A lição original com os textos bíblicos tem como finalidade; facilitar a leitura ou mesmo o estudo, os versos estão na sequência correta, evitando a necessidade de procurá-los, o que agiliza, para os que tem o tempo limitado, vc pode levá-la no ipad, no pendrive, celular e etc, ler a qualquer momento e em qualquer lugar que desejar, até sem a necessidade de estar conectado na internet.
Também facilita se for imprimir por usar bem menos tinta que a lição convencional.
Que... “Deus tenha misericórdia de nós e nós abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação”. Sal. 67:1-2.
Bom Estudo!
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
Lições sobre as diversas leis em vigor durante o tempo de Cristo
1. Lições Adultos Cristo e Sua lei
Lição 1 - Leis no tempo de Cristo 29 de março a 5 de abril
Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Sm 20–23
VERSO PARA MEMORIZAR: "Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de
conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos". Rm 2:14.
Leituras da Semana: Lc 2:1-5; Hb 10:28; Dt 17:2-6; Lv 1:1-9; Lc 14:1-6; Tg 2:8-12
Na maioria das sociedades, várias leis funcionam ao mesmo tempo. Pode haver leis gerais que se aplicam a
todos e leis que têm validade apenas em uma comunidade específica.
Nos tempos do Novo Testamento, quando uma pessoa usava a palavra comum para "lei" (nomos, em grego,
lex em latim e Torah em hebraico), podia estar se referindo a qualquer uma de uma série de leis. Muitas
vezes, o único indicador quanto à lei exata que estava em discussão era o contexto da conversa. Assim, à
medida que estudarmos neste trimestre, sempre precisaremos ter em mente o contexto imediato, a fim de
entender melhor qual lei está sendo discutida.
A lição desta semana examina as várias leis que estavam em vigência na comunidade durante o tempo de
Cristo e da igreja primitiva. Estudaremos essas diversas leis, mas apenas no contexto de sua utilidade para
estabelecer a base para o estudo da lei que será nosso foco principal neste trimestre: a lei moral de Deus,
os Dez Mandamentos.
Domingo - Lei romana Ano Bíblico: 1Sm 24–27
1. Leia Lucas 2:1-5. De que forma José e Maria interagiram com o poder político? Que lições
podemos aprender com isso?
“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para
recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam
alistar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a
Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com
Maria, sua esposa, que estava grávida.” (Lucas 2:1-5 RA)
Desde o tempo da primeira república, os romanos reconheciam a importância das leis escritas para o
governo da sociedade. Na verdade, o sistema de direito constitucional estabelecido pelos romanos continua
sendo a base dos sistemas jurídicos encontrados em muitas sociedades democráticas atuais.
Na maior parte das vezes, Roma permitia que os reinos vassalos mantivessem os próprios costumes, mas
todos os súditos deviam obedecer às leis do império e do senado romano. Obviamente, isso era válido
também para José e Maria.
A ênfase da lei romana era a ordem na sociedade. Por isso, ela não abordava apenas questões de governo,
mas também estabelecia regras para o comportamento no âmbito doméstico. Além de estipular os
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2. procedimentos para a seleção de pessoas para cargos públicos, o direito romano também lidava com coisas
como o adultério e a relação entre senhores e escravos. Muitos dos códigos sociais são semelhantes aos
encontrados no Antigo Testamento e em outras sociedades.
Todas as tentativas de entender a cultura em que os livros do Novo Testamento foram escritos devem levar
em conta o fato de que o Império Romano formava o cenário político para o mundo em que viveram Jesus e
a igreja primitiva. Muitas coisas que ocorreram no Novo Testamento, desde a morte de Jesus até a prisão de
Paulo, fazem muito mais sentido quando conhecemos o contexto de seu tempo. Não é preciso ser
especialista em história romana a fim de compreender o que precisamos para a salvação. No entanto, o
conhecimento histórico é realmente útil.
Apesar do milagre da gravidez de Maria e da atuação do Senhor nesse acontecimento, o casal ainda
obedeceu à lei, que exigia que eles deixassem seu lar, mesmo quando Maria estava em um estágio
avançado da gravidez. Não teria sido melhor simplesmente ter ficado em casa, considerando as
circunstâncias extraordinárias? O que suas ações ensinam sobre a atitude que devemos ter para com a lei
civil? Pense na facilidade que eles teriam para justificar a desobediência.
Segunda - Lei civil do Antigo Testamento Ano Bíblico: 1Sm 28–31
Embora os judeus estivessem sob o domínio romano na época de Jesus, eles receberam autoridade sobre
questões exclusivas de seus costumes e religião (At 18:15). O órgão legislativo responsável pela
administração da lei judaica era chamado Sinédrio. Às vezes mencionado como conselho (Jo 11:47; At 5:27,
ARC), o Sinédrio era composto por 71 homens escolhidos entre os sacerdotes, anciãos e rabinos e era
presidido pelo sumo sacerdote. Servia como uma espécie de Supremo Tribunal Federal que lidava com
costumes, tradições e leis dos judeus.
“mas, se é questão de palavra, de nomes e da vossa lei, tratai disso vós mesmos; eu não quero ser juiz
dessas coisas!” (Atos 18:15 RA)
“Então, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio; e disseram: Que estamos fazendo,
uma vez que este homem opera muitos sinais?” (João 11:47 RA)
“Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os,” (Atos 5:27 ARC)
A lei civil judaica estava fundamentada nos códigos civis revelados nos cinco livros de Moisés. Porque
Moisés foi o autor dos cinco primeiros livros bíblicos, as leis são mencionadas como a lei de Moisés. Quando
Deus originalmente deu as leis a Moisés, planejou um estado em que Ele seria o governante e o povo
cumpriria Seus mandamentos. Na época de Jesus, os judeus estavam sujeitos ao direito romano. No
entanto, o governo romano permitia que eles usassem a lei mosaica a fim de resolver questões relacionadas
com seus costumes. Nesse aspecto, o trabalho do Sinédrio era especialmente importante.
O Novo Testamento apresenta vários exemplos de aplicação da lei mosaica, ou de referências a ela, em
questões civis: homens judeus ainda deviam pagar o imposto de meio siclo para o templo (Mt 17:24-27; Êx
30:13); divórcios ainda eram regidos pelas disposições estabelecidas por Moisés (Mt 19:7; Dt 24:1-4); as
pessoas ainda seguiam a lei do levirato, em que a viúva devia se casar com o irmão de seu marido (Mt
22:24; Dt 25:5); meninos ainda eram circuncidados no oitavo dia (Jo 7:23; Lv 12:3) e os adúlteros deviam ser
punidos por apedrejamento (Jo 8:5; Dt 22:23, 24).
“Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e
perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas? Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa,
Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou
tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão
isentos os filhos. Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que
fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti.” (Mateus
17:24-27 RA)
“Todo aquele que passar ao arrolamento dará isto: metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este
siclo é de vinte geras); a metade de um siclo é a oferta ao SENHOR.” (Êxodo 30:13 RA)
“Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?” (Mateus 19:7 RA)
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3. “Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele
achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de
casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar
termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si
por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para
que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás
pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança.” (Deuteronômio 24:1-4 RA)
“Mestre, Moisés disse: Se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva e suscitará
descendência ao falecido.” (Mateus 22:24 RA)
“Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará
com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com
ela a obrigação de cunhado.” (Deuteronômio 25:5 RA)
“E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que
vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem?” (João 7:23 RA)
“E, no oitavo dia, se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio.” (Levítico 12:3 RA)
“E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?” (João 8:5 RA)
“Se houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, então, trareis
ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis até que morram; a moça, porque não gritou na cidade, e o
homem, porque humilhou a mulher do seu próximo; assim, eliminarás o mal do meio de ti.” (Deuteronômio
22:23-24 RA)
2. Leia Mateus 26:59-61; Hebreus 10:28; Deuteronômio 17:2-6. Que princípio importante é visto
nesses textos? O que isso nos diz a respeito dos conceitos bíblicos de justiça e igualdade?
“Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de
o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas,
afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três
dias.” (Mateus 26:59-61 RA)
“Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.”
(Hebreus 10:28 RA)
“Quando no meio de ti, em alguma das tuas cidades que te dá o SENHOR, teu Deus, se achar algum
homem ou mulher que proceda mal aos olhos do SENHOR, teu Deus, transgredindo a sua aliança, que vá, e
sirva a outros deuses, e os adore, ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu, o que eu não ordenei; e te
seja denunciado, e o ouvires; então, indagarás bem; e eis que, sendo verdade e certo que se fez tal
abominação em Israel, então, levarás o homem ou a mulher que fez este malefício às tuas portas e os
apedrejarás, até que morram. Por depoimento de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de
morrer; por depoimento de uma só testemunha, não morrerá.” (Deuteronômio 17:2-6 RA)
Leia algumas leis civis encontradas nos primeiros livros da Bíblia. Algumas dessas leis não nos parecem
estranhas? Veja, por exemplo, Deuteronômio 21. Considerando que Deus é o autor dessas leis, o que isso
nos diz sobre a confiança que devemos ter nEle em todas as coisas, principalmente naquilo que não
compreendemos completamente?
Terça - Lei cerimonial do Antigo Testamento Ano Bíblico: 2Sm 1–4
3. Leia Levítico 1:1-9; 2:14-16; 5:11-13. A que essas leis se referiam? Que importantes verdades elas
ensinavam?
“Chamou o SENHOR a Moisés e, da tenda da congregação, lhe disse: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes:
Quando algum de vós trouxer oferta ao SENHOR, trareis a vossa oferta de gado, de rebanho ou de gado
miúdo. Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o
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4. trará, para que o homem seja aceito perante o SENHOR. E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para
que seja aceito a favor dele, para a sua expiação. Depois, imolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos
de Arão, os sacerdotes, apresentarão o sangue e o aspergirão ao redor sobre o altar que está diante da
porta da tenda da congregação. Então, ele esfolará o holocausto e o cortará em seus pedaços. E os filhos
de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar e porão em ordem lenha sobre o fogo. Também os filhos de
Arão, os sacerdotes, colocarão em ordem os pedaços, a saber, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que
está no fogo sobre o altar. Porém as entranhas e as pernas, o sacerdote as lavará com água; e queimará
tudo isso sobre o altar; é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR.” (Levítico 1:1-9
RA)
“Se trouxeres ao SENHOR oferta de manjares das primícias, farás a oferta de manjares das tuas primícias
de espigas verdes, tostadas ao fogo, isto é, os grãos esmagados de espigas verdes. Deitarás azeite sobre
ela e, por cima, lhe porás incenso; é oferta de manjares. Assim, o sacerdote queimará a porção memorial
dos grãos de espigas esmagados e do azeite, com todo o incenso; é oferta queimada ao SENHOR.”
(Levítico 2:14-16 RA)
“Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que
pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado; não lhe
deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado. Entregá-la-á ao sacerdote, e o
sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas
queimadas ao SENHOR; é oferta pelo pecado. Assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que
cometeu em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de
manjares.” (Levítico 5:11-13 RA)
Além das leis civis de Israel, havia também o que é geralmente chamado de "lei cerimonial". Essa lei estava
centralizada no santuário e em seus rituais, os quais foram projetados para ensinar aos filhos de Israel o
plano da salvação e apontar para eles o Messias que viria. Nas passagens bíblicas acima, por duas vezes é
mencionado que a "expiação" seria feita por intermédio dessas cerimônias. Essas leis foram consideradas
"miniprofecias" de Cristo e Sua obra expiatória pelos pecados do povo.
"A lei cerimonial foi dada por Cristo. Mesmo depois que ela não mais devia ser observada, Paulo a
apresentou aos judeus em sua verdadeira posição e valor, mostrando seu lugar no plano da redenção e sua
relação com a obra de Cristo. E o grande apóstolo declara gloriosa essa lei, digna de seu divino Autor. O
serviço solene do santuário tipificava as grandiosas verdades que seriam reveladas durante gerações
sucessivas. [...] Assim, através de séculos e séculos de trevas e apostasia, a fé se conservou viva no
coração dos homens até chegar o tempo para o advento do Messias prometido" (Ellen G. White, Patriarcas
e Profetas, p. 367).
Embora instituído por Jesus, o sistema cerimonial foi concebido para funcionar apenas como um tipo, um
símbolo de uma realidade futura: a vinda de Jesus, Sua morte e ministério sacerdotal. Uma vez que Ele
completasse Sua obra na Terra, esse antigo sistema, com seus sacrifícios, rituais e festas já não seria
necessário (Hb 9:9-12). Embora já não observemos a lei cerimonial, ao estudá-la, podemos reunir ideias
sobre o plano da salvação.
“É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios,
embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto, os quais
não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções,
impostas até ao tempo oportuno de reforma. Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já
realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos,
uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” (Hebreus 9:9-12 RA)
No centro do serviço do santuário estava o sacrifício de animais, que apontava para a morte de Jesus. Por
que nossa salvação depende da Sua morte em nosso favor? O que isso diz sobre o custo do pecado?
Quarta - Lei rabínica Ano Bíblico: 2Sm 5–7
Além das leis mosaicas, os judeus da época de Jesus também estavam familiarizados com a lei dos rabinos.
Estes eram o braço acadêmico dos fariseus, e assumiam a responsabilidade de garantir que a lei mosaica
permanecesse relevante para o povo. Os rabinos contaram 613 leis nos cinco livros de Moisés (incluindo 39
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5. relacionadas ao sábado). Eles usavam essas leis como base para sua legislação e complementavam as leis
escritas com uma lei oral que consistia em interpretações dos principais rabinos.
A lei oral é conhecida como halakha, que significa "caminhar". Os rabinos consideravam que, se o povo
seguisse suas numerosas halakoth (plural de halakha), eles iriam andar no caminho das 613 leis principais.
Embora tenham surgido como lei oral, as halakoth rabínicas foram organizadas e registradas em forma de
livro. Algumas das interpretações da época de Jesus sobreviveram em comentários conhecidos como
Midrash, enquanto outras estão registradas em uma coleção de leis chamada Mishná. Muitos judeus
religiosos ao longo dos séculos, e até hoje, procuram cumprir rigorosamente essas leis.
4. Leia Lucas 14:1-6; João 9. Embora Jesus tenha sido acusado de transgredir o sábado com Seus
milagres de cura, será que o Antigo Testamento considerava pecado curar no dia de sábado? Como
podemos evitar os erros dos judeus enquanto procuramos "andar fielmente no caminho"?
“Aconteceu que, ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que o
estavam observando. Ora, diante dele se achava um homem hidrópico. Então, Jesus, dirigindo-se aos
intérpretes da Lei e aos fariseus, perguntou-lhes: É ou não é lícito curar no sábado? Eles, porém, nada
disseram. E, tomando-o, o curou e o despediu. A seguir, lhes perguntou: Qual de vós, se o filho ou o boi cair
num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado? A isto nada puderam responder.” (Lucas 14:1-6 RA)
“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem
pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas
foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me
enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz
do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-
lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. Então, os
vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava
assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém,
dizia: Sou eu. Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? Respondeu ele: O homem chamado
Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou
vendo. Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. Levaram, pois, aos fariseus o que dantes
fora cego. E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Então, os fariseus, por sua vez,
lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou
vendo. Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado.
Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles. De
novo, perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta,
respondeu ele. Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram
os pais e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora?
Então, os pais responderam: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como
vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.
Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se
alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga. Por isso, é que disseram os pais: Ele
idade tem, interrogai-o. Então, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá
glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador. Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei:
eu era cego e agora vejo. Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos? Ele lhes
respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porventura, quereis vós
também tornar-vos seus discípulos? Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos
discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é. Respondeu-lhes
o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos. Sabemos
que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a
este atende. Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de
nascença. Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito. Mas eles retrucaram: Tu és nascido
todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram. Ouvindo Jesus que o tinham expulsado,
encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para
que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio,
Senhor; e o adorou. Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem
vejam, e os que vêem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe:
Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum;
mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” (João 9:1-41 RA)
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6. Embora seja fácil, da nossa perspectiva, ridicularizar muitas dessas leis orais, especialmente porque elas
foram usadas contra Jesus, a falha estava mais na atitude dos líderes, não nas leis. Ainda que fosse
cumprida de maneira legalista, as halakoth foram feitas para ser muito espirituais, infundindo um elemento
espiritual nas atividades mais rotineiras, dando-lhes um significado religioso.
Como podemos dar um significado religioso às mais corriqueiras atividades de nossa vida?
Quinta - A lei moral Ano Bíblico: 2Sm 8–10
Por mais que o direito romano, a lei mosaica e a lei rabínica impactassem a vida dos judeus que viveram em
Israel no primeiro século, muitas pessoas que seguiam a religião de Israel viviam fora da Palestina e além
das fronteiras do Império Romano. Assim, muitas dessas leis não teriam desempenhado um papel
importante em sua vida.
No entanto, todo seguidor do Deus de Israel teria sido fiel aos Dez Mandamentos. "Os Dez Mandamentos
proviam a estrutura moral que sustentava Israel. A metáfora que a Bíblia usa para expressar essa relação é
aliança. Embora a metáfora venha da esfera do direito internacional, é errado compreender os
mandamentos apenas como um resumo das obrigações de Israel para com Deus. [...] A obediência de Israel
aos mandamentos era mais uma resposta ao amor do que uma questão de submissão à vontade divina"
(Leslie J. Hoppe, "Ten Commandments" [Dez Mandamentos], Eerdmans Dictionary of the Bible [Dicionário
da Bíblia]; Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2000, p. 1.285).
Os Dez Mandamentos superavam qualquer sistema jurídico conhecido por judeus no primeiro século.
Mesmo os fariseus, que tinham memorizado meticulosamente as 613 leis mosaicas, reconheciam a
importância dos Dez Mandamentos. A divisão da Mishná chamada Tamid (5:1) contém um mandamento
rabínico de recitar os Dez Mandamentos diariamente. Acreditava-se que todas as outras leis estavam
contidas nos Dez Mandamentos. Na verdade, o filósofo judeu Filo, contemporâneo de Jesus, escreveu um
livro sobre a posição central que os Dez Mandamentos tinham entre todas as leis bíblicas.
5. Leia Mateus 19:16-19; Romanos 13:8-10; Tiago 2:8-12. O que esses versos dizem sobre o papel dos
Dez Mandamentos na vida dos seguidores de Cristo?
“E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida
eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres,
porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não
matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o
teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 19:16-19 RA)
“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem
ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e,
se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13:8-10
RA)
“Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis
bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como
transgressores. Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de
todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras,
porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles
que hão de ser julgados pela lei da liberdade.” (Tiago 2:8-12 RA)
À semelhança de seus irmãos judeus, os escritores do Novo Testamento reconheciam o propósito dos Dez
Mandamentos para o povo de Deus. Algumas das lições deste trimestre falarão sobre a maneira pela qual
Cristo interagiu com outros sistemas de leis do Seu tempo. No entanto, a ênfase principal será Sua relação
com os Dez Mandamentos, conhecidos como a "lei moral".
Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Sm 11, 12
Leia, de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 201-204: "Prestar Juramento".
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7. "Se Adão não tivesse transgredido a lei de Deus, nunca teria sido instituída a lei cerimonial. O evangelho das
boas-novas foi primeiramente dado a Adão na declaração que lhe foi feita, de que a semente da mulher
feriria a cabeça da serpente; e foi transmitido através de sucessivas gerações a Noé, Abraão e Moisés. O
conhecimento da lei de Deus e do plano da salvação foi comunicado a Adão e Eva pelo próprio Cristo.
Entesouraram cuidadosamente a importante lição, transmitindo-a verbalmente aos filhos e aos filhos dos
filhos. Assim foi preservado o conhecimento da lei de Deus" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1,
p. 230).
Perguntas para reflexão
1. Antes de Moisés escrever as leis de Israel, os egípcios e babilônios tinham leis civis que eram, em alguns
casos, semelhantes às leis de Deus. Até mesmo as sociedades ateístas têm leis que protegem o povo e as
propriedades. A lei geralmente é fundamentada em conceitos morais; a lei deve levar as pessoas a evitar o
mal e a praticar o bem. Onde as sociedades obtêm esse senso do bem e do mal?
2. Como o conceito do bem e do mal afeta a questão da existência de Deus? Em outras palavras, se Deus
não existe, de onde vêm os conceitos do bem e do mal?
3. Falamos sobre diversas leis: Lei da gravidade, lei do movimento, leis internacionais, Constituição Federal
e legislação tributária. O que todas essas leis têm em comum? No que elas diferem? Quais são as
consequências da violação dessas leis? Quais são os benefícios de se cooperar com elas? Como os
princípios dessas leis nos ajudam a entender o propósito dos Dez Mandamentos em relação à vida dos
cristãos?
4. Os judeus sobrecarregaram a lei com regras que não foram planejadas por Deus. Como evitar esse erro
em nossos dias? Por que é fácil cometer esse erro, ainda que estejamos bem-intencionados?
Respostas sugestivas: 1. Eles obedeceram ao decreto de César Augusto e foram participar do
recenseamento, apesar da gravidez de Maria e da distância. Devemos fazer todo o esforço possível para
viver em harmonia com as leis do nosso país. 2. A lei exigia duas testemunhas para que o culpado fosse
condenado. Essa regra ainda era válida no tempo de Jesus. A lei devia ser aplicada a todos para garantir
igualdade e justiça social. No caso de Jesus, houve falsidade na aplicação dessa lei. 3. Aos sacrifícios de
animais para expiação de pecados; às ofertas de cereais misturadas com azeite, que faziam parte das
ofertas; essas leis e rituais ensinavam sobre o sacrifício que Jesus faria na cruz para nos salvar. 4. O Antigo
Testamento não proibia a cura no sábado. Jesus deixou claro que o sábado é o dia da cura e da
restauração. Se os judeus tiravam do poço um animal que houvesse caído no dia de sábado, o ser humano
também devia ser tirado do sofrimento. A cura do cego permitiu que esse homem guardasse o sábado de
modo mais completo e feliz, porque ele passou a contemplar a criação divina. Para evitar os erros dos
judeus, devemos entender o princípio por trás da lei. Cristo fez o cego enxergar. Sem Cristo, os judeus
ficaram cegos. 5. Os Dez Mandamentos são o caminho a ser seguido por aqueles que encontraram a
salvação em Cristo. O amor é o cumprimento da lei, ou seja, se amamos, cumprimos toda a lei. Quem
tropeça em um só ponto, é culpado de quebrar toda a lei. Praticar a lei é viver livre do pecado.
Auxiliar - Resumo Discipulado
Texto-chave: Romanos 13:8-10
O aluno deverá:
Conhecer: Os diferentes tipos de leis mencionadas nas Escrituras.
Sentir: Valorizar a lei de Deus como expressão do Seu eterno amor e do Seu caráter.
Fazer: Responder a Deus com amor, guardando Sua lei.
Esboço
I. Conhecer: O caráter abrangente da lei
A. Como os vários sistemas de leis contribuem para nossa compreensão da lei moral de Deus, os Dez
Mandamentos?
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8. B. Qual é a relação entre a lei e uma cultura específica?
C. Como os Dez Mandamentos superam qualquer sistema de leis conhecido da humanidade?
II. Sentir: Amor pela lei de Deus
A. Como posso ter uma atitude positiva em relação à lei de Deus?
B. Como posso comunicar eficazmente aos meus filhos o apreço pela lei de Deus?
C. Motivação e sentimento são a mesma coisa? Por quê? Tenho que desejar guardar a lei de Deus, ou há
momentos em que obedecê-la vai contra meus sentimentos?
III. Fazer: Uma resposta de amor
A. Na prática, qual é a ligação entre o amor de Deus e Sua lei?
B. Como devo responder às leis civis do meu país?
C. Considerando que Deus valoriza minha motivação, como posso incorporar uma resposta de amor às
tarefas e obrigações cotidianas?
Resumo: Diversas leis governavam a sociedade no tempo de Cristo. Uma compreensão do contexto
histórico e cultural provê uma estrutura para a lei moral de Deus, os Dez Mandamentos.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Salmo 19:8
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os Dez Mandamentos não são apenas uma lista de
obrigações. Ao contrário, eles oferecem a estrutura moral para manter um relacionamento de aliança com
Deus, em resposta ao Seu amor.
Somente para o professor: Muitas pessoas, dentro e fora da igreja, têm associações relativamente negativas
para com a lei de Deus. Alguns acham irrelevante a letra da lei, especialmente o quarto e o décimo
mandamentos, considerados relíquias antigas. Outros temem a lei, acreditando que sua salvação depende
da estrita observância dos Dez Mandamentos. A lição desta semana considera várias leis em vigência no
tempo de Cristo, a fim de nos ajudar a estabelecer a base para uma abordagem mais positiva da lei de
Deus.
Precisamos de leis a fim de desfrutar uma elevada qualidade de vida. Embora algumas leis, como as que
defendem a segregação ou a escravidão, sejam moralmente erradas, as leis humanas geralmente oferecem
segurança, proteção e nos permitem levar uma vida produtiva. Todas as boas leis civis são baseadas em
conceitos morais e têm sua origem no Deus de amor, o Legislador que deseja o melhor para nós.
Atividade de abertura/Reflexão
Peça que a classe medite sobre os possíveis resultados de acabar com todas as leis de trânsito (ou, talvez,
com as leis de propriedade). Comente sobre os efeitos que isso traria sobre a qualidade de vida das
pessoas. Certifique-se de destacar a qualidade protetora da lei para a vida cotidiana.
Comente com a classe: Por que existem tantas leis civis a respeito do relacionamento entre as pessoas? Por
que as leis são necessárias nos relacionamentos?
Comentário Bíblico
Desde o tempo da Reforma, os conceitos teológicos fundamentais de lei e graça frequentemente foram
colocados em oposição. Para destacar a importante mensagem da justificação pela fé, os reformadores (e
seus herdeiros), muitas vezes pensavam na lei de modo negativo e enfatizavam a futilidade de tentar
alcançar a justiça pela obediência à lei e tentar obter pontos com Deus pelas obras. A lei e a graça eram
consideradas mundos separados que representam dois extremos de uma linha.
No entanto, um exame cuidadoso do quadro bíblico mais amplo em relação à lei e à graça nos lembra que
ambos os termos descrevem os dois lados da mesma moeda e não devem ser postos em oposição. Nas
últimas décadas, teólogos bíblicos reconheceram que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a lei é
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9. uma expressão da vontade e do caráter de Deus que requer cuidadoso (e alegre) estudo e aplicação
obediente. No comentário a seguir, focalizaremos três características principais da lei bíblica.
I. A lei bíblica é ampla (Recapitule com a classe o Sl 119.)
Antes de discutir essas características, seria bom lembrar que sempre é fácil definir e classificar a "lei" na
Bíblia. No entanto, os que são treinados na lógica e raciocínio ocidentais são propensos a tentar fazer
exatamente isso. Queremos saber sobre que tipo de lei estamos falando e encontramos rótulos, como moral,
civil ou cerimonial para descrever a lei em um contexto específico. Embora essas divisões possam ser úteis
em algumas circunstâncias, elas tendem a ser bastante artificiais. Por exemplo, há inúmeros termos
hebraicos que parecem ser intercambiáveis e que podem ser traduzidos como "lei", "estatuto",
"mandamento", "preceito", ou qualquer outra variação do tema.
O Salmo 119, um dos mais entusiásticos textos do Antigo Testamento com foco na lei, contém pelo menos
oito diferentes termos hebraicos que dignificam "lei" ou um de seus sinônimos. Esses termos são usados
alternadamente e em diferentes combinações ao longo das 22 estrofes desse magnífico poema. Gordon
Wenham, estudioso do Antigo Testamento, escreveu: "A 'lei' ou 'instrução' envolve toda a revelação de Deus
a Israel, seja ela encontrada no Pentateuco ou em outras partes da Bíblia" (Gordon J. Wenham, Psalms as
Torah: Reading Biblical Song Ethically [Salmos como Torah: Lendo Eticamente o Cântico Bíblico]; Grand
Rapids, Michigan, Baker
Academic, 2012, p. 97). Ela está tão intimamente ligada a Deus, o Legislador, que o salmista escreveu no
Salmo 119:10: "De todo o coração Te busquei; não me deixes fugir aos Teus mandamentos."
Pense nisto: Se o afastamento dos mandamentos de Deus significa desviar-se dEle, o que podemos fazer
para incentivar um enfoque positivo sobre a lei de Deus?
II. A lei de Deus é boa e é uma dádiva para Sua criação (Recapitule com a classe o Sl 19:8.)
Como a criação foi boa (ou muito boa; confira em Gênesis 1:4, 10, 12, 18, 21, 25 e 31), a lei de Deus
também se caracteriza pela bondade e perfeição. O Salmo 119:39 diz: "Tuas ordenanças são boas",
ecoando um conceito similar encontrado no Salmo 19:7: "A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o
testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices." No Antigo Testamento, bondade e perfeição
estão intimamente associadas com Deus. Legislador e lei refletem as mesmas características básicas.
Nesse contexto, não importa que tipo de lei é considerada. Uma vez que essa lei (como parte da expressão
eterna da vontade de Deus ou comunicada em um contexto histórico específico) emana de Deus, ela é boa
e é uma dádiva para Sua criação (Ne 9:13). Uma noção semelhante é expressa por Paulo em Romanos 7:12
(compare com 2 Coríntios 3:7-15).
Pense nisto: Como pode a Bíblia equiparar "boas dádivas" com a lei?
III. A lei de Deus define a comunidade da aliança (Recapitule com a classe Rm 9:31 e 10:4.)
A expressão da aliança divina estabelece um povo (ou, nos termos do Novo Testamento, um corpo de
crentes). Essas pessoas são caracterizadas pela obediência à lei de Deus. Mediante a aliança (com suas
bênçãos e potenciais maldições) elas foram adotadas na família de Deus. No entanto, ignorar as condições
da aliança resultou em punição divina, como a história de Israel ilustra amplamente. No Novo Testamento,
Paulo usou uma expressão única, "lei de justiça", em Romanos 9:31. Essa lei não alcança a justiça, mas
testemunha da justiça intrinsecamente ligada a Deus como Legislador e Salvador. Ela deixa um sabor nos
que a experimentaram – não amargo nem venenoso, mas doce e prometendo uma solução mais completa.
Pense nisto: Em face do exposto acima, como devemos entender a lei em Romanos 10:4? Em sua resposta,
considere o papel de um tutor romano que orienta seu aluno.
IV. Lei e vida (Recapitule com a classe Lv 18:5 e Jo 10:10.)
Ter uma vida fiel à lei divina (Torah) significa ter vida plena. Levítico 18:5 expressa esta noção: "Obedeçam
aos Meus decretos e ordenanças, pois o homem que os praticar viverá por eles. Eu sou o Senhor" (NVI).
Esse texto (e outros, como Ezequiel 18:5-9, Salmo 119:93 e Deuteronômio 30:15, 16) destaca a estreita
ligação entre a lei e a vida. Sim, para Israel a obediência significava vida na Terra Prometida, mas a
obediência está intimamente ligada ao próprio Senhor e deve ser conectada à declaração programática de
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10. Jesus em João 10:10: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." Obediência, bem como
um íntimo relacionamento com o Legislador, é essencial para uma vida autêntica. A obediência não paga
pela vida eterna, mas é a experiência dos que já estão provando essa vida abundante em um reino que está
aqui, porém, ainda está por vir.
Pense nisto: Por que os cristãos muitas vezes tentam ganhar a salvação por meio da observância da lei, em
lugar de deixar que a observância da lei seja o resultado de um relacionamento vibrante com Jesus Cristo,
Aquele que veio para nos dar "vida abundante"?
Perguntas para reflexão
1. Quando Deus originalmente deu as leis a Moisés, Ele idealizou um Estado no qual Ele seria o chefe do
governo. Em quais aspectos as leis de Deus e dos estados seculares são compatíveis?
2. Cinquenta anos atrás, alguns comportamentos, como a prática da homossexualidade, eram vistos pelas
sociedades em geral como errados. Agora, parece haver uma mudança em muitas sociedades nas quais tais
escolhas de estilo de vida não são mais vistas dessa forma. Onde a sociedade obtém a noção do que é
moral e amoral?
3. Por que dizemos que os Dez Mandamentos ainda são relevantes, enquanto outras leis dos primeiros
cinco livros da Bíblia, como a circuncisão no oitavo dia, não mais são consideradas relevantes? (Sugestão:
considere o quadro amplo do relacionamento entre Deus como Legislador e a lei como expressão de Seu
caráter.)
4. Apocalipse 12:17 coloca a obediência aos mandamentos de Deus no contexto do conflito final entre o bem
e o mal. A observância dos mandamentos realmente salva esse remanescente final, ou é apenas um sinal
externo de algo maior? Justifique sua resposta.
Perguntas de aplicação
1. Como devemos reagir às leis civis que consideramos inoportunas ou inúteis?
2. Os rabinos dos dias de Jesus tentaram assegurar que a lei de Deus continuasse relevante, adicionando
muitas regras. Como nós, adventistas do sétimo dia, podemos mostrar ao mundo a relevância da lei de Deus
sem fazer nossa própria lista de regras, por exemplo, sobre o que podemos e o que não podemos fazer no
sábado? Todas essas regras são ruins?
Aplicação
Somente para o professor: Um dos grandes desafios do cristianismo é reinterpretá-lo e torná-lo relevante
para o século 21. A maioria de nós vive em países em que podemos adorar livremente. Podemos não ser
entendidos, mas, pelo menos, não temos que temer a prisão ou a morte por causa da nossa fé.
Aplicações à vida diária
Uma religião que não exige muito não é muito valorizada. Pode ser por isso que o cristianismo esteja
definhando em muitas partes do mundo. A igreja simplesmente não está fazendo diferença. O que você mais
valoriza em sua fé cristã? Você pode imaginar o que significa ser perseguido por algum aspecto de sua fé?
Se assim for, pelo que você poderia ser perseguido? E que forma a perseguição pode tomar?
Criatividade e Atividades práticas
Quais seriam os efeitos sobre os relacionamentos humanos e sobre nosso relacionamento com Deus, se
apenas um dos Dez Mandamentos fosse eliminado? Imagine que um mandamento específico fosse, de fato,
revogado. Quais seriam as consequências de abolir esse mandamento específico? O que esse exercício nos
ensina sobre a necessidade da lei de Deus para preservar e proteger nossa felicidade e nossos
relacionamentos?
Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta
ao estudo da lição?
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