SlideShare uma empresa Scribd logo
LEI DE CONSERVAÇÃO
703 Com que objetivo Deus deu a todos os seres vivos o instinto de conservação?  – Porque todos devem cumprir os desígnios da Providência; é por isso que Deus deu o instinto de conservação.  Além disso, a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres que têm instintivamente esse sentimento, sem se darem conta disso.
704 Deus, dando ao homem a necessidade de viver, sempre lhe forneceu os meios para isso? – Sim. Se não os encontra, é por falta de iniciativa. Deus não poderia dar ao homem a necessidade de viver sem lhe dar os meios, por isso faz a terra produzir e fornecer o necessário a todos, porque só o necessário é útil. O supérfluo nunca é.
705 Por que nem sempre a terra produz o suficiente para fornecer o necessário ao homem? – O homem a negligencia por ingratidão e, no entanto, a terra continua sendo uma excelente mãe. Além disso, ele ainda acusa a natureza por sua própria imperícia ou imprevidência. A terra produziria sempre o necessário se o homem soubesse se contentar. Se o que produz não é bastante para todas as necessidades, é porque emprega no supérfluo o que deveria utilizar no necessário. Observai o árabe no deserto: encontra sempre com o que viver, porque não cria necessidades artificiais. Porém, quando a metade da produção é desperdiçada para satisfazer fantasias, deve o homem se espantar de não encontrar nada em seguida? E terá razão de se queixar por estar desprovido quando chega a época da escassez? Na verdade, não é a natureza que é imprevidente, é o homem que não sabe regrar sua vida.
707 Os meios de subsistência, muitas vezes, faltam a alguns, mesmo em meio à abundância que os cerca; por quê? – É pelo egoísmo dos homens em geral e também, freqüentemente, por negligência deles mesmos. Buscai e achareis; essas palavras não querem dizer que basta olhar a terra para encontrar o que se deseja, mas que é preciso procurar com ardor e perseverança e não com fraqueza, sem se deixar desencorajar pelos obstáculos que, muitas vezes, são apenas meios de colocar à prova a vossa constância, paciência e firmeza.
☼Se a civilização multiplica as necessidades, também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida; mas é preciso admitir que sob esse aspecto resta ainda muito a fazer. Quando a civilização terminar sua obra, ninguém poderá queixar-se de que lhe falta o necessário, senão por sua própria culpa. A infelicidade, para muitos, decorre de enveredarem por um caminho que não é o que a natureza traçou; é então que falta inteligência para terem êxito. Há lugar ao sol para todos, mas com a condição de cada um ter o seu, e não o dos outros. A natureza não pode ser responsável pelos vícios de organização social nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.
Entretanto, seria preciso ser cego para não reconhecer o progresso que se realizou sob esse aspecto entre os povos mais avançados. Graças aos louváveis esforços que a filantropia e a ciência juntas não param de fazer para o melhoramento da condição material dos homens, e apesar do contínuo aumento das populações, a insuficiência da produção está atenuada em grande parte, pelo menos. Os anos mais calamitosos hoje nada têm de comparável aos de antigamente. A higiene pública, esse elemento tão essencial para o bem-estar e a saúde, desconhecida de nossos pais, é agora objeto de cuidados especiais; o infortúnio e o sofrimento encontram lugares de refúgio. Em toda parte a ciência contribui para aumentar o bem-estar. Pode-se dizer que já alcançou a perfeição? Certamente que não. Mas o que já se fez dá a medida do que se pode fazer com perseverança, se o homem é bastante sábio para procurar sua felicidade nas coisas positivas e sérias e não nas utopias que o fazem recuar em vez de progredir.
708 Não há situações em que os meios de subsistência não dependem de modo algum da vontade do homem, e a privação até daquilo que mais necessita é uma conseqüência das circunstâncias? – É uma prova muitas vezes cruel que deve passar e à qual sabia que seria exposto. Seu mérito está em sua submissão à vontade de Deus, se sua inteligência não fornece nenhum meio de se livrar das dificuldades. Se a morte deve atingi-lo, deve se submeter sem reclamar e compreender que a hora da verdadeira libertação chegou e que o desespero do último momento pode lhe fazer perder o fruto de sua resignação.
709 Aqueles que, em certas posições críticas, se viram obrigados a sacrificar seus semelhantes para se alimentarem deles, cometeram um crime? Nesse caso, o crime pode ser atenuado pela necessidade de viver que lhes dá o instinto de conservação?  – Já respondi, ao dizer que há mais mérito em sofrer todas as provas da vida com coragem e abnegação. Nesse caso, há homicídio e crime de lesa-natureza, faltas que devem ser duplamente punidas.
710 Nos planetas onde o corpo é mais depurado, os seres vivos têm necessidade de alimentação? – Sim, mas os alimentos estão de acordo com sua natureza. Esses alimentos não seriam muito substanciais para vossos estômagos grosseiros, do mesmo modo que, para eles, a vossa alimentação também não serviria.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Segundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdade
Segundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdadeSegundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdade
Segundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdadeCeiClarencio
 
Cap 16 Não se pode servir a Deus e a Mamon
Cap 16 Não se pode servir a Deus e a MamonCap 16 Não se pode servir a Deus e a Mamon
Cap 16 Não se pode servir a Deus e a Mamon
gmo1973
 
ESE CAP XVII - Sede Perfeitos
ESE CAP XVII - Sede PerfeitosESE CAP XVII - Sede Perfeitos
ESE CAP XVII - Sede Perfeitosgrupodepaisceb
 
Capítulo vii – o orgulho e a humildade
Capítulo vii – o orgulho e a humildadeCapítulo vii – o orgulho e a humildade
Capítulo vii – o orgulho e a humildadealice martins
 
Os trabalhadores da última hora
Os trabalhadores da última horaOs trabalhadores da última hora
Os trabalhadores da última hora
Isnande Mota Barros
 
DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)
DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)
DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)
Jorge Luiz dos Santos
 
Palestra Espírita - Reforma íntima na prática
Palestra Espírita - Reforma íntima na práticaPalestra Espírita - Reforma íntima na prática
Palestra Espírita - Reforma íntima na prática
Divulgador do Espiritismo
 
Palestra reforma íntima
Palestra   reforma íntimaPalestra   reforma íntima
Palestra reforma íntima
KATIA MARIA FARAH V DA SILVA
 
Honrar pai e mãe
Honrar pai e mãeHonrar pai e mãe
Honrar pai e mãe
Eduardo Ottonelli Pithan
 
Reconhece se o cristãos pelas suas obras
Reconhece se o cristãos pelas suas obrasReconhece se o cristãos pelas suas obras
Reconhece se o cristãos pelas suas obrasIzabel Cristina Fonseca
 
Cap 15 Fora da caridade não há salvação
Cap 15 Fora da caridade não há salvaçãoCap 15 Fora da caridade não há salvação
Cap 15 Fora da caridade não há salvação
gmo1973
 
Desencarne na visão espírita
Desencarne na visão espíritaDesencarne na visão espírita
Desencarne na visão espírita
Eduardo Ottonelli Pithan
 
Desencarnação
DesencarnaçãoDesencarnação
Desencarnação
Izabel Cristina Fonseca
 
O DUELO
O DUELOO DUELO
Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direita
Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direitaQue sua mão esquerda não saiba o que faz a direita
Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direita
Eduardo Ottonelli Pithan
 
O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6Graça Maciel
 
Mundos de Regeneração
Mundos de RegeneraçãoMundos de Regeneração
Mundos de Regeneração
Leonardo Araújo
 
Motivos de Resignação
Motivos de ResignaçãoMotivos de Resignação
Motivos de Resignação
Ponte de Luz ASEC
 

Mais procurados (20)

Segundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdade
Segundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdadeSegundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdade
Segundo Módulo - Aula 11 - Lei de liberdade
 
Cap 16 Não se pode servir a Deus e a Mamon
Cap 16 Não se pode servir a Deus e a MamonCap 16 Não se pode servir a Deus e a Mamon
Cap 16 Não se pode servir a Deus e a Mamon
 
ESE CAP XVII - Sede Perfeitos
ESE CAP XVII - Sede PerfeitosESE CAP XVII - Sede Perfeitos
ESE CAP XVII - Sede Perfeitos
 
Capítulo vii – o orgulho e a humildade
Capítulo vii – o orgulho e a humildadeCapítulo vii – o orgulho e a humildade
Capítulo vii – o orgulho e a humildade
 
Os trabalhadores da última hora
Os trabalhadores da última horaOs trabalhadores da última hora
Os trabalhadores da última hora
 
Provas voluntárias
Provas voluntáriasProvas voluntárias
Provas voluntárias
 
DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)
DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)
DOLOROSO REMÉDIO (O MAL E O REMÉDIO)
 
Aula espiritos errantes
Aula espiritos errantesAula espiritos errantes
Aula espiritos errantes
 
Palestra Espírita - Reforma íntima na prática
Palestra Espírita - Reforma íntima na práticaPalestra Espírita - Reforma íntima na prática
Palestra Espírita - Reforma íntima na prática
 
Palestra reforma íntima
Palestra   reforma íntimaPalestra   reforma íntima
Palestra reforma íntima
 
Honrar pai e mãe
Honrar pai e mãeHonrar pai e mãe
Honrar pai e mãe
 
Reconhece se o cristãos pelas suas obras
Reconhece se o cristãos pelas suas obrasReconhece se o cristãos pelas suas obras
Reconhece se o cristãos pelas suas obras
 
Cap 15 Fora da caridade não há salvação
Cap 15 Fora da caridade não há salvaçãoCap 15 Fora da caridade não há salvação
Cap 15 Fora da caridade não há salvação
 
Desencarne na visão espírita
Desencarne na visão espíritaDesencarne na visão espírita
Desencarne na visão espírita
 
Desencarnação
DesencarnaçãoDesencarnação
Desencarnação
 
O DUELO
O DUELOO DUELO
O DUELO
 
Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direita
Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direitaQue sua mão esquerda não saiba o que faz a direita
Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direita
 
O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6
 
Mundos de Regeneração
Mundos de RegeneraçãoMundos de Regeneração
Mundos de Regeneração
 
Motivos de Resignação
Motivos de ResignaçãoMotivos de Resignação
Motivos de Resignação
 

Semelhante a Instinto e meios de conservação

Lei De ConservaçãO
Lei De ConservaçãOLei De ConservaçãO
Lei De ConservaçãO
Grupo Espírita Cristão
 
3.5 - Lei de Conservação.pptx
3.5 - Lei de Conservação.pptx3.5 - Lei de Conservação.pptx
3.5 - Lei de Conservação.pptx
Marta Gomes
 
Segundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservação
Segundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservaçãoSegundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservação
Segundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservaçãoCeiClarencio
 
Lei de Conservação - José Mª Magalhães
Lei de Conservação - José Mª MagalhãesLei de Conservação - José Mª Magalhães
Lei de Conservação - José Mª Magalhães
Jose Maria Magalhaes
 
A felicidade existe
A felicidade existeA felicidade existe
A felicidade existe
Humberto E. Hasegawa
 
Da lei de conservação
Da lei de conservaçãoDa lei de conservação
Da lei de conservação
home
 
Evangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de Conservação
Evangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de ConservaçãoEvangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de Conservação
Evangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de Conservação
Antonino Silva
 
A desigualdade das riquezas
A desigualdade das riquezasA desigualdade das riquezas
A desigualdade das riquezas
Helio Cruz
 
3.6 - Lei de Destruição.pptx
3.6 - Lei de Destruição.pptx3.6 - Lei de Destruição.pptx
3.6 - Lei de Destruição.pptx
Marta Gomes
 
FLAGELOS DERTIDORES.pptx
FLAGELOS DERTIDORES.pptxFLAGELOS DERTIDORES.pptx
FLAGELOS DERTIDORES.pptx
fatimadamasceno8
 
Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5
Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5
Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5
Patricia Farias
 
Lei de Reprodução
Lei de ReproduçãoLei de Reprodução
Lei de Reprodução
Helenl01
 
Capítulo V - Lei de Conservação.docx
Capítulo V - Lei de Conservação.docxCapítulo V - Lei de Conservação.docx
Capítulo V - Lei de Conservação.docx
Marta Gomes
 
Lei da conservação
Lei da conservaçãoLei da conservação
Lei da conservação
Candice Gunther
 
3.12 - Perfeição Moral.pptx
3.12 - Perfeição Moral.pptx3.12 - Perfeição Moral.pptx
3.12 - Perfeição Moral.pptx
Marta Gomes
 
Da lei de igualdade
Da lei de igualdadeDa lei de igualdade
Da lei de igualdade
Helio Cruz
 
Evangelho Cap5 item26
Evangelho Cap5 item26Evangelho Cap5 item26
Evangelho Cap5 item26
Patricia Farias
 
7 eclesiastes cap 7 ao 9
7  eclesiastes cap 7 ao 97  eclesiastes cap 7 ao 9
7 eclesiastes cap 7 ao 9
PIB Penha
 
Segundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruição
Segundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruiçãoSegundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruição
Segundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruiçãoCeiClarencio
 
Causas das aflições
Causas das afliçõesCausas das aflições
Causas das aflições
Eduardo Ottonelli Pithan
 

Semelhante a Instinto e meios de conservação (20)

Lei De ConservaçãO
Lei De ConservaçãOLei De ConservaçãO
Lei De ConservaçãO
 
3.5 - Lei de Conservação.pptx
3.5 - Lei de Conservação.pptx3.5 - Lei de Conservação.pptx
3.5 - Lei de Conservação.pptx
 
Segundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservação
Segundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservaçãoSegundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservação
Segundo Módulo - Aula 05 - Lei de conservação
 
Lei de Conservação - José Mª Magalhães
Lei de Conservação - José Mª MagalhãesLei de Conservação - José Mª Magalhães
Lei de Conservação - José Mª Magalhães
 
A felicidade existe
A felicidade existeA felicidade existe
A felicidade existe
 
Da lei de conservação
Da lei de conservaçãoDa lei de conservação
Da lei de conservação
 
Evangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de Conservação
Evangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de ConservaçãoEvangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de Conservação
Evangeliza - Leis Morais da Vida - Lei de Conservação
 
A desigualdade das riquezas
A desigualdade das riquezasA desigualdade das riquezas
A desigualdade das riquezas
 
3.6 - Lei de Destruição.pptx
3.6 - Lei de Destruição.pptx3.6 - Lei de Destruição.pptx
3.6 - Lei de Destruição.pptx
 
FLAGELOS DERTIDORES.pptx
FLAGELOS DERTIDORES.pptxFLAGELOS DERTIDORES.pptx
FLAGELOS DERTIDORES.pptx
 
Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5
Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5
Livro dos Espíritos Q.737 ESE Cap. 9_item1 a 5
 
Lei de Reprodução
Lei de ReproduçãoLei de Reprodução
Lei de Reprodução
 
Capítulo V - Lei de Conservação.docx
Capítulo V - Lei de Conservação.docxCapítulo V - Lei de Conservação.docx
Capítulo V - Lei de Conservação.docx
 
Lei da conservação
Lei da conservaçãoLei da conservação
Lei da conservação
 
3.12 - Perfeição Moral.pptx
3.12 - Perfeição Moral.pptx3.12 - Perfeição Moral.pptx
3.12 - Perfeição Moral.pptx
 
Da lei de igualdade
Da lei de igualdadeDa lei de igualdade
Da lei de igualdade
 
Evangelho Cap5 item26
Evangelho Cap5 item26Evangelho Cap5 item26
Evangelho Cap5 item26
 
7 eclesiastes cap 7 ao 9
7  eclesiastes cap 7 ao 97  eclesiastes cap 7 ao 9
7 eclesiastes cap 7 ao 9
 
Segundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruição
Segundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruiçãoSegundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruição
Segundo Módulo - Aula 06 - Lei da destruição
 
Causas das aflições
Causas das afliçõesCausas das aflições
Causas das aflições
 

Mais de Izabel Cristina Fonseca

O advento do cristo
O advento do cristoO advento do cristo
O advento do cristo
Izabel Cristina Fonseca
 
Misterios ocultos aos doutos e prudentes
Misterios ocultos aos doutos e prudentesMisterios ocultos aos doutos e prudentes
Misterios ocultos aos doutos e prudentes
Izabel Cristina Fonseca
 
Melodia natalina
Melodia natalinaMelodia natalina
Melodia natalina
Izabel Cristina Fonseca
 
Bem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechadosBem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechados
Izabel Cristina Fonseca
 
Se a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-a
Se a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-aSe a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-a
Se a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-a
Izabel Cristina Fonseca
 
Misterios ocultos aos prudentes
Misterios ocultos aos prudentesMisterios ocultos aos prudentes
Misterios ocultos aos prudentes
Izabel Cristina Fonseca
 
Aquele que se eleva será rebaixado
Aquele que se eleva será rebaixado Aquele que se eleva será rebaixado
Aquele que se eleva será rebaixado
Izabel Cristina Fonseca
 
Solidão fonte viva
Solidão   fonte vivaSolidão   fonte viva
Solidão fonte viva
Izabel Cristina Fonseca
 
Simpatia
SimpatiaSimpatia
Progressão e escala espírita
Progressão e escala espíritaProgressão e escala espírita
Progressão e escala espírita
Izabel Cristina Fonseca
 
Palestra lei destruição
Palestra lei destruiçãoPalestra lei destruição
Palestra lei destruição
Izabel Cristina Fonseca
 
Pal janfevmar 2017
Pal janfevmar 2017Pal janfevmar 2017
Pal janfevmar 2017
Izabel Cristina Fonseca
 
Oração nossa
Oração nossaOração nossa
Oração nossa
Izabel Cristina Fonseca
 
O mancebo rico
O mancebo ricoO mancebo rico
O mancebo rico
Izabel Cristina Fonseca
 
O bem e o mal esde - leis divinas
O bem e o mal  esde - leis divinasO bem e o mal  esde - leis divinas
O bem e o mal esde - leis divinas
Izabel Cristina Fonseca
 
Natal palestra
Natal palestraNatal palestra
Natal palestra
Izabel Cristina Fonseca
 
Não desanimar bezerra
Não desanimar   bezerraNão desanimar   bezerra
Não desanimar bezerra
Izabel Cristina Fonseca
 
Inteligência e instinto
Inteligência e instintoInteligência e instinto
Inteligência e instinto
Izabel Cristina Fonseca
 
Incompreensão palestra 2016
Incompreensão   palestra 2016Incompreensão   palestra 2016
Incompreensão palestra 2016
Izabel Cristina Fonseca
 

Mais de Izabel Cristina Fonseca (20)

O advento do cristo
O advento do cristoO advento do cristo
O advento do cristo
 
Misterios ocultos aos doutos e prudentes
Misterios ocultos aos doutos e prudentesMisterios ocultos aos doutos e prudentes
Misterios ocultos aos doutos e prudentes
 
Melodia natalina
Melodia natalinaMelodia natalina
Melodia natalina
 
Bem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechadosBem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechados
 
Se a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-a
Se a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-aSe a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-a
Se a vossa mao e motivo de escandalo, cortai-a
 
Misterios ocultos aos prudentes
Misterios ocultos aos prudentesMisterios ocultos aos prudentes
Misterios ocultos aos prudentes
 
Poemas
PoemasPoemas
Poemas
 
Aquele que se eleva será rebaixado
Aquele que se eleva será rebaixado Aquele que se eleva será rebaixado
Aquele que se eleva será rebaixado
 
Solidão fonte viva
Solidão   fonte vivaSolidão   fonte viva
Solidão fonte viva
 
Simpatia
SimpatiaSimpatia
Simpatia
 
Progressão e escala espírita
Progressão e escala espíritaProgressão e escala espírita
Progressão e escala espírita
 
Palestra lei destruição
Palestra lei destruiçãoPalestra lei destruição
Palestra lei destruição
 
Pal janfevmar 2017
Pal janfevmar 2017Pal janfevmar 2017
Pal janfevmar 2017
 
Oração nossa
Oração nossaOração nossa
Oração nossa
 
O mancebo rico
O mancebo ricoO mancebo rico
O mancebo rico
 
O bem e o mal esde - leis divinas
O bem e o mal  esde - leis divinasO bem e o mal  esde - leis divinas
O bem e o mal esde - leis divinas
 
Natal palestra
Natal palestraNatal palestra
Natal palestra
 
Não desanimar bezerra
Não desanimar   bezerraNão desanimar   bezerra
Não desanimar bezerra
 
Inteligência e instinto
Inteligência e instintoInteligência e instinto
Inteligência e instinto
 
Incompreensão palestra 2016
Incompreensão   palestra 2016Incompreensão   palestra 2016
Incompreensão palestra 2016
 

Instinto e meios de conservação

  • 2. 703 Com que objetivo Deus deu a todos os seres vivos o instinto de conservação? – Porque todos devem cumprir os desígnios da Providência; é por isso que Deus deu o instinto de conservação. Além disso, a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres que têm instintivamente esse sentimento, sem se darem conta disso.
  • 3. 704 Deus, dando ao homem a necessidade de viver, sempre lhe forneceu os meios para isso? – Sim. Se não os encontra, é por falta de iniciativa. Deus não poderia dar ao homem a necessidade de viver sem lhe dar os meios, por isso faz a terra produzir e fornecer o necessário a todos, porque só o necessário é útil. O supérfluo nunca é.
  • 4. 705 Por que nem sempre a terra produz o suficiente para fornecer o necessário ao homem? – O homem a negligencia por ingratidão e, no entanto, a terra continua sendo uma excelente mãe. Além disso, ele ainda acusa a natureza por sua própria imperícia ou imprevidência. A terra produziria sempre o necessário se o homem soubesse se contentar. Se o que produz não é bastante para todas as necessidades, é porque emprega no supérfluo o que deveria utilizar no necessário. Observai o árabe no deserto: encontra sempre com o que viver, porque não cria necessidades artificiais. Porém, quando a metade da produção é desperdiçada para satisfazer fantasias, deve o homem se espantar de não encontrar nada em seguida? E terá razão de se queixar por estar desprovido quando chega a época da escassez? Na verdade, não é a natureza que é imprevidente, é o homem que não sabe regrar sua vida.
  • 5. 707 Os meios de subsistência, muitas vezes, faltam a alguns, mesmo em meio à abundância que os cerca; por quê? – É pelo egoísmo dos homens em geral e também, freqüentemente, por negligência deles mesmos. Buscai e achareis; essas palavras não querem dizer que basta olhar a terra para encontrar o que se deseja, mas que é preciso procurar com ardor e perseverança e não com fraqueza, sem se deixar desencorajar pelos obstáculos que, muitas vezes, são apenas meios de colocar à prova a vossa constância, paciência e firmeza.
  • 6. ☼Se a civilização multiplica as necessidades, também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida; mas é preciso admitir que sob esse aspecto resta ainda muito a fazer. Quando a civilização terminar sua obra, ninguém poderá queixar-se de que lhe falta o necessário, senão por sua própria culpa. A infelicidade, para muitos, decorre de enveredarem por um caminho que não é o que a natureza traçou; é então que falta inteligência para terem êxito. Há lugar ao sol para todos, mas com a condição de cada um ter o seu, e não o dos outros. A natureza não pode ser responsável pelos vícios de organização social nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.
  • 7. Entretanto, seria preciso ser cego para não reconhecer o progresso que se realizou sob esse aspecto entre os povos mais avançados. Graças aos louváveis esforços que a filantropia e a ciência juntas não param de fazer para o melhoramento da condição material dos homens, e apesar do contínuo aumento das populações, a insuficiência da produção está atenuada em grande parte, pelo menos. Os anos mais calamitosos hoje nada têm de comparável aos de antigamente. A higiene pública, esse elemento tão essencial para o bem-estar e a saúde, desconhecida de nossos pais, é agora objeto de cuidados especiais; o infortúnio e o sofrimento encontram lugares de refúgio. Em toda parte a ciência contribui para aumentar o bem-estar. Pode-se dizer que já alcançou a perfeição? Certamente que não. Mas o que já se fez dá a medida do que se pode fazer com perseverança, se o homem é bastante sábio para procurar sua felicidade nas coisas positivas e sérias e não nas utopias que o fazem recuar em vez de progredir.
  • 8.
  • 9. 708 Não há situações em que os meios de subsistência não dependem de modo algum da vontade do homem, e a privação até daquilo que mais necessita é uma conseqüência das circunstâncias? – É uma prova muitas vezes cruel que deve passar e à qual sabia que seria exposto. Seu mérito está em sua submissão à vontade de Deus, se sua inteligência não fornece nenhum meio de se livrar das dificuldades. Se a morte deve atingi-lo, deve se submeter sem reclamar e compreender que a hora da verdadeira libertação chegou e que o desespero do último momento pode lhe fazer perder o fruto de sua resignação.
  • 10. 709 Aqueles que, em certas posições críticas, se viram obrigados a sacrificar seus semelhantes para se alimentarem deles, cometeram um crime? Nesse caso, o crime pode ser atenuado pela necessidade de viver que lhes dá o instinto de conservação? – Já respondi, ao dizer que há mais mérito em sofrer todas as provas da vida com coragem e abnegação. Nesse caso, há homicídio e crime de lesa-natureza, faltas que devem ser duplamente punidas.
  • 11. 710 Nos planetas onde o corpo é mais depurado, os seres vivos têm necessidade de alimentação? – Sim, mas os alimentos estão de acordo com sua natureza. Esses alimentos não seriam muito substanciais para vossos estômagos grosseiros, do mesmo modo que, para eles, a vossa alimentação também não serviria.