SlideShare uma empresa Scribd logo
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS
ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO
CURSO DE FORMAÇÃO
DE AQUAVIÁRIOS
MÓDULO ESPECIAL
CFAQ - E
Manual do Instrutor
1ª edição
Rio de Janeiro
2003
© 2003 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
________ exemplares
Diretoria de Portos e Costas
Rua Teófilo Otoni, nº 4 - Centro
Rio de Janeiro, RJ
20090-000
http://www.mar.mil.br/~dpc/dpc.htm
secom@dpc.mar.mil.br
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1825, de 20 de dezembro de 1907
IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL
3
Sumário
Apresentação ......................................................................................................7
Curso de Formação de Aquaviários - Módulo Especial - Objetivo ................8
Características de Aplicação .............................................................................9
A Importância da Comunicação no Processo de Ensino-aprendizagem ......10
Conhecimentos Didático-Pedagógicos Básicos .............................................12
Planejamento de Ensino ....................................................................................13
Plano de aula....................................................................................................13
Objetivos .............................................................................................................15
Tipos de Objetivos ............................................................................................15
Classificação de Objetivos................................................................................15
Método de Ensino...............................................................................................17
Tipos de Métodos .............................................................................................17
Exposição Oral (Aula Expositiva) .................................................................17
Divisão de Pequenos Grupos .......................................................................18
Técnicas de Perguntas.................................................................................18
Dinâmicas de Grupo .....................................................................................19
Cochicho ......................................................................................................20
Tempestade Cerebral ...................................................................................20
Recursos Instrucionais ......................................................................................21
Classificação.....................................................................................................21
Normas para a utilização dos recursos .............................................................22
Procedimentos na utilização de alguns recursos ..............................................22
Quadro de giz ...............................................................................................22
Flanelógrafo..................................................................................................23
Transparência...............................................................................................23
Filmes ...........................................................................................................24
Computador..................................................................................................25
Avaliação da Aprendizagem...............................................................................26
Funções da Avaliação ......................................................................................26
Prova Escrita Dissertativa ou Discursiva ..........................................................26
Prova Objetiva ..................................................................................................28
Lacuna ou Complemento..............................................................................28
Associação ou Acasalamento.......................................................................29
Certo ou Errado ............................................................................................29
Ordenação ou Seriação................................................................................30
Escolha Múltipla (Múltipla Escolha) ..............................................................31
Anexos .................................................................................................................32
4
MARINHARIA
1 Estrutura das embarcações .............................................................................35
1.1 Embarcação........................................................................................................35
1.2 Classificação.......................................................................................................35
1.3 Identificação de corpos e partes .........................................................................36
1.4 Nomenclatura da embarcação ............................................................................36
1.5 Componentes estruturais ....................................................................................36
1.6 Sistemas de propulsão e governo.......................................................................36
1.7 Acessórios de convés .........................................................................................37
1.8 Aberturas ............................................................................................................37
1.9 Mastreação e aparelhos de carga.......................................................................37
1.10 Manobras ............................................................................................................37
1.11 Aparelhos de suspender e fundear .....................................................................37
1.12 Aparelhos de laborar...........................................................................................38
2 Cabos, nós, voltas e trabalhos do marinheiro ...............................................38
2.1 Tipos de cabos....................................................................................................38
2.2 Cuidados no manuseio dos cabos ......................................................................38
2.3 Nós e voltas ........................................................................................................39
2.3.1 Nós .....................................................................................................................39
2.3.2 Voltas ..................................................................................................................39
2.4 Trabalhos marinheiros ........................................................................................39
PRIMEIROS SOCORROS
1 Primeiros socorros ...........................................................................................40
1.1 Introdução ...........................................................................................................40
1.2 O que são primeiros socorros .............................................................................40
1.3 Primeiras atitudes ...............................................................................................40
1.4 Sinais vitais de um acidentado ...........................................................................41
1.5 O transporte seguro de um acidentado...............................................................41
1.6 Enjôo...................................................................................................................41
2 Procedimentos em emergência .......................................................................42
2.1 Afogamento e choque elétrico ............................................................................42
2.1.1 Procedimentos em caso de afogamento .............................................................42
2.1.2 Procedimentos em caso de choque elétrico .......................................................42
2.2 Fraturas ..............................................................................................................43
2.2.1 Tipos de fraturas .................................................................................................43
2.2.2 Técnica de imobilização em caso de fratura .......................................................43
2.3 O processo de hemostasia .................................................................................43
2.3.1 Sangramentos externos ......................................................................................43
2.3.2 Sangramentos internos .......................................................................................43
2.3.3 Sangramentos nasais .........................................................................................44
2.3.4 Torniquetes .........................................................................................................44
2.4 Queimaduras ......................................................................................................44
5
SOBREVIVÊNCIA DO NÁUFRAGO
1 Material de salvatagem......................................................................................45
1.1 Introdução .............................................................................................................45
1.2 Os recursos para salvatagem nas embarcações ..................................................45
1.3 Colete salva-vidas.................................................................................................45
1.4 Bóia salva-vidas....................................................................................................46
1.5 Embarcação de sobrevivência ..............................................................................46
1.6 Procedimentos do náufrago antes do resgate ......................................................46
2 Procedimentos de Sobrevivência .....................................................................47
2.1 Procedimentos de abandono da embarcação .......................................................47
2.2 Vestimenta para o abandono da embarcação .......................................................47
2.3 Distância da embarcação sinistrada .....................................................................48
2.4 Destroços como recurso para flutuação................................................................48
2.5 Ingestão de água salgada .....................................................................................48
REGRAS DE MANOBRA, LUZES E SINAIS SONOROS
1 Regras de manobra e suas descrições.............................................................49
1.1 Introdução .............................................................................................................49
1.2 Estrutura do Regulamento Para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM) .............49
1.3 Regras de manobra no mar ..................................................................................49
1.4 Regras de navegação e manobra em rios e canais ..............................................49
1.5 Prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação ..............................50
2 Luzes e sinais sonoros ......................................................................................50
2.1 Identificação de luzes e marcas ............................................................................50
2.2 Sinais sonoros ......................................................................................................50
2.3 Sinais sonoros emitidos em baixa visibilidade ......................................................50
NOÇÕES BÁSICAS DE NAVEGAÇÃO
1 Navegação ...........................................................................................................51
1.1 Fundamentos básicos da navegação....................................................................51
1.2 Carta náutica.........................................................................................................51
1.3 Rumo, proa e marcação........................................................................................51
1.4 Balizamento ..........................................................................................................51
1.4.1Apresentação dos sinais .......................................................................................52
1.5 Regras de navegação em rios e canais ................................................................52
1.6 A importância da conservação da sinalização náutica ..........................................52
NOÇÕES BÁSICAS DE ESTABILIDADE
1 Estabilidade.........................................................................................................53
1.1 Esforços estruturais longitudinais .........................................................................53
1.2 Características lineares da embarcação ...............................................................53
1.3 Distribuição longitudinal e transversal de pesos ...................................................54
1.4 Peação da carga ...................................................................................................54
6
COMBATE A INCÊNDIO
1 Combate a incêndio............................................................................................55
1.1 Componentes do triângulo do fogo .......................................................................55
1.2 Classificação dos incêndios ..................................................................................55
1.3 Agentes extintores ................................................................................................55
1.4 Medidas preventivas contra incêndios a bordo .....................................................56
2 Procedimentos de combate a incêndio ............................................................56
2.1 Extintores portáteis ...............................................................................................56
2.2 Processos de extinção de incêndio.......................................................................56
2.3 Material de combate a incêndio ............................................................................56
2.4 Equipamentos de proteção individual ...................................................................56
2.5 Procedimento em caso de incêndio ......................................................................56
OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL
1 Partes componentes do motor diesel ...............................................................57
1.1 Introdução .............................................................................................................57
1.2 Origem ..................................................................................................................57
1.3 Principais componentes ........................................................................................57
1.4 Princípio básico de funcionamento .......................................................................58
2 Operações com motores diesel.........................................................................58
2.1 Providências para colocar o motor em funcionamento .........................................58
2.2 Identificação dos componentes do sistema de partida..........................................58
2.3 Procedimentos na parada ou repouso do motor ...................................................59
2.4 Instrumentos do painel de controle e suas finalidades..........................................59
3 A manutenção de motores diesel......................................................................59
3.1 A segurança no compartimento do motor .............................................................59
3.2 A carta ou tabela de lubrificação ...........................................................................60
3.3 Sintomas de mau funcionamento do motor...........................................................60
3.4 A manutenção preventiva nos sistemas do motor ................................................60
PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE
1 Conceito de meio ambiente ...............................................................................61
1.1 Cadeia Alimentar...................................................................................................61
2 Poluição ...............................................................................................................61
2.1 Degradação dos rios brasileiros............................................................................61
2.2 Substância nocivas ...............................................................................................62
2.3 Poluição e outros Crimes Ambientais ...................................................................62
3 Principais agentes poluidores...........................................................................62
3.1 Lixo .......................................................................................................................62
3.2 Óleo ......................................................................................................................62
3.3 Esgoto...................................................................................................................62
4 Há escassez de peixes? .....................................................................................62
Bibliografia ..................................................................................................................63
7
INSTINST
APRESENTAÇÃO
Caro Instrutor,
Este manual tem como propósito orientá-lo na condução do curso, e contém os
objetivos e procedimentos de como o conteúdo deve ser abordado, inclusive com lembretes
de pontos importantes a serem enfocados.
Um fator importante a ser considerado é saber que uma série de condições é exigida
para que ocorra a aprendizagem no adulto, pois o mesmo busca sempre respostas para
as questões: Qual o significado do curso para mim? O que ele me proporcionará?
É necessário ficar compreendido como determinante inicial o objetivo e o caminho
a ser percorrido. A referência deve ser de onde se parte para onde se quer chegar, para
ascender a um nível superior de informações, conhecimentos e práticas.
Cabe a você Professor/Instrutor compreender que o candidato a Aquaviário (adulto)
– como aluno – é alguém que traz consigo uma gama de experiências que devem ser
valorizadas como ponto de partida e enriquecimento para a elaboração de situações de
aprendizagem tanto no que se refere ao conteúdo quanto às técnicas de ensino a serem
utilizadas.
Assim, iremos oferecer, subsídios para auxiliá-lo na elaboração de suas aulas,
visando ao alcance com sucesso dos objetivos deste Curso.
8
CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS - MÓDULO ESPECIAL
OBJETIVO
Com intuito de suprir os desafios impostos pela modernização, a Diretoria de Portos
e Costas decidiu criar este curso visando a elevar a habilitação e a capacidade técnica do
pessoal envolvido nas atividades aquaviárias, promover a conscientização dos profissionais
quanto à preservação do meio marinho e demais vias aquáticas, além de incrementar os
níveis de segurança do pessoal e material deste setor.
O Módulo Especial destina-se a proporcionar aos candidatos a Aquaviários
conhecimentos básicos sobre a operação de pequenas embarcações, a segurança da
navegação, a salvaguarda da vida de seus tripulantes e a preservação do meio ambiente
das vias navegáveis, para a formação no nível de Marinheiro-auxiliar nos grupos (Marítimos,
Fluviários e Pescadores).
9
INSTINST
CARACTERÍSTICAS DE APLICAÇÃO
Sabemos que este curso destina-se a um amplo universo de candidatos a
aquaviários que irão tripular pequenas embarcações no litoral e vias aquáticas interiores
em todo território Nacional. Sua aplicação abrangerá uma diversidade de meios
instrucionais, desde salas de aulas bem instaladas em organizações de terra a ambientes
mais simples em meios flutuantes. Por outro lado, o seu período de duração é relativamente
curto, o que exigirá do instrutor um redobrado esforço quanto à fixação dos conteúdos.
Pelos motivos expostos acima há necessidade de enfatizar, aos instrutores, os
seguintes pontos:
n Deverá ser perseguida a fixação dos fundamentos necessários à habilitação
pretendida;
n serão levadas em consideração as características regionais do local de realização
do curso, adaptando-se o conteúdo no que for preciso; e
n da mesma forma devem ser enfocadas as peculiaridades das categorias
(Marítimos, Fluviários ou Pescadores) a que se destinam.
10
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
O que significa comunicar?
No sentido prático, comunicar é transmitir idéias e informações com o principal
objetivo de promover o entendimento entre os indivíduos.
O que faz um professor quando ensina? Naturalmente ele se comunica com a
classe. Sua intenção primordial é fazer com que seus alunos entendam perfeitamente sua
mensagem, isto é, o conteúdo do ensino. Da boa comunicação em sala de aula, dependem
não só a retenção de conteúdos, mas, de forma ampla, todos os processos de formação
do aluno, especialmente, o respeito mútuo, a cooperação e a criatividade.
Na comunicação há elementos técnicos, como a mensagem, o código, o canal e
retroalimentação (feedback) e psicológicos, como o receptor e o emissor.
O emissor elabora uma mensagem, codifica esta mensagem e emite a informação.
O receptor recebe esta informação, decodifica, isto é, interpreta. Se não houver
interferência (ruído), a comunicação se estabelece.
A mensagem expressa o propósito do emissor.
O código é a linguagem utilizada, que deve ser comum a ambos.
O canal é o processo a ser utilizado para transmissão da mensagem.
A realimentação (feedback) é o retorno da informação do receptor ao emissor,
tornando possível a auto correção.
Alguns aspectos para serem levados em consideração durante uma apresentação:
n Ter objetivos claros;
n desenvolver a empatia;
n conhecer o público alvo;
n ser espontâneo (estimular a participação do aluno);
n usar o olhar (olhe para todos os alunos igualmente, como se estivesse falando a
cada um deles);
n eliminar os vícios de linguagem ( né, tá, certo, ok, aí, etc);
n enriquecer seu vocabulário;
n utilizar a voz adequadamente (fale pausado e claro. Varie o tom de voz de acordo
com o assunto;
n utilizar-se de gestos (gestos espontâneos permitem atingir um melhor
encadeamento de idéias e estimula os alunos); e
n partir do nível em que os alunos estão e ajudá-los no seu progresso.
11
INSTINST
Algumas técnicas de como evitar a interferência de conversas na comunicação:
n Aproximar-se de quem esta falando;
n diminuir, gradativamente, o tom de voz;
n parar de falar; e
n fazer uma pergunta sobre o assunto, caso as pessoas insistam na conversa.
Observe um exemplo de uma mensagem:
Lembre-se:
O professor não deve ser o único a falar, ele deve escutar os alunos e
privilegiar a sua linguagem, pois assim a comunicação será efetuada.
As idéias mais importantes deverão ser repetidas sob formas diferentes para
não causar monotonia.
É aconselhável que o professor promova debates, discussões, trabalhos em
grupo, dinâmicas, incentivando a troca de experiências e informações.
etneicifeD etneicifE
rosseforP ,otnemiugessorpodnaD:
setnenopmocsoratneserpasomav
:ogoforizudorparapsoirássecen
;levítsubmoC-1
e;etnerubmoC-2
.oãçingiedarutarepmeT-3
rosseforP otnemidnetnerohlemmuaraP:
asoidnêcnimerrocoeuqmeossecorpod
sotnemelesorecehnocsomasicerp,odrob
emmairedopsêcoV.ogofmezudorpeuq
?setseoãssotnemeleeuqracidni
AonulA rolaC:
rosseforP edordauqonatona(mebotiuM:
?otnemeleortuO.)zig
BonulA levítsubmocO:
F
12
CONHECIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS BÁSICOS
O professor precisa:
Ø Entender o processo ensino-aprendizagem, isto é, ensinar não é somente
transmitir, transferir conhecimentos de uma cabeça a outra, comunicar, significa
fazer pensar, ajudar o aluno a criar novos hábitos de pensamento e ação;
Ø planejar suas aulas;
Ø conhecer variados métodos de ensino;
Ø estar motivado para ensinar e dominar o conteúdo a ser abordado; e
Ø conhecer a realidade do aluno na qual ele vai atuar.
O professor deverá utilizar-se de expressões verbais e exemplos práticos
ligados à atividade marítima.
13
INSTINST
PLANEJAMENTO DE ENSINO
É um programa de ação que constitui um roteiro seguro para conduzir,
progressivamente, os alunos aos resultados desejados. Consiste em traduzir em termos
mais concretos o que o professor fará em sala de aula.
Plano de aula
É uma previsão de atividades convenientemente estruturadas e distribuídas, que
devem se desenvolver em etapas sucessivas e interligadas, em função dos objetivos
previstos e do tempo disponível para o professor e aluno interagirem numa dinâmica de
aprendizagem.
O plano de aula deve apresentar uma ordem seqüencial a fim de facilitar a integração
de conhecimentos por parte dos alunos.
Ao planejar, o professor deve refletir sobre as seguintes questões:
Após refletir sobre as questões acima, como elaborar um plano de aula?
n Identificar o tema central da aula;
n estabelecer o objetivo operacional da aula, deixando claro para o aluno o que
se espera dele ao final da aula;
n determinar o conteúdo que será estudado;
n estabelecer os procedimentos, selecionando as formas de utilizar o conteúdo
que será abordado para atingir o objetivo;
n escolher os recursos instrucionais; e
n escolher o instrumento de avaliação.
?raçnaclaodneterpeuqO aluaatsearapsovitejbosuemoãssiauQ
sonulasoaluaasópaeuqáreS?acifícepse
erevercse,rednopserededadicapacaoãret
?sodadrobasodúetnocsoretabed
?raçnaclaomoC ?sodairporpasiamsodotémsosiauQ
?opmetotnauqmE ?aluaadoãçudortnianieratsagopmetotnauQ
?oãsulcnocaN?otnemivlovnesedoN
?rezafomocerezafeuqO ?aluaatserizudortniedarienamrohlemalauQ
arienamedodúetnocoritimsnartossopomoC
sosrucereuqeD?etnasseretnieetnearta
?ropsidiereved
?railavaomoC euqoãçailavaedsotnemurtsnisosiauQ
?ierazilitu
14
No final da aula é importante que o professor faça uma síntese do conteúdo
trabalhado e uma verificação da aprendizagem com os alunos. Observe algumas maneiras
de verificar o aprendizado:
Ø Utilizar a técnica de pergunta, formulando-a e indicando um aluno para respondê-
la ou dirigindo-se à turma deixando à vontade para quem quiser responder;
Ø recapitular e enfatizar pontos importantes do assunto com auxílio da turma;
Ø estimular um debate sobre o tema da aula; e
Ø solicitar exemplos formulados pelos alunos.
Apresentamos, em anexo, um modelo de Plano de Aula.
Um bom plano de aula promove a eficiência do ensino, economiza tempo e
energia, contribui para a realização dos objetivos visados e evita a
improvisação.
15
INSTINST
OBJETIVOS
São os resultados que pretendemos obter, a meta a ser alcançada, o alvo a ser
atingido, a intenção ou a finalidade de todo e qualquer trabalho. Eles devem ser
estabelecidos em termos possíveis, concretos e operacionais e é necessário que não só
o professor tenha conhecimento, mas também o aluno, por isso, os objetivos devem ser
claros, possíveis de serem executados e alcançáveis.
Os objetivos são norteadores:
n da seleção de todos os demais elementos do processo instrucional. Nenhum
professor seleciona material ou procedimentos de trabalho, sem antes ter definido
precisamente aonde chegar;
n do processo de avaliação de aprendizagem. Se não estão claramente definidos
não temos os parâmetros para verificar até que ponto foram atingidos; e
n do próprio aluno em sua aprendizagem. Uma vez conhecendo o que o professor
pretende, é mais fácil para que ele mesmo busque instrumentos ou atividades
que o ajudem a alcançar tais objetivos.
É impossível selecionar meios eficientes de ensino sem estabelecer
previamente os objetivos.
Tipos de Objetivos
Gerais Ú São complexos e alcançáveis em períodos mais amplos. Têm caráter
finalístico, referem-se àquilo que o aluno será capaz de fazer ao final do curso. Quando
utilizamos? Ao planejarmos um Curso.
Específicos Ú São os mais simples, concretos, alcançáveis em menor tempo e
explicitam desempenhos observáveis. Quando utilizamos? Ao planejarmos os conteúdos
da Disciplina.
Instrucionais Ú São mais completos, que expressam com clareza não só o que
se espera do aluno, mas também em que condições devemos fazê-lo e até que ponto o
desempenho será considerado satisfatório. Quando utilizamos? Ao planejarmos uma Aula.
Classificação dos Objetivos
Os objetivos de aprendizagem podem ser classificados em três domínios:
Cognitivo Ú são os vinculados à memória e ao desempenho de capacidades e
habilidades intelectuais do aluno.
Ex.: O aluno deverá responder alguma pergunta.
Afetivo Ú são os que descrevem mudança de interesses, atitudes e valores.
Ex.: Oalunodeverámanifestaralgumsentimentoemrelaçãoàmatériadada.
Psicomotor Ú são os relacionados às habilidades motoras, manipulativas.
Ex.: O aluno deverá fazer, praticar e exercer alguma atividade.
16
Lembre-se:
O objetivo de uma aula é o comportamento que o professor espera que os alunos
apresentem ao final da mesma, como resultado de sua aprendizagem. Portanto, o
objetivo deve indicar o comportamento observável do aluno e não do professor.
O comportamento observável é indicado por um verbo na forma infinitiva. Cada
objetivo deve indicar somente uma ação e devendo ser coerente com o tempo e
com os recursos instrucionais disponíveis.
Há uma infinidade de verbos apropriados que ajudarão a você na elaboração dos
objetivos. Vejamos, a seguir, uma relação nos diversos níveis:
-icehnoC
otnem
-neerpmoC
oãs
oãçacilpA esilánA esetníS oãçailavA
rinifeD retrevnoC racilpA racilpA ratneserpA rasilanA
ratnopA retabeD raluclaC raluclaC ranibmoC railavA
rahlateD rizudeD riurtsnoC rarapmoC ralipmoC rarapmoC
revercseD rinifeD retrevnoC racitirC ropmoC riulcnoC
rangiseD rartsnomeD revercseD revercseD riurtsnoC rehlocsE
ranimreteD rahlateD ranimreteD rahlateD ranedrooC ramitsE
riugnitsiD revercseD ranimircsiD raicnerefiD rairC ratnemadnuF
raremunE ritucsiD riugnitsiD ranimircsiD rirbocseD raterpretnI
raicnunE riugnitsiD rautefE ropmoceD raenileD ragluJ
racificepsE ramitsE rarobalE rangiseD rartsnomeD racifitsuJ
racifilpmexE racifilpmexE ragerpmE riugnitsiD revercseD rideM
ranalpxE ranalpxE revercsE raicnunE rigiriD racifilauQ
racifitnedI racilpxE racilpxE racificepsE rarobalE ranoicaleR
ratsiL ropxE rartsulI recelebatsE razitameuqsE ranoiceleS
racraM rasserpxE ralupinaM ratnemirepxE racilpxE radilaV
ranoicneM rartsulI raesunaM racilpxE ralumroF
rartsoM raterpretnI rarepO rartsulI rarraN
raemoN razilacoL racitarP ranoicarF razinagrO
rizudeR rarraN raraperP ranoicisoP rajenalP
ranoicaleR razinagrO rizudorP ravorP rizudorP
rataleR ranoicaleR ravorP ranoicaleR roporP
rartsigeR ranoiceleS revloseR ranoiceleS rataleR
ritepeR rairamuS raçarT rarapeS ratneserpeR
ranoiceleS rizudarT rasU razitetniS
F
17
INSTINST
MÉTODO DE ENSINO
É o caminho para chegar a um fim desejado. É a organização racional e prática dos
recursos e procedimentos do professor, visando a conduzir a aprendizagem dos alunos
aos resultados previstos e desejados.
Quais são os métodos mais eficazes? O fato é que, determinado método pode ser
melhor para certos propósitos e não tão eficiente para outros. A sua escolha depende dos
propósitos, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos equipamentos.
Lembre-se:
Cada método tem o seu valor e o seu propósito e devem ser adequados aos
objetivos de cada aula.
Algumas normas para a seleção de métodos de ensino:
Ø Certifique-se de que o método ou atividade combina com o nível de habilidade e
maturidade dos alunos;
Ø disponibilize varias opções de atividades para estimular o interesse dos alunos;
Ø insira orientações claras para assegurar o sucesso do aluno;
Ø inclua perguntas planejadas que ajudem o aluno a refletir nos níveis de
conhecimento, compreensão e aplicação; e
Ø proporcione direção e incentivo que sustentem o interesse e a motivação do
aluno.
Tipos de Métodos
Exposição Oral (Aula Expositiva)
O que é?
É um método tradicional, onde o professor, diante do grupo, expõe oralmente a
matéria.
Ao preparar a aula expositiva o professor deve:
ü Ter claro o objetivo da aula;
ü planejar em que seqüência fará a explanação, para garantir que haja clareza e
que as idéias se completem, sem sair em digressões; e
ü considerar que existe limite de tempo para a sua aula.
Ao ministrar a aula expositiva:
ü Tornar os alunos cientes dos objetivos da aula;
ü procurar ganhar a atenção dos alunos de início, mediante a apresentação de um
problema, colocação de uma pergunta, etc.;
F
18
ü expor uma idéia de cada vez;
ü considerar o ritmo da turma em termos de tomar notas e ter tempo para refletir a
respeito do que está ouvindo, apresentando alguns pontos mais difíceis
pausadamente;
ü concretizar as idéias mediante exemplos, ilustrações etc.;
ü programar estudos e trabalhos complementares; e
ü sintetizar os pontos principais, ao final da aula.
Nunca utilizá-la em disciplinas práticas, no máximo, admite-se sua presença na
parte introdutória.
Divisão de Pequenos Grupos
O que é?
Caracteriza-se pela divisão da turma em pequenos grupos para a realização de
uma atividade específica. Este método visa a desenvolver a capacidade de estudar um
assunto em equipe, de forma sistemática.
Cada grupo deverá ter um relator. Levando em conta o tamanho da classe, a turma
deverá ser dividida em pequenos grupos de 3 a 5 alunos.
Como funciona?
O professor deverá escrever no quadro algumas questões referentes ao tema em
estudo para reflexão e discussão.
Terminando o tempo da discussão, os relatores de cada grupo deverão apresentar
suas conclusões as quais poderão ser resumidas no quadro. Considere o limite de tempo
reservado para o estudo da lição propriamente dita.
Técnicas de Perguntas
Pergunta Geral Ú é aquela que o professor faz à turma, sem especificar quem
deverá responder.
Esse tipo de pergunta é usado para:
ü Incentivar os alunos;
ü iniciar e prolongar um debate;
ü manter a atenção da turma;
ü aumentar a participação;
ü reanimar a turma quando perceber desinteresse em determinados momentos da
aula; e
ü verificar a aprendizagem.
19
INSTINST
Pergunta Dirigida Ú é aquela que o professor dirige a um determinado aluno nas
seguintes situações:
ü Encorajar um aluno tímido – neste caso, procure fazer uma pergunta fácil, de
modo que ele possa responder e, com isso, motivar-se a participar da aula
integrando-se ao grupo;
ü interromper um diálogo paralelo – neste caso, o professor deve aproximar-se
ante os alunos que estão dialogando, procurando inibir a conversa. Caso não
obtenha êxito, procure saber se o assunto é pertinente, caso seja, solicite que os
alunos passem para o grupo suas possíveis dúvidas ou questionamentos; caso
contrário, faça a pergunta de forma sutil, de maneira que não haja bloqueio; e
ü verificar a aprendizagem.
Pergunta Reversa Ú é a pergunta feita por um aluno ao professor, na qual este
último devolve ao aluno, visando a:
ü Estimular o aluno a responder; e
ü solicitar ao aluno que aperfeiçoe a pergunta, caso não tenha sido clara.
Pergunta Redistribuída Ú é a pergunta feita por um aluno ao professor, que a
repassa à turma ou a um determinado aluno com a finalidade de:
ü Aumentar a participação geral;
ü buscaraparticipaçãodeumdeterminadoaluno–nestecaso,deve-seaplicaratécnica
somente quando tiver certeza de que o aluno terá condições de responder; e
ü ganhar tempo para pensar na resposta, caso não a tenha no momento.
ATENÇÃO !!
­ Elogie sem exageros as respostas certas.
­ Não critique as respostas erradas; solicite a opinião de outro aluno.
­ Evite formular perguntas vagas ou ambíguas.
­ Não “invente” respostas; o aluno jamais poderá ser enganado.
Dinâmicas de Grupo
O que é?
É a participação espontânea ou dirigida dos alunos na busca conjunta de soluções
para problemas propostos pelo professor.
As dinâmicas possuem várias técnicas. O professor deve escolhê-las e aplicá-las
de acordo com o objetivo que pretende alcançar e com o grupo a que se destina. A técnica
não se destina a ensinar, mas permite a transferência de conhecimentos adquiridos ou a
fixação e generalização desses conhecimentos. Eis algumas:
20
Phillips 66
O que é?
É a divisão de um grupo grande de alunos em pequenas frações de seis membros
que discutem um assunto durante seis minutos.
Tem por objetivos obter várias opiniões e soluções para um mesmo caso, conseguir
a participação de um grande número de pessoas em uma discussão e desenvolver a
capacidade de síntese e de coordenação.
O coordenador, na abertura, apresenta o tema e estabelece o tempo; os grupos
discutem o assunto e chegam às suas conclusões durante o estudo; durante a apresentação
de cada grupo, um dos seus componentes relata as conclusões; e, durante a discussão,
o coordenador as analisa, esclarece dúvidas, completa informações e distribui material de
apoio para leitura posterior. O secretário indicado pelo coordenador ou que se apresenta
voluntariamente tem função de registrar no quadro as opiniões dos grupos, aproximando
idéias afins e consignando as conclusões gerais.
Apresentamos, em anexo, três exemplos de disposição dos participantes dessa
técnica.
Cochicho
O que é?
É uma variante da técnica Phillips 66, cada grupo é composto por apenas 2 alunos
que discutem uma questão proposta pelo coordenador durante dois minutos.
Os objetivos são de obter integração inicial, superar inibições de falar em público e
ter opiniões de todos em curto espaço de tempo.
Apresentamos, em anexo, dois exemplos de disposição dos participantes dessa
técnica.
Tempestade Cerebral
O que é?
Constitui-se num modo de estimular a geração de novas idéias a respeito de
determinado tema, onde os alunos atuam em um clima informal, com total liberdade para
expressarem o que pensam, a fim de se obter idéias originais ou soluções novas e criativas.
Tem por objetivos principais desenvolver e exercitar a imaginação criadora.
O professor faz uma pergunta e, um aluno de cada vez, responde imediatamente
com suas próprias palavras, sem ter o tempo necessário para estruturar ou ordenar
logicamente a resposta. Todas as idéias são anotadas, selecionadas e as mais adequadas
à situação e de simples realização são utilizadas na conclusão final junto com o grupo.
21
INSTINST
RECURSOS INSTRUCIONAIS
Os recursos instrucionais são meios indispensáveis para que a aprendizagem se
realize. Visam essencialmente a facilitar a compreensão da mensagem, tornando o processo
ensino-aprendizagem mais significativo.
Classificação
São classificados em humanos e materiais.
Os humanos dizem respeito a todas as pessoas envolvidas no ensino, tais como:
n A própria voz do professor;
n a participação do aluno; e
n qualquer pessoa que tenha a função de auxiliar o ensino.
Os materiais são os meios que facilitam a assimilação da mensagem que se pretende
comunicar, tais como:
n Quadro de giz ou de acrílico branco;
n flanelógrafos;
n ilustrações sob a forma de desenhos, gravuras, pinturas e fotografias;
n cartazes;
n visitas, entrevistas e museus;
n projeções móveis (filmes);
n projeções fixas (retroprojetor, slides);
n flip chart (bloco de papel);
n livros, jornais e revistas;
n videocassete;
n microcomputadores;
n rádio;
n fita magnética; e
n televisão.
Objetivos
n Despertar e motivar o interesse dos alunos;
n favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;
n aproximar o aluno da realidade;
n oferecer informações e dados;
n permitir a fixação da aprendizagem;
n ilustrar noções abstratas; e
n desenvolver a experimentação concreta.
Vantagens
n Atuam sobre os órgãos dos sentidos dos alunos;
n melhoram a retenção;
22
n atuam como incentivos;
n economizam tempo;
n reforçam a comunicação oral; e
n contribuem para obter atenção dos alunos.
Critérios e princípios para a utilização dos recursos
n Considerar os objetivos a serem alcançados;
n deve-se levar em conta a natureza da matéria a ser ensinada;
n considerar as condições ambientais e o tempo disponível; e
n só utilizar recursos que tenham amplo domínio.
Normas para a utilização dos recursos
1. Seleção e análise
Antes de começar a aula, selecione e analise cuidadosamente todos os recursos
que estiverem à sua disposição, sempre tendo em mente os objetivos a serem alcançados.
2. Ordem de prioridade
O uso dos recursos não pode tornar-se para seus alunos em mera exposição de
materiais a ponto de despertar-lhe apenas a curiosidade. Cada recurso deve ter sua
finalidade definida e relevante.
3. Apresentação clara, simples e acessível
Os recursos didáticos devem proporcionar aos alunos condições para desenvolver
sua capacidade de compreensão, interpretação e aplicação. Utilizar-se de materiais do
cotidiano dos alunos.
Procedimentos para a utilização dos recursos
Quadro-de-giz
Para que serve?
----- Apresentar esquemas, resumos e registrar dados;
----- apresentar idéias por meio de desenhos; e
----- transcrever e resolver exercícios.
Vantagens
• É fácil de ser encontrado e utilizado;
• facilita correção e alteração nos assuntos apresentados;
• possibilita adequar a apresentação ao nível do público; e
• possibilita a participação efetiva dos alunos.
23
INSTINST
Forma de utilização
ü Limpá-lo de cima para baixo, fazendo com que o pó caia sobre o aparador;
ü dividi-lo em áreas, se necessário;
ü apresentar o assunto em resumos e esquemas;
ü começar a escrever na parte de cima e do lado esquerdo do quadro;
ü escrever de maneira legível, utilizando letras grandes, abreviando sempre que
puder;
ü falar enquanto estiver escrevendo para fixar melhor os conceitos e facilitar o
acompanhamento dos alunos;
ü utilizar gravuras, quando necessário; e
ü utilizar giz de cor apenas para realçar palavras ou desenhos.
Se trabalhar com quadro branco utilizar, no máximo, três cores de caneta.
Flanelógrafo
É uma superfície rígida, recoberta por flanela ou material aderente ou com outro
material leve, tendo na parte posterior, lã, flanela, feltro, veludo ou lixa de madeira.
Para que serve?
----- Ilustrar textos e conceitos; e
----- apresentar figuras.
Vantagens
• Possibilita a apresentação de um assunto por etapas, segundo o planejamento
do professor;
• permite ao professor colocar, retirar e/ou acrescentar peças no ritmo adequado
ao desenvolvimento da apresentação; e
• flexibilidade (o mesmo material pode ser usado em diferentes níveis e disciplinas
variando apenas a explicação oral e o ritmo da apresentação. Serve tanto para
incentivar a aprendizagem quanto para a apresentação de um novo assunto:
sistematizar, fixar ou verificar a aprendizagem.
Transparência
É uma folha transparente (em tamanho carta, preferencialmente) que deve ser
projetada num equipamento chamado retroprojetor.
Para que serve?
----- Abordar temas que permitam a sua divisão em partes;
----- enriquecer uma aula expositiva;
----- apresentar dados previamente elaborados, de forma organizada e seqüencial; e
----- sistematizar um assunto.
24
Vantagens
• Ajuda a apresentação da aula de forma mais organizada, orientada e dirigida;
• poupa tempo da apresentação;
• concentra a atenção do aluno no tópico que está sendo desenvolvido;
• cria maior expectativa com relação aos tópicos seguintes;
• fixa tópicos essenciais; e
• ajuda na melhor visualização de idéias, por meio de ilustrações.
Ao utilizar o retroprojetor, o professor deverá seguir algumas regras, tais
como:
ü Colocar a transparência;
ü cobri-la com uma “máscara” (papel), se necessário;
ü ligar o retroprojetor ;
ü desligá-lo em seguida, após ter dado tempo suficiente para que os alunos leiam
e fixem o que foi projetado;
ü posicionar a tela de projeção de forma que todos tenham uma boa visualização;
ü proceder à explicação, afastando-se do retroprojetor; e
ü usar uma caneta ou vareta para apontar tópicos que estão sendo apresentados
diretamente na tela.
Filmes
É um recurso audiovisual apresentado com o uso de um vídeo cassete e uma
televisão, que proporciona imagem e som de fatos e/ou situações que não sejam possíveis
serem vistas e/ou vivenciadas de forma real.
Procedimentos para exibição dos filmes
ü Ver o filme com antecedência;
ü analisar sua adequação aos objetivos da aula;
ü escolher um filme ou cena de um filme que realmente tenha relação com o assunto
a ser abordado;
ü preparar o ambiente e o material que será empregado na exibição;
ü anunciar o tema aos alunos;
ü destacar os pontos principais a serem observados, antes da projeção,
comentando-os antes e depois; e
ü permanecer na sala.
25
INSTINST
Computador
A utilização do computador está cada vez mais acentuada, seja em auditório ou em
sala de aula. Os programas para elaborar apresentações nos permitem gerar imagens
com movimentos, sons e ilustrações com rapidez e qualidade.
Cabe ao professor selecionar o recurso e dimensionar seu uso, pois sabemos
que a disponibilidade do mesmo varia de acordo com o local de aplicação.
Usar a criatividade é fundamental para não utilizar-se somente de quadro e giz.
26
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
É um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos,
habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento
propostas nos objetivos. A avaliação não é um fim, mas um meio, que permite verificar até
que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam
de atenção individual e reformulando o trabalho com adoção de novos procedimentos que
possibilitem sanar as deficiências identificadas.
O que deve ser observado no aluno para que o consideremos apto em determinada
área do conhecimento? Nesse sentido, avaliar significa fazer um julgamento sobre os
resultados, isto é, comparar o que foi realizado com o que se pretendia alcançar.
Funções da avaliação
A avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo ensino-
aprendizagem, com objetivos distintos. No início do processo temos a avaliação
diagnóstica que é utilizada para verificar:
n Conhecimentos que os alunos têm;
n pré-requisitos que os alunos apresentam; e
n particularidades dos alunos.
Aplica-se este tipo de avaliação no início de uma unidade, semestre ou ano letivo.
Ao longo do processo ensino-aprendizagem temos a avaliação formativa que tem
uma função controladora. Com os seguintes propósitos:
n Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem; e
n localizar as deficiências na organização do ensino.
No fim do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação somativa que tem
função classificatória, isto é, classifica os alunos no fim de um semestre, ano, curso ou
unidade segundo níveis de aproveitamento.
A prova é a forma mais comum de avaliação somativa e vários são os seus tipos.
Vejamos:
Prova escrita dissertativa ou discursiva
É composta por um conjunto de questões ou temas onde o aluno têm a liberdade
de organizar como quer os elementos da resposta, baseado no conteúdo que foi trabalhado
em aula. Cada questão deve ser elaborada com objetividade e clareza, visando ao
desenvolvimento das habilidades intelectuais. Por exemplo: raciocínio lógico, organização
das idéias, capacidade de fazer relações entre fatos idéias e coisas, capacidade de
aplicação de conhecimentos e etc.
27
INSTINST
Vantagens
• Facilitar a verificação do domínio da habilidade de leitura, escrita, aplicação,
exemplificação, análise, síntese e julgamento;
• favorecer a liberdade do aluno de mostrar a sua individualidade, incentivando-o
a organizar, integrar e expressar suas próprias idéias; e
• ter melhor aplicabilidade a exame de grupo pequeno.
Desvantagens
• Permitir a subjetividade na construção e no julgamento;
• cobrir terreno limitado, não favorecendo uma amostragem representativa de
conteúdo e objetivos; e
• favorecer a improvisação por parte do professor.
Técnicas de construção
ü Ter clareza na finalidade da prova;
ü construir questões de conteúdo significativo;
ü dar igualdade de condições a todos os examinandos, abandonando a prática de
admitir a escolha dentro de uma lista de perguntas, que prejudica o julgamento
dentro de critérios comuns;
ü formular enunciados com terminologia específica, centralizados no comportamento
a verificar;
ü formular enunciados com tarefas bem definidas, esclarecendo a direção e o âmbito
da resposta desejada, para evitar “fugas”;
ü utilizar linguagem precisa e simples;
ü incluir no roteiro da questão dados como: extensão da resposta, critérios de
julgamento, valor de cada questão;
ü dar tempo suficiente para reflexão, organização da resposta e redação;
ü não formular questões ligadas entre si, para evitar que o erro de uma, prejudique
a seguinte; e
ü elaborar a chave de apuração, onde constarão as respostas consideradas ideais.
Isto favorece a correção de falhas da elaboração, por permitir um constante
reajuste em função das respostas obtidas.
Algumas sugestões para atenuar a subjetidade do julgamento
Com apoio na chave de apuração feita no momento da elaboração da prova, faça
uma correção anônima, julgando uma questão de cada vez em todas as provas. É
recomendável também que diferentes examinadores, igualmente qualificados, leiam e
julguem as provas, sem conhecimento de julgadores anteriores.
28
Prova objetiva
É um instrumento de medida composto de questões tão precisamente especificadas,
que cada qual só admita uma resposta , previamente definida, o que lhe assegura a
impessoalidade do julgamento e inteiro acordo entre examinadores diferentes.
Tipos de questões objetivas
1- Lacuna ou complemento Ú Consiste no preenchimento de lacunas em uma
ou mais frases.
Vantagens
• Ser de fácil compreensão pelo examinado;
• exigir redação mais simples que os demais tipos de questões objetivas;
• oferecer resposta breve, facilitando o exame de maior número de conteúdo;
• ser de fácil planejamento; e
• possibilitar verificação imediata da habilidade de aquisição e aplicação de
conhecimentos (verificação de conceitos/ definições/ identificação de elementos
em gráfico/ problemas de matemática/ física e química).
Desvantagens
• Ter maior probabilidade de questões defeituosas pela facilidade aparente de
construção;
• ter menos objetividade que as demais, pela possibilidade de respostas imprevistas;
• ser mais tendenciosa à verificação do domínio de informações isoladas,
encorajando a memorização;
• ser de verificação difícil quanto ao domínio de percepção de relações complexas;
• oferecer maior tendência à verificação da facilidade verbal ou de vocabulário; e
• dificultar o julgamento.
Técnicas de construção
ü Só aplicar este tipo de questão quando for necessário que o examinando mostre
o que aprendeu numa resposta curta. (Ex.: forma gramatical e problemas de
matemática);
ü colocar a lacuna no final da questão, para melhor encaminhar o pensamento do
examinando;
ü dar significado de relevância às lacunas, não cobrando minúcias;
ü construir a questão de forma a só admitir uma resposta;
ü organizar respostas curtas, para dar maior objetividade ao item;
ü evitar o uso de artigos, pronomes e tamanho do espaço em branco que possam
dar “pista” para a resposta.
ü não utilizar mais de duas lacunas em cada questão para não transformá-la em
“charada”; e
ü não utilizar frases textuais de livros, para não encorajar a memorização.
29
INSTINST
2- Associação ou acasalamento Ú Consiste no estabelecimento de associações
entre elementos, apresentados em 2 (dois) grupos.
Vantagens
• Ser de formulação rápida e fácil, em função de enunciado restrito à uma instrução
comum a várias questões;
• possibilitar resolução rápida;
• ter julgamento objetivo e rápido; e
• reduzir a probabilidade de acerto por sorte, pelas várias opções de combinação.
Desvantagens
• Ter emprego limitado a situações com a mesma base de correspondência;
• apresentar dificuldade de obtenção de pares suficientes com relação de valor; e
• possibilitar o encorajamento da memorização pelo uso de associações isoladas.
Técnicas de construção
ü Admitir apenas uma combinação certa, para cada par de elementos;
ü organizar os elementos de cada coluna em uma ordem lógica (alfabética,
cronológica, de grandeza, etc.);
ü colocar numa coluna mais elementos do que na outra, para diminuir o acerto por
simples eliminação;
ü colocar, no máximo, 10 (dez) elementos em cada coluna, para facilitar a
organização de listas homogêneas;
ü não dividir a questão em duas folhas; e
ü dar preferência a letras maiúsculas na identificação da resposta, para facilitar a
correção.
3- Certo ou errado Ú Consiste no pronunciamento sobre a verdade ou falsidade
de cada uma das afirmações apresentadas.
Vantagens
• Ser uma prova simples, rápida e direta do conhecimento do aluno;
• ocupar pouco espaço;
• permitir a verificação de numerosos pontos;
• ter julgamento rápido e objetivo;
• ser de fácil elaboração, especialmente quando o prazo é pequeno;
• verificar, com facilidade e economia de tempo, os seguintes resultados:
• interpretação de texto novo.
• análise da tabela, gráfico.
• definição de teorias, leis, etc.
• avaliação crítica de explicações de fatos ou fenômenos.
• ser adaptável à verificação do conhecimento das medidas que não se devem
tomar em certas emergências.
30
Desvantagens
• Restringir a pontos indiscutivelmente certos ou errados;
• possibilitar a ambigüidade, se não forem bem construídas;
• apresentar a interferência do fator sorte; e
• ter menor precisão, comparando-se, por exemplo, com a múltipla escolha, fator
que pode ser atenuado utilizando-se o dobro de questões.
Técnicas de construção
ü Redigir frases simples e curtas, pois não se está aferindo a habilidade de leitura
e sim o julgamento do acerto ou erro;
ü não utilizar frases textuais de livros ou apostilas, para evitar a memorização;
ü evitar alternativas com interpretação dupla;
ü não utilizar como erro ou acerto um dado de importância secundária;
ü limitar cada questão a apenas um único assunto;
ü reduzir ao mínimo as negativas;
ü evitar o emprego de palavras como sempre, nunca, todos, somente, para não
evidenciar a resposta desejada;
ü construir as frases corretas e incorretas com igual extensão, para também não
evidenciar a resposta certa; e
ü construir numerosas perguntas para atenuar a probabilidade de acerto por acaso.
4- Ordenação ou seriação Ú Consiste na arrumação, por ordem, de acordo com
as instruções, os elementos de um conjunto.
Vantagens
• Ter construção simples;
• possibilitar resposta rápida; e
• atender a verificação de seqüências (cronologia de fatos, transformações
sucessivas, etapas de um processo, etc.).
Desvantagens
• Ter julgamento demorado, pela possibilidade do examinando acertar apenas parte
da seqüência;
• possibilitar que um erro provoque outro; e
• ter utilização restrita a material sujeito à ordenação lógica.
Técnicas de construção
ü Construir a lista de forma concisa, especificando claramente o tipo de ordenação
desejada.
ü apresentar as perguntas com o nº 1 já no lugar correspondente, quando não
houver referência na instrução, para dar a direção da seqüência;
ü dar uma ordem lógica aos elementos, para não evidenciar a resposta;
ü utilizar, no mínimo, três elementos para ordenar, com vistas à redução da
probabilidade de acerto por acaso; e
ü indicar na instrução que só serão computadas as questões certas do princípio ao fim.
31
INSTINST
5- Escolha múltipla (múltipla escolha Ú São as questões mais vantajosas de
todas.
Diante de uma pergunta ou problema, o aluno deve optar por uma, dentre algumas
respostas apresentadas (devem ter quatro ou cinco opções).
Vantagens
• Adaptam-se às situações mais variadas, admitindo diversas formas,
caracterizadas todas pela presença de opções (por serem muito flexíveis são as
questões mais utilizáveis);
• apresentam opções de resposta para exame crítico, não precisando apoiar-se
em memorização;
• não dependem de um padrão absoluto de verdade, porque em geral pedem a
melhor opção; e
• solicitam a capacidade de analisar e comparar possíveis respostas, estimulando
uma atividade crítica.
Desvantagens
• Exigem muito mais tempo e habilidade do examinador, para imaginar várias opções
incorretas, porém plausíveis, para cada questão;
• sua solução toma mais tempo, já que demanda a inspeção atenta de quatro ou
cinco opções, o que prolonga a duração da prova e pode cansar; e
• não pode verificar a capacidade de criação nem a originalidade do examinando.
Técnicas de construção
ü Faça questões curtas;
ü formule uma pergunta e a sua resposta (sobre a qual não deve pairar dúvidas).
ü se quiser tornar a questão mais concisa, transforme a pergunta em uma afirmação
incompleta, seguida de opções para terminá-la.
Lembre-se:
São diversas as modalidades de prova objetiva, que são aplicáveis com maior
ou menor propriedade aos diversos objetivos específicos de aprendizagem.
O propósito é orientá-lo, proporcionando algumas sugestões que, tenho
certeza, serão proveitosas em seu trabalho. Cabe a você, especialista em sua
disciplina, utilizar os tipos mais adequados a cada conteúdo na avaliação
do processo ensino aprendizagem.
F
32
Disposições para aplicação da técnica Phillips 66
a) Primeira disposição
b) Segunda disposição
c) Terceira disposição
Coordenador
Coordenador
Coordenador
quadro-de-giz
quadro-de-giz
quadro-de-giz
Auditório
mesa
mesa
mesa
33
INSTINST
Disposições para aplicação da técnica do Cochicho
a) Primeira disposição
b) Segunda disposição
quadro-de-giz
Coordenador
mesa
quadro-de-giz
mesa
Coordenador
34
:OSRUC EDADINUADLARTNECOTNUSSA
:ANILPICSID
:ROSSEFORP
PLANO DE AULA
INTRODUÇÃO
Resumo da aula anterior
Título e tópicos
Objetivos
Motivação
Tempo
EXPLICAÇÃO (Resumo dos pontos mais importantes da matéria.)
APLICAÇÃO ( Metodologia empregada na condução das atividades práticas da aula.)
VERIFICAÇÃO (Perguntas e respostas sobre o conteúdo.)
SUMÁRIO (Resumo dos pontos mais importantes da aula, enfatizando as falhas
detectadas na verificação.)
RECURSOS INSTRUCIONAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OBSERVAÇÕES
35
INSTINST
DISCIPLINA I: MARINHARIA
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre marinharia.
Conteúdo Programático
1 Estrutura das embarcações
Objetivos:
• Definir castelo de proa, tombadilho, superestrutura, conveses, casco e seus
acessórios, quilha, cavernas, porões, compartimento de motores e casa do leme;
• identificar proa, popa, bordos, regiões do casco, linha d’água, borda, paineiros,
portas e gaiútas, cunhos e cabeços;
• identificar mastros, lanças, paus-de-carga, turcos, tipos de ferros e aparelhos de
suspender e fundear; e
• identificar teque, talha, talha dobrada, estralheira singela e estralheira dobrada.
1.1 Embarcação
Conceituar embarcação.
Definir navio.
1.2 Classificação
Classificar as embarcações de três maneiras; quanto ao:
• fim a que se destinam;
• material de construção do casco; e
• sistema de propulsão.
Explicar que algumas embarcações modernas são construídas de fibra de vidro ou
novos materiais compostos e que existem embarcações que utilizam mais de um tipo de
propulsão.
Citar exemplos de embarcações para cada classificação apresentada.
36
1.3 Identificação de corpos e partes
Definir e descrever corpos, proa, popa, meia nau, bordos, bochecha, través e aletas.
1.4 Nomenclatura da embarcação
Apresentar uma introdução do assunto,
citando alguns nomes de partes importantes de
uma embarcação, e explicando que a partir
desse ponto os alunos terão oportunidade de
travar conhecimento com palavras até então
desconhecidas que nomeiam as diversas partes
de uma embarcação.
1.5 Componentes estruturais
Definir casco, quilha, cavername, chapeamentos ou revestimentos interior e exterior.
Conceituar Linha d’água e linha de flutuação.
Destacar que quando a embarcação está completamente carregada a linha de
flutuação coincide com a parte superior da linha d’água.
Descrever calado e apresentar as marcas de calado.
Demonstrar a leitura das marcas de calado.
Apresentar as características dos conveses e identificar o convés principal, o castelo
de proa e o tombadilho.
Citar a nomenclatura dos conveses.
1.6 Sistemas de propulsão e governo
Definir e exemplificar motor de propulsão, eixo propulsor, leme e hélice.
Chamar a atenção para a tradição marinheira que considera hélice como palavra
masculina.
Descrever a roda do leme ou timão e suas
malaguetas.
37
INSTINST
1.7 Acessórios de convés
Conceituar espia.
Identificar os diversos acessórios e equipamentos
situados no convés utilizados para laborar espias:
cabrestante, cabeços, buzina e tamanca.
1.8 Aberturas
Detalhar as diversas aberturas encontradas em uma embarcação: portaló, portas,
portas de visita, escotilha, escotilhão, vigia e olho de boi.
Alertar para a importância da porta estanque.
1.9 Mastreação e aparelhos de carga
Definir mastreação e mastro.
Explicar a utilidade de um turco para içar e arriar carga.
1.10 Manobras
Explicar detalhadamente como se processam as manobras de atracação,
desatracação, fundear e suspender.
1.11 Aparelhos de fundear e suspender
Descrever a máquina de suspender.
Mostrar a diferença entre cabrestante e molinete.
38
Citar os dispositivos e equipamentos do aparelho de fundear e suspender: amarra,
escovém, abita, mordente e paiol da amarra.
Identificar quartelada e quartéis.
Definir âncora ou ferro.
Listar alguns tipos de âncoras: almirantado, patente e danforth.
1.12 Aparelhos de laborar
Definir e explicar o funcionamento de um aparelho de laborar.
Conceituar moitão e cardernal.
Identificar os principais tipos de aparelhos de laborar: moitão, teque, talhas e
estralheiras.
2 Cabos, nós, voltas e trabalhos do marinheiro
Objetivos:
• Identificar os tipos de cabos: fibra, nylon, arame e suas principais destinações;
• executar os seguintes nós e voltas: lais de guia, nó direito, nó torto, balso pelo
seio, nó de escota, balso de correr, nó de azelha e nó de pescador; e
• citar os mais usuais trabalhos marinheiros utilizando os cabos: falcaça, pinhas,
botões, percinta e forração.
2.1 Tipos de cabos
Apresentar as características dos diversos tipos de cabos: vegetal, sintético, de arame
e mistos.
2.2 Cuidados no manuseio dos cabos
Destacar a necessidade de cuidados para que os cabos não ressequem, percam
a sua elasticidade ou partam-se.
Demonstrar como colher os cabos em aduchas: pandeiro, à inglesa ou em cobros.
Detalhar os cuidados específicos para com os cabos de arame.
39
INSTINST
2.3 Nós e voltas
2.3.1 Nós
Explicar detalhadamente a utilização de cada um dos nós e demonstrar como eles
são elaborados: meia-volta, nós de azelha, frade, direito, torto, escota, lais de guia, catau,
pescador, moringa e balso calafate.
2.3.2 Voltas
Explicar para que servem as voltas e demonstrar como elas são elaboradas: voltas
da malagueta, falida, ribeira, fiel, tortor e redonda.
2.4 Trabalhos marinheiros
Demonstrar como elaborar botões, falcaças, pinhas.
Identificar defensas.
Conceituar forrar, engaiar e percintar.
40
DISCIPLINA II: PRIMEIROS SOCORROS
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre as técnicas primárias de primeiros
socorros a bordo.
Conteúdo Programático
1 Primeiros socorros
Objetivos:
• Conceituar primeiros socorros;
• identificar os sinais vitais em um acidentado: respiração, pulsação e temperatura; e
• citar os procedimentos para o transporte seguro de um acidentado.
1.1 Introdução
Esclarecer sobre os acidentes mais comuns a bordo, tais como, quedas por
escorregões no convés, batidas com a cabeça, queimaduras em motores, choques elétricos,
insolação, enjôo, etc.
Explicar que, em situações de emergência, é fundamental manter a calma e ter em
mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico.
1.2 O que são primeiros socorros?
Conceituar primeiros socorros.
1.3 Primeiras atitudes
Lembrar que a bordo de uma embarcação não se conta com o auxílio de outras
pessoas ao prestar socorro a um acidentado.
Destacar algumas regras básicas ao prestar os primeiros socorros:
• transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e
segurança ao acidentado;
• agir rapidamente;
• usar os conhecimentos básicos de primeiros
socorros; e
• improvisar quando necessário.
41
INSTINST
1.4 Sinais vitais de um acidentado
Demonstrar como observar o nível de consciência, a sensibilidade, a capacidade de
movimentação muscular do acidentado, a desobstrução das vias aéreas, sua respiração
e sua pulsação.
1.5 O transporte seguro de um acidentado
Chamar a atenção para os cuidados a tomar para que a remoção ou movimentação
de um acidentado não agrave as lesões existentes.
Demonstrar as providências para transporte seguro do acidentado.
1.6 Enjôo
Alertar para a importantância da preparação antes de enfrentar o mar.
Citar medicamentos preventivos contra enjôo e lembrar que o efeito deles varia de
pessoa para pessoa, podendo não ter a mesma eficácia para todas.
Listar alguns cuidados a serem observados a bordo: manter-se bem alimentado,
evitar bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos e cigarro e permanecer em locais arejados.
42
2 Procedimentos em emergência
Objetivos:
• Descrever os procedimentos em caso de afogamento e choque elétrico;
• citar as técnicas de imobilização em casos de fraturas;
• descrever o processo de hemostasia; e
• citar os procedimentos de primeiros socorros em caso de queimadura.
2.1 Afogamento e choque elétrico
2.1.1 Procedimentos em caso de afogamento
Explicar detalhadamente os procedimentos em caso de afogamento:
• não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima;
• checar os sinais vitais;
• aplicar as técnicas de ressuscitação imediatamente;
• manter a vítima aquecida;
• ministrar oxigênio; e
• tratar o estado de choque.
2.1.2 Procedimentos em caso de choque elétrico
Explicar o processo da passagem de corrente elétrica pelo corpo humano.
Demonstrar os procedimentos em caso de choque elétrico:
• desligar o aparelho da tomada ou da chave geral;
• ao usar as mãos para remover uma pessoa, envolvê-las em jornal ou num saco
de papel;
• afastar a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto não-condutor
de eletricidade;
• cobrir as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo;
• deitar o acidentado de costas com as pernas elevadas se ele estiver consciente,
caso contrário deitá-lo de lado; e
• cobrir o acidentado com um cobertor.
Demonstrar como realizar a ressuscitação cardiorrespiratória.
43
INSTINST
2.2 Fraturas
2.2.1 Tipos de fraturas
Identificar os principais tipos de fraturas e listar seus sintomas.
2.2.2 Técnica de imobilização em casos de fraturas
Demonstrar os procedimentos de
imobilização:
• colocar gaze, lenço ou pano limpo
sobre o ferimento;
• firmar o curativo usando um cinto, uma
gravata ou uma tira de pano;
• estancar a hemorragia, se for o caso;
• deitar o acidentado; e
• colocar uma tala sem tentar colocar o
membro em posição natural.
Explanar os cuidados ao aplicar uma atadura.
2.3 O processo de hemostasia
2.3.1 Sangramentos externos
Explicar detalhadamente o que deve ser feito:
pressionar o local, cobrir o ferimento com gaze, aplicar
atadura, comprimir artéria ou veia.
Chamar a atenção para o que não se deve fazer:
não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos nem
aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro
produto.
2.3.2 Sangramentos internos
Detalhar os sinais externos de sangramentos internos:
• pulso fraco e acelerado;
• pele fria e pálida;
• mucosas dos olhos e da boca brancas;
• mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sangüínea;e
• sede, tontura e inconsciência.
Chamar a atenção para o que não se deve fazer: não dar alimentos à vítima e nem
aqueçê-la demais com cobertores.
44
2.3.3 Sangramentos nasais
Demonstrar o que fazer nessa situação:
• inclinar a cabeça do acidentado para frente;
• comprimir a narina que sangra e aplicar compressas frias no local;
• depois de alguns minutos, afrouxar a pressão vagarosamente sem assoar o nariz; e
• voltar a comprimir a narina caso persista a hemorragia.
2.3.4 Torniquetes
Alertar que o torniquete somente deve ser aplicado em casos extremos e como
último recurso quando não há a parada do sangramento.
Demonstrar as técnicas de aplicação:
• amarrar um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente
duas vezes;
• amarrar um bastão sobre o nó do tecido;
• torcer o bastão até estancar o sangramento; e
• desapertar gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do
membro afetado.
2.4 Queimaduras
Identificar as queimaduras por suas manifestações na pele.
Explicar detalhadamente o que deve ser feito de acordo com o tipo de queimadura:
• resfriar o local com água fria imediatamente e secá-locom um pano limpo;
• cobrir o ferimento com compressas de gaze;
• em queimaduras de 2º grau embeber a gaze em vaselina estéril;
• manter a região queimada mais elevada do que o resto do corpo; e
• dar bastante líquido para a pessoa e, em caso de dor, ministrar um analgésico.
• se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procurar um médico imediatamente.
Chamar a atenção para o que não se deve fazer:
• não tocar a área afetada;
• nunca furar as bolhas;
• não tentar retirar pedaços de roupa grudados
na pele;
• não usar manteiga, pomada, creme dental ou
qualquer outro produto doméstico sobre a
queimadura;
• não cobrir a queimadura com algodão; e
• não usar gelo ou água gelada para resfriar a região.
Explicar o que deve ser feito em caso de queimaduras químicas e solares.
45
INSTINST
DISCIPLINA III: SOBREVIVÊNCIA DO NÁUFRAGO
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre os procedimentos de
sobrevivência e de utilização do material de salvatagem.
Conteúdo Programático
1 Material de salvatagem
Objetivos:
• Citar os recursos obrigatórios para salvatagem nas embarcações;
• descrever a utilização do colete salva-vidas;
• efetuar o lançamento de bóia salva-vidas;
• citar o procedimento de embarque em um bote salva-vidas; e
• citar os principais procedimentos do náufrago pouco antes do resgate.
1.1 Introdução
Esclarecer que as questões relativas à segurança dizem respeito a todos a bordo.
Destacar que o conhecimento das técnicas de sobrevivência e o treinamento
adequado podem salvar uma vida.
1.2 Os recursos para salvatagem nas embarcações
Conceituar equipamentos de salvatagem individuais e os coletivos.
Apresentar as características dos equipamentos de salvatagem: coletes, bóias, balsas
infláveis e rígidas, baleeiras, bote orgânico.
1.3 Colete salva-vidas
Lembrar que as normas internacionais estabelecem que os
tripulantes de embarcações devem ser capazes de vestir o colete
salva-vidas, corretamente, em até 1 minuto, e sem ajuda, portanto é
muito importante que a sua colocação seja treinada com freqüência.
46
Chamar a atenção para as regras de utilização do colete salva-vidas:
• Nunca use seu colete salva-vidas como encosto, almofada ou travesseiro, pois
você pode avariá-lo;
• Não o tire da embarcação, pois poderá faltar para alguém a bordo; e
• Sempre que for feito algum treinamento, principalmente dentro da água salgada,
o equipamento deve ser lavado com água doce e posto para secar, antes de ser
guardado no camarote ou no paiol de salvatagem.
Demonstrar como vestir o colete salva-vidas.
1.4 Bóia salva-vidas
Listar os acessórios da bóia salva-vidas: retinida flutuante, um sinal fumígeno flutuante
e o facho Holmes e explicar o funcionamento de cada um deles.
Descrever as ações a tomar quando alguém cair no mar:
• dar o alarme em primeiro lugar;
• jogar uma bóia salva-vidas com retinida;
• lançar ao mar equipamentos de sinalização para marcar a posição da pessoa;
• manter a vítima sempre à vista; e
• providenciar algum dispositivo para içar a pessoa de dentro da água.
1.5 Embarcação de sobrevivência
Explanar os métodos seco e molhado de embarque
na embarcação de sobrevivência.
Descrever como desvirar uma balsa inflável.
1.6 Procedimentos do náufrago antes do resgate
Apresentar os procedimentos importantes de sobrevivência no mar:
• cortar o cabo da balsa salva-vidas após nela embarcar;
• permanecer vestido com o colete salva-vidas;
• afastar-se da embarcação que está afundando;
• recolher pessoas e objetos que estejam dentro da água;
• manter juntas todas embarcações de sobrevivência;
• não se expor ao sol;
• controlar a distribuição das rações de sobrevivência – água e alimento; e
• manter os sinalizadores de emergência prontos.
47
INSTINST
2 Procedimentos de sobrevivência
Objetivos:
• Definir o procedimento de abandono
da embarcação;
• explicar a importância de se manter a indumentária como proteção do corpo;
• explicar a necessidade de se manter a uma distância segura da embarcação
sinistrada;
• explicar a importância da utilização dos destroços como recurso para flutuação; e
• citar o perigo de ingestão de água salgada.
2.1 Procedimentos de abandono da embarcação
Chamar a atenção que a ordem de abandonar embarcação é dada pelo Comandante
ou Mestre.
Descrever os procedimentos que devem ser
seguidos após o toque de alarme geral: vestir roupas
adicionais, o colete salva-vidas e dirigir-se ao ponto de
reunião.
Listar regras úteis a serem seguidas durante a faina
de abandono.
2.2 Vestimenta para o abandono da embarcação
Destacar que a hipotermia é a maior causa de morte em sobrevivência no mar.
Explicar que as roupas, principalmente as de lã, representam a grande proteção do
náufrago.
Enfatizar que o abandono sempre é feito vestido com colete salva-vidas.
48
2.3 Distância da embarcação sinistrada
Explicar que é necessário se afastar da embarcação sinistrada para não correr riscos.
Mostrar que também é importante que os náufragos se mantenham nas proximidades
do sinistro para efeito de resgate.
2.4 Destroços como recurso para flutuação
Explicar que a utilização dos próprios destroços da própria embarcação naufragada
é um bom recurso para se manter na superfície.
2.5 Ingestão de água salgada
Chamar a atenção para o fato de que beber água salgada mata.
49
INSTINST
DISCIPLINA IV: REGRAS DE MANOBRA, LUZES E SINAIS SONOROS
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre as regras de manobra e governo
e de luzes e sinais sonoros.
Conteúdo Programático
1 Regras de manobra e suas descrições
Objetivos:
• Descrever a manobra da embarcação em situações comuns: roda-a-roda,
alcançando e em rumo de colisão;
• citar as regras de navegação em rios e canais estreitos; e
• descrever a prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação.
1.1 Introdução
Explicar o que é e para que serve o regulamento internacional chamado RIPEAM.
1.2 Estrutura do Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamento no Mar
(RIPEAM)
Apresentar as características das quatro partes do RIPEAM.
Comentar sobre as regras e anexos existentes no RIPEAM.
1.3 Regras de manobra no mar
Descrever as situações e explicar detalhadamente a execução de cada manobra
para evitar a colisão.
1.4 Regras de navegação e manobra em rios e canais
Chamar a atenção para alguns cuidados e
procedimentos relativos à velocidade em canais e rios.
Explicar os efeitos da interferência recíproca quando
do cruzamento de embarcações.
50
1.5 Prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação
Estabelecer claramente que embarcação é obrigada a manobrar, de acordo com sua
propulsão, seu emprego ou sua situação.
Lembrar que a embarcação obrigada a manobrar deve fazê-lo com antecedência e
de forma clara, de forma que a outra embarcação perceba perfeitamente a sua intenção.
2 Luzes e sinais sonoros
Objetivos:
• Identificar as luzes e marcas exibidas por embarcações navegando, fundeadas,
encalhadas, com manobra restrita, engajadas na pesca e rebocando;
• descrever os sinais sonoros emitidos por uma embarcação manobrando; e
• identificar os sinais sonoros emitidos por uma embarcação em situação de baixa
visibilidade.
2.1 Identificação de luzes e marcas
Explicar que as regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr do sol ao
nascer do sol e que as embarcações não devem exibir outras luzes que possam causar
confusão.
Descrever as regras para todos os tipos e tamanhos de embarcações e para as
diversas situações nas quais elas possam se encontrar.
2.2 Sinais sonoros
Enfatizar a duração dos apitos curto e longo.
Descrever os sinais sonoros que as embarcações utilizam para indicar suas manobras
e suas advertências.
2.3 Sinais sonoros emitidos em baixa visibilidade
Listar os equipamento sonoros obrigatórios de acordo com o tamanho da embarcação.
Descrever o significado dos sinais sonoros emitidos por embarcações em situação
de baixa visibilidade.
gongosinoapito
51
INSTINST
DISCIPLINA V: NOÇÕES BÁSICAS DE NAVEGAÇÃO
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos sobre as regras básicas de navegação.
Conteúdo Programático
1 Navegação
Objetivos:
• Descrever os fundamentos básicos da navegação;
• identificar as principais características de uma carta náutica;
• definir rumo, marcação, norte e agulha magnética.
• descrever o balizamento de rios, canais e águas interiores.
• citar as regras de navegação em rios e canais; e
• explicar a importância da conservação da sinalização náutica.
1.1 Fundamentos básicos de navegação
Definir latitude e longitude.
1.2 Carta náutica
Definir carta náutica, escala, rosa dos ventos e batimetria.
Demonstrar a leitura de latitude e longitude na carta náutica.
1.3 Rumo, proa e marcação
Definir rumo, proa, declinação magnética e nortes verdadeiro e magnético.
Conceituar marcações verdadeira e magnética.
Explanar, por meio de exercícios, como calcular rumos e marcações.
1.4 Balizamento
Definir balizamento, bóias e balizas.
Ressaltar que o balizamento adotado no Brasil é o chamado Sistema
B da “International Association of Lighthouse Authorities” (IALA)
52
1.4.1 Apresentação dos sinais
Descrever as características dos sinais de balizamento (cor, formato e forma do
tope): sinais laterais, sinais laterais modificados, perigo isolado, águas seguras, balizamento
especial, sinais cardinais.
Chamar a atenção que é expressamente proibida a colocação de bóias e balizas
sem prévio conssentimento da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e que as
bóias do balizamento não podem ser usadas para nenhuma outra finalidade sob nenhum
pretesto.
1.5 Regras de navegação em rios e canais
Exemplificar cada situação apresentada no RIPEAM para embarcações navegando
em rios e canais estreitos.
1.6 A importância da conservação da sinalização náutica
Mostrar que o propósito dos recursos de sinalização náutica é orientar o navegante.
Lembrar a importância da preservação dos recursos de sinalização náutica e
balizamento.
Chamar a atenção para o fato de que a Capitania dos Portos deve ser notificada
imediatamente de qualquer problema constatado na sinalização.
53
INSTINST
DISCIPLINA VI: NOÇÕES BÁSICAS DE ESTABILIDADE
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos de estabilidade para conduzir pequenas
embarcações de maneira estável, com ênfase na distribuição dos pesos a bordo e peação
do material volante.
Conteúdo Programático
1 Estabilidade
Objetivos:
• Descrever os principais esforços sofridos por uma embarcação quando navegando;
• definir calado, boca, banda, trim, linha d’água, borda livre, obras vivas e obras
mortas;
• explicar a importância da correta distribuição longitudinal e transversal de pesos a
bordo; e
• citar as técnicas de peação do material a bordo.
1.1 Esforços estruturais longitudinais
Mostrar a importância da correta distribuição longitudinal dos pesos.
Conceituar alquebramento e tosamento.
1.2 Características lineares da embarcação
Definir calado, boca (máxima e moldada), banda, trim, linha d’água, linha de flutuação,
borda livre, carena e obras mortas.
Demonstrar a leitura de latitude e longitude na carta náutica.
54
1.3 Distribuição longitudinal e transversal de pesos
Definir centro de gravidade, centro de carena e braço de endireitamento.
Descrever o efeito de pesos altos sobre a estabilidade de uma embarcação.
Explanar o efeito de superfície livre.
1.4 Peação de carga
Conceituar peação e explicar a sua importância para a estabilidade da embarcação.
Listar o material utilizado em peação de cargas a bordo.
55
INSTINST
DISCIPLINA VII: COMBATE A INCÊNDIO
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre combate a incêndio a bordo.
Conteúdo Programático
1 Combate a incêndio
Objetivos:
• Descrever os componentes do triângulo do fogo;
• enumerar as classes de incêndio e os agentes extintores; e
• descrever as medidas preventivas contra incêndios a bordo.
1.1 Componentes do triângulo do fogo
Explicar que para existir fogo são necessários os três componentes do triângulo do
fogo: combustível, comburente e calor.
Definir combustível e apresentar suas classificações.
Definir comburente e exemplificar com o oxigênio do ar.
Definir temperatura de ignição.
1.2 Classificação dos incêndios
Apresentar as classes de incêndio e exemplificar cada uma delas.
Mostrar os símbolos de cada classe de incêndio.
1.3 Agentes extintores
Detalhar os agentes extintores: água, espuma, CO
2
e pó químico.
56
1.4 Medidas preventivas contra incêndios a bordo
Chamar a atenção para as principais e mais comuns causas de incêndios a bordo:
fumar em locais não apropriados; trapos embebidos em óleo ou graxa deixados em locais
aquecidos; acúmulo de gordura nas telas e dutos da cozinha; descuidos com lâmpadas
desprotegidas; eaterial inflamável armazenado indevidamente.
2 Procedimentos de combate a incêndio
Objetivos:
• Identificar os principais tipos de extintores portáteis;
• descrever as técnicas de combate a incêndio a bordo; e
• utilizar equipamentos de proteção individual no combate a incêndio.
2.1 Extintores portáteis
Explicar para que servem os extintores portáteis.
Descrever os extintores a água e exemplificar seu uso.
Descrever os extintores a espuma e exemplificar seu uso.
Descrever os extintores a CO
2
e exemplificar seu uso.
Descrever os extintores a pó químico e exemplificar seu uso.
2.2 Processos de extinção de incêndio
Descrever os processos de resfriamento, abafamento e isolamento.
2.3 Material de combate a incêndio
Descrever os diversos tipos de mangueiras e esguichos e exemplificar seu uso.
2.4 Equipamentos de proteção individual (EPI)
Listar os EPI relativos a combate a incêndio.
2.5 Procedimentos em caso de incêndio
Detalhar as ações que devem ser tomadas em caso de incêndio.
Enfatizar que a melhor maneira de se combater um incêndio é evitar que ele aconteça.
57
INSTINST
DISCIPLINA VIII: OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre motores diesel e sua
manutenção, possibilitando sua operação em pequenas embarcações.
Conteúdo Programático
1 Partes componentes do motor diesel
Objetivos:
• Identificar cabeçote, bloco, cárter, turbo-alimentador, filtros de ar, bombas
dependentes de óleo e de combustível e tanque de combustível;
• identificar as partes componentes do sistema de alimentação de combustível,
explicitando o funcionamento da bomba de combustível, bicos injetores e filtros;
• identificar as partes componentes do sistema de lubrificação, explicitando o
funcionamento da bomba de óleo lubrificante;
• identificar no sistema de resfriamento a bomba de água doce, a bomba de água
salgada, o tanque de expansão, o trocador de calor, a válvula termostática, o
circuito da água doce, o circuito da água salgada, ralos e filtros; e
• citar as partes dos sistemas de descargas dos gases.
1.1 Introdução
Mostrar a grande importância do motor Diesel na vida profissional do aquaviário e
explicitar as vantagens de conhecer o seu princípio de funcionamento e de possuir
habilidade para a condução segura e eficiente do motor de propulsão de uma pequena
embarcação.
1.2 Origem
Identificar o inventor do motor diesel.
Destacar as vantagens do motor diesel em
relação às máquinas existentes na época de sua
invenção.
1.3 Principais componentes
Definir bloco, cabeçote, cárter, êmbolo ou pistão,
biela ou conectora, eixo de manivelas ou virabrequim,
volante e turbo-alimentador.
Ar
Gases
Turbina
Compressor
58
1.4 Princípio básico de funcionamento
Conceituar motor com ciclo de funcionamento de quatro tempos.
Descrever detalhadamente como se processam as fases de funcionamento: admissão,
compressão, combustão e expansão e descarga.
Explicar o funcionamento das válvulas de admissão e descarga.
2 Operações com motores diesel
Objetivos:
• Descrever as providências preliminares para colocar um motor diesel em
funcionamento;
• identificar os componentes do sistema de partida e parada do motor;
• explicar o funcionamento do botão de partida, da bateria e do alternador.
• citar os procedimentos de partida e parada do motor; e
• descrever a finalidade dos indicadores do painel de instrumentos.
2.1 Providências para colocar o motor em funcionamento
Explanar as providências tomadas antes da partida de um motor diesel:
• verificar se existe a bordo quantidades suficientes de óleo combustível, óleo
lubrificante e água potável para a viagem;
• verificar o nível de óleo lubrificante no cárter;
• encher o tanque de serviço do motor com óleo combustível;
• folgar um pouco o engaxetamento da bucha do eixo propulsor;
• verificar a carga da bateria do motor elétrico de partida e carregá-la se houver
necessidade;
• abrir a válvula de fundo, as intermediárias e a de descarga no costado, pertencentes
ao sistema de resfriamento do motor; e
• girar o eixo de manivelas do motor por meio de uma alavanca para verificar se ele
pode girar livremente.
2.2 Identificação dos componentes do sistema de partida
Citar os componentes: bateria, um motor de arranque ou de partida, uma chave ou
botão de partida e alguns cabos elétricos.
Detalhar o funcionamento da bateria.
Listar os cuidados a serem observados para o bom
funcionamento de uma bateria.
59
INSTINST
2.3 Procedimentos na parada ou repouso do motor
Explicar detalhadamente os procedimentos para a parada do motor:
• reduzir gradativamente a marcha do motor ao chegar próximo do local de destino;
• fechar a válvula de comunicação de combustível no tanque após a parada total
do motor;
• fechar as válvulas (de fundo, intermediárias e do costado) do sistema de
resfriamento;
• deixar o motor esfriar e limpá-lo externamente;
• eliminar vazamentos e
• verificar a carga da bateria.
2.4 Instrumentos do painel de controle e suas finalidades
Explicar a utilização de manômetros e termômetros e exemplificar seu uso mo motor:
Chamar a atenção que esses instrumentos podem indicar uma situação de
emergência.
3 A manutenção de motores diesel
Objetivos:
• Descrever os cuidados básicos de segurança para acessar e trabalhar no
compartimento do motor;
• citar os principais itens da carta de lubrificação e da carta de avarias;
• identificar os sintomas de mau funcionamento do motor por ruídos anormais,
ausência de água salgada na descarga, excesso e coloração dos gases de
descargas;
• descrever os procedimentos de manutenção preventiva no sistema elétrico de
partida, no sistema de óleo combustível e no sistema de lubrificação;
• identificar as indicações dos mostradores do painel de controle; e
• descrever a finalidade dos indicadores do painel de instrumentos.
3.1 A segurança no compartimento do motor
Detalhar as medidas gerais de segurança recomendadas para proteger a vida das
pessoas e preservar o funcionamento das máquinas: prevenção contra acidentes e incêndio,
cuidados com as ferramentas e peças sobressalentes, manuais e planos, uso de roupas
apropriadas para o serviço, tanques de serviço de óleo combustível e circuitos elétricos.
Termômetro Manômetro
60
3.2 A carta ou tabela de lubrificação
Explicar a necessidade da utilização de óleo lubrificante em um motor.
Destacar que os fabricantes definem o lubrificante adequado às características de
funcionamento de cada um dos seus motores.
Apresentar uma tabela de lubrificação e exemplificar seu uso.
3.3 Sintomas de mau funcionamento do motor
Descrever os sintomas de anormalidades no motor: ruídos anormais em marcha
lenta, batidas fortes em marcha lenta, detonação em um ou mais cilindros, fumaça azul na
descarga, fumaça branca na descarga e fumaça negra na descarga.
Apresentar uma carta de avaria.
3.4 Manutenção preventiva nos sistemas do motor
Explicar que o sistema manutenção preventiva é um plano de trabalho sistemático
que tem o propósito de manter sempre o motor em boas condições de funcionamento.
Apresentar um plano de manutenção preventiva.
61
INSTINST
DISCIPLINA IX: PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO NO MEIO AMBIENTE
Propósito:
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre a prevenção da poluição no
meio aquaviário.
Conteúdo Programático
Objetivos:
• Conceituar meio ambiente;
• definir poluição;
• identificar os principais agentes poluidores: óleo, esgoto e lixo;
• citar as conseqüências oriundas da poluição;
• enumerar os procedimentos básicos para evitar a poluição; e
• explicar a importância da participação do aquaviário na proteção ao meio ambiente.
1. Conceito de meio ambiente
Conceituar meio ambiente e exemplificar suas formas de manifestação.
1.1 Cadeia alimentar
Explicar a importância da cadeia alimentar para a vida na Terra.
2 Poluição
Chamar a atenção para os prejuízos causados pela intervenção desequilibrada da
atividade humana no meio ambiente.
2.1 Degradação dos rios brasileiros
Descrever detalhadamente os problemas causados por: desmatamento, areais,
garimpo, excesso de água nas enchentes.
Apresentar as Leis 6.938 e 9.966 e exemplificar situações em que elas se aplicam.
62
2.2 Substâncias nocivas
Citar as substâncias nocivas à saúde humana e ao ecossistema aquático.
2.3 Poluição e outros Crimes Ambientais
Apresentar a Lei 9.605 e exemplificar situações em que elas se aplicam.
3 Principais agentes poluidores
3.1 Lixo
Detalhar o problema causado pelo acúmulo de lixo.
Apresentar as soluções existentes para o problema do lixo: lixões, incineradores,
aterros sanitários, coleta seletiva e reciclagem.
Listar regras básicas sobre o tratamento do lixo a bordo de uma embarcação.
3.2 Óleo
Enfatizar os danos causados pelo derramamento de óleo na água.
Citar a Legislação brasileira como uma das mais severas do munod sobre poluição
de mares, rios e lagoas (Lei 9.966/2000).
3.3 Esgoto
Explicar o tratamento a ser dado ao esgoto a bordo de uma embarcação.
4 Existe escasses de peixes?
Mostrar as soluções: fazendas de criação de peixes, o respeito ao defeso, a criação
de parques marinhos de preservação.
Apresentar a legislação que coibe
atividades de pesca lesivas ao meio ambiente:
Lei 9.605/1998.
63
Bibliografia
ABREU, Maria Célia de. O professor Universitário em Aula: prática e princípios
teóricos. 8 ed. São Paulo: MG Editores Associados, 1990.
BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegar é fácil. 11 ed. Rio de Janeiro: Marítima,
2001.
BARROS, Carlos; PAULINO, Wison R. Os seres vivos. São Paulo: Ática, 1999.
BORDENAVE, Juan D.; PEREIRA. Adair M. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. 20
ed. Petrópolis: Vozes,1999.
BRASIL. Marinha do Brasil. Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão. Manual
de Combate a Incêndio. Rio de Janeiro, 1999.
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Curso Básico de Trabalhador
Portuário. Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: DPC,2001.
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Manual de Combate a Incêndio.
Rio de Janeiro, 1998.
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Regulamento Internacional
para Evitar Abalroamento no Mar – RIPEAM-1972. Rio de Janeiro, 1996
BRASIL. Ministério da Saúde. Atendimento a Desastres, Manual de Treinamento. São
Paulo: Editora Equador, 2000. Apoio Cultural IBEP Ltda. Ed. Nacional, Projeto Trauma,
Colégio Brasileiro de Cirurgiões,Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Corpo
de Bombeiros, Conselho Federal de Medicina, Fundação da Faculdade de Medicina.
CANTO, Eduardo L.; PERUZZO, Francisco M. Química na abordagem do cotidiano. 2
ed. São paulo: Moderna, 1998.
FAJARDO, Augusto. Qualidade de vida com saúde total. Sociedade Brasileira de Nutrição
e Qualidade de Vida. 3 ed. São Paulo, 1999.
FONSECA, Maurílio M. Arte Naval. 5. ed. Rio de Janeiro: SDGM, 1989.
GIL, Antônio C. Metodologia do Ensino Superior. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997.
LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 2000.
MATOS JR, Antônio Carlos e al. Manual de Atendimento Médico Pré-Hospitalar. Life
Suport Emergency. MC, 2000
MEDEIROS, Ethel B. Provas Objetivas . 9 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,
1989.
Mercedes Bens do Brasil. Manual de Manutenção do Motor OM 366. Brasil, 1997.
64
MICROSOFT CORPORATION. Enciclopédia Encarta 2000. EUA, 1999. 1 compact disk
NÉRICI, Imídeo G. Metodologia do Ensino: uma introdução. 3 ed. São Paulo: Atlas,
1989.
ORGANIZACION METEOROLOGICA MUNDIAL (OMM). La meteorologia y el medio
ambiente humano. Genebra: OMM, 1971.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Guia Médico Internacional para Navios.
Washington: OMS, [ ].
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23 ed. São Paulo: Ática, 2000.
POLITO, Reinaldo. Recursos Audiovisuais nas Apresentações de Sucesso. 1ed. São
Paulo: Saraiva,1995.
Primeiros Socorros. São Paulo: Biologia e Saúde, 1998.
RODRIGUES, Gelmirez Ribeiro. Máquinas de Combustão Interna.CAD–APMQ. Belém:
CIABA, 2001.
SENAI. Apostila de Primeiros Socorros. Santos, 2001
TULER, Marcos. Manual do Professor. 1ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das
Assembléias de Deus, 2002.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Teste de Avaliação nr. 2 (Biologia 10º)
Teste de Avaliação nr. 2  (Biologia 10º)Teste de Avaliação nr. 2  (Biologia 10º)
Teste de Avaliação nr. 2 (Biologia 10º)Isaura Mourão
 
Transportes rodoviarios
Transportes rodoviariosTransportes rodoviarios
Transportes rodoviariosPedro Martins
 
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticosAuto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Ana Paula
 
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e AdamastorAnálise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Marisa Ferreira
 
Como organizar-relatorio-cientifico
Como organizar-relatorio-cientificoComo organizar-relatorio-cientifico
Como organizar-relatorio-cientificoUniengenheiros2011
 
Teste 2 Fevereiro Camões Lírico
Teste 2   Fevereiro  Camões LíricoTeste 2   Fevereiro  Camões Lírico
Teste 2 Fevereiro Camões LíricoVanda Sousa
 
Caderno de Apoio ao Professor.pdf
Caderno de Apoio ao Professor.pdfCaderno de Apoio ao Professor.pdf
Caderno de Apoio ao Professor.pdf
SusanaAlves460000
 
ae_bf10_qa_2.docx
ae_bf10_qa_2.docxae_bf10_qa_2.docx
ae_bf10_qa_2.docx
HugoLoureiro17
 
questoes de fisca
questoes de fiscaquestoes de fisca
questoes de fisca
Emerson Assis
 
Amália Rodrigues
Amália RodriguesAmália Rodrigues
Amália Rodrigues
Cristina Alves
 
Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx
 Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx
Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx
RodrigoAlves104170
 
caderno-de-apoio-ao-professor
caderno-de-apoio-ao-professorcaderno-de-apoio-ao-professor
caderno-de-apoio-ao-professor
anamuges
 
Analise no dia em que eu nasci moura e pereca
Analise no dia em que eu nasci moura e perecaAnalise no dia em que eu nasci moura e pereca
Analise no dia em que eu nasci moura e pereca
cnlx
 
A prática de literatura no ensino médio como inovar
A prática de literatura no ensino médio como inovarA prática de literatura no ensino médio como inovar
A prática de literatura no ensino médio como inovarUNEB
 
Linguística textual - Intertextualidade
Linguística textual - IntertextualidadeLinguística textual - Intertextualidade
Linguística textual - Intertextualidade
Catarina Castro
 
Bg 11 ciclos de vida - dáfnias
Bg 11   ciclos de vida - dáfniasBg 11   ciclos de vida - dáfnias
Bg 11 ciclos de vida - dáfniasNuno Correia
 
"Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas"
"Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas""Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas"
"Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas"
CatarinaSilva1000
 
Ciclos de vida Fernando Bação
Ciclos de vida  Fernando BaçãoCiclos de vida  Fernando Bação
Ciclos de vida Fernando Bação
cienciasbio1geo2
 
Meteorização química
Meteorização químicaMeteorização química
Meteorização químicaanabela
 

Mais procurados (20)

Teste de Avaliação nr. 2 (Biologia 10º)
Teste de Avaliação nr. 2  (Biologia 10º)Teste de Avaliação nr. 2  (Biologia 10º)
Teste de Avaliação nr. 2 (Biologia 10º)
 
Transportes rodoviarios
Transportes rodoviariosTransportes rodoviarios
Transportes rodoviarios
 
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticosAuto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
 
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e AdamastorAnálise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
 
Como organizar-relatorio-cientifico
Como organizar-relatorio-cientificoComo organizar-relatorio-cientifico
Como organizar-relatorio-cientifico
 
Teste 2 Fevereiro Camões Lírico
Teste 2   Fevereiro  Camões LíricoTeste 2   Fevereiro  Camões Lírico
Teste 2 Fevereiro Camões Lírico
 
Caderno de Apoio ao Professor.pdf
Caderno de Apoio ao Professor.pdfCaderno de Apoio ao Professor.pdf
Caderno de Apoio ao Professor.pdf
 
ae_bf10_qa_2.docx
ae_bf10_qa_2.docxae_bf10_qa_2.docx
ae_bf10_qa_2.docx
 
questoes de fisca
questoes de fiscaquestoes de fisca
questoes de fisca
 
Amália Rodrigues
Amália RodriguesAmália Rodrigues
Amália Rodrigues
 
Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx
 Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx
Preparação de soluções a partir de solutos sólidos.pptx
 
caderno-de-apoio-ao-professor
caderno-de-apoio-ao-professorcaderno-de-apoio-ao-professor
caderno-de-apoio-ao-professor
 
Analise no dia em que eu nasci moura e pereca
Analise no dia em que eu nasci moura e perecaAnalise no dia em que eu nasci moura e pereca
Analise no dia em que eu nasci moura e pereca
 
A prática de literatura no ensino médio como inovar
A prática de literatura no ensino médio como inovarA prática de literatura no ensino médio como inovar
A prática de literatura no ensino médio como inovar
 
Linguística textual - Intertextualidade
Linguística textual - IntertextualidadeLinguística textual - Intertextualidade
Linguística textual - Intertextualidade
 
Bg 11 ciclos de vida - dáfnias
Bg 11   ciclos de vida - dáfniasBg 11   ciclos de vida - dáfnias
Bg 11 ciclos de vida - dáfnias
 
"Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas"
"Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas""Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas"
"Mensagem" de Fernando Pessoa: "O das Quinas"
 
Teste 9º os lusíadas
Teste 9º os lusíadasTeste 9º os lusíadas
Teste 9º os lusíadas
 
Ciclos de vida Fernando Bação
Ciclos de vida  Fernando BaçãoCiclos de vida  Fernando Bação
Ciclos de vida Fernando Bação
 
Meteorização química
Meteorização químicaMeteorização química
Meteorização química
 

Semelhante a Instrutor cfaq e (2)

marinharia.pdf
marinharia.pdfmarinharia.pdf
marinharia.pdf
laizepamplona
 
Licitacao Porto Novo
Licitacao Porto NovoLicitacao Porto Novo
Licitacao Porto Novo
Paulo Veras
 
Plano de Carreira de Praças da Marinha do Brasil
Plano de Carreira de Praças da Marinha do BrasilPlano de Carreira de Praças da Marinha do Brasil
Plano de Carreira de Praças da Marinha do BrasilFalcão Brasil
 
16 maq 001-cfaq i-m 2013
16 maq 001-cfaq i-m 201316 maq 001-cfaq i-m 2013
16 maq 001-cfaq i-m 2013
Fabio Dos Anjos
 
Apostila nocoes de gestao de logistica
Apostila nocoes de gestao de logistica Apostila nocoes de gestao de logistica
Apostila nocoes de gestao de logistica andremegda
 
Apostila xarope
Apostila xaropeApostila xarope
Apostila xarope
Alex YuJi
 
Livro contrucao+naval
Livro contrucao+navalLivro contrucao+naval
Livro contrucao+navalLukasSeize
 
Classificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-Store
Classificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-StoreClassificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-Store
Classificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-StoreIOB News
 
Resíduos sólidos urbanos coleta
Resíduos sólidos urbanos coleta Resíduos sólidos urbanos coleta
Resíduos sólidos urbanos coleta Alexsandra Queiroz
 
Relatorio final histórico minicorredores
Relatorio final histórico minicorredoresRelatorio final histórico minicorredores
Relatorio final histórico minicorredoresEsperancaConduru
 
Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa Cláudio Carneiro
 
Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Plano Estratégico do Porto de Lisboa Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Plano Estratégico do Porto de Lisboa Cláudio Carneiro
 
CGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida
CGCFN-1001 - Manual de Ordem UnidaCGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida
CGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida
Falcão Brasil
 
305 01 00-04-28-edicao3.0_spb
305 01 00-04-28-edicao3.0_spb305 01 00-04-28-edicao3.0_spb
305 01 00-04-28-edicao3.0_spbJorge Maganinho
 
Edital arrendamento
Edital arrendamentoEdital arrendamento
Edital arrendamentoJamildo Melo
 

Semelhante a Instrutor cfaq e (2) (20)

marinharia.pdf
marinharia.pdfmarinharia.pdf
marinharia.pdf
 
Licitacao Porto Novo
Licitacao Porto NovoLicitacao Porto Novo
Licitacao Porto Novo
 
Contabilidade aula 01
Contabilidade aula 01Contabilidade aula 01
Contabilidade aula 01
 
Contabilidade aula 01
Contabilidade aula 01Contabilidade aula 01
Contabilidade aula 01
 
Plano de Carreira de Praças da Marinha do Brasil
Plano de Carreira de Praças da Marinha do BrasilPlano de Carreira de Praças da Marinha do Brasil
Plano de Carreira de Praças da Marinha do Brasil
 
16 maq 001-cfaq i-m 2013
16 maq 001-cfaq i-m 201316 maq 001-cfaq i-m 2013
16 maq 001-cfaq i-m 2013
 
Apostila nocoes de gestao de logistica
Apostila nocoes de gestao de logistica Apostila nocoes de gestao de logistica
Apostila nocoes de gestao de logistica
 
Apostila xarope
Apostila xaropeApostila xarope
Apostila xarope
 
Livro contrucao+naval
Livro contrucao+navalLivro contrucao+naval
Livro contrucao+naval
 
Classificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-Store
Classificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-StoreClassificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-Store
Classificação Fiscal de Mercadorias na Prática - IOB e-Store
 
Resíduos sólidos urbanos coleta
Resíduos sólidos urbanos coleta Resíduos sólidos urbanos coleta
Resíduos sólidos urbanos coleta
 
Relatorio final histórico minicorredores
Relatorio final histórico minicorredoresRelatorio final histórico minicorredores
Relatorio final histórico minicorredores
 
4 técnicas de estivagem (tes)
4 técnicas de estivagem (tes)4 técnicas de estivagem (tes)
4 técnicas de estivagem (tes)
 
Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Elaboração do Plano Estratégico do Porto de Lisboa
 
Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Plano Estratégico do Porto de Lisboa Plano Estratégico do Porto de Lisboa
Plano Estratégico do Porto de Lisboa
 
CGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida
CGCFN-1001 - Manual de Ordem UnidaCGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida
CGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida
 
305 01 00-04-28-edicao3.0_spb
305 01 00-04-28-edicao3.0_spb305 01 00-04-28-edicao3.0_spb
305 01 00-04-28-edicao3.0_spb
 
Dep pessoal
Dep pessoalDep pessoal
Dep pessoal
 
Projetopiscinas
ProjetopiscinasProjetopiscinas
Projetopiscinas
 
Edital arrendamento
Edital arrendamentoEdital arrendamento
Edital arrendamento
 

Mais de SERGIODEMELLOQUEIROZ

JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!
JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!
JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Apresentação1GGT.pdf
Apresentação1GGT.pdfApresentação1GGT.pdf
Apresentação1GGT.pdf
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Qué son los Valores.pdf
Qué son los Valores.pdfQué son los Valores.pdf
Qué son los Valores.pdf
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
SERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdf
SERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdfSERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdf
SERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdf
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Homo sapiens s.
Homo sapiens s.Homo sapiens s.
Homo sapiens s.
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
conhecimento
conhecimentoconhecimento
conhecimento
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
SERGIO DE MELLO WE li.pdf
SERGIO DE MELLO  WE li.pdfSERGIO DE MELLO  WE li.pdf
SERGIO DE MELLO WE li.pdf
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Manual do pastor
Manual do pastorManual do pastor
Manual do pastor
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Estudo de caso 11
Estudo de caso 11Estudo de caso 11
Estudo de caso 11
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Estudo de caso 10
Estudo de caso 10Estudo de caso 10
Estudo de caso 10
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Estudo de caso 09
Estudo de caso 09Estudo de caso 09
Estudo de caso 09
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Estudo de caso 08
Estudo de caso 08Estudo de caso 08
Estudo de caso 08
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Estudo de caso 07
Estudo de caso 07Estudo de caso 07
Estudo de caso 07
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 
Estudo de casos 01 a 06
Estudo de casos 01 a 06Estudo de casos 01 a 06
Estudo de casos 01 a 06
SERGIODEMELLOQUEIROZ
 

Mais de SERGIODEMELLOQUEIROZ (14)

JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!
JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!
JAMAIS DEVEMOS NOS DESCULPAR ... nestes casos!!!
 
Apresentação1GGT.pdf
Apresentação1GGT.pdfApresentação1GGT.pdf
Apresentação1GGT.pdf
 
Qué son los Valores.pdf
Qué son los Valores.pdfQué son los Valores.pdf
Qué son los Valores.pdf
 
SERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdf
SERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdfSERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdf
SERGIO DE MELLO QUEIROZ FRASES.pdf
 
Homo sapiens s.
Homo sapiens s.Homo sapiens s.
Homo sapiens s.
 
conhecimento
conhecimentoconhecimento
conhecimento
 
SERGIO DE MELLO WE li.pdf
SERGIO DE MELLO  WE li.pdfSERGIO DE MELLO  WE li.pdf
SERGIO DE MELLO WE li.pdf
 
Manual do pastor
Manual do pastorManual do pastor
Manual do pastor
 
Estudo de caso 11
Estudo de caso 11Estudo de caso 11
Estudo de caso 11
 
Estudo de caso 10
Estudo de caso 10Estudo de caso 10
Estudo de caso 10
 
Estudo de caso 09
Estudo de caso 09Estudo de caso 09
Estudo de caso 09
 
Estudo de caso 08
Estudo de caso 08Estudo de caso 08
Estudo de caso 08
 
Estudo de caso 07
Estudo de caso 07Estudo de caso 07
Estudo de caso 07
 
Estudo de casos 01 a 06
Estudo de casos 01 a 06Estudo de casos 01 a 06
Estudo de casos 01 a 06
 

Último

Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Centro Jacques Delors
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
Manuais Formação
 
Saudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em portuguêsSaudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em português
jacctradutora
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Ligia Galvão
 
Evolução - Teorias evolucionistas - Darwin e Lamarck
Evolução - Teorias evolucionistas - Darwin e LamarckEvolução - Teorias evolucionistas - Darwin e Lamarck
Evolução - Teorias evolucionistas - Darwin e Lamarck
luanakranz
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
LeandroTelesRocha2
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Editora
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
Martin M Flynn
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
felipescherner
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
Pereira801
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
CarlosEduardoSola
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
pamellaaraujo10
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
ifbauab
 
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sulo que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
CarlaInsStaub
 
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
RafaelNeves651350
 

Último (20)

Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
 
Saudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em portuguêsSaudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em português
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
 
Evolução - Teorias evolucionistas - Darwin e Lamarck
Evolução - Teorias evolucionistas - Darwin e LamarckEvolução - Teorias evolucionistas - Darwin e Lamarck
Evolução - Teorias evolucionistas - Darwin e Lamarck
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
 
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sulo que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
 
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
 

Instrutor cfaq e (2)

  • 1. MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS MÓDULO ESPECIAL CFAQ - E Manual do Instrutor 1ª edição Rio de Janeiro 2003
  • 2. © 2003 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas ________ exemplares Diretoria de Portos e Costas Rua Teófilo Otoni, nº 4 - Centro Rio de Janeiro, RJ 20090-000 http://www.mar.mil.br/~dpc/dpc.htm secom@dpc.mar.mil.br Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1825, de 20 de dezembro de 1907 IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL
  • 3. 3 Sumário Apresentação ......................................................................................................7 Curso de Formação de Aquaviários - Módulo Especial - Objetivo ................8 Características de Aplicação .............................................................................9 A Importância da Comunicação no Processo de Ensino-aprendizagem ......10 Conhecimentos Didático-Pedagógicos Básicos .............................................12 Planejamento de Ensino ....................................................................................13 Plano de aula....................................................................................................13 Objetivos .............................................................................................................15 Tipos de Objetivos ............................................................................................15 Classificação de Objetivos................................................................................15 Método de Ensino...............................................................................................17 Tipos de Métodos .............................................................................................17 Exposição Oral (Aula Expositiva) .................................................................17 Divisão de Pequenos Grupos .......................................................................18 Técnicas de Perguntas.................................................................................18 Dinâmicas de Grupo .....................................................................................19 Cochicho ......................................................................................................20 Tempestade Cerebral ...................................................................................20 Recursos Instrucionais ......................................................................................21 Classificação.....................................................................................................21 Normas para a utilização dos recursos .............................................................22 Procedimentos na utilização de alguns recursos ..............................................22 Quadro de giz ...............................................................................................22 Flanelógrafo..................................................................................................23 Transparência...............................................................................................23 Filmes ...........................................................................................................24 Computador..................................................................................................25 Avaliação da Aprendizagem...............................................................................26 Funções da Avaliação ......................................................................................26 Prova Escrita Dissertativa ou Discursiva ..........................................................26 Prova Objetiva ..................................................................................................28 Lacuna ou Complemento..............................................................................28 Associação ou Acasalamento.......................................................................29 Certo ou Errado ............................................................................................29 Ordenação ou Seriação................................................................................30 Escolha Múltipla (Múltipla Escolha) ..............................................................31 Anexos .................................................................................................................32
  • 4. 4 MARINHARIA 1 Estrutura das embarcações .............................................................................35 1.1 Embarcação........................................................................................................35 1.2 Classificação.......................................................................................................35 1.3 Identificação de corpos e partes .........................................................................36 1.4 Nomenclatura da embarcação ............................................................................36 1.5 Componentes estruturais ....................................................................................36 1.6 Sistemas de propulsão e governo.......................................................................36 1.7 Acessórios de convés .........................................................................................37 1.8 Aberturas ............................................................................................................37 1.9 Mastreação e aparelhos de carga.......................................................................37 1.10 Manobras ............................................................................................................37 1.11 Aparelhos de suspender e fundear .....................................................................37 1.12 Aparelhos de laborar...........................................................................................38 2 Cabos, nós, voltas e trabalhos do marinheiro ...............................................38 2.1 Tipos de cabos....................................................................................................38 2.2 Cuidados no manuseio dos cabos ......................................................................38 2.3 Nós e voltas ........................................................................................................39 2.3.1 Nós .....................................................................................................................39 2.3.2 Voltas ..................................................................................................................39 2.4 Trabalhos marinheiros ........................................................................................39 PRIMEIROS SOCORROS 1 Primeiros socorros ...........................................................................................40 1.1 Introdução ...........................................................................................................40 1.2 O que são primeiros socorros .............................................................................40 1.3 Primeiras atitudes ...............................................................................................40 1.4 Sinais vitais de um acidentado ...........................................................................41 1.5 O transporte seguro de um acidentado...............................................................41 1.6 Enjôo...................................................................................................................41 2 Procedimentos em emergência .......................................................................42 2.1 Afogamento e choque elétrico ............................................................................42 2.1.1 Procedimentos em caso de afogamento .............................................................42 2.1.2 Procedimentos em caso de choque elétrico .......................................................42 2.2 Fraturas ..............................................................................................................43 2.2.1 Tipos de fraturas .................................................................................................43 2.2.2 Técnica de imobilização em caso de fratura .......................................................43 2.3 O processo de hemostasia .................................................................................43 2.3.1 Sangramentos externos ......................................................................................43 2.3.2 Sangramentos internos .......................................................................................43 2.3.3 Sangramentos nasais .........................................................................................44 2.3.4 Torniquetes .........................................................................................................44 2.4 Queimaduras ......................................................................................................44
  • 5. 5 SOBREVIVÊNCIA DO NÁUFRAGO 1 Material de salvatagem......................................................................................45 1.1 Introdução .............................................................................................................45 1.2 Os recursos para salvatagem nas embarcações ..................................................45 1.3 Colete salva-vidas.................................................................................................45 1.4 Bóia salva-vidas....................................................................................................46 1.5 Embarcação de sobrevivência ..............................................................................46 1.6 Procedimentos do náufrago antes do resgate ......................................................46 2 Procedimentos de Sobrevivência .....................................................................47 2.1 Procedimentos de abandono da embarcação .......................................................47 2.2 Vestimenta para o abandono da embarcação .......................................................47 2.3 Distância da embarcação sinistrada .....................................................................48 2.4 Destroços como recurso para flutuação................................................................48 2.5 Ingestão de água salgada .....................................................................................48 REGRAS DE MANOBRA, LUZES E SINAIS SONOROS 1 Regras de manobra e suas descrições.............................................................49 1.1 Introdução .............................................................................................................49 1.2 Estrutura do Regulamento Para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM) .............49 1.3 Regras de manobra no mar ..................................................................................49 1.4 Regras de navegação e manobra em rios e canais ..............................................49 1.5 Prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação ..............................50 2 Luzes e sinais sonoros ......................................................................................50 2.1 Identificação de luzes e marcas ............................................................................50 2.2 Sinais sonoros ......................................................................................................50 2.3 Sinais sonoros emitidos em baixa visibilidade ......................................................50 NOÇÕES BÁSICAS DE NAVEGAÇÃO 1 Navegação ...........................................................................................................51 1.1 Fundamentos básicos da navegação....................................................................51 1.2 Carta náutica.........................................................................................................51 1.3 Rumo, proa e marcação........................................................................................51 1.4 Balizamento ..........................................................................................................51 1.4.1Apresentação dos sinais .......................................................................................52 1.5 Regras de navegação em rios e canais ................................................................52 1.6 A importância da conservação da sinalização náutica ..........................................52 NOÇÕES BÁSICAS DE ESTABILIDADE 1 Estabilidade.........................................................................................................53 1.1 Esforços estruturais longitudinais .........................................................................53 1.2 Características lineares da embarcação ...............................................................53 1.3 Distribuição longitudinal e transversal de pesos ...................................................54 1.4 Peação da carga ...................................................................................................54
  • 6. 6 COMBATE A INCÊNDIO 1 Combate a incêndio............................................................................................55 1.1 Componentes do triângulo do fogo .......................................................................55 1.2 Classificação dos incêndios ..................................................................................55 1.3 Agentes extintores ................................................................................................55 1.4 Medidas preventivas contra incêndios a bordo .....................................................56 2 Procedimentos de combate a incêndio ............................................................56 2.1 Extintores portáteis ...............................................................................................56 2.2 Processos de extinção de incêndio.......................................................................56 2.3 Material de combate a incêndio ............................................................................56 2.4 Equipamentos de proteção individual ...................................................................56 2.5 Procedimento em caso de incêndio ......................................................................56 OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL 1 Partes componentes do motor diesel ...............................................................57 1.1 Introdução .............................................................................................................57 1.2 Origem ..................................................................................................................57 1.3 Principais componentes ........................................................................................57 1.4 Princípio básico de funcionamento .......................................................................58 2 Operações com motores diesel.........................................................................58 2.1 Providências para colocar o motor em funcionamento .........................................58 2.2 Identificação dos componentes do sistema de partida..........................................58 2.3 Procedimentos na parada ou repouso do motor ...................................................59 2.4 Instrumentos do painel de controle e suas finalidades..........................................59 3 A manutenção de motores diesel......................................................................59 3.1 A segurança no compartimento do motor .............................................................59 3.2 A carta ou tabela de lubrificação ...........................................................................60 3.3 Sintomas de mau funcionamento do motor...........................................................60 3.4 A manutenção preventiva nos sistemas do motor ................................................60 PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE 1 Conceito de meio ambiente ...............................................................................61 1.1 Cadeia Alimentar...................................................................................................61 2 Poluição ...............................................................................................................61 2.1 Degradação dos rios brasileiros............................................................................61 2.2 Substância nocivas ...............................................................................................62 2.3 Poluição e outros Crimes Ambientais ...................................................................62 3 Principais agentes poluidores...........................................................................62 3.1 Lixo .......................................................................................................................62 3.2 Óleo ......................................................................................................................62 3.3 Esgoto...................................................................................................................62 4 Há escassez de peixes? .....................................................................................62 Bibliografia ..................................................................................................................63
  • 7. 7 INSTINST APRESENTAÇÃO Caro Instrutor, Este manual tem como propósito orientá-lo na condução do curso, e contém os objetivos e procedimentos de como o conteúdo deve ser abordado, inclusive com lembretes de pontos importantes a serem enfocados. Um fator importante a ser considerado é saber que uma série de condições é exigida para que ocorra a aprendizagem no adulto, pois o mesmo busca sempre respostas para as questões: Qual o significado do curso para mim? O que ele me proporcionará? É necessário ficar compreendido como determinante inicial o objetivo e o caminho a ser percorrido. A referência deve ser de onde se parte para onde se quer chegar, para ascender a um nível superior de informações, conhecimentos e práticas. Cabe a você Professor/Instrutor compreender que o candidato a Aquaviário (adulto) – como aluno – é alguém que traz consigo uma gama de experiências que devem ser valorizadas como ponto de partida e enriquecimento para a elaboração de situações de aprendizagem tanto no que se refere ao conteúdo quanto às técnicas de ensino a serem utilizadas. Assim, iremos oferecer, subsídios para auxiliá-lo na elaboração de suas aulas, visando ao alcance com sucesso dos objetivos deste Curso.
  • 8. 8 CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS - MÓDULO ESPECIAL OBJETIVO Com intuito de suprir os desafios impostos pela modernização, a Diretoria de Portos e Costas decidiu criar este curso visando a elevar a habilitação e a capacidade técnica do pessoal envolvido nas atividades aquaviárias, promover a conscientização dos profissionais quanto à preservação do meio marinho e demais vias aquáticas, além de incrementar os níveis de segurança do pessoal e material deste setor. O Módulo Especial destina-se a proporcionar aos candidatos a Aquaviários conhecimentos básicos sobre a operação de pequenas embarcações, a segurança da navegação, a salvaguarda da vida de seus tripulantes e a preservação do meio ambiente das vias navegáveis, para a formação no nível de Marinheiro-auxiliar nos grupos (Marítimos, Fluviários e Pescadores).
  • 9. 9 INSTINST CARACTERÍSTICAS DE APLICAÇÃO Sabemos que este curso destina-se a um amplo universo de candidatos a aquaviários que irão tripular pequenas embarcações no litoral e vias aquáticas interiores em todo território Nacional. Sua aplicação abrangerá uma diversidade de meios instrucionais, desde salas de aulas bem instaladas em organizações de terra a ambientes mais simples em meios flutuantes. Por outro lado, o seu período de duração é relativamente curto, o que exigirá do instrutor um redobrado esforço quanto à fixação dos conteúdos. Pelos motivos expostos acima há necessidade de enfatizar, aos instrutores, os seguintes pontos: n Deverá ser perseguida a fixação dos fundamentos necessários à habilitação pretendida; n serão levadas em consideração as características regionais do local de realização do curso, adaptando-se o conteúdo no que for preciso; e n da mesma forma devem ser enfocadas as peculiaridades das categorias (Marítimos, Fluviários ou Pescadores) a que se destinam.
  • 10. 10 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM O que significa comunicar? No sentido prático, comunicar é transmitir idéias e informações com o principal objetivo de promover o entendimento entre os indivíduos. O que faz um professor quando ensina? Naturalmente ele se comunica com a classe. Sua intenção primordial é fazer com que seus alunos entendam perfeitamente sua mensagem, isto é, o conteúdo do ensino. Da boa comunicação em sala de aula, dependem não só a retenção de conteúdos, mas, de forma ampla, todos os processos de formação do aluno, especialmente, o respeito mútuo, a cooperação e a criatividade. Na comunicação há elementos técnicos, como a mensagem, o código, o canal e retroalimentação (feedback) e psicológicos, como o receptor e o emissor. O emissor elabora uma mensagem, codifica esta mensagem e emite a informação. O receptor recebe esta informação, decodifica, isto é, interpreta. Se não houver interferência (ruído), a comunicação se estabelece. A mensagem expressa o propósito do emissor. O código é a linguagem utilizada, que deve ser comum a ambos. O canal é o processo a ser utilizado para transmissão da mensagem. A realimentação (feedback) é o retorno da informação do receptor ao emissor, tornando possível a auto correção. Alguns aspectos para serem levados em consideração durante uma apresentação: n Ter objetivos claros; n desenvolver a empatia; n conhecer o público alvo; n ser espontâneo (estimular a participação do aluno); n usar o olhar (olhe para todos os alunos igualmente, como se estivesse falando a cada um deles); n eliminar os vícios de linguagem ( né, tá, certo, ok, aí, etc); n enriquecer seu vocabulário; n utilizar a voz adequadamente (fale pausado e claro. Varie o tom de voz de acordo com o assunto; n utilizar-se de gestos (gestos espontâneos permitem atingir um melhor encadeamento de idéias e estimula os alunos); e n partir do nível em que os alunos estão e ajudá-los no seu progresso.
  • 11. 11 INSTINST Algumas técnicas de como evitar a interferência de conversas na comunicação: n Aproximar-se de quem esta falando; n diminuir, gradativamente, o tom de voz; n parar de falar; e n fazer uma pergunta sobre o assunto, caso as pessoas insistam na conversa. Observe um exemplo de uma mensagem: Lembre-se: O professor não deve ser o único a falar, ele deve escutar os alunos e privilegiar a sua linguagem, pois assim a comunicação será efetuada. As idéias mais importantes deverão ser repetidas sob formas diferentes para não causar monotonia. É aconselhável que o professor promova debates, discussões, trabalhos em grupo, dinâmicas, incentivando a troca de experiências e informações. etneicifeD etneicifE rosseforP ,otnemiugessorpodnaD: setnenopmocsoratneserpasomav :ogoforizudorparapsoirássecen ;levítsubmoC-1 e;etnerubmoC-2 .oãçingiedarutarepmeT-3 rosseforP otnemidnetnerohlemmuaraP: asoidnêcnimerrocoeuqmeossecorpod sotnemelesorecehnocsomasicerp,odrob emmairedopsêcoV.ogofmezudorpeuq ?setseoãssotnemeleeuqracidni AonulA rolaC: rosseforP edordauqonatona(mebotiuM: ?otnemeleortuO.)zig BonulA levítsubmocO: F
  • 12. 12 CONHECIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS BÁSICOS O professor precisa: Ø Entender o processo ensino-aprendizagem, isto é, ensinar não é somente transmitir, transferir conhecimentos de uma cabeça a outra, comunicar, significa fazer pensar, ajudar o aluno a criar novos hábitos de pensamento e ação; Ø planejar suas aulas; Ø conhecer variados métodos de ensino; Ø estar motivado para ensinar e dominar o conteúdo a ser abordado; e Ø conhecer a realidade do aluno na qual ele vai atuar. O professor deverá utilizar-se de expressões verbais e exemplos práticos ligados à atividade marítima.
  • 13. 13 INSTINST PLANEJAMENTO DE ENSINO É um programa de ação que constitui um roteiro seguro para conduzir, progressivamente, os alunos aos resultados desejados. Consiste em traduzir em termos mais concretos o que o professor fará em sala de aula. Plano de aula É uma previsão de atividades convenientemente estruturadas e distribuídas, que devem se desenvolver em etapas sucessivas e interligadas, em função dos objetivos previstos e do tempo disponível para o professor e aluno interagirem numa dinâmica de aprendizagem. O plano de aula deve apresentar uma ordem seqüencial a fim de facilitar a integração de conhecimentos por parte dos alunos. Ao planejar, o professor deve refletir sobre as seguintes questões: Após refletir sobre as questões acima, como elaborar um plano de aula? n Identificar o tema central da aula; n estabelecer o objetivo operacional da aula, deixando claro para o aluno o que se espera dele ao final da aula; n determinar o conteúdo que será estudado; n estabelecer os procedimentos, selecionando as formas de utilizar o conteúdo que será abordado para atingir o objetivo; n escolher os recursos instrucionais; e n escolher o instrumento de avaliação. ?raçnaclaodneterpeuqO aluaatsearapsovitejbosuemoãssiauQ sonulasoaluaasópaeuqáreS?acifícepse erevercse,rednopserededadicapacaoãret ?sodadrobasodúetnocsoretabed ?raçnaclaomoC ?sodairporpasiamsodotémsosiauQ ?opmetotnauqmE ?aluaadoãçudortnianieratsagopmetotnauQ ?oãsulcnocaN?otnemivlovnesedoN ?rezafomocerezafeuqO ?aluaatserizudortniedarienamrohlemalauQ arienamedodúetnocoritimsnartossopomoC sosrucereuqeD?etnasseretnieetnearta ?ropsidiereved ?railavaomoC euqoãçailavaedsotnemurtsnisosiauQ ?ierazilitu
  • 14. 14 No final da aula é importante que o professor faça uma síntese do conteúdo trabalhado e uma verificação da aprendizagem com os alunos. Observe algumas maneiras de verificar o aprendizado: Ø Utilizar a técnica de pergunta, formulando-a e indicando um aluno para respondê- la ou dirigindo-se à turma deixando à vontade para quem quiser responder; Ø recapitular e enfatizar pontos importantes do assunto com auxílio da turma; Ø estimular um debate sobre o tema da aula; e Ø solicitar exemplos formulados pelos alunos. Apresentamos, em anexo, um modelo de Plano de Aula. Um bom plano de aula promove a eficiência do ensino, economiza tempo e energia, contribui para a realização dos objetivos visados e evita a improvisação.
  • 15. 15 INSTINST OBJETIVOS São os resultados que pretendemos obter, a meta a ser alcançada, o alvo a ser atingido, a intenção ou a finalidade de todo e qualquer trabalho. Eles devem ser estabelecidos em termos possíveis, concretos e operacionais e é necessário que não só o professor tenha conhecimento, mas também o aluno, por isso, os objetivos devem ser claros, possíveis de serem executados e alcançáveis. Os objetivos são norteadores: n da seleção de todos os demais elementos do processo instrucional. Nenhum professor seleciona material ou procedimentos de trabalho, sem antes ter definido precisamente aonde chegar; n do processo de avaliação de aprendizagem. Se não estão claramente definidos não temos os parâmetros para verificar até que ponto foram atingidos; e n do próprio aluno em sua aprendizagem. Uma vez conhecendo o que o professor pretende, é mais fácil para que ele mesmo busque instrumentos ou atividades que o ajudem a alcançar tais objetivos. É impossível selecionar meios eficientes de ensino sem estabelecer previamente os objetivos. Tipos de Objetivos Gerais Ú São complexos e alcançáveis em períodos mais amplos. Têm caráter finalístico, referem-se àquilo que o aluno será capaz de fazer ao final do curso. Quando utilizamos? Ao planejarmos um Curso. Específicos Ú São os mais simples, concretos, alcançáveis em menor tempo e explicitam desempenhos observáveis. Quando utilizamos? Ao planejarmos os conteúdos da Disciplina. Instrucionais Ú São mais completos, que expressam com clareza não só o que se espera do aluno, mas também em que condições devemos fazê-lo e até que ponto o desempenho será considerado satisfatório. Quando utilizamos? Ao planejarmos uma Aula. Classificação dos Objetivos Os objetivos de aprendizagem podem ser classificados em três domínios: Cognitivo Ú são os vinculados à memória e ao desempenho de capacidades e habilidades intelectuais do aluno. Ex.: O aluno deverá responder alguma pergunta. Afetivo Ú são os que descrevem mudança de interesses, atitudes e valores. Ex.: Oalunodeverámanifestaralgumsentimentoemrelaçãoàmatériadada. Psicomotor Ú são os relacionados às habilidades motoras, manipulativas. Ex.: O aluno deverá fazer, praticar e exercer alguma atividade.
  • 16. 16 Lembre-se: O objetivo de uma aula é o comportamento que o professor espera que os alunos apresentem ao final da mesma, como resultado de sua aprendizagem. Portanto, o objetivo deve indicar o comportamento observável do aluno e não do professor. O comportamento observável é indicado por um verbo na forma infinitiva. Cada objetivo deve indicar somente uma ação e devendo ser coerente com o tempo e com os recursos instrucionais disponíveis. Há uma infinidade de verbos apropriados que ajudarão a você na elaboração dos objetivos. Vejamos, a seguir, uma relação nos diversos níveis: -icehnoC otnem -neerpmoC oãs oãçacilpA esilánA esetníS oãçailavA rinifeD retrevnoC racilpA racilpA ratneserpA rasilanA ratnopA retabeD raluclaC raluclaC ranibmoC railavA rahlateD rizudeD riurtsnoC rarapmoC ralipmoC rarapmoC revercseD rinifeD retrevnoC racitirC ropmoC riulcnoC rangiseD rartsnomeD revercseD revercseD riurtsnoC rehlocsE ranimreteD rahlateD ranimreteD rahlateD ranedrooC ramitsE riugnitsiD revercseD ranimircsiD raicnerefiD rairC ratnemadnuF raremunE ritucsiD riugnitsiD ranimircsiD rirbocseD raterpretnI raicnunE riugnitsiD rautefE ropmoceD raenileD ragluJ racificepsE ramitsE rarobalE rangiseD rartsnomeD racifitsuJ racifilpmexE racifilpmexE ragerpmE riugnitsiD revercseD rideM ranalpxE ranalpxE revercsE raicnunE rigiriD racifilauQ racifitnedI racilpxE racilpxE racificepsE rarobalE ranoicaleR ratsiL ropxE rartsulI recelebatsE razitameuqsE ranoiceleS racraM rasserpxE ralupinaM ratnemirepxE racilpxE radilaV ranoicneM rartsulI raesunaM racilpxE ralumroF rartsoM raterpretnI rarepO rartsulI rarraN raemoN razilacoL racitarP ranoicarF razinagrO rizudeR rarraN raraperP ranoicisoP rajenalP ranoicaleR razinagrO rizudorP ravorP rizudorP rataleR ranoicaleR ravorP ranoicaleR roporP rartsigeR ranoiceleS revloseR ranoiceleS rataleR ritepeR rairamuS raçarT rarapeS ratneserpeR ranoiceleS rizudarT rasU razitetniS F
  • 17. 17 INSTINST MÉTODO DE ENSINO É o caminho para chegar a um fim desejado. É a organização racional e prática dos recursos e procedimentos do professor, visando a conduzir a aprendizagem dos alunos aos resultados previstos e desejados. Quais são os métodos mais eficazes? O fato é que, determinado método pode ser melhor para certos propósitos e não tão eficiente para outros. A sua escolha depende dos propósitos, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos equipamentos. Lembre-se: Cada método tem o seu valor e o seu propósito e devem ser adequados aos objetivos de cada aula. Algumas normas para a seleção de métodos de ensino: Ø Certifique-se de que o método ou atividade combina com o nível de habilidade e maturidade dos alunos; Ø disponibilize varias opções de atividades para estimular o interesse dos alunos; Ø insira orientações claras para assegurar o sucesso do aluno; Ø inclua perguntas planejadas que ajudem o aluno a refletir nos níveis de conhecimento, compreensão e aplicação; e Ø proporcione direção e incentivo que sustentem o interesse e a motivação do aluno. Tipos de Métodos Exposição Oral (Aula Expositiva) O que é? É um método tradicional, onde o professor, diante do grupo, expõe oralmente a matéria. Ao preparar a aula expositiva o professor deve: ü Ter claro o objetivo da aula; ü planejar em que seqüência fará a explanação, para garantir que haja clareza e que as idéias se completem, sem sair em digressões; e ü considerar que existe limite de tempo para a sua aula. Ao ministrar a aula expositiva: ü Tornar os alunos cientes dos objetivos da aula; ü procurar ganhar a atenção dos alunos de início, mediante a apresentação de um problema, colocação de uma pergunta, etc.; F
  • 18. 18 ü expor uma idéia de cada vez; ü considerar o ritmo da turma em termos de tomar notas e ter tempo para refletir a respeito do que está ouvindo, apresentando alguns pontos mais difíceis pausadamente; ü concretizar as idéias mediante exemplos, ilustrações etc.; ü programar estudos e trabalhos complementares; e ü sintetizar os pontos principais, ao final da aula. Nunca utilizá-la em disciplinas práticas, no máximo, admite-se sua presença na parte introdutória. Divisão de Pequenos Grupos O que é? Caracteriza-se pela divisão da turma em pequenos grupos para a realização de uma atividade específica. Este método visa a desenvolver a capacidade de estudar um assunto em equipe, de forma sistemática. Cada grupo deverá ter um relator. Levando em conta o tamanho da classe, a turma deverá ser dividida em pequenos grupos de 3 a 5 alunos. Como funciona? O professor deverá escrever no quadro algumas questões referentes ao tema em estudo para reflexão e discussão. Terminando o tempo da discussão, os relatores de cada grupo deverão apresentar suas conclusões as quais poderão ser resumidas no quadro. Considere o limite de tempo reservado para o estudo da lição propriamente dita. Técnicas de Perguntas Pergunta Geral Ú é aquela que o professor faz à turma, sem especificar quem deverá responder. Esse tipo de pergunta é usado para: ü Incentivar os alunos; ü iniciar e prolongar um debate; ü manter a atenção da turma; ü aumentar a participação; ü reanimar a turma quando perceber desinteresse em determinados momentos da aula; e ü verificar a aprendizagem.
  • 19. 19 INSTINST Pergunta Dirigida Ú é aquela que o professor dirige a um determinado aluno nas seguintes situações: ü Encorajar um aluno tímido – neste caso, procure fazer uma pergunta fácil, de modo que ele possa responder e, com isso, motivar-se a participar da aula integrando-se ao grupo; ü interromper um diálogo paralelo – neste caso, o professor deve aproximar-se ante os alunos que estão dialogando, procurando inibir a conversa. Caso não obtenha êxito, procure saber se o assunto é pertinente, caso seja, solicite que os alunos passem para o grupo suas possíveis dúvidas ou questionamentos; caso contrário, faça a pergunta de forma sutil, de maneira que não haja bloqueio; e ü verificar a aprendizagem. Pergunta Reversa Ú é a pergunta feita por um aluno ao professor, na qual este último devolve ao aluno, visando a: ü Estimular o aluno a responder; e ü solicitar ao aluno que aperfeiçoe a pergunta, caso não tenha sido clara. Pergunta Redistribuída Ú é a pergunta feita por um aluno ao professor, que a repassa à turma ou a um determinado aluno com a finalidade de: ü Aumentar a participação geral; ü buscaraparticipaçãodeumdeterminadoaluno–nestecaso,deve-seaplicaratécnica somente quando tiver certeza de que o aluno terá condições de responder; e ü ganhar tempo para pensar na resposta, caso não a tenha no momento. ATENÇÃO !! ­ Elogie sem exageros as respostas certas. ­ Não critique as respostas erradas; solicite a opinião de outro aluno. ­ Evite formular perguntas vagas ou ambíguas. ­ Não “invente” respostas; o aluno jamais poderá ser enganado. Dinâmicas de Grupo O que é? É a participação espontânea ou dirigida dos alunos na busca conjunta de soluções para problemas propostos pelo professor. As dinâmicas possuem várias técnicas. O professor deve escolhê-las e aplicá-las de acordo com o objetivo que pretende alcançar e com o grupo a que se destina. A técnica não se destina a ensinar, mas permite a transferência de conhecimentos adquiridos ou a fixação e generalização desses conhecimentos. Eis algumas:
  • 20. 20 Phillips 66 O que é? É a divisão de um grupo grande de alunos em pequenas frações de seis membros que discutem um assunto durante seis minutos. Tem por objetivos obter várias opiniões e soluções para um mesmo caso, conseguir a participação de um grande número de pessoas em uma discussão e desenvolver a capacidade de síntese e de coordenação. O coordenador, na abertura, apresenta o tema e estabelece o tempo; os grupos discutem o assunto e chegam às suas conclusões durante o estudo; durante a apresentação de cada grupo, um dos seus componentes relata as conclusões; e, durante a discussão, o coordenador as analisa, esclarece dúvidas, completa informações e distribui material de apoio para leitura posterior. O secretário indicado pelo coordenador ou que se apresenta voluntariamente tem função de registrar no quadro as opiniões dos grupos, aproximando idéias afins e consignando as conclusões gerais. Apresentamos, em anexo, três exemplos de disposição dos participantes dessa técnica. Cochicho O que é? É uma variante da técnica Phillips 66, cada grupo é composto por apenas 2 alunos que discutem uma questão proposta pelo coordenador durante dois minutos. Os objetivos são de obter integração inicial, superar inibições de falar em público e ter opiniões de todos em curto espaço de tempo. Apresentamos, em anexo, dois exemplos de disposição dos participantes dessa técnica. Tempestade Cerebral O que é? Constitui-se num modo de estimular a geração de novas idéias a respeito de determinado tema, onde os alunos atuam em um clima informal, com total liberdade para expressarem o que pensam, a fim de se obter idéias originais ou soluções novas e criativas. Tem por objetivos principais desenvolver e exercitar a imaginação criadora. O professor faz uma pergunta e, um aluno de cada vez, responde imediatamente com suas próprias palavras, sem ter o tempo necessário para estruturar ou ordenar logicamente a resposta. Todas as idéias são anotadas, selecionadas e as mais adequadas à situação e de simples realização são utilizadas na conclusão final junto com o grupo.
  • 21. 21 INSTINST RECURSOS INSTRUCIONAIS Os recursos instrucionais são meios indispensáveis para que a aprendizagem se realize. Visam essencialmente a facilitar a compreensão da mensagem, tornando o processo ensino-aprendizagem mais significativo. Classificação São classificados em humanos e materiais. Os humanos dizem respeito a todas as pessoas envolvidas no ensino, tais como: n A própria voz do professor; n a participação do aluno; e n qualquer pessoa que tenha a função de auxiliar o ensino. Os materiais são os meios que facilitam a assimilação da mensagem que se pretende comunicar, tais como: n Quadro de giz ou de acrílico branco; n flanelógrafos; n ilustrações sob a forma de desenhos, gravuras, pinturas e fotografias; n cartazes; n visitas, entrevistas e museus; n projeções móveis (filmes); n projeções fixas (retroprojetor, slides); n flip chart (bloco de papel); n livros, jornais e revistas; n videocassete; n microcomputadores; n rádio; n fita magnética; e n televisão. Objetivos n Despertar e motivar o interesse dos alunos; n favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação; n aproximar o aluno da realidade; n oferecer informações e dados; n permitir a fixação da aprendizagem; n ilustrar noções abstratas; e n desenvolver a experimentação concreta. Vantagens n Atuam sobre os órgãos dos sentidos dos alunos; n melhoram a retenção;
  • 22. 22 n atuam como incentivos; n economizam tempo; n reforçam a comunicação oral; e n contribuem para obter atenção dos alunos. Critérios e princípios para a utilização dos recursos n Considerar os objetivos a serem alcançados; n deve-se levar em conta a natureza da matéria a ser ensinada; n considerar as condições ambientais e o tempo disponível; e n só utilizar recursos que tenham amplo domínio. Normas para a utilização dos recursos 1. Seleção e análise Antes de começar a aula, selecione e analise cuidadosamente todos os recursos que estiverem à sua disposição, sempre tendo em mente os objetivos a serem alcançados. 2. Ordem de prioridade O uso dos recursos não pode tornar-se para seus alunos em mera exposição de materiais a ponto de despertar-lhe apenas a curiosidade. Cada recurso deve ter sua finalidade definida e relevante. 3. Apresentação clara, simples e acessível Os recursos didáticos devem proporcionar aos alunos condições para desenvolver sua capacidade de compreensão, interpretação e aplicação. Utilizar-se de materiais do cotidiano dos alunos. Procedimentos para a utilização dos recursos Quadro-de-giz Para que serve? ----- Apresentar esquemas, resumos e registrar dados; ----- apresentar idéias por meio de desenhos; e ----- transcrever e resolver exercícios. Vantagens • É fácil de ser encontrado e utilizado; • facilita correção e alteração nos assuntos apresentados; • possibilita adequar a apresentação ao nível do público; e • possibilita a participação efetiva dos alunos.
  • 23. 23 INSTINST Forma de utilização ü Limpá-lo de cima para baixo, fazendo com que o pó caia sobre o aparador; ü dividi-lo em áreas, se necessário; ü apresentar o assunto em resumos e esquemas; ü começar a escrever na parte de cima e do lado esquerdo do quadro; ü escrever de maneira legível, utilizando letras grandes, abreviando sempre que puder; ü falar enquanto estiver escrevendo para fixar melhor os conceitos e facilitar o acompanhamento dos alunos; ü utilizar gravuras, quando necessário; e ü utilizar giz de cor apenas para realçar palavras ou desenhos. Se trabalhar com quadro branco utilizar, no máximo, três cores de caneta. Flanelógrafo É uma superfície rígida, recoberta por flanela ou material aderente ou com outro material leve, tendo na parte posterior, lã, flanela, feltro, veludo ou lixa de madeira. Para que serve? ----- Ilustrar textos e conceitos; e ----- apresentar figuras. Vantagens • Possibilita a apresentação de um assunto por etapas, segundo o planejamento do professor; • permite ao professor colocar, retirar e/ou acrescentar peças no ritmo adequado ao desenvolvimento da apresentação; e • flexibilidade (o mesmo material pode ser usado em diferentes níveis e disciplinas variando apenas a explicação oral e o ritmo da apresentação. Serve tanto para incentivar a aprendizagem quanto para a apresentação de um novo assunto: sistematizar, fixar ou verificar a aprendizagem. Transparência É uma folha transparente (em tamanho carta, preferencialmente) que deve ser projetada num equipamento chamado retroprojetor. Para que serve? ----- Abordar temas que permitam a sua divisão em partes; ----- enriquecer uma aula expositiva; ----- apresentar dados previamente elaborados, de forma organizada e seqüencial; e ----- sistematizar um assunto.
  • 24. 24 Vantagens • Ajuda a apresentação da aula de forma mais organizada, orientada e dirigida; • poupa tempo da apresentação; • concentra a atenção do aluno no tópico que está sendo desenvolvido; • cria maior expectativa com relação aos tópicos seguintes; • fixa tópicos essenciais; e • ajuda na melhor visualização de idéias, por meio de ilustrações. Ao utilizar o retroprojetor, o professor deverá seguir algumas regras, tais como: ü Colocar a transparência; ü cobri-la com uma “máscara” (papel), se necessário; ü ligar o retroprojetor ; ü desligá-lo em seguida, após ter dado tempo suficiente para que os alunos leiam e fixem o que foi projetado; ü posicionar a tela de projeção de forma que todos tenham uma boa visualização; ü proceder à explicação, afastando-se do retroprojetor; e ü usar uma caneta ou vareta para apontar tópicos que estão sendo apresentados diretamente na tela. Filmes É um recurso audiovisual apresentado com o uso de um vídeo cassete e uma televisão, que proporciona imagem e som de fatos e/ou situações que não sejam possíveis serem vistas e/ou vivenciadas de forma real. Procedimentos para exibição dos filmes ü Ver o filme com antecedência; ü analisar sua adequação aos objetivos da aula; ü escolher um filme ou cena de um filme que realmente tenha relação com o assunto a ser abordado; ü preparar o ambiente e o material que será empregado na exibição; ü anunciar o tema aos alunos; ü destacar os pontos principais a serem observados, antes da projeção, comentando-os antes e depois; e ü permanecer na sala.
  • 25. 25 INSTINST Computador A utilização do computador está cada vez mais acentuada, seja em auditório ou em sala de aula. Os programas para elaborar apresentações nos permitem gerar imagens com movimentos, sons e ilustrações com rapidez e qualidade. Cabe ao professor selecionar o recurso e dimensionar seu uso, pois sabemos que a disponibilidade do mesmo varia de acordo com o local de aplicação. Usar a criatividade é fundamental para não utilizar-se somente de quadro e giz.
  • 26. 26 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM É um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento propostas nos objetivos. A avaliação não é um fim, mas um meio, que permite verificar até que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com adoção de novos procedimentos que possibilitem sanar as deficiências identificadas. O que deve ser observado no aluno para que o consideremos apto em determinada área do conhecimento? Nesse sentido, avaliar significa fazer um julgamento sobre os resultados, isto é, comparar o que foi realizado com o que se pretendia alcançar. Funções da avaliação A avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo ensino- aprendizagem, com objetivos distintos. No início do processo temos a avaliação diagnóstica que é utilizada para verificar: n Conhecimentos que os alunos têm; n pré-requisitos que os alunos apresentam; e n particularidades dos alunos. Aplica-se este tipo de avaliação no início de uma unidade, semestre ou ano letivo. Ao longo do processo ensino-aprendizagem temos a avaliação formativa que tem uma função controladora. Com os seguintes propósitos: n Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem; e n localizar as deficiências na organização do ensino. No fim do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação somativa que tem função classificatória, isto é, classifica os alunos no fim de um semestre, ano, curso ou unidade segundo níveis de aproveitamento. A prova é a forma mais comum de avaliação somativa e vários são os seus tipos. Vejamos: Prova escrita dissertativa ou discursiva É composta por um conjunto de questões ou temas onde o aluno têm a liberdade de organizar como quer os elementos da resposta, baseado no conteúdo que foi trabalhado em aula. Cada questão deve ser elaborada com objetividade e clareza, visando ao desenvolvimento das habilidades intelectuais. Por exemplo: raciocínio lógico, organização das idéias, capacidade de fazer relações entre fatos idéias e coisas, capacidade de aplicação de conhecimentos e etc.
  • 27. 27 INSTINST Vantagens • Facilitar a verificação do domínio da habilidade de leitura, escrita, aplicação, exemplificação, análise, síntese e julgamento; • favorecer a liberdade do aluno de mostrar a sua individualidade, incentivando-o a organizar, integrar e expressar suas próprias idéias; e • ter melhor aplicabilidade a exame de grupo pequeno. Desvantagens • Permitir a subjetividade na construção e no julgamento; • cobrir terreno limitado, não favorecendo uma amostragem representativa de conteúdo e objetivos; e • favorecer a improvisação por parte do professor. Técnicas de construção ü Ter clareza na finalidade da prova; ü construir questões de conteúdo significativo; ü dar igualdade de condições a todos os examinandos, abandonando a prática de admitir a escolha dentro de uma lista de perguntas, que prejudica o julgamento dentro de critérios comuns; ü formular enunciados com terminologia específica, centralizados no comportamento a verificar; ü formular enunciados com tarefas bem definidas, esclarecendo a direção e o âmbito da resposta desejada, para evitar “fugas”; ü utilizar linguagem precisa e simples; ü incluir no roteiro da questão dados como: extensão da resposta, critérios de julgamento, valor de cada questão; ü dar tempo suficiente para reflexão, organização da resposta e redação; ü não formular questões ligadas entre si, para evitar que o erro de uma, prejudique a seguinte; e ü elaborar a chave de apuração, onde constarão as respostas consideradas ideais. Isto favorece a correção de falhas da elaboração, por permitir um constante reajuste em função das respostas obtidas. Algumas sugestões para atenuar a subjetidade do julgamento Com apoio na chave de apuração feita no momento da elaboração da prova, faça uma correção anônima, julgando uma questão de cada vez em todas as provas. É recomendável também que diferentes examinadores, igualmente qualificados, leiam e julguem as provas, sem conhecimento de julgadores anteriores.
  • 28. 28 Prova objetiva É um instrumento de medida composto de questões tão precisamente especificadas, que cada qual só admita uma resposta , previamente definida, o que lhe assegura a impessoalidade do julgamento e inteiro acordo entre examinadores diferentes. Tipos de questões objetivas 1- Lacuna ou complemento Ú Consiste no preenchimento de lacunas em uma ou mais frases. Vantagens • Ser de fácil compreensão pelo examinado; • exigir redação mais simples que os demais tipos de questões objetivas; • oferecer resposta breve, facilitando o exame de maior número de conteúdo; • ser de fácil planejamento; e • possibilitar verificação imediata da habilidade de aquisição e aplicação de conhecimentos (verificação de conceitos/ definições/ identificação de elementos em gráfico/ problemas de matemática/ física e química). Desvantagens • Ter maior probabilidade de questões defeituosas pela facilidade aparente de construção; • ter menos objetividade que as demais, pela possibilidade de respostas imprevistas; • ser mais tendenciosa à verificação do domínio de informações isoladas, encorajando a memorização; • ser de verificação difícil quanto ao domínio de percepção de relações complexas; • oferecer maior tendência à verificação da facilidade verbal ou de vocabulário; e • dificultar o julgamento. Técnicas de construção ü Só aplicar este tipo de questão quando for necessário que o examinando mostre o que aprendeu numa resposta curta. (Ex.: forma gramatical e problemas de matemática); ü colocar a lacuna no final da questão, para melhor encaminhar o pensamento do examinando; ü dar significado de relevância às lacunas, não cobrando minúcias; ü construir a questão de forma a só admitir uma resposta; ü organizar respostas curtas, para dar maior objetividade ao item; ü evitar o uso de artigos, pronomes e tamanho do espaço em branco que possam dar “pista” para a resposta. ü não utilizar mais de duas lacunas em cada questão para não transformá-la em “charada”; e ü não utilizar frases textuais de livros, para não encorajar a memorização.
  • 29. 29 INSTINST 2- Associação ou acasalamento Ú Consiste no estabelecimento de associações entre elementos, apresentados em 2 (dois) grupos. Vantagens • Ser de formulação rápida e fácil, em função de enunciado restrito à uma instrução comum a várias questões; • possibilitar resolução rápida; • ter julgamento objetivo e rápido; e • reduzir a probabilidade de acerto por sorte, pelas várias opções de combinação. Desvantagens • Ter emprego limitado a situações com a mesma base de correspondência; • apresentar dificuldade de obtenção de pares suficientes com relação de valor; e • possibilitar o encorajamento da memorização pelo uso de associações isoladas. Técnicas de construção ü Admitir apenas uma combinação certa, para cada par de elementos; ü organizar os elementos de cada coluna em uma ordem lógica (alfabética, cronológica, de grandeza, etc.); ü colocar numa coluna mais elementos do que na outra, para diminuir o acerto por simples eliminação; ü colocar, no máximo, 10 (dez) elementos em cada coluna, para facilitar a organização de listas homogêneas; ü não dividir a questão em duas folhas; e ü dar preferência a letras maiúsculas na identificação da resposta, para facilitar a correção. 3- Certo ou errado Ú Consiste no pronunciamento sobre a verdade ou falsidade de cada uma das afirmações apresentadas. Vantagens • Ser uma prova simples, rápida e direta do conhecimento do aluno; • ocupar pouco espaço; • permitir a verificação de numerosos pontos; • ter julgamento rápido e objetivo; • ser de fácil elaboração, especialmente quando o prazo é pequeno; • verificar, com facilidade e economia de tempo, os seguintes resultados: • interpretação de texto novo. • análise da tabela, gráfico. • definição de teorias, leis, etc. • avaliação crítica de explicações de fatos ou fenômenos. • ser adaptável à verificação do conhecimento das medidas que não se devem tomar em certas emergências.
  • 30. 30 Desvantagens • Restringir a pontos indiscutivelmente certos ou errados; • possibilitar a ambigüidade, se não forem bem construídas; • apresentar a interferência do fator sorte; e • ter menor precisão, comparando-se, por exemplo, com a múltipla escolha, fator que pode ser atenuado utilizando-se o dobro de questões. Técnicas de construção ü Redigir frases simples e curtas, pois não se está aferindo a habilidade de leitura e sim o julgamento do acerto ou erro; ü não utilizar frases textuais de livros ou apostilas, para evitar a memorização; ü evitar alternativas com interpretação dupla; ü não utilizar como erro ou acerto um dado de importância secundária; ü limitar cada questão a apenas um único assunto; ü reduzir ao mínimo as negativas; ü evitar o emprego de palavras como sempre, nunca, todos, somente, para não evidenciar a resposta desejada; ü construir as frases corretas e incorretas com igual extensão, para também não evidenciar a resposta certa; e ü construir numerosas perguntas para atenuar a probabilidade de acerto por acaso. 4- Ordenação ou seriação Ú Consiste na arrumação, por ordem, de acordo com as instruções, os elementos de um conjunto. Vantagens • Ter construção simples; • possibilitar resposta rápida; e • atender a verificação de seqüências (cronologia de fatos, transformações sucessivas, etapas de um processo, etc.). Desvantagens • Ter julgamento demorado, pela possibilidade do examinando acertar apenas parte da seqüência; • possibilitar que um erro provoque outro; e • ter utilização restrita a material sujeito à ordenação lógica. Técnicas de construção ü Construir a lista de forma concisa, especificando claramente o tipo de ordenação desejada. ü apresentar as perguntas com o nº 1 já no lugar correspondente, quando não houver referência na instrução, para dar a direção da seqüência; ü dar uma ordem lógica aos elementos, para não evidenciar a resposta; ü utilizar, no mínimo, três elementos para ordenar, com vistas à redução da probabilidade de acerto por acaso; e ü indicar na instrução que só serão computadas as questões certas do princípio ao fim.
  • 31. 31 INSTINST 5- Escolha múltipla (múltipla escolha Ú São as questões mais vantajosas de todas. Diante de uma pergunta ou problema, o aluno deve optar por uma, dentre algumas respostas apresentadas (devem ter quatro ou cinco opções). Vantagens • Adaptam-se às situações mais variadas, admitindo diversas formas, caracterizadas todas pela presença de opções (por serem muito flexíveis são as questões mais utilizáveis); • apresentam opções de resposta para exame crítico, não precisando apoiar-se em memorização; • não dependem de um padrão absoluto de verdade, porque em geral pedem a melhor opção; e • solicitam a capacidade de analisar e comparar possíveis respostas, estimulando uma atividade crítica. Desvantagens • Exigem muito mais tempo e habilidade do examinador, para imaginar várias opções incorretas, porém plausíveis, para cada questão; • sua solução toma mais tempo, já que demanda a inspeção atenta de quatro ou cinco opções, o que prolonga a duração da prova e pode cansar; e • não pode verificar a capacidade de criação nem a originalidade do examinando. Técnicas de construção ü Faça questões curtas; ü formule uma pergunta e a sua resposta (sobre a qual não deve pairar dúvidas). ü se quiser tornar a questão mais concisa, transforme a pergunta em uma afirmação incompleta, seguida de opções para terminá-la. Lembre-se: São diversas as modalidades de prova objetiva, que são aplicáveis com maior ou menor propriedade aos diversos objetivos específicos de aprendizagem. O propósito é orientá-lo, proporcionando algumas sugestões que, tenho certeza, serão proveitosas em seu trabalho. Cabe a você, especialista em sua disciplina, utilizar os tipos mais adequados a cada conteúdo na avaliação do processo ensino aprendizagem. F
  • 32. 32 Disposições para aplicação da técnica Phillips 66 a) Primeira disposição b) Segunda disposição c) Terceira disposição Coordenador Coordenador Coordenador quadro-de-giz quadro-de-giz quadro-de-giz Auditório mesa mesa mesa
  • 33. 33 INSTINST Disposições para aplicação da técnica do Cochicho a) Primeira disposição b) Segunda disposição quadro-de-giz Coordenador mesa quadro-de-giz mesa Coordenador
  • 34. 34 :OSRUC EDADINUADLARTNECOTNUSSA :ANILPICSID :ROSSEFORP PLANO DE AULA INTRODUÇÃO Resumo da aula anterior Título e tópicos Objetivos Motivação Tempo EXPLICAÇÃO (Resumo dos pontos mais importantes da matéria.) APLICAÇÃO ( Metodologia empregada na condução das atividades práticas da aula.) VERIFICAÇÃO (Perguntas e respostas sobre o conteúdo.) SUMÁRIO (Resumo dos pontos mais importantes da aula, enfatizando as falhas detectadas na verificação.) RECURSOS INSTRUCIONAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS OBSERVAÇÕES
  • 35. 35 INSTINST DISCIPLINA I: MARINHARIA Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre marinharia. Conteúdo Programático 1 Estrutura das embarcações Objetivos: • Definir castelo de proa, tombadilho, superestrutura, conveses, casco e seus acessórios, quilha, cavernas, porões, compartimento de motores e casa do leme; • identificar proa, popa, bordos, regiões do casco, linha d’água, borda, paineiros, portas e gaiútas, cunhos e cabeços; • identificar mastros, lanças, paus-de-carga, turcos, tipos de ferros e aparelhos de suspender e fundear; e • identificar teque, talha, talha dobrada, estralheira singela e estralheira dobrada. 1.1 Embarcação Conceituar embarcação. Definir navio. 1.2 Classificação Classificar as embarcações de três maneiras; quanto ao: • fim a que se destinam; • material de construção do casco; e • sistema de propulsão. Explicar que algumas embarcações modernas são construídas de fibra de vidro ou novos materiais compostos e que existem embarcações que utilizam mais de um tipo de propulsão. Citar exemplos de embarcações para cada classificação apresentada.
  • 36. 36 1.3 Identificação de corpos e partes Definir e descrever corpos, proa, popa, meia nau, bordos, bochecha, través e aletas. 1.4 Nomenclatura da embarcação Apresentar uma introdução do assunto, citando alguns nomes de partes importantes de uma embarcação, e explicando que a partir desse ponto os alunos terão oportunidade de travar conhecimento com palavras até então desconhecidas que nomeiam as diversas partes de uma embarcação. 1.5 Componentes estruturais Definir casco, quilha, cavername, chapeamentos ou revestimentos interior e exterior. Conceituar Linha d’água e linha de flutuação. Destacar que quando a embarcação está completamente carregada a linha de flutuação coincide com a parte superior da linha d’água. Descrever calado e apresentar as marcas de calado. Demonstrar a leitura das marcas de calado. Apresentar as características dos conveses e identificar o convés principal, o castelo de proa e o tombadilho. Citar a nomenclatura dos conveses. 1.6 Sistemas de propulsão e governo Definir e exemplificar motor de propulsão, eixo propulsor, leme e hélice. Chamar a atenção para a tradição marinheira que considera hélice como palavra masculina. Descrever a roda do leme ou timão e suas malaguetas.
  • 37. 37 INSTINST 1.7 Acessórios de convés Conceituar espia. Identificar os diversos acessórios e equipamentos situados no convés utilizados para laborar espias: cabrestante, cabeços, buzina e tamanca. 1.8 Aberturas Detalhar as diversas aberturas encontradas em uma embarcação: portaló, portas, portas de visita, escotilha, escotilhão, vigia e olho de boi. Alertar para a importância da porta estanque. 1.9 Mastreação e aparelhos de carga Definir mastreação e mastro. Explicar a utilidade de um turco para içar e arriar carga. 1.10 Manobras Explicar detalhadamente como se processam as manobras de atracação, desatracação, fundear e suspender. 1.11 Aparelhos de fundear e suspender Descrever a máquina de suspender. Mostrar a diferença entre cabrestante e molinete.
  • 38. 38 Citar os dispositivos e equipamentos do aparelho de fundear e suspender: amarra, escovém, abita, mordente e paiol da amarra. Identificar quartelada e quartéis. Definir âncora ou ferro. Listar alguns tipos de âncoras: almirantado, patente e danforth. 1.12 Aparelhos de laborar Definir e explicar o funcionamento de um aparelho de laborar. Conceituar moitão e cardernal. Identificar os principais tipos de aparelhos de laborar: moitão, teque, talhas e estralheiras. 2 Cabos, nós, voltas e trabalhos do marinheiro Objetivos: • Identificar os tipos de cabos: fibra, nylon, arame e suas principais destinações; • executar os seguintes nós e voltas: lais de guia, nó direito, nó torto, balso pelo seio, nó de escota, balso de correr, nó de azelha e nó de pescador; e • citar os mais usuais trabalhos marinheiros utilizando os cabos: falcaça, pinhas, botões, percinta e forração. 2.1 Tipos de cabos Apresentar as características dos diversos tipos de cabos: vegetal, sintético, de arame e mistos. 2.2 Cuidados no manuseio dos cabos Destacar a necessidade de cuidados para que os cabos não ressequem, percam a sua elasticidade ou partam-se. Demonstrar como colher os cabos em aduchas: pandeiro, à inglesa ou em cobros. Detalhar os cuidados específicos para com os cabos de arame.
  • 39. 39 INSTINST 2.3 Nós e voltas 2.3.1 Nós Explicar detalhadamente a utilização de cada um dos nós e demonstrar como eles são elaborados: meia-volta, nós de azelha, frade, direito, torto, escota, lais de guia, catau, pescador, moringa e balso calafate. 2.3.2 Voltas Explicar para que servem as voltas e demonstrar como elas são elaboradas: voltas da malagueta, falida, ribeira, fiel, tortor e redonda. 2.4 Trabalhos marinheiros Demonstrar como elaborar botões, falcaças, pinhas. Identificar defensas. Conceituar forrar, engaiar e percintar.
  • 40. 40 DISCIPLINA II: PRIMEIROS SOCORROS Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre as técnicas primárias de primeiros socorros a bordo. Conteúdo Programático 1 Primeiros socorros Objetivos: • Conceituar primeiros socorros; • identificar os sinais vitais em um acidentado: respiração, pulsação e temperatura; e • citar os procedimentos para o transporte seguro de um acidentado. 1.1 Introdução Esclarecer sobre os acidentes mais comuns a bordo, tais como, quedas por escorregões no convés, batidas com a cabeça, queimaduras em motores, choques elétricos, insolação, enjôo, etc. Explicar que, em situações de emergência, é fundamental manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. 1.2 O que são primeiros socorros? Conceituar primeiros socorros. 1.3 Primeiras atitudes Lembrar que a bordo de uma embarcação não se conta com o auxílio de outras pessoas ao prestar socorro a um acidentado. Destacar algumas regras básicas ao prestar os primeiros socorros: • transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e segurança ao acidentado; • agir rapidamente; • usar os conhecimentos básicos de primeiros socorros; e • improvisar quando necessário.
  • 41. 41 INSTINST 1.4 Sinais vitais de um acidentado Demonstrar como observar o nível de consciência, a sensibilidade, a capacidade de movimentação muscular do acidentado, a desobstrução das vias aéreas, sua respiração e sua pulsação. 1.5 O transporte seguro de um acidentado Chamar a atenção para os cuidados a tomar para que a remoção ou movimentação de um acidentado não agrave as lesões existentes. Demonstrar as providências para transporte seguro do acidentado. 1.6 Enjôo Alertar para a importantância da preparação antes de enfrentar o mar. Citar medicamentos preventivos contra enjôo e lembrar que o efeito deles varia de pessoa para pessoa, podendo não ter a mesma eficácia para todas. Listar alguns cuidados a serem observados a bordo: manter-se bem alimentado, evitar bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos e cigarro e permanecer em locais arejados.
  • 42. 42 2 Procedimentos em emergência Objetivos: • Descrever os procedimentos em caso de afogamento e choque elétrico; • citar as técnicas de imobilização em casos de fraturas; • descrever o processo de hemostasia; e • citar os procedimentos de primeiros socorros em caso de queimadura. 2.1 Afogamento e choque elétrico 2.1.1 Procedimentos em caso de afogamento Explicar detalhadamente os procedimentos em caso de afogamento: • não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima; • checar os sinais vitais; • aplicar as técnicas de ressuscitação imediatamente; • manter a vítima aquecida; • ministrar oxigênio; e • tratar o estado de choque. 2.1.2 Procedimentos em caso de choque elétrico Explicar o processo da passagem de corrente elétrica pelo corpo humano. Demonstrar os procedimentos em caso de choque elétrico: • desligar o aparelho da tomada ou da chave geral; • ao usar as mãos para remover uma pessoa, envolvê-las em jornal ou num saco de papel; • afastar a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto não-condutor de eletricidade; • cobrir as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo; • deitar o acidentado de costas com as pernas elevadas se ele estiver consciente, caso contrário deitá-lo de lado; e • cobrir o acidentado com um cobertor. Demonstrar como realizar a ressuscitação cardiorrespiratória.
  • 43. 43 INSTINST 2.2 Fraturas 2.2.1 Tipos de fraturas Identificar os principais tipos de fraturas e listar seus sintomas. 2.2.2 Técnica de imobilização em casos de fraturas Demonstrar os procedimentos de imobilização: • colocar gaze, lenço ou pano limpo sobre o ferimento; • firmar o curativo usando um cinto, uma gravata ou uma tira de pano; • estancar a hemorragia, se for o caso; • deitar o acidentado; e • colocar uma tala sem tentar colocar o membro em posição natural. Explanar os cuidados ao aplicar uma atadura. 2.3 O processo de hemostasia 2.3.1 Sangramentos externos Explicar detalhadamente o que deve ser feito: pressionar o local, cobrir o ferimento com gaze, aplicar atadura, comprimir artéria ou veia. Chamar a atenção para o que não se deve fazer: não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos nem aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto. 2.3.2 Sangramentos internos Detalhar os sinais externos de sangramentos internos: • pulso fraco e acelerado; • pele fria e pálida; • mucosas dos olhos e da boca brancas; • mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sangüínea;e • sede, tontura e inconsciência. Chamar a atenção para o que não se deve fazer: não dar alimentos à vítima e nem aqueçê-la demais com cobertores.
  • 44. 44 2.3.3 Sangramentos nasais Demonstrar o que fazer nessa situação: • inclinar a cabeça do acidentado para frente; • comprimir a narina que sangra e aplicar compressas frias no local; • depois de alguns minutos, afrouxar a pressão vagarosamente sem assoar o nariz; e • voltar a comprimir a narina caso persista a hemorragia. 2.3.4 Torniquetes Alertar que o torniquete somente deve ser aplicado em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Demonstrar as técnicas de aplicação: • amarrar um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes; • amarrar um bastão sobre o nó do tecido; • torcer o bastão até estancar o sangramento; e • desapertar gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado. 2.4 Queimaduras Identificar as queimaduras por suas manifestações na pele. Explicar detalhadamente o que deve ser feito de acordo com o tipo de queimadura: • resfriar o local com água fria imediatamente e secá-locom um pano limpo; • cobrir o ferimento com compressas de gaze; • em queimaduras de 2º grau embeber a gaze em vaselina estéril; • manter a região queimada mais elevada do que o resto do corpo; e • dar bastante líquido para a pessoa e, em caso de dor, ministrar um analgésico. • se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procurar um médico imediatamente. Chamar a atenção para o que não se deve fazer: • não tocar a área afetada; • nunca furar as bolhas; • não tentar retirar pedaços de roupa grudados na pele; • não usar manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura; • não cobrir a queimadura com algodão; e • não usar gelo ou água gelada para resfriar a região. Explicar o que deve ser feito em caso de queimaduras químicas e solares.
  • 45. 45 INSTINST DISCIPLINA III: SOBREVIVÊNCIA DO NÁUFRAGO Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre os procedimentos de sobrevivência e de utilização do material de salvatagem. Conteúdo Programático 1 Material de salvatagem Objetivos: • Citar os recursos obrigatórios para salvatagem nas embarcações; • descrever a utilização do colete salva-vidas; • efetuar o lançamento de bóia salva-vidas; • citar o procedimento de embarque em um bote salva-vidas; e • citar os principais procedimentos do náufrago pouco antes do resgate. 1.1 Introdução Esclarecer que as questões relativas à segurança dizem respeito a todos a bordo. Destacar que o conhecimento das técnicas de sobrevivência e o treinamento adequado podem salvar uma vida. 1.2 Os recursos para salvatagem nas embarcações Conceituar equipamentos de salvatagem individuais e os coletivos. Apresentar as características dos equipamentos de salvatagem: coletes, bóias, balsas infláveis e rígidas, baleeiras, bote orgânico. 1.3 Colete salva-vidas Lembrar que as normas internacionais estabelecem que os tripulantes de embarcações devem ser capazes de vestir o colete salva-vidas, corretamente, em até 1 minuto, e sem ajuda, portanto é muito importante que a sua colocação seja treinada com freqüência.
  • 46. 46 Chamar a atenção para as regras de utilização do colete salva-vidas: • Nunca use seu colete salva-vidas como encosto, almofada ou travesseiro, pois você pode avariá-lo; • Não o tire da embarcação, pois poderá faltar para alguém a bordo; e • Sempre que for feito algum treinamento, principalmente dentro da água salgada, o equipamento deve ser lavado com água doce e posto para secar, antes de ser guardado no camarote ou no paiol de salvatagem. Demonstrar como vestir o colete salva-vidas. 1.4 Bóia salva-vidas Listar os acessórios da bóia salva-vidas: retinida flutuante, um sinal fumígeno flutuante e o facho Holmes e explicar o funcionamento de cada um deles. Descrever as ações a tomar quando alguém cair no mar: • dar o alarme em primeiro lugar; • jogar uma bóia salva-vidas com retinida; • lançar ao mar equipamentos de sinalização para marcar a posição da pessoa; • manter a vítima sempre à vista; e • providenciar algum dispositivo para içar a pessoa de dentro da água. 1.5 Embarcação de sobrevivência Explanar os métodos seco e molhado de embarque na embarcação de sobrevivência. Descrever como desvirar uma balsa inflável. 1.6 Procedimentos do náufrago antes do resgate Apresentar os procedimentos importantes de sobrevivência no mar: • cortar o cabo da balsa salva-vidas após nela embarcar; • permanecer vestido com o colete salva-vidas; • afastar-se da embarcação que está afundando; • recolher pessoas e objetos que estejam dentro da água; • manter juntas todas embarcações de sobrevivência; • não se expor ao sol; • controlar a distribuição das rações de sobrevivência – água e alimento; e • manter os sinalizadores de emergência prontos.
  • 47. 47 INSTINST 2 Procedimentos de sobrevivência Objetivos: • Definir o procedimento de abandono da embarcação; • explicar a importância de se manter a indumentária como proteção do corpo; • explicar a necessidade de se manter a uma distância segura da embarcação sinistrada; • explicar a importância da utilização dos destroços como recurso para flutuação; e • citar o perigo de ingestão de água salgada. 2.1 Procedimentos de abandono da embarcação Chamar a atenção que a ordem de abandonar embarcação é dada pelo Comandante ou Mestre. Descrever os procedimentos que devem ser seguidos após o toque de alarme geral: vestir roupas adicionais, o colete salva-vidas e dirigir-se ao ponto de reunião. Listar regras úteis a serem seguidas durante a faina de abandono. 2.2 Vestimenta para o abandono da embarcação Destacar que a hipotermia é a maior causa de morte em sobrevivência no mar. Explicar que as roupas, principalmente as de lã, representam a grande proteção do náufrago. Enfatizar que o abandono sempre é feito vestido com colete salva-vidas.
  • 48. 48 2.3 Distância da embarcação sinistrada Explicar que é necessário se afastar da embarcação sinistrada para não correr riscos. Mostrar que também é importante que os náufragos se mantenham nas proximidades do sinistro para efeito de resgate. 2.4 Destroços como recurso para flutuação Explicar que a utilização dos próprios destroços da própria embarcação naufragada é um bom recurso para se manter na superfície. 2.5 Ingestão de água salgada Chamar a atenção para o fato de que beber água salgada mata.
  • 49. 49 INSTINST DISCIPLINA IV: REGRAS DE MANOBRA, LUZES E SINAIS SONOROS Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre as regras de manobra e governo e de luzes e sinais sonoros. Conteúdo Programático 1 Regras de manobra e suas descrições Objetivos: • Descrever a manobra da embarcação em situações comuns: roda-a-roda, alcançando e em rumo de colisão; • citar as regras de navegação em rios e canais estreitos; e • descrever a prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação. 1.1 Introdução Explicar o que é e para que serve o regulamento internacional chamado RIPEAM. 1.2 Estrutura do Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM) Apresentar as características das quatro partes do RIPEAM. Comentar sobre as regras e anexos existentes no RIPEAM. 1.3 Regras de manobra no mar Descrever as situações e explicar detalhadamente a execução de cada manobra para evitar a colisão. 1.4 Regras de navegação e manobra em rios e canais Chamar a atenção para alguns cuidados e procedimentos relativos à velocidade em canais e rios. Explicar os efeitos da interferência recíproca quando do cruzamento de embarcações.
  • 50. 50 1.5 Prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação Estabelecer claramente que embarcação é obrigada a manobrar, de acordo com sua propulsão, seu emprego ou sua situação. Lembrar que a embarcação obrigada a manobrar deve fazê-lo com antecedência e de forma clara, de forma que a outra embarcação perceba perfeitamente a sua intenção. 2 Luzes e sinais sonoros Objetivos: • Identificar as luzes e marcas exibidas por embarcações navegando, fundeadas, encalhadas, com manobra restrita, engajadas na pesca e rebocando; • descrever os sinais sonoros emitidos por uma embarcação manobrando; e • identificar os sinais sonoros emitidos por uma embarcação em situação de baixa visibilidade. 2.1 Identificação de luzes e marcas Explicar que as regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr do sol ao nascer do sol e que as embarcações não devem exibir outras luzes que possam causar confusão. Descrever as regras para todos os tipos e tamanhos de embarcações e para as diversas situações nas quais elas possam se encontrar. 2.2 Sinais sonoros Enfatizar a duração dos apitos curto e longo. Descrever os sinais sonoros que as embarcações utilizam para indicar suas manobras e suas advertências. 2.3 Sinais sonoros emitidos em baixa visibilidade Listar os equipamento sonoros obrigatórios de acordo com o tamanho da embarcação. Descrever o significado dos sinais sonoros emitidos por embarcações em situação de baixa visibilidade. gongosinoapito
  • 51. 51 INSTINST DISCIPLINA V: NOÇÕES BÁSICAS DE NAVEGAÇÃO Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos sobre as regras básicas de navegação. Conteúdo Programático 1 Navegação Objetivos: • Descrever os fundamentos básicos da navegação; • identificar as principais características de uma carta náutica; • definir rumo, marcação, norte e agulha magnética. • descrever o balizamento de rios, canais e águas interiores. • citar as regras de navegação em rios e canais; e • explicar a importância da conservação da sinalização náutica. 1.1 Fundamentos básicos de navegação Definir latitude e longitude. 1.2 Carta náutica Definir carta náutica, escala, rosa dos ventos e batimetria. Demonstrar a leitura de latitude e longitude na carta náutica. 1.3 Rumo, proa e marcação Definir rumo, proa, declinação magnética e nortes verdadeiro e magnético. Conceituar marcações verdadeira e magnética. Explanar, por meio de exercícios, como calcular rumos e marcações. 1.4 Balizamento Definir balizamento, bóias e balizas. Ressaltar que o balizamento adotado no Brasil é o chamado Sistema B da “International Association of Lighthouse Authorities” (IALA)
  • 52. 52 1.4.1 Apresentação dos sinais Descrever as características dos sinais de balizamento (cor, formato e forma do tope): sinais laterais, sinais laterais modificados, perigo isolado, águas seguras, balizamento especial, sinais cardinais. Chamar a atenção que é expressamente proibida a colocação de bóias e balizas sem prévio conssentimento da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e que as bóias do balizamento não podem ser usadas para nenhuma outra finalidade sob nenhum pretesto. 1.5 Regras de navegação em rios e canais Exemplificar cada situação apresentada no RIPEAM para embarcações navegando em rios e canais estreitos. 1.6 A importância da conservação da sinalização náutica Mostrar que o propósito dos recursos de sinalização náutica é orientar o navegante. Lembrar a importância da preservação dos recursos de sinalização náutica e balizamento. Chamar a atenção para o fato de que a Capitania dos Portos deve ser notificada imediatamente de qualquer problema constatado na sinalização.
  • 53. 53 INSTINST DISCIPLINA VI: NOÇÕES BÁSICAS DE ESTABILIDADE Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos de estabilidade para conduzir pequenas embarcações de maneira estável, com ênfase na distribuição dos pesos a bordo e peação do material volante. Conteúdo Programático 1 Estabilidade Objetivos: • Descrever os principais esforços sofridos por uma embarcação quando navegando; • definir calado, boca, banda, trim, linha d’água, borda livre, obras vivas e obras mortas; • explicar a importância da correta distribuição longitudinal e transversal de pesos a bordo; e • citar as técnicas de peação do material a bordo. 1.1 Esforços estruturais longitudinais Mostrar a importância da correta distribuição longitudinal dos pesos. Conceituar alquebramento e tosamento. 1.2 Características lineares da embarcação Definir calado, boca (máxima e moldada), banda, trim, linha d’água, linha de flutuação, borda livre, carena e obras mortas. Demonstrar a leitura de latitude e longitude na carta náutica.
  • 54. 54 1.3 Distribuição longitudinal e transversal de pesos Definir centro de gravidade, centro de carena e braço de endireitamento. Descrever o efeito de pesos altos sobre a estabilidade de uma embarcação. Explanar o efeito de superfície livre. 1.4 Peação de carga Conceituar peação e explicar a sua importância para a estabilidade da embarcação. Listar o material utilizado em peação de cargas a bordo.
  • 55. 55 INSTINST DISCIPLINA VII: COMBATE A INCÊNDIO Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre combate a incêndio a bordo. Conteúdo Programático 1 Combate a incêndio Objetivos: • Descrever os componentes do triângulo do fogo; • enumerar as classes de incêndio e os agentes extintores; e • descrever as medidas preventivas contra incêndios a bordo. 1.1 Componentes do triângulo do fogo Explicar que para existir fogo são necessários os três componentes do triângulo do fogo: combustível, comburente e calor. Definir combustível e apresentar suas classificações. Definir comburente e exemplificar com o oxigênio do ar. Definir temperatura de ignição. 1.2 Classificação dos incêndios Apresentar as classes de incêndio e exemplificar cada uma delas. Mostrar os símbolos de cada classe de incêndio. 1.3 Agentes extintores Detalhar os agentes extintores: água, espuma, CO 2 e pó químico.
  • 56. 56 1.4 Medidas preventivas contra incêndios a bordo Chamar a atenção para as principais e mais comuns causas de incêndios a bordo: fumar em locais não apropriados; trapos embebidos em óleo ou graxa deixados em locais aquecidos; acúmulo de gordura nas telas e dutos da cozinha; descuidos com lâmpadas desprotegidas; eaterial inflamável armazenado indevidamente. 2 Procedimentos de combate a incêndio Objetivos: • Identificar os principais tipos de extintores portáteis; • descrever as técnicas de combate a incêndio a bordo; e • utilizar equipamentos de proteção individual no combate a incêndio. 2.1 Extintores portáteis Explicar para que servem os extintores portáteis. Descrever os extintores a água e exemplificar seu uso. Descrever os extintores a espuma e exemplificar seu uso. Descrever os extintores a CO 2 e exemplificar seu uso. Descrever os extintores a pó químico e exemplificar seu uso. 2.2 Processos de extinção de incêndio Descrever os processos de resfriamento, abafamento e isolamento. 2.3 Material de combate a incêndio Descrever os diversos tipos de mangueiras e esguichos e exemplificar seu uso. 2.4 Equipamentos de proteção individual (EPI) Listar os EPI relativos a combate a incêndio. 2.5 Procedimentos em caso de incêndio Detalhar as ações que devem ser tomadas em caso de incêndio. Enfatizar que a melhor maneira de se combater um incêndio é evitar que ele aconteça.
  • 57. 57 INSTINST DISCIPLINA VIII: OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre motores diesel e sua manutenção, possibilitando sua operação em pequenas embarcações. Conteúdo Programático 1 Partes componentes do motor diesel Objetivos: • Identificar cabeçote, bloco, cárter, turbo-alimentador, filtros de ar, bombas dependentes de óleo e de combustível e tanque de combustível; • identificar as partes componentes do sistema de alimentação de combustível, explicitando o funcionamento da bomba de combustível, bicos injetores e filtros; • identificar as partes componentes do sistema de lubrificação, explicitando o funcionamento da bomba de óleo lubrificante; • identificar no sistema de resfriamento a bomba de água doce, a bomba de água salgada, o tanque de expansão, o trocador de calor, a válvula termostática, o circuito da água doce, o circuito da água salgada, ralos e filtros; e • citar as partes dos sistemas de descargas dos gases. 1.1 Introdução Mostrar a grande importância do motor Diesel na vida profissional do aquaviário e explicitar as vantagens de conhecer o seu princípio de funcionamento e de possuir habilidade para a condução segura e eficiente do motor de propulsão de uma pequena embarcação. 1.2 Origem Identificar o inventor do motor diesel. Destacar as vantagens do motor diesel em relação às máquinas existentes na época de sua invenção. 1.3 Principais componentes Definir bloco, cabeçote, cárter, êmbolo ou pistão, biela ou conectora, eixo de manivelas ou virabrequim, volante e turbo-alimentador. Ar Gases Turbina Compressor
  • 58. 58 1.4 Princípio básico de funcionamento Conceituar motor com ciclo de funcionamento de quatro tempos. Descrever detalhadamente como se processam as fases de funcionamento: admissão, compressão, combustão e expansão e descarga. Explicar o funcionamento das válvulas de admissão e descarga. 2 Operações com motores diesel Objetivos: • Descrever as providências preliminares para colocar um motor diesel em funcionamento; • identificar os componentes do sistema de partida e parada do motor; • explicar o funcionamento do botão de partida, da bateria e do alternador. • citar os procedimentos de partida e parada do motor; e • descrever a finalidade dos indicadores do painel de instrumentos. 2.1 Providências para colocar o motor em funcionamento Explanar as providências tomadas antes da partida de um motor diesel: • verificar se existe a bordo quantidades suficientes de óleo combustível, óleo lubrificante e água potável para a viagem; • verificar o nível de óleo lubrificante no cárter; • encher o tanque de serviço do motor com óleo combustível; • folgar um pouco o engaxetamento da bucha do eixo propulsor; • verificar a carga da bateria do motor elétrico de partida e carregá-la se houver necessidade; • abrir a válvula de fundo, as intermediárias e a de descarga no costado, pertencentes ao sistema de resfriamento do motor; e • girar o eixo de manivelas do motor por meio de uma alavanca para verificar se ele pode girar livremente. 2.2 Identificação dos componentes do sistema de partida Citar os componentes: bateria, um motor de arranque ou de partida, uma chave ou botão de partida e alguns cabos elétricos. Detalhar o funcionamento da bateria. Listar os cuidados a serem observados para o bom funcionamento de uma bateria.
  • 59. 59 INSTINST 2.3 Procedimentos na parada ou repouso do motor Explicar detalhadamente os procedimentos para a parada do motor: • reduzir gradativamente a marcha do motor ao chegar próximo do local de destino; • fechar a válvula de comunicação de combustível no tanque após a parada total do motor; • fechar as válvulas (de fundo, intermediárias e do costado) do sistema de resfriamento; • deixar o motor esfriar e limpá-lo externamente; • eliminar vazamentos e • verificar a carga da bateria. 2.4 Instrumentos do painel de controle e suas finalidades Explicar a utilização de manômetros e termômetros e exemplificar seu uso mo motor: Chamar a atenção que esses instrumentos podem indicar uma situação de emergência. 3 A manutenção de motores diesel Objetivos: • Descrever os cuidados básicos de segurança para acessar e trabalhar no compartimento do motor; • citar os principais itens da carta de lubrificação e da carta de avarias; • identificar os sintomas de mau funcionamento do motor por ruídos anormais, ausência de água salgada na descarga, excesso e coloração dos gases de descargas; • descrever os procedimentos de manutenção preventiva no sistema elétrico de partida, no sistema de óleo combustível e no sistema de lubrificação; • identificar as indicações dos mostradores do painel de controle; e • descrever a finalidade dos indicadores do painel de instrumentos. 3.1 A segurança no compartimento do motor Detalhar as medidas gerais de segurança recomendadas para proteger a vida das pessoas e preservar o funcionamento das máquinas: prevenção contra acidentes e incêndio, cuidados com as ferramentas e peças sobressalentes, manuais e planos, uso de roupas apropriadas para o serviço, tanques de serviço de óleo combustível e circuitos elétricos. Termômetro Manômetro
  • 60. 60 3.2 A carta ou tabela de lubrificação Explicar a necessidade da utilização de óleo lubrificante em um motor. Destacar que os fabricantes definem o lubrificante adequado às características de funcionamento de cada um dos seus motores. Apresentar uma tabela de lubrificação e exemplificar seu uso. 3.3 Sintomas de mau funcionamento do motor Descrever os sintomas de anormalidades no motor: ruídos anormais em marcha lenta, batidas fortes em marcha lenta, detonação em um ou mais cilindros, fumaça azul na descarga, fumaça branca na descarga e fumaça negra na descarga. Apresentar uma carta de avaria. 3.4 Manutenção preventiva nos sistemas do motor Explicar que o sistema manutenção preventiva é um plano de trabalho sistemático que tem o propósito de manter sempre o motor em boas condições de funcionamento. Apresentar um plano de manutenção preventiva.
  • 61. 61 INSTINST DISCIPLINA IX: PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO NO MEIO AMBIENTE Propósito: Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre a prevenção da poluição no meio aquaviário. Conteúdo Programático Objetivos: • Conceituar meio ambiente; • definir poluição; • identificar os principais agentes poluidores: óleo, esgoto e lixo; • citar as conseqüências oriundas da poluição; • enumerar os procedimentos básicos para evitar a poluição; e • explicar a importância da participação do aquaviário na proteção ao meio ambiente. 1. Conceito de meio ambiente Conceituar meio ambiente e exemplificar suas formas de manifestação. 1.1 Cadeia alimentar Explicar a importância da cadeia alimentar para a vida na Terra. 2 Poluição Chamar a atenção para os prejuízos causados pela intervenção desequilibrada da atividade humana no meio ambiente. 2.1 Degradação dos rios brasileiros Descrever detalhadamente os problemas causados por: desmatamento, areais, garimpo, excesso de água nas enchentes. Apresentar as Leis 6.938 e 9.966 e exemplificar situações em que elas se aplicam.
  • 62. 62 2.2 Substâncias nocivas Citar as substâncias nocivas à saúde humana e ao ecossistema aquático. 2.3 Poluição e outros Crimes Ambientais Apresentar a Lei 9.605 e exemplificar situações em que elas se aplicam. 3 Principais agentes poluidores 3.1 Lixo Detalhar o problema causado pelo acúmulo de lixo. Apresentar as soluções existentes para o problema do lixo: lixões, incineradores, aterros sanitários, coleta seletiva e reciclagem. Listar regras básicas sobre o tratamento do lixo a bordo de uma embarcação. 3.2 Óleo Enfatizar os danos causados pelo derramamento de óleo na água. Citar a Legislação brasileira como uma das mais severas do munod sobre poluição de mares, rios e lagoas (Lei 9.966/2000). 3.3 Esgoto Explicar o tratamento a ser dado ao esgoto a bordo de uma embarcação. 4 Existe escasses de peixes? Mostrar as soluções: fazendas de criação de peixes, o respeito ao defeso, a criação de parques marinhos de preservação. Apresentar a legislação que coibe atividades de pesca lesivas ao meio ambiente: Lei 9.605/1998.
  • 63. 63 Bibliografia ABREU, Maria Célia de. O professor Universitário em Aula: prática e princípios teóricos. 8 ed. São Paulo: MG Editores Associados, 1990. BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegar é fácil. 11 ed. Rio de Janeiro: Marítima, 2001. BARROS, Carlos; PAULINO, Wison R. Os seres vivos. São Paulo: Ática, 1999. BORDENAVE, Juan D.; PEREIRA. Adair M. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. 20 ed. Petrópolis: Vozes,1999. BRASIL. Marinha do Brasil. Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão. Manual de Combate a Incêndio. Rio de Janeiro, 1999. BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Curso Básico de Trabalhador Portuário. Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: DPC,2001. BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Manual de Combate a Incêndio. Rio de Janeiro, 1998. BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar – RIPEAM-1972. Rio de Janeiro, 1996 BRASIL. Ministério da Saúde. Atendimento a Desastres, Manual de Treinamento. São Paulo: Editora Equador, 2000. Apoio Cultural IBEP Ltda. Ed. Nacional, Projeto Trauma, Colégio Brasileiro de Cirurgiões,Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Corpo de Bombeiros, Conselho Federal de Medicina, Fundação da Faculdade de Medicina. CANTO, Eduardo L.; PERUZZO, Francisco M. Química na abordagem do cotidiano. 2 ed. São paulo: Moderna, 1998. FAJARDO, Augusto. Qualidade de vida com saúde total. Sociedade Brasileira de Nutrição e Qualidade de Vida. 3 ed. São Paulo, 1999. FONSECA, Maurílio M. Arte Naval. 5. ed. Rio de Janeiro: SDGM, 1989. GIL, Antônio C. Metodologia do Ensino Superior. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997. LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 2000. MATOS JR, Antônio Carlos e al. Manual de Atendimento Médico Pré-Hospitalar. Life Suport Emergency. MC, 2000 MEDEIROS, Ethel B. Provas Objetivas . 9 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1989. Mercedes Bens do Brasil. Manual de Manutenção do Motor OM 366. Brasil, 1997.
  • 64. 64 MICROSOFT CORPORATION. Enciclopédia Encarta 2000. EUA, 1999. 1 compact disk NÉRICI, Imídeo G. Metodologia do Ensino: uma introdução. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1989. ORGANIZACION METEOROLOGICA MUNDIAL (OMM). La meteorologia y el medio ambiente humano. Genebra: OMM, 1971. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Guia Médico Internacional para Navios. Washington: OMS, [ ]. PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23 ed. São Paulo: Ática, 2000. POLITO, Reinaldo. Recursos Audiovisuais nas Apresentações de Sucesso. 1ed. São Paulo: Saraiva,1995. Primeiros Socorros. São Paulo: Biologia e Saúde, 1998. RODRIGUES, Gelmirez Ribeiro. Máquinas de Combustão Interna.CAD–APMQ. Belém: CIABA, 2001. SENAI. Apostila de Primeiros Socorros. Santos, 2001 TULER, Marcos. Manual do Professor. 1ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2002.