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AFETIVIDADE E SUAS
IMPLICAÇÕES NO PROCESSO
  ENSINO APRENDIZAGEM
               Rubia Casagranda Picinini
   O QUE É AFETIVIDADE?
O QUE É AFETIVIDADE?
Na procura pela definição de afetividade é
possível encontrar “afetividade” como
“inclinação para amar” e o termo afetivo como
“relativo aos afetos (...) amor de Deus pelos
homens”. (CUNHA, 1997, p.19).

Para Walon (1995) a afetividade é a capacidade do ser
humano ser afetado pelo mundo, que se localiza dentro
e fora dele. Como um conjunto funcional abrangente
relacionados aos estados de bem-estar e mal-estar. É
composto por sentimentos, paixões e emoções.
A afetividade pode ser abordada
segundo diferentes perspectivas,
Dentre outras, a filosófica, a
psicológica e a pedagógica. Neste
trabalho, a afetividade é abordada na
Perspectiva pedagógica, ou seja,
tendo em vista a
relação educativa que se
estabelece entre
o professor e
seus alunos,
na sala de aula.
Para Vygotsky só é
                          possível ter uma
                          compreensão
                          completa do
                          pensamento humano
                          quando se compreende
sua base afetiva, ou seja, as razões que
impulsionam os pensamentos encontram suas
origens nas emoções que as constroem. A partir
das reflexões acima, torna-se urgente ampliar
as discussões sobre a influência das emoções
no desenvolvimento cognitivo da criança.
Romper a polarização entre afetividade e
cognição na escola, implica numa prática que
considere a criança como um ser encarnado de
emoções, de sentimentos. Nesse contexto
torna-se imperiosa a necessidade de valorizar a
história pessoal e cultural da criança, pois
assim a escola contribui na promoção de um
ambiente favorável as experiências de
aprendizagem.
Em sua teoria
          pedagógica, Wallon diz
          que o desenvolvimento
          intelectual envolve muito
mais um simples cérebro, abalou as
convicções numa época em que
memória e erudição eram o máximo
em termos de construção do
conhecimento. Wallon foi o primeiro
a levar não só o corpo da criança,
mas também suas emoções, para
dentro da sala de aula.
 Sua teoria pedagógica, que diz que o
  desenvolvimento intelectual envolve
  muito mais um simples cérebro,
  abalou as convicções numa época em
  que memória e erudição eram o
  máximo em termos de construção do
  conhecimento. Wallon foi o primeiro a
  levar não só o corpo da criança,
                   mas também
                   suas emoções,
                   para dentro da
                   sala de aula.
 A competência afetiva, por parte dos
professores, permite a criação de vínculos
entre eles e seus alunos, vínculos propícios
a um clima de confiança, de respeito mútuo,
de amizade, de compreensão das
necessidades dos alunos e da
abertura para a expressão sincera
dos sentimentos. Enfim, uma vida
afetiva na escola aumenta o interesse
dos alunos pelos estudos, melhora
significativamente a aprendizagem
cognitiva e, em conseqüência,
reduz as taxas de
abandono e de
 fracasso escolar.
Um professor afetivo na
relação educativa
Apresenta diversas
características:
pessoais, pedagógicas e
educativas, profissionais.
Constituem-se características pessoais
 do professor afetivo: ser humano,
 próximo, afetuoso, seguro, paciente,
 pacífico, maternal, compreensivo,
 humilde, empático, estudioso,
 respeitoso, confiante, aberto às críticas
 e ao diálogo. Como se isso não fosse
 suficiente, o professor afetivo percebe
 as necessidades dos alunos e coloca-se
 à disposição deles para ajudá-los.
No que concerne às
                    estratégias pedagógicas
                    e educativas do
                    professor afetivo, ele
                    desenvolve
                    estratégias dinâmicas e
                    criativas, preocupando-
se em associar o saber escolar com a
realidade do aluno. Com o objetivo de inserir
a dimensão afetiva na prática educativa,
busca estimular seus alunos pelo seu
próprio prazer de ensinar, provoca
encontros e trocas afetivas, suscita o
envolvimento dos alunos nos trabalhos de
grupo e na participação coletiva das
decisões.
As crianças devem ter a oportunidade de
  desenvolver sua afetividade. É preciso dar-
  lhes
condições para que seu emocional floresça,
  se expanda, ganhe espaço.
A falta de afetividade leva à rejeição aos
  livros, à carência de motivação para a
aprendizagem, à ausência de vontade de
  crescer e até mesmo à rebeldia. Portanto
  aprender deve
estar ligado ao ato afetivo,
deve ser gostoso,
prazeroso.
A escola não pode desconsiderar a dimensão afetiva dos alunos, pois,
se o ser humano não está bem afetivamente, sua ação como ser
social, estará comprometida, sem expressão, força, sem
vitalidade. Isto vale para qualquer área da atividade humana,
independentemente de idade, sexo, cultura.
É necessário construirmos uma prática pedagógica que saiba lidar
com esta complexidade, no sentido de tecermos juntos, numa
perspectiva psicoafetiva, vários aspectos que constituem a
realidade humana no seu desenvolvimento inter e intrapessoal na
educação.
Da mesma forma, é preciso direcionar a formação dos educadores a
partir dessa visão complexa que envolve a relação entre razão e
emoção, bem como a sua participação nos momentos
de mediação do conhecimento.
"As palavras
 sem afeto nunca
   chegarão aos
 ouvidos de Deus."

(William Shakespeare)

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  • 1. AFETIVIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Rubia Casagranda Picinini
  • 2. O QUE É AFETIVIDADE?
  • 3. O QUE É AFETIVIDADE?
  • 4. Na procura pela definição de afetividade é possível encontrar “afetividade” como “inclinação para amar” e o termo afetivo como “relativo aos afetos (...) amor de Deus pelos homens”. (CUNHA, 1997, p.19). Para Walon (1995) a afetividade é a capacidade do ser humano ser afetado pelo mundo, que se localiza dentro e fora dele. Como um conjunto funcional abrangente relacionados aos estados de bem-estar e mal-estar. É composto por sentimentos, paixões e emoções.
  • 5. A afetividade pode ser abordada segundo diferentes perspectivas, Dentre outras, a filosófica, a psicológica e a pedagógica. Neste trabalho, a afetividade é abordada na Perspectiva pedagógica, ou seja, tendo em vista a relação educativa que se estabelece entre o professor e seus alunos, na sala de aula.
  • 6. Para Vygotsky só é possível ter uma compreensão completa do pensamento humano quando se compreende sua base afetiva, ou seja, as razões que impulsionam os pensamentos encontram suas origens nas emoções que as constroem. A partir das reflexões acima, torna-se urgente ampliar as discussões sobre a influência das emoções no desenvolvimento cognitivo da criança. Romper a polarização entre afetividade e cognição na escola, implica numa prática que considere a criança como um ser encarnado de emoções, de sentimentos. Nesse contexto torna-se imperiosa a necessidade de valorizar a história pessoal e cultural da criança, pois assim a escola contribui na promoção de um ambiente favorável as experiências de aprendizagem.
  • 7. Em sua teoria pedagógica, Wallon diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções, para dentro da sala de aula.
  • 8.  Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções, para dentro da sala de aula.
  • 9.  A competência afetiva, por parte dos professores, permite a criação de vínculos entre eles e seus alunos, vínculos propícios a um clima de confiança, de respeito mútuo, de amizade, de compreensão das necessidades dos alunos e da abertura para a expressão sincera dos sentimentos. Enfim, uma vida afetiva na escola aumenta o interesse dos alunos pelos estudos, melhora significativamente a aprendizagem cognitiva e, em conseqüência, reduz as taxas de abandono e de fracasso escolar.
  • 10. Um professor afetivo na relação educativa Apresenta diversas características: pessoais, pedagógicas e educativas, profissionais. Constituem-se características pessoais do professor afetivo: ser humano, próximo, afetuoso, seguro, paciente, pacífico, maternal, compreensivo, humilde, empático, estudioso, respeitoso, confiante, aberto às críticas e ao diálogo. Como se isso não fosse suficiente, o professor afetivo percebe as necessidades dos alunos e coloca-se à disposição deles para ajudá-los.
  • 11. No que concerne às estratégias pedagógicas e educativas do professor afetivo, ele desenvolve estratégias dinâmicas e criativas, preocupando- se em associar o saber escolar com a realidade do aluno. Com o objetivo de inserir a dimensão afetiva na prática educativa, busca estimular seus alunos pelo seu próprio prazer de ensinar, provoca encontros e trocas afetivas, suscita o envolvimento dos alunos nos trabalhos de grupo e na participação coletiva das decisões.
  • 12. As crianças devem ter a oportunidade de desenvolver sua afetividade. É preciso dar- lhes condições para que seu emocional floresça, se expanda, ganhe espaço. A falta de afetividade leva à rejeição aos livros, à carência de motivação para a aprendizagem, à ausência de vontade de crescer e até mesmo à rebeldia. Portanto aprender deve estar ligado ao ato afetivo, deve ser gostoso, prazeroso.
  • 13. A escola não pode desconsiderar a dimensão afetiva dos alunos, pois, se o ser humano não está bem afetivamente, sua ação como ser social, estará comprometida, sem expressão, força, sem vitalidade. Isto vale para qualquer área da atividade humana, independentemente de idade, sexo, cultura. É necessário construirmos uma prática pedagógica que saiba lidar com esta complexidade, no sentido de tecermos juntos, numa perspectiva psicoafetiva, vários aspectos que constituem a realidade humana no seu desenvolvimento inter e intrapessoal na educação. Da mesma forma, é preciso direcionar a formação dos educadores a partir dessa visão complexa que envolve a relação entre razão e emoção, bem como a sua participação nos momentos de mediação do conhecimento.
  • 14. "As palavras sem afeto nunca chegarão aos ouvidos de Deus." (William Shakespeare)