Este documento discute o Governo Eletrônico como proposta de cidadania, democracia e inclusão digital. Apresenta o conceito de Governo Eletrônico e suas funções, como disponibilizar serviços públicos online e promover a transparência do governo. Também aborda os desafios para implementar o Governo Eletrônico no Brasil e a importância de políticas públicas para reduzir desigualdades e promover a inclusão digital de todos os cidadãos.
As TIC’s e o Governo Federal: uma análise do surgimento, da implementação e d...Karina Baco
CARMO, Karina Barbosa do. As TIC’s e o Governo Federal: uma análise do surgimento, da implementação e da adesão à Política de Governo Eletrônico no Brasil. 2014. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso da Pós-graduação Lato Sensu em MBA em Marketing – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2014.
Orientador: Profª. Drª. Sheila da Costa Oliveira
O documento apresenta um projeto para a criação de um Portal de Transparência Legislativa da Câmara Municipal de Vereadores de Salvador do Sul. O portal tem como objetivo promover a transparência no uso dos recursos públicos e facilitar o acesso das informações para os cidadãos, melhorando a relação entre o legislativo municipal e a população. O portal permitiria que os cidadãos acompanhassem gastos, leis, projetos e outras informações sobre os vereadores e sessões, além de disponibilizar serviços como ouvidoria e participação popular
O documento discute a governança eletrônica móvel no Brasil, apresentando seu estágio atual e perspectivas futuras. Analisa iniciativas de M-governança em diversos estados e municípios brasileiros e identifica vantagens dos serviços móveis, como conveniência e ampliação do acesso. No entanto, aponta que faltam coesão e orquestração entre os projetos.
O papel das TICs na implementação da lei de acesso à informaçãoGovBR
O documento discute o papel das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na implementação da Lei de Acesso à Informação no Brasil. As TIC podem ser usadas para divulgar informações de forma proativa, facilitar o acesso público e modernizar a gestão governamental de acordo com a lei.
O documento discute o conceito de governo eletrônico no Brasil, abordando tópicos como tipos, objetivos, desafios, exemplos e modelos de referência. O governo eletrônico tem como objetivo principal melhorar a prestação de serviços públicos aos cidadãos por meio do uso de tecnologias da informação.
Artigo CONGRESSO INTERNACIONAL GOVERNO 2013 - Cloud Computing: Potencial de M...Marcelo Veloso
1) O documento discute o potencial da computação em nuvem para motivar iniciativas de governo eletrônico ao reduzir custos e permitir agilidade e inovação nos serviços públicos.
2) Atualmente, governos têm investido em programas de governo eletrônico para responder às demandas da sociedade por serviços públicos, transparência e participação política.
3) A computação em nuvem pode ser uma tecnologia estratégica para promover a integração entre governo e sociedade ao permitir serviços públicos mó
In several countries, the concern with the access to the information is being more and more present. In this sense, the use of the information and communication technologies for the governments in the offer of services and information to the society, it constitutes what was agreed to call of e-government (or electronic government). In Brazil, several e-government initiatives are observed in several development levels. This work has as base a brief revision regarding the Electronic Government’s concept (e-government) on everything in the offer of public services and information diffusion in the Web through or starting from public organs. However, although many of these initiatives of electronic government are in advanced stage, your potentiality cannot be reached without enlarging the reach of the information and digital literacy close to the society.
Garcia, Rodrigo-Moreira Governo Eletrônico, Informação e Competência em Informação. Informação & Sociedade: Estudos, 2007, vol. 16, n. 2. [Journal Article (On-line/Unpaginated)]
[1] O documento discute estratégias de e-governo em cinco países e a importância da abertura e transparência do governo; [2] Realça a necessidade de ouvir cidadãos e empresas para ganhar legitimidade e modernizar a administração pública; [3] Defende que Portugal deve acompanhar as melhores práticas adotando um novo programa de ação digital para 2015 em diante.
As TIC’s e o Governo Federal: uma análise do surgimento, da implementação e d...Karina Baco
CARMO, Karina Barbosa do. As TIC’s e o Governo Federal: uma análise do surgimento, da implementação e da adesão à Política de Governo Eletrônico no Brasil. 2014. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso da Pós-graduação Lato Sensu em MBA em Marketing – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2014.
Orientador: Profª. Drª. Sheila da Costa Oliveira
O documento apresenta um projeto para a criação de um Portal de Transparência Legislativa da Câmara Municipal de Vereadores de Salvador do Sul. O portal tem como objetivo promover a transparência no uso dos recursos públicos e facilitar o acesso das informações para os cidadãos, melhorando a relação entre o legislativo municipal e a população. O portal permitiria que os cidadãos acompanhassem gastos, leis, projetos e outras informações sobre os vereadores e sessões, além de disponibilizar serviços como ouvidoria e participação popular
O documento discute a governança eletrônica móvel no Brasil, apresentando seu estágio atual e perspectivas futuras. Analisa iniciativas de M-governança em diversos estados e municípios brasileiros e identifica vantagens dos serviços móveis, como conveniência e ampliação do acesso. No entanto, aponta que faltam coesão e orquestração entre os projetos.
O papel das TICs na implementação da lei de acesso à informaçãoGovBR
O documento discute o papel das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na implementação da Lei de Acesso à Informação no Brasil. As TIC podem ser usadas para divulgar informações de forma proativa, facilitar o acesso público e modernizar a gestão governamental de acordo com a lei.
O documento discute o conceito de governo eletrônico no Brasil, abordando tópicos como tipos, objetivos, desafios, exemplos e modelos de referência. O governo eletrônico tem como objetivo principal melhorar a prestação de serviços públicos aos cidadãos por meio do uso de tecnologias da informação.
Artigo CONGRESSO INTERNACIONAL GOVERNO 2013 - Cloud Computing: Potencial de M...Marcelo Veloso
1) O documento discute o potencial da computação em nuvem para motivar iniciativas de governo eletrônico ao reduzir custos e permitir agilidade e inovação nos serviços públicos.
2) Atualmente, governos têm investido em programas de governo eletrônico para responder às demandas da sociedade por serviços públicos, transparência e participação política.
3) A computação em nuvem pode ser uma tecnologia estratégica para promover a integração entre governo e sociedade ao permitir serviços públicos mó
In several countries, the concern with the access to the information is being more and more present. In this sense, the use of the information and communication technologies for the governments in the offer of services and information to the society, it constitutes what was agreed to call of e-government (or electronic government). In Brazil, several e-government initiatives are observed in several development levels. This work has as base a brief revision regarding the Electronic Government’s concept (e-government) on everything in the offer of public services and information diffusion in the Web through or starting from public organs. However, although many of these initiatives of electronic government are in advanced stage, your potentiality cannot be reached without enlarging the reach of the information and digital literacy close to the society.
Garcia, Rodrigo-Moreira Governo Eletrônico, Informação e Competência em Informação. Informação & Sociedade: Estudos, 2007, vol. 16, n. 2. [Journal Article (On-line/Unpaginated)]
[1] O documento discute estratégias de e-governo em cinco países e a importância da abertura e transparência do governo; [2] Realça a necessidade de ouvir cidadãos e empresas para ganhar legitimidade e modernizar a administração pública; [3] Defende que Portugal deve acompanhar as melhores práticas adotando um novo programa de ação digital para 2015 em diante.
1) O documento discute o conceito de e-Participação e seu potencial para ampliar a participação política dos cidadãos através das tecnologias digitais.
2) No entanto, existem desafios como a exclusão digital e a necessidade de as instituições públicas absorverem de fato as demandas dos cidadãos para que a e-Participação seja efetiva.
3) Fatores como a estrutura institucional, o desenho das plataformas digitais e a mudança na cultura política são importantes para que a e-Participação traga
Governo 2.0 - Gestao do Conhecimento e Inovacao - Web 2.0Jose Claudio Terra
O documento discute a estratégia de Governo 2.0, focando na inclusão, participação e inovação. Ele aborda o contexto e tendências, definindo Governo 2.0 e seus objetivos, e apresenta exemplos de como os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) estão adotando ferramentas da Web 2.0.
Investimentos Na Inclusão Digital no Brasilcleston82
O documento descreve os esforços do governo brasileiro para promover a inclusão digital no país, incluindo programas para levar computadores e acesso à internet para escolas, comunidades rurais e periferias urbanas. O Plano Nacional de Banda Larga tem como objetivo garantir que a maioria da população tenha acesso à internet banda larga de alta velocidade e baixo custo até 2014.
Balanço Final do Governo Lula - livro 4 (cap. 6)Edinho Silva
1) O documento discute os esforços do governo brasileiro para promover a inclusão digital no país, incluindo projetos para expandir o acesso à tecnologia e internet, especialmente entre comunidades carentes.
2) Quatro eixos principais de projetos de inclusão digital são descritos: acesso à tecnologia, telecentros comunitários, inclusão digital nas escolas e massificação da banda larga.
3) Diversos instrumentos legais e iniciativas de participação social são também apresentados como parte dos esforços de prom
O documento discute a gestão da tecnologia da informação municipal, abordando tópicos como sistemas de informação, informatização da gestão, informações em rede, democratização da informação e e-governo. O cronograma inclui apresentações sobre esses temas em diversas datas entre agosto e setembro de 2011.
As organizações públicas ainda se encontram distantes do ideal de governo participativo, seja por deficiências internas ou por dificuldades externas. Os estudos existentes sobre as relações entre o ambiente virtual e as organizações governamentais permanecem muito focalizados na área técnica (por exemplo, avaliações de portais, testes de usabilidade), dando pouco espaço a discussões fundamentadas sobre participação pública na internet ou ao ponto de vista dos cidadãos. Este artigo pretende explorar algumas das possibilidades do chamado governo eletrônico quando se trata de integrar a participação cidadã com vistas a ampliar e melhorar a oferta de serviços públicos. Nessa exploração destaca-se um binômio – de um lado, benefícios e vantagens; de outro, riscos e desafios – que descortina as oportunidades de oferta para o Setor Público. Para fundamentar esse prisma, o artigo combina literaturas de áreas distintas, sintetizando benefícios e desafios em forma tabular, o que ajuda a recuperar autores e ideias relevantes de forma didática e clara. Duas conclusões merecem destaque. Primeiro, é preciso reestruturar os processos e serviços da área pública, oferecendo canais de contato direto e deixando os organismos governamentais mais flexíveis e permeáveis à ideia de que as soluções mais eficientes e mais justas virão de processos coparticipativos. Segundo, é preciso que as instituições públicas invistam em conhecer melhor sobre o comportamento e preferências do cidadão de forma a otimizar os esforços e os investimentos dos organismos públicos, e, em última análise, potencializar as chances de o relacionamento governo-cidadão resultar em bons frutos para ambas as partes.
mGOV2: ENVOLVIMENTO DO CIDADÃO NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM O...Angela Iara Zotti
The paper presents the design proposal for mgov2 as a technological model based on social networks and mobile devices as a tool to support public policy development at the municipal, state and federal levels, aiming to strengthen citizenship in Latin America and Caribbean - LAC .
E governo, participação e transparência de gestão - Othon Jambeiro (2011)ACORN-REDECOM
Este documento analisa o uso de websites por prefeituras e câmaras municipais brasileiras para disponibilizar planos diretores aos cidadãos. A pesquisa encontrou que apenas 1.339 dos 1.633 municípios obrigados a ter plano diretor possuem website, com destaque para o Sudeste e Sul. A maioria dos websites são de prefeituras, com poucos das câmaras. Os resultados mostram que poucos municípios usam a internet para tornar os planos diretores disponíveis ao público.
PROJETO MGOV2 - ENVOLVIMENTO DO CIDADÃO NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLI...Angela Iara Zotti
O documento descreve um projeto que tem como objetivo definir um modelo tecnológico para envolver cidadãos no desenvolvimento de políticas públicas usando redes sociais e dispositivos móveis. O projeto analisará a viabilidade do uso dessas ferramentas para consultar cidadãos sobre assuntos de governo local e expandir serviços de governo eletrônico. A pesquisa será realizada em três etapas e usará métodos qualitativos e quantitativos para avaliar os resultados.
1. O documento discute a governança na administração pública no Brasil e o uso da tecnologia da informação para promover a transparência e combater fraudes.
2. Ele resume os investimentos do governo brasileiro em software livre e as novas regras para aquisição de serviços de TI, visando aumentar a qualidade dos serviços públicos.
3. O autor analisa como a governança global e corporativa podem contribuir para a cooperação entre instituições e pessoas e o crescimento sustentável.
Políticas locais para comunicação democráticaTulio Malaspina
A concepção que sustenta esse documento é a da possibilidade de os órgãos municipais participarem ativamente na construção e sustentação de iniciativas que contribuam para Fomentar a comunicação como ferramenta de democratização da gestão pública.
Esta publicação foi desenvolvida e redigida pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, com valiosas contribuições dos pesquisadores Laura Tresca e Paulo de Tarso Riccordi.
Governanca de TI, Transparência Pública e Combate a FraudesJairo Bernardes
1. O documento discute a importância da governança de TI, transparência pública e combate a fraudes no Brasil.
2. Ele apresenta como a tecnologia da informação tem contribuído para a promoção da transparência e combate a fraudes no governo brasileiro.
3. O autor analisa os investimentos do governo federal em software livre e as novas regras para aquisição de serviços de TI.
Este documento discute a aplicação de metodologias de governança de TI em entidades públicas municipais para melhorar a gestão de tecnologia e facilitar a comunicação entre prefeituras e fornecedores de software. O modelo COBIT é apresentado como uma abordagem adequada devido ao seu foco no alinhamento entre TI e negócios e sua facilidade de implantação. Uma visita à prefeitura de Jaguaruna mostrou a necessidade de aprimorar a estrutura de TI local.
O documento discute a adoção de um governo mais participativo utilizando novas tecnologias de comunicação e mídias sociais. Propõe que os cidadãos se engajem online para definir suas prioridades e soluções de forma colaborativa, com o governo ouvindo e agindo de acordo com as demandas populares. A rede online visa empoderar o povo brasileiro e construir coletivamente o país que querem.
O documento discute a adoção de um governo mais participativo utilizando novas tecnologias de comunicação e mídias sociais. Propõe que os cidadãos se engajem online para definir suas prioridades e coletivamente construir o Brasil que querem através de uma rede horizontal e democrática. A estratégia é ouvir as demandas dos cidadãos, envolvê-los no processo e tomar ações baseadas nas soluções propostas.
Plataformas Colaborativas e Democracia Digital - Um Estudo do Ágora em RedeColaborativismo
O artigo é resultado de uma pesquisa que busca compreender o impacto da tecnologia nas
novas formas de participação através de um estudo da plataforma colaborativa Ágora em
Rede, um projeto da Prefeitura Municipal de Canoas, no Rio Grande do Sul. Onde é
realizada uma análise de como uma plataforma colaborativa pode contribuir para o conceito
utilizado por Gomes (2005) de democracia digital. Desta forma, se utiliza o método de
Estudo de Caso, que tem como objetivo investigar como o Ágora em Rede contribui para a
democracia e para a participação popular em um ambiente digital. E assim, poder tirar
conclusões sobre o que o projeto proporciona para a sociedade e a comunicação.
ELEIÇÃO DIRETA DIGITAL INTERNACIONAL - ED²I: uso das ferramentas Web 2.0 com ...Angela Iara Zotti
Este artigo tem como objetivos descrever o processo da ED²I e fazer uma análise do uso das ferramentas Web 2.0 utilizadas com ênfase no Flickr e no Panoramio usados para a gestão da origem dos votos neste processo eleitoral digital.
Inclusão digital no brasil - Lucilene Cury, Ligia Capobianco (2010)ACORN-REDECOM
O documento discute a inclusão digital no Brasil, definindo o termo e analisando fatores como infraestrutura, acesso e habilidades digitais. Autores internacionais destacam que a inclusão depende do desenvolvimento econômico e que as novas tecnologias inicialmente beneficiam os mais ricos. É necessário garantir que todos tenham acesso à internet e habilidades para produzir conteúdo.
O documento discute a necessidade de políticas públicas para promover o desenvolvimento das áreas rurais por meio das TICs. Apresenta um estudo de caso de uma organização que implantou telecentros comunitários na zona rural de Minas Gerais e entrevistou voluntários que completaram cursos à distância, demonstrando interesse em permanecer em suas comunidades. Conclui que pequenos investimentos podem apoiar projetos de desenvolvimento econômico e social nas áreas rurais se baseados em políticas públicas de informação.
O documento discute a inclusão digital em Marília, SP, Brasil. Ele descreve uma oficina sobre informação e comunicação visual com 40 instrutores de informática de escolas públicas municipais para melhorar o acesso e uso da tecnologia digital. O objetivo era fornecer subsídios para políticas públicas de informação e avaliar estratégias do governo municipal para promover a inclusão digital.
A inclusão digital visa democratizar o acesso à tecnologia e à internet para permitir a inserção de todos na sociedade da informação, melhorando a qualidade de vida das pessoas através do uso destas ferramentas. Para ser considerado incluído digitalmente, além de ter acesso a um computador e à internet, a pessoa precisa saber utilizar estas ferramentas. Programas governamentais como o ProInfo buscam promover o acesso e o uso educacional da tecnologia, especialmente entre populações de baixa renda ou com deficiência.
O documento discute os conceitos de cidadania, trabalho, emprego e empregabilidade. Define cidadania como a participação social, econômica e política dos cidadãos na sociedade. Explora o significado de trabalho, emprego e empregabilidade, e discute o Plano Nacional de Emprego de Portugal e seus objetivos de promover a inserção profissional e combater o desemprego.
1) O documento discute o conceito de e-Participação e seu potencial para ampliar a participação política dos cidadãos através das tecnologias digitais.
2) No entanto, existem desafios como a exclusão digital e a necessidade de as instituições públicas absorverem de fato as demandas dos cidadãos para que a e-Participação seja efetiva.
3) Fatores como a estrutura institucional, o desenho das plataformas digitais e a mudança na cultura política são importantes para que a e-Participação traga
Governo 2.0 - Gestao do Conhecimento e Inovacao - Web 2.0Jose Claudio Terra
O documento discute a estratégia de Governo 2.0, focando na inclusão, participação e inovação. Ele aborda o contexto e tendências, definindo Governo 2.0 e seus objetivos, e apresenta exemplos de como os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) estão adotando ferramentas da Web 2.0.
Investimentos Na Inclusão Digital no Brasilcleston82
O documento descreve os esforços do governo brasileiro para promover a inclusão digital no país, incluindo programas para levar computadores e acesso à internet para escolas, comunidades rurais e periferias urbanas. O Plano Nacional de Banda Larga tem como objetivo garantir que a maioria da população tenha acesso à internet banda larga de alta velocidade e baixo custo até 2014.
Balanço Final do Governo Lula - livro 4 (cap. 6)Edinho Silva
1) O documento discute os esforços do governo brasileiro para promover a inclusão digital no país, incluindo projetos para expandir o acesso à tecnologia e internet, especialmente entre comunidades carentes.
2) Quatro eixos principais de projetos de inclusão digital são descritos: acesso à tecnologia, telecentros comunitários, inclusão digital nas escolas e massificação da banda larga.
3) Diversos instrumentos legais e iniciativas de participação social são também apresentados como parte dos esforços de prom
O documento discute a gestão da tecnologia da informação municipal, abordando tópicos como sistemas de informação, informatização da gestão, informações em rede, democratização da informação e e-governo. O cronograma inclui apresentações sobre esses temas em diversas datas entre agosto e setembro de 2011.
As organizações públicas ainda se encontram distantes do ideal de governo participativo, seja por deficiências internas ou por dificuldades externas. Os estudos existentes sobre as relações entre o ambiente virtual e as organizações governamentais permanecem muito focalizados na área técnica (por exemplo, avaliações de portais, testes de usabilidade), dando pouco espaço a discussões fundamentadas sobre participação pública na internet ou ao ponto de vista dos cidadãos. Este artigo pretende explorar algumas das possibilidades do chamado governo eletrônico quando se trata de integrar a participação cidadã com vistas a ampliar e melhorar a oferta de serviços públicos. Nessa exploração destaca-se um binômio – de um lado, benefícios e vantagens; de outro, riscos e desafios – que descortina as oportunidades de oferta para o Setor Público. Para fundamentar esse prisma, o artigo combina literaturas de áreas distintas, sintetizando benefícios e desafios em forma tabular, o que ajuda a recuperar autores e ideias relevantes de forma didática e clara. Duas conclusões merecem destaque. Primeiro, é preciso reestruturar os processos e serviços da área pública, oferecendo canais de contato direto e deixando os organismos governamentais mais flexíveis e permeáveis à ideia de que as soluções mais eficientes e mais justas virão de processos coparticipativos. Segundo, é preciso que as instituições públicas invistam em conhecer melhor sobre o comportamento e preferências do cidadão de forma a otimizar os esforços e os investimentos dos organismos públicos, e, em última análise, potencializar as chances de o relacionamento governo-cidadão resultar em bons frutos para ambas as partes.
mGOV2: ENVOLVIMENTO DO CIDADÃO NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM O...Angela Iara Zotti
The paper presents the design proposal for mgov2 as a technological model based on social networks and mobile devices as a tool to support public policy development at the municipal, state and federal levels, aiming to strengthen citizenship in Latin America and Caribbean - LAC .
E governo, participação e transparência de gestão - Othon Jambeiro (2011)ACORN-REDECOM
Este documento analisa o uso de websites por prefeituras e câmaras municipais brasileiras para disponibilizar planos diretores aos cidadãos. A pesquisa encontrou que apenas 1.339 dos 1.633 municípios obrigados a ter plano diretor possuem website, com destaque para o Sudeste e Sul. A maioria dos websites são de prefeituras, com poucos das câmaras. Os resultados mostram que poucos municípios usam a internet para tornar os planos diretores disponíveis ao público.
PROJETO MGOV2 - ENVOLVIMENTO DO CIDADÃO NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLI...Angela Iara Zotti
O documento descreve um projeto que tem como objetivo definir um modelo tecnológico para envolver cidadãos no desenvolvimento de políticas públicas usando redes sociais e dispositivos móveis. O projeto analisará a viabilidade do uso dessas ferramentas para consultar cidadãos sobre assuntos de governo local e expandir serviços de governo eletrônico. A pesquisa será realizada em três etapas e usará métodos qualitativos e quantitativos para avaliar os resultados.
1. O documento discute a governança na administração pública no Brasil e o uso da tecnologia da informação para promover a transparência e combater fraudes.
2. Ele resume os investimentos do governo brasileiro em software livre e as novas regras para aquisição de serviços de TI, visando aumentar a qualidade dos serviços públicos.
3. O autor analisa como a governança global e corporativa podem contribuir para a cooperação entre instituições e pessoas e o crescimento sustentável.
Políticas locais para comunicação democráticaTulio Malaspina
A concepção que sustenta esse documento é a da possibilidade de os órgãos municipais participarem ativamente na construção e sustentação de iniciativas que contribuam para Fomentar a comunicação como ferramenta de democratização da gestão pública.
Esta publicação foi desenvolvida e redigida pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, com valiosas contribuições dos pesquisadores Laura Tresca e Paulo de Tarso Riccordi.
Governanca de TI, Transparência Pública e Combate a FraudesJairo Bernardes
1. O documento discute a importância da governança de TI, transparência pública e combate a fraudes no Brasil.
2. Ele apresenta como a tecnologia da informação tem contribuído para a promoção da transparência e combate a fraudes no governo brasileiro.
3. O autor analisa os investimentos do governo federal em software livre e as novas regras para aquisição de serviços de TI.
Este documento discute a aplicação de metodologias de governança de TI em entidades públicas municipais para melhorar a gestão de tecnologia e facilitar a comunicação entre prefeituras e fornecedores de software. O modelo COBIT é apresentado como uma abordagem adequada devido ao seu foco no alinhamento entre TI e negócios e sua facilidade de implantação. Uma visita à prefeitura de Jaguaruna mostrou a necessidade de aprimorar a estrutura de TI local.
O documento discute a adoção de um governo mais participativo utilizando novas tecnologias de comunicação e mídias sociais. Propõe que os cidadãos se engajem online para definir suas prioridades e soluções de forma colaborativa, com o governo ouvindo e agindo de acordo com as demandas populares. A rede online visa empoderar o povo brasileiro e construir coletivamente o país que querem.
O documento discute a adoção de um governo mais participativo utilizando novas tecnologias de comunicação e mídias sociais. Propõe que os cidadãos se engajem online para definir suas prioridades e coletivamente construir o Brasil que querem através de uma rede horizontal e democrática. A estratégia é ouvir as demandas dos cidadãos, envolvê-los no processo e tomar ações baseadas nas soluções propostas.
Plataformas Colaborativas e Democracia Digital - Um Estudo do Ágora em RedeColaborativismo
O artigo é resultado de uma pesquisa que busca compreender o impacto da tecnologia nas
novas formas de participação através de um estudo da plataforma colaborativa Ágora em
Rede, um projeto da Prefeitura Municipal de Canoas, no Rio Grande do Sul. Onde é
realizada uma análise de como uma plataforma colaborativa pode contribuir para o conceito
utilizado por Gomes (2005) de democracia digital. Desta forma, se utiliza o método de
Estudo de Caso, que tem como objetivo investigar como o Ágora em Rede contribui para a
democracia e para a participação popular em um ambiente digital. E assim, poder tirar
conclusões sobre o que o projeto proporciona para a sociedade e a comunicação.
ELEIÇÃO DIRETA DIGITAL INTERNACIONAL - ED²I: uso das ferramentas Web 2.0 com ...Angela Iara Zotti
Este artigo tem como objetivos descrever o processo da ED²I e fazer uma análise do uso das ferramentas Web 2.0 utilizadas com ênfase no Flickr e no Panoramio usados para a gestão da origem dos votos neste processo eleitoral digital.
Inclusão digital no brasil - Lucilene Cury, Ligia Capobianco (2010)ACORN-REDECOM
O documento discute a inclusão digital no Brasil, definindo o termo e analisando fatores como infraestrutura, acesso e habilidades digitais. Autores internacionais destacam que a inclusão depende do desenvolvimento econômico e que as novas tecnologias inicialmente beneficiam os mais ricos. É necessário garantir que todos tenham acesso à internet e habilidades para produzir conteúdo.
O documento discute a necessidade de políticas públicas para promover o desenvolvimento das áreas rurais por meio das TICs. Apresenta um estudo de caso de uma organização que implantou telecentros comunitários na zona rural de Minas Gerais e entrevistou voluntários que completaram cursos à distância, demonstrando interesse em permanecer em suas comunidades. Conclui que pequenos investimentos podem apoiar projetos de desenvolvimento econômico e social nas áreas rurais se baseados em políticas públicas de informação.
O documento discute a inclusão digital em Marília, SP, Brasil. Ele descreve uma oficina sobre informação e comunicação visual com 40 instrutores de informática de escolas públicas municipais para melhorar o acesso e uso da tecnologia digital. O objetivo era fornecer subsídios para políticas públicas de informação e avaliar estratégias do governo municipal para promover a inclusão digital.
A inclusão digital visa democratizar o acesso à tecnologia e à internet para permitir a inserção de todos na sociedade da informação, melhorando a qualidade de vida das pessoas através do uso destas ferramentas. Para ser considerado incluído digitalmente, além de ter acesso a um computador e à internet, a pessoa precisa saber utilizar estas ferramentas. Programas governamentais como o ProInfo buscam promover o acesso e o uso educacional da tecnologia, especialmente entre populações de baixa renda ou com deficiência.
O documento discute os conceitos de cidadania, trabalho, emprego e empregabilidade. Define cidadania como a participação social, econômica e política dos cidadãos na sociedade. Explora o significado de trabalho, emprego e empregabilidade, e discute o Plano Nacional de Emprego de Portugal e seus objetivos de promover a inserção profissional e combater o desemprego.
A Apropriação Informacional para a Cidadania sob o Foco do Usuário Final de P...Elisabeth Dudziak
Este documento analisa programas brasileiros de inclusão digital, informacional e social com foco nos usuários finais. Estudos de caso em quatro estados brasileiros avaliaram como os programas impactaram os processos decisórios e exercício da cidadania dos usuários. Os resultados mostraram que os programas contribuíram para o acesso à informação e habilidades digitais, mas que é necessário focar mais na apropriação informacional e inclusão social para promover autonomia e participação cidadã.
O documento discute a importância da acessibilidade nas estações digitais para promover a inclusão de pessoas com deficiência. Ele aborda como a inclusão acontece removendo barreiras físicas, de comunicação e digitais, respeitando a legislação sobre acessibilidade. O texto fornece dicas para tornar a estação acessível a todos.
O acesso à tecnologia criou uma procura crescente de meios para preparar os nossos alunos para a sua utilização de forma segura, legal e ética, não só na escola na na vida fora da escola e mesmo profissionalmente.
Mike Ribble define a cidadania digital como as normas para um comportamento apropriado e responsável referente à utilização da tecnologia.
Este autor apresenta 9 grandes áreas onde se levantam as questões da cidadania digital (tradução portuguesa in http://bit.ly/12f1rtc) :
Etiqueta Digital: padrões electrónicos de conduta ou procedimento.
Comunicação Digital: a troca electrónica de informação.
Literacia Digital: o processo de ensinar e aprender sobre a tecnologia e sobre o uso da tecnologia.
Acesso Digital: participação electrónica plena na sociedade.
Comércio Digital: compra e venda electrónica de bens.
Lei Digital: responsabilidade electrónica sobre obras e acções.
Direitos & Responsabilidade Digital: liberdades estendidas a todos no mundo digital.
Saúde e Bem-Estar Digital: bem-estar físico e psicológico num mundo de tecnologia digital.
Segurança Digital (auto-protecção): precauções electrónicas para garantir a segurança.
Uma das tecnologias que mais se tem desenvolvido nos últimos anos e onde se encontram algumas destas questões é a da utilização das redes sociais ou media sociais como o Facebook ou Twitter. O que podemos e devemos fazer enquanto pais? Como ensinar para a cidadania digital? Apresentaremos algumas indicações para desenvolver a literacia na utilização dos media sociais e exemplos de formações online para a cidadania digital dirigidas a várias faixas etárias.
O documento discute o conceito de cidadania ao longo da história, desde a Grécia Antiga e Roma até a modernidade. Aborda os direitos e deveres dos cidadãos, incluindo direitos cívicos, políticos, econômicos, sociais e culturais. Também discute a liberdade, identidade, responsabilidade e participação cívica.
Este documento fornece informações sobre o currículo da unidade de formação "Cidadania e Empregabilidade" para cursos de formação profissional na Região Autónoma da Madeira. O currículo inclui unidades de competência sobre organização política, organização económica, educação/formação profissional e emprego, e ambiente e saúde. Sugestões de atividades são fornecidas para cada unidade de competência.
O documento descreve um programa de cidadania e empregabilidade com quatro unidades de competência no nível B2: 1) organização política e trabalho em grupo, 2) organização econômica e adaptabilidade, 3) educação, profissão e sindicatos, 4) ambiente, saúde e relacionamentos. Cada unidade lista critérios de evidência para avaliação.
Este documento descreve um programa de cidadania e empregabilidade em quatro níveis, começando com o Nível B1. O Nível B1 cobre unidades sobre a organização política e econômica dos estados democráticos e competências relacionadas ao trabalho em grupo, adaptabilidade e educação ao longo da vida.
Este documento fornece informações sobre um plano de formação para o curso EFA/B3 sobre Cidadania e Empregabilidade. O plano descreve três conceitos-chave iniciais sobre o tema e como os alunos serão organizados em grupos para estudar cada conceito. O plano também fornece detalhes sobre vários tópicos a serem discutidos relacionados a futuro profissional e emprego.
O pescador encontrou uma sereia ferida em uma rocha e ajudou a devolvê-la ao mar. Em troca, a sereia prometeu trazer ouro e prata para o pescador toda semana. Ao longo dos anos, o pescador enriqueceu e passou a gostar mais da presença da sereia do que das riquezas. Quando a sereia parou de aparecer, o pescador ficou muito triste, mesmo sendo rico.
O documento descreve as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a formatação de trabalhos escolares, incluindo a estrutura básica com capa, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. A ABNT é a entidade responsável pela normatização técnica no Brasil e representa organizações internacionais de normalização.
O documento discute os benefícios da internet para a educação, especialmente no desenvolvimento de comunidades virtuais. A internet pode ser usada para compartilhar conhecimento independentemente de fatores como classe social ou localização. Comunidades on-line podem ajudar as crianças a explorar sua criatividade fora de sistemas educacionais rígidos e estimular o pensamento independente.
Este documento fornece uma avaliação sobre a unidade de competência "Organização Económica dos Estados Democráticos". Contém perguntas sobre globalização, cultura de massa e sociedade de consumo para avaliar os conhecimentos dos alunos.
Slide referenciação bibliográfica segundo normas da abnt slideVera Moreira Matos
O documento fornece instruções sobre como fazer referências bibliográficas segundo as normas da ABNT, incluindo como citar livros, obras com dois ou mais autores, obras com mais de três autores, e documentos disponíveis na internet, com ou sem indicação de autoria. Instrui o leitor sobre a importância da padronização e fornece exemplos de como citar diferentes tipos de fontes.
Este documento discute os conceitos fundamentais do comércio, incluindo a troca direta e indireta de produtos, os papéis dos comerciantes e empregados comerciais, e as relações de exportação e importação entre Portugal e outros países.
O documento fornece diretrizes para criar apresentações PowerPoint eficazes, incluindo planejar o conteúdo de forma clara e organizada, usar cores e fontes legíveis, e evitar excessos de texto, sons, imagens ou efeitos especiais que desviem a atenção.
Este documento apresenta uma série de perguntas e respostas sobre funções e ferramentas nos softwares Word, Excel e PowerPoint. A pessoa deve escolher uma pergunta para obter mais detalhes sobre como executar uma tarefa específica em um dos programas.
Algumas normas para realização de um PowerPointJosé Alemão
O documento fornece dicas para criar apresentações PowerPoint eficazes, como organizar a informação de forma lógica, incluir apenas informações importantes em cada slide, usar poucas fontes e cores claras, dar títulos aos slides e evitar excessos de texto, imagens, sons ou efeitos.
Como colocar as referências segundo a abntitqturma201
Este documento fornece modelos para referenciar diversos tipos de fontes, incluindo livros, periódicos, teses, relatórios e documentos eletrônicos. São apresentados modelos para referenciar obras completas, partes de obras, artigos em revistas e jornais, congressos, legislação, filmes, disquetes, e-mails e listas de discussão. Os modelos incluem informações como nome dos autores, título, local, editora, ano de publicação e páginas para fornecer referências completas e
Cidadania digital e democratização electronicaCarlos Costa
Este documento descreve um livro sobre cidadania digital e democratização eletrônica. O livro aborda o governo eletrônico, cidadania na sociedade da informação, democracia eletrônica e avaliação da participação na sociedade da informação, além da relação entre administração pública, governo limitado e setor voluntário no contexto da sociedade da informação.
Do Governo Eletrônico ao Governo da Inovação Itesp
Itesp Debate sobre Inovação na Gestão Pública. Palestra realizada por pelo Roberto Agune, coordenador do Grupo de Apoio Técnico à Inovação da Secretaria Estadual de Gestão Pública.
1. Este documento apresenta a Estratégia de Governança Digital da Administração Pública Federal para 2016-2019, definindo conceitos, desafios, objetivos e iniciativas para implementar a política de governança digital.
2. A estratégia tem o propósito de orientar e integrar as iniciativas relativas à governança digital no governo federal, visando aumentar a efetividade dos benefícios à sociedade por meio do acesso à informação, melhoria dos serviços digitais e participação social.
3. Nos últimos 15 anos
E-government and social media: The role of social media in government!Rui Miguel
Este relatório enquadra-se na unidade curricular de Tecnologias e Sistemas de Informação no Governo (TSIG) do 4º ano do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação (MIEGSI) lecionado na Universidade do Minho.
Irá ser discutida e analisada a questão, “E-government and social media: The role of social media in government!”
Inicialmente vamos perceber o que são os media sociais, e de que forma estão a gerar uma revolução na forma como comunicamos e interagimos com os outros, os conceitos de e-government e Web 2.0 serão abordados, vamos perceber a importância destas ferramentas para os governos e quais as suas principais limitações e implicações. Vamos tentar responder à questão: quem utiliza os media sociais? E por fim será analisado o panorama no nosso país, o nosso governo utiliza os media socias? Como? E para que fim?
O documento discute o crescimento do uso da internet no Brasil e como as políticas públicas e iniciativas privadas estão contribuindo para ampliar o acesso e uso da rede. Também aborda como pesquisas sobre uso de tecnologias podem promover debates e apoiar o planejamento de programas de governo eletrônico e inclusão digital.
A Revisão do Governo Digital do Brasil baseia-se na
Recomendação sobre Estratégias de Governo Digital da OCDE
como sua principal estrutura normativa e nas
principais características necessárias de um governo digital. Saiba mais: https://goo.gl/qxKBGT
1) Este documento discute uma teoria da comunicação sobre a natureza e origem da esquizofrenia, com foco na interação familiar e no conceito de "double bind".
2) A teoria argumenta que a esquizofrenia resulta da repetida exposição a situações "double bind" na infância, onde ordens contraditórias são impostas através de ameaças, criando conflitos na determinação dos tipos lógicos de comunicação.
3) Uma situação "double bind" idealmente envolve duas ou mais pessoas, experiências repetidas de ord
O documento descreve a história das revistas no Brasil desde o início do século XIX, destacando as origens, os tipos de revistas que surgiram e seu desenvolvimento. As primeiras revistas eram inspiradas nos modelos europeus e tinham como objetivo educar e entreter o público. No início do século XX, surgiram as revistas ilustradas que utilizavam fotografias, atraindo mais leitores. A revista Cruzeiro, lançada em 1928, se tornou um grande sucesso devido à qualidade editorial e ao enfoque em f
Este manual apresenta um método de jornalismo investigativo baseado em começar com uma história hipotética e usá-la para guiar o processo de investigação, desde a concepção até a publicação. O método envolve formular uma história potencial, testá-la para avaliar a viabilidade do projeto, organizar as informações coletadas de acordo com a história, e redigi-la de forma a contá-la de maneira impactante. O objetivo é contar histórias que promovam reformas e soluções para problemas sociais.
1. O documento discute a crise do pensamento iluminista e como o desenvolvimento técnico minou conceitos como razão, verdade e história.
2. Também aborda como a técnica liquidou a noção de ontologia e de sujeito histórico, demonstrando que o homem não tem controle total sobre os acontecimentos.
3. Analisa como a sociedade passou a ser dominada pela técnica de forma autônoma, criando uma "sociedade Frankenstein".
Revista realizada pelos alunos da disciplina Redação e Edição em Impressos das faculdades Integradas Helio Alonso, campus Méier, no segundo semestre de 2013.
Docente: Maracy Guimaraes
1) O autor contesta três postulados implícitos das pesquisas de opinião pública: que todos podem ter uma opinião, que todas as opiniões têm o mesmo valor e que há consenso sobre quais questões devem ser colocadas.
2) As pesquisas de opinião são dominadas por demandas políticas e servem para legitimar políticas através da ilusão de consenso público.
3) Não existe realmente uma "opinião pública" uniforme, mas sim um sistema complexo de forças e tensões que as pesquisas simplific
1) O autor contesta três postulados implícitos das pesquisas de opinião pública: que todos podem ter uma opinião, que todas as opiniões têm o mesmo valor e que há consenso sobre quais questões devem ser colocadas.
2) As pesquisas de opinião são dominadas por demandas políticas e servem para legitimar políticas através da ilusão de consenso, representado por percentagens.
3) Não existe realmente uma "opinião pública" unânime, mas sim um sistema complexo de forças e tensões que não pode
Este documento apresenta várias histórias curtas sobre a vida na comunidade Nova Brasília no Rio de Janeiro, incluindo: (1) a história de Jurema, que vendia lugares na fila do posto de saúde; (2) uma discussão entre moradores sobre os problemas da comunidade; e (3) uma conversa sobre as mudanças trazidas pelo programa de investimentos PAC e os problemas que ainda precisam ser resolvidos.
O documento repete várias vezes palavras-chave relacionadas a conhecimento, cultura, tempo, comunidade e desenvolvimento. Sem um contexto claro, é difícil resumir o significado geral do texto.
1) O texto discute as posições extremadas em relação às novas tecnologias, seja de aceitação entusiástica ou rejeição conservadora.
2) Argumenta que as marcas deixadas pela internet e tecnologia digital irão reprogramar as pessoas e sociedade de forma duradoura, mesmo após seu declínio, orientando-os para novos modos de pensar e viver.
3) Aponta que a digitalização reduz todas as informações a bits abstratos e igualizados, ameaçando a cultura escrita e patrimônio
O documento descreve diversas brincadeiras tradicionais de crianças, incluindo pular corda, esconde-esconde, cabo de guerra, amarelinha, pega-pega, queimado e telefone sem fio. As brincadeiras requerem poucos ou nenhum material e envolvem corrida, competição, habilidade motora e diversão entre amigos. O texto encoraja a relembrar essas brincadeiras simples.
CIRANDA: A Infância na História dos Moradores da Serra da Misericordia e Arre...Maracy Guimaraes
Este documento descreve a revista "Ciranda" produzida por alunos do Centro de Cultura Digital Praça do Conhecimento em Nova Brasília, Complexo do Alemão. A revista contém relatos e memórias dos alunos sobre suas infâncias vividas na região, incluindo brincadeiras, jogos, desafios e a forma como a comunidade era no passado.
Este documento descreve a revista "Ciranda" produzida por alunos do Centro de Cultura Digital Praça do Conhecimento em Nova Brasília, Complexo do Alemão. A revista contém relatos e memórias dos alunos sobre suas infâncias nas favelas, incluindo brincadeiras, jogos, desafios e a falta de infraestrutura na época.
1) O entrevistado analisa o histórico das Organizações Globo, destacando seu papel controverso, com apoio aos governos militares e de ocasião, e linha editorial de oposição aos governos de esquerda;
2) Ele cita um exemplo recente de erro factual em reportagem do jornal O Globo para ilustrar possível deslealdade editorial;
3) Apesar de considerar a Carta de Princípios Editoriais importante, o entrevistado duvida que haja efetiva mudança na linha editorial das
O documento apresenta uma entrevista com Luciano Zarur, jornalista e professor, sobre o papel do jornalismo praticado pelas Organizações Globo. Zarur analisa o histórico controverso das Organizações Globo, destacando seu alinhamento com governos de ocasião, e avalia positivamente a Carta de Princípios Editoriais, embora ache que alguns pontos são óbvios para qualquer jornalista.
1. GOVERNO ELETRÔNICO: UMA
PROPOSTA DE CIDADANIA,
DEMOCRACIA E INCLUSÃO
NA “ERA DIGITAL” 1
Hélio Santos de O. Goes2
José Carlos dos S. Damasceno 3
RESUMO: Este artigo apresenta a origem, conceitos, meios, atores e suas respectivas
relações, assim como as funções e estratégias do Governo Eletrônico (GE) enquanto
proposta de cidadania, democracia e inclusão do cidadão na era digital. Discute os
avanços do GE e os entraves para sua efetivação. Tal contextualização objetiva ampliar
as discussões sobre a inclusão digital no âmbito da sociedade, propiciando, desta forma,
elementos que avaliem a importância das tecnologias de comunicação e informação ora
existentes. Considera, ainda, a importância do GE, não só no sentido de disponibilizar
serviços públicos via internet, mas, acima de tudo, no de propiciar a democratização da
informação a toda sociedade. Sugere a implementação de políticas públicas e programas
governamentais em todas as esferas de governo a fim de reduzir as diferenças sociais e
promover a geração de renda e trabalho. Apresenta experiências desenvolvidas em
unidades da federação concernentes à inclusão digital, como no caso dos Telecentros.
Por fim, aborda a questão da educação formal como agente propiciador da cidadania,
pelo fato de esta educação auxiliar a inserção do indivíduo na era digital. Conclui
procurando mostrar que o acesso à informação e à comunicação são direitos fundamentais
do cidadão e, por isto, devem ser garantidos e promovidos pelo Estado.
PALAVRAS-CHAVE: Governo Eletrônico; Democracia; Inclusão Digital; Internet; Serviços
Públicos; Políticas públicas.
1
O presente artigo é uma versão modificada de nossa monografia de pós-graduação em gestão pública. Agradecemos ao Prof.
Milton Cordeiro Farias Filho pela orientação e incentivo para publicação. Falhas eventualmente remanescentes são de respon-
sabilidade dos autores.
2
Contador, Gerente de Contabilidade da Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado do Pará,
especialista em Gestão Pública pelo Centro Universitário do Pará – CESUPA.
3
Economista, Assessor Técnico da Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado do Pará, especialista
em Gestão Pública pelo Centro Universitário do Pará – CESUPA.
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 1
2. INTRODUÇÃO O enfoque principal está voltado para
busca de eficiência, transparência, democratiza-
ção, impessoalidade e publicidade dos atos da
A sociedade contemporânea brasileira administração pública. A escolha do tema deve-
tem-se mobilizando no sentido de cobrar dos ad- se a sua atualidade e ao processo de engajamento
ministradores públicos uma maior transparência da tecnologia em prol do bem-estar da socieda-
de suas ações. Para responder melhor aos novos de. Os governos na esfera subnacional e federal
tempos e exigências do cidadão, os governos es- tem a obrigação de utilizar a ciência da informa-
tão introduzindo uma série de modificações, tais ção no sentido de proporcionar transparência nas
como o uso intensivo da tecnologia da informa- prestações de contas, serviços públicos com efi-
ção e da Internet. A essas ações governamentais ciência e democracia participativa.
chamamos de “Governo Eletrônico” (GE).
Nosso objetivo principal é apresentar
A tecnologia da informação e a comu- proposta visando o desenvolvimento de estudos
nicação no “Governo Eletrônico” têm o objetivo como forma de ampliar discussões, para subsi-
maior de ampliar e estimular o processo de in- diar e estimular a geração de idéias, propiciando
serção do Brasil no novo modelo de desenvolvi- elementos que torne mais eficiente a administra-
mento baseado na sociedade da informação, sem- ção pública e principalmente democratize e
pre com o foco no cidadão. Portanto, toda a es- universalize a informação através do uso intensi-
trutura do GE deve integrar-se, organizando-as vo das tecnologias de informação e comunicação
a fim de viabilizar formas de atendimento mais e da Internet. O presente artigo está dividido em
eficientes e transparentes, além de estimular a seis partes e uma conclusão.
participação social no seu próprio funcionamen-
to.
Dado essas demandas, o artigo buscou 1- GOVERNO ELETRÔNICO: UMA
responder aos seguintes questionamentos: a) Qual VISÃO GERAL
a contribuição do Governo Eletrônico (GE) para
efetivar a redução dos desperdícios de recursos
públicos? b) Que estratégia o GE deve-se valer Em diversos países do mundo, principal-
para otimizar o fornecimento de serviços públi- mente naqueles que já alcançaram um certo grau
cos de qualidade com a agilidade necessária à de desenvolvimento econômico, político,
sua utilização pela sociedade? c) Como efetivar tecnológico e social, a prática do governo eletrô-
a democratização e universalização do acesso à nico vem adquirindo categoria de política pública
informação, comunicação e conhecimento por prioritária por entenderem como uma das for-
parte do cidadão, bem como a transparência dos mas mais eficazes de se relacionar, não só inter-
atos da administração pública do Estado? namente, como também no seu processo de apro-
ximação com a sociedade.
Optamos por desenvolver um estudo
sobre o Governo Eletrônico voltado para a cida- No Brasil, como forma efetiva da busca
dania, para o cidadão participativo, focalizando de estreitamento da relação Governo–Cidadão,
o cidadão sem particularização ou definição de o governo eletrônico só passa institucionalmente
grupos ou faixas, como forma de ampliar discus- a fazer parte da agenda política de Estado a par-
sões a fim de democratizar o acesso à informa- tir da criação, por Decreto Presidencial, em 03
ção na geração do conhecimento e serviços dis- de abril de 2000, do Grupo de Trabalho de
poníveis a todas as camadas da população, prin- Tecnologia e Informação – GTTI4 . A sua finali-
cipalmente as mais carentes. dade principal estava na realização de estudos e
4
O GTTI é formado por representantes dos Ministérios, da Ciência e Tecnologia, das Comunicações, do Desenvolvimento
da Indústria e Comércio Exterior, da Justiça, do Planejamento, da Casa Civil, além dos representantes do Gabinete de
Segurança Institucional, e posteriormente a este grupo foram incorporados representantes dos ministérios da Saúde, da
Educação, da Fazenda e da Agência Nacional de Telecomunicações.
2 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
3. diagnósticos, que possibilitassem a identificação os, secretarias, departamentos etc.) e na sua re-
e execução de serviços e informações governa- lação vertical entre governo de esferas diferen-
mentais a serem disponibilizados à sociedade pelo tes (União, estados, municípios); 2. Governo «
Governo Federal. Empresas, que corresponde à relação que o go-
Entretanto, o que vem a ser governo ele- verno tem com as empresas, de que são exem-
plos a aquisição de bens e serviços junto ao setor
trônico ou e-governo? Quais os elementos políti-
cos, sociais e econômicos que possibilitarão a sua produtivo, via meios eletrônicos, os chamados
pregões eletrônicos; 3. Governo « Cidadão, diz
crescente implantação no Brasil, não só pelo
respeito às ações que o governo realiza no senti-
Governo Federal, mas também nas demais esfe-
ras públicas? Vista de uma forma mais simples, do de colocar à disposição, por meio eletrônico,
ao cidadão, serviços e informações pertinentes à
governo eletrônico não é apenas páginas de go-
vernos na internet, que possibilitam, através da esfera pública.
rede mundial de computadores, a prestação de De acordo com Fernandes e Afonso
serviços e informações governamentais para ci- (2001), o governo eletrônico tem as seguintes fun-
dadãos, fornecedores e servidores. Como citado ções: prestação de informações e serviços por
por Fernandes e Afonso (2001), é um conceito meio eletrônico; regulamentação das redes de
mais abrangente. E-governo envolve uma gama informação, envolvendo principalmente
enorme de atividades e procedimentos que exce- governança, certificação e tributação; prestação
de a simples plotagem de páginas de governos na de informações relativas à administração públi-
internet; sua abrangência envolve muito mais que ca, no sentido de fazer com que a sociedade pos-
simples atividades que buscam integrar ações sa acompanhar a execução orçamentária e finan-
inter e intragovernamentais, que objetivam a ceira, ou seja, é o exercício da transparência das
melhoria dos processos, racionalização de gas- ações de governo, buscando assim uma maior
tos e equacionamento mais eficaz de entraves da interatividade e elevar o seu nível de
administração pública. O e-governo cria não só governabilidade perante a sociedade;
a possibilidade de transparência da gestão fiscal disponibilização à população de acervos educa-
do setor público, como também permite a ampli- cionais e culturais, referindo-se também ao en-
ação do controle social das ações governamen- sino à distância e alfabetização digital; e-
tais, ou seja, o e-governo possibilita, através de procurement, que diz respeito à aquisição de bens
um único instrumento, a interação (governo ? go- e serviços via internet, de que são exemplos os
verno) e (governo ? sociedade) a efetividade des- pregões eletrônicos, as licitações públicas, car-
sas relações, na medida em que aproxima o Es- tões de compras governamentais; e-negócios re-
tado da sociedade podendo contribuir de forma lacionados à criação de ambientes virtuais propí-
direta para a melhoria da administração pública. cios para comercialização de produtos oriundos
das pequenas e médias empresas.
Quanto aos meios necessários para
interação entre Estado e sociedade, o governo ele- Até atingir a sua plenitude como instru-
trônico não só se utiliza da rede mundial de com- mento de interação governo-sociedade, a implan-
putadores, como na maioria das vezes é pensa- tação do e-governo pode até ultrapassar as eta-
do. Ele se estende aos diversos modelos de tele- pas iniciais, passando assim por quatro estágios,
fonias, televisão digital, call centers e outros ti- quais sejam: i) em seu estágio inicial, o e-gover-
pos de aplicações ligadas aos computadores pes- no envolve apenas a criação de sites, que tem
soais. São as tecnologias de informações e co- como objetivo principal a divulgação de informa-
municação envolvidas nesse processo. ções relativas aos mais diversos órgãos do go-
verno. Algumas vezes são reunidos em um único
No âmbito do governo eletrônico, os
atores institucionais são: 1. Governo « Governo, portal contendo endereços eletrônicos dos órgãos
governamentais e funciona como um catálogo de
que envolve o próprio governo, na sua relação
horizontal com seus próprios órgãos (ministéri- endereços de órgãos públicos. Nesse estágio, a
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 3
4. interação, a relação eletrônica governo-cidadão demandas da sociedade dirigidas ao setor públi-
e governo-empresas é apenas unilateral, não exis- co no que diz respeito ao seu próprio funciona-
tem espaços nos sites que permitam o retorno da mento e sua forma de interagir com os demais
comunicação de cidadãos e empresas em dire- setores governamentais e não governamentais,
ção ao Governo. ii) quando alcança o seu segun- exigindo por parte do governo uma crescente
do estágio de desenvolvimento, o site já permite universalização do acesso e uso de meios eletrô-
a inter-relação do governo com os demais atores nicos para a geração de serviços e informações,
do e-governo; a relação já é uma via de mão du- além da disponibilização e contribuição das mes-
pla. Nesse estágio o contribuinte já envia via mas para a efetivação de uma administração mais
internet ou por telefone sua declaração de im- transparente e de maior controle social, o que se
posto, troca de endereço, etc. No sentido de ser- somou ao declínio do estado do bem-estar social
vir como uma espécie de ouvidoria virtual, o go- e contribuiu para a reforma do Estado, que terá
verno também disponibiliza em seus sites espa- papel fundamental para a evolução do governo
ços para que cidadãos e empresas se pronunci- eletrônico no Brasil.
em quanto à qualidade dos serviços recebidos,
denúncias e outros assuntos que afetam a vida da
sociedade; além do espaço na rede de computa- 2- GOVERNO ELETRÔNICO COMO
dores, são disponibilizadas linhas telefônicas es- RESULTADO DAS MUDANÇAS ES-
pecialmente para esses fins. iii) no terceiro está- TRUTURAIS NO APARELHO DO
gio, as relações do e-governo tornaram-se ainda ESTADO BRASILEIRO
mais complexas. Além de envolverem informa-
ções e prestações de serviços, são possíveis a
realização de pagamentos de impostos, as com- A reforma do Estado no Brasil buscou
pras de materiais, a efetivação de matrículas na equilibrar as contas públicas através do controle
rede pública, etc. iv) no estágio mais avançado de gastos e da retirada do Estado de áreas que
do e-governo, as informações, serviços e transa- pudessem ser exercidas pela iniciativa privada;
ções não são mais disponibilizadas por órgãos também procurou remover os entraves burocrá-
públicos, e sim por funções ou por temas; dessa ticos e redirecionar a administração pública para
forma, ao demandar por serviços, empresas e um modelo gerencial que vise a melhoria dos
cidadãos não acionam, nos espaços virtuais, um serviços prestados a sociedade, tendo o cidadão
órgão específico, e sim, pelas demandas, como como foco, além de buscar ampliar o canal de
por exemplo: para abrir uma empresa o cidadão interação do governo com a sociedade. Dentro
não precisa mais percorrer diversos órgãos na dessa perspectiva, o GE vem ocupando,
internet para efetivar a abertura; no mesmo es- gradativamente, destaque na nova administração
paço virtual, se localizam os órgãos de todas as pública.
esferas públicas para atender tal demanda.
No que diz respeito à descentralização
A colocação do governo eletrônico como administrativa, tanto interna quanto externa, o go-
uma das prioridades na agenda do setor público verno eletrônico vem obtendo papel destacável
brasileiro é oriunda das modificações pela qual a nesse processo. No que diz respeito à
sociedade vem passando nas últimas três déca- descentralização interna, o uso de sistemas
das. De um lado, a volta dos regimes políticos corporativos como instrumentos de integração
democráticos, que fizeram com que a sociedade entre ministérios/secretarias e seus órgãos vin-
civil requeira maior interatividade com o Esta- culados, vem ganhando cada vez mais espaço den-
do, reivindicando maior participação em todos tro da administração pública, principalmente pela
os processos inerentes à administração pública, quase eliminação de atividades repetitivas, que
criando demandas para melhoria da prestação dos envolvia um elevado número de pessoas sem,
serviços públicos; de outro, a evolução da contudo, obter um produto final de qualidade com
tecnologia da informação, que fez surgir novas tempestividade. Dessa forma, a implantação des-
4 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
5. ses sistemas fez com que o corpo funcional dos gastos públicos dá-se também pela utilização
direcionasse sua atenção muito mais para análi- de menor número de servidores e/ou terceirizados
se de atividades e relatórios, em vez de se ocu- para realização de atividades burocráticas. Essa
par com ações rotineiras de processamento, im- ótica faz com que o e-governo vá ao encontro da
portantes apenas na administração pública buro- nova visão do papel da administração pública no
crática. Ou seja, o foco passa a ser o produto/ seu relacionamento com a sociedade. Trata-se,
cliente e não somente os processos. Assim, um assim, pelo lado dos gastos, da diminuição do ta-
determinado número de servidores é liberado das manho do Estado, sem, contudo, diminuir sua
atividades-meio para o atendimento às ativida- relevância perante a sociedade.
des finalísticas da administração pública, no sen- Um dos pontos fundamentais para a cres-
tido de cumprir a missão da instituição. Dentro
cente utilização do e-governo, como importante
desse mesmo pensamento, o governo eletrônico instrumento de gestão pública, é a sua clara pos-
também contribui para a diminuição da
sibilidade de servir como elemento de controle
burocratização no serviço público, uma vez que,
social. Como citam Fernandes e Afonso (2001,
além de diminuir os processos, permite que o p. 22), “o aspecto fundamental do e-governo diz
cidadão e empresas acessem determinados ser-
respeito à transparência fiscal. O uso da internet
viços públicos sem precisar dirigir-se a determi- na função pública cria possibilidades extraordi-
nado órgão. Isso se torna ainda mais ágil quando
nárias de ampliar o controle da gestão fiscal por
o governo eletrônico alcança o seu quarto estágio
parte da população, facilitando o exercício da-
de desenvolvimento, onde são encontrados todos quilo que se convencionou chamar accountabiliy,
os serviços disponíveis para a solução de uma
isto é, a obrigatoriedade de prestação de contas
determinada demanda da sociedade. ao cidadão”. Assim o e-governo pode contribuir
Quanto à sua utilização na de forma efetiva para o aprimoramento da ges-
descentralização externa, o ponto fundamental da tão dos recursos públicos, na medida em que se-
utilização do e-governo é o acompanhamento e a jam criados canais eletrônicos contínuos de in-
avaliação da execução de programas para os formações ao cidadão sobre a administração pú-
quais foram repassados recursos às esferas blica.
subnacionais.
Essas contribuições do e-governo para a
3- GOVERNO ELETRÔNICO: UM INS-
administração pública gerencial vem sendo tam-
bém de fundamental importância para a eleva- TRUMENTO PARA A DEMOCRA-
ção da governança administrativa e financeira, CIA, CIDADANIA E INCLUSÃO
na medida em que permite a melhoria do que se DIGITAL
convencionou chamar accontability, ou elevação
do processo de acompanhamento das políticas
públicas, com vistas a avaliar se os resultados A utilização do instrumental da internet
esperados estão sendo efetivamente alcançados. como recurso de comunicação e agente de infor-
mação e conhecimento avançou de forma efetiva
O e-governo também viabiliza a diminui- na adoção da informação como instrumento de
ção dos gastos da administração pública, uma vez disseminação de propostas comunicativas de na-
que o setor público deixa de direcionar recursos tureza interativa. O enorme abismo existente
financeiros para construção e/ou manutenção de entre a sociedade virtual e os excluídos
prédios, destinados a disponibilizar informações tecnológicos cresceu enormemente. Em 1993, a
e serviços à sociedade, e que pelas suas peculia- internet possuía aproximadamente quatro milhões
ridades de pouca agregação de valor ao processo de usuários, atualmente possuí em torno de cem
administrativo podem ser realizados por meio milhões. Se este crescimento de internautas é
eletrônico a qualquer hora, fato que seria inviável considerado significativo, já existem projeções
economicamente; além disso, a racionalização para 2005 de algo próximo de um bilhão de usuá-
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 5
6. rios. Tal alteração no número de usuários da formam a base, o alicerce para o desenvolvimento
rede, num período de tempo pequeno, aponta a econômico, cultural, político e social de qualquer
internet e os produtos comunicativos nela vincu- país. Nesse contexto, a inclusão digital (entendi-
lados como integrantes de um fenômeno sócio- da como acesso universal ao uso das tecnologias
histórico cujas proporções e implicações come- de informação e comunicação e usufruto univer-
çamos a vislumbrar, de forma mais articulada, sal dos benefícios trazidos por essas tecnologias)
nos últimos três anos. Nos últimos anos tem sido é imprescindível.
possível verificar a consolidação de inúmeras
Exclusão digital, alfabetização digital,
experiências nas quais a internet se apresenta
cibercultura, leitor virtual, hiato tecnológico, in-
como mediação imprescindível aos processos de clusão digital, tecnocultura, ciberespaço, e
formação humana.
apartheid digital representam algumas das expres-
Neste estudo, também procuraremos sões empregadas com a finalidade de buscar en-
mostrar a internet como propulsora do Governo tendimento da importância quanto às mudanças
Eletrônico para alcançar todos os cidadãos, no envolvendo cultura, informação, sujeito e medi-
que se refere à democracia digital e ação tecnológica.
universalização da informação para formação do A incorporação, o avanço e a rápida di-
conhecimento, além de possibilitar oportunida-
fusão desses novos termos direcionam para rápi-
des fazendo com que todos possam participar ati- das mudanças e transformações de ordem soci-
vamente desse mundo virtual que, na maioria das ais, políticas, técnicas e culturais com bastante
vezes, não é contemplado em propostas específi-
intensidade. O curso frenético dessas transfor-
cas que visam à inclusão social. mações é tão forte que não permite a formação
Os direitos ao acesso à informação e à de terminologia própria, que esteja de acordo com
comunicação são direitos não alienáveis e os fenômenos experimentados atualmente. As-
intransferíveis do ser humano e, por isso, o aces- sim sendo, as tentativas de denominação desses
so às Tecnologias de Informação e Comunicação fenômenos faz com que tenhamos que recorrer a
(TIC’s) e a produção da informação com seu uso metáforas e neologismos.
devem ser compreendidos como um novo direito A expressão cultura digital corresponde
humano fundamental, garantidos e promovidos
a esse momento. Cultura digital tem sido utiliza-
pelo Estado brasileiro.
da para denominar a fase correspondente aos
Com base nos dados levantados pelo processos de digitalização das informações. De-
IBGE, através da PNAD (Pesquisa Nacional de signa e engloba as diversas transformações de
Amostras por Domicílios) para o ano de 2001, e caráter cultural, social, político e técnico que
da amostra do Censo Demográfico 2000, chega- envolvem a mudança de uma matriz tecnológica
mos ao seguinte mapa que traça o perfil do à outra. Em função disso, reflete ainda certa flui-
binômio inclusão/exclusão digital: em termos dez conceitual. Em virtude dessas transforma-
percentuais, 12,46% da população brasileira dis- ções, tornou-se cada vez mais necessário o de-
põe de acesso a computador, e 8,31% de acesso senvolvimento de propostas que tenham por ob-
à internet. Os dados apurados através do Censo jetivo apoiar a inclusão dos segmentos historica-
Demográfico do IBGE no ano de 2000 apontam mente alijados da sociedade.
para uma população total de 169.872.856 habi-
Nesse sentido, para a obtenção de re-
tantes; deste montante, apenas 17.328.185 de sultados permanentes e positivos será necessário
habitantes são considerados incluídos digitais, o
definir uma política de disseminação da comuni-
que representa uma taxa de inclusão na ordem
cação pública que leve em conta a importância
de 10,20%. de ações de inclusão digital, assim como uma
A partir de tais constatações, conside- política de fomento aos produtos de tecnologia de
ramos que a inclusão digital e a produção de co- informação e de comunicação produzidos no Bra-
nhecimento são elementos fundamentais e que sil. É necessário aperfeiçoar no que for possível
6 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
7. a política de incentivos fiscais, com acesso am- tecnologia de informação e comunicação e dar
plo e democrático, com a finalidade de contri- subsídios para a descentralização das redes (au-
buir para a inclusão digital. mento da capilaridade da rede para municípios
de baixa densidade populacional e baixo IDH).
Neste contexto, o poder de compra go-
vernamental deve ser utilizado como um impor- Isso pode ser explicado se levarmos em conta
que um dos principais motivos que induzem enti-
tante mecanismo de inovação e redução de cus-
tos em tecnologia da informação, bem como para dades governamentais a implantar programas de
inclusão digital é o alcance e a familiarização de
possibilitar um avanço importante e fundamental
parte maior da população com as novas
para a indústria nacional de tecnologias da infor-
mação. Isto representa uma redução da influên- tecnologias, visando à maior utilização de servi-
ços ao cidadão disponibilizados pelo programas
cia e grau de dependência da tecnologia de ou-
tros mercados, proporcionando uma evolução in- de Governo Eletrônico.
terna neste segmento. A inclusão digital (ID) representa uma
Dentro deste cenário, o Estado deve dar linha bem direcionada no sentido da igualdade de
oportunidades da nossa desigualdade social em
prioridade às políticas públicas que visem o
direcionamento para a inclusão digital dos gru- plena era da informação do conhecimento. Ela é
cada vez mais parceira da cidadania a da inclu-
pos excluídos, com políticas bem definidas para
a população em geral, respeitando a igualdade são social. Mas, do apertar na tecla para votar
de gênero, a acessibilidade de pessoas com defi- nas urnas eletrônicas aos cartões eletrônicos do
projeto Bolsa-Escola, passando pelo contato ini-
ciências, os idosos e as questões de raça e etnia.
É importante definir os segmentos da sociedade cial do jovem com o computador como passapor-
te ao primeiro emprego, existem poucos diag-
prioritários para a inclusão digital e suas neces-
sidades específicas. Partindo dessas constatações nósticos no contexto brasileiro sobre o binômio
para superar os obstáculos para o efetivo inclusão/exclusão digital. O objetivo é proporci-
onar uma perspectiva de atuação integrada com
envolvimento da sociedade em ações de inclusão
digital, se faz necessário criar estratégias para outras ações que visam combater a miséria e a
desigualdade e elevar o nível de bem-estar social
uma melhor informação da maioria dos atores,
produzindo instrumentos de coordenação e arti- de maneira sustentável.
culação entre as diferentes ações. A formulação de parcerias é fator
Achamos pertinente que para garantir determinante para o melhor envolvimento da so-
ciedade nos projetos de inclusão digital. É neces-
a descentralização das ações com o necessário
envolvimento da sociedade são indispensáveis sário pactuar os entendimentos entre os atores
sobre o que se pretende com inclusão digital. É
ações empreendidas pela própria sociedade civil
preciso estabelecer papéis e pontos de integração
no sentido de monitorar a execução das políticas
públicas, dar continuidade aos mecanismos de das ações dos diversos atores, governo, empre-
sas, sociedade civil (comunidades, universidades,
construção conjunta de políticas públicas e esti-
mular e incentivar a constituição de redes públi- ONG’ss) com interesses comuns. Neste contex-
to, para a descentralização e o envolvimento da
cas de Internet e troca de experiências.
sociedade e dos governos, deve-se criar um
As ações de inclusão digital devem ser Fórum Nacional de Inclusão Digital e a criação
realizadas em nível local, buscando-se a articu- de fóruns locais e regionais orientados sobre o
lação das políticas públicas de inclusão digital tema, que contemplem um portal na Internet que
entre os governos federal, estadual e municipal possibilite a articulação das ações de inclusão
como executores e indutores dessas práticas, digital e facilite o acesso a organizações e expe-
dando um tratamento diferenciado aos pequenos riências. Devemos dar maior ênfase à institui-
municípios com Índice de Desenvolvimento Hu- ção de programas de disseminação de melhores
mano (IDH) mais baixo. Deve-se fomentar o práticas, assim como mapeamento e integração
desenvolvimento de soluções alternativas de de recursos e projetos existentes nos diversos
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 7
8. segmentos. Os recursos públicos têm origem de
Dentro deste cenário, temos como natureza federal, estadual ou municipal diretos
ou via agências de fomento. É premissa que os
exemplo a experiência do programa de Governo
principais critérios de escolha de projetos para
Eletrônico mineiro, que abarca dois projetos de
inclusão digital que valem serem citados, até promoção da inclusão digital nesta linha devam
se pautar fundamentalmente no retorno social que
como forma de estimular ações votadas à inclu-
são digital por outros Estados, principalmente no se configura em retorno do investimento em prol
do cidadão na geração de exterioridades, e que
Estado do Pará. São os projetos Internet Comu-
tenham como características a inovação gerando
nitária e o Internet Sênior.
novos produtos. O objetivo dessas políticas é não
No programa Internet Comunitária, a só o volume de capital transferido, mas a sua taxa
Prodemge - Empresa de Processamento de Da- de retorno individual e social. Os mecanismos
dos do Estado de Minas Gerais - procura aproxi- de acompanhamento dessas políticas devem aten-
mar possíveis doadores de equipamentos e servi- der aos parâmetros legais, aos critérios da fonte
ços de entidades interessadas em montar e gerir de recursos e devem ser sensíveis às
unidades de acesso público à internet em comu- especificidades de cada projeto.
nidades carentes.
Neste contexto, identificamos como
O segundo programa de inclusão digi- uma importante solução, e recomendamos inclu-
tal, mantido também pela Prodemge, é o Internet sive a sua reestruturação, a imediata aplicação
Sênior. Trata-se de um projeto que atende a um dos recursos do FUST5 na implantação de ações
público específico, ou seja, pessoas da terceira de inclusão digital em nível nacional. Estes re-
idade. Esse projeto tem como princípio básico o cursos representam importante fonte de financi-
desenvolvimento de ações com a finalidade de amento e fomento das ações para promoção da
valorizar a população idosa e da sua capacidade democratização do acesso à informação para os
produtiva; a idéia é montar um Telecentro exclu- diversos níveis de atores que participam do pro-
sivo para a terceira idade. O programa foi im- cesso de socialização digital.
plantado em abril de 2001 e é pioneiro no Brasil e
no mundo pela especificidade de seu público. Todos os programas governamentais de
combate à exclusão digital devem conter meca-
Diante do exposto, devemos ter o en- nismos de prevenção que garantam o controle
tendimento que as ações de inclusão digital de- social dos projetos, sem engessá-los, tornando-
vem ser permanentemente articuladas com as se, assim, dinâmicos e objetivos. As regras de-
ações de governos eletrônicos, principalmente no vem ser bastante claras, prevendo prestações de
que se refere à relação governo x cidadão. contas e avaliações dos impactos sociais dos pro-
Os programas para a promoção da in- jetos, sem com isso inviabilizá-los. Dentro desse
clusão digital devem ter estratégias diversas de contexto, é de fundamental importância
financiamento por parte do setor público, das or- disponibilizar maior fatia dos recursos orçamen-
ganizações que compõem o sistema financeiro, tários previstos para os projetos de inclusão digi-
do setor privado, incluindo-se aí até pequenos e tal, prevendo linhas de créditos, fomento e in-
médios empreendimentos. centivo à população de baixa renda na aquisição
5
FUST – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação, fundado em agosto de 2000, representa o mais
importante programa federal na luta contra a exclusão digital. Tem o propósito de suprir a acesso às novas tecnologias por
meio da introdução de computadores nas salas de aula, bibliotecas, centros de saúde e museus. O objetivo foi modernizar
todas as escolas com mais de 600 alunos no final de 2001 e o restante no final de 2002. O FUST é, portanto, um projeto
ambicioso que instalará computadores em 12 mil escolas médias, alcançando 6,5 milhões de estudantes, 280 mil professores
e 5.000 municípios. Todas as companhias de telecomunicações, por lei, devem contribuir com 1% de seus lucros ao FUST.
Infelizmente os recursos do FUST têm ficado retidos para financiar o ajuste fiscal brasileiro, descaracterizando a sua função
original.
8 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
9. de equipamento de informática, como também Deve-se incentivar fundos, como é o
estimular as organizações e entidades sem fins caso do FUST ou outros a serem instituídos, para
lucrativos a fazer uso desses instrumentos, as- promover apoio a projetos de ONG’s. Como
sim como as empresas em geral a atuarem como exemplo, temos a iniciativa do CDI6 , a criação
promotores em parceria com as esferas gover- de modelos abertos de parcerias replicáveis, o
namentais em ações de inclusão digital. patrocínio de projetos culturais e o estímulo da
A utilização da capacidade de investi- produção de conteúdo das comunidades.
mento do sistema financeiro viabilizará econo- Independente das ações comunitárias,
micamente projetos de inclusão digital; portanto, é dever do Estado garantir o direito à informação
é recomendável a realização de investimento em e à liberdade de expressão previstos na constitui-
conectividade para inclusão digital, como forma: ção. Como ação complementar, é possível bus-
a) de capilarizar o acesso ao sistema financeiro; car recursos nas empresas locais, tais como pe-
b) financiamentos sociais por parte das institui- queno comércio, empresas nas redondezas, etc.
ções do sistema financeiro, a juros zero em pro- Deve-se incentivar o acesso e a utilização de fon-
jetos replicáveis para infra-estrutura, gestão e tes financeiras multilaterais para projetos de in-
custeio; e c) incentivo a linhas de crédito para clusão digital.
aquisição de computadores pessoais.
Por fim, a articulação das ações, qual-
Em relação ao setor privado, cabe to- quer que seja a fonte, visando à otimização do
mar iniciativas no sentido da criação de progra- uso dos recursos, evitando o desperdício e
mas de doação de equipamentos de informática e superposição de objetivos, deve ser uma preocu-
infra-estrutura de acesso que não sejam mais uti- pação permanente. Por isso, deve-se estimular a
lizados ou estejam obsoletos para empresa, mas criação de fóruns de publicização de boas práti-
em perfeitas condições de uso em atividades so- cas e projetos de inclusão digital.
ciais, tais como nos Telecentros, item que abor-
No Brasil, as ações de redistribuição
daremos mais à frente. de renda e combate à pobreza deveriam ter lu-
Disponibilizar recursos humanos e gar de destaque. A desigualdade cria necessida-
transferir tecnologia para capacitação, manuten- des de demandas por essas políticas; no entanto,
ção e gestão de programas de inclusão digital devido à nossa histórica instabilidade, devería-
como forma de disseminação do conhecimento mos ter avançado mais na implementação de po-
se faz necessário. Disponibilizar, também, re- líticas estruturais, indutoras de um reforço do
cursos financeiros para manter, criar e capaci- estoque de riqueza dos pobres. O resultado é uma
tar equipes para manutenção do programa. Tam- política social cujos efeitos são transitórios.
bém é possível uma ação interna, criando pro-
Neste sentido, vamos apresentar uma
gramas de inclusão digital dentro das empresas discussão sobre os canais de operação de dife-
como iniciativa de estímulo ao aprendizado da
rentes políticas de forma a oferecer uma visão
ferramenta, que resulta em melhoria do cidadão geral da inserção de políticas de inclusão digital.
no processo de democracia digital e nas ativida-
De uma forma geral, as políticas sociais podem
des profissionais na própria empresa.
ser organizadas em dois grupos: Políticas Com-
6
CDI é o Comitê para Democratização da Informática. É uma organização sem fins lucrativos e não-governamental estabelecida
para dar às crianças e aos adolescentes de baixa renda a oportunidade para participar do mundo dos computadores. O CDI foi
a primeira ONG brasileira a criar escolas de informática e de direitos civis em favelas do Rio de Janeiro, ensinando
informática para os menos privilegiados. Um princípio fundamental das atividades do CDI é investir na capacidade das
comunidades de efetuar seu projeto sócio-educacional em uma base sustentável. Uma vez que uma comunidade decida criar
uma escola de informática e de direitos civis, o CDI fornece o equipamento – computador –, o software, treinamento dos
instrutores locais, suporte administrativo, material educacional e planos de estudo para necessidades específicas da comuni-
dade, como também o monitoramento dos processos.
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 9
10. pensatórias (frentes de trabalho, programa de ceito de Capital Digital a partir dos três tipos de
imposto de renda negativo, seguro-desemprego, capitais a seguir:
previdência social, distribuição de cestas bási-
cas, etc.) e Políticas Estruturais (inclusão soci-
al, regularização fundiária, moradia, educação, Capital Físico:
reforma agrária, saúde, investimentos em infra- Financeiro (formado de ativos e passi-
estrutura básica, etc). vos financeiros e de seguros privados e sociais);
A principal vantagem de uma política Moradia (habitação, direito de propriedade); Ca-
compensatória é o retorno de forma imediata de pital Produtivo (máquinas, capital de giro e etc.);
seus efeitos. Por exemplo, reajuste do salário Capital Público (infra-estrutura – comunicação e
mínimo que é sentido no próximo contra-cheque transporte) e acesso a serviços públicos – (água
ou no benefício previdenciário, reduz a pobreza e luz).
de forma instantânea. Entretanto, seus efeitos, Capital Humano (escolaridade formal,
de forma geral, são incipientes e transitórios, pois cursos técnicos, experiência profissional e saú-
na medida que ocorre a retirada desse incremento de).
do fluxo de renda, a situação dos grupos afetados
tende a voltar à situação original. Capital Social (estrutura familiar, par-
ticipação política, associação de moradores, sin-
De forma contrária se manifesta nas dicatos, cooperativismo micro-empresarial e as-
políticas estruturais; ou seja, propicia-se uma pectos culturais).
capacidade de geração permanente de renda,
entretanto os efeitos se observam de forma lenta Neste momento, conceitua-se capital
e demoram a ser sentidos. Por exemplo, as polí- social entendido como uma variedade de institui-
ticas educacionais tradicionais em infraestrutura ções determinantes dos retornos privados e soci-
apresentam longas defasagens no processo de ais do acesso à informática. A complementaridade
maturação dos investimentos realizados. Alguns entre os vários tipos de recursos é essencial para
programas estruturais de regularização fundiária, o entendimento do conceito proposto. Por exem-
ou cursos de informática associados a créditos plo, a organização dos fatores de produção será
ou doação de equipamentos, surtem efeitos mais um determinante-chave para os retornos obtidos
imediatos. Em outras palavras, o persistente pode de uma dada quantidade de recursos tecnológicos
ser instantâneo. Em suma, separamos políticas acumulados, como no caso do cooperativismo de
de transferência de renda compensatórias daque- pequenos produtores. Este processo passa não só
las que aumentam a renda per capita permanen- pela mobilização interna da comunidade, como
te dos indivíduos pela transferência de capital também pela sua capacidade de articulação com
através de provisão pública de educação digital, outros níveis da sociedade através do
políticas de micro-crédito digital ou doação de associativismo, do poder de pressão e da solida-
computadores. O impacto de longo prazo de trans- riedade interna. Um verdadeiro modelo de de-
ferências de renda condicionadas é comparável senvolvimento, com inclusão digital, não é só
ao da transferência de ativos. A inclusão digital composto a partir da mera soma de equipamen-
alavanca os efeitos dessas políticas. É necessá- tos e conhecimentos isolados. É preciso buscar
rio ir além do óbvio, como a baixa renda, para integração ampla destas entre si, e colocá-las a
entender a pobreza; é necessário entender mais serviço das necessidades do cidadão e da coleti-
por que os pobres recebem menos. A brecha di- vidade. O aspecto compensatório continuado não
gital tende a explicar cada vez mais a desigual- deixa raiz na vida das pessoas. Isto é, se inter-
dade de renda. rompidos os programas, a clientela volta à con-
dição de marginalizado original. A inclusão digi-
Aprofundando nosso estudo sobre a tal estabelece as raízes dos indivíduos na era do
questão da geração de renda e trabalho no pro- conhecimento.
cesso de inclusão digital, vamos abordar o con-
10 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
11. A questão principal abordada neste mo- partir de uma política pública orientadora.
mento é o papel desempenhado pela inclusão di- Os telecentros devem ser implantados
gital nas condições de vida. Um passo fundamen-
com o envolvimento de diversos agentes locais,
tal nessa direção é estudar a relação entre a in-
levando em conta as lideranças e agentes da co-
clusão digital, a posse de outros ativos e a gera- munidade, promovendo um estreito relaciona-
ção de renda de famílias pobres. Entretanto, este
mento entre eles, envolvendo a comunidade, em
não é o único aspecto a ser considerado, mas qual espaços que tenham credibilidade, liderança e
a nossa estratégia de construção do chamado ca-
respeito da comunidade. A comunidade deve es-
pital digital a partir dos impactos do mesmo so-
tar sensibilizada e mobilizada para recebê-los e,
bre as condições de vida e o bem-estar social. principalmente, devem ser implantados por meio
de parcerias nos diversos setores. A sua gestão
deve ser realizada através de conselhos gestores
5- OS TELECENTROS COMO PRO-
com a participação de membros representativos
POSTA DE CENTROS DE INFOR- da comunidade. Os monitores devem, de prefe-
MAÇÃO PARA A CIDADANIA rência, ter formação na própria comunidade.
Os objetivos principais dos telecentros
O combate à exclusão digital só é possí- são:
vel se a tarefa for encarada pelos governos como • Capacitação profissional;
uma política pública. A desigualdade tecnológica
e o acesso à informação aumentam o abismo en- • Diminuir os índices de exclusão digi-
tre ricos e pobres, sendo a mais nova face da tal e social;
exclusão social. • Requalificação do espaço do entorno
Diante deste quadro, diversas entidades da unidade, através do aumento do flu-
e esferas de governo em todo Brasil estão efetu- xo de pessoas nas ruas da região;
ando estudos na elaboração de planos para a in-
• Disseminação de softwares livres; e
clusão digital, também conhecido como e-cida-
dania, que consiste em implantar telecentros nas • Participação popular, através dos con-
áreas mais carentes das cidades, além de ações selhos gestores.
de aprendizagem da informática, cidadania e bom
Dentro dessas perspectivas, é importan-
uso das ferramentas da rede mundial de compu-
te analisarmos como funcionam os telecentros:
tadores.
a) São espaços com computadores
Os telecentros representam uma solução
conectados à internet banda larga;
a essas demandas, são espaços de uso comparti-
lhado de tecnologias de informação e comunica- b) Cada unidade possui entre 10 a 20
ção dedicadas ao desenvolvimento pessoal e co- micros;
munitário, devem ter como princípios fundamen- c) O uso livre de equipamentos, cursos
tais o acesso livre e universal. Funcionam no sen- de informática básica e oficinas espe-
tido de contribuir para a melhoria da qualidade ciais são as principais atividades ofe-
de vida e para o desenvolvimento social, recidas à população;
instrumentalizando as comunidades para encami-
nhar seus problemas, facilitando o acesso a pro- d) Cada telecentro possui um conselho
gramas sociais, estimulando o gestor, formado e escolhido por mem-
empreendedorismo, promovendo a educação, bros da comunidade, que ajudam os
oferecendo serviços e potencializando a comuni- funcionários na fiscalização e gestão
cação, a mobilização e a articulação entre pes- do espaço;
soas e comunidades, devem ser implantadas a e) O uso livre dos equipamentos é a úni-
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 11
12. ca forma do cidadão aprender a utili- gráfica do sistema é o GNOME8 , de fácil manu-
zar tecnologia, suprindo suas necessi- seio. Os aplicativos disponíveis no sistema estão
dades; dentro do pacote OPENOFFICE. ORG9 , que pos-
sibilita ao usuário a execução das principais ta-
f) O único conteúdo estritamente proibi-
do é a pornografia. De resto, as pes- refas desenvolvidas em escritórios. O
OPENOFFICE.ORG possui um processador de
soas podem navegar livremente pela
web, fazer pesquisas, ler notícias, par- textos (OpenWriter) e uma planilha de cálculo
(OpenCalc). Ambos são similares aos programas
ticipar de salas de bate-papo, jogar on-
existentes no sistema operacional Windows. O G-
line, digitar documentos e currículos,
enviar e-mails e aproveitar todos os Paint é o aplicativo usado para a produção de
desenhos.
outros recursos da rede.
Com a intenção de oferecer aos usuários
É importante citar experiências já em
funcionamento, como forma de disseminar para dos telecentros um ambiente propício ao apren-
outros Estados a importância das ações desen- dizado, a Prefeitura de São Paulo adotou uma
estratégia de trabalho baseada na aquisição de
volvidas neste contexto. Temos, no caso, a cida-
de de São Paulo, que já possui dezenas de equipamentos de qualidade por baixos custos.
Números levantados informam que o custo da
telecentros, sendo alguns de administração dire-
ta e outros conveniados, espalhados por todas as instalação de um novo telecentro, com a refor-
regiões metropolitanas. Até o final de 2003, eram ma do local, é cerca de R$ 130 mil, e para a
construção de um telecentro, incluindo o espaço
107 unidades em funcionamento. A escolha dos
locais foi feita a partir do Índice de Desenvolvi- físico, é de R$ 275 mil. Caso os programas usa-
dos nos equipamentos das unidades não fossem
mento Humano (IDH) da cidade. As regiões de
pior qualidade de vida e menor presença do Esta- softwares livres, como o sistema operacional
do foram as escolhidas. Onde a Prefeitura não GNU/Linux, este custo aumentaria em pelo me-
nos 50%, pois a escolha de softwares livres per-
possuía prédios, parcerias com entidades e ONGs
foram firmadas. A modalidade na forma de ad- mite a aquisição de computadores com hardware
de menor capacidade, menos potente, portanto
ministração direta é quando o telecentro é admi-
nistrado pela própria entidade governamental. São mais baratos, tendo um aproveitamento igual a
quando prédios públicos subutilizados ou abando- hardwares superiores, mais caros, utilizando
Windows.
nados são reformados e preparados para rece-
ber um telecentro, revitalizando as ruas do en- A capacitação dos envolvidos é fator de
torno. Os de administração conveniada são importância fundamental nas ações de inclusão
telecentros considerados comunitários, instalados digital. Deve-se partir da realidade e da cultura
em espaços cedidos por entidades da sociedade local, desenvolvendo projetos aplicados específi-
civil ou organizações não-governamentais. A cos à área envolvida, abrangendo aspectos técni-
implantação é feita em parceria com a entidade cos, pedagógicos e de gestão. A comunidade deve
governamental, que, por sua vez, entrega equi- estimular o desenvolvimento pessoal e comuni-
pamentos, funcionários e verba de manutenção. tário, respeitando a diversidade, promovendo o
desenvolvimento de potencialidades da comuni-
O sistema operacional livre a ser utiliza-
do nos telecentros é o GNU/Linux 7 . A interface dade e dos sujeitos sociais.
7
GNU/Linux – É um sistema operacional de computador livre, ou seja, com o código fonte aberto e de livre distribuição. Foi
criado pela GNU, da Free Software Foundation. Tem o núcleo criado por Linus Torvalds.
8
GNOME – É uma interface gráfica de usuário, com código fonte livre para utilização nos sistemas operacionais padrão
UNIX.
9
OPENOFFICE.ORG – Representa um projeto de código aberto para criar a suíte Office (pacote de escritório) internacional,
que rodará na maioria das plataformas livres para todos os usuários.
12 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
13. Os agentes de capacitação envolvidos dução de conhecimento.
nas ações de inclusão digital devem ter domínio É oportuno abordar nesse estudo que a
de aspectos didáticos, conhecimento das
melhor forma de combater a exclusão digital a
tecnologias de informação e comunicação, per-
longo prazo é investir diretamente nas escolas,
cepção sociocultural, capacidade de agregar pes- de modo que os alunos possam ter acesso desde
soas, estimular vínculos comunitários, dominar
cedo às novas tecnologias. A promoção da inclu-
técnicas de protagonismo e empreendedorismo10 são digital provoca melhoras no desempenho es-
e serem capazes de estruturar redes comunitári-
colar e dá oportunidade ao estudante para enfren-
as. Devem, também, serem capazes de orientar
tar o mercado de trabalho.
e estimular a criação e edição de conteúdos da
comunidade (do seu interesse). O estudo do acesso à tecnologia da infor-
mação nas escolas foi desenvolvido pelo Instituto
Por outro lado, as comunidades devem
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
ter capacidade de utilizar os sistemas operacionais (INEP), do Ministério da Educação (MEC). É
e aplicativos básicos, sendo, assim, capazes de realizado anualmente o Censo Escolar, que é um
buscar serviços e informações disponíveis na
levantamento de informações estatístico-educa-
Internet. cionais em nível nacional. O Censo Escolar
As metodologias de formação de agen- abrange a educação básica, em diversos níveis e
tes de capacitação envolvidos nas ações de inclu- modalidades. A escola é a unidade de informa-
são digital devem ser objeto de grupos de pesqui- ção, e o diretor ou o responsável de cada unidade
sa e discussão. As organizações que trabalham escolar é o informante. As informações são com-
em inclusão digital devem formar uma rede de postas de matrícula inicial por série e idade no
cooperação, promovendo encontros regionais ano corrente, matrícula inicial de repetentes por
para capacitação de multiplicadores, favorecen- série, o movimento escolar e o resultado. O Censo
do o intercâmbio de experiências. Escolar fornece dados relativos à matrícula e
percentual de alunos em escolas com laboratório
de informática e acesso à internet. Esses dados
6- EDUCAÇÃO FORMAL E SUAS permitem saber o quanto estão incluídas digital-
RELAÇÕES COM A INCLUSÃO mente as escolas e também os alunos. A escola
DIGITAL: UMA PROPOSTA DE constitui o principal canal de acesso das crianças
CIDADANIA e adolescentes brasileiros que não dispõem de
computador em casa ao conhecimento digital. Ela
permite integrar o acesso ao capital físico, hu-
É necessário mapear, sistematizar, mano e social, fazendo o investimento se repro-
otimizar, monitorar e avaliar os recursos e ações duzir.
que já existem na estrutura educacional, facili- Dados mostram que do total de alunos
tando a operacionalização e a incorporação das matriculados no ensino fundamental regular, em
tecnologias de informação e comunicação em sua 1997, apenas 10,8% estavam em escolas com
real função, conceito e objetivos na estrutura edu- laboratório de informática. Já em 2001 esse nú-
cacional, acarretando assim um maior volume mero aumentou para 23,9%. No caso dos alunos
de informação, conhecimento, atualização, tro- matriculados no ensino médio regular, em 1997,
ca e potencialidades. Assim, irá se assegurar uma 29,1% dos alunos estava em escolas com labora-
melhor condição do corpo educacional na rela- tórios de informática. Em 2001 esse número sobe
ção professor e aluno, e um maior entendimento para 55,9%, ou seja, pouco mais de metade de
de cidadania, com troca de experiências e de pro- todos os alunos do ensino regular médio já tinham
10
Representa o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que possibilitam a formação e o desenvolvimento. É uma
atitude pessoal de inquietação, ousadia e proatividade que leva a ganhos econômicos e sociais.
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 13
14. acesso a laboratórios de informática em 2001. Tabela 2 – Taxa de acesso a computador e
Nesse ano, do total de alunos matriculados no internet conforme anos de estudo
ensino fundamental regular, 25,4% estavam ma-
triculados em escolas com acesso à informática. Anos de Estudo Taxa de Acesso Taxa de Acesso
No ensino médio regular, este número é de a Computador à Internet
45,6%.
0 anos 4,06% 3,45%
Analisando os dados do Censo Es-
colar 2001 referentes ao número de matrículas 1 a 4 anos 4,84% 2,79%
de alunos do ensino fundamental regular em es-
4 a 8 anos 7,60% 4,33%
colas com laboratório de informática, através das
unidades da federação conforme os dados da Ta- 8 a 12 anos 17,58% 10,74%
bela 1, verificamos os cinco Estados com maior
e menor índice de inclusão digital. Nesta Tabela, Mais de 12 anos 58,92% 46,81%
identificamos que o Estado de maior grau de ID
no ensino fundamental regular de 2001 é São Pau-
Fonte: CPS/FGV elaborado a partir dos microdados da PNAD/
lo, com 3.025.007 alunos matriculados incluídos
IBGE
digitalmente, representando 49,7% do universo
total de 6.092.455 de alunos matriculados, segui-
do do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul Já na Tabela 2 verificamos o Estado do
e do Distrito Federal.
Tocantins com o menor grau de ID no ensino fun-
damental regular em
Tabela 1- As unidades da federação com escolas com maior e menor 2001, com 7,8% dos alu-
grau de inclusão digital no ensino fundamental regular – 2001 nos matriculados, segui-
do na seguinte ordem:
UNIDADE DA Matrícula Inicial no Ensino Maranhão, Paraíba,
FEDERAÇÃO Fundamental Regular Pará e Piauí. Vale des-
(maior grau Total Com Laboratório tacar, de forma negati-
va, a posição ocupada
de inclusão digital) de Informática pelo Estado do Pará,
Números % com 8,7% dos alunos
São Paulo 6.092.455 3.025.007 49,7 matriculados, represen-
Paraná 1.691.131 628.854 37,2 tando 140.478 de alunos
Rio de Janeiro 2.463.074 846.147 34,4 matriculados incluídos
Rio Grande do Sul 1.721.726 545.927 31,7 no mundo digital num
Distrito Federal 380.614 113.671 29,9 universo de 1.609.733,
UNIDADE DA Matrícula Inicial no Ensino chegando a um saldo de
FEDERAÇÃO Fundamental Regular alunos excluídos da era
(menor grau digital na ordem de
Total Com Laboratório
1.469.255.
de inclusão digital) de Informática
Números % Dentro deste
Tocantins 297.561 23.165 7,8 cenário e reforçando o
quanto é fundamental a
Maranhão 1.608.923 129.359 8,0
educação formal no pro-
Paraíba 869.261 74.323 8,6 cesso de inclusão digital,
Pará 1.609.733 140.478 8,7 em relação ao atributo
Piauí 802.238 70.284 8,8 anos de estudo, indivídu-
Fonte: Censo Escolar 2001/ INEP
14 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
15. os que possuem até quatro anos de estudo têm ção mais estreita com a comunidade, fazendo com
uma menor participação na população de IDD que o aluno se sinta e se construa dentro deste
(Incluídos Digitais nos Domicílios)11 do que a po- contexto. Um dos pontos fortes das atuais pro-
pulação total. postas educacionais, e que deve ser apoiado, é a
De acordo com os dados da Tabela 2, a existência de coordenadores de tecnologias de in-
formação e comunicação para acompanhar pro-
taxa de acesso a computador para os indivíduos
com mais de 12 anos de estudo é de 58,92% ,e a fessores no uso de computador.
de acesso à internet é 46,81%. Estas taxas redu-
zem para 4,06% e 3,45%, respectivamente, no
CONSIDERAÇÕES FINAIS
caso dos analfabetos, resultando na seguinte con-
clusão: a chance condicional de um analfabeto
possuir um computador em seu domicílio é Na era do conhecimento, o universo di-
99,95% menor do que para um indivíduo com gital e virtual vem provocando as transformações
mais de 12 anos de estudo, e de possuir acesso à profundas nas diversas esferas da vida social. A
internet é de 99,96% menor. tecnologia da comunicação e informação, ou seja,
Os diferencias educacionais de IDD a informática, deu origem a novas formas de
observados eram de se esperar, uma vez que os pensar, interpretar e gerar o conhecimento hu-
indivíduos que investem mais em capital huma- mano. Neste contexto, o cidadão que se encontra
no, acumulando mais anos de estudo, tendem a sem acesso a este universo digital fica totalmen-
receber rendas superiores ao restante da popula- te desprovido de ferramentas fundamentais para
ção e, conseqüentemente, possuir meios finan- participar e compreender de forma efetiva o
ceiros para adquirir acesso a computador e mundo atual, gerando, por que não dizer, até di-
internet. ficuldades para a sua sobrevivência. Hoje quem
não domina esta ferramenta fica à margem do
Dentro deste cenário, o mapeamento dos mercado de trabalho, da informação e do conhe-
recursos disponíveis e das ações que já existem
cimento.
na área da educação formal deve facilitar a arti-
culação de ações da inclusão digital com a socie- Essa importância que o mundo digital
dade civil, dando continuidade às ações de suces- ganhou é traduzida por diversas ações do homem
so. Deve-se compartilhar a infraestrutura edu- moderno; no pagamento de impostos e contribui-
cacional com a sociedade, propiciando o acesso ções, na realização da comunicação de forma
público. É preciso criar ações de sensibilização instantânea dentro do País e fora dele; na reali-
para a inclusão digital junto às secretarias de edu- zação de transações bancárias; na compra e ven-
cação de estados e municípios, às lideranças po- da; para conhecer lugares sem sair de casa; re-
líticas, educacionais e da comunidade. Propõe- ceber e enviar além de trocar e armazenar ima-
se a utilização das tecnologias da informação para gens, textos e sons... Nunca foi imaginado que
abrir a escola e dar suporte à construção e dis- tantos serviços fossem reunidos em um mínimo
cussão de novos modelos educacionais. espaço. Os computadores possuem essa capaci-
dade e entraram para o dia-dia das grandes me-
Os alunos envolvidos com as tecnologias trópoles de forma irreversível. O ciberespaço
de informação e comunicação podem ser agen-
realiza a interligação das empresas, das pesso-
tes de inclusão digital em suas comunidades, pro- as, dos interesses e de caminhos; ou seja, hoje é
movendo sua transformação em multiplicadores
difícil imaginar a vida humana sem algum auxí-
comunitários, por meio de uma maior participa- lio dos meios eletrônicos de comunicação.
ção ativa, protagonista e política, de uma rela-
11
Dados da PNAD – Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílios, que traça um perfil da inclusão digital para o ano de
2001, levantada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 15
16. Nesse mundo “digitalizado”, o segmen- Como foi mencionado acima, não bas-
to mais carente da sociedade de baixa renda fica ta apenas criar condições físicas estruturais para
muito prejudicado, sem condições de acompanhar a evolução do governo eletrônico, é necessário
as mudanças que ocorrem de forma rápida, sem que haja todo um comprometimento de todos os
perspectiva de absorver as novas tecnologias. segmentos da sociedade, e principalmente do
Para agravar essa situação, verificamos que os Poder Público, em todas as esferas, para que
investimentos por parte do governo são escassos conjuntamente promovam políticas públicas, no
em programas de formação e inclusão social des- sentido de superar as barreiras sociais e econô-
se público, assim como os investimentos das micas da grande maioria da população, que se
empresas e da própria sociedade. Esses sujeitos, encontra em condições mínimas de vida, e que
pela própria condição e oportunidades, passaram sem a superação das mesmas é impossível a
por uma experiência educacional sofrível. Entre- efetivação do governo eletrônico como instrumen-
tanto, como os demais cidadãos, eles são cons- to gestão pública e de incentivo ao exercício da
tantemente solicitados a responderem às novas cidadania.
demandas da chamada “sociedade da informa-
ção”. Por isso que é de importância fundamental
a promoção da universalização da inclusão digi- REFERÊNCIAS
tal e, por conseguinte, a inclusão social de todos
os cidadãos, principalmente os que são coloca-
dos à margem da sociedade e dos processos BRASIL. Constituição (1988). Constituição da
educativos. República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal, 1988. 292 p.
A realização de estudos e experiências
postas em prática de forma concreta possibilita- COELHO, Espartaco Madureira. Governo Ele-
rá compreender como a democratização do aces- trônico e seus impactos na estrutura e na força
so à informática e particularmente à internet se de trabalho das organizações públicas. Revista
apresenta como uma forte possibilidade do BNDES. Rio de Janeiro: n. 24, 2002.
formativa, cultural e educativa para todos os seg- FERNANDES, Andréa Gomes & AFONSO,
mentos da sociedade. José Roberto Rodriguez. e-Governo no Brasil:
Os projetos relativos às políticas públi- Experiência e Perspectivas. Revista do BNDES.
cas de inclusão digital, para a utilização das no- Rio de Janeiro v. 8, n. 15, p. 21-64, Jun. 2001.
vas tecnologias, funcionam como um incentivo à GOMES, Elisabeth. Exclusão Digital: um pro-
compreensão dos novos tempos. Por meio da blema tecnológico ou social? Trabalho e Socie-
internet, o cidadão manifesta seus interesses so- dade, Rio de Janeiro, v. 2, n. especial, Dez. 2002.
bre fatos, se forma como sujeito participativo,
MARTINS, A., AFONSO, CARLOS A.,
melhora em sua atividade profissional, busca o
conhecimento e, fundamentalmente, busca o ASSUMPÇÃO, R. E BERCELLOS, S. Oficina
para a Inclusão Digital. Plenária Final, Centro
aprendizado de forma permanente e constante.
de Convenções Ulysses Guimarães, Brasília,
A informatização da sociedade, acom- 2001.
panhada pelo advento das redes telemáticas –
notadamente a internet – é, para alguns, a gran- MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇA-
MENTO E GESTÃO. 2 anos de Governo Ele-
de promessa de democratização do acesso e pro-
dução de informações e de conhecimento. As trônico – Balanço de Realizações e Desafios
Futuros. Brasília: Casa Civil da Presidência da
novas tecnologias modificam a estrutura do pen-
República/ Secretaria Executiva, 2002.
samento, ampliam a mente, aproximam as pes-
soas, promovem a união entre as nações. Fala- NERI, Marcelo et al. Mapa da Exclusão Digi-
se até na emergência de uma nova sociedade ci- tal,. Rio de Janeiro: CPS/IBRE, Fundação Ge-
vil, que se configura graças à internet. túlio Vargas, 2003.
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