SlideShare uma empresa Scribd logo
Curso Ciência e Fé
Módulo IIB – Cosmologia Grega
© Bernardo Motta
bmotta@observit.pt
http://espectadores.blogspot.com
Curso Ciência e Fé
I – Introdução
II – Filosofia Grega e Cosmologia Grega
III – Filosofia Medieval e Ciência Medieval
IV – Inquisição e Ciência
V e VI – O Caso Galileu
VII – A Revolução Científica
VIII – Darwin e a Igreja Católica
IX – Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
X – Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
XI – Milagres e Ciência
XII – Concordância entre Cristianismo e Ciência
3
1. Introdução
2. Os filósofos pré-socráticos
3. Sócrates
4. Platão
5. Aristóteles
6. Cosmologia grega
Índice
3
Física aristotélica
O Cosmos é eterno
Toda a coisa que se move (que muda) é movida (mudada) por outra
Todo o movimento é contínuo e não há vazio (contra Demócrito e os “indivisíveis” dos atomistas)
Os corpos celestes são radicalmente distintos dos terrestres (sublunares)
O movimento celestial é circular (esferas de cristal no éter), uniforme e incorruptível (eterno)
O movimento terrestre ideal é rectilíneo, vertical e de velocidade constante
Quer a esfera das estrelas fixas, quer as esferas dos planetas, são movidas pelo seu “motor imóvel”
No topo está o “primeiro motor imóvel”, origem de todo o movimento, regendo todos os motores imóveis
O movimento terrestre não ideal deve-se a colisões e à geração e corrupção
Os fenómenos de aparente irregularidade nos céus (cometas, supernovas) são meteorológicos
Aristóteles (c. 384-322 a.C.)
Cosmologia grega
4
4
Física aristotélica
Os quatro elementos que compõem as coisas terrestres:
1. Terra (fria, seca): uma potencialidade para “esfriar” e para “secar”
2. Água (fria, húmida): uma potencialidade para “esfriar” e para “humidificar”
3. Ar (quente, húmido): uma potencialidade para “aquecer” e para “humidificar”
4. Fogo (quente, seco): uma potencialidade para “aquecer” e para “secar”
Estes elementos não existem como substâncias mas como “potências” das substâncias
Cada elemento pode transformar-se num elemento “vizinho” com quem partilhe uma potencialidade
Cosmologia grega
5
FOGO
ÁGUA
AR TERRA
HÚMIDO FRIO
QUENTE SECO
5
Física aristotélica
Movimento natural: cada corpo em movimento tende para o seu lugar natural
O lugar natural de um corpo depende da proporção dos elementos que o compõem
1. "Terra" em preponderância: tende para o centro do Cosmos
2. "Água" em preponderância: idem, mas acima da "Terra"
3. "Ar" em preponderância: tende para longe da "Terra", mas abaixo do "Fogo"
4. "Fogo" em preponderância: idem, mas acima do "Ar" e abaixo da esfera lunar
Em diagramas antigos, os elementos surgem idealizados em esferas sublunares concêntricas
Cosmologia grega
6
6
Eudoxo de Cnido, Εὔδοξος (c. 410-408 a.C. – c. 355-347 a.C.)
Astrónomo, matemático e filósofo; foi aluno de Platão
Apresenta o primeiro sistema astronómico conhecido, tentando de explicar os movimentos planetários
Aristóteles adopta e comenta o sistema de Eudoxo (na Metafísica, e na obra “Do Céu”)
Teses principais:
1. A Terra está no centro do Universo
2. Todo o movimento celestial é circular (ideia que perdurará até Kepler)
3. Todo o movimento celestial é regular
4. O centro do caminho percorrido por qualquer movimento celestial é idêntico ao centro do
movimento
5. O centro de todo o movimento celestial é o centro do Universo
Cosmologia grega
7
7
“Salvar os fenómenos” (“sozein ta phainomena”)
A Terra roda diariamente sobre o seu eixo de Oeste para Este (o Sol pôe-se sempre a Oeste)
O Sol e todos os planetas (excepto Vénus) possuem essa rotação axial Oeste-Este
No contexto da física aristotélica, a Terra está imóvel no centro do Universo
Logo, o movimento (aparente) diário dos céus era explicado, pelos gregos, com sendo Este-Oeste
Os planetas exteriores também exibem um movimento anual lento Oeste-Este contra o fundo estelar
Quando a Terra “ultrapassa” um planeta exterior, esse planeta parece retrogredir de Este para Oeste:
Marte retrogride durante 72 dias a cada 25,6 meses
Júpiter, durante 121 dias a cada 13,1 meses
Saturno, durante 138 dias a cada 12,4 meses
Urano, durante 151 dias a cada 12,15 meses
Neptuno, durante 158 dias a cada 12,07 meses
Este fenómeno explica-se pela maior velocidade angular
dos planetas mais próximos do Sol
Eudoxo criou um modelo para explicar este fenómeno
Eudoxo não atribuía realismo a este modelo, era apenas
instrumental, concebido para “salvar os fenómenos”
Cosmologia grega
8
8
“Salvar os fenómenos” (“sozein ta phainomena”)
Todos os planetas apresentam um troço de movimento retrógrado no seu percurso Oeste-Este:
Como descrevê-lo com base em movimentos circulares uniformes?
Eudoxo supôs duas esferas concêntricas rodando em sentidos opostos
O eixo de rotação da esfera interior (O-M) está oblíquo ao da exterior (O-N)
Juntando mais uma esfera para explicar o nascer e o pôr de um planeta, e
outra para o seu movimento anual Oeste-Este, este sistema gera este padrão:
Cosmologia grega
9
πλανήτης αστήρ
planētēs astēr
«astro errante»
9
Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C)
Astrónomo, matemático, geógrafo e astrólogo, egípcio helenizado, cidadão romano
Autor do mais antigo tratado astronómico a chegar aos nossos dias, o Almagesto (c. 150 d.C)
Ptolomeu baseou-se amplamente nas observações dos caldeus (Babilónia)
Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C.)
Κλαύδιος Πτολεμαῖος
Cosmologia grega
10
«O Almagesto partilhou o destino de muitas outras grandes obras na história da ciência. Foi falado
por muitos, mas estudado a sério apenas por poucos. No entanto, foi tão importante para a ciência
antiga como foram os Principia de Newton para o século XVII, e não há dúvida de que foi um feito
científico maior do que o De revolutionibus [de Copérnico] que obliterou a sua fama, do mesmo modo
que Copérnico ofuscou Ptolomeu como um génio astronómico.» - Olaf Pedersen (1920-1997)
10
O Almagesto
Requer vários conhecimentos prévios: geometria euclideana, matemática, observação astronómica
A obra contém um modelo geométrico que se adapta muito bem a um grande número de observações
A grande qualidade da obra é mérito de Ptolomeu, mas também do acervo da Biblioteca de Alexandria
O método de Ptolomeu não é indutivo, partindo dos dados para chegar ao modelo, mas vice-versa
Seguindo a tradição grega, o método de Ptolomeu é geométrico e não algébrico (como o dos caldeus)
O Almagesto só chega à Europa (em traduções do grego ou do árabe) no século XII
O modelo ptolemaico ajusta-se aos dados astronómicos pelo uso de epiciclos, deferentes e equantes
Cosmologia grega
11
Epiciclo O planeta gira numa órbita (epiciclo)
Deferente O centro do epiciclo gira noutra órbita (deferente)
Equante
O centro do epiciclo mantém velocidade angular
constante em relação ao ponto equante
11
Epiciclos, deferentes e equantes
1. Princípio do movimento excêntrico: A Terra não é postulada no centro das órbitas planetárias mas
num ponto excêntrico a essas órbitas
Função: explicar a variação anual do brilho dos planetas e a (aparente) variação na velocidade
2. Princípio do epiciclo: Cada planeta revolve em torno de um círculo (epiciclo) cujo centro por sua vez
revolve em torno de outro círculo (deferente); mais epiciclos podem ser acrescentados se necessário
Função: explicar os troços estacionários e retrógrados nas órbitas planetárias
3. Princípio do equante: Cada planeta revolve em velocidade angular constante face a um ponto (o
equante) distinto do centro do deferente
Função: explicar as variações anuais na velocidade angular dos planetas
O equante agravou ainda mais o “divórcio” entre a física aristotélica e a astronomia ptolemaica
Cosmologia grega
Física aristotélica
• Pretendia explicar a estrutura da Natureza e a
causa dos movimentos na Natureza
• “Reinou” durante 19 séculos
Astronomia ptolemaica
• Pretendia apenas “salvar os fenómenos”,
ou seja, calcular os movimentos celestiais
• “Reinou” durante 14 séculos
“Divórcio”
12
Modelos heliocêntricos antigos
O pitagórico Filolau (470-385 a.C.) defendia que a Terra e uma anti-Terra orbitavam um “fogo central”
Heráclides do Ponto (c. 390-310 a.C.) explica a aparente rotação das
estrelas num período de 24 horas pela rotação diurna Oeste-Este da Terra
Aristarco de Samos (310-230 a.C.) troca o “fogo central” de Filolau pelo Sol
Com base em estimativas do tamanho do Sol e da Lua e das suas
distâncias à Terra, Aristarco intuiu que o Sol seria muito maior que a Terra
Por essa razão, Aristarco supôs que a Terra orbitaria o Sol
O heliocentrismo grego não teve sucesso:
1. Contrariava o senso comum
2. Era incompatível com a física aristotélica
3. A paralaxe implicada pelo modelo não era detectavel à época
Só com Copérnico é que o heliocentrismo é recuperado
Cosmologia grega
Aristarco de Samos (310-230 a.C.)
Ἀρίσταρχος
Página (parcial) de uma colecção de astronomia grega compilada no séc. X,
contendo a obra de Aristarco, “Sobre os tamanhos e distâncias [do Sol e da
Lua]”
(Περὶ μεγεθῶν καὶ ἀποστημάτων [ἡλίου καὶ σελήνης]) → 13
Conclusão
«É verdade que na história da astronomia, Ptolomeu foi principalmente o Ptolomeu
do Almagesto, e por razões bastante óbvias. Foi de longe o seu maior tratado
astronómico, no qual todas as teorias planetárias foram construídas através de
modelos geométricos cujos parâmetros foram derivados de observações reais.
Adicionalmente, o Almagesto foi composto num contexto de rigor disciplinado,
definindo um padrão muito elevado para a literatura astronómica séria. Ninguém
pode escapar à sensação de profundo respeito e admiração para com uma obra de
tal clássica beleza e força. Não admira que o Almagesto tenha conseguido marcar o
desenvolvimento da astronomia durante séculos. De facto, o principal trabalho de
Ptolomeu deve ser considerado como a fonte derradeira de toda a astronomia no
mundo Ocidental até que foi finalmente substituído, através dos esforços de Kepler
e Newton.» - Olaf Pedersen (1920-1997)
14

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Modelos atômicos ( 9 ano)
Modelos atômicos ( 9 ano)Modelos atômicos ( 9 ano)
Modelos atômicos ( 9 ano)
Karol Maia
 
I.1 A origem do universo
I.1 A origem do universoI.1 A origem do universo
I.1 A origem do universo
Rebeca Vale
 
Tempo Geológico
Tempo GeológicoTempo Geológico
Tempo Geológico
Lucca
 
9 ano_astronomia
9 ano_astronomia9 ano_astronomia
9 ano_astronomia
Giselle Marques Goes
 
A Origem Do Universo
A Origem Do UniversoA Origem Do Universo
A Origem Do Universo
Olga Maria
 
2. a constituição da matéria átomo
2. a constituição da matéria   átomo2. a constituição da matéria   átomo
2. a constituição da matéria átomo
karlinha soares
 
Big Bang Por Cadorim
Big Bang   Por CadorimBig Bang   Por Cadorim
Big Bang Por Cadorim
Gui Cadorim
 
Estrelas
EstrelasEstrelas
Constelações
ConstelaçõesConstelações
Constelações
marcialob00
 
A escola dos annales e o positivismo
A escola dos annales e o positivismoA escola dos annales e o positivismo
A escola dos annales e o positivismo
Gisele Finatti Baraglio
 
Origem e formação da terra
Origem e formação da terraOrigem e formação da terra
Origem e formação da terra
karolpoa
 
Asteroides, Cometas Meteoritos
Asteroides, Cometas MeteoritosAsteroides, Cometas Meteoritos
Asteroides, Cometas Meteoritos
Maria Clara Rosa Reis
 
Movimentos das placas tectônicas
Movimentos das placas tectônicasMovimentos das placas tectônicas
Movimentos das placas tectônicas
Cadernizando
 
Roteiro2 medidas astronomicas
Roteiro2 medidas astronomicasRoteiro2 medidas astronomicas
Roteiro2 medidas astronomicas
Maria Helena Pereira
 
A historia da Astronomia
A historia da AstronomiaA historia da Astronomia
A historia da Astronomia
heypeu
 
Energia Elétrica Aula
Energia Elétrica AulaEnergia Elétrica Aula
Energia Elétrica Aula
Professor
 
Big Bang
Big BangBig Bang
Big Bang
nickson1992
 
Astronomia e a formação do universo
Astronomia e a formação do universoAstronomia e a formação do universo
Astronomia e a formação do universo
Colégio Nova Geração COC
 
Aula Gravitação Universal
Aula Gravitação UniversalAula Gravitação Universal
Aula Gravitação Universal
Antônio Arapiraca
 
A Terra E O Universo
A Terra E O UniversoA Terra E O Universo
A Terra E O Universo
guest9c1c7c
 

Mais procurados (20)

Modelos atômicos ( 9 ano)
Modelos atômicos ( 9 ano)Modelos atômicos ( 9 ano)
Modelos atômicos ( 9 ano)
 
I.1 A origem do universo
I.1 A origem do universoI.1 A origem do universo
I.1 A origem do universo
 
Tempo Geológico
Tempo GeológicoTempo Geológico
Tempo Geológico
 
9 ano_astronomia
9 ano_astronomia9 ano_astronomia
9 ano_astronomia
 
A Origem Do Universo
A Origem Do UniversoA Origem Do Universo
A Origem Do Universo
 
2. a constituição da matéria átomo
2. a constituição da matéria   átomo2. a constituição da matéria   átomo
2. a constituição da matéria átomo
 
Big Bang Por Cadorim
Big Bang   Por CadorimBig Bang   Por Cadorim
Big Bang Por Cadorim
 
Estrelas
EstrelasEstrelas
Estrelas
 
Constelações
ConstelaçõesConstelações
Constelações
 
A escola dos annales e o positivismo
A escola dos annales e o positivismoA escola dos annales e o positivismo
A escola dos annales e o positivismo
 
Origem e formação da terra
Origem e formação da terraOrigem e formação da terra
Origem e formação da terra
 
Asteroides, Cometas Meteoritos
Asteroides, Cometas MeteoritosAsteroides, Cometas Meteoritos
Asteroides, Cometas Meteoritos
 
Movimentos das placas tectônicas
Movimentos das placas tectônicasMovimentos das placas tectônicas
Movimentos das placas tectônicas
 
Roteiro2 medidas astronomicas
Roteiro2 medidas astronomicasRoteiro2 medidas astronomicas
Roteiro2 medidas astronomicas
 
A historia da Astronomia
A historia da AstronomiaA historia da Astronomia
A historia da Astronomia
 
Energia Elétrica Aula
Energia Elétrica AulaEnergia Elétrica Aula
Energia Elétrica Aula
 
Big Bang
Big BangBig Bang
Big Bang
 
Astronomia e a formação do universo
Astronomia e a formação do universoAstronomia e a formação do universo
Astronomia e a formação do universo
 
Aula Gravitação Universal
Aula Gravitação UniversalAula Gravitação Universal
Aula Gravitação Universal
 
A Terra E O Universo
A Terra E O UniversoA Terra E O Universo
A Terra E O Universo
 

Destaque

Módulo IIA - Filosofia Grega
Módulo IIA - Filosofia GregaMódulo IIA - Filosofia Grega
Módulo IIA - Filosofia Grega
Bernardo Motta
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
Isaquebadboy
 
Módulo VIII - Darwin e a Igreja Católica
Módulo VIII - Darwin e a Igreja CatólicaMódulo VIII - Darwin e a Igreja Católica
Módulo VIII - Darwin e a Igreja Católica
Bernardo Motta
 
Módulo XI - Milagres e Ciência
Módulo XI - Milagres e CiênciaMódulo XI - Milagres e Ciência
Módulo XI - Milagres e Ciência
Bernardo Motta
 
Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e TeleológicoMódulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
Bernardo Motta
 
Módulo IV - Inquisição e Ciência
Módulo IV - Inquisição e CiênciaMódulo IV - Inquisição e Ciência
Módulo IV - Inquisição e Ciência
Bernardo Motta
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
Pesquisa-Unificada
 
Modelos cosmológicos
Modelos cosmológicosModelos cosmológicos
Modelos cosmológicos
Tito Tortori
 
Filosofia grega
Filosofia gregaFilosofia grega
Filosofia grega
Tuh Caldas
 
Cosmologia do século XX: Aspectos históricos
Cosmologia do século XX: Aspectos históricosCosmologia do século XX: Aspectos históricos
Cosmologia do século XX: Aspectos históricos
Lucas Guimaraes
 
Passagem da Cosmogonia para a Cosmologia
Passagem da Cosmogonia para a CosmologiaPassagem da Cosmogonia para a Cosmologia
Passagem da Cosmogonia para a Cosmologia
Sarah Mendes
 
O que é ciência
O que é ciênciaO que é ciência
O que é ciência
Italo Colares
 
Filosofia ciencia
Filosofia   cienciaFilosofia   ciencia
Filosofia ciencia
Marcela Marangon Ribeiro
 

Destaque (13)

Módulo IIA - Filosofia Grega
Módulo IIA - Filosofia GregaMódulo IIA - Filosofia Grega
Módulo IIA - Filosofia Grega
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
 
Módulo VIII - Darwin e a Igreja Católica
Módulo VIII - Darwin e a Igreja CatólicaMódulo VIII - Darwin e a Igreja Católica
Módulo VIII - Darwin e a Igreja Católica
 
Módulo XI - Milagres e Ciência
Módulo XI - Milagres e CiênciaMódulo XI - Milagres e Ciência
Módulo XI - Milagres e Ciência
 
Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e TeleológicoMódulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
Módulo IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico
 
Módulo IV - Inquisição e Ciência
Módulo IV - Inquisição e CiênciaMódulo IV - Inquisição e Ciência
Módulo IV - Inquisição e Ciência
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
 
Modelos cosmológicos
Modelos cosmológicosModelos cosmológicos
Modelos cosmológicos
 
Filosofia grega
Filosofia gregaFilosofia grega
Filosofia grega
 
Cosmologia do século XX: Aspectos históricos
Cosmologia do século XX: Aspectos históricosCosmologia do século XX: Aspectos históricos
Cosmologia do século XX: Aspectos históricos
 
Passagem da Cosmogonia para a Cosmologia
Passagem da Cosmogonia para a CosmologiaPassagem da Cosmogonia para a Cosmologia
Passagem da Cosmogonia para a Cosmologia
 
O que é ciência
O que é ciênciaO que é ciência
O que é ciência
 
Filosofia ciencia
Filosofia   cienciaFilosofia   ciencia
Filosofia ciencia
 

Semelhante a Módulo IIB - Cosmologia Grega

Modelos do universo
Modelos do universoModelos do universo
Modelos do universo
Patrícia Santos
 
Modelos do Universo
Modelos do UniversoModelos do Universo
Modelos do Universo
fbsantos
 
Modelo geocentrico e heliocentrico
Modelo geocentrico e heliocentricoModelo geocentrico e heliocentrico
Modelo geocentrico e heliocentrico
reneesb
 
Cláudio Ptolomeu
 Cláudio Ptolomeu Cláudio Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu
ssuser1bf4d3
 
Filosofia cap. xii a ciencia antiga na +ëpoca imperial
Filosofia cap. xii   a ciencia antiga na +ëpoca imperialFilosofia cap. xii   a ciencia antiga na +ëpoca imperial
Filosofia cap. xii a ciencia antiga na +ëpoca imperial
Josemar Batista Aluno de Eliana Grupo IPÊ-EAD GEST
 
O Velho Modelo De Mundo
O Velho Modelo De MundoO Velho Modelo De Mundo
O Velho Modelo De Mundo
Gui Cadorim
 
O modelo de cosmo
O modelo de cosmoO modelo de cosmo
O modelo de cosmo
dudulopescrd
 
Introdução sistema solar
Introdução   sistema solarIntrodução   sistema solar
Introdução sistema solar
Liliane Morgado
 
História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7
História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7
História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7
Instituto Iprodesc
 
05 gravitação universal
05  gravitação universal05  gravitação universal
05 gravitação universal
Bruno De Siqueira Costa
 
Física - Leis de Kepler, Geocentrismo, Heliocentrismo
Física - Leis de Kepler, Geocentrismo, HeliocentrismoFísica - Leis de Kepler, Geocentrismo, Heliocentrismo
Física - Leis de Kepler, Geocentrismo, Heliocentrismo
eliveltonprofquimica
 
geocentrismo, heliocentrismo e Leis de Kepler
geocentrismo, heliocentrismo e Leis de Keplergeocentrismo, heliocentrismo e Leis de Kepler
geocentrismo, heliocentrismo e Leis de Kepler
GeovanaMouro
 
A terra e o universo
A terra e o universoA terra e o universo
A terra e o universo
Kethlin Ruas
 
Gravitação Universal GGE - 2
Gravitação Universal GGE - 2Gravitação Universal GGE - 2
Gravitação Universal GGE - 2
GGE Colégio e Curso
 
introdução_a_geologia_unidade_1.pptx
introdução_a_geologia_unidade_1.pptxintrodução_a_geologia_unidade_1.pptx
introdução_a_geologia_unidade_1.pptx
ThasMartins63
 
Est disss
Est disssEst disss
Est disss
USP
 
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Débora Sales
 
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Débora Sales
 
Apresentação I geocentricoheliocentrico
Apresentação I geocentricoheliocentricoApresentação I geocentricoheliocentrico
Apresentação I geocentricoheliocentrico
Antonio Fernandes
 
Claudio Ptolomeu
Claudio PtolomeuClaudio Ptolomeu
Claudio Ptolomeu
Milena Castro
 

Semelhante a Módulo IIB - Cosmologia Grega (20)

Modelos do universo
Modelos do universoModelos do universo
Modelos do universo
 
Modelos do Universo
Modelos do UniversoModelos do Universo
Modelos do Universo
 
Modelo geocentrico e heliocentrico
Modelo geocentrico e heliocentricoModelo geocentrico e heliocentrico
Modelo geocentrico e heliocentrico
 
Cláudio Ptolomeu
 Cláudio Ptolomeu Cláudio Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu
 
Filosofia cap. xii a ciencia antiga na +ëpoca imperial
Filosofia cap. xii   a ciencia antiga na +ëpoca imperialFilosofia cap. xii   a ciencia antiga na +ëpoca imperial
Filosofia cap. xii a ciencia antiga na +ëpoca imperial
 
O Velho Modelo De Mundo
O Velho Modelo De MundoO Velho Modelo De Mundo
O Velho Modelo De Mundo
 
O modelo de cosmo
O modelo de cosmoO modelo de cosmo
O modelo de cosmo
 
Introdução sistema solar
Introdução   sistema solarIntrodução   sistema solar
Introdução sistema solar
 
História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7
História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7
História da Astronomia - Egito e Grécia - Parte 2 de 7
 
05 gravitação universal
05  gravitação universal05  gravitação universal
05 gravitação universal
 
Física - Leis de Kepler, Geocentrismo, Heliocentrismo
Física - Leis de Kepler, Geocentrismo, HeliocentrismoFísica - Leis de Kepler, Geocentrismo, Heliocentrismo
Física - Leis de Kepler, Geocentrismo, Heliocentrismo
 
geocentrismo, heliocentrismo e Leis de Kepler
geocentrismo, heliocentrismo e Leis de Keplergeocentrismo, heliocentrismo e Leis de Kepler
geocentrismo, heliocentrismo e Leis de Kepler
 
A terra e o universo
A terra e o universoA terra e o universo
A terra e o universo
 
Gravitação Universal GGE - 2
Gravitação Universal GGE - 2Gravitação Universal GGE - 2
Gravitação Universal GGE - 2
 
introdução_a_geologia_unidade_1.pptx
introdução_a_geologia_unidade_1.pptxintrodução_a_geologia_unidade_1.pptx
introdução_a_geologia_unidade_1.pptx
 
Est disss
Est disssEst disss
Est disss
 
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
 
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
Evolucoxcriao 1º ano - mod 1
 
Apresentação I geocentricoheliocentrico
Apresentação I geocentricoheliocentricoApresentação I geocentricoheliocentrico
Apresentação I geocentricoheliocentrico
 
Claudio Ptolomeu
Claudio PtolomeuClaudio Ptolomeu
Claudio Ptolomeu
 

Mais de Bernardo Motta

Módulo VII - A Revolução Científica
Módulo VII - A Revolução CientíficaMódulo VII - A Revolução Científica
Módulo VII - A Revolução Científica
Bernardo Motta
 
Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2
Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2
Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2
Bernardo Motta
 
Módulo V - O caso Galileu - Parte 1
Módulo V - O caso Galileu - Parte 1Módulo V - O caso Galileu - Parte 1
Módulo V - O caso Galileu - Parte 1
Bernardo Motta
 
Módulo IIIC - São Tomás de Aquino
Módulo IIIC - São Tomás de AquinoMódulo IIIC - São Tomás de Aquino
Módulo IIIC - São Tomás de Aquino
Bernardo Motta
 
Módulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência MedievalMódulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência Medieval
Bernardo Motta
 
Módulo IIIA - Filosofia Medieval
Módulo IIIA - Filosofia MedievalMódulo IIIA - Filosofia Medieval
Módulo IIIA - Filosofia Medieval
Bernardo Motta
 
Módulo I - Introdução
Módulo I - IntroduçãoMódulo I - Introdução
Módulo I - Introdução
Bernardo Motta
 
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência ArtificialMódulo X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
Bernardo Motta
 

Mais de Bernardo Motta (8)

Módulo VII - A Revolução Científica
Módulo VII - A Revolução CientíficaMódulo VII - A Revolução Científica
Módulo VII - A Revolução Científica
 
Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2
Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2
Módulo VI - O caso Galileu - Parte 2
 
Módulo V - O caso Galileu - Parte 1
Módulo V - O caso Galileu - Parte 1Módulo V - O caso Galileu - Parte 1
Módulo V - O caso Galileu - Parte 1
 
Módulo IIIC - São Tomás de Aquino
Módulo IIIC - São Tomás de AquinoMódulo IIIC - São Tomás de Aquino
Módulo IIIC - São Tomás de Aquino
 
Módulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência MedievalMódulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência Medieval
 
Módulo IIIA - Filosofia Medieval
Módulo IIIA - Filosofia MedievalMódulo IIIA - Filosofia Medieval
Módulo IIIA - Filosofia Medieval
 
Módulo I - Introdução
Módulo I - IntroduçãoMódulo I - Introdução
Módulo I - Introdução
 
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência ArtificialMódulo X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
Módulo X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial
 

Último

Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
Manuais Formação
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
CarinaSoto12
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdfUFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
Manuais Formação
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
djincognito
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
MessiasMarianoG
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
analuisasesso
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
carlaslr1
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdfUFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 

Módulo IIB - Cosmologia Grega

  • 1. Curso Ciência e Fé Módulo IIB – Cosmologia Grega © Bernardo Motta bmotta@observit.pt http://espectadores.blogspot.com
  • 2. Curso Ciência e Fé I – Introdução II – Filosofia Grega e Cosmologia Grega III – Filosofia Medieval e Ciência Medieval IV – Inquisição e Ciência V e VI – O Caso Galileu VII – A Revolução Científica VIII – Darwin e a Igreja Católica IX – Os Argumentos Cosmológico e Teleológico X – Filosofia da Mente e Inteligência Artificial XI – Milagres e Ciência XII – Concordância entre Cristianismo e Ciência
  • 3. 3 1. Introdução 2. Os filósofos pré-socráticos 3. Sócrates 4. Platão 5. Aristóteles 6. Cosmologia grega Índice 3
  • 4. Física aristotélica O Cosmos é eterno Toda a coisa que se move (que muda) é movida (mudada) por outra Todo o movimento é contínuo e não há vazio (contra Demócrito e os “indivisíveis” dos atomistas) Os corpos celestes são radicalmente distintos dos terrestres (sublunares) O movimento celestial é circular (esferas de cristal no éter), uniforme e incorruptível (eterno) O movimento terrestre ideal é rectilíneo, vertical e de velocidade constante Quer a esfera das estrelas fixas, quer as esferas dos planetas, são movidas pelo seu “motor imóvel” No topo está o “primeiro motor imóvel”, origem de todo o movimento, regendo todos os motores imóveis O movimento terrestre não ideal deve-se a colisões e à geração e corrupção Os fenómenos de aparente irregularidade nos céus (cometas, supernovas) são meteorológicos Aristóteles (c. 384-322 a.C.) Cosmologia grega 4 4
  • 5. Física aristotélica Os quatro elementos que compõem as coisas terrestres: 1. Terra (fria, seca): uma potencialidade para “esfriar” e para “secar” 2. Água (fria, húmida): uma potencialidade para “esfriar” e para “humidificar” 3. Ar (quente, húmido): uma potencialidade para “aquecer” e para “humidificar” 4. Fogo (quente, seco): uma potencialidade para “aquecer” e para “secar” Estes elementos não existem como substâncias mas como “potências” das substâncias Cada elemento pode transformar-se num elemento “vizinho” com quem partilhe uma potencialidade Cosmologia grega 5 FOGO ÁGUA AR TERRA HÚMIDO FRIO QUENTE SECO 5
  • 6. Física aristotélica Movimento natural: cada corpo em movimento tende para o seu lugar natural O lugar natural de um corpo depende da proporção dos elementos que o compõem 1. "Terra" em preponderância: tende para o centro do Cosmos 2. "Água" em preponderância: idem, mas acima da "Terra" 3. "Ar" em preponderância: tende para longe da "Terra", mas abaixo do "Fogo" 4. "Fogo" em preponderância: idem, mas acima do "Ar" e abaixo da esfera lunar Em diagramas antigos, os elementos surgem idealizados em esferas sublunares concêntricas Cosmologia grega 6 6
  • 7. Eudoxo de Cnido, Εὔδοξος (c. 410-408 a.C. – c. 355-347 a.C.) Astrónomo, matemático e filósofo; foi aluno de Platão Apresenta o primeiro sistema astronómico conhecido, tentando de explicar os movimentos planetários Aristóteles adopta e comenta o sistema de Eudoxo (na Metafísica, e na obra “Do Céu”) Teses principais: 1. A Terra está no centro do Universo 2. Todo o movimento celestial é circular (ideia que perdurará até Kepler) 3. Todo o movimento celestial é regular 4. O centro do caminho percorrido por qualquer movimento celestial é idêntico ao centro do movimento 5. O centro de todo o movimento celestial é o centro do Universo Cosmologia grega 7 7
  • 8. “Salvar os fenómenos” (“sozein ta phainomena”) A Terra roda diariamente sobre o seu eixo de Oeste para Este (o Sol pôe-se sempre a Oeste) O Sol e todos os planetas (excepto Vénus) possuem essa rotação axial Oeste-Este No contexto da física aristotélica, a Terra está imóvel no centro do Universo Logo, o movimento (aparente) diário dos céus era explicado, pelos gregos, com sendo Este-Oeste Os planetas exteriores também exibem um movimento anual lento Oeste-Este contra o fundo estelar Quando a Terra “ultrapassa” um planeta exterior, esse planeta parece retrogredir de Este para Oeste: Marte retrogride durante 72 dias a cada 25,6 meses Júpiter, durante 121 dias a cada 13,1 meses Saturno, durante 138 dias a cada 12,4 meses Urano, durante 151 dias a cada 12,15 meses Neptuno, durante 158 dias a cada 12,07 meses Este fenómeno explica-se pela maior velocidade angular dos planetas mais próximos do Sol Eudoxo criou um modelo para explicar este fenómeno Eudoxo não atribuía realismo a este modelo, era apenas instrumental, concebido para “salvar os fenómenos” Cosmologia grega 8 8
  • 9. “Salvar os fenómenos” (“sozein ta phainomena”) Todos os planetas apresentam um troço de movimento retrógrado no seu percurso Oeste-Este: Como descrevê-lo com base em movimentos circulares uniformes? Eudoxo supôs duas esferas concêntricas rodando em sentidos opostos O eixo de rotação da esfera interior (O-M) está oblíquo ao da exterior (O-N) Juntando mais uma esfera para explicar o nascer e o pôr de um planeta, e outra para o seu movimento anual Oeste-Este, este sistema gera este padrão: Cosmologia grega 9 πλανήτης αστήρ planētēs astēr «astro errante» 9
  • 10. Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C) Astrónomo, matemático, geógrafo e astrólogo, egípcio helenizado, cidadão romano Autor do mais antigo tratado astronómico a chegar aos nossos dias, o Almagesto (c. 150 d.C) Ptolomeu baseou-se amplamente nas observações dos caldeus (Babilónia) Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C.) Κλαύδιος Πτολεμαῖος Cosmologia grega 10 «O Almagesto partilhou o destino de muitas outras grandes obras na história da ciência. Foi falado por muitos, mas estudado a sério apenas por poucos. No entanto, foi tão importante para a ciência antiga como foram os Principia de Newton para o século XVII, e não há dúvida de que foi um feito científico maior do que o De revolutionibus [de Copérnico] que obliterou a sua fama, do mesmo modo que Copérnico ofuscou Ptolomeu como um génio astronómico.» - Olaf Pedersen (1920-1997) 10
  • 11. O Almagesto Requer vários conhecimentos prévios: geometria euclideana, matemática, observação astronómica A obra contém um modelo geométrico que se adapta muito bem a um grande número de observações A grande qualidade da obra é mérito de Ptolomeu, mas também do acervo da Biblioteca de Alexandria O método de Ptolomeu não é indutivo, partindo dos dados para chegar ao modelo, mas vice-versa Seguindo a tradição grega, o método de Ptolomeu é geométrico e não algébrico (como o dos caldeus) O Almagesto só chega à Europa (em traduções do grego ou do árabe) no século XII O modelo ptolemaico ajusta-se aos dados astronómicos pelo uso de epiciclos, deferentes e equantes Cosmologia grega 11 Epiciclo O planeta gira numa órbita (epiciclo) Deferente O centro do epiciclo gira noutra órbita (deferente) Equante O centro do epiciclo mantém velocidade angular constante em relação ao ponto equante 11
  • 12. Epiciclos, deferentes e equantes 1. Princípio do movimento excêntrico: A Terra não é postulada no centro das órbitas planetárias mas num ponto excêntrico a essas órbitas Função: explicar a variação anual do brilho dos planetas e a (aparente) variação na velocidade 2. Princípio do epiciclo: Cada planeta revolve em torno de um círculo (epiciclo) cujo centro por sua vez revolve em torno de outro círculo (deferente); mais epiciclos podem ser acrescentados se necessário Função: explicar os troços estacionários e retrógrados nas órbitas planetárias 3. Princípio do equante: Cada planeta revolve em velocidade angular constante face a um ponto (o equante) distinto do centro do deferente Função: explicar as variações anuais na velocidade angular dos planetas O equante agravou ainda mais o “divórcio” entre a física aristotélica e a astronomia ptolemaica Cosmologia grega Física aristotélica • Pretendia explicar a estrutura da Natureza e a causa dos movimentos na Natureza • “Reinou” durante 19 séculos Astronomia ptolemaica • Pretendia apenas “salvar os fenómenos”, ou seja, calcular os movimentos celestiais • “Reinou” durante 14 séculos “Divórcio” 12
  • 13. Modelos heliocêntricos antigos O pitagórico Filolau (470-385 a.C.) defendia que a Terra e uma anti-Terra orbitavam um “fogo central” Heráclides do Ponto (c. 390-310 a.C.) explica a aparente rotação das estrelas num período de 24 horas pela rotação diurna Oeste-Este da Terra Aristarco de Samos (310-230 a.C.) troca o “fogo central” de Filolau pelo Sol Com base em estimativas do tamanho do Sol e da Lua e das suas distâncias à Terra, Aristarco intuiu que o Sol seria muito maior que a Terra Por essa razão, Aristarco supôs que a Terra orbitaria o Sol O heliocentrismo grego não teve sucesso: 1. Contrariava o senso comum 2. Era incompatível com a física aristotélica 3. A paralaxe implicada pelo modelo não era detectavel à época Só com Copérnico é que o heliocentrismo é recuperado Cosmologia grega Aristarco de Samos (310-230 a.C.) Ἀρίσταρχος Página (parcial) de uma colecção de astronomia grega compilada no séc. X, contendo a obra de Aristarco, “Sobre os tamanhos e distâncias [do Sol e da Lua]” (Περὶ μεγεθῶν καὶ ἀποστημάτων [ἡλίου καὶ σελήνης]) → 13
  • 14. Conclusão «É verdade que na história da astronomia, Ptolomeu foi principalmente o Ptolomeu do Almagesto, e por razões bastante óbvias. Foi de longe o seu maior tratado astronómico, no qual todas as teorias planetárias foram construídas através de modelos geométricos cujos parâmetros foram derivados de observações reais. Adicionalmente, o Almagesto foi composto num contexto de rigor disciplinado, definindo um padrão muito elevado para a literatura astronómica séria. Ninguém pode escapar à sensação de profundo respeito e admiração para com uma obra de tal clássica beleza e força. Não admira que o Almagesto tenha conseguido marcar o desenvolvimento da astronomia durante séculos. De facto, o principal trabalho de Ptolomeu deve ser considerado como a fonte derradeira de toda a astronomia no mundo Ocidental até que foi finalmente substituído, através dos esforços de Kepler e Newton.» - Olaf Pedersen (1920-1997) 14