Hermenêutica III - Hermenêutica especial

Hermenêutica
Pr. Handerson Xavier
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Programa
I. Introdução
II. A Hermenêutica na história da Igreja Cristã
III. Regras fundamentais da Hermenêutica
IV. A Hermenêutica geral
V. Hermenêutica especial
VI. A Hermenêutica na aplicação do texto
VII. Erros de interpretação
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A HERMENÊUTICA especial.
 Sua ocupação:
• Trata de gêneros literários específicos.
 Lei
 Narrativa
 Poesia
 Sabedoria
 Profecia
 Apocalipse
 Parábola
 Epístola
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 Interpretando a Lei.
• Questões fundamentais:
• Qual a importância para o cristão?
• O puro e o impuro.
• O local, os utensílios, os ofícios e os sacrifícios.
• 3 usos da Lei:
• Cerimonial ou ritualístico.
• Civil ou judicial.
• Ético e moral.
• O propósito:
• Um povo separado para Deus.
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• Diretrizes para observância ou não das Leis.
1. A Lei do AT é uma aliança.
2. O AT não é o nosso testamento.
3. Algumas estipulações da Velha Aliança não
foram renovadas na Nova Aliança.
4. Parte da Velha Aliança foi renovada na Nova
Aliança.
5. O AT ainda é a Palavra de Deus para nós, ainda
que não continue sendo o mandamento de Deus
para nós.
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• Diretrizes para observância ou não das Leis.
6. Somente o que é claramente renovado do Antigo
Testamento no Novo Testamento pode ser
considerado como mandamento para nós.
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• A Lei Apodítica:
 Iniciam com a ideia do faça/não faça.
 Estabelecem um padrão com um exemplo.
 Não são exaustivas.
 São princípios aplicáveis em situações
semelhantes.
 Exemplo em Lv 19:9-14.
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• A Lei Casuística:
 São leis condicionais.
 São aplicadas estritamente nos casos a que
fazem referência.
 Não são renovadas no Novo Testamento.
 Podem nos ensinar lições valiosas.
 Exemplo em Dt 15:12-17.
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• Regras importantes:
 Valorize o contexto em que a Lei é dada.
o Autoria, situação e destinatários.
o Elementos culturais.
o Elementos históricos e geográficos.
 Descubra os propósitos e as consequências.
 Verifique a possibilidade da renovação no NT.
 Identifique passagens paralelas ou
cumprimentos messiânicos.
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 Interpretando as Narrativas.
• Grande parte da Bíblia foi escrita em narrativa.
• Isto significa que as palavras devem ser tomadas
em sentido literal.
• No entanto, pode haver poesia entre a narrativa
ou outras figuras de linguagem.
• Em alguns casos encontramos profecias entre as
narrativas.
• Podem envolver a descrição, história, diálogo, etc.
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• Leve em consideração:
1. Narrativas são histórias de Deus.
2. Não são alegorias ou mitos.
3. Nem sempre ensinam de modo direto, mas
demonstram uma doutrina ensinada em outro
lugar.
4. Registram o que aconteceu, e não o que deveria
ter acontecido. Nem sempre são bons exemplos.
5. Não crie doutrina exclusivamente em
narrativas.
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6. Nem sempre há uma avalição moral.
7. Não entra em pormenores e nem são
exaustivamente teológicas ou doutrinárias.
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• Os autores:
 Vivenciaram os acontecimentos.
 Utilizaram a tradição oral.
 Tiveram acesso à documentos.
 Receberam revelação sobrenatural.
• Independente das circunstâncias em que
produziram seu texto, estavam sob inspiração
divina, mesmo que na seleção do material.
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• Três níveis de uma narrativa:
1. Nível superior: Perpassa o AT e o NT,
envolvendo temas como criação, queda,
redenção e consumação.
2. Nível intermediário: Trata especificamente do
povo de Deus.
3. Nível inferior: Envolve a narrativa dos
indivíduos.
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• Três níveis de uma narrativa:
• Exemplo:
 Nível superior: Redenção
 Nível intermediário: A queda
 Nível inferior: Eva e a serpente
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 Passos para a interpretação das narrativas.
1. Identifique o narrador:
 Qual o seu ponto de vista?
 Como ele manifesta emoções, impressões e o
parecer de Deus?
 Ele presenciou os eventos?
 Os eventos citados estão relacionados à algum
evento maior?
 Cada narrador pode ter um estilo específico.
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2. Identifique a pessoa-chave:
 Pode haver mais de uma.
 Sobre quem é esta história?
 O que ela fez? Qual o seu caráter?
 Como ela se enquadra dentro do
desenvolvimento total da narrativa?
 Que comentários são feitos sobre ela durante a
narrativa?
 Aparece em outros textos?
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3. Identifique o local e o tempo:
 O local nos ajuda a compreender o contexto
histórico e cultural.
 Algumas narrativas envolvem mais de um local
ou a transposição à locais diferentes.
 Qual a influência da localização geográfica no
desenrolar da narrativa?
 A citação do tempo tem importância na
narrativa.
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4. Identifique as repetições:
 Palavras e ideias que se repetem apontam para
assuntos importantes.
 Podem enfatizar verdade ou simplesmente
expressar emoções.
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5. Identifique o plano:
 A narrativa se desenvolve com um problema
inicial, desenvolvimento e conclusão.
 Algumas narrativas apresentam um plano
específico de construção, que não teremos
tempo de tratar.
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 Interpretando a Poesia.
 A poesia na Bíblia.
 Sempre que falamos em poesia lembramos do
livros dos Salmo.
 Há poesia em textos narrativos: Gn 49; Êx 15:1-
18; Dt 32, etc.
 Há livros poéticos escritos integralmente em
poesia: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Miquéias,
Naum, Habacuque e Sofonias.
 Há trechos poéticos nos profetas Isaías, Jeremias,
Jonas e Zacarias.
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 Poesia e paralelismo.
1. Paralelismo sinonímico: o segundo verso repete o
primeiro com pouco ou nenhum acréscimo.
“Por que se amotinam as nações e os povos tramam em
vão? Os reis da terra tomam posição e os governantes
conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu
ungido, e dizem: “Façamos em pedaços as suas
correntes, lancemos de nós as suas algemas!” Salmos
2:1-3
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2. Paralelismo progressivo ou sintético: o segundo
verso acrescenta ideias ao primeiro.
“É como árvore plantada à beira de águas correntes:
Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham.
Tudo o que ele faz prospera!” Salmos 1:3
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3. Paralelismo culminante: levam o pensamento à
um clímax.
“Atribuam ao Senhor, ó seres celestiais, atribuam ao
Senhor glória e força. Atribuam ao Senhor a glória que
o seu nome merece; adorem o Senhor no esplendor do
seu santuário.” Salmos 29:1,2
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4. Paralelismo antitético: o segundo verso apresenta
um oposto ao primeiro.
“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas
os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina.”
Provérbios 1:7
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 Tipos de poesia.
1. Cânticos de guerra: Êx 15:1-18, Jz 5.
2. Cântico de amor: Ct.
3. Lamento: Lm, Sl 42-43, etc.
4. Cânticos de louvor: Sl 78, 111, etc.
5. Cânticos de ações de graça: Sl 18, etc.
6. Cânticos de celebração: Sl 50, 81, etc.
7. Cânticos de sabedoria: Sl 1, 36, 37, etc.
8. Salmos imprecatórios: Sl 12, 35, 52, etc.
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 Passos para a interpretação da poesia.
1. Identifique o paralelismo envolvido.
• Um salmo pode ter diferentes paralelismos.
2. Divida em estrofes, respeitando o paralelismo.
3. Estude as figuras de linguagem.
4. Se possível, estude o pano-de-fundo.
• Autoria e situação.
5. Estude o salmo em relação ao seu tipo.
6. Cuidado com o Salmos Messiânicos.
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 Interpretando a Sabedoria.
 A Bíblia e a sabedoria.
• São 3 os chamados livros sapienciais: Jó,
Provérbios e Eclesiastes.
• O centro: viver no mundo com temor a Deus.
• Os provérbios buscam oferecer formas práticas de
viver no temor a Deus.
• Não são exaustivos, mas exemplificativos.
• Não são profundamente teológicos, mas
eminentemente práticos.
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 Interpretando a Sabedoria.
 Princípios hermenêuticos.
1. Verifique o tipo de provérbio (provérbio, ditado,
admoestação, enigma, alegoria, diálogo, etc.).
2. Existe alguma figura de linguagem envolvida?
3. Analise de acordo com o seu contexto e as imagens
empregadas.
4. Perceba o uso de hipérboles (exageros).
5. Faça a transposição de abismo cultural.
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 Interpretando a Profecia.
 Os profetas e suas profecias.
• O profeta era um porta-voz de Deus.
• Tinham como propósito:
 Receber e comunicar revelação oral ou escrita.
 Reformar a verdadeira religião.
 Lembrar sobre a Lei.
• As profecias eram dadas a eles através de:
 Visões e sonhos.
 Revelações diretas.
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 Os profetas e suas profecias.
• Como eles as proclamavam:
 Discursos de julgamento ou juízo.
 Profecia de bênção ou libertação.
 Oráculo de aflição. (Mq 2:1-4)
 Ações simbólicas.
 Oráculos legais ou de julgamento. (Is 3:13-26)
 Além destes: controvérsia, lamento, sabedoria e
apocalipse.
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 Princípios para interpretação das profecias.
1. Determine a perícope (oráculo).
2. Determine o tipo de oráculo.
3. Levante o contexto do oráculo.
4. Verifique os paralelismos.
5. Determine o sentido das palavras.
6. Busque o cumprimento histórico.
7. Descreva ênfases cristológicas.
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 Interpretando o Apocalipse.
 O apocalipse como gênero literário.
 O termo surgiu no século II e designa vários tipos
de livros com características escatológicas.
 A distinção do Apocalipse é sua inspiração.
 Caracteriza-se por uma estrutura própria que
envolve variadas figuras de linguagem.
 Trata essencialmente de escatologia, isto é, dos
acontecimentos no fim dos tempos.
 A única literatura apocalíptica reconhecida é o
Apocalipse de João.
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 Aspectos essenciais da literatura apocalíptica.
 Pessimista em relação ao presente.
 Promessa de salvação ou restauração.
 Deus está presente e controla tudo.
 Demonstra a oposição entre o bem e o mal.
 A vitória de Deus sobre o mal.
 A recriação e a conclusão da história.
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 Princípios para a interpretação do Apocalipse.
1. Faça a contextualização: autoria, data e situação
histórica e cultural.
2. Defina especificamente o propósito da escrita.
3. Cuidado ao utilizar os paralelos.
4. Parta do que está claro e interpretado pelo autor.
5. Nem sempre detalhes são importantes.
6. O Apocalipse não é exaustivo na descrição do
futuro. Este não é o propósito!
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 Interpretando as Parábolas.
• Parábolas são comparações.
• Utilizam elementos do cotidiano.
• São histórias concisas.
• Servem para revelar ou ocultar uma verdade.
• Tem apenas um ensino central.
• Nem todos os elementos devem ser interpretados.
• Podem conter uma conclusão ou aplicação.
• Esperavam uma resposta da audiência.
• Podiam chocar os que ouviam.
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 Interpretando as Parábolas.
 Princípios para a interpretação das parábolas:
1. Faça o levantamento do contexto da passagem.
2. Estude detalhadamente o texto.
• Mudança da pessoa do discurso.
• Mudança na atitude dos personagens.
• As possibilidade de identificação da audiência.
3. Determine os elementos culturais envolvidos.
4. Aponte os elementos principais.
• Pode vir do mote ou aplicação.
5. Relacione com os demais ensinos de Jesus.
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 Interpretando as Epístolas.
• Em geral, nas epístolas a linguagem é literal.
• Possuem uma estrutura básica: autoria,
endereçamento, saudação, oração, corpo, saudação
final e despedida.
• Há presença de argumentação.
• São ricos em teologia e doutrina.
• Possuem grande aplicação na vida da igreja.
• Alguns desafios:
 A falta do interlocutor.
 O contexto insuficiente.
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 Interpretando as epístolas.
• Princípios para interpretação das epístolas:
1. O sentido está na relação autor/destinatário.
2. É preciso reconstruir o contexto.
3. Estude o desenvolvimento do argumento.
• Repetições e conectivos.
• Verbos, ordens, problemas, elogios.
4. Dê atenção aos subgêneros.
5. Priorize o que é claro.
6. Diferencie entre o indiferente, relativo e
transcendente.
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A Hermenêutica na
aplicação do texto.

A HERMENÊUTICA na aplicação do texto.
 Identificando princípio aplicáveis.
• Todos sabemos que existem mandamentos e
princípios que não são mais aplicáveis à nossa
realidade.
• Outros, no entanto, continuam válidos.
• Regra geral, devemos aplicar, a menos que a
Bíblia diga o contrário.
• Parte da tarefa de interpretação é identificar os
princípios aplicáveis.
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• Verifique os motivos:
1. Determinar o motivo dado para o princípio. Por
exemplo, devemos amar-nos uns aos outros
porque Deus nos amou primeiro (1 Jo 4:19).
2. Se o motivo de um princípio for limitado pela
cultura, então o princípio também poderá sê-lo.
Se o motivo tem sua base na natureza imutável
de Deus (sua graça, seu amor, sua natureza
moral ou sua ordem criada), então o próprio
princípio provavelmente não mudará.
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• Princípios para avaliar a aplicabilidade:
1. Se houver caráter normativo, transcultural e
permanente, deve ser aplicado. Especialmente
se for tratado no NT.
2. Se disser respeito a tema moral e teológico, ou
for repetido de igual maneira em outros
lugares, deve ser aplicado.
3. Se disser respeito à pessoas e circunstâncias
específicas ou não tratar de temas morais e
teológicos, não devem ser aplicados.
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• Princípios para avaliar a aplicabilidade:
4. Determinadas situações ou mandamentos
dizem respeito a contextos culturais
parcialmente semelhantes ao nosso e apenas os
princípios devem ser aplicados.
5. Certas situações ou mandamentos dizem
respeito a contextos culturais diferentes, mas
em que os princípios se aplicam.
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Erros de interpretação.
 Espiritualizar o texto.
• Ct 2:1.
 Texto fora de contexto.
• Ex: 2 Co 3:6, Mt 18:19-20 e Pv 8:17.
 Promessas específicas.
• Gn 13:14-17.
 Anacronia (palavras, teologia, cultura, etc.).
 Nunca faça:
• Doutrinas com base em experiências.
• Regras em passagens obscuras.
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Bibliografia
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