2. O Mapa de Riscos consiste na representação gráfica
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dos riscos à saúde identificados em cada um
dos diversos locais de trabalho de uma empresa.
3. Os riscos que podem ser encontrados nos ambientes de trabalho são agrupados em cinco tipos:
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Cada um desses tipos de risco ambiental pode provocar danos à saúde ocupacional
dos funcionários da empresa.
4. São considerados riscos físicos, capazes de provocar danos à saúde:
RUÍDO;
VIBRAÇÕES
TEMPERATURAS EXTREMAS( FRIO e CALOR);
RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES;
RADIAÇÕES IONIZANTES;
UMIDADE;
PRESSÕES ANORMAIS.
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5. • RUÍDOS - provocam cansaço, irritação dores de cabeça diminuição da audição (surdez temporária, surdez
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definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas no aparelho
digestivo, taquicardia, perigo de infarto.
• VIBRAÇÕES - cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doenças do movimento, artrite,
problemas digestivos, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias.
• CALOR OU FRIO, EXTREMOS - taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica,
choque térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão.
• RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES - queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos.
• RADIAÇÕES IONIZANTES - alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho
• UMIDADE - doenças do aparelho respiratório, da pele e circulatórias, e traumatismos por quedas.
• PRESSÕES ANORMAIS - embolia traumática pelo ar, embriaguez das profundidades, intoxicação
e gás carbônico, doença descompressiva.
6. Os principais tipos de riscos químicos que atuam sobre o organismo
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humano, causando problemas de saúde, são:
GASES, VAPORES E NÉVOAS;
AERODISPERSÓIDES (POEIRAS E FUMOS METÁLICOS).
7. Os GASES, VAPORES E NÉVOAS podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestésicos:
• EFEITOS IRRITANTES - são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda
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cáustica e cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores .
• EFEITOS ASFIXIANTES - gases como hidrogênio, hélio metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido
de carbono e outros causam dor de cabeça náuseas, sonolência, convulsões,
coma e até morte.
• EFEITOS ANESTÉSICOS - a maioria dos solventes orgânicos, assim como o butano, propano, xileno,
álcoois e tolueno tem ação depressiva sobre o sistema nervoso central,
provocando danos aos diversos órgãos.
O benzeno, especialmente, é responsável por danos ao sistema formador do
sangue.
8. Os AERODISPERSÓIDES, que ficam em suspensão no ar em ambientes de trabalho:
• POEIRAS MINERAIS - provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão mineral, e provocam
silicose (quartzo), asbestose (asbesto), pneumoconioses (minerais em geral).
• POEIRAS VEGETAIS - são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de bagaço de cana-de-açúcar
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e de algodão, que causam bagaçose e bissinose, respectivamente.
• POEIRAS ALCALINAS - provêm, em especial, do calcário, causando doenças pulmonares obstrutivas
crônicas como enfisema pulmonar.
• FUMOS METÁLICOS - provenientes do uso industrial de metais, como chumbo, manganês, ferro etc.;
causam doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos,
intoxicações específicas, de acordo com o metal.
9. Microorganismos e animais são os riscos biológicos que podem afetar a saúde do trabalhador.
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São considerados riscos biológicos os vírus, as bactérias, os bacilos, os fungos
(microorganismos causadores de infecções) e os parasitos.
As formas de prevenção, em relação a esses grupos de risco biológico são:
VACINAÇÃO, ESTERILIZAÇÃO, HIGIENE PESSOAL, USO
DE EPI;
VENTILAÇÃO, CONTROLE MÉDICO E CONTROLE DE
PRAGAS.
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São os riscos caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas do trabalhador.
Entre os riscos ergonômicos mais comuns estão:
ESFORÇO FÍSICO INTENSO;
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO;
EXIGÊNCIA DE POSTURA INADEQUADA;
CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE;
IMPOSIÇÃO DE RITMOS EXCESSIVOS;
TRABALHO EM TURNOS E NOTURNO;
JORNADAS DE TRABALHO PROLONGADAS;
MONOTONIA E REPETIVIDADES;
OUTRAS SITUAÇÕES CAUSADORAS DE
ESTRESSE FÍSICO E/OU PSÍQUICO.
11. • TRABALHO FÍSICO PESADO, POSTURAS INCORRETAS E POSIÇÕES INCÔMODAS - provocam
cansaço, dores musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras,
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moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna etc.
• RITMO EXCESSIVO, MONOTONIA, TRABALHO EM TURNOS, JORNADAS PROLONGADAS E
REPETIVIDADE - provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho digestivo
(gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na vida social
(com reflexos na saúde e no comportamento),hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatias
(angina, infarto), tenossinovite, diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo e ansiedade.
12. Deficiências ou inadequações nas instalações ou em máquinas e equipamentos constituem riscos de acidentes
para o trabalhador. Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos:
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ARRANJO FÍSICO INADEQUADO;
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO;
FERRAMENTAS INADEQUADAS OU DEFEITUOSAS;
ILUMINAÇÃO INADEQUADA;
ELETRICIDADE;
PROBALIDADE DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO;
ARMAZENAMENTO INADEQUADO;
ANIMAIS PEÇONHENTOS;
OUTRAS SITUAÇÕES QUE PODEM CONSTITUIR
CAUSAS DE ACIDENTES.
13. • EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS - quando deficiente ou insuficiente, traz
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risco de incêndio.
• ARRANJO FÍSICO - quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e provoca desgaste
físico excessivo nos trabalhadores.
• MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO - podem provocar acidentes graves.
• LIGAÇÕES ELÉTRICAS DEFICIENTES - trazem riscos de curto-circuito, choque elétrico, incêndio,
queimaduras, acidentes fatais
• MATÉRIA-PRIMA, SEM ESPECIFICAÇÃO - acidentes do trabalho, doenças ocupacionais.
• FERRAMENTAS DEFEITUOSAS OU INADEQUADAS - acidentes, com repercussão principal
nos membros superiores.
14. • EPI INADEQUADO - acidentes, doenças profissionais.
• EDIFICAÇÕES - falta de saída de emergência, obstáculos à livre circulação, pisos, rampas, escadas etc.
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mal construídos ou danificados, trazem riscos de acidentes.
• SINALIZAÇÃO DEFICIENTES - falta de uma política de prevenção de acidentes, não identificação de
equipamentos que oferecem riscos, não delimitação de áreas, informações
de segurança insuficientes etc., comprometem a saúde ocupacional
dos funcionários.
• ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE MATERIAIS - a obstrução de áreas traz riscos de acidentes,
quedas, incêndio, explosão, etc.
• ILUMINAÇÃO INADEQUADA - fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.
16. Para cada setor de serviço a ser analisado, utilizar um roteiro de abordagem,
Para representar cada tipo de risco, convencionou-se usar uma cor diferente e
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relatando os riscos ambientais encontrados.
Dialogar com os empregados do setor, de modo a obter o máximo possível
de informações sobre sua atividade, sem contudo induzí-los ou direcioná-los.
assinalá-los no mapa por meio de círculos.
Deve-se utilizar a planta física baixa ou o esboço do(s) setor (es) da empresa
para indicar os locais de riscos. Essa planta deverá conter detalhamento do
local, isto é, deve ter assinaladas as posições de máquinas e equipamentos,
bancadas de trabalho, área de circulação de pessoas e materiais, etc.
Sobre ela serão desenhados os círculos coloridos, correspondentes aos
diferentes riscos e suas fontes de origem
17. Quando a representação do (s) risco(s) sobre o local correspondente na planta
não for viável (pois o círculo se sobreporia às áreas, máquinas ou equipamentos
que não oferecem o risco que está sendo representado), para evitar confusão
ou erro de informação, recomenda-se desenhar o (s) círculo (s) externamente
ao mapa, ligando-o (s) ao ponto em que está, a fonte daquele risco com
setas ou linhas.
Quando, num mesmo local de trabalho, mais de um tipo de agente oferecer risco
de igual gravidade (grande, médio ou pequeno), deve-se representá-los no,
mesmo círculo. Basta dividir esse círculo em partes iguais pelo número de tipos
de risco, colorindo os espaços com as cores de cada risco ambiental detectado.
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18. Cada setor mapeado deverá receber um número, que constará no Mapa de
Riscos Ambientais. Esse número de identificação deverá ser o mesmo no
relatório de levantamento dos riscos por setor.
O número de trabalhadores expostos ao risco, como também a especificação do
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agente devem ser colocados dentro do círculo ou ao lado dele, com
ponto de ligação.
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São as seguintes as fases do trabalho do agente :
• Levantamento dos riscos;
• Elaboração do Mapa;
• Análise dos riscos;
• Elaboração do relatório;
• Apresentação do trabalho;
• Implantação e acompanhamento;
• Avaliação
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Departamento / Setor : ____________________________________________
Nº de trabalhadores: Masc.: _____ Fem.: _____ Total :__________
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ESCRITÓRIOS ALMOXARIFADO SEÇÃO DE CALDEIRARIA
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2
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7
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OFICINA MECÂNICA SEÇÃO DE USINAGEM FORJARIA SEÇÃO DE PINTURA
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• levantamento de peso de forma inadequada na oficina (1) e na usinagem (2)
• Ritmo de trabalho excessivo e postura incorreta (10)
• Sobrecarga elétrica (riscos de incêndio) (4)
• Armazenamento inadequado (5)
• Perigo de incêndio (6)
• Gavetas, do arquivo e das mesas, abertas no escritório (3)
• Vibrações no processo de prensagem (9)
• Ruído na usinagem e na caldeiraria (7)
• Enalação de calor do forno (8)
• Fumos metálicos na caldeiraria (12)
• Compostos químicos na pintura e na usinagem (11)