2. ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS
• Na superfície há uma camada de
substância cinzenta, formando um córtex.
• Abaixo está a substância branca, que
forma o chamado corpo medular.
• No interior desse corpo medular há
novamente substância cinzenta, sob a
forma dos núcleos centrais do cerebelo.
3. ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS
• O córtex tem três camadas distintas: a mais
externa é a camada molecular, a do meio é a das
células de Purkinje e a mais interna é a camada
granular.
• Na primeira estão os interneurônios.
• Na segunda, as células de Purkinje.
• Na terceira, as células granulares e interneurônios
denominados células de Golgi, permanecem nessa
camada.
4. ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS
• O córtex cerebelar e as conexões entre as
diferentes células que o formam são
homogêneas em todo o cerebelo.
• Todos os neurônios do córtex cerebelar
são inibitórios e tem como
neurotransmissor o GABA.
• Exceção dos neurônios granulares que
são excitatórios e utilizam o glutamato
como neurotransmissor.
5. ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS
• Ao córtex chegam dois tipos de fibras vindas de
outras regiões do SNC: musgosas e trepadeiras.
• Musgosas – provem de diferentes origens e
terminam na camada granular.
• Trepadeiras – originam-se no núcleo olivar e
terminam em contato com as células de Purkinje.
• Ambas as fibras emitem colaterais que entram em
contato com os núcleos do cerebelo.
6. ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS
• Os núcleos centrais do cerebelo são quatro de
cada lado: fastigial (medial), emboliforme e globoso
(intermediários) e denteado (lateral).
• Recebem axônios das células de Purkinje, bem
como colaterais das fibras aferentes do cerebelo.
• Dão origem as fibras cerebelares eferentes.
• Pode-se dizer que as informações recebidas pelo
cerebelo são processadas no córtex, repassadas
aos núcleos e enviadas a outras estruturas do
SNC.
8. CONEXÕES EXTRÍNSECAS E
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL
• O cerebelo recebe aferências dos núcleos
vestibulares, da medula espinhal, da
formação reticular, dos núcleos pontinos e
do núcleo olivar inferior.
• Envia fibras aos núcleos vestibulares, à
formação reticular, ao núcleo rubro e ao
tálamo.
• É mais didático estudar as conexões do
ponto de vista morfofuncional.
9. CONEXÕES EXTRÍNSECAS E
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL
• O cerebelo é dividido, no sentido ântero-
posterior, em 3 lobos. Anterior, posterior e flóculo-
nodular.
• Essa divisão corresponde ao desenvolvimento
filogenético do cerebelo.
• Flóculo-nodular – arquicerebelo.
• Anterior – paleocerebelo.
• Posterior – neocerebelo.
10. CONEXÕES EXTRÍNSECAS E
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL
• Arquicerebelo ou cerebelo vestibular – por suas
conexões com os núcleos vestibulares.
• Paleocerebelo ou cerebelo espinhal – por suas
conexões com a medula espinhal.
• Neocerebelo ou cerebelo cortical – por suas
conexões com o córtex cerebral.
• As fibras que chegam ao cerebelo são musgosas e
se dirigem para diferentes porções do
córtex, delimitando os três lobos.
12. CONEXÕES EXTRÍNSECAS E
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL
• As fibras trepadeiras possuem origem no
núcleo olivar inferior e conectam
diferentes regiões desse núcleo com
distintas regiões do cerebelo.
• Sua organização não segue a ântero-
posterior, mas médio-lateral.
• Porção mediana (vérmis), intermédia e
lateral (hemisfério).
13. CONEXÕES EXTRÍNSECAS E
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL
• Essa organização é importante, pois sabe-se que o
córtex cerebelar se liga aos núcleos centrais de
uma forma ordenada, observando a mesma
organização longitudinal.
• O córtex do vermis projeta-se para o núcleo
fastigial.
• O da região intermédia para o emboliforme e
globoso.
• O dos hemisférios cerebelares para o denteado.
14. CONEXÕES EXTRÍNSECAS E
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL
• Resumindo, existem no cerebelo duas
organizações morfofuncionais, uma
longitudinal, ou médio-lateral e outra
ântero-posterior.
15. Conexões do cerebelo vestibular
arquicerebelo
• Representado pelo lobo flóculo-nodular, recebe fibras
vestíbulo-cerebelares diretas e indiretas, originadas nos
receptores do labirinto do ouvido interno.
• As informações são levadas ao córtex daquele lobo
cerebelar e, depois de passarem em circuitos neuronais
aí existentes, retornam (através das células de Purkinje)
para os núcleos vestibulares.
• Esses núcleos dão origem ao trato vestíbulo-
espinhal, permitindo ao cerebelo influenciar os neurônios
motores da medula, principalmente os mediais que
inervam a musculatura axial.
• Os núcleos vestibulares originam fibras que viajam pelo
fascículo longitudinal medial – movimento dos olhos.
17. Conexões do cerebelo espinhal
paleocerebelo
• As fibras que ascendem pelos tratos
espinocerebelares anterior e posterior
penetram no cerebelo pelos pedúnculos
cerebelares e se dirigem para o córtex
anterior e porções do vermis do lobo
posterior, enviando colaterais para os
núcleos do cerebelo.
• A informação trazida por essas fibras é
reenviada para os núcleos
fastigial, emboliforme e globoso.
18. Conexões do cerebelo espinhal
paleocerebelo
• Células de Purkinje do vérmis comunicam-se com o
núcleo fastigial que envia fibras para os núcleos
reticulares e vestibulares.
• Células de Purkinje da região intermédia se porjetam
para os núcleos emboliforme e globoso que se projetam
para a formação reticular e o núcleo rubro.
• O cerebelo influencia os neurônios motores através dos
tratos vestíbulo-espinhal, retículo-espinhal e rubro-
espinhal.
• As conexões cerebelares são ipsilaterais.
20. Conexões do cerebelo cortical
neocerebelo
• Fibras do córtex cerebral comunicam-se com os
núcleos pontinos através do trato córtico-pontino.
• Esses núcleos se projetam para o córtex dos
hemisférios cerebelares e depois para o núcleo
denteado.
• O núcleo denteado envia fibras para o tálamo
(ventral lateral e anterior) de onde saem fibras para
o córtex motor.
• Circuito córtico-ponto-cerebelo-tálamo-cortical.
22. Considerações funcionais
• Basicamente o cerebelo tem uma função
motora.
• Recebe informações sensoriais –
auditivas e visuais.
• É fundamental para o controle da
motricidade, mas não é essencial para a
manutenção da vida.
23. Considerações funcionais
• O cerebelo vestibular (arquicerebelo) é o primeiro a
aparecer – informações sobre o movimento e
posição da cabeça vindos do labirinto e elabora
ações para a manutenção do equilíbrio.
• O cerebelo espinhal (paleocerebelo) – desenvolve-
se em animais de terra firme, quando se torna
necessário ações que se oponham à gravidade.
Recebe informações proprioceptivas e
exteroceptivas de todo o corpo e elabora respostas
que irão atuar na musculatura axial (vestíbulo e
retículo-espinhal) e apendicular (rubro-espinhal).
24. Considerações funcionais
• O cerebelo cortical (neocerebelo) desenvolve-se
paralelamente ao desenvolvimento do córtex
cerebral.
• É importante na coordenação dos movimentos e
planejamento da ação motora.
• Essa divisão é didática, ele atua como um
todo, sendo que cada parte tem sua importância
para a realização das diferentes funções
cerebelares.