1. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA
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INTRODUÇÃO AO DORSO E COLUNA VERTEBRAL
O dorso compreende a face posterior do tronco, inferior ao pescoço e
superior às nádegas. As estruturas que compõem o dorso são: Pele; Tela
subcutânea; Músculos e fáscia muscular; Coluna vertebral e seus ligamentos;
Parte vertebral das costelas; Medula espinal e parte proximal dos nervos
espinais; e Vasos.
O seguinte estudo detalha a estrutura e componentes da coluna
vertebral. A coluna vertebral é uma estrutura segmentar que abrange a região
cervical, o dorso (porção torácica e lombar da coluna vertebral), o sacro e o
cóccix. É definida por uma sucessão de ossos (vértebras) no eixo supero-
inferior que suporta parte do peso corporal, protege a medula espinal e
participa no movimento do corpo e na postura, sustenta o crânio.
A coluna vertebral de um adulto é formada normalmente por 33
vertebras organizadas em cinco regiões: 7 cervicais, 12 torácicas, 5
lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas.
Só há movimento significativo entre as 25 vértebras superiores:
das 9 vértebras inferiores, 5 vértebras sacrais estão fundidas no adulto
formando o sacro e 4 vértebras coccígeas se fundem para formar o
cóccix.
A coluna vertebral é flexível porque é formada por vértebras
relativamente pequenas, separadas por discos intervertebrais (IV)
elásticos. As 25 vértebras cervicais, torácicas, lombares e a primeira
sacral também se articulam nas articulações dos processos articulares.
CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral do adulto possui 4 curvaturas: cervical,
torácica, lombar e sacral. As curvaturas torácicas e sacral (cifoses) são
côncavas anteriormente, enquanto as curvaturas cervical e lombar
(lordoses) são côncavas posteriormente e convexas anteriormente.
As curvaturas primárias (torácica, Sacral e coccígea), com a
concavidade anterior, se desenvolvem na vida intrauterina.
As curvaturas secundárias (cervical e lombar), com a
concavidade posterior, são adquiridas em relação à postura humana ereta
com o passar dos anos.
As curvaturas proporcionam flexibilidade adicional à coluna
vertebral, aumentando ainda mais aquela proporcionada pelos discos
interverterbais. Quando a carga sustentada pela coluna vertebral é muito
aumentada, os discos IV e as curvaturas flexíveis são comprimidos. A
sustentação de peso adicional anterior ao eixo gravitacional normal do
corpo (por exemplo, mamas muito grande) também tendem a aumentar
essas curvaturas.
OBS: Curvaturas anormais na coluna:
Cifose: curvatura acentuada da porção torácica.
Hiperlordose: curvatura acentuada da porção lombar
e lombo-sacral.
Escoliose: curvatura lateral anormal.
Arlindo Ugulino Netto.
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO DORSO 2016
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VÉRTEBRAS
Apresentam como característica um corpo, um arco (pedículos e lâminas) e processos.
O corpo vertebral é a parte anterior do osso, maior, aproximadamente cilíndrica, que confere resistência à
coluna e sustenta o peso do corpo.
O arco vertebral está situado
posteriormente ao corpo vertebral e consiste em
dois pedículos e uma lâmina. O arco vertebral e a
superfície posterior do corpo formam o forame
vertebral. A sucessão desses forames forma o
canal vertebral (canal medular), que contém a
medula espinal e as raízes dos nervos espinais que
dela emergem. As incisuras vertebrais são
entalhes observados em vistas laterais das
vértebras acima e abaixo de cada pedículo. Os
entalhes vertebrais superiores e inferiores de
vértebras adjacentes se unem para formar os
forames intervertebrais.
Sete processos originam-se do arco vertebral: um processo espinhoso (mediano, que se projeta
posteiormente), dois processos transversos (projetam-se posterolateralmente a partir da junção dos pedículos com a
lâmina), quatro processos articulares (dois superiores e dois inferiores, em que cada um sustentam uma face articular).
OBS: Como diferenciar as vértebras:
As vértebras cervicais são menores formando o esqueleto ósseo do pescoço. Possui o forame transverso ou
forame do processo transverso (por onde passam as artérias vertebrais, ramos das subclávias, que sobe até a
cabeça para irrigar o encéfalo). Em C7 esses forames são menores ou inexistentes. As vértebras cervicais
possuem as características de vértebras cervicais típicas com exceção e C1 e C2.
C1 ou Atlas é um osso em forma de anel e sustenta o crânio (Atlas, segundo a mitologia grega, foi um titã
condenado por Zeus a carregar o globo terrestre com as costas). Seus processos articulares articulam-se com
os côndilos occipitais. O atlas não possui processo espinhoso, nem corpo.
C2 ou Axis é a mais forte vértebra cervical. Possui duas superfícies planas de articulação onde gira o Atlas. Sua
principal característica é um dente projetado para cima a partir do corpo.
As vértebras torácicas diferem das demais por possuir faces costais para articulação com as costelas. Há uma
ou mais faces em cada lado do corpo. Nos processos transversos há faces para articulação com os tubérculos
costais. Seus processos espinhosos são longos e delgados. As vértebras de T4 a T8 são típicas. De T1 a T4
existem algumas características de vértebras cervicais. E as vértebras de T9 a T12 possuem tubérculos
semelhantes às vértebras lombares.
As vértebras lombares têm processos espinhosos visíveis com a flexão da coluna. Possuem corpos maciços e
ausência de fóveas costais. Seus corpos têm forma de rim e seus forames vertebrais variam de ovais a
triangulares. A maior de todas as vértebras, L5 é a responsável pelo ângulo lombossacral.
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OSSIFICAÇÃO DAS VÉRTEBRAS
Três centros primários (infância):
o Um para o corpo (centro endocondral)
o Dois para o arco (centro pericondral)
Cinco centros secundários (adolescência e adulto).
o Um na extremidade do processo espinhoso.
o Dois na extremidade dos processos transversos.
o Dois nas epífises anulares (placas de crescimento epifisais)
Nove centros secundários (adolescência e adulto).
o Um no processo espinhoso.
o Dois dos processos transversos.
o Dois nas epífises anulares.
o Dois nos processos articulares superiores.
o Dois nos processos articulares inferiores.
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL
Com o occipital (articulações atlantoccipitais).
Entre o atlas e áxis (articulações atlantoaxiais).
Entre os corpos vertebrais (sínfise intervertebral).
Entre os processos articulares (articulações dos processos articulares).
Com as costelas (articulações costovertebrais).
Entre o sacro e o cóccix (articulação sacrococcígea).
Com o ílio (articulações sacroilíacas).
ARTICULAÇÕES ATLANTOOCCIPITAIS
Entre as faces articulares superiores do atlas e os côndilos do occipital.
o Membrana atlantoccipital anterior
o Ligamento atlantoccipital anterior
o Membrana atlantoccipital posterior
o Ligamento atlantoccipital posterior
ARTICULAÇÕES ATLANTOAXIAIS
Entre as faces articulares inferiores do atlas e os processos
superiores do áxis (atlantoaxiais laterias) e entre a fóvea para o dente
do áxis (no atlas) com o dente do áxis (atlantoaxial mediana).
o Ligamentos alares.
o Ligamento do dente do áxis.
o Ligamento cruciforme do atlas.
Fascículo longitudinal.
Fascículo transverso do atlas.
Membrana tectórica.
SÍNFISE INTERVERTEBRAL
Entre os corpos vertebrais adjacentes, formada pelo disco intervertebral.
Anel fibroso (conexão anular
fibrosa que consiste em fibras
oblíquas, em direções
alternadas, e cartilagem).
Núcleo pulposo (massa gelatinosa,
semilíquida, que forma o centro
do cisco intervertebral).
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ARTICULAÇÕES ENTRE OS PROCESSOS ARTICULARES
Entre as facetas dos processos articulares adjacentes, permitem o movimento de translação.
ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS
Articulação da cabeça da costela (entre os corpos vertebrais e as cabeças das costelas)
Ligamento radiado da cabeça da costela.
Ligamento intra-articular da cabeça da costela.
Articulação costotransversa (entre o tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra).
Ligamento costotransversário.
Ligamento costotransversário superior.
Ligamento costotransversário lateral: forame costotrasnversário.
ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA
Entre o sacro e o cóccix (muitas vezes ocorre uma sincondrose, ou seja, uma fusão, entre estas duas portes).
Ligamento sacrococcígeo posterior superficial.
Ligamento sacrococcígeo posterior profundo.
Ligamento sacrococcígeo anterior.
Ligamento sacrococcígeo lateral.
ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS
Entre as faces auriculares das asas do sacro e as faces auriculares das asas dos ílios.
Ligamento sacroíliaco anterior.
Ligamento sacroíliaco interósseo.
Ligamento sacroíliaco posterior.
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OUTROS LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL
Ligamento longitudinal anterior.
Ligamento longitudinal posterior.
Ligamento nucal.
Ligamentos intertransversários.
Ligamentos interespinais.
Ligamentos supraespinais.
Ligamentos amarelos.
A anestesia subaracnóidea (ou “raquianestesia”) consiste na
introdução do anestésico no espaço subaracnóideo
(compreendido entre a meninge aracnoide-máter e pia-
máter, atingindo o líquido cérebro-espinhal ou líquor), com a
finalidade de conseguir bloqueio nervoso reversível das
raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes
posteriores e de parte da medula espinhal, resultando em
perda da atividade autonômica, sensitiva e motora na parte
inferior do corpo. A depender do acesso escolhido pelo
anestesista, a agulha da raquianestesia pode ultrapassar as
seguintes estruturas:
Acesso mediano: pele TC subcutâneo lig. Supraespinhal lig. Interespinhal lig. Amarelo (primeira
resistência) Espaço epidural (local de anestesia epidural) Dura-máter (segunda resistência) espaço
sub-dural Aracnoide Espaço subaracnoide (local da aplicação).
Acesso para-mediano: pele TC subcutâneo Mm. do dorso lig. Amarelo (primeira resistência)
Espaço epidural (local de anestesia epidural) Dura-máter (segunda resistência) espaço sub-dural
Aracnoide Espaço subaracnoide (local da aplicação).
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MÚSCULOS DO DORSO
A maior parte do peso do corpo situa-se anterior à coluna vertebral, principalmente em pessoas obesas.
Consequentemente, os numerosos músculos fortes fixados aos processos espinhosos e transversos são necessários
para sustentar a coluna vertebral.
Os músculos do dorso podem ser divididos em músculos dorsais (que não apresentam inervação dos ramos
posteriores dos nervos espinais) e os músculos próprios do dorso (aqueles que têm inervação feita pelos ramos
posteriores dos nervos espinais). Para estudo anatômico, dividiremos os músculos do dorso em dois grupos: os
músculos extrínsecos do dorso (que produzem e controlam os movimentos dos membros – músculos superficiais – e
respiratórios – músculos intermédios); e músculos intrínsecos do dorso (incluem músculos que atuam
especificamente sobre a coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura).
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO DORSO
Os músculos extrínsecos superficiais do dorso (trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e
romboides) unem os membros superiores ao tronco e produzem e controlam os movimentos dos membros (Mm.
toracoapendiculares). Embora estejam localizados na região do dorso, a maioria deles recebem inervação dos ramos
anteriores dos nervos cervicais e atua no membro superior.
Os músculos extrínsecos intermediários do dorso (serrátil posterior) são músculos finos, comumente
designados músculos respiratórios superficiais.
1. Músculo Trapézio: Grande músculo tronco-cingular.
Origem: Processos espinhosos das vértebras T1-T12 e C1, Ligamento nucal, Protuberância occipital
externa, Linha nucal superior.
Inserção: espinha da escápula, acrômio e clavícula.
Ação: girar, elevar, abaixar e aduzir a escápula; além de girar a cabeça.
Inervação: nervo acessório
2. Músculo Latíssimo do Dorso: Grande músculo tóraco-apendicular de formato triangular
Origem: Processos espinhosos de T7 a L5, Sacro, Crista ilíaca, Costelas 9 a 12
Inserção: crista do tubérculo menor do úmero
Ação: adução e rotação medial do braço
Inervação: nervo toracodorsal (fascículo posterior do plexo braquial).
3. Músculo Romboide Maior: Delgado músculo localizado profundamente ao músculo trapézio
Origem: Processos espinhosos de T1 a T4.
Inserção: Margem medial da escápula.
Ação: movimentar a escápula medialmente.
Inervação: nervo dorsal da escápula (C4 e C5).
4. Músculo Romboide Menor: Pequeno músculo acima do m. romboide maior
Origem: Processos espinhosos de C6 e C7.
Inserção: Margem medial da escápula, acima da espinha.
Ação: movimentar a escápula para cima e medialmente.
Inervação: nervo dorsal da escápula.
5. Músculo Levantador da Escápula: Músculo relativamente robusto que está localizado acima do m.
romboide menor
Origem: Tubérculo posterior dos processos transversos de C1 a C4.
Inserção: Ângulo superior da escápula.
Ação: elevar o ângulo superior da escápula e gira o pescoço.
Inervação: nervo dorsal da escápula e plexo cervical.
6. Músculo Serrátil Posterior Superior: Pequeno músculo situado profundamente aos músculos romboides
Origem: Processos espinhosos de C6 a T2
Inserção: Segunda a quinta costelas
Ação: elevar as costelas na inspiração.
Inervação: nervos intercostais.
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7. Músculo Serrátil Posterior Inferior: Músculo delgado situado profundamente ao m. latíssimo do dorso.
Origem: Processos espinhosos de T11 a L2.
Inserção: Quatro costelas inferiores.
Ação: retroversão das quatro costelas inferiores.
Inervação: nervos intercostais.
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO
Os músculos intrínsecos do dorso (músculos próprios do dorso) são músculos profundos inervados pelos ramos
posteriores dos nervos espinais e mantêm a postura e controlam os movimentos da coluna vertebral. Esses músculos,
que se estendem da pelve até o crânio, são revestidos por fáscia muscular que se fixa medialmente ao ligamento nucal,
às extremidades dos processos espinhosos das vértebras, ao ligamento supra-espinal e à crista mediana do sacro. A
fáscia fixa-se lateralmente aos processos transversos cervicais e lombares aos ângulos das costelas.
CAMADA SUPERFICIAL DOS MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO
Os músculos esplênios (do latim, compressa) são espessos e planos s situam-se nas faces lateral e posterior do
pescoço, cobrindo os músculos verticais como bandagem, o que explica seu nome.
1. Músculo Esplênio da Cabeça: Está em parte recoberto pelo m. trapézio e em parte forma o assoalho do
trígono occipital do pescoço.
Origem: Processos espinhosos de C4 a T3.
Inserção: Metade lateral da linha nucal superior, processo mastoide.
Ação: extensão da coluna cervical e rotação da cabeça.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
2. Músculo Esplênio do Pescoço: Músculo profundo ao M. trapézio.
Origem: Processos espinhosos de T3 a T5.
Inserção: Tubérculo posterior dos processos transversos de C1 e C2.
Ação: extensão da coluna cervical e rotação da cabeça.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
CAMADA INTERMÉDIA DOS MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO
Os músculos eretores da espinha situam-se em um “sulco” de cada lado da coluna vertebral, entre os processos
espinhosos centralmente e os ângulos das costelas lateralmente. O grande músculo eretor da espinha é o principal
extensor da coluna vertebral e é dividido em três colunas por três músculos: o M. Iliocostal (coluna lateral, formado por
três músculos: M. iliocostal do lombo, parte lombar; M. iliocostal do lombo, parte torácica; M. iliocostal do pescoço), o M.
Longuíssimo (coluna intermédia, formado por três músculos: M. longuíssimo do tórax; M. longuíssimo do pescoço; M.
longuíssimo da cabeça) e o M. Espinal (coluna medial, formado por três músculos: M. espinal do tórax; M. espinal do
pescoço; M. espinal da cabeça).
3. Músculo Longuíssimo do Tórax: Porção intermédia do músculo eretor da espinha
Origem: Crista ilíaca, Processos espinhosos de L1 a S4, Processos mamilares de L1 e L2, Processos
transversos de T7 a T12.
Inserção: Processos costais e acessórios lombares, Ângulos das 11 vértebras inferiores, Todos os
processos transversos torácicos.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
4. Músculo Longuíssimo do Pescoço: Continuação cervical do m. longuíssimo do tórax, situado entre os
Mm. iliocostal do lombo e longuíssimo da cabeça
Origem: Processos transversos de T1 a T6.
Inserção: Processos transversos de C2 a C7.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
5. Músculo Longuíssimo da Cabeça: Situa-se entre os músculos longuíssimo do pescoço e semi-espinal da
cabeça
Origem: Processos transversos de C3 a T3.
Inserção: Processo mastoide.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
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6. Músculo Iliocostal do Lombo – Parte Lombar: Porção lateral do m. eretor da espinha.
Origem: Crista ilíaca.
Inserção: Ângulo das costelas 5 a 12.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
7. Músculo Iliocostal do Lombo – Parte Torácica: Continuação torácica do músculo iliocostal.
Origem: Lados mediais dos ângulos das 6 costelas inferiores.
Inserção: Ângulo das 6 costelas superiores.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
8. Músculo Iliocostal do Pescoço: Continuação superior do iliocostal, situado lateral ao longuíssimo do
pescoço.
Origem: Medial ao ângulo das costelas 3 a 7.
Inserção: Tubérculos posteriores de C3 a C6.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
9. Músculo Espinal do Tórax: Porção medial do m. eretor da espinha.
Origem: Processos transversos de T11 a L2.
Inserção: Processos espinhosos de T2 a T11.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
10. Músculo Espinal do Pescoço: Segmento superior do m. espinal, situado medial ao m. semiespinal da
cabeça.
Origem: Processos transversos de C6 a T2.
Inserção: Processos espinhosos de C2 a C4.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
11. Músculo Espinal da Cabeça: Parte inconstante do músculo semi-espinal da cabeça com origens adicionais
a partir dos processos espinhosos torácico superior e cervical inferior.
CAMADA PROFUNDA DOS MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO
Profundamente ao eretor da espinha, há um grupo oblíquo de músculos muito mais curtos denominados grupo
de músculos transveroepinais que consistem nos músculos semi-espinais, multífidos e rotadores. Esses músculos
originam-se dos processos transversos das vértebras e seguem até os processos espinhosos de vértebras mais
superiores. Eles ocupam o “sulco” entre os processos transversos e espinhosos e estão fixados a esses processos, às
lâminas entre eles e aos ligamentos que os unem.
12. Músculo Semi-espinal do Tórax: Situado profundamente ao m. eretor da espinha. Suas fibras sempre
saltam cinco a sete vértebras.
Origem: Processos transversos da 11ª (12ª) a 7ª (6ª) vértebra torácica.
Inserção: Proc. espinhoso da 3ª (4ª) vértebra torácica até a 6ª vértebra cervical
Ação: rotação da coluna vertebral para o lado oposto, agindo em ambos os lados determina a extensão.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
13. Músculo Semi-espinal do Pescoço: Profundamente ao espinal do tórax.
Origem: Processos transversos da 6ª (7ª) vértebra torácica até a 7ª vértebra cervical.
Inserção: Proc. espinhoso da 6ª a 3ª vértebras cervicais.
Ação: dorsiflexão.
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinais.
14. Músculo Semi Espinal da Cabeça: Grande músculo ao lado do ligamento nucal.
Origem: Processos transversos da 7ª (8ª) vértebra torácica até a 3ª vértebra cervical.
Inserção: Escama do occipital, entre a linha nucal suprema e a linha nucal superior, na região medial.
Ação: Atua na dorsiflexão e rotação da cabeça, dependendo da posição inicial.
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Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
15. Músculo Levantadores das Costelas: Está composto pelos músculos levantadores da costelas longos e
curtos. Os longos passam sobre uma costela, já os curtos elevam a costela imediatamente inferior.
Origem: Processos transversos da 11ªvértebra torácica até a 7ª vértebra cervical.
Inserção: 12ª a 1ª costela, lateral ao ângulo das costelas.
Ação: elevar as costelas, flexão lateral e rotação da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores do n. cervical C8 dos Nn. torácicos T1 a T10
16. Músculos Rotadores: Os músculos rotadores estão divididos em rotadores do pescoço, do tórax e do
lombo (inconstante), que podem ser curtos, quando se inserem na vértebra logo inferior, ou longo, quando
salta uma vértebra.
Origem: Processos Mamilares das vértebras lombares, processos. transversos das vértebras torácicas
e processos articulares inferiores da vértebra cervical.
Inserção: Raiz do processo espinhoso da 3ª a 1ª vértebra lombar, 12ª a 1ª vértebra torácica e 7ª a 2ª
vértebra cervical.
Ação: flexão lateral segmentar quando age unilateralmente e extensão segmentar quando age
bilateralmente.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. Espinais.
17. Músculos Multífidos: Saltam sempre duas vértebras e são bastantes fortes na região lombar.
Origem: Face dorsal do sacro, lig. sacroilíaco posterior, porção dorsal da crista ilíaca, procc. Mamilares
das vértebras lombares, procc. transversos das vértebras torácicas, e procc. articulares inferiores da 7ª a
4ª vértebra cervical.
Inserção: Proc. Espinhoso da 5ª a 1ª vértebra lombar, 12ª a 1ª vértebra torácica e 7ª a 2ª vértebra
cervical.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. Espinais.
18. Músculos Intertransversais: Os músculos intertransversais estão denominados de acordo com a região em
que se situam (lateral do lombo, mediais do lombo, do tórax, posteriores do pescoço e anteriores do
pescoço).
Origem: Tuberosidade ilíaca, proc. costais e acessório da 5ª a 1ª vértebra lombar, processo transverso
da12ª a 10 ª vértebra torácica, tubérculos anteriores e posteriores das vértebras cervicais 6ª a 1ª.
Inserção: Proc. costal da 5ª a 1ª vértebras lombares, tuberosidade ilíaca, proc. mamilar da 5ª a 2ª
vértebra lombar, proc. transverso da 11ª vértebra torácica, tubérculos anteriores e posteriores das
vértebras cervicais 7ª a 2ª.
Ação: flexão lateral em ação unilateral e extensão da coluna vertebral em ação bilateral.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. espinais.
19. Músculo Interespinais: Os músculos interespinais estão denominados de acordo com a região em que se
situam (do lombo, do tórax e do pescoço).
Origem: Proc. espinhoso da 5ª a 1ª vértebra lombar, proc. espinhoso da 11ª a 2ª (1ª) vértebra torácica
e proc. espinhoso da 7ª a 3ª vértebra cervical.
Inserção: Margem superior da crista mediana do sacro, Proc. Espinhoso da 5ª e 2ª vértebra lombar,
Proc. Espinhoso da 12ª a 3ª vértebra torácica, Proc. Espinhoso da 1ª vértebra torácica a 3ª vértebra
cervical.
Ação: extensão segmentar da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. espinais.
20. Músculo Reto Posterior Maior da Cabeça: Pequeno músculo que compõe a musculatura autoctone da
nuca.
Origem: Proc. espinhoso do áxis.
Inserção: Terço médio da linha nucal inferior.
Ação: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral; bilateralmente faz a extensão da cabeça
Inervação: N. suboccipital (ramo posterior do N. cervical C1).
21. Músculo Reto Posterior Menor da Cabeça: Músculo menor que o anterior e medial ao mesmo, que
compõe também a musculatura autoctone da nuca.
Origem: Tubérculo posterior do atlas.
Inserção: Terço médio da linha nucal inferior.
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Ação: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral; bilateralmente faz a extensão da cabeça.
Inervação: N. suboccipital (ramo posterior do N. cervical C1).
22. Músculo Oblíquo Superior da Cabeça: Músculo autoctone da nuca
Origem: Tubérculo posterior do proc. transverso do atlas.
Inserção: Terço lateral da linha nucal inferior.
Ação: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral; bilateralmente faz a extensão da cabeça.
Inervação: N. suboccipital (ramo posterior do N. cervical C1).
23. Músculo Oblíquo Inferior da Cabeça: Músculo autoctone da nuca.
Origem: Proc. espinhoso do áxis.
Inserção: Margem posterior do proc. transverso do atlas.
Ação: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral; bilateralmente faz a extensão da cabeça.
Inervação: N. suboccipital (ramo posterior do N. cervical C1).