A sigla LER significa lesão por esforço repetitivo, sendo também denominada como distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho - DORT.
São doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema musculoesquelético que atingem várias categorias profissionais.
2. O que é LER/DORT???
A sigla LER significa lesão por esforço repetitivo,
sendo também denominada como distúrbio
osteomuscular relacionado ao trabalho - DORT.
São doenças caracterizadas pelo desgaste de
estruturas do sistema musculoesquelético que atingem
várias categorias profissionais.
3. LER/DORT
LER é de uma "síndrome clínica", caracterizada
por dor crônica, acompanhada ou não por alterações
específicas como inflamação, e que se manifesta devido à
repetição do mesmo movimento em uma frequência
elevada ou fora do eixo normal. Em 1998 o INSS introduziu
o termo DORT – (Doenças Osteomusculares Relacionadas
ao Trabalho) equiparando-a LER.
4. FIQUE ATENTO!!!
Vale mencionar que as doenças relacionadas ao
trabalho têm implicações legais que atingem a vida do
cidadão. O seu reconhecimento é regido por normas e
legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos
dos trabalhadores.
5. LER/DORT
Historinha de hoje...
Está síndrome é relatada desde 1700
quando Ramazzini - o pai da medicina do trabalho - a descreve
como "doença dos escribas e notórios". Mais tarde aparece
como "doença das tecelãs" (1920) ou "doença das lavadeiras"
(1965). O problema se amplia a partir de 1980, quando a
doença - que atinge várias profissões que envolvem
movimentos repetitivos ou grande imobilização postural -
torna-se um fenômeno mundial, devido à grande evolução do
trabalho humano e o aumento do ritmo na vida diária.
6. FIQUE ATENTO!!!
...Toda DORT é uma LER, mas nem toda LER é uma DORT!!
A DORT só é caracterizada quando o fator gerador
da doença LER tenha sido o trabalho, para tanto é
imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para
comprovar a existência da tríade – LESÃO - NEXO -
INCAPACIDADE.
O diagnóstico de DORT só deverá ser firmado
quando houver comprovação que o trabalho executado, regido
pela CLT, for o causador da lesão.
7. Causas da LER/DORT
A repetição de atividades, a postura incorreta e o
excesso de força podem obstruir a circulação sanguínea,
impossibilitando a irrigação de estruturas importantes, bem
como comprometer a flexibilidade tecidual.
8. Causas da LER/DORT
Assim, o ambiente de trabalho
inadequado é o maior causador de lesões.
Mobiliário não adaptado, má divisão das
tarefas, cobrança por produtividade,
pressão no ambiente de trabalho e
sobrecarga física são alguns dos fatores
que levam o profissional a desenvolver
alguma das doenças das LER’s/DORT’s
9. Causas da LER/DORT
Geralmente são causadas por
movimentos reincidentes e contínuos
com consequente sobrecarga dos nervos,
músculos e tendões. O esforço
excessivo, má postura e stress, também
contribuem para o aparecimento da
LER/DORT.
10. Sintomas da LER/DORT
Dor nos membros superiores e
nos dedos, dificuldade para movimentá-
los, formigamento, fadiga muscular,
alteração da temperatura e da
sensibilidade, redução na amplitude do
movimento, Sensação de peso, mal estar
inflamação em tendões, ligamentos e
bursas sinoviais.
13. Gravidade da LER/DORT
De acordo com a
gravidade dos sintomas, poderá
ser atribuída à LER/DORT o grau
em que se encontra:
1º GRAU
2º GRAU
3º GRAU
4º GRAU
14. Gravidade da LER/DORT
Grau 1: Surge uma sensação de desconforto no membro
afetado. Alguma dor não muito forte poderá surgir eventualmente
durante a execução de trabalhos, embora não represente
impedimento para continuação das atividades.
Grau 2: Aqui a dor será mais frequente e intensa, mas ainda
será tolerável, permitindo a realização das tarefas, embora
atrapalhe o desempenho quando um maior esforço for exigido.
Poderão ocorrer também formigamentos e leve perda de
sensibilidade, além de serem perceptíveis nódulos no local atingido.
15. Gravidade da LER/DORT
Grau 3: Neste estágio a dor será mais forte e
persistente, sendo perceptível o local de onde se origina e
não cessará completamente com o repouso. A força do
músculo será reduzida e a produtividade, inevitavelmente,
cairá. Haverá inchaço e sensibilidade será irregular. O
simples ato de apalpar o local causará dor e o trabalho
geralmente será contra-indicado, pois poderá agravar a
situação.
16. Gravidade da LER/DORT
Grau 4: Caracterizado por dor forte, persistente e não
raras vezes insuportável, principalmente ao movimentar o
membro, embora exista dor até quando a pessoa estiver imóvel.
A perda de força e coordenação dos movimentos do músculo
também é perceptível. Há inchaço e podem ocorrer atrofias. A
invalidez para o trabalho é inevitável neste estágio e até
mesmo as atividades do cotidiano serão prejudicadas. Não
raramente haverá quadro de ansiedade e depressão, sendo que
a reabilitação é muito difícil.
17. Tipos de LER/DORT
Tendinite: Inflamação aguda ou crônica
dos tendões. Se manifestam com mais
frequência nos músculos flexores dos
dedos, e geralmente são provocados por
dois fatores; movimentação frequente, e
período de repouso insuficiente.
Tenossinovite: Inflamação aguda ou
crônica das bainhas dos tendões. Assim
como a tendinite os dois principais
fatores causadores da lesão são;
movimentação frequente, e período de
repouso insuficiente.
18. Tipos de LER/DORT
Bursite: É a inflamação da bolsa sinovial,
uma estrutura cheia de líquido que se
localiza entre um tendão e a pele ou
entre um tendão e o osso, com função de
amortecimento, e auxílio no deslizamento
dos tecidos e sua nutrição.
Síndrome de Quervain: Constrição
dolorosa da bainha comum dos tendões do
longo abdutor do polegar e do extensor
curto do polegar. Estes dois tendões têm
uma característica anatômica
interessante: correm dentro da mesma
bainha; quando friccionados, costumam se
inflamar.
19. Tipos de LER/DORT
Síndrome do Túnel do Carpo: Compressão
do nervo mediano no túnel do carpo. As
causas mais comuns deste tipo de lesão
são a exigência de flexão do punho, a
extensão do punho e a tenossinovite a
nível do tendão dos flexores.
Epicondilite Lateral: Apesar de ser
conhecido também como "cotovelo do
tenista", não é um problema limitado a
quem pratica esse esporte. Trata-se de
uma inflamação dos tendões do cotovelo
muito comum a quem realiza movimentos
repetitivos com o punho e os dedos.
20. Tipos de LER/DORT
Síndrome do Desfiladeiro Torácico:
Acontece quando os nervos ou
os vasos sanguíneos que estão entre
a clavícula e a primeira costela
ficam comprimidos, provocando
dores no ombro ou formigamento
nos braços e mãos, por exemplo.
21. Diagnóstico LER/DORT
O diagnóstico é basicamente clínico. O mais
importante é determinar a causa dos sintomas para eleger o
tratamento adequado. Para tanto, muitas vezes, é preciso
recorrer a uma avaliação multidisciplinar.
Pontos para uma avaliação de Doença Ocupacional:
a) história clínica detalhada;
b) investigação dos diversos aparelhos;
c) comportamentos e hábitos relevantes;
d) antecedentes pessoais;
e) antecedentes familiares;
f) história ocupacional;
g) exame físico detalhado;
h) exames complementares, se necessário.
22. Tratamento de LER/DORT
O tratamento depende do estágio da lesão. Porém, esse deve
sempre ser abordado interdisciplinarmente, com acompanhamento
médico, tratamento fisioterapêutico, terapia ocupacional, psicológico
(quando necessário) e outros profissionais conforme a necessidade de
cada caso.
23. Tratamento de LER/DORT
As medicações mais
comumente prescritas são os anti-
inflamatórios, mas o tratamento
fisioterapêutico já auxilia na
diminuição do processo inflamatório,
com consequente redução da dor.
Fora a reabilitação,
atividades aeróbicas como caminhada
e bicicleta, proporcionam melhora do
condicionamento físico e bem estar
geral, reduzindo a sensibilidade a dor.
25. Prevenção LER/DORT
A melhor maneira de prevenir as doenças das
LER/DORT é cuidar da ergonomia no ambiente de trabalho,
através da organização dos materiais utilizados (máquinas,
objetos e móveis) e da maneira de execução das atividades.
A organização e ritmo de trabalho também devem ser
adequados para que o trabalhador não fique sobrecarregado.
Deve-se evitar o excesso de carga horária, e quando isso
ocorrer, procurar compensar o esforço de outras formas.
27. Ginástica Laboral- LER/DORT
“Primeiro vestígio desta idéia vem da Polônia, datado de
1925 com o nome "Ginástica de Pausa". Anos depois, surgiu na Holanda
e na Rússia. Na década de 60, atingiu outros países da Europa e
principalmente o Japão, onde ocorreu a consolidação e a
obrigatoriedade da GLC - Ginástica Laboral Compensatória. No Brasil, a
semente brotou em 1973, na escola de educação Feevale com um
projeto de Educação Física Compensatória e Recreação no qual a escola
estabelecia uma proposta de exercícios baseados em análises
biomecânicas” (MARCHESINI, 2001).
28. Ginástica Laboral- LER/DORT
A Ginástica Laboral promove adaptações fisiológicas,
físicas e psíquicas, sua prática é exercida no ambiente de
trabalho através de exercícios dirigidos e adequados para cada
setor ou departamento da empresa.
No momento em que a musculatura está sendo
exercitada, há um aumento da temperatura corporal, tecidual e
da circulação sanguínea provocados por adaptações fisiológicas.
As adaptações físicas proporcionam melhoria na flexibilidade,
mobilidade e postura do trabalhador.
29. Ginástica Laboral- LER/DORT
Tendo como consequências: preparação bio/psico/social
dos participantes, contribui direta ou indiretamente para a melhoria
do relacionamento interpessoal, sem falar na redução dos acidentes
de trabalho, e na redução de lesões por esforços repetitivos e
consequentemente proporcionando aumento da produtividade com
qualidade.
30. Ginástica Laboral- LER/DORT
Existem três tipos de ginástica utilizada pelas empresas:
Ginástica Preparatória: praticada antes do expediente de trabalho,
tem como objetivo proporcionar aquecimento para o trabalhador.
Ginástica de compensatória: praticado no meio do expediente de
trabalho, tem como objetivo aliviar as tensões e fortalecer os
músculos do trabalhador.
Ginástica de Relaxamento: praticada após o expediente do trabalho,
tem como objetivo proporcionar relaxamento muscular e mental aos
trabalhadores.
31. Recomendações- LER/DORT
Realize pequenas pausas rápidas em qualquer atividade
que se exerça repetitividade excessiva ou em postura
inadequada por tempo prolongado;
Intervalos breves e frequentes são mais eficazes para a
recuperação do que um período de descanso igual,
tomado de uma só vez;
Durante essas pausas faça alguns alongamentos para as
áreas de seu corpo que estiverem executando a tarefa;
Pratique esporte regularmente. Uma simples caminhada
de 30 minutos ajuda a diminuir o stress.
32. Recomendações- LER/DORT
Cuide para sempre permanecer com uma boa postura, incluindo a
adequação do seu posto de trabalho de acordo com as
características físicas e com sua atividade;
Não realizar força nem pressão exageradas, repetitivas ou
frequentes em sua atividade;
Evite sempre movimento de flexão estrema;
As LER’s/DORT’s são curáveis, principalmente nos primeiros
estágios. Portanto, procure ajuda.
33. A Pesquisa Nacional de Saúde 2013,
realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), aponta que 2,4%
dos entrevistados referiram diagnóstico
médico de LER/DORT Considerando o
universo de 146,3 milhões de pessoas com
mais de 18 anos representado pela
pesquisa, estima-se que cerca de 3,5
milhões de pessoas têm ou já tiveram essa
doença diagnosticada.