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HENRI PAUL HYACINTHE
 WALLON

Alunas:
•Ana Rita Rochinski da Silva
•Vânia Santos
•Adriana Cenatti

Turma: A
BIOGRAFIA
   Wallon nasceu em 15 de junho de 1879,
    em Paris.
   Conhecido por seu trabalho científico
    sobre Psicologia do Desenvolvimento.
   Em 1899, é admitido na Escola Normal Superior.
   Em 1902 formou-se em Filosofia pela Escola
    Normal Superior.
    Foi um destacado ativista marxista.
   Nomeado Secretário da Educação Nacional
    em 1944.
    Faleceu no dia 1.º de dezembro de 1962,
    em Paris, aos 83 anos.
Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual,
afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado,
porém, essa idéia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução
comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon.
Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito
mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que
memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento.

          Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas
emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas idéias em quatro
elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a
inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na
política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar,
excluir. Ou seja, “a própria negação do ensino”.

         As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento
da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas
vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e
perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino
AFETIVIDADE


     As transformações fisiológicas em uma criança (ou, nas
palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam
traços importantes de caráter e personalidade. “A emoção é
altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos
e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão
que ajudam o ser humano a se conhecer”, explica Heloysa
Dantas, da Faculdade de Educação da Universidade de São
Paulo (USP), estudiosa da obra de Wallon há 20 anos. Segundo
ela, a raiva, a alegria, o medo, a tristeza e os sentimentos mais
profundos ganham função relevante na relação da criança com o
meio. “A emoção causa impacto no outro e tende a se propagar
no meio social”, completa a pedagoga Izabel Galvão, também da
USP. Ela diz que a afetividade é um dos principais elementos do
desenvolvimento humano.
MOVIMENTO
      Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente
da organização dos espaços para se manifestarem. A motricidade, portanto,
tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto
por sua representação. Por que, então, a disposição do espaço não pode ser
diferente? Não é o caso de quebrar a rigidez e a imobilidade adaptando a sala
de aula para que as crianças possam se movimentar mais? Mais que isso,
que tipo de material é disponibilizado para os alunos numa atividade lúdica ou
pedagógica? Conforme as idéias de Wallon, a escola infelizmente insiste em
imobilizar a criança numa carteira, limitando justamente a fluidez das emoções
e do pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo da
pessoa.

       Estudos realizados por Wallon com crianças entre 6 e 9 anos mostram
que o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente de como cada
uma faz as diferenciações com a realidade exterior. Primeiro porque, ao
mesmo tempo, suas idéias são lineares e se misturam – ocasionando um
conflito permanente entre dois mundos, o interior, povoado de sonhos e
fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos e valores sociais e culturais.

      Nesse conflito entre situações antagônicas ganha sempre a criança. É
na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o
sincretismo (mistura de idéias num mesmo plano), bastante comum nessa
fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daí se
estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas.
O EU E O OUTRO

     A construção do eu na teoria de Wallon depende
essencialmente do outro. Seja para ser referência, seja para ser
negado. Principalmente a partir do instante em que a criança
começa a viver a chamada crise de oposição, em que a
negação do outro funciona como uma espécie de instrumento
de descoberta de si própria. Isso se dá aos 3 anos de idade, a
hora de saber que “eu” sou. “Manipulação (agredir ou se jogar
no chão para alcançar o objetivo), sedução (fazer chantagem
emocional com pais e professores) e imitação do outro são
características comuns nessa fase”, diz a professora Angela
Bretas, da Escola de Educação Física da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro. “Até mesmo a dor, o ódio e o sofrimento são
elementos estimuladores da construção do eu”, emenda
Heloysa Dantas. Isso justifica o espírito crítico da teoria
walloniana aos modelos convencionais de educação.
WALLON NA ESCOLA: HUMANIZAR A
              INTELIGÊNCIA

     Diferentemente dos métodos tradicionais (que
priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula),
a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual
dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é
sempre a de considerar a pessoa como um todo.
Elementos como afetividade, emoções, movimento e
espaço físico se encontram num mesmo plano. As
atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser
trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por
exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo
coreografias da história contada pelo professor. Os temas
e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo,
mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação
dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o
meio.
PARA PENSAR

   A teoria de Henri Wallon ainda é um
desafio para muitos pais, escolas e
professores. Sua obra faz uma resistência
contumaz      aos   métodos    pedagógicos
tradicionais. Numa época de crises, guerras,
separações e individualismos como a nossa,
não seria melhor começar a pôr em prática
nas escolas idéias mais humanistas, que
valorizem desde cedo a importância das
emoções?
TEORIA
   Diferente dos métodos tradicionais, que priorizam a
    inteligência e o desempenho em sala de aula, a proposta
    walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de
    uma cultura mais humanizada.
   Considerando a pessoa como um todo.
    Elementos como afetividade, emoções, movimento e
    espaço físico se encontram num mesmo plano.
    As atividades pedagógicas devem ser trabalhados de
    formas variadas.
    Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar
    o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa
    relação dialética ajuda a desenvolver a criança em
    sintonia com o meio.
  O processo de aprendizagem é dialético: não é
  adequado postular verdades absolutas, mas,
  sim, revitalizar direções e possibilidades.
 Uma das consequências desta postura é a
  crítica às concepções reducionistas: o estudo
  da pessoa completa, tanto em relação a seu
  caráter cognitivo quanto ao caráter afetivo e
  motor.
 Para Wallon, a cognição é importante, mas não
  mais importante que a afetividade ou a
  motricidade.
Frases de Henri Wallon:
“A criança responde às impressões que as coisas lhe
       causam com gestos dirigidos a elas”
    “O indivíduo é social não como resultado de
  circunstâncias externas, mas em virtude de uma
               necessidade interna”

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  • 1. HENRI PAUL HYACINTHE WALLON Alunas: •Ana Rita Rochinski da Silva •Vânia Santos •Adriana Cenatti Turma: A
  • 2. BIOGRAFIA  Wallon nasceu em 15 de junho de 1879, em Paris.  Conhecido por seu trabalho científico sobre Psicologia do Desenvolvimento.  Em 1899, é admitido na Escola Normal Superior.  Em 1902 formou-se em Filosofia pela Escola Normal Superior.  Foi um destacado ativista marxista.  Nomeado Secretário da Educação Nacional em 1944.  Faleceu no dia 1.º de dezembro de 1962, em Paris, aos 83 anos.
  • 3. Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa idéia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon. Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, “a própria negação do ensino”. As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino
  • 4. AFETIVIDADE As transformações fisiológicas em uma criança (ou, nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam traços importantes de caráter e personalidade. “A emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer”, explica Heloysa Dantas, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), estudiosa da obra de Wallon há 20 anos. Segundo ela, a raiva, a alegria, o medo, a tristeza e os sentimentos mais profundos ganham função relevante na relação da criança com o meio. “A emoção causa impacto no outro e tende a se propagar no meio social”, completa a pedagoga Izabel Galvão, também da USP. Ela diz que a afetividade é um dos principais elementos do desenvolvimento humano.
  • 5. MOVIMENTO Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da organização dos espaços para se manifestarem. A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto por sua representação. Por que, então, a disposição do espaço não pode ser diferente? Não é o caso de quebrar a rigidez e a imobilidade adaptando a sala de aula para que as crianças possam se movimentar mais? Mais que isso, que tipo de material é disponibilizado para os alunos numa atividade lúdica ou pedagógica? Conforme as idéias de Wallon, a escola infelizmente insiste em imobilizar a criança numa carteira, limitando justamente a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo da pessoa. Estudos realizados por Wallon com crianças entre 6 e 9 anos mostram que o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior. Primeiro porque, ao mesmo tempo, suas idéias são lineares e se misturam – ocasionando um conflito permanente entre dois mundos, o interior, povoado de sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos e valores sociais e culturais. Nesse conflito entre situações antagônicas ganha sempre a criança. É na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o sincretismo (mistura de idéias num mesmo plano), bastante comum nessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daí se estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas.
  • 6. O EU E O OUTRO A construção do eu na teoria de Wallon depende essencialmente do outro. Seja para ser referência, seja para ser negado. Principalmente a partir do instante em que a criança começa a viver a chamada crise de oposição, em que a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso se dá aos 3 anos de idade, a hora de saber que “eu” sou. “Manipulação (agredir ou se jogar no chão para alcançar o objetivo), sedução (fazer chantagem emocional com pais e professores) e imitação do outro são características comuns nessa fase”, diz a professora Angela Bretas, da Escola de Educação Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. “Até mesmo a dor, o ódio e o sofrimento são elementos estimuladores da construção do eu”, emenda Heloysa Dantas. Isso justifica o espírito crítico da teoria walloniana aos modelos convencionais de educação.
  • 7. WALLON NA ESCOLA: HUMANIZAR A INTELIGÊNCIA Diferentemente dos métodos tradicionais (que priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula), a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. As atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo coreografias da história contada pelo professor. Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o meio.
  • 8. PARA PENSAR A teoria de Henri Wallon ainda é um desafio para muitos pais, escolas e professores. Sua obra faz uma resistência contumaz aos métodos pedagógicos tradicionais. Numa época de crises, guerras, separações e individualismos como a nossa, não seria melhor começar a pôr em prática nas escolas idéias mais humanistas, que valorizem desde cedo a importância das emoções?
  • 9. TEORIA  Diferente dos métodos tradicionais, que priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula, a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada.  Considerando a pessoa como um todo.  Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano.  As atividades pedagógicas devem ser trabalhados de formas variadas.  Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o meio.
  • 10.  O processo de aprendizagem é dialético: não é adequado postular verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direções e possibilidades.  Uma das consequências desta postura é a crítica às concepções reducionistas: o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor.  Para Wallon, a cognição é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade.
  • 11. Frases de Henri Wallon: “A criança responde às impressões que as coisas lhe causam com gestos dirigidos a elas” “O indivíduo é social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude de uma necessidade interna”