O documento discute os desafios para o governo eletrônico no Brasil e em outros países. Apesar de grandes investimentos em tecnologia da informação, pesquisas mostram que os serviços online e a participação do cidadão permanecem baixos. Isso ocorre porque a modernização governamental depende de fatores não tecnológicos como princípios, pessoas e processos. É necessário um governo da inovação (I-Gov) que considere essas diferentes dimensões.
O documento discute os desafios do governo eletrônico no Brasil. Aponta que, apesar de grandes investimentos, os resultados do e-gov ficaram abaixo das expectativas. Estudos mostram que os serviços online oferecidos são insuficientes e de baixa qualidade. Defende uma visão integrada do governo eletrônico, priorizando a produção e uso do conhecimento para melhorar processos e valorizar a inovação.
O documento discute os desafios do governo eletrônico e a necessidade de ir além da tecnologia. A pesquisa mostrou que poucas cidades oferecem serviços básicos online e há pouca inovação. Para ter sucesso, o governo eletrônico precisa considerar fatores como processos, pessoas e estrutura organizacional, não apenas a tecnologia.
[1] O documento discute a necessidade de inovação no setor público brasileiro para enfrentar os desafios da sociedade moderna. [2] Ele apresenta uma avaliação das práticas de gestão do conhecimento e inovação no governo do estado de São Paulo que identificou áreas que precisam melhorar, como governança, cultura organizacional e métricas. [3] Também discute como a tecnologia deve estimular mudanças mais profundas para acompanhar a emergência da sociedade do conhecimento.
Pmsp Programa Inova GestãO 2009 Igov Ano Zero Final ImpInova Gestão
O documento discute o conceito de governo da inovação (iGov), que atualiza o governo eletrônico com foco na produção e distribuição do conhecimento organizacional e na geração contínua de inovações. Explica que a modernização governamental deve ser intersetorial e multidisciplinar e que as tecnologias digitais não são suficientes sem mudanças nos aspectos extra-tecnológicos. Aponta exemplos de iniciativas inovadoras em governos de diferentes países.
Curso Governo Eletrônico, Estado do Rio Grande do Sul Junho de 2010DEGESP
O documento apresenta um programa de capacitação sobre governo eletrônico no Rio Grande do Sul, abordando conceitos, exemplos de iniciativas, inovação em governo, uso de redes sociais e dados abertos. O objetivo é integrar participantes, refletir sobre o tema e compartilhar conhecimentos.
Este documento resume um trabalho apresentado no I Congresso CONSAD de Gestão Pública em Brasília entre 26 e 28 de maio de 2008 sobre o Programa de Estímulo à Inovação em Gestão Pública do Governo do Estado de São Paulo. O trabalho discute a necessidade de repensar a gestão pública diante das mudanças na sociedade pós-industrial e como o programa foi inspirado nos princípios da "cauda longa" e da Web 2.0 para estimular a inovação de forma descentralizada entre servidores públicos.
Future Work Skills 2020 - As habilidades para o futuro do trabalhoGrazi Mendes Rangel
Surgem novas profissões, jornadas de trabalho mais flexíveis, home offices e a adoção de ferramentas colaborativas.
Homens e mulheres, de todas as idades, veem seus projetos de vida, suas profissões, ameaçados por novas formas de fazer, que retratam novos modos de viver. Num mundo onde quase tudo fica obsoleto da noite pro dia, quais serão as habilidades necessárias para a próxima década? como acompanhar este mundo em constante inovação?
Boa leitura! Espero que seja útil e provocador.
O documento discute o contexto histórico e tecnológico do surgimento do governo eletrônico. Apresenta como a crise fiscal, revolução tecnológica, globalização e mudanças no mercado de trabalho levaram à necessidade de modernização dos governos. Também descreve a implementação do governo eletrônico no estado de São Paulo, destacando os principais marcos e ganhos, como a digitalização de serviços e processos para cidadãos.
O documento discute os desafios do governo eletrônico no Brasil. Aponta que, apesar de grandes investimentos, os resultados do e-gov ficaram abaixo das expectativas. Estudos mostram que os serviços online oferecidos são insuficientes e de baixa qualidade. Defende uma visão integrada do governo eletrônico, priorizando a produção e uso do conhecimento para melhorar processos e valorizar a inovação.
O documento discute os desafios do governo eletrônico e a necessidade de ir além da tecnologia. A pesquisa mostrou que poucas cidades oferecem serviços básicos online e há pouca inovação. Para ter sucesso, o governo eletrônico precisa considerar fatores como processos, pessoas e estrutura organizacional, não apenas a tecnologia.
[1] O documento discute a necessidade de inovação no setor público brasileiro para enfrentar os desafios da sociedade moderna. [2] Ele apresenta uma avaliação das práticas de gestão do conhecimento e inovação no governo do estado de São Paulo que identificou áreas que precisam melhorar, como governança, cultura organizacional e métricas. [3] Também discute como a tecnologia deve estimular mudanças mais profundas para acompanhar a emergência da sociedade do conhecimento.
Pmsp Programa Inova GestãO 2009 Igov Ano Zero Final ImpInova Gestão
O documento discute o conceito de governo da inovação (iGov), que atualiza o governo eletrônico com foco na produção e distribuição do conhecimento organizacional e na geração contínua de inovações. Explica que a modernização governamental deve ser intersetorial e multidisciplinar e que as tecnologias digitais não são suficientes sem mudanças nos aspectos extra-tecnológicos. Aponta exemplos de iniciativas inovadoras em governos de diferentes países.
Curso Governo Eletrônico, Estado do Rio Grande do Sul Junho de 2010DEGESP
O documento apresenta um programa de capacitação sobre governo eletrônico no Rio Grande do Sul, abordando conceitos, exemplos de iniciativas, inovação em governo, uso de redes sociais e dados abertos. O objetivo é integrar participantes, refletir sobre o tema e compartilhar conhecimentos.
Este documento resume um trabalho apresentado no I Congresso CONSAD de Gestão Pública em Brasília entre 26 e 28 de maio de 2008 sobre o Programa de Estímulo à Inovação em Gestão Pública do Governo do Estado de São Paulo. O trabalho discute a necessidade de repensar a gestão pública diante das mudanças na sociedade pós-industrial e como o programa foi inspirado nos princípios da "cauda longa" e da Web 2.0 para estimular a inovação de forma descentralizada entre servidores públicos.
Future Work Skills 2020 - As habilidades para o futuro do trabalhoGrazi Mendes Rangel
Surgem novas profissões, jornadas de trabalho mais flexíveis, home offices e a adoção de ferramentas colaborativas.
Homens e mulheres, de todas as idades, veem seus projetos de vida, suas profissões, ameaçados por novas formas de fazer, que retratam novos modos de viver. Num mundo onde quase tudo fica obsoleto da noite pro dia, quais serão as habilidades necessárias para a próxima década? como acompanhar este mundo em constante inovação?
Boa leitura! Espero que seja útil e provocador.
O documento discute o contexto histórico e tecnológico do surgimento do governo eletrônico. Apresenta como a crise fiscal, revolução tecnológica, globalização e mudanças no mercado de trabalho levaram à necessidade de modernização dos governos. Também descreve a implementação do governo eletrônico no estado de São Paulo, destacando os principais marcos e ganhos, como a digitalização de serviços e processos para cidadãos.
O documento discute as habilidades essenciais para os profissionais do futuro de acordo com um estudo do Fórum Econômico Mundial. As 10 habilidades principais incluem: entendimento de problemas complexos, pensamento crítico, liderança e gestão de pessoas, criatividade, inteligência emocional, empatia e trabalho em equipe, orientação para servir, julgamento e capacidade de decisão, flexibilidade cognitiva e negociação. O documento também discute os impactos da automação e da Quarta Revolução Industrial no mercado
Palestra Governo EletrôNico E InovaçãO Procergs Final VersãO CompletainovaDay .
Este documento discute a implementação de um programa de gestão do conhecimento e inovação no governo de São Paulo. Ele descreve os desafios de governos em responder às demandas de uma sociedade em rede e propõe um modelo de "Governo da Inovação" para atualizar conceitos do governo eletrônico. Também apresenta ferramentas, técnicas e exemplos de iniciativas de inovação em governo.
1. Há confusão sobre conceitos de inovação no setor público brasileiro.
2. Prêmios tecnológicos como CONIP possuem abordagem centrada no cidadão, mas se restringem a aplicativos.
3. É necessário mapear mais iniciativas como ENAP, ANESP, GVceapg para entender inovação no setor público.
Transformacao e mudanca - 100 mini papers - eBookMarcelo Sávio
Uma seleção de artigos de uma página sobre temas tecnológicos, escritos por mim e vários colegas que foi publicado em um eBook patrocinado pelo Technology Leadership Council da IBM Brasil (TLC-BR).
IFV Indice de Future Vision: A Equação do FuturoLuis Rasquilha
Relatório detalhado da construção da equação do futuro (IFV Indice de Future Vision) criada pela Inova Consulting. Pode realizar o cálculo no site inovaconsulting.com.br IFV para analisar o quanto a sua empresa está preparada para o futuro próximo. Pode também fazer um download dos resultados obtidos para cada variável.
Do Governo Eletrônico ao Governo da Inovação Itesp
Itesp Debate sobre Inovação na Gestão Pública. Palestra realizada por pelo Roberto Agune, coordenador do Grupo de Apoio Técnico à Inovação da Secretaria Estadual de Gestão Pública.
O documento discute a 4a Revolução Industrial e seus impactos nas empresas. Apenas 25% das empresas nacionais têm alta maturidade tecnológica para lidar com as mudanças. A adoção de tecnologias como a Internet das Coisas, dados e inteligência artificial pode ajudar a reduzir problemas estruturais da indústria, mas requer investimento em inovação. Empresas devem qualificar funcionários e se adaptar continuamente para sobreviver nesse ambiente em constante mudança.
1. O documento discute um livro de Peter Drucker sobre as mudanças sociais decorrentes da revolução da informação e seus impactos na administração nas próximas décadas.
2. Drucker argumenta que o sucesso das empresas dependerá mais de como lidarem com as mudanças sociais do que econômicas.
3. A sociedade da informação, o comércio eletrônico e as oportunidades de negócios na era digital são alguns dos temas abordados.
O documento discute a importância da co-inovação no trabalho diante das rápidas transformações tecnológicas. Aponta que a hipercolaboração, fluência tecnológica e engajamento coletivo são essenciais para que empresas se adaptem a este novo contexto, onde o conhecimento é produzido e compartilhado em grupo e as fronteiras entre trabalho e lazer estão cada vez mais difusas.
O Futuro do Trabalho: Os Drivers da Mudança: BuzzMedia Jan16Luis Rasquilha
O artigo discute 5 forças que estão moldando o futuro do trabalho e das empresas: 1) Tecnologia, 2) Globalização, 3) Demografia e longevidade, 4) Sociedade, e 5) Recursos energéticos. Embora esses fatores sejam amplamente reconhecidos, poucas empresas estão se preparando adequadamente para essas mudanças.
O documento discute o papel das empresas na sociedade e propõe uma atitude empresarial mais ética e socialmente responsável. Aponta que as empresas são os principais agentes de transformação social, mas que também contribuem para a desigualdade. Defende que as empresas devem priorizar a dignidade humana e a solidariedade, por meio da participação dos trabalhadores e do compromisso social.
A entrevista discute o desenvolvimento territorial endógeno e o papel da globalização. A especialista Tânia Zapata defende que o desenvolvimento só ocorre quando liderado pelas pessoas do território e que a globalização fragiliza os estados-nação, fazendo com que a competitividade ocorra a nível regional. Ela também comenta sobre os desafios da descentralização no Brasil devido às desigualdades regionais.
"Os gestores modernos têm de dialogar nas redes sociais"LLYC
Tiago Vidal foi entrevistado pelo Negócios para identificar as causas desta situação e apresentar algumas soluções do estudo "Identidade Digital dos CEO’S", disponível em Desenvolvendo Ideias.
Este documento discute o Governo Eletrônico como proposta de cidadania, democracia e inclusão digital. Apresenta o conceito de Governo Eletrônico e suas funções, como disponibilizar serviços públicos online e promover a transparência do governo. Também aborda os desafios para implementar o Governo Eletrônico no Brasil e a importância de políticas públicas para reduzir desigualdades e promover a inclusão digital de todos os cidadãos.
O documento discute a revolução das administrações públicas com o desenvolvimento das tecnologias de informação. Argumenta que as novas tecnologias permitem novas formas de cooperação entre organizações públicas e que é necessário desenvolver sistemas interdepartamentais e centros de atendimento unificados para melhor servir os cidadãos. Também destaca exemplos internacionais de portais governamentais e serviços online.
A transparência na gestão pública - Gestão Pública 2º semestre.pdfHELENO FAVACHO
O documento discute a importância da transparência na gestão pública e propõe uma atividade interdisciplinar para produção de um material informativo sobre o tema. Os estudantes deverão responder perguntas sobre direito público, tecnologia da informação, licitação, planejamento urbano e desenvolvimento econômico relacionadas à transparência do setor público.
A transparência na gestão pública – gestão pública semestre 2ºHELENO FAVACHO
O documento discute a importância da transparência na gestão pública e fornece uma situação geradora de aprendizagem para que os alunos respondam perguntas sobre o tema usando conhecimentos de diversas disciplinas como Direito Público, Tecnologia da Informação, Licitação e Desenvolvimento Econômico. O objetivo é que os alunos expliquem conceitos-chave, como órgãos públicos e acesso à informação, e como a tecnologia, planejamento urbano e orçamento participativo contribuem para uma gestão pública mais transparent
O documento discute o conceito de empresa digital e a revolução da nova economia, incluindo o fenômeno da bolha da internet. Também analisa o impacto social dessa revolução e as principais tendências em tecnologia da informação. A disciplina "TI nas Organizações - Estratégia e Conceitos" é estruturada em nove unidades que abordam esses tópicos.
1. O documento discute como as ferramentas da Web 2.0, como YouTube, Facebook e Twitter, podem ser usadas para melhorar a governança pública através da inclusão, participação e inovação.
2. Barack Obama é citado como um exemplo de líder que usou com sucesso essas ferramentas em sua campanha e governo, promovendo valores de transparência, participação e colaboração.
3. O documento apresenta exemplos de como governos em todo o mundo estão adotando essa abordagem chamada "Governo 2
Cidadania digital e democratização electronicaCarlos Costa
Este documento descreve um livro sobre cidadania digital e democratização eletrônica. O livro aborda o governo eletrônico, cidadania na sociedade da informação, democracia eletrônica e avaliação da participação na sociedade da informação, além da relação entre administração pública, governo limitado e setor voluntário no contexto da sociedade da informação.
Vários governos e entidades relacionadas têm utilizado a Web 2.0 de maneira muito pragmática e com resultados significativos. Este estudo evidencia algumas das melhores práticas e tendências e benchmarks nacionais e internacionais neste universo. - www.terraforum.com.br
O documento discute as habilidades essenciais para os profissionais do futuro de acordo com um estudo do Fórum Econômico Mundial. As 10 habilidades principais incluem: entendimento de problemas complexos, pensamento crítico, liderança e gestão de pessoas, criatividade, inteligência emocional, empatia e trabalho em equipe, orientação para servir, julgamento e capacidade de decisão, flexibilidade cognitiva e negociação. O documento também discute os impactos da automação e da Quarta Revolução Industrial no mercado
Palestra Governo EletrôNico E InovaçãO Procergs Final VersãO CompletainovaDay .
Este documento discute a implementação de um programa de gestão do conhecimento e inovação no governo de São Paulo. Ele descreve os desafios de governos em responder às demandas de uma sociedade em rede e propõe um modelo de "Governo da Inovação" para atualizar conceitos do governo eletrônico. Também apresenta ferramentas, técnicas e exemplos de iniciativas de inovação em governo.
1. Há confusão sobre conceitos de inovação no setor público brasileiro.
2. Prêmios tecnológicos como CONIP possuem abordagem centrada no cidadão, mas se restringem a aplicativos.
3. É necessário mapear mais iniciativas como ENAP, ANESP, GVceapg para entender inovação no setor público.
Transformacao e mudanca - 100 mini papers - eBookMarcelo Sávio
Uma seleção de artigos de uma página sobre temas tecnológicos, escritos por mim e vários colegas que foi publicado em um eBook patrocinado pelo Technology Leadership Council da IBM Brasil (TLC-BR).
IFV Indice de Future Vision: A Equação do FuturoLuis Rasquilha
Relatório detalhado da construção da equação do futuro (IFV Indice de Future Vision) criada pela Inova Consulting. Pode realizar o cálculo no site inovaconsulting.com.br IFV para analisar o quanto a sua empresa está preparada para o futuro próximo. Pode também fazer um download dos resultados obtidos para cada variável.
Do Governo Eletrônico ao Governo da Inovação Itesp
Itesp Debate sobre Inovação na Gestão Pública. Palestra realizada por pelo Roberto Agune, coordenador do Grupo de Apoio Técnico à Inovação da Secretaria Estadual de Gestão Pública.
O documento discute a 4a Revolução Industrial e seus impactos nas empresas. Apenas 25% das empresas nacionais têm alta maturidade tecnológica para lidar com as mudanças. A adoção de tecnologias como a Internet das Coisas, dados e inteligência artificial pode ajudar a reduzir problemas estruturais da indústria, mas requer investimento em inovação. Empresas devem qualificar funcionários e se adaptar continuamente para sobreviver nesse ambiente em constante mudança.
1. O documento discute um livro de Peter Drucker sobre as mudanças sociais decorrentes da revolução da informação e seus impactos na administração nas próximas décadas.
2. Drucker argumenta que o sucesso das empresas dependerá mais de como lidarem com as mudanças sociais do que econômicas.
3. A sociedade da informação, o comércio eletrônico e as oportunidades de negócios na era digital são alguns dos temas abordados.
O documento discute a importância da co-inovação no trabalho diante das rápidas transformações tecnológicas. Aponta que a hipercolaboração, fluência tecnológica e engajamento coletivo são essenciais para que empresas se adaptem a este novo contexto, onde o conhecimento é produzido e compartilhado em grupo e as fronteiras entre trabalho e lazer estão cada vez mais difusas.
O Futuro do Trabalho: Os Drivers da Mudança: BuzzMedia Jan16Luis Rasquilha
O artigo discute 5 forças que estão moldando o futuro do trabalho e das empresas: 1) Tecnologia, 2) Globalização, 3) Demografia e longevidade, 4) Sociedade, e 5) Recursos energéticos. Embora esses fatores sejam amplamente reconhecidos, poucas empresas estão se preparando adequadamente para essas mudanças.
O documento discute o papel das empresas na sociedade e propõe uma atitude empresarial mais ética e socialmente responsável. Aponta que as empresas são os principais agentes de transformação social, mas que também contribuem para a desigualdade. Defende que as empresas devem priorizar a dignidade humana e a solidariedade, por meio da participação dos trabalhadores e do compromisso social.
A entrevista discute o desenvolvimento territorial endógeno e o papel da globalização. A especialista Tânia Zapata defende que o desenvolvimento só ocorre quando liderado pelas pessoas do território e que a globalização fragiliza os estados-nação, fazendo com que a competitividade ocorra a nível regional. Ela também comenta sobre os desafios da descentralização no Brasil devido às desigualdades regionais.
"Os gestores modernos têm de dialogar nas redes sociais"LLYC
Tiago Vidal foi entrevistado pelo Negócios para identificar as causas desta situação e apresentar algumas soluções do estudo "Identidade Digital dos CEO’S", disponível em Desenvolvendo Ideias.
Este documento discute o Governo Eletrônico como proposta de cidadania, democracia e inclusão digital. Apresenta o conceito de Governo Eletrônico e suas funções, como disponibilizar serviços públicos online e promover a transparência do governo. Também aborda os desafios para implementar o Governo Eletrônico no Brasil e a importância de políticas públicas para reduzir desigualdades e promover a inclusão digital de todos os cidadãos.
O documento discute a revolução das administrações públicas com o desenvolvimento das tecnologias de informação. Argumenta que as novas tecnologias permitem novas formas de cooperação entre organizações públicas e que é necessário desenvolver sistemas interdepartamentais e centros de atendimento unificados para melhor servir os cidadãos. Também destaca exemplos internacionais de portais governamentais e serviços online.
A transparência na gestão pública - Gestão Pública 2º semestre.pdfHELENO FAVACHO
O documento discute a importância da transparência na gestão pública e propõe uma atividade interdisciplinar para produção de um material informativo sobre o tema. Os estudantes deverão responder perguntas sobre direito público, tecnologia da informação, licitação, planejamento urbano e desenvolvimento econômico relacionadas à transparência do setor público.
A transparência na gestão pública – gestão pública semestre 2ºHELENO FAVACHO
O documento discute a importância da transparência na gestão pública e fornece uma situação geradora de aprendizagem para que os alunos respondam perguntas sobre o tema usando conhecimentos de diversas disciplinas como Direito Público, Tecnologia da Informação, Licitação e Desenvolvimento Econômico. O objetivo é que os alunos expliquem conceitos-chave, como órgãos públicos e acesso à informação, e como a tecnologia, planejamento urbano e orçamento participativo contribuem para uma gestão pública mais transparent
O documento discute o conceito de empresa digital e a revolução da nova economia, incluindo o fenômeno da bolha da internet. Também analisa o impacto social dessa revolução e as principais tendências em tecnologia da informação. A disciplina "TI nas Organizações - Estratégia e Conceitos" é estruturada em nove unidades que abordam esses tópicos.
1. O documento discute como as ferramentas da Web 2.0, como YouTube, Facebook e Twitter, podem ser usadas para melhorar a governança pública através da inclusão, participação e inovação.
2. Barack Obama é citado como um exemplo de líder que usou com sucesso essas ferramentas em sua campanha e governo, promovendo valores de transparência, participação e colaboração.
3. O documento apresenta exemplos de como governos em todo o mundo estão adotando essa abordagem chamada "Governo 2
Cidadania digital e democratização electronicaCarlos Costa
Este documento descreve um livro sobre cidadania digital e democratização eletrônica. O livro aborda o governo eletrônico, cidadania na sociedade da informação, democracia eletrônica e avaliação da participação na sociedade da informação, além da relação entre administração pública, governo limitado e setor voluntário no contexto da sociedade da informação.
Vários governos e entidades relacionadas têm utilizado a Web 2.0 de maneira muito pragmática e com resultados significativos. Este estudo evidencia algumas das melhores práticas e tendências e benchmarks nacionais e internacionais neste universo. - www.terraforum.com.br
O Futuro Da Sociedade Da Informação em PortugalLuis Vidigal
O documento discute os desafios e oportunidades da sociedade da informação em Portugal. Aborda questões como o investimento público em TI, a modernização do estado, a inclusão digital dos cidadãos, o papel das TI na superação da crise, e o potencial da educação e da Web 2.0.
O documento aborda os sistemas de informação para apoio à relação entre o governo, cidadãos e empresas. Discute os tipos e objetivos do e-government, assim como a história e implementação em Portugal, incluindo o Plano de Ação para o Governo Eletrônico.
O documento discute a necessidade de novas competências e oportunidades de formação ao longo da vida devido às mudanças tecnológicas e sociais. Também aborda o conceito de teletrabalho, suas vantagens e desvantagens para trabalhadores e empresas, como maior flexibilidade e risco de isolamento social.
O documento discute o crescimento do uso da internet no Brasil e como as políticas públicas e iniciativas privadas estão contribuindo para ampliar o acesso e uso da rede. Também aborda como pesquisas sobre uso de tecnologias podem promover debates e apoiar o planejamento de programas de governo eletrônico e inclusão digital.
Este documento discute a aplicação de metodologias de governança de TI em entidades públicas municipais para melhorar a gestão de tecnologia e facilitar a comunicação entre prefeituras e fornecedores de software. O modelo COBIT é apresentado como uma abordagem adequada devido ao seu foco no alinhamento entre TI e negócios e sua facilidade de implantação. Uma visita à prefeitura de Jaguaruna mostrou a necessidade de aprimorar a estrutura de TI local.
O documento discute a necessidade de uma terceira geração de programas de capacitação para o serviço público em São Paulo. Argumenta-se que as rápidas mudanças tecnológicas e a globalização exigem novas competências dos servidores, como pensamento sistêmico e criatividade. Uma nova abordagem de capacitação é proposta, focada na inovação e aplicação prática, para elevar a produtividade intelectual dos servidores.
O documento discute como os governos precisam se adaptar aos novos tempos de inovação e economia baseada no conhecimento. Apresenta como os governos ainda operam com modelos hierárquicos e setoriais desenvolvidos há mais de 100 anos para a era industrial, o que limita sua capacidade de lidar com problemas complexos. Defende que os governos precisam incorporar novos métodos de trabalho colaborativos e enxutos para melhor regular, atrair e usar a inovação.
O documento descreve uma situação geradora de aprendizagem sobre transparência na gestão pública. Os alunos devem responder perguntas sobre conceitos de direito público, tecnologia da informação, licitações, planejamento urbano e ambiental e desenvolvimento econômico relacionados ao tema. O objetivo é produzir um material informativo sobre a importância da transparência e como órgãos públicos podem promovê-la.
1) O documento discute as gerações passadas e proposta de uma nova geração de programas de capacitação para servidores públicos em São Paulo. 2) Ele descreve os programas das duas primeiras gerações, focados em tecnologia da informação e gestão, e propõe uma terceira geração centrada na inovação e aplicação prática. 3) A nova geração visa desenvolver competências como pensamento sistêmico e criativo para elevar a produtividade intelectual dos servidores públicos no século 21.
1. O documento apresenta um estudo de caso sobre a reestruturação do setor de tecnologia da informação de uma pequena empresa de conteúdo online através da aplicação de boas práticas de TI.
2. A empresa Ghost Online vivia em um ambiente caótico sem gestão da TI, mas implementou um plano de ação com profissionais de TI que trouxe melhorias visíveis ao negócio.
3. O documento descreve o caso da Ghost Online e como a aplicação de métricas e ferramentas como ITIL e COBIT agregaram
O documento discute a gestão do conhecimento e conceitos relacionados como dados, informações e conhecimento. Apresenta as dimensões tácita e explícita do conhecimento e discute inovação incremental e disruptiva. Aborda a importância da inovação organizacional e aberta para o setor público.
O documento discute os desafios para o governo eletrônico no Brasil e em outros países. Apesar de grandes investimentos em tecnologia da informação, pesquisas mostram que os serviços online e a participação do cidadão ainda são limitados. Isso ocorre porque fatores não tecnológicos, como processos, pessoas e estrutura organizacional, recebem pouca atenção. Para ter sucesso, o governo eletrônico deve evoluir para um modelo de "governo da inovação" que considere várias dimensões de forma integrada
O documento discute a avaliação da gestão do conhecimento e da inovação no governo de São Paulo. A avaliação identificou que as áreas de governança, cultura organizacional, gestão da informação, redes de colaboração, aprendizados e métricas precisam ser aprimoradas para melhorar a inovação. O documento propõe ações para cada uma dessas áreas a fim de acelerar a criação e disseminação do conhecimento no governo.
O documento discute novos formatos organizacionais para o setor público na era do conhecimento. Ele argumenta que as organizações públicas precisam se adaptar para priorizar a criação e compartilhamento de conhecimento e estabelecer um ambiente favorável à inovação contínua. Algumas mudanças sugeridas incluem adotar uma visão sistêmica, colocar as pessoas no centro, usar novas técnicas gerenciais e diminuir a hierarquia para permitir maior criatividade.
Este documento descreve um curso sobre gestão do conhecimento e inovação no setor público para o Corpo de Bombeiros de São Paulo. O curso aborda três módulos ao longo de dois dias e tem como objetivo sensibilizar os bombeiros para os desafios trazidos pela era do conhecimento. O documento também discute a importância da inovação organizacional para o setor público.
O documento discute os desafios do setor público na era do conhecimento, incluindo a dificuldade em regular novos modelos de negócios, gerenciar problemas complexos, e manter a prestação de serviços públicos diante de novas tecnologias. Profissionais do direito precisam se adaptar a esta nova realidade desenvolvendo novas habilidades.
Dados públicos devem servir além do próprio governo, devem ser matéria prima para a transparência, para a construção de novos serviços e para a criação de novos negócios pela sociedade. Este é objeto deste trabalho conjunto entre os governo paulista e britânico
O documento discute as mudanças necessárias no setor público para acompanhar a era do conhecimento, incluindo mudanças culturais, educacionais, organizacionais, metodológicas e tecnológicas. Defende que o governo precisa reposicionar seu "radar" para incentivar a criação e compartilhamento de conhecimento e promover inovações que garantam sua efetividade.
Este documento discute la necesidad de reformar las administraciones públicas para desburocratizarlas. Propone combinar principios como la centralización y el policentrismo, la jerarquía y la poliarquía, y la especialización y la policompetencia. También argumenta que la democracia necesita regenerarse a través de reformas en la sociedad, la educación y la ética para fortalecer la responsabilidad y la solidaridad ciudadanas.
O documento discute os desafios dos governos do século XXI e o papel das escolas de governo em capacitar servidores públicos. Apresenta como as sociedades passaram por três eras econômicas e agora enfrentam mudanças disruptivas. Cita que os governos precisam lidar com uma nova agenda, mas se encontram envelhecidos. Finaliza discutindo como as escolas podem ajudar os governos por meio de capacitação, redes de conhecimento e laboratórios de inovação.
Este documento discute a importância da inovação organizacional no setor público. Ele descreve como o governo de São Paulo vem promovendo a inovação através de iniciativas como a capacitação de servidores, a criação de laboratórios de inovação e programas para estimular o pensamento criativo. Também discute o papel das escolas de governo em apoiar a inovação através da qualificação dos servidores.
- Fornecer um panorama dos principais desafios que pautarão a atuação das empresas públicas ao longo dos próximos anos.
- Levantar e discutir métodos, técnicas e ferramentas gerenciais inovadoras que melhor as qualifiquem para o desempenho de suas atribuições, em tempos de mudanças aceleradas e predomínio da incerteza.
O documento discute como as previsões sobre o futuro e a inovação costumam estar erradas, citando várias previsões de especialistas que se mostraram incorretas ao longo do tempo. O texto reflete sobre como é difícil aceitar mudanças e conclui que, felizmente, sempre haverá aqueles que enxergam além de seu tempo, como Abraham Lincoln.
Este documento fornece 10 dicas para construir uma cidade inovadora: 1) não ter medo da tecnologia, 2) transformar cidadãos em colaboradores, 3) sentir a cidade, 4) juntar ideias e colocá-las em prática.
Este documento fornece 10 dicas para construir uma cidade inovadora: 1) não ter medo da tecnologia, 2) transformar cidadãos em colaboradores, 3) sentir a cidade, 4) juntar ideias e colocá-las em prática.
O documento discute a importância de programas de capacitação para o setor público que foquem na inovação e na aplicação prática de novas habilidades. Ele propõe um programa de capacitação "360 graus" com cinco vetores principais, incluindo a formação de uma cultura inovadora e o uso de métodos pedagógicos que privilegiem a aplicação e a inovação.
Mais de Secretaria de Governo do Estado de São Paulo (20)
Capacitação 360°: Da cultura inovadora a aplicação - Sumário Executivo
Clad 2006 português final
1. I-GOV: O Futuro é Inovação
Roberto Meizi Agune1
José Antônio Carlos2
“A melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo”
Alan Kayi
I. Introdução
A principal preocupação do presente texto será evidenciar os limites da tecnologia da
informação nos processos de modernização do setor público. Embora indispensável para trazer
o estado até a era do conhecimento, a visão de que só a tecnologia fará essa transposição nos
parece completamente equivocada. Para sustentar nossa hipótese, vamos nos valer de alguns
dados, muito recentes, obtidos de pesquisas efetuadas na área de governo eletrônico, sobre as
quais falaremos, em detalhes, no item inicial deste trabalho.
Essas cifras mostrarão um quadro, a um só tempo, preocupante e desafiador. Preocupante,
pois os números que iremos apresentar mostram que, após mais de dez anos de significativos
gastos em tecnologia da informação, os avanços na área de governo eletrônico, de maneira
geral, ficaram abaixo das expectativas. Em outras palavras, a população – o cidadão – não
dispõe hoje de um elenco de serviços on-line compatível com os investimentos feitos.
Acreditamos que prometemos mais do que realmente conseguimos entregar. Segundo nosso
sentimento, essa situação evidencia que o gasto em tecnologia é apenas uma parte do
problema. Tal cenário, ainda que sombrio, deve ser considerado, também, bastante desafiador.
Ele nos obriga a examinar e tentar compreender a importância de outras dimensões, não
tecnológicas, que sejam estratégicas para a modernização das organizações, de modo a inseri-
las na era do conhecimento, na qual estamos apenas ingressando. Neste trabalho,
gostaríamos de abordar, além da tecnologia, mais quatro dimensões: os princípios subjacentes,
as pessoas envolvidas, os processos a serem reinventados e a estrutura organizacional a ser
adotada (Figura I ). Temos plena convicção de que somente considerando a tecnologia nesse
contexto ampliado é que poderemos resgatar a idéia de um governo moderno e efetivo, não
mais como E-Gov, mas como I-Gov, ou seja, governo da inovação.
1
Superintendente do Núcleo de Capacitação em TIC, Compras Governamentais e Serviços
Terceirizados da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap).
2
Consultor da Fundap, coordenador dos cursos de Gestão do Conhecimento.
FIGURA I – O SETOR PÚBLICO NA ERA DO CONHECIMENTO
Visão Integrada
TIC PESSOAS
PRINCÍPIOSPROCESSOS
ESTRUT.
ORGANIZAC.
O SETOR PÚBLICO
NA ERA DO
CONHECIMENTO
FIGURA I – O SETOR PÚBLICO NA ERA DO CONHECIMENTO
Visão Integrada
TIC PESSOAS
PRINCÍPIOSPROCESSOS
ESTRUT.
ORGANIZAC.
O SETOR PÚBLICO
NA ERA DO
CONHECIMENTO
TICTIC PESSOASPESSOAS
PRINCÍPIOSPRINCÍPIOSPROCESSOSPROCESSOS
ESTRUT.
ORGANIZAC.
ESTRUT.
ORGANIZAC.
O SETOR PÚBLICO
NA ERA DO
CONHECIMENTO
O SETOR PÚBLICO
NA ERA DO
CONHECIMENTO
2. II. Quadro Preocupante
Para dar mais concreção ao que dissemos, vamos analisar o que mostram alguns importantes
estudos recentemente desenvolvidos no Brasil e na Europa (Espanha e Portugal) sobre o grau
de desenvolvimento do governo eletrônico em nível local.
De início, vamos falar sobre o estudo “Análise do Desenvolvimento do Governo Eletrônico
Municipal no Brasil”, conduzido pelo Prof. Norberto Torres3
, no 1° semestre de 2006. Esse
circunstanciado trabalho pesquisou os sítios na Internet de 286 cidades brasileiras, objetivando
averiguar a efetiva oferta de serviços eletrônicos aos cidadãos trazida por tais páginas. Os
resultados apontados não são nada alentadores. Vejamos, em síntese, os principais aspectos
apontados no referido estudo:
1. O grau médio de governo eletrônico é muito baixo (segundo a classificação adotada pela
ONU – Organização das Nações Unidas).
2. Os municípios das regiões Sul e Sudeste do Brasil são os melhores em governo eletrônico.
3. Nem o tamanho do município, nem o seu nível de atividade econômica determinam o nível
de e-gov promovido.
4. Em geral, é muito baixo o grau de oferta de serviços mais abrangentes e integrados
disponibilizados ao cidadão.
5. Pouco se atingiu em termos de transações on-line e é absolutamente insignificante o
avanço da integração aberta com a sociedade, ou seja, a e-democracia.
Outro importante trabalho sobre a efetividade do Governo Eletrônico, este no âmbito do
administração federal, foi realizado pelo Tribunal de Contas da União – TCU4
. Vejamos
algumas das conclusões apontadas neste documento:
1. O governo não tem conseguido usar a internet para evitar filas e melhorar o atendimento a
mais de 30 milhões de usuários com acesso à rede mundial.
2. A maioria das páginas destinadas a serviços públicos apresentam problemas de
navegação, penalizando o usuário que tenta buscar atendimento. Além disso, a maioria
dos serviços eletrônicos oferecidos não permite que os mesmos sejam totalmente
executados pela rede.
3. Muitos dos recursos originalmente dedicados ao Governo Eletrônico, programa
essencialmente transversal, são desviados para suprir demandas específicas dos
ministérios.
4. Os progressos ocorridos são, em grande parte fruto de esforços isolados de alguns
gestores e não reflexo de uma política pública mais compreensiva sobre o tema. Não há,
ademais, campanhas consistentes de estímulo ao uso da internet para realização de
serviços.
5. Os programas vinculados ao Governo Eletrônico não possuem caráter continuado sendo
desativados ou superpostos, ao sabor de interesses políticos.
3
Chefe do Departamento de Informática da Fundação Getúlio Vargas (FGV – São Paulo) e
Diretor do TecGov.
4
Relatório de Auditoria da Natureza Operacional voltada para as atividades desenvolvidas no
Programa de Governo Eletrônico, relatado pelo Ministro Valmir Campelo, acórdão 1386/2006 –
Plenário, processo 015.001/2005-5.
3. A frustração não é, entretanto, “privilégio” nacional. Outra alentada pesquisa, denominada
“Análise do Desenvolvimento do Governo Eletrônico Municipal em Portugal e Espanha”,
conduzida pelo professor José Esteves5
, realizada igualmente no 1° semestre de 2006,
abrangendo 39 cidades portuguesas e 91 cidades espanholas, mostra números e situações
não menos eloqüentes. Desse trabalho, gostaríamos de destacar as seguintes conclusões:
1. O grau de desenvolvimento de governo eletrônico é muito baixo.
2. Pouquíssimas cidades atingem um nível de excelência em e-gov local.
3. Poucas cidades oferecem os serviços de e-gov considerados básicos.
4. Poucas cidades oferecem e-serviços de participação ao cidadão.
5. Muitas cidades oferecem operações on-line, mas, na maioria, essas operações não podem
ser realizadas completamente on-line.
6. Quase todas as cidades têm e-mail – fale conosco –, mas isso não significa que o cidadão
obtenha respostas às suas indagações.
Nada, portanto, muito diferente do que foi encontrado nos dois estudos internos citados
anteriormente.
Não obstante os investimentos maciços realizados em tecnologia, quais os motivos para que
nos deparemos, ainda, com conclusões tão desalentadoras? Nossa experiência de mais de
uma década em projetos de modernização do setor público nos permite relacionar alguns
pontos que julgamos relevantes para essa discussão:
1. Pouca atenção é dada aos aspectos extratecnológicos envolvidos. É importante destacar
que não acreditamos que se possa mudar o governo sem o recurso das novas tecnologias,
mas atribuir exclusivamente a elas esse poder transformador é simplificar uma questão
complexa.
2. A modernização governamental não pode ficar circunscrita a um único setor ou saber. Ela
é intrinsecamente intersetorial e multidisciplinar. Tentar resolver problemas que envolvem
diversas dimensões, exclusivamente de uma ótica tecnocrática, na qual jargões técnicos se
sobrepõem ao entendimento do verdadeiro sentido do setor público, afasta das discussões
quem mais conhece os problemas de governo.
3. Os processos, os sistemas e os aplicativos do mundo “pré-web" têm sido simplesmente
transportados para o ambiente “pós-web", sem a devida revisão e sem os redesenhos
necessários. É preciso, antes, entender melhor os desafios de uma sociedade pós-
industrial, a sociedade do conhecimento, para não corrermos o risco de oferecer produtos
com prazos de validade vencidos.
4. O governo só ingressará na era do conhecimento e da inovação quando a questão for
tratada de forma prioritária. Isso significa, de início, colocar tal questão na agenda política,
fato que até agora não vem ocorrendo de forma sistemática. Os programas, planos e
projetos envolvendo a tecnologia da informação devem merecer tratamento estratégico, e
as ações de curto, médio e longo prazos, por eles propugnadas, devem ser devidamente
“consensuadas” com os diversos setores da sociedade, de alguma forma envolvidos com a
questão, uma vez que a visão aqui proposta não cabe realizá-la no estrito âmbito do
governo, que, ao contrário, deverá buscar parceiros no segmento privado. É bom termos
em mente que, na sociedade do conhecimento, uma infra-estrutura de banda larga é tão ou
mais importante do que uma estrada, por exemplo, mas poucos têm plena consciência
5
Professor da Escola de Administração de Madrid e Diretor da Cátedra Software AG Alianza
Sumaq em Governo Eletrônico.
4. disso, fora do segmento técnico, embora esse tema e os seus desdobramentos extrapolem
fortemente tal escalão.
III. Rumo ao I-Gov
Que problemas devemos superar para chegar ao ambicionado I-Gov? Primeiro, temos de
observar e entender que a sociedade na qual estamos ingressando, a do conhecimento, é
muito distinta da sociedade industrial, da qual estamos agora começando a desembarcar. Isso
não significa dizer que o fator de produção “conhecimento” seja primazia dos dias atuais. Ao
contrário, ao longo dos tempos, capital, mão de obra, terra e conhecimento sempre foram
fatores de produção relevantes. O diferencial de nossos dias está na hierarquia entre esses
fatores. Hoje, há um comando inequívoco do conhecimento sobre os demais. Sementes
resistentes a pragas, ovos com baixo nível de colesterol, tecidos que não mancham, sistemas
especialistas de análise de crédito, por exemplo, são produtos que apresentam uma
característica comum, todos têm seu preço determinado pela carga de conhecimento que
trazem dentro dele. Ele é a grande fonte de riqueza. Ele comanda os demais.
Se observarmos os grandes períodos econômicos da história da humanidade, veremos que
nos 10 mil anos da era agrícola, ou nos 300 anos da era industrial, tínhamos a predominância
do músculo sobre o intelecto. Por exemplo, ao observar a linha de montagem de suas fábricas,
Henry Ford dizia que bom empregado é o que deixava a cabeça (o intelecto) em casa. O ato de
pensar atrasava a linha de montagem, como ficou brilhantemente demonstrado no clássico
“Tempos Modernos”, de Charles Chaplin. A organização burocrática predominava.
Esses paradigmas começaram a ser contestados com o surgimento, ainda desigual, da
chamada sociedade da informação, mais recentemente rebatizada de sociedade do
conhecimento. Nela, as organizações cada vez mais se estruturam e trabalham em rede. A
necessidade de criar e inovar para permanecer vivo conduz ao predomínio do intelecto sobre o
músculo ( Figura II ).
Como mensurar o valor do intelecto, já que ele é desprovido de dimensão física, ou seja, não
tem peso, não é visível. A maneira mais simples de entendermos esse processo consiste em
lhe atribuir um valor monetário, medida universal de rápida compreensão. Peguemos, como
exemplo, o caso da evolução recente da receita externa dos Estados Unidos com a venda de
conhecimento (bens intangíveis como softwares, patentes, royalties, serviços de consultoria,
bens culturais etc.). Em 1994, de cada US$ 100 vendidos, apenas US$ 3 provinham desse tipo
de produtos. Em 1999, para cada US$ 100 vendidos, o conhecimento já respondia por US$ 17.
Em 2002, último ano para o qual se dispõe desse tipo de estatística, a escalada continuava: de
cada US$ 100 vendidos, US$ 25 provinham da venda do conhecimento.
Fonte dos Elementos Básicos: Angeloni, Maria Teresa. 6ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional.
Florianópolis, maio 2005.
10 mil anos
300 anos
algumas
décadas
ondas do
músculo
ondas do
intelecto
?
FIGURA II – Músculo X Intelecto
Organização Burocrática Organização em Rede
Fonte dos Elementos Básicos: Angeloni, Maria Teresa. 6ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional.
Florianópolis, maio 2005.
10 mil anos
300 anos
algumas
décadas
ondas do
músculo
ondas do
intelecto
?
Fonte dos Elementos Básicos: Angeloni, Maria Teresa. 6ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional.
Florianópolis, maio 2005.
10 mil anos
300 anos
algumas
décadas
ondas do
músculo
ondas do
intelecto
?
10 mil anos
300 anos
algumas
décadas
ondas do
músculo
ondas do
intelecto
?
FIGURA II – Músculo X Intelecto
Organização Burocrática Organização em RedeOrganização Burocrática Organização em RedeOrganização Burocrática Organização em Rede
5. Isso não é tudo! Se agregarmos aos itens anteriormente citados certos bens tangíveis que
sejam intensivos em conhecimento, ou seja, equipamentos que, embora possuam dimensão
física, têm o seu valor de mercado ditado predominantemente pelos componentes intangíveis
que carregam dentro dele, como aviões, computadores, robôs (só para citar alguns),
verificaremos que a participação do conhecimento, ainda em 2002, salta para impressionantes
70%.
Embora não tenhamos cifras consolidadas para períodos mais recentes, é fácil perceber que o
conhecimento, com o decorrer do tempo, vai consolidando, ainda mais, sua posição de
liderança nessa nova economia. Ele é o fator estratégico que viabiliza o fortalecimento da
informática de consumo, a opulência do mercado de softwares, a massificação do uso do
telefone celular, a popularização da internet e, mais recentemente, o advento da televisão
digital.
Outra faceta dessa economia, liderada pelo conhecimento, diz respeito à diminuição do tempo
necessário para que certos produtos emblemáticos alcancem grandes parcelas de mercado. O
telefone, por exemplo, levou 74 anos para atingir 50 milhões de usuários; o rádio, 38; o
computador pessoal, 16; a televisão, 13; o celular, 5; a internet, 4; e o comunicador pessoal via
computador “skype”, apenas 22 meses.
Essa variedade de produtos, cada vez mais convergente, despejada no mercado a preços cada
vez mais competitivos, altera rapidamente modelos, hábitos e costumes que a sociedade
industrial julgava “imutáveis”. Estes novos tempos mostram uma sociedade globalizada,
sofisticada, competitiva, em constante transformação cultural, porém, infelizmente, ainda
bastante desigual.
Nesse cenário, estão em queda livre o trabalho sem qualificação, as organizações grandes e
lentas, a produção padronizada e o excesso de níveis hierárquicos. Em contrapartida, estão em
alta a visão compreensiva, a criatividade, a agilidade, as organizações enxutas e inovadoras, a
produção flexível e a articulação em rede.
Esse modus operandi, em que prevalece a mudança, dificulta a “modelagem” do amanhã. Na
sociedade industrial, o futuro era construído predominantemente pela extrapolação do passado
e pela repetição. Nada mudava – tudo deveria funcionar como vinha ocorrendo há anos e até
há séculos. O bom funcionário não deveria “inventar"; ao contrário, deveria, única e
exclusivamente, executar o que lhe era determinado. Tudo o que poderia acontecer na
organização estava previsto nos manuais. Mudar era pecado.
Mas nestes novos tempos, na “sociedade do conhecimento”, a situação mudou drasticamente.
O amanhã será ditado, fundamentalmente, pela ruptura com o passado, pela mudança. E onde
predomina a incerteza, cabe a experimentação. O imprevisto nunca estará contemplado nos
manuais, peças de pouca utilidade para o trato de novos problemas e desafios. O mapa da
“mina” nunca estará pronto; ao contrário, estará sempre em construção. Criatividade, inovação,
trabalho em equipe, liderança e integração são fundamentais para impedir que o “barco vire” e
“afunde”.
O governo, como qualquer organização, ou percebe essa transformação, ou vai, certamente,
perder a corrida. E o que significa, para um governo, “perder a corrida”, se ele não vai à
falência, não fecha suas portas? Para o setor público, perder a corrida significa ficar à margem
das mudanças, significa perder legitimidade, perder autoridade.
O aumento da insatisfação com excessos burocráticos, o anacronismo da legislação, a
morosidade da justiça, a sonegação, a informalidade, o caixa 2, o crescimento de espaços
dominados por máfias e narcotraficantes são sintomas que devem ser monitorados e
analisados com a devida atenção.
Se perdermos essa batalha, teremos um setor público sucateado, pouco representativo dos
anseios da cidadania, colocando em risco a própria democracia. Se, ao contrário,
conseguirmos inserir o governo na era do conhecimento, estaremos montando uma estrutura
inteligente, capaz de compreender problemas complexos e adotar soluções inovadoras. A
6. complexidade dos problemas a serem enfrentados mostra que a luta pela criação de um
governo inovador, aqui denominado I-Gov, não é um exercício tecnocrático calcado na pura e
simples distribuição de computadores.
O governo que gostaríamos de ver construído está centrado na priorização da produção e uso
do conhecimento organizacional, com vistas a promover melhorias dos processos de governo e
a valorizar a inovação como prática de trabalho. Inovação entendida, aqui, como a idéia mais a
sua implementação, mais a aferição de resultados.
Esse esforço deve ocorrer em todos os escalões, em todos os setores. Nas organizações do
passado, só alguns especialistas – “gênios” – podiam criar, inventar e inovar. Aos demais
cabia executar as ordens e seguir os processos definidos. Hoje, nas organizações do
conhecimento, o que se espera é que todos sejam “gênios”, tenham idéias a serem
implantadas para gerar resultados.
Nesse quadro complexo e mutante, a visão não pode mais ser tecnocentrada. Computadores e
sistemas de informação de alta estruturação são apenas a “ponta do iceberg” da efetiva
modernização. Trabalhar somente nessa dimensão irá conduzir sempre a uma errônea e
custosa percepção de que velhas estruturas podem ser arejadas com a simples descarga de
novidades tecnológicas. Pode ser bonito, mas não resolve.
A visão tem de ser compreensiva – todas as dimensões devem ser devidamente integradas
para que, juntas, possibilitem a criação e a repercussão do conhecimento, riqueza maior da
organização moderna, pública ou privada.
Princípios, estrutura organizacional, pessoas, processos e tecnologia fazem parte de um todo,
inseparável. Deixar de lado qualquer dessas facetas pode ser até confortável, pode dar menos
trabalho, mas o resultado será sempre a frustração. Vejamos, rapidamente, cada uma dessas
dimensões.
– Princípios
Princípios devem sempre nortear as ações de governo. A ética, a transparência, o foco na
cidadania, a orientação para qualidade e a universalização do serviço público são atitudes que,
se deixadas de lado, transformam a tecnologia em simples embalagem moderna para
procedimentos nem sempre “saudáveis". E é possível levar princípios a sério no setor público?
Certamente que sim! O programa Poupatempo de prestação de serviços presenciais do
Governo do Estado de São Paulo, por exemplo, é um caso emblemático, em que todas essas
preocupações estão presentes.
– Estruturas organizacionais
Estruturas organizacionais rígidas e cheias de níveis hierárquicos devem ser substituídas pelo
trabalho em equipe, favorecendo a criatividade e o desenvolvimento de novas competências
individuais, a atribuição de responsabilidades e a agilidade na gestão dos processos. O
trabalho está cada vez mais associado à montagem de redes. Internamente, elas envolvem
toda a organização, pois a horizontalização está a cada dia mais presente nas ações
governamentais. Externamente, elas estão presentes nas relações com o cidadão, com as
universidades e com demais parceiros.
– Pessoas
As pessoas são a “chave” para trazer o governo para a era do conhecimento. Para tanto, elas
devem ser estimuladas para a reflexão e para o exercício do espírito crítico, o que só pode ser
obtido por meio de um intenso, contínuo e ousado programa de capacitação para o servidor
público. Essa providência deve estar articulada aos esforços de profissionalização do governo,
em que o mérito passe a ser critério incontestável e ingerências políticas sejam rejeitadas.
Programas de premiação e gratificação que estimulem a busca de novas soluções devem, da
7. mesma forma, ser implantados. Com preocupações desse tipo, teremos um governo,
progressivamente com menos “chefes” e mais líderes de projetos complexos.
– Processos
A revisão, a simplificação e a integração dos processos básicos do governo constituem o
momento de colocar idéias na prática, de fazê-las funcionar, de acabar com duplicidades, de
entregar novos serviços à população. Processos inovadores não surgem ao acaso e não
possuem fórmulas preestabelecidas, concebidas por técnicos que nada sabem sobre serviços
de governo e que, muitas vezes, são colocadas “goela” abaixo dos servidores. O ato de
modernizar processos é um caso típico em que a indispensável “inspiração”, sem a qual não se
inova, deve conviver com a “transpiração”, o que implica ouvir muitas pessoas de distintos
saberes e diferentes setores que tenham, no entanto, como amálgama o conhecimento do
problema e a vontade de construir uma sociedade melhor. A montagem de processos
inovadores dispensa totalmente soluções prontas.
– Tecnologia
Por fim, a tecnologia, sem a qual os esforços anteriores não ganham volume, velocidade e
distância necessários. A tecnologia deve estar sempre submetida às prioridades de governo, e
seu uso deve ser instigador de inovações que superem a burocracia e as hierarquias rígidas,
ajudando a derrubar muralhas e a fortalecer a noção de um só governo, operando em rede,
voltado para o atendimento à cidadania, 24 horas por dia, sete dias por semana. Deve permitir,
ainda, a criação de um governo multicanal, que se comunique com a população usando, a
favor desta, toda potencialidade que a convergência digital nos oferece (voz sobre IP, serviços
via celular, TV digital, quiosques multimídia etc.), abreviando prazos e melhorando serviços.
IV. Recomendações e Conclusões
Ao encerrarmos este texto, gostaríamos de levantar alguns pontos que, segundo nossa
experiência, são fundamentais para trazer o setor público para a era do conhecimento,
tornando-o, de fato, uma organização afinada com a nova economia e com a nova cidadania,
demandante crescente de serviços públicos de qualidade. Nesse quadro, parece-nos
imprescindível:
a) Fomentar a profissionalização do serviço público, revisando os cargos e carreiras, e
ampliando o espaço dos cargos de carreira, preenchidos mediante concurso.
b) Promover profunda revisão legal que facilite o ingresso do setor público na era do
conhecimento.
c) Estabelecer novas formas de remuneração vinculadas à produtividade.
d) Estimular o trabalho em equipe, transdisciplinar e intersetorial.
e) Criar, dentro de cada órgão, fábricas de inovação, utilizando a gestão do conhecimento
como modelo conceitual.
f) Utilizar, de forma crescente, as novas tecnologias para “azeitar” a máquina pública, agilizar
e aprimorar a entrega de serviços à população.
Sabemos que essas mudanças não estão circunscritas à máquina pública, inserindo-se em um
painel mais amplo, no qual o setor público estimula e é estimulado por mudanças globais. Essa
visão ampliada do papel esperado do setor público em suas relações com o ambiente externo,
8. que nos ajuda a entender de forma mais compreensiva a magnitude dos esforços a serem
levados avante, é cuidadosamente abordada em alentado trabalho sobre a Sociedade do
Conhecimento6
, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2005.
Apresentamos, na seqüência, alguns comentários efetuados na conclusão do referido
documento, os quais guardam grande complementaridade com os pontos relacionados neste
artigo.
1. A formação de habilidades para a produção em massa de conhecimento constitui o
principal agente de transformação de uma sociedade e não a mera aparência trazida
pelas modernas tecnologias da informação. Pessoas capacitadas e informações
qualificadas são os principais ativos dessa nova sociedade e atestam um real padrão
de mudança.
2. O ingresso nessa sociedade implica a progressiva transformação das organizações
públicas e privadas – e até mesmo da sociedade como um todo – em “espaços
compartilhados de criação de conhecimento”.
3. Para fazer com que essa transição para a sociedade do conhecimento ocorra de fato,
os governos deverão reinventar-se, tendo como foco a produção de valor para a
sociedade e a regulação dos mercados com vistas à competitividade.
4. Na área específica de criação e utilização do conhecimento, cabe ao setor público
formular políticas públicas e construir orçamentos com prioridades compatíveis com a
era da produção em massa do conhecimento.
5. Os políticos e a elite empresarial, a mídia aí incluída, deverão ser estimulados a
entender o alcance das mudanças em curso, uma vez que o apoio ou a oposição
desses segmentos facilitará ou atrasará o processo de transição. Compreensão do
problema, debate, convencimento e aprendizagem serão os veículos mais eficientes
para esse estímulo.
6. À cidadania caberá demandar mudanças. Sem sinais claros e fortes emanados dos
cidadãos, os segmentos citados no item 5 tenderão a lutar pela preservação do status
quo. É no contexto da sociedade civil que a diversidade, a criatividade e a mudança
cultural têm suas primeiras manifestações. É importante também que a cidadania, por
meio de suas representações e lideranças, perceba a força das mudanças sociais e
econômicas, bem como as implicações dos novos ventos sobre tais segmentos.
7. A universidade terá importante papel na mudança de paradigmas dos segmentos antes
mencionados e deverá ser estimulada, dentre outras formas, mediante uma sólida e
criativa produção acadêmica de pensamento sobre os novos tempos.
Por tudo que foi aqui abordado, fica claro que a implantação, em bases sérias, do Governo da
Inovação está bem distante de ser uma tarefa simples. A complexidade dos temas a serem
tratados, a mudança de modelos mentais envolvida, a desconstrução da visão burocrática
arraigada existente no setor público, as mudanças legais requeridas e o indispensável choque
de capacitação – somados a vários outros obstáculos, apontados ao longo do trabalho, e
reforçados pelos sete pontos destacados acima – mostram que esta é uma empreitada de
fôlego. Não há, no entanto, espaço para a inação. O cruzar os braços e o fechar os olhos
fortalecem o problema e enfraquecem a credibilidade do setor público, no geral.
Nossa crença, entretanto, é que esforços articulados com vistas à montagem de um estado
moderno ocorrerão inevitavelmente, quer sejam eles motivados por uma agenda inovadora,
construída por políticos com visão de estadista e sensibilidade para o problema, quer sejam
motivados como resposta da sociedade civil à decadência e à desmoralização do estado. A
fábula a seguir, na qual o avô conversa com seu neto, mencionada ao término do referido
6
Understanding Knowledge Societies – In twenty questions and answers with the Index of
Knowledge Societies, Department of Economic and Social Affairs, United Nations, New York,
2005.
9. trabalho da ONU, atribuída aos índios norte-americanos, serve de metáfora para essa situação.
Façam suas apostas!
– Eu tenho dois lobos lutando dentro do meu coração. Um é bom e outro é mau.
– Qual deles irá vencer, vovô? – pergunta o neto.
E o avô responde:
– Aquele que nós alimentarmos!
10. i
Alan Kay foi responsável por inventar a Orientação a Objetos, o “Dynabook”, a primeira idéia de um
computador portátil, com tela gráfica, conectado por uma rede sem fio, destinado ao uso em escolas, e
com o sistema de janelas representando o Desktop. Kay descreve o laboratório como um local onde as
mentes criativas reuniam-se em torno de sonhos, e não de objetivos. Para ele, o contexto invisível do
laboratório e de sua comunidade “catalisava muitos pesquisadores para se tornarem pensadores e
sonhadores incrivelmente melhores”.