O documento discute o processo de independência nas Américas, com foco na América Espanhola. Apresenta os principais grupos sociais envolvidos, como chapetones e criollos, e suas perspectivas sobre a independência. Também destaca protagonistas femininas no movimento de independência da América Latina.
2. Libertadores da América Colonial
EF08HI11 Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de
diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no
Brasil, na América espanhola e no Haiti.
4. Objetivo
Refletir acerca do protagonismo dos diferentes grupos sociais e
étnicos, identificando suas atuações e influências nas lutas pela
independência no Brasil e na América Latina.
6. Resposta
• São colônias de exploração;
• Ambas metrópoles sofrem a invasão napoleônica
na Europa.
Portugal: fuga da Família Real;
Espanha: o rei Henrique VII é preso.
7. Revolução Mexicana
A Guerra da Independência do México foi um
conflito entre os colonos mexicanos (chamados de
patriotas) e as autoridades representantes da
Coroa Espanhola (chamados de realistas).
O conflito estendeu-se por dez anos, resultando
na emancipação da Nova Espanha e na formação
do Primeiro Império Mexicano.
Guerra de Independência do México. Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Independ%C3%AAncia_do_M%C3%A9xico.
8. Revolução Haitiana
Também conhecida por Revolta de São Domingos (1791-1804), foi um período de
conflito brutal iniciado por uma rebelião de escravos.
Levou à eliminação da escravidão e à independência do Haiti, tornando esse país a
primeira república governada por pessoas de ascendência africana.
A Revolução Haitiana é considerada como um momento decisivo na história dos
africanos no Novo Mundo.
Revolução Haitiana. Wikipedia.
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rev
olu%C3%A7%C3%A3o_Haitiana.
9. Jean-Jacques Dessalines
Foi um líder na Revolução Haitiana, proclamou a
independência do país, em 1º de janeiro de 1804, sendo
seu primeiro governante.
Em 1805, seguindo os passos de Napoleão Bonaparte,
proclamou-se Imperador com o nome de Jacques I.
Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-Jacques-Dessalines.jpg.
John Carter Brown Library/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Toussaint_L%27Ouverture.jpg.
Toussaint Louverture
Sob a liderança militar de Toussaint, as forças compostas
por ex-escravos conseguiram ganhar concessões dos
britânicos e expulsar as forças espanholas.
Jean Jacques Dessalines. Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Jacques_Dessalines.
Revolução Haitiana. Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Haitiana
10. TRECHO DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO:
“Por consequência, a ASSEMBLEIA NACIONAL reconhece e declara, na presença e sob os
auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos do Homem e do Cidadão:
Artigo 1º- Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. [...]
Artigo 2º- O fim de toda a associação política é a conservação dos direitos naturais e
imprescritíveis do homem. Esses Direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a
resistência à opressão.
[...]
Artigo 4º- A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique outrem: assim, o
exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão os que asseguram aos
outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos.
Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direitos-humanos/declar_di r_homem_cidadao.pdf Acesso:
25 de abril de 2023.
11. TRECHO DA CARTA ENVIADA POR TOUSSAINT L’OVERTURE AO DIRETÓRIO FRANCÊS:
“A França não revogará os seus princípios, não nos tirará o maior de seus benefícios. Ela nos
protegerá de todos os nossos inimigos; ela não permitirá que sua sublime moralidade seja
pervertida; que aqueles princípios que mais a honram sejam destruídos; suas mais belas
conquistas degradadas; e que seu Decreto de 16 Pluvioso, que tanto honra a humanidade seja
revogado. Mas, se para restabelecer a escravidão em São Domingos, isso fosse feito, então eu
declaro que seria uma tentativa de se fazer o impossível: nós soubemos enfrentar os perigos
para alcançar a nossa liberdade e saberemos como desafiar a morte para mantê-la.”
Fonte: C.L.R. James. Os jacobinos negros: Toussaint L’Ouverture e a
Revolução de São Domingos, São Paulo: Boitempo, 2007.
14. Processo de Independência da América
Espanhola – Grupos Sociais
Chapetones
Brancos nascidos na Espanha, eram os mais favorecidos pela
administração colonial. Ocupavam os postos mais altos e eram fiéis à
Coroa, muitos deles lutando contra as tentativas de independência.
Criollos
Brancos nascidos na América, descendentes de espanhóis Cuidavam
da produção mercantil e eram os proprietários de grandes terras.
Os povos indígenas
Submetidos à mita e à encomienda ("troca" de instrução cristã), eram
subordinados ao colonizador, pagando-lhe tributos e realizando
serviços.
Guerras de Independência na América Espanhola. Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_de_independ%C3%AAncia_na_Am%C3%A9rica_espanhola.
15. Wilfredor/National Arte Gallery. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Portrait_of_Si
m%C3%B3n_Bol%C3%ADvar_by_Arturo_Michelena.jpg.
Simón Bolívar
Nasceu na Venezuela, e seus antepassados
chegaram ao país em 1548.
Apesar de ter vivido boa parte de sua vida na
Espanha e na França, era considerado criollo
e, portanto, sem os privilégios dos
chapetones.
Demonstrou-se muito descontente com as
condições impostas ao seu grupo.
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, História, 8º Ano,
vol. 2, p. 101.
16. Fonte 1
Carta da Jamaica
(...) Os americanos no sistema espanhol – que está em vigor, talvez com mais
força do que nunca –não ocupam outro lugar na sociedade do que o de
empregados próprios para o trabalho, e quando muito, o de simples
consumidores; e ainda assim coagidos a restrições ofensivas; tais são as
proibições de cultivo dos frutos da Europa, o estanco das produções que o Rei
monopoliza; o impedimento das fábricas que a própria Península não possui;
os privilégios exclusivos do comércio, até dos objetos de primeira
necessidade; os entraves entre províncias e províncias americanas, para que
não se relacionem, entendam-se nem negociem; enfim, você quer saber qual
era o nosso destino? Os campos para cultivar o anil (...), o café, a cana, o cacau
e o algodão; os prados solitários para criar gado; os desertos para caçar
animais ferozes; as entranhas da terra para escavar o ouro que não pode
saciar essa nação abrangente. (...)
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, História, 8º Ano, vol. 2, p. 99.
Kingston, 6 de setembro de 1815. Simón Bolívar. Tradução: prof.ª Pamella de Paula da Silva Santos.
Disponível em<https://albaciudad.org/wp-content/uploads/2015/09/08072015-Carta-de-Jamaica-WEB.pdf>.
Acesso em 5 de fevereiro de 2020.
17. Na fonte que acabamos de analisar
Símon Bolívar queixa-se do forte domínio da coroa
espanhola sobre a América e gostaria que houvesse
mais liberdade comercial.
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, História, 8º Ano, vol. 2, p. 100.
18. Fonte 2
Barranquilla, 9 de novembro de 1830.
A S. Ex.ª General Juan José Flores. Meu caro General: V. Ex.ª sabe que
governei durante vinte anos e deles [do povo] obtive poucos resultados.
1º) A América é ingovernável para nós. 2º) Aquele que serve a uma
revolução ara no mar. 3º) A única coisa que se pode fazer na América é
emigrar. 4º) Este país cairá infalivelmente nas mãos da multidão
desenfreada, para depois passar a tiranos quase imperceptíveis, de
todas as cores e raças. 5º) Devorados por todos os crimes e extintos pela
ferocidade, os europeus não se dignarão a nos conquistar. 6º) Se fosse
possível para uma parte do mundo retornar ao caos primitivo, este seria
o último período da América.
Simón Bolívar
Tradução: prof. Palema. Disponível em: <http://www.minci.gob.ve/efemerides-bolnivar-escribe-al-general-
juan-jose-flores-una-carta-por-la-muerte-de-sucre/>. Acesso 5 de fevereiro de 2020.
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, História, 8º Ano, vol. 2, p. 100.
19. Fonte 2 – Interação no chat
Quais os interesses e os temores dos chapetones e das elites
criollas em relação à independência da América Espanhola?
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, História, 8º Ano, vol. 2, p. 101.
20. Resposta
As elites criollas e os chapetones temiam que o movimento de
independência assumisse as feições revolucionárias, como ocorreu no
México e no Haiti. Almejavam ser independentes da coroa
espanhola, no entanto, sem perder seus privilégios sobre a população
da colônia.
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, História, 8º Ano, vol. 2, p. 100.
21. Professora Lucélia
EEEI Pedro Yoshichika Irie
Protagonistas Femininas da Independência da América Latina
https://www.youtube.com/watch?v=r_XvSkaQY80
5min. e 9 seg.
22. María Remédios del Valle
Ministério de Cultura de la Nación Argentina/Flickr.
Protagonistas Libertadoras das Américas
23. Manuela Gandarillas
Marcesped/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Heroinas_de_la_Coronilla.jpg.
Policarpa Salabarrieta
Museo Nacional de Colombia/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Policarpa_Salabarrieta.jpg.
24. Manuela Sáenz
Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Manuela_S
%C3%A1ens_Thorne.jpg.
Josefa Ortíz de Domínguez
Museo Nacional de Historia/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Josefa_Ortiz,_%C3%B3le
o_sobre_tela.jpg.
25. Maria Quitéria de
Jesus Medeiros
Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Maria_Quit
%C3%A9ria_de_Jesus_Medeiros.jpg.
Imperatriz rainha
D. Leopoldina
Schönbrunn Palace/Wikimedia Commons. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:29-
_Imperatriz_rainha_D._Leopoldina.jpg.
26. Resumo da Aula
• Processo de Independência nas Américas;
• Processo de Independência na América Espanhola;
• Grupos Sociais: Chapetones e Criollos;
• Protagonistas Femininas.
27. Avaliação da aula
A Independência da América Espanhola foi um processo com
protagonismo das elites locais ou uma Revolução Social que
atendeu aos anseios dos escravos e dos trabalhadores?