos mas não na Europa, e o infanticídio, praticado por alguns povos mas proibido na cultura ocidental.
3) Defende que o relativismo cultural promove a coesão social e a tolerância entre sociedades diferentes.
1) A primeira prova de Descartes da existência de Deus baseia-se na ideia de um ser perfeito e infinito que necessariamente deve existir.
2) A segunda prova baseia-se na causalidade das ideias, argumentando que como seres imperfeitos temos a ideia de perfeição, deve existir um ser perfeito como causa dessa ideia.
3) A terceira prova parte da contingência do espírito humano, que não pode se garantir sozinho, indicando que algo ou alguém garante nossa existência.
Este documento resume a teoria ética deontológica de Kant. Segundo Kant, o valor moral de uma ação depende unicamente da intenção com que é praticada, e não de suas consequências. Uma ação só tem valor moral quando o propósito do agente é cumprir o dever pelo dever.
Hume defende que o conhecimento se origina a partir da experiência sensível através das impressões, e que as ideias nada mais são do que cópias fracas das impressões. Ele propõe uma "anatomia da mente" para investigar as capacidades e limites do entendimento humano, concluindo que só há conhecimento daquilo que é experienciado através das impressões, rejeitando assim a existência de ideias inatas.
Este documento resume as principais ideias do filósofo empirista David Hume. Hume acreditava que todo o conhecimento deriva da experiência sensorial e que não há fundamentos objetivos para o conhecimento. Ele argumentou que só podemos ter certeza da sucessão constante de eventos no passado, mas não da causalidade necessária entre eventos.
Este documento resume os principais problemas filosóficos abordados por David Hume, notadamente: (1) a inexistência de um eu substancial, apenas uma sucessão de percepções; (2) a impossibilidade de justificar a existência independente do mundo exterior; (3) a formação da ideia de Deus a partir da imaginação, sem fundamento empírico.
Este documento compara as teorias do conhecimento de Descartes e David Hume, destacando suas diferenças principais. Descartes defende uma posição racionalista, enquanto Hume adota uma perspectiva empirista. Especificamente, Descartes acredita que a razão é a fonte do conhecimento e que existem ideias inatas, ao passo que Hume sustenta que toda experiência vem da sensação e que não há ideias inatas.
1) O documento discute o relativismo cultural, argumentando que o certo e o errado variam entre culturas e sociedades diferentes.
2) Apresenta como exemplos a poliginia, permitida em alguns países africanos mas não na Europa, e o infanticídio, praticado por alguns povos mas proibido na cultura ocidental.
3) Defende que o relativismo cultural promove a coesão social e a tolerância entre sociedades diferentes.
1) A primeira prova de Descartes da existência de Deus baseia-se na ideia de um ser perfeito e infinito que necessariamente deve existir.
2) A segunda prova baseia-se na causalidade das ideias, argumentando que como seres imperfeitos temos a ideia de perfeição, deve existir um ser perfeito como causa dessa ideia.
3) A terceira prova parte da contingência do espírito humano, que não pode se garantir sozinho, indicando que algo ou alguém garante nossa existência.
Este documento descreve o método filosófico do racionalismo de Descartes. Ele coloca tudo em dúvida, exceto a existência do sujeito que duvida, estabelecendo o "penso, logo existo" como primeiro princípio. Descartes então usa argumentos racionais para provar a existência de Deus como garantia da objetividade do conhecimento.
1) Hume argumenta que o nosso conhecimento depende de inferências causais e raciocínios indutivos que não podem ser justificados pela razão ou experiência.
2) Isto leva Hume a concluir que o nosso conhecimento dos factos do mundo não pode ser justificado.
3) No entanto, Hume considera que a nossa crença na causalidade e indução é natural e um guia confiável, apesar de não poder ser justificada racionalmente.
O documento apresenta as principais posições filosóficas sobre o problema do livre-arbítrio: o compatibilismo, que defende a compatibilidade entre determinismo e livre-arbítrio; o determinismo radical, que nega o livre-arbítrio devido ao determinismo causal; e o libertismo, que defende a capacidade humana de autodeterminação. São discutidos os argumentos centrais de cada posição e possíveis objeções a elas.
Conhecimento como crença verdadeira justificada Isabel Moura
O documento discute a definição de conhecimento segundo Platão e as objeções de Gettier a essa definição. Segundo Platão, para que um sujeito S tenha conhecimento de uma proposição p, S deve ter uma crença verdadeira e justificada em p. Gettier apresentou contra-exemplos mostrando que é possível ter uma crença verdadeira justificada sem ter conhecimento, pois a verdade pode ser acidental. Isso coloca em dúvida que crença verdadeira e justificada sejam conjuntamente suficientes para o conhe
O documento discute a falácia lógica da derrapagem, onde uma conclusão é derivada de um encadeamento improvável de eventos. A falácia ocorre quando um ou mais passos no encadeamento são falsos ou duvidosos. Dois exemplos são fornecidos: um sobre vinho levando ao céu, e outro sobre restrições de armas levando a um Estado totalitário.
O documento discute a falácia lógica do falso dilema, apresentando sua definição e exemplos. A falácia ocorre quando um argumento apresenta duas alternativas como sendo as únicas possíveis, ignorando a possibilidade de outras opções. Exemplos incluem afirmar que alguém só pode estar atrasado por ter dormido ou tido problemas com o carro, e que a única opção é continuar fumando ou engordar.
Este documento discute como Descartes supera o ceticismo através da dúvida metódica. Descartes considera e exagera os argumentos cépticos sobre os sentidos, divergências de opinião e regressão infinita. Ele então propõe a dúvida hiperbólica para duvidar de tudo, exceto do pensamento ("cogito ergo sum"). Finalmente, Descartes argumenta que a existência de Deus é necessária para garantir a verdade do conhecimento, superando assim o ceticismo.
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresRenata Antunes
O documento descreve "peixes pegadores", pequenos peixes parasitas que vivem agarrados a peixes maiores como tubarões. O autor faz uma alegoria destes peixes para criticar os oportunistas que se agarram a pessoas poderosas apenas para seu próprio benefício, sem contribuir por si mesmos. Aconselha a não se depender demasiado dos outros, nem deixar que se aproveitem, para evitar acabar "enterrado" ou tornar-se mero sustento alheio.
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoAntónio Daniel
O documento discute três posições filosóficas sobre livre-arbítrio: 1) Determinismo, que afirma que todos os eventos são determinados por causas anteriores; 2) Libertismo, que defende a existência da liberdade de escolha; 3) Determinismo Moderado, que sustenta que as ações humanas são determinadas por causas, mas ainda são moralmente responsáveis.
Este documento é um resumo do Sermão de Santo António aos Peixes. Santo António usa os peixes como uma alegoria para repreender os vícios humanos em dois capítulos. No primeiro louva as virtudes dos peixes e no segundo critica seus vícios, comparando-os aos defeitos dos homens como a ambição, orgulho e traição. Ele conclui pedindo aos homens que imitem a obediência e respeito dos peixes a Deus.
O documento descreve 13 falácias informais comuns. Estas falácias ocorrem quando as premissas de um argumento não sustentam adequadamente a conclusão, geralmente devido a problemas no conteúdo do argumento. Exemplos de falácias incluem generalizações precipitadas, falsas analogias, apelos à autoridade ou emoção, falsas causas, falsos dilemas e ataques pessoais.
Descartes duvidou de tudo após ter sonhos estranhos, questionando até a própria existência. Usando a dúvida como método, ele descobriu que ao duvidar está pensando, concluindo que "penso, logo existo". Ele também deduziu a existência de Deus como garantia de que o conhecimento construído pela razão é verdadeiro e que o mundo material existe.
Este documento discute conceitos fundamentais da lógica e da argumentação, incluindo:
1) A lógica estuda as condições de validade do pensamento de forma abstrata;
2) Conceitos são representações mentais que reúnem características comuns de um grupo;
3) Juízos estabelecem relações entre conceitos através de proposições que podem ser verdadeiras ou falsas.
Este documento resume a teoria ética utilitarista de John Stuart Mill. De acordo com Mill, uma ação é moralmente correta se tiver boas consequências, ou seja, se aumentar a felicidade geral. O princípio central do utilitarismo é o "princípio da maior felicidade", que defende que devemos agir de modo a promover o maior bem-estar possível para o maior número de pessoas afetadas pela ação.
O documento discute a falácia do apelo à ignorância, onde a ausência de prova é usada como evidência. Existem duas modalidades: 1) argumentar que uma afirmação é verdadeira porque não foi provada como falsa, e 2) argumentar que uma afirmação é falsa porque não foi provada como verdadeira. O documento fornece exemplos destas modalidades e explica que transformar a ausência de prova em justificação é um raciocínio falacioso.
Determinismo e Liberdade na Ação HumanaLeonidia Afm
Este documento discute o problema filosófico do livre-arbítrio versus determinismo na ação humana. Apresenta três posições: o determinismo radical defende que as ações humanas são totalmente determinadas; o libertismo defende que o ser humano tem livre-arbítrio; e o compatibilismo defende que determinismo e livre-arbítrio são compatíveis.
Este documento descreve três tipos de conhecimento e perspectivas sobre a linguagem como instrumento de conhecimento de acordo com a filosofia analítica. Os três tipos de conhecimento são: saber fazer, conhecimento por contato e conhecimento proposicional. As perspectivas sobre a linguagem incluem a perspectiva analítica, o pragmatismo e o perspectivismo. O documento também discute a refutação de Platão às teses sobre o conhecimento no diálogo Teeteto.
O Padre António Vieira analisa a alegoria do "sal da terra" usada por Jesus, notando que apesar dos muitos pregadores a terra continua corrompida. Ele atribui isto ao facto dos pregadores não cumprirem a sua função de impedir a corrupção das almas ou porque os ouvintes não aceitam a doutrina. Tal como Santo António pregou aos peixes em vez dos homens de Arimino, o Padre Vieira pretende também "pregar aos peixes".
Argumentação e Filosofia: O exemplo da pena de morteJoaquim Melro
Este documento discute os argumentos a favor e contra a pena de morte. Apresenta definições de pena de morte e argumentação. Discutem-se os pontos de vista retencionista, que apoia a pena de morte em casos excepcionais, e abolicionista, que se opõe à pena sob a alegação de que viola os direitos humanos e pode condenar inocentes. Conclui pedindo a abolição até que se prove a infalibilidade dos julgamentos.
Módulo VIII - Darwin e a Igreja CatólicaBernardo Motta
Este documento resume o módulo VIII do curso "Ciência e Fé" sobre Darwin e a Igreja Católica. Apresenta brevemente as ideias evolucionistas de Lucrécio que antecederam Darwin e discute como a Igreja Católica recebeu a teoria da evolução de Darwin.
Este documento discute milagres e ciência em 11 seções. Aborda conceitos como leis naturais, milagres e explicações para eventos como as aparições marianas em Fátima em 1917, incluindo o "milagre do Sol". Também examina perspectivas filosóficas e teológicas sobre a compatibilidade entre milagres, livre arbítrio e determinismo nas leis da natureza.
Este documento descreve o método filosófico do racionalismo de Descartes. Ele coloca tudo em dúvida, exceto a existência do sujeito que duvida, estabelecendo o "penso, logo existo" como primeiro princípio. Descartes então usa argumentos racionais para provar a existência de Deus como garantia da objetividade do conhecimento.
1) Hume argumenta que o nosso conhecimento depende de inferências causais e raciocínios indutivos que não podem ser justificados pela razão ou experiência.
2) Isto leva Hume a concluir que o nosso conhecimento dos factos do mundo não pode ser justificado.
3) No entanto, Hume considera que a nossa crença na causalidade e indução é natural e um guia confiável, apesar de não poder ser justificada racionalmente.
O documento apresenta as principais posições filosóficas sobre o problema do livre-arbítrio: o compatibilismo, que defende a compatibilidade entre determinismo e livre-arbítrio; o determinismo radical, que nega o livre-arbítrio devido ao determinismo causal; e o libertismo, que defende a capacidade humana de autodeterminação. São discutidos os argumentos centrais de cada posição e possíveis objeções a elas.
Conhecimento como crença verdadeira justificada Isabel Moura
O documento discute a definição de conhecimento segundo Platão e as objeções de Gettier a essa definição. Segundo Platão, para que um sujeito S tenha conhecimento de uma proposição p, S deve ter uma crença verdadeira e justificada em p. Gettier apresentou contra-exemplos mostrando que é possível ter uma crença verdadeira justificada sem ter conhecimento, pois a verdade pode ser acidental. Isso coloca em dúvida que crença verdadeira e justificada sejam conjuntamente suficientes para o conhe
O documento discute a falácia lógica da derrapagem, onde uma conclusão é derivada de um encadeamento improvável de eventos. A falácia ocorre quando um ou mais passos no encadeamento são falsos ou duvidosos. Dois exemplos são fornecidos: um sobre vinho levando ao céu, e outro sobre restrições de armas levando a um Estado totalitário.
O documento discute a falácia lógica do falso dilema, apresentando sua definição e exemplos. A falácia ocorre quando um argumento apresenta duas alternativas como sendo as únicas possíveis, ignorando a possibilidade de outras opções. Exemplos incluem afirmar que alguém só pode estar atrasado por ter dormido ou tido problemas com o carro, e que a única opção é continuar fumando ou engordar.
Este documento discute como Descartes supera o ceticismo através da dúvida metódica. Descartes considera e exagera os argumentos cépticos sobre os sentidos, divergências de opinião e regressão infinita. Ele então propõe a dúvida hiperbólica para duvidar de tudo, exceto do pensamento ("cogito ergo sum"). Finalmente, Descartes argumenta que a existência de Deus é necessária para garantir a verdade do conhecimento, superando assim o ceticismo.
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresRenata Antunes
O documento descreve "peixes pegadores", pequenos peixes parasitas que vivem agarrados a peixes maiores como tubarões. O autor faz uma alegoria destes peixes para criticar os oportunistas que se agarram a pessoas poderosas apenas para seu próprio benefício, sem contribuir por si mesmos. Aconselha a não se depender demasiado dos outros, nem deixar que se aproveitem, para evitar acabar "enterrado" ou tornar-se mero sustento alheio.
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoAntónio Daniel
O documento discute três posições filosóficas sobre livre-arbítrio: 1) Determinismo, que afirma que todos os eventos são determinados por causas anteriores; 2) Libertismo, que defende a existência da liberdade de escolha; 3) Determinismo Moderado, que sustenta que as ações humanas são determinadas por causas, mas ainda são moralmente responsáveis.
Este documento é um resumo do Sermão de Santo António aos Peixes. Santo António usa os peixes como uma alegoria para repreender os vícios humanos em dois capítulos. No primeiro louva as virtudes dos peixes e no segundo critica seus vícios, comparando-os aos defeitos dos homens como a ambição, orgulho e traição. Ele conclui pedindo aos homens que imitem a obediência e respeito dos peixes a Deus.
O documento descreve 13 falácias informais comuns. Estas falácias ocorrem quando as premissas de um argumento não sustentam adequadamente a conclusão, geralmente devido a problemas no conteúdo do argumento. Exemplos de falácias incluem generalizações precipitadas, falsas analogias, apelos à autoridade ou emoção, falsas causas, falsos dilemas e ataques pessoais.
Descartes duvidou de tudo após ter sonhos estranhos, questionando até a própria existência. Usando a dúvida como método, ele descobriu que ao duvidar está pensando, concluindo que "penso, logo existo". Ele também deduziu a existência de Deus como garantia de que o conhecimento construído pela razão é verdadeiro e que o mundo material existe.
Este documento discute conceitos fundamentais da lógica e da argumentação, incluindo:
1) A lógica estuda as condições de validade do pensamento de forma abstrata;
2) Conceitos são representações mentais que reúnem características comuns de um grupo;
3) Juízos estabelecem relações entre conceitos através de proposições que podem ser verdadeiras ou falsas.
Este documento resume a teoria ética utilitarista de John Stuart Mill. De acordo com Mill, uma ação é moralmente correta se tiver boas consequências, ou seja, se aumentar a felicidade geral. O princípio central do utilitarismo é o "princípio da maior felicidade", que defende que devemos agir de modo a promover o maior bem-estar possível para o maior número de pessoas afetadas pela ação.
O documento discute a falácia do apelo à ignorância, onde a ausência de prova é usada como evidência. Existem duas modalidades: 1) argumentar que uma afirmação é verdadeira porque não foi provada como falsa, e 2) argumentar que uma afirmação é falsa porque não foi provada como verdadeira. O documento fornece exemplos destas modalidades e explica que transformar a ausência de prova em justificação é um raciocínio falacioso.
Determinismo e Liberdade na Ação HumanaLeonidia Afm
Este documento discute o problema filosófico do livre-arbítrio versus determinismo na ação humana. Apresenta três posições: o determinismo radical defende que as ações humanas são totalmente determinadas; o libertismo defende que o ser humano tem livre-arbítrio; e o compatibilismo defende que determinismo e livre-arbítrio são compatíveis.
Este documento descreve três tipos de conhecimento e perspectivas sobre a linguagem como instrumento de conhecimento de acordo com a filosofia analítica. Os três tipos de conhecimento são: saber fazer, conhecimento por contato e conhecimento proposicional. As perspectivas sobre a linguagem incluem a perspectiva analítica, o pragmatismo e o perspectivismo. O documento também discute a refutação de Platão às teses sobre o conhecimento no diálogo Teeteto.
O Padre António Vieira analisa a alegoria do "sal da terra" usada por Jesus, notando que apesar dos muitos pregadores a terra continua corrompida. Ele atribui isto ao facto dos pregadores não cumprirem a sua função de impedir a corrupção das almas ou porque os ouvintes não aceitam a doutrina. Tal como Santo António pregou aos peixes em vez dos homens de Arimino, o Padre Vieira pretende também "pregar aos peixes".
Argumentação e Filosofia: O exemplo da pena de morteJoaquim Melro
Este documento discute os argumentos a favor e contra a pena de morte. Apresenta definições de pena de morte e argumentação. Discutem-se os pontos de vista retencionista, que apoia a pena de morte em casos excepcionais, e abolicionista, que se opõe à pena sob a alegação de que viola os direitos humanos e pode condenar inocentes. Conclui pedindo a abolição até que se prove a infalibilidade dos julgamentos.
Módulo VIII - Darwin e a Igreja CatólicaBernardo Motta
Este documento resume o módulo VIII do curso "Ciência e Fé" sobre Darwin e a Igreja Católica. Apresenta brevemente as ideias evolucionistas de Lucrécio que antecederam Darwin e discute como a Igreja Católica recebeu a teoria da evolução de Darwin.
Este documento discute milagres e ciência em 11 seções. Aborda conceitos como leis naturais, milagres e explicações para eventos como as aparições marianas em Fátima em 1917, incluindo o "milagre do Sol". Também examina perspectivas filosóficas e teológicas sobre a compatibilidade entre milagres, livre arbítrio e determinismo nas leis da natureza.
O documento discute a Inquisição Medieval. Aborda a estrutura inicial descentralizada da Inquisição sob a orientação dos bispos locais, e como se tornou mais centralizada sob os inquisidores a partir de 1231. Também descreve o uso regulamentado da tortura a partir de 1252 e a pena de morte pelo fogo para hereges estabelecida no século 13.
Neste módulo, apresentam-se os conceitos essenciais da física aristotélica. Sem retirar qualquer valor à nova física que "destronou" a aristotélica, nunca é demais sublinhar a sua importância e valor: basta o facto de que o sistema físico de Aristóteles "reinou" durante dezanove séculos sem concorrência à altura. De seguida, apresentam-se os conceitos essenciais do modelo astronómico de Ptolomeu. Mais uma vez, nunca é demais sublinhar a sofisticação e precisão do modelo ptolemaico, e a beleza e dimensão da sua obra maior, o "Almagesto", que permaneceu a referência em astronomia durante catorze séculos. Diz Olaf Pedersen (1920-1997), um dos maiores especialistas no Almagesto, acerca desta obra: «(...) o principal trabalho de Ptolomeu deve ser considerado como a fonte derradeira de toda a astronomia no mundo Ocidental até que foi finalmente substituído, através dos esforços de Kepler e Newton». Quem não entende a importância e alcance, quer da física aristotélica, quer da astronomia ptolemaica, não está em condições de compreender o porquê da imensa resistência que a intelectualidade europeia ofereceu à nova física não aristotélica e à astronomia de Copérnico.
Depois de uma introdução filosófica que pretende refutar o erro de que apenas a ciência oferece conhecimento verdadeiro, faz-se uma introdução à filosofia grega por ordem cronológica: dos pré-socráticos a Aristóteles, passando por Platão. Se é verdade que o pensamento científico nasce na Grécia do período clássico, não é menos verdade que esse pensamento científico deve muito a Platão, mas sobretudo a Aristóteles. Por outro lado, a génese da ciência moderna na Idade Média é incompreensível sem o contexto de fundo da filosofia grega, fundamental para se compreender, por exemplo, o caso Galileu. Particularmente relevante é a metafísica aristotélica, ainda hoje válida e defendida por filósofos profissionais, e que é fundamental para a mais importante exposição teológica da doutrina católica, a de São Tomás de Aquino. A história intelectual do Ocidente cristão pode resumir-se ao florescimento e amadurecimento, centrado em Roma, das culturas de Atenas e Jerusalém.
1) O documento discute três argumentos principais usados para provar a existência de Deus: o argumento teleológico, o argumento cosmológico e o argumento ontológico.
2) Cada argumento é explicado e depois criticado, com questões levantadas sobre suas premissas e conclusões.
3) As críticas incluem a alegação de que a analogia no argumento teleológico é fraca, que a teoria da evolução contradiz esse argumento e que nenhum argumento prova necessariamente o Deus teí
1) O documento resume um capítulo sobre o argumento cosmológico para a existência de Deus desenvolvido por Tomás de Aquino e Samuel Clarke.
2) A primeira parte do argumento cosmológico de Clarke é apresentada, mas críticos apontam problemas com suas premissas, especialmente a ideia de que uma série causal precisa ter um primeiro membro.
3) O autor defende que o argumento cosmológico sozinho não prova a existência de Deus, mas pode ser um argumento válido quando combinado com outros.
1) O documento discute as quatro possíveis explicações para a origem da realidade: ilusão, auto-criação, auto-existência ou criação por um ser auto-existente.
2) É argumentado que a realidade não pode ser uma ilusão ou auto-criada, pois nada não pode criar algo.
3) Restam duas opções: um universo eterno e auto-existente ou um Criador eterno. A evidência científica aponta para um começo do universo, tornando a primeira opção improvável.
O documento discute os principais tópicos da metafísica, como ontologia, classificação dos seres, existência, mudança e causas. Aborda visões de filósofos como Platão, Aristóteles, Descartes, Spinoza, Berkeley, Hegel e Sartre sobre essas questões.
O documento discute questões fundamentais da metafísica e filosofia, como a natureza do ser, substância, devir, causa e causalidade. Aborda como diferentes filósofos viram essas questões de forma distinta e como conceitos como ser, substância e causalidade são fundamentais para entender a realidade de forma essencial.
1) O documento discute três argumentos principais usados para provar a existência de Deus: o argumento teleológico, o argumento cosmológico e o argumento ontológico.
2) Cada argumento é explicado e depois criticado, com questões levantadas sobre suas premissas e conclusões.
3) As críticas incluem a alegação de que a analogia no argumento teleológico é fraca, que a teoria da evolução contradiz esse argumento e que nenhum argumento prova necessariamente o Deus dos te
O documento discute se a teoria da criação ou da evolução é mais científica. Afirma que ambas requerem fé, mas que a teoria da criação é mais coerente com a lei científica da causa e efeito, sugerindo que Deus, como causa primeira infinita, é a melhor explicação para o universo e a vida.
O documento discute se a teoria da criação ou da evolução é mais científica. Afirma que ambas requerem fé, mas que a teoria da criação é mais coerente com a lei científica da causa e efeito, sugerindo que Deus, como causa primeira infinita, melhor explica a existência do universo do que a matéria ou a evolução.
Ciência e Dialética em Aristóteles: uma discussão para a atualidadeAislan Fernandes
Uma proposta de debate, para 16/02/2016, em Filosofia das Ciências (graduação), na UFPB, a respeito da contribuição da ciência e dialética de Aristóteles, para os problemas de cientificidade da atualidade, a partir das pesquisas de Oswaldo Porchat, em sua obra "Ciência e Dialética em Aristóteles", como um resultado parcial de uma pesquisa em andamento, no universo da Lógica.
Michael Keller, um renomado cientista polonês, desenvolveu uma nova teoria chamada "Teologia da Ciência" que mostra que a ciência encontrou Deus. Ele ganhou um prêmio de US$ 1,6 milhão por seu trabalho que usa evidências científicas como o Big Bang para argumentar a existência de Deus como a causa primeira do universo.
O documento discute a origem do universo segundo a visão bíblica e científica, abordando tópicos como cosmogonia, antropogênese e catastrofismo. O objetivo é fazer uma reconstrução histórica dos eventos descritos em Gênesis 1-11 e usar evidências científicas para defender a fé cristã.
O documento discute conceitos fundamentais da metafísica como ser, essência e aparência segundo filósofos como Parmênides, Heráclito e Aristóteles. Também aborda as teorias de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino sobre a existência de Deus.
O documento discute a questão metafísica do nada. Apresenta um paradoxo sobre como a ciência rejeita o nada, mas ao mesmo tempo depende dele em sua essência. Desenvolve a questão perguntando o que acontece com este nada, e argumenta que o nada é mais originário que a negação.
1. O documento apresenta uma introdução à metafísica de Aristóteles, definindo-a como a ciência que estuda os princípios primeiros, o ser enquanto ser, a substância e Deus. 2. Discute as quatro definições da metafísica em Aristóteles e mostra como elas estão de acordo com os filósofos gregos anteriores. 3. Explica que a metafísica, como ciência teórica mais elevada, não serve a fins práticos, mas vale em si mesma por estudar a realidade mais elevada
(1) O documento discute vários argumentos comuns em prol da crença na existência de Deus, incluindo o argumento cosmológico, teleológico, ontológico e antropológico.
(2) O argumento cosmológico afirma que Deus é a causa primeira de todas as coisas baseado no princípio da causa e efeito.
(3) O argumento teleológico aponta para a ordem e finalidade no universo como evidência de um projeto inteligente (Deus).
I. A existência de Deus é assumida na Bíblia sem provas, pois Israel já acreditava em Deus e as evidências de Sua existência são óbvias. II. Há fortes evidências da existência de Deus na criação inanimada e animada que apontam para um Criador inteligente e pessoal. III. A ordem, o design e a adaptação no universo também apontam para um Deus Criador onipotente e onisciente.
O documento discute a evolução da física ao longo da história, desde os antigos gregos até a física moderna, abordando também a relação entre física, filosofia e religião. Einstein é citado várias vezes, discutindo os objetivos e fundamentos da ciência.
I. O documento discute a existência de Deus como pressuposto bíblico e lógico para o estudo da doutrina cristã. II. A Bíblia assume a existência de Deus sem prová-la, e há evidências da criação que apontam para um Criador, como a ordem no universo e a adaptação perfeita da Terra. III. A matéria e a vida não podem ser eternas, o que também aponta para um Deus Criador.
George Berkeley (1685-1753) negou a existência da matéria, defendendo que só podemos conhecer nossas percepções particulares do mundo e não o mundo em si, que só existe quando estamos percebendo. Ele argumentou que mesmo quando não percebemos diretamente o mundo, este é sustentado pela percepção contínua de Deus. Sua filosofia levou a conclusões surpreendentemente similares às da física subatômica moderna.
1) O documento discute vários filósofos e cientistas importantes da modernidade como Descartes, Galileu e Bacon.
2) René Descartes é destacado por seu método de dúvida metódica para chegar a conclusões seguras através do "penso, logo existo".
3) Galileu Galilei é reconhecido por seu método científico de observação, experimentação e formulação de leis gerais, embora não fosse puramente empirista.
Semelhante a Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico (20)
Este documento resume o Módulo VII do curso Ciência e Fé, que trata da Revolução Científica. O módulo introduz Francis Bacon, René Descartes, John Locke e Isaac Newton como figuras-chave desta revolução e discute como a tradição escolástica foi abandonada no século XVII.
Este documento descreve os acontecimentos de 1616 relacionados ao caso Galileu. Tommaso Caccini depôs contra Galileu na Inquisição, alegando que ele e seus discípulos defendiam teses heréticas. Uma comissão de teólogos analisou proposições copernicanas e considerou a primeira como herética e a segunda como errônea na fé. Essas conclusões, embora privadas, condenavam o modelo heliocêntrico.
Neste módulo apresenta-se um resumo da vida e obra de São Tomás de Aquino (1225-1274), o grande teólogo da medievalidade cristã. Apresenta-se a ontologia tomista, que constitui uma importante melhoria e aperfeiçoamento, à luz das verdades da doutrina cristã, da ontologia aristotélica. O cerne deste módulo consiste na apresentação dos cinco argumentos tomistas para a existência de Deus. O Concílio Vaticano I declarou que «(…) Deus, a causa primeira (principium) e o fim de todas as coisas, pode, a partir das coisas criadas, ser conhecido com certeza pelo poder natural da razão humana (…)», e São Tomás de Aquino mostra como se argumenta em favor da existência de Deus usando apenas a razão e informação empírica. Deste modo, é possível ter certeza intelectual acerca da existência de Deus. No final do módulo, apresentam-se os atributos divinos aos quais São Tomás chega exclusivamente por via filosófica, pelo uso da razão. Aborda-se o dilema de Eutifro, usado como crítica à bondade de Deus, e desmonta-se o alegado paradoxo da omnipotência. Por fim, apresenta-se o método "ex suppositione" elaborado por São Tomás a partir dos "Analíticos Posteriores" de Aristóteles, um método que visa alcançar certeza demonstrativa e que é precursor do método científico que viria a ser desenvolvido por Galileu. Este módulo conclui com algumas citações do Magistério da Igreja Católica que defendem a importância, a actualidade e a centralidade da teologia tomista, sobretudo quando aplicada ao ensino e à exposição da doutrina católica.
O Império Bizantino manteve e protegeu a cultura grega até ao seu colapso ante os Turcos em 1453, mas os sábios bizantinos pouco mais fizeram do que preservar o saber recebido, e apenas numa restrita elite intelectual. A ciência teve um percurso muito diferente no Ocidente: após a progressiva queda do Império Romano do Ocidente durante o século V, o saber clássico foi preservado por homens de conhecimentos enciclopédicos como Boécio (c. 480-525 d.C.) e Cassiodoro (c. 488-575). Este último aplicou-o no ensino dos monges do mosteiro de Vivarium, criando um programa que se tornaria modelar no ensino monacal. Já as obras de Lógica escritas por Boécio seriam a base do ensino medieval dessa disciplina. Isidoro de Sevilha (c. 560-636 d.C.) defende a construção de seminários em todas as catedrais da Hispânia, locais onde o ensino religioso seria integrado com o ensino do "trivium" (Lógica, Retórica e Gramática) e do "quadrivium" (Álgebra, Geometria, Música e Astronomia). No século XII, a chegada ao Ocidente de traduções (do árabe, mas sobretudo do grego) das obras aristotélicas, juntamente com a criação das primeiras universidades (Bolonha em 1088, Paris por volta de 1150, Oxford em 1167, etc.), lançam as bases para a actual cultura científica e para o surgimento da ciência moderna. A estrutura curricular destas universidades, argumenta o historiador de ciência Edward Grant, foi crucial para a posterior "revolução científica", ao gerar uma nova classe de teólogos-filósofos, que deveriam completar os graus de Bacharel e Mestre em Artes, e portanto serem competentes em matérias filosófico-científicas, antes de poderem prosseguir para um Doutoramento em Teologia. Neste módulo, analisam-se ainda: os importantes acontecimentos despoletados pelo Bispo de Paris em 1277 e que abriram caminho para uma nova física não aristotélica; e o contributo dos "doutores parisienses" e dos "calculadores" de Merton College (Oxford) no surgimento de uma nova física no século XIV, precursora da física de Galileu e de Newton. Por fim, analisam-se algumas das causas que podem explicar o sucesso da empreitada científica no Ocidente cristão, quando ela falhou noutras culturas promissoras como a árabe e a chinesa.
Neste módulo percorrem-se algumas etapas importantes desde a génese da filosofia cristã até Santo Agostinho de Hipona (354-430 d.C.), o grande teólogo da patrística latina cuja influência será preponderante até bem dentro da Idade Média, perdurando até aos dias de hoje. Partindo do judaísmo e dos primeiros contactos do cristianismo com a filosofia grega, analisa-se a importância da Escola Catequética de Alexandria, local onde começa o amadurecimento da ideia de que cristianismo e filosofia grega são conciliáveis em muitos aspectos. Deste período destaca-se Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) e a sua obra "Stromata", na qual argumenta a importância da filosofia para a doutrina cristã. Os primeiros sábios cristãos vão adoptar a filosofia e a cosmologia gregas, em detrimento da primitiva cosmologia judaica. Este módulo termina com a vida e a obra de Santo Agostinho, o primeiro a elaborar uma teologia sofisticada em defesa da compatibilidade entre fé cristã e razão (esta última abarcando todos os ramos do conhecimento científico e filosófico de então).
Descrição: Este módulo pretende sintetizar os conteúdos mais importantes do Curso. Depois de uma introdução filosófica que pretende refutar o erro de que apenas a ciência oferece conhecimento verdadeiro, apresenta-se o ponto de vista de Santo Agostinho acerca da relação entre fé e razão. De seguida, reafirma-se a doutrina perene da Igreja Católica de que a razão humana, trabalhando com base na observação da realidade que nos rodeia, consegue demonstrar a existência e principais propriedades de Deus. Na secção seguinte, discute-se o tema "Milagres e Ciência", procurando-se mostrar que a alegada incompatibilidade entre milagres e ciência é uma ideia falsa, radicada numa teologia deficiente e numa compreensão deficiente do conceito de lei científica, ou de "lei da Natureza". Finalmente, termina-se com um caso de estudo: o milagre do Sol, ocorrido em Fátima a 13 de Outubro de 1917.
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência ArtificialBernardo Motta
Neste módulo, principia-se com a apresentação das várias teorias filosóficas que foram propostas para explicar a interacção entre a mente e o corpo, e como este problema da interacção entre mente e corpo surge com o dualismo de René Descartes (1596-1650). Explica-se que a filosofia aristotélico-tomista não cria problemas de interacção entre mente e corpo porque não considera a mente e o corpo como duas substâncias distintas, mas sim como aspectos diferentes de uma mesma substância. De seguida, analisam-se as diferenças fundamentais entre a inteligência humana e a dita "inteligência artificial", mostrando-se como apenas a primeira é genuína inteligência. Hoje em dia, pessoas com pouca ou nenhuma formação em informática ou em engenharia acabam por ficar reféns dos erros e exageros de alguns entusiastas que defendem que uma máquina pode possuir genuína inteligência. Posteriormente são listados vários problemas do fisicalismo, a teoria em filosofia da mente que defende que a inteligência humana é um fenómeno redutível à física e, portanto, algo explicável sem ser necessário supor a imaterialidade da mente. No capítulo final deste módulo, apresenta-se o argumento contra o fisicalismo proposto pelo filósofo John Lucas (“Minds, Machines and Gödel”, 1961) e que se baseia nos Teoremas da Incompletude que o matemático Kurt Gödel (1906-1978) formulou em 1931. O módulo conclui com o argumento aristotélico defendido pelo filósofo David Oderberg (1963-) a favor da imortalidade da alma humana ("Real Essentialism", 2007).
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
2. Curso Ciência e Fé
I – Introdução
II – Filosofia Grega e Cosmologia Grega
III – Filosofia Medieval e Ciência Medieval
IV – Inquisição e Ciência
V e VI – O Caso Galileu
VII – A Revolução Científica
VIII – Darwin e a Igreja Católica
IX – Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
X – Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
XI – Milagres e Ciência
XII – Concordância entre Cristianismo e Ciência
3. 1. Introdução
2. O Argumento Cosmológico
3. O Argumento Teleológico
4. Conclusão
Índice
3
4. Introdução
4
«(…) Deus, a causa primeira (principium) e o fim
de todas as coisas, pode, a partir das coisas
criadas, ser conhecido com certeza pelo poder
natural da razão humana (…)» - Vaticano I
5. Introdução
5
A existência de Deus
Razões subjectivas
Emotivas, estéticas, intuitivas, vivenciais, fenomenológicas, etc.
Difíceis de comunicar, mas válidas para o sujeito que as tem
Aval epistémico (Cfr. Alvin Plantinga, “epistemic warrant”)
A crença na existência de Deus é uma “crença propriamente básica”
Como tal, é uma crença racional e justificada, mesmo na ausência de argumentos
Alvin Plantinga defende-a usado uma forma de fiabilismo epistémico (externalista)
Argumentos objectivos (independentes do sujeito)
Argumentos “a priori”: argumento ontológico (Santo Anselmo, Leibniz, Gödel, etc.)
Argumentos “a posteriori”
Demonstrativos
Indutivos
Inferência para a melhor explicação
6. Introdução
6
A existência de Deus
Argumentos demonstrativos
Uma vez aceites as premissas, a conclusão é silogisticamente válida
As premissas apenas têm que ser aceites como mais prováveis que a sua negação
Argumento cosmológico de Leibniz
Premissas: metafísicas (princípio da razão suficiente, entre outras)
Conclusão: a razão para a existência do Universo está num Ser necessário
Argumento cosmológico “kalam” (William Lane Craig)
Premissas: físicas e/ou metafísicas
Conclusão: a causa do Universo é um ser eterno e imaterial
Argumentos tomistas (as “cinco vias”)
Premissas: metafísicas
Conclusão: a causa do Universo é imutável, não causada, necessária,
sumamente perfeita e inteligente
Argumentos de “design”: o argumento do “fine tuning” do Universo (Robin Collins)
7. Introdução
7
Da existência de Deus ao catolicismo
1. Deus existe (“preâmbulo da Fé”)
Crença através de razões subjectivas
Crença racionalmente sustentada por aval epistémico
Certeza intelectual através de demonstração filosófica (reforçada pela ciência)
2. Jesus Cristo é Deus
Argumentos históricos em defesa da solidez dos textos do Novo Testamento
Solidez dos relatos de milagres (e de entre todos, o da ressurreição de Cristo)
Carácter fidedigno das testemunhas oculares da ressurreição (1 Cor 15)
Testemunho dos mártires
3. A Igreja Católica é a Igreja que Jesus Cristo quis fundar (Mateus 16, 18)
Argumentos históricos para defender que o catolicismo é a doutrina cristã genuína
Credibilidade da Igreja Católica (incorruptibilidade da doutrina)
Credibilidade e testemunho dos beatos e dos santos, e de seus milagres e visões
8. 8
1. Introdução
2. O Argumento Cosmológico
3. O Argumento Teleológico
4. Conclusão
Índice
8
9. Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716)
Filósofo, matemático e cientista alemão
Porque é que existe algo (em vez de nada)?
Porque é que as coisas são como são?
Porque é que o Universo existe (em vez de nada)?
Porque é que o Universo é como é?
Podemos imaginar um Universo com mais massa / energia
Podemos imaginar um Universo com a mesma massa / energia mas outro arranjo
Podemos imaginar um Universo:
Com a mesma matéria (massa / energia) e com o mesmo arranjo...
... mas feito a partir de outro conjunto de matéria
O Argumento Cosmológico de Leibniz
O Universo podia não existir ou ser diferente! 9
10. Universo Necessário
Auto-suficiente e auto-subsistente
Contém a sua própria explicação
As constantes físicas não poderiam ter
valores diferentes dos que têm
As leis da Natureza não poderiam ser
diferentes do que são
Compreensível a priori pelo intelecto…
… porque sendo necessário, nem sequer
teria que ser observado para ser
compreendido!
Universo Contingente
Ontologicamente dependente (podia não ser
assim, ou podia nem sequer existir)
A sua existência requer explicação
As constantes físicas poderiam ter valores
diferentes dos que têm
As leis da Natureza poderiam ser diferentes
do que são
Compreensível a posteriori pelo intelecto,
sem dispensar a observação empírica…
… porque não sendo necessário, há que
“abrir os olhos” e ver como as coisas são!
O Universo tem que ser contingente !
Se assim não fosse, nada no Universo poderia ser diferente do que é!
10
O Argumento Cosmológico de Leibniz
11. Totalidade das coisas materiais (massa-energia)...
... que já existiram
... que existem agora
... que irão existir
Logo, usarei o termo "Universo":
Como representando o "nosso" Universo, se for o único
Como representando todos os universos, se existir mais do que um
Definição de Universo
11
12. Princípio da Razão Suficiente (PRS)
PRS: qualquer coisa existente tem uma explicação (razão) para existir:
Ou noutra coisa diferente e já existente
Ou em si mesma:
Essa coisa existe obrigatoriamente
Essa coisa não pode não existir
Essa coisa não pode ser diferente do que é
O Universo existe
Logo, pelo PRS...
... o Universo tem que ter uma explicação para a sua existência!
O Argumento Cosmológico de Leibniz
Qual é a explicação para a existência do Universo? 12
13. PRS: a explicação para a existência do Universo tem que estar:
Ou numa coisa diferente do Universo e já existente
Ou então no próprio Universo:
O Universo existiria obrigatoriamente
O Universo não poderia não existir
O Universo não poderia ser diferente do que é
Se a explicação está numa coisa diferente do Universo, essa coisa é imaterial...
... porque definimos o Universo como a totalidade das coisas materiais!
Como fugir de explicações imateriais para a existência do Universo?
O Argumento Cosmológico de Leibniz
Qual é a explicação para a existência do Universo?
13
Estará a explicação no próprio Universo?
14. O Universo é a totalidade das coisas materiais (massa / energia)
O Universo só terá em si mesmo a explicação da sua existência...
... se o mesmo se passar com todas as coisas materiais que o compõem
Os objectos macroscópicos existem obrigatoriamente?
Nenhum tem existência obrigatória
Algures no passado, qualquer objecto macroscópico não existia
Poderiam ser diferentes do que são
As partículas subatómicas fundamentais existem obrigatoriamente?
Não: o Universo poderia ser feito de um conjunto diferente de partículas
subatómicas, mesmo que a sua quantidade e arranjo fossem iguais
A massa / energia e sua distribuição no Universo poderiam até ser as
mesmas, mas podíamos ter outras partículas, em vez das que temos
O Argumento Cosmológico de Leibniz
Estará a explicação no próprio Universo?
14
15. A explicação para a existência do Universo está:
Numa coisa diferente do Universo, e portanto, imaterial
Numa coisa que existe "causalmente antes" do Universo (porque o explica)
Essa coisa não tem que existir "temporalmente antes" do Universo
Mesmo que o Universo fosse eterno, necessitaria de uma coisa que o
explicasse
E terá que ser uma "primeira coisa" que não depende de outra para existir
Demonstrámos a existência de uma coisa distinta do Universo:
Que tem em si mesma a sua razão de existir, que não depende de outra para existir
Que não poderia não existir, e portanto é eterna (ou pelo menos perpétua)
Que é imaterial: não é feita de massa / energia
O Argumento Cosmológico de Leibniz
15Esta coisa parece-se com Deus... mas é Deus?
Universo
Coisa
1
Coisa 2 Coisa 3 Coisa N...
16. Versão de William Lane Craig (1949-)
Premissa 1: Tudo o que não existe desde sempre deve a sua existência a algo distinto de
si mesmo
Premissa 2: O Universo não existe desde sempre
Conclusão (MP, 1,2): Logo, o Universo deve a sua existência a algo distinto de si mesmo
P: “algo não existe desde sempre”
Q: “algo deve a sua existência a algo distinto de si mesmo”
Regra “modus ponens”
1. P → Q
2. P
3. Q
O Argumento Cosmológico "Kalam"
Uma vez provadas as Premissas, pela regra “modus ponens”,
a Conclusão está provada e é inevitável: decorre das leis da Lógica!
16
17. Demonstração da Premissa 1: “Tudo o que não existe desde sempre deve a sua
existência a algo distinto de si mesmo”
Objecção: “e se uma coisa for a causa da sua própria existência?”
“A” seria a causa da existência de “A”…
Se “A” não existe desde sempre, então antes de “A” existir, “A” não existia
No entanto, apesar de “A” não existir, “A” fez surgir “A”, o que é absurdo!
Objecção: “na mecânica quântica há fenómenos sem causa”, como a materialização
espontânea de pares de partículas virtuais (partícula e antipartícula)
Há pelo menos 14 interpretações filosóficas da mecânica quântica (4 determinísticas)
Mesmo segundo a interpretação de Copenhaga (indeterminista), as partículas virtuais
não surgem “do nada”: são flutuações espontâneas da energia de vácuo
Essa energia, em sentido aristotélico, é a causa material do par de partículas
Um fenómeno espontâneo é imprevisível, o que não é o mesmo que não causado
O eventual indeterminismo quântico não implica a ausência de causas dos
fenómenos
O princípio da incerteza de Heisenberg é epistémico (reflecte uma incerteza no nosso17
O Argumento Cosmológico "Kalam"
18. Demonstração da Premissa 1: “Tudo o que não existe desde sempre deve a sua
existência a algo distinto de si mesmo”
Objecção: “A Ciência vai provar, um dia, que a causa do Universo está no Universo”
Nunca haverá essa prova definitiva: tese Jaki-Gödel
Teoremas da Incompletude do matemático Kurt Gödel (1930)
Num sistema formal consistente com regras básicas de lógica e de aritmética…
… há proposições que não podem ser nem provadas nem refutadas partindo
dos axiomas e usando as regras internas do sistema – proposições indecidíveis
Um sistema formal só é completo se não contiver proposições indecidíveis
Então: 1) não há sistemas formais consistentes e completos
Então: 2) um sistema formal ou é inconsistente ou é incompleto
Ou seja, não é possível provar a completude de um sistema formal
consistente usando os seus axiomas e as suas regras internas!
A Física baseia-se na matemática; logo, está sujeita aos Teoremas de Gödel
A Física não se pode apoiar em sistemas formais inconsistentes (com contradições)
Logo, a Física apoiar-se-á sempre em sistemas formais incompletos
Pode-se vir a descobrir uma “teoria de tudo”, mas não se poderá provar que é a última! 18
O Argumento Cosmológico "Kalam"
19. Demonstração da Premissa 2: “O Universo não existe desde sempre”
Argumentos filosóficos:
Não existe um infinito actual (apenas potencial)
Não existe uma regressão infinita de eventos temporais
Senão, nunca chegaríamos ao presente
Argumentos científicos:
A solidez do Modelo Standard (Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker: “Big Bang”)
Os Teoremas da Singularidade de Hawking e Penrose (1970)
O Teorema da Singularidade de Borde, Guth e Vilenkin (2003)
19
O Argumento Cosmológico "Kalam"
21. Demonstração da Premissa 2: “O Universo não existe desde sempre”
Teoremas da Singularidade de Hawking e Penrose (1970)
Singularidade espacial: massa concentrada num só ponto (volume zero)
Singularidade temporal: luz emitida por região com curvatura infinita do espaço-tempo
Numa singularidade, as quantidades usadas para medir o campo gravítico no modelo da
Relatividade Geral tornam-se infinitas (p. ex.: curvatura infinita do espaço-tempo)
Incompletude geodésica: existem percursos (geodésicas) no espaço-tempo que não
podem ser percorridos em tempo infinito por terminarem numa singularidade
Hawking e Penrose demonstraram que, desde que o Universo seja regulado pela
Relatividade Geral de Einstein, o seu passado irá incluir uma singularidade
Escapar aos Teoremas da Singularidade de Hawking e Penrose…
Closed Timelike Curves (CTCs): “máquinas do tempo” (permitidas pela Rel. Geral)
Modelo algo “louco”, implicando o tempo fechado sobre si mesmo
Violação da Condição de Energia Forte: inflação eterna/caótica
Falsidade da Relatividade Geral na fase inflaccionária: gravidade quântica?
21
O Argumento Cosmológico "Kalam"
22. Demonstração da Premissa 2: “O Universo não existe desde sempre”
Teorema da Singularidade de Borde, Guth e Vilenkin (2003)
Desde que Hav>0 (o Universo tenha estado, em média, em expansão)…
… as geodésicas nulas e temporais são incompletas no passado
Ou seja, a idade do Universo é finita
O teorema é válido para Universos não sujeitos à Relatividade Geral
O teorema é válido para Universos multidimensionais
Como escapar ao Teorema de Borde, Guth e Vilenkin…
Contracção infinita (Hav<0): neste caso, o Universo esteve em contracção desde o
passado infinito até chegar a um “big crunch”, seguido de um “big bang”; modelo
instável, requer afinação incrivelmente precisa antes do “big crunch”
Estaticidade assimptótica (Hav=0, porque H(∞)=0): neste caso, no infinito temporal, o
Universo deixará de se expandir; modelo instável, requer afinação precisa
Universo cíclico (Hav=0): já deveria estar em equilíbrio termodinâmico
Tempo exótico: inversão temporal na singularidade (t → -∞ “antes” da singularidade)
22
O Argumento Cosmológico "Kalam"
23. William Lane Craig (1949-)
Premissa 1: Tudo o que não existe desde sempre deve a sua existência a algo distinto de
si mesmo
Premissa 2: O Universo não existe desde sempre
Conclusão (MP, 1,2): Logo, o Universo deve a sua existência a algo distinto de si mesmo
P: “algo não existe desde sempre”
Q: “algo deve a sua existência a algo distinto de si mesmo”
Regra “modus ponens”
1. P → Q
2. P
3. Q
O Argumento Cosmológico "Kalam"
Uma vez provadas as Premissas, pela regra “modus ponens”,
a Conclusão está provada e é inevitável: decorre das leis da Lógica!
23
24. William Lane Craig (1949-)
Premissa 1: Se o Universo não existe desde sempre, então deve a sua existência a algo
distinto de si mesmo
Premissa 2: O Universo não existe desde sempre
Conclusão (MP, 1,2): Então, o Universo deve a sua existência a algo distinto de si mesmo
P: “O Universo não existe desde sempre”
Q: “O Universo deve a sua existência a algo distinto de si mesmo”
O Argumento Cosmológico "Kalam" – versão "modesta"
Uma vez provadas as Premissas, pela regra “modus ponens”,
a Conclusão está provada: decorre das leis da Lógica!
Regra “modus ponens”
1. P → Q
2. P
3. Q
24
25. Segundo Craig, a causa do Universo…
Não é espacial, não é temporal, não é material, não é energética
O espaço-tempo não se prolonga infinitamente para o passado
Logo, o espaço-tempo não existe desde sempre
Logo, a causa do Universo transcende o espaço-tempo
Matéria e energia fazem parte da realidade do Universo
A causa do Universo, por ser distinta deste, não é composta por matéria ou energia
É dotada de vontade e de livre arbítrio, é um agente livre
O Universo é o efeito de uma causa sobrenatural ("fora" do âmbito da Natureza)
Logo, o surgimento do Universo não se explica por leis científicas e estados
anteriores
Excluída uma causa de tipo natural (científica), resta supor um agente livre
Será uma mente?
Só concebemos dois tipos de entidades imateriais: mentes e conceitos abstractos
Mas os conceitos abstractos (p. ex.: números) não são agentes nem causam nada!
25
O Argumento Cosmológico "Kalam"
26. Porque razão existe algo em vez de nada?
O cristão diz que nada existiria sem um ser cuja inexistência é impossível (ser necessário)
Mais concretamente, o aristotélico-tomista diz que:
A essência desse ser é existir (essência e existência são idênticas em Deus)
Esse ser é que concede a existência a tudo o que existe
Logo, nada existiria sem esse ser, que é “o Ser”!
Esse ser necessário, não causado, é a “causa primeira” que dá existência ao Universo
Pelo contrário, o ateu só pode dizer…
… Que a inexistência do Universo é impossível (Universo necessário e eterno), ou…
… Que o Universo é a causa da sua existência (Universo necessário e eterno), ou…
… Que o Universo, a certa altura, surgiu do nada, sem causa e para nada!
O Argumento Cosmológico
O ateísmo é filosoficamente absurdo e incompatível com o conhecimento
científico dos nossos tempos!
26
27. Desvantagens do Argumento Cosmológico “kalam” (ACK)
Não é tão sólido quanto as provas tomistas (primeira, segunda e terceira vias):
A segunda premissa do ACK, “O Universo não existe desde sempre”, é vulnerável:
A uma eventual nova filosofia do tempo que explicasse um Cosmos eterno
A eventuais (mesmo que remotas) provas científicas da eternidade do Cosmos
A primeira premissa é irrefutável, mas se a segunda for falsa, o ACK cai por terra…
As provas tomistas, apesar de muito criticadas e tidas por inválidas, nunca foram refutadas
As provas tomistas não dependem, e nunca dependeram, do conhecimento científico
Nenhuma descoberta científica futura pode enfraquecer as provas tomistas
Sendo puramente metafísicas, tais provas são sempre e necessariamente válidas
O Argumento Cosmológico
Apesar do seu interesse filosófico-científico, o ACK não é tão sólido quanto as
três primeiras provas filosóficas de São Tomás
27
28. 28
1. Introdução
2. O Argumento Cosmológico
3. O Argumento Teleológico
4. Conclusão
Índice
28
29. Argumento filosófico a favor da finalidade (“telos”, em grego) do Universo
Parte do facto científico da “afinação” (“fine tuning”) do Universo para a
existência de vida inteligente:
“Afinação” das leis da natureza
“Afinação” das constantes das leis da natureza
“Afinação” das condições iniciais do Universo
Quatro explicações possíveis:
1. O Universo só podia ser assim: excluída pelo argumento de Leibniz
2. O Universo podia não ser assim, mas é assim: "facto bruto" ou "sorte"
3. Existem inúmeros Universos, e o nosso está “afinado”
4. O Universo foi criado com finalidade por uma entidade inteligente
Este argumento não é dedutivo, mas indutivo (não é uma “demonstração”)
O Argumento Teleológico
29
Gama de valores possívels Gama de valores possíveis
Vida inteligente
(desenho não está à escala)
30. A “afinação” do Universo
Definição rigorosa de “afinação”
Diz-se que uma constante C está “afinada” para a existência de vida se:
WVPV é a gama de valores possíveis para a constante C que permitem a vida
Ou seja, se a constante C tivesse valores fora dessa gama, a vida não seria possível
WVC é uma gama adequada de valores de comparação para a constante C
A discussão em torno da gama de comparação é polémica e ainda está em curso!
Essa discussão é importante para quantificar as “afinações”, mas não há como negá-las!
Robin Collins é um filósofo norte-americano que se tem destacado nesta discussão
O Argumento Teleológico
1
VC
VPV
W
W
30
31. A “afinação” do Universo: leis da natureza
Leis fundamentais indispensáveis à vida inteligente:
Força gravítica: sem ela, não existiriam estrelas (energia) nem elementos pesados
Força electromagnética: sem ela, não existiriam átomos, química, radiação (luz)
Força nuclear forte: sem ela, não existiriam átomos nem química
Princípio de quantização (Bohr, 1913): sem ele, não existiriam átomos estáveis
Princípio de exclusão (Pauli, 1925): sem ele, não existiriam átomos complexos
O Argumento Teleológico
31
32. A “afinação” do Universo: força gravítica
A força forte é 1040 vezes mais forte que a força gravítica (G0)
Se compararmos a intensidade da força forte ao diâmetro do Universo (8,8 x 1026m)...
... a intensidade da força gravítica equivaleria a 8,8 fm (núcleo de um átomo de Ouro)
Se G0 fosse aumentada em 1 / 1031, mesmo organismos unicelulares seriam esmagados
Se G0 fosse aumentada em 1 / 1037, não haveria estrelas com mais de mil milhões de anos
O Argumento Teleológico
32
Gama de valores possíveis
G0 – Força
gravítica
1040 x G0 –
Força forte
1037 x G0 – Força
electromagnética
1031 x G0 –
Força fraca
33. A “afinação” do Universo: massas do protão e do neutrão
O neutrão, fora do núcleo, é instável: decai em 15 minutos gerando:
um protão (p)
um electrão (e-)
e um antineutrino de electrão (νe)
O protão é estável porque não tem energia suficiente para decair (Ep ≈ 99,86% En)
Se o protão fosse 0,14 % mais pesado, não seria estável (não haveria Hidrogénio)
Se o neutrão fosse 0,14% mais pesado, não existiriam estrelas de Hidrogénio estáveis!
O Argumento Teleológico
33
34. A “afinação” do Universo: densidade da matéria no início do Universo
A energia de expansão do Universo “compete” com a força gravítica
A densidade crítica é o limite a partir do qual a gravidade vence (5 átomos / m3)
Perto do Big Bang, a densidade manteve-se praticamente igual à critica
No tempo de Plank (5,4 x 10-44 s), a densidade da matéria esteve "afinada" 1 parte em 1060
O Argumento Teleológico
34
35. A “afinação” do Universo: a entropia inicial esteve "afinada" 1 parte em 10 ^ 10123
O Argumento Teleológico
35
Roger Penrose
36. A “afinação” do Universo
Quatro forças fundamentais da Natureza
Força gravítica
Força electromagnética
Força nuclear forte
Força nuclear fraca
A força nuclear forte mantém a coesão do núcleo atómico
A força electromagnética causa atracção/repulsão entre partículas com carga eléctrica
Uma variação de mais de 0,5% na força forte…
… ou de mais de 4% na força electromagnética…
… resultaria:
Na destruição de todo o Carbono estelar
Na destruição de todo o Oxigénio estelar
Não conhecemos qualquer forma de vida sem Carbono
ou sem Oxigénio
O Argumento Teleológico
36
37. A “afinação” do Universo
Para a existência de 92 elementos estáveis, a estrutura dos núcleos tem que ser estável
A força forte tem que estar muito equilibrada com a força electromagnética
O Argumento Teleológico
37
38. A “afinação” do Universo
O processo triplo-alfa e o nível de energia do Carbono 12
Como surgiram as partículas mais pesadas que o 4He, dado que não há átomos estáveis
com 5 ou 8 partículas no núcleo?
O 5Li (5 nucleões) e o 8Be (8 nucleões) são instáveis
O processo triplo-alfa explica o surgimento de 12C pela colisão de 8Be com 4He
Os cálculos teóricos previam muito menos 12C do que o existente no Universo
Como surgiu o restante Carbono 12?
Graças à ressonância do seu nível de energia, que amplifica o processo triplo-alfa!
O Argumento Teleológico
38
39. O Argumento Teleológico
A escala do Universo
Das ínfimas partículas subatómicas (raio do electrão ~10-20m)…
… aos enormes aglomerados de galáxias (~1023m)…
... o tamanho do ser humano está aproximadamente a meio da escala logarítmica!
Este exemplo é apresentado como curiosidade, e não como uma “afinação” rigorosa
39
40. Versão de Robin Collins (“The Blackwell Companion to Natural Theology”, 2009)
UAV: Universo Afinado para a Vida inteligente (facto científico)
T: Hipótese teísta: existe uma entidade inteligente que criou o Universo com finalidade
N: Hipótese naturalista: não existe uma entidade inteligente que criou o Universo
As hipóteses T e N excluem-se mutuamente
A probabilidade do UAV dada a hipótese N é extremamente baixa:
A probabilidade do UAV dada a hipótese T não é inverosímil:
Pelo princípio da verosimilhança:
T é uma hipótese sugerida muito antes (e independentemente) de sabermos o facto UAV
Pelo princípio da verosimilhança, o facto UAV reforça fortemente a hipótese T face à N
O Argumento Teleológico
A "afinação" do Universo é muito mais expectável se ele foi feito por uma entidade inteligente!
0)|( NUAVP
0)|(~ TUAVP
40
P(UAV |T)>> P(UAV | N)
42. Porque é que o Universo não se parece mais com uma lixeira?
O Argumento Teleológico
42
43. A "afinação" do Universo: testemunhos
Stephen Hawking (1942-), físico e matemático britânico
Hawking não acredita que Deus exista
Uma Breve História do Tempo (1988):
O Argumento Teleológico
«(…) O que é notável é que os valores destes números
[fundamentais das leis da ciência] parecem ter sido muito
bem ajustados, para tornar possível o desenvolvimento da
vida. Por exemplo, se a carga eléctrica do electrão fosse
apenas ligeiramente diferente, as estrelas ou seriam
incapazes de queimar hidrogénio e hélio, ou então não
teriam explodido.(...)»
43
44. A "afinação" do Universo: testemunhos
Martin Rees (1942-), físico britânico
Rees não acredita que Deus exista
Just Six Numbers (2001):
O Argumento Teleológico
«(…) Estes seis números constituem uma "receita" para um universo. Adicionalmente, o
desfecho é sensível aos seus valores: se algum deles estivesse "desafinado", não
existiram estrelas nem vida. Esta afinação é apenas um facto bruto, uma coincidência?
Ou é a providência de um Criador benigno? Eu adopto o ponto de vista de que não é
nenhum destes casos. Uma infinidade de outros universos podem bem existir nos quais
os números sejam diferentes. A maioria deles seria nado-morto ou estéril. Apenas
poderíamos ter emergido (e naturalmente agora encontramo-nos) num universo com a
combinação "certa" (...)»
44
45. O Argumento Teleológico – Objecções
Como escapar à conclusão teísta?
O1: Podemos vir a descobrir uma ou mais leis fundamentais que expliquem a "afinação"!
Apenas transfere a improbabilidade para um nível acima
Porque é que tais leis fundamentais são adequadas à vida inteligente?
O2: Podemos vir a descobrir outras formas de vida diferentes da nossa!
É necessária "afinação" para sequer existirem átomos, ou fontes de energia (estrelas)
Implausibilidade de formas de vida não baseadas em Carbono (formado nas estrelas)
O3: Se estamos aqui a discutir, é porque o Universo tinha que permitir vida inteligente!
Analogia de John Leslie (1988), Cérebros de Boltzmann, cognoscibilidade do Universo
O4: Se existirem infinitos universos, pelo menos um deles terá que permitir vida inteligente!
Supor um infinito número de entidades reais gera contradições
É uma tese metafísica que é cientificamente indemonstrável
O5: Não existe apenas o nosso Universo, mas uma série de universos (Multiverso)
A teoria de cordas poderia explicar a variedade de constantes nos universos
A teoria inflaccionária poderia explicar o processo de geração de novos universos 45
46. O Argumento Teleológico
Como escapar à conclusão?
Recorrer ao “Multiverso”
O nosso Universo seria apenas um de muitos “domínios” de um “Multiverso”
O “Multiverso” seria regido por leis mais gerais, comuns a todos os “domínios”
O problema: o “Multiverso” continua baseado em leis universais que unem os “domínios”
Tais leis universais, e respectivas constantes, vão apresentar “afinação”!
Recorrer a infinitos universos
É como jogar infinitas vezes na lotaria: a certa altura vamos ganhar de certeza!
Todas as combinações das variáveis físicas estariam presentes num dado universo
Existiriam infinitos universos para esgotar todas essas combinações
Se todos estes universos tivessem que existir, o nosso também teria que existir!
A teoria dos “infinitos universos” (inacessíveis, logo, indemonstráveis) é o suicídio científico!
Para “escapar” à existência de um Deus cientificamente indemonstrável,
sugerem-se infinitos universos cientificamente indemonstráveis?...
46
47. Críticos do Multiverso
Paul Davies (1946-), físico britânico
Medalha Kelvin (2001)
Prémio Faraday (2002)
Davies é agnóstico acerca da existência de Deus
A Brief History of the Multiverse
(The New York Times, 12 de Abril de 2003):
O Argumento Teleológico – Objecções
«(…) como é que a existência de outros universos pode ser testada? É certo que
todos os cosmólogos aceitam que há regiões do universo que ficam para lá do
alcance dos nossos telescópios, mas algures na rampa escorregadia entre isso e
a ideia de que há um número infinito de universos, a credibilidade chega ao limite.
(...) invocar infinitos universos não observáveis (...) é tão "ad hoc" como invocar
um Criador invisível (...) A teoria do multiverso pode estar vestida com linguagem
científica, mas essencialmente requer o mesmo salto de fé (...)»
47
48. Críticos do Multiverso
George Ellis (1939-), cosmólogo sul-africano
Ellis é adepto do platonismo
Does the Multiverse Really Exist?
(Scientific American, 19 de Julho de 2011):
O Argumento Teleológico – Objecções
«(…) Ao olhar para este conceito [do multiverso], temos que ter uma mente
aberta, mas não demasiado aberta. É um caminho delicado para percorrer.
Universos paralelos podem ou não existir; o caso não está provado. Vamos
ter que viver com essa incerteza. Não há nada de errado na especulação
filosófica cientificamente baseada, que é o que as propostas do multiverso
são. Mas devemos chamá-la pelo que ela é.»
48
49. O Argumento Teleológico – Objecções
Vários problemas com o Multiverso...
O Multiverso é apenas (ainda) especulação filosófica sem suporte empírico
Num Multiverso sem "contacto" entre os vários universos...
Qualquer "evidência" a favor desse multiverso será sempre indirecta (será científica?)
Exemplo: maior precisão de uma futura teoria unificada que implicasse vários universos
Todavia, pode-se validar empiricamente um Multiverso com "contacto" entre os universos...
O Multiverso resolveria...
A improbabilidade da "afinação" das constantes do nosso Universo
A improbabilidade da "afinação" das condições iniciais do nosso Universo (talvez...)
Mas persistiria o problema da "afinação" das leis da natureza!
Leis fundamentais teriam que estar "afinadas" para a geração dos vários universos
1. Ou se procuram leis fundamentais do Multiverso que têm que estar afinadas
2. Ou se opta por inúmeros universos "separados" e incomunicáveis (tese não científica)
49
Explicações baseadas num Multiverso também requerem "afinação"!
50. O Argumento Teleológico – Objecções
A explicação inflaccionária + teoria de cordas também requer "afinação"!
"Mecanismo afinado" para fornecer energia aos vários Universos
"Mecanismo afinado" para gerar as "bolhas" das quais surgem os vários Universos
Relatividade geral de Einstein: explica a formação e rápida expansão das "bolhas"
"Mecanismo afinado" para converter a energia do campo inflaton para massa-energia
Equivalência massa-energia, juntamente com um "mecanismo" para acoplar os campos
"Mecanismo afinado" para gerar a diversidade de leis e constantes dos vários Universos
Teoria de cordas: poderá explicar a diversidade necessária para aumentar a probabilidade
de existirem Universos afinados para a vida
A explicação inflaccionária + teoria de cordas está a ganhar credibilidade científica
Mas se estiver correcta, o problema da "afinação" apenas "subiu" um patamar!
50
A explicação inflaccionária + teoria de cordas também requer "afinação"!
51. O argumento de Richard Dawkins contra a explicação divina
Dawkins pretende que Deus não pode ser uma explicação para o Cosmos
Afirma que, nesse caso, Deus seria mais complexo que o Cosmos
E diz que devemos abandonar a explicação divina por ser mais complexa
Alguns problemas deste argumento...
1. Os cristãos tipicamente dizem que Deus é simples e não complexo
2. Mesmo que Deus fosse mais complexo do que o Cosmos...
... Deus poderia ser uma boa explicação para o Cosmos
Afinal... Dawkins é mais complexo que qualquer um dos seus livros!
E no entanto, Dawkins é uma excelente explicação para a existência de
qualquer um dos dos seus livros
3. Uma explicação pode ser boa, mesmo sem termos a explicação da explicação
O Argumento Teleológico – Objecções
51
52. O “argumento central” contra Deus, de Richard Dawkins
Richard Dawkins apresenta-o em “The God Delusion”, p. 198-199
1. O maior desafio é explicar a complexa e improvável aparência de um design criador
2. A tentação natural é atribuir a aparência de design ao próprio design
3. A tentação anterior é falsa: quem criou esse criador do design?
4. Pelo contrário, a evolução darwiniana explica a complexidade a partir da simplicidade: um
“guindaste” (“crane”) assente no chão em vez de uma série de “ganchos” (“hooks”) vindos do céu
5. No entanto, ainda não há algo semelhante ao darwinismo para a Física, que explique o aparente
design do universo: será o multiverso? O princípio antrópico dá-nos direito de aceitar a sorte que
temos em estar no universo certo
6. Não devemos desistir de esperar por um “guindaste” que explique o design do universo; até lá,
ficamos com o princípio antrópico (“sorte”), que é melhor que ganchos no céu
Logo, é quase certo que Deus não existe!
52
O Argumento Teleológico – Objecções
53. O “argumento central” contra Deus, de Richard Dawkins
Dawkins não refutou o argumento teleológico
A pretensa “refutação” de Dawkins está mal estruturada: não se percebe
onde estão as premissas e como está montado o argumento, pois ele não
segue as regras da lógica e dos silogismos
“Who designed the Designer?”, pergunta Dawkins:
Uma explicação não é má ou inútil só porque não temos uma
explicação da explicação
Senão todo o conhecimento humano cairia por Terra
É irracional só aceitar uma explicação E1, se tivermos uma explicação
E2 que explica E1, e uma explicação E3 que explica E2, e uma
explicação E4 que explica E3, e assim por diante … até ao infinito!
Nunca se explicaria nada!
Recorrer ao multiverso para tentar fugir do “design” é uma solução “ad hoc”
Apelar à sorte é irracional: “estamos aqui, não estamos?”
Recorrer a “guindastes” e “ganchos” não salva um mau argumento
53
O Argumento Teleológico – Objecções
54. Desvantagens do Argumento Teleológico de Collins (ATC)
Não é tão sólido quanto a quinta via tomista (pela causa final)
O ATC é um argumento probabilístico: perante o grau de “afinação” do Universo, é
muito mais provável que o Universo se deva a um ser inteligente do que ao acaso
A quinta via é um argumento dedutivo: a conclusão decorre das premissas
Conhecimento científico futuro pode tornar menos improvável a “afinação” do Universo
Conhecimento científico futuro pode enfraquecer consideravelmente o ATC
A quinta via tomista nunca foi refutada
A quinta via tomista não depende, e nunca dependeu, do conhecimento científico
Nenhuma descoberta científica futura pode enfraquecer essa prova tomista
Sendo puramente metafísica, tal prova é sempre e necessariamente válida
O Argumento Teleológico
Apesar do seu interesse filosófico-científico, o Argumento Teleológico de
Robin Collins não é tão sólido quanto a quinta via de São Tomás
54
55. Possíveis explicações
Regularista (enfraquece o método científico)
As leis da natureza apenas descrevem regularidades observadas no Universo
Essas regularidades são um facto bruto: não têm nem requerem nenhuma explicação
Não explica o carácter contra-factual das leis da natureza
Destrói a confiança na indução: como se podem retirar leis universais de meras regularidades?
Necessitarista (prefere a simplicidade de forma "ad hoc")
As leis da natureza reflectem relações necessárias entre universais, quantificadas em funções
Para chegar a uma lei funcional, escolhe-se a função mais simples que se adapta aos dados
Mas porquê a função mais simples? Qual a base filosófica para escolher a mais simples?
Platónica (sofre dos problemas do platonismo)
A razão pela qual o Universo é regular e hierarquicamente ordenado é porque isso é bom
O conceito de Bem (ou Bom) impede a existência de Universos irregulares ou desordenados
Teísta (a melhor explicação)
As regularidades descritas pelas leis da natureza assentam na vontade racional de Deus
Desdobra-se em duas hipóteses teológicas:
Deus criou e sustém directa e permanentemente essas regularidades
Deus criou e sustém coisas naturais cujas essências obedecem a essas regularidades
Se Deus criou o intelecto humano, é expectável que este detecte as regularidades naturais
O Argumento Nomológico – Porque há leis da natureza?
55
56. Robert Boyle (1627-1691), químico, físico, filósofo e teólogo irlandês
Os primeiros cientistas da era moderna eram quase todos cristãos
Explicaram teologicamente as regularidades da Natureza pela constância da vontade de Deus
Por basearem essas regularidades na vontade constante de Deus, chamaram-lhes “leis”
Assim, o termo “lei da Natureza” nasce de um postulado teológico
Esse postulado tem, também, uma vertente moral
Assim, a vontade de Deus, supremo legislador, traduzida em “leis divinas”, dá origem a:
“Leis” científicas, às quais a Natureza “obedece” por não ter liberdade para “desobedecer”
”Leis” morais, às quais o Homem deve obedecer, mas sendo livre, pode não obedecer
O Argumento Nomológico
«Deus [é] o Autor do universo, e o livre Estabelecedor das Leis do
movimento, cujo geral Concurso é necessário para a conservação
e Eficácia de cada Agente Físico em particular.»
«A natureza deste ou daquele corpo não é mais do que a lei de
Deus prescrita a ele [e] falando propriamente, uma lei não é mais
do que uma regra nocional de agir de acordo com a vontade
declarada de um superior.»
Robert Boyle (1627-1691)
56
57. Palestra de Bento XVI
Aula Magna de Ratisbona
12 de Setembro de 2006: "Fé, Razão e Universidade"
"(...) a razão moderna (...) tem simplesmente de
aceitar a estrutura racional da matéria e a
correspondência entre o nosso espírito e as
estruturas racionais operativas na natureza
como um dado de facto, sobre o qual se baseia o
seu percurso metódico"
O Argumento Nomológico
Quais são os pressupostos filosóficos e
teológicos da Ciência moderna?
O trabalho científico pressupõe um Universo racional e inteligível!
57
58. A eficácia da Matemática em Ciência
Eugene Wigner (1902-1995), físico e matemático ateu
Prémio Nobel da Física (1963)
The Unreasonable Effectiveness of Mathematics in
the Natural Sciences (1960)
O Argumento Nomológico
«(…) fundamentalmente, não sabemos porque é que as
nossas teorias funcionam tão bem. Por isso, a sua precisão
pode não provar a sua verdade e consistência. (...)
O milagre da apropriedade da linguagem da matemática à
formulação das leis da física é um dom maravilhoso, que
nós nem entendemos nem merecemos. Deveríamos estar
agradecidos por ele, e esperar que se mantenha válido em
pesquisas futuras (...)»
58
59. 59
1. Introdução
2. O Argumento Cosmológico
3. O Argumento Teleológico
4. Conclusão
Índice
59
60. Argumentos a favor do teísmo...
A1: Argumento Cosmológico de Leibniz: demonstra existir uma entidade:
Que tem em si mesma a sua razão de existir
Que não poderia não existir, e portanto é eterna (ou pelo menos perpétua)
Que é imaterial: não é feita de massa / energia
A2: Argumento Teleológico: a partir do facto da "afinação" do Universo:
Defende que a "afinação" é imensamente mais expectável dado o teísmo
Aponta para a inteligência da entidade que o A1 demonstra existir
A3: Argumento Nomológico: a partir da existência de leis da natureza:
Defende que a melhor explicação para as leis da natureza é a teísta
Aponta para a vontade racional da entidade que o A1 demonstra existir
Conclusão
60
61. 61
A Sua existência é obrigatória
É a explicação do Universo
É distinto do Universo
É imaterial
Não é feito de massa / energia
Não é antropomórfico
É eterno (ou pelo menos perpétuo)
É racional e inteligente
É livre para agir como quer
É intencional
Age com finalidade(s)
Quer um Universo racional
Quer vida inteligente
Conclusão
62. Criador e Criação
O Criador é livre
Um Universo contingente só existe por causa de uma decisão livre
Deus não estava obrigado a criar este (ou qualquer outro) Universo
O Criador cria “fora” do tempo e do espaço
Estamos “formatados” para pensar de forma temporal (sequencial)
A Criação está sempre em curso, no “eterno presente” de Deus
A Criação é o acto pelo qual Deus mantém o Universo em “ser”
O Criador não é uma causa física (natural)
Deus não “dá à corda” ao Universo, deixando-o a trabalhar
O “Big Bang” não é um “empurrão” de Deus
Deus é a causa primeira, absolutamente transcendente ao Universo
O Criador não é complexo (apesar de o Universo ser complexo)
62
Conclusão
63. Bibliografia recomendada
Coord. William Lane Craig, J.P. Moreland
Argumentos para a existência de Deus
Argumentos para a imaterialidade da mente
Anthony Rizzi
Físico teórico, trabalha no LIGO
O livro conjuga ciência com São Tomas de Aquino