2. O Padrão da Lei Moral
Lição 2
11 de Janeiro de 2015
Texto Áureo Verdade Prática
“Então vos anunciou ele a sua aliança
que vos ordenou cumprir, os dez
mandamentos, e os escreveu em
duas tábuas de pedra.”
Deuteronômio 4:13
As chamadas “lei moral”, “lei
cerimonial” e “lei civil” são na
verdade, três partes de uma mesma
lei que o Senhor Jesus Cristo já
cumpriu na sua totalidade.
3. INTRODUÇÃO
Desde o princípio do mundo todos sabem que é imoral
matar, adulterar, furtar, dizer falso testemunho,
desonrar pai e mãe, pois Deus colocou a sua lei no
coração e na mente de todos os seres humanos desde
o início (Rm 1.19,20). Eram princípios éticos, e não um
código de lei. As dez proposições agora foram
colocadas em forma de lei, como código, e entregues a
Israel por intermédio de Moisés
4. INTRODUÇÃO PESSOAL
A Lei de Deus é um dos temas mais presentes nas
Escrituras e, possivelmente, um dos mais mal
compreendidos pelo Povo de Deus. Mesmo com o
extenso tratamento que Paulo dá ao assunto, nos
primeiros 8 capítulos da carta aos Romanos, muitos
crentes compreendem a Lei apenas como uma
expressão da atuação de Deus no Antigo Testamento,
com pouco significado para os nossos dias.
5. 1. Formato.
Era um jogo de duas tábuas com quatro faces.
Não é possível saber qual era seu tamanho.
2. A divisão das tábuas.
Em nenhum lugar a Bíblia diz quantos e quais
eram os mandamentos em cada uma dessas tábuas.
3. A rebelião.
Ao fim de quarenta dias, Moisés desce do
monte com as tábuas da lei (Dt 9.11). Nessa ocasião
Israel havia se corrompido com o bezerro de ouro*
(Êx 32.7-9).
6. “Os judeus, desde Fílon de Alexandria até a
atualidade, dividem os Dez Mandamentos em dois
grupos de cinco, um grupo para cada tábua.
Agostinho de Hipona supunha haver três
mandamentos na primeira tábua e sete na segunda.
Calvino e muitos da atualidade acreditam que na
primeira tábua estavam gravados os quatro
mandamentos relativos aos deveres do homem com
Deus e, na segunda, os seis mandamentos relativos ao
homem e seu próximo”.
7. 4. Deus renova o concerto.
A revelação do Sinai prosseguiu após ser
interrompida por causa da rebelião do bezerro de
ouro. Nessa ocasião, as tábuas do concerto foram
quebradas (Êx 32.15-19). Mas Deus perdoou o povo,
e o concerto foi renovado (Êx 34.10,27). Deus
mandou Moisés lavrar novas tábuas, nas quais
escreveu novamente as mesmas palavras (Êx 34.1;
Dt 10.1). Parece que isso foi resultado da
intercessão de Moisés pelo povo (Êx 32.31-33).
8. 1. Origem do termo.
A expressão "dez mandamentos", em hebraico asseret
hadevarim, significa literalmente "as dez palavras" e só
aparece três vezes na Bíblia (Êx 34.28; Dt 4.13; 10.4).
2. Classificação.
As autoridades religiosas de Israel sempre classificaram os
Dez Mandamentos em dois grupos: teológico e ético; vertical e
horizontal; relação do ser humano com Deus e com o próximo.
3. Forma.
As proibições são sem concessão; não admitem
exceção. Aqui temos oito proibições com a negação hebraica,
lo, "não", forma incondicional e dois mandamentos positivos.
9. 1. Uma só lei.
Há uma corrente de interpretação que ensina ser o
Decálogo a lei moral, enquanto a parte da legislação mosaica
que trata das cerimônias de sacrifícios e festas religiosas,
entre outras, é chamada de lei cerimonial.
2. A lei do Senhor e a lei de Moisés.
O que de fato existem são preceitos morais,
cerimoniais e civis, mas a lei é uma só. É chamada de lei do
Senhor porque veio de Deus, e de lei de Moisés porque foi
ele o mediador entre Deus e Israel (Ne 10.29).
3. A lei de Deus.
A lei de Deus é todo o Pentateuco; trata-se de um livro,
e não meramente das palavras escritas em tábuas de pedra.
10. 1. A transitoriedade da lei.
O Senhor Jesus cumpriu toda a lei, os preceitos morais,
cerimoniais e civis (Mt 5.17,18). No entanto, a verdade moral contida
no sistema mosaico foi restaurada sob a graça. Isso diz respeito a sua
função e não compromete a sua autoridade como revelação de Deus
e parte das Escrituras divinamente inspiradas (2 Tm 3.16,17).
2. A graça.
A lei diz “faça e viva”, no entanto, a graça diz “viva e faça”.
Por esta razão os cristãos estão debaixo da graça, e não da lei (Rm
6.14; Gl 3.23-25). A lei não tem domínio sobre nós (Rm 7.1-4).
3. Os mandamentos de Cristo.
Jesus falou diversas vezes sobre o novo mandamento, a lei
de Cristo, o amor operado pelo Espírito Santo na vida cristã (Jo
13.34; 14.15, 21; 15.10).
11. OS TRÊS ASPECTOS DA LEI DE DEUS.
Voltemos, portanto, à pergunta - o que é a Lei de
Deus? Deus proferiu e revelou diversas determinações
e deveres para o homem, em diferentes épocas na
história da humanidade. Sua vontade para o homem,
constitui a sua Lei e ela representa o que é de melhor
para os seus. Quando estudamos a Lei de Deus, mais
detalhadamente, devemos, entretanto, discernir os
diversos aspectos, apresentados na Bíblia, desta lei.
Como devemos classificá-la e entendê-la? Muitos mal-
entendidos e doutrinas erradas podem ser evitadas, se
compreendermos que a Palavra de Deus apresenta os
seguintes aspectos da lei:
12. 1. A Lei Civil ou Judicial - Representa a
legislação dada à sociedade ou ao estado de
Israel, por ex.: os crimes contra a propriedade
e suas respectivas punições.
2. A Lei Religiosa ou Cerimonial - Esta
representa a legislação levítica do Velho
Testamento, por ex.: os sacrifícios e todo
aquele simbolismo cerimonial.
3. A Lei Moral - Representa a vontade de Deus
para com o homem, no que diz respeito ao
seu comportamento e seus deveres
principais.
13.
14. 1. A Lei Civil: Tinha a finalidade de regular a
sociedade civil do estado teocrático de Israel. Era
temporal e necessária para a época à qual foi
concedida, mas foi específica para aquele estado
teocrático. Como tal, não é aplicável
normativamente em nossa sociedade. Um exemplo
de erro de compreensão é encontrado nos
Sabatistas (Adventistas do Sétimo Dia). Eles erram
em querer aplicar parte dela, ao nosso dia-a-dia,
mas terminam em incoerência, pois nunca vão
conseguir aplicá-la, nem fazê-la requerida, em sua
totalidade.
15. 2. A Lei Religiosa: Tinha a finalidade de
impressionar aos homens a santidade de Deus e
concentrar suas atenções no Messias prometido,
Cristo, fora do qual não há esperança. Como tal,
foi cumprida com Sua vinda e não se aplica aos
nossos dias. Mais uma vez, como exemplo de
falta de compreensão desse aspecto da lei,
temos os Adventistas, que erram em querer
aplicar parte dela nos dias de hoje (como por
exemplo as determinações dietéticas) e em
misturá-la com a Lei Civil.
16. 3. A Lei Moral: Tem a finalidade de deixar
bem claro ao homem os seus deveres,
revelando suas carências e auxiliando-o a
discernir o bem do mal. Como tal, é aplicável
em todas as épocas e ocasiões e assim foi
apresentada por Jesus, que nunca a aboliu.
Neste caso, os Adventistas acertam em
considerá-la válida, porem erram em
confundi-la e em misturá-la com as duas
outras, prescrevendo uma aplicação confusa
e desconexa.
18. Os Dez Mandamentos estabelecem obrigações
e limites para o Homem. O seu estudo aprofundado
mostra a sabedoria infinita de Deus, bem assim
como a harmonia reinante em Sua Palavra. Revela
também nossa insignificância perante Ele, nossa
dependência e necessidade de redenção, em virtude
do nosso pecado. O Homem pecou em Adão e
desde então é incapaz de cumprir a Lei de Deus. Os
Dez Mandamentos, reforçam nossas obrigações para
com o nosso Criador, e para com os nossos
semelhantes, em todos os sentidos.
19. Um incidente bíblico reafirma a validade da Lei Moral de
Deus em todos os tempos, tanto na antiga como na nova
aliança, e reforça o relacionamento da lei com o amor.
Referimo-nos ao trecho encontrado em Mt 22.34-40.
Os Fariseus não estavam inquirindo em sinceridade, mas
queriam, como sempre, confundir a Jesus.
Jesus, entretanto, não cita nenhum mandamento
específico do decálogo, mas faz referência,
conjuntamente, a dois trechos conhecidos das Escrituras
(Dt 6.5 e Lv 19.18), fornecendo um resumo dos dez
mandamentos.
20. Mandamentos 1 a 4
Nossas obrigações para com o nosso criador - Deus
Mandamentos 5 a 10
Nossas obrigações para com os nossos semelhantes
Jesus apresenta exatamente esse entendimento da Lei,
em Mt 22.37-40:
Mandamentos 1 a 4
V. 37 - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.
Mandamentos 5 a 10
V. 39 - Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
21. Jesus Cristo, portanto, não descarta a lei. Ele foi
o exemplo de cumprimento dela e aqui ele a
resume, utilizando declarações do próprio Antigo
Testamento. O seu ensino expande o entendimento
anterior que se possuía da lei. Deus está interessado
não apenas no cumprimento externo da lei -
naquele evidenciado aos circunstantes, mas naquele
cumprimento que procede de uma profunda
convicção interna: do amor tanto por Deus como
pelo próximo. Esse é o cumprimento que surge de
uma vida transformada, tocada e operada pelo
Espírito Santo de Deus.
22. A tendência humana é se esforçar
para merecer a salvação, por isso
ainda há aqueles que se ofendem com
a mensagem de que a salvação é pela
fé em Jesus, sem as obras da lei (Gl
2.16). O que tais pessoas querem é
fazer do cristianismo um remendo de
pano novo em veste.
23. “Não somos salvos pela prática de
obras...” >>> “Não vem das obras, para
que ninguém se glorie”
“...Mas somos salvos para as boas
obras” >>> “Pois somos feituras sua,
criados em Deus para as boas obras”.
Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os
homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,
aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; Tito 2:11-13