O documento descreve o que é um perfil jornalístico, diferenciando-o de uma biografia. Um perfil jornalístico retrata aspectos marcantes da vida de uma pessoa como se fossem fatos, enquanto uma biografia descreve a vida integral de forma impessoal. O documento também explica a estrutura da jornada do herói comum em perfis e como o gênero se popularizou em revistas a partir da década de 1930, destacando a The New Yorker.
O documento resume as principais escolas e hipóteses das teorias da comunicação, incluindo: 1) a teoria hipodérmica que sugere uma conexão direta entre mensagens e comportamento; 2) o modelo de Lasswell que analisa quem diz o quê, por qual canal, a quem e com que efeito; 3) a abordagem empírico-experimental que considera fatores psicológicos que afetam os efeitos das mensagens.
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoLaércio Góes
O documento discute os Estudos Culturais, uma disciplina que analisa a cultura como uma construção social heterogênea influenciada pelas relações de poder. Originaram-se na Inglaterra na década de 1960 e enfatizam que a cultura popular não é passiva, mas sim ativa e pode ser usada para resistência. Os Estudos Culturais também analisam como os meios de comunicação representam e formam significados culturais e identidades.
O documento descreve a história da mídia no Brasil desde o período pré-independência até os dias atuais. Aborda os principais pontos como: a chegada da imprensa com a família real portuguesa em 1808; o surgimento dos primeiros jornais independentes após 1820 defendendo ideais liberais; a profissionalização da imprensa no século XIX com investimentos em novas tecnologias; e a concentração e controle da mídia nas décadas de 1960-1980 com o desaparecimento de muitos veículos
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperRTimponi
1) O documento discute os efeitos a longo e curto prazo dos meios de comunicação de massa e como eles constroem a imagem da realidade social.
2) Apresenta três importantes estudos sobre os efeitos da mídia: agenda setting, newsmaking e gatekeeper.
3) O agenda setting descreve como a mídia influencia os temas sobre os quais o público falará.
O documento discute três teorias sobre jornalismo: a teoria estruturalista, que vê as notícias como produtos que reproduzem a ideologia dominante; a teoria construcionista, que vê as notícias como construções sociais em vez de reflexos da realidade; e a teoria interacionista, que vê as notícias como resultado da interação entre jornalistas e fontes dentro dos limites do processo jornalístico.
Método formulado para estudar a Comunicação acabou aceito como paradigma teórico.
Laswell pretendia apresentar uma alternativa à Teoria Matemática da Comunicação (Shannon e Weaver), focada muito mais nas condições técnicas de transmissão da mensagem, do que propriamente na mensagem e em seus efeitos.
O documento descreve o que é um perfil jornalístico, diferenciando-o de uma biografia. Um perfil jornalístico retrata aspectos marcantes da vida de uma pessoa como se fossem fatos, enquanto uma biografia descreve a vida integral de forma impessoal. O documento também explica a estrutura da jornada do herói comum em perfis e como o gênero se popularizou em revistas a partir da década de 1930, destacando a The New Yorker.
O documento resume as principais escolas e hipóteses das teorias da comunicação, incluindo: 1) a teoria hipodérmica que sugere uma conexão direta entre mensagens e comportamento; 2) o modelo de Lasswell que analisa quem diz o quê, por qual canal, a quem e com que efeito; 3) a abordagem empírico-experimental que considera fatores psicológicos que afetam os efeitos das mensagens.
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoLaércio Góes
O documento discute os Estudos Culturais, uma disciplina que analisa a cultura como uma construção social heterogênea influenciada pelas relações de poder. Originaram-se na Inglaterra na década de 1960 e enfatizam que a cultura popular não é passiva, mas sim ativa e pode ser usada para resistência. Os Estudos Culturais também analisam como os meios de comunicação representam e formam significados culturais e identidades.
O documento descreve a história da mídia no Brasil desde o período pré-independência até os dias atuais. Aborda os principais pontos como: a chegada da imprensa com a família real portuguesa em 1808; o surgimento dos primeiros jornais independentes após 1820 defendendo ideais liberais; a profissionalização da imprensa no século XIX com investimentos em novas tecnologias; e a concentração e controle da mídia nas décadas de 1960-1980 com o desaparecimento de muitos veículos
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperRTimponi
1) O documento discute os efeitos a longo e curto prazo dos meios de comunicação de massa e como eles constroem a imagem da realidade social.
2) Apresenta três importantes estudos sobre os efeitos da mídia: agenda setting, newsmaking e gatekeeper.
3) O agenda setting descreve como a mídia influencia os temas sobre os quais o público falará.
O documento discute três teorias sobre jornalismo: a teoria estruturalista, que vê as notícias como produtos que reproduzem a ideologia dominante; a teoria construcionista, que vê as notícias como construções sociais em vez de reflexos da realidade; e a teoria interacionista, que vê as notícias como resultado da interação entre jornalistas e fontes dentro dos limites do processo jornalístico.
Método formulado para estudar a Comunicação acabou aceito como paradigma teórico.
Laswell pretendia apresentar uma alternativa à Teoria Matemática da Comunicação (Shannon e Weaver), focada muito mais nas condições técnicas de transmissão da mensagem, do que propriamente na mensagem e em seus efeitos.
O documento descreve os conceitos básicos do jornalismo de dados, definindo-o como a prática de explorar e analisar grandes conjuntos de dados para produzir reportagens. Explica que envolve encontrar dados, interrogá-los, visualizá-los e combiná-los para descobrir novas informações. O resultado é usado para complementar matérias jornalísticas, enriquecendo o trabalho do jornalista.
O documento apresenta a Teoria Organizacional do jornalismo de Warren Breed, que vê o jornalista como funcionário submisso à política editorial da empresa jornalística onde trabalha. Segundo a teoria, as notícias resultam da interação social dentro da redação e são influenciadas pelo fator econômico, visando lucro. Os jornalistas têm autonomia limitada e tendem a se conformar com as normas da organização para evitar punições e obter recompensas no trabalho.
Laboratório de Comunicação Popular - Aula 1Diedro Barros
Primeira apresentação de slides do Laboratório de Comunicação Popular, projeto da Escola Sesc de Ensino Médio, reformulada para o ano de 2015.
O que é Comunicação? História e conceitos básicos.
- Como surgiu a Comunicação (Comunicação pré-Imprensa; Idade Média e surgimento da Imprensa; A difusão da Imprensa e a participação na política mundial; A Comunicação no Brasil);
- Processos de Comunicação (Comunicação Interpessoal; Comunicação de Massa / Como se dá a Comunicação).
O documento discute o pensamento contemporâneo francês sobre comunicação, mencionando teóricos como Edgar Morin, Roland Barthes e Pierre Bourdieu. Aborda temas como estruturalismo, semiologia, cultura de massa e análise de mitos na mídia.
O documento discute os conceitos de newsmaking e valores-notícia no processo de produção jornalística. Apresenta os critérios usados pelos jornalistas para selecionar e construir notícias, como frequência, amplitude, dramatização e personalização de eventos. Também destaca a influência das normas de produção e preferências editoriais sobre a autonomia do jornalista.
O texto discute como as tecnologias de informação e comunicação estão influenciando profundamente as sociedades e culturas contemporâneas. Apesar das mídias serem importantes veículos, a linguagem e comunicação são determinantes na formação cultural. As novas tecnologias integram-se às formas culturais existentes de maneira cumulativa e complexa.
A Folkcomunicação tem origem com Luiz Beltrão.
Para Beltrão, um dos grandes canais de comunicação coletiva é sem dúvida, o folclore. Das conversas de boca de noite, nas pequenas cidades interioranas, na farmácia ou na barbearia; da troca de informações trazidas pelo chofer de caminhão, pelo representante comercial ou pelo ‘bicheiro’, ou, ainda, pelos versos do poeta distante, impressos no folheto que se compra na feira (...) – é que a semente da informação germinou no espírito dos analfabetos
O documento discute os conceitos-chave da abordagem do newsmaking no jornalismo. Apresenta como os jornalistas selecionam os acontecimentos para noticiar levando em conta a cultura profissional e as restrições da organização do trabalho. Explora como os critérios de relevância definem a "noticiabilidade" de um evento e como os jornalistas "tornam notícia" aquilo que pode ser trabalhado dentro do fluxo normal de produção.
Este documento discute os conceitos de propaganda e publicidade, explicando as diferenças entre os termos e os objetivos de cada um. A propaganda visa fins ideológicos ou de promoção de ideias, enquanto a publicidade tem fins comerciais. O documento também descreve os diferentes tipos de propaganda, campanhas publicitárias e as etapas para criar uma campanha.
O documento descreve os passos para criação de uma campanha de marketing, incluindo definir objetivos, estratégias, táticas, criação da campanha, execução e acompanhamento. Ele discute a importância do planejamento, da definição de público-alvo e objetivos, além de apresentar diferentes tipos de linguagem que podem ser usados em campanhas.
Matriz: conceito de acumulação presente na hipótese de agenda setting, que destaca a onipresença da mídia como modificadora e formadora de opinião a respeito da realidade.
Opinião pública: tema central das reflexões relativas à espiral de silêncio feitas por Elisabeth Noelle Neumann.
Influência de processos de opinião pública no comportamento eleitoral.
Este documento descreve a Teoria Funcionalista da Comunicação. De acordo com esta teoria, os meios de comunicação de massa desempenham funções importantes para a manutenção da sociedade, como reforçar normas e valores sociais. A teoria também discute possíveis disfunções dos meios de comunicação, como provocar pânico em vez de vigilância consciente.
O jornal impresso em tempos de mídias digitaisAndrey Martins
O documento discute a evolução do jornalismo impresso para o digital, desde as origens do jornalismo até as mudanças causadas pela internet. Ele analisa especificamente a transição do jornal O Globo do impresso para várias plataformas digitais e redes sociais. A conclusão é que o jornalismo continua se adaptando às novas tecnologias e que o futuro trará mais integração entre versões impressas e digitais.
O documento resume a história do jornalismo ao longo dos séculos, desde seu surgimento na era da Ilustração até a atualidade. Apresenta como o jornalismo evoluiu de um veículo de disseminação de ideias políticas e críticas ao poder para um negócio capitalista focado em vendas e publicidade. No século 20, surge a indústria cultural e a comunicação de massa, levando o jornalismo a novas transformações e sua possível descaracterização.
O documento discute como o jornalismo está se adaptando à era digital, onde os leitores agora também são produtores de conteúdo e compartilham notícias em plataformas multiplataformas. Isso criou um ecossistema pós-industrial onde organizações de notícias não controlam mais a narrativa e precisam se adaptar, explorando novas formas de financiamento, produção, distribuição e engajamento do público.
Aula do módulo de Produção Gráfica e Editoração Eletrônica da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso para o semestre 2012.1 do curso de Comunicação Social da UFPB.
Há uma transformação tecnológica de dimensões históricas em curso atualmente: a integração de vários modos de comunicação em uma rede interativa.
Pela primeira vez na história, um mesmo sistema é capaz de integrar comunicação humana nas modalidades escrita, oral e audiovisual. Surge uma nova forma de comunicação baseada em hipertexto e metalinguagem.
Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA...Francilis Enes
O documento discute o conceito de cultura e sua evolução ao longo do tempo. Apresenta diferentes perspectivas sobre cultura, desde a concepção humanista e antropológica até a noção de cultura nas mídias digitais. Também aborda os principais traços da cultura, como sua natureza simbólica, padronização, dinâmica de mudanças e continuidade através das gerações.
O documento discute os principais conceitos da Cultura das Mídias segundo a autora Lúcia Santaella, incluindo semiótica, comunicação de massa, características das culturas das mídias, signos e linguagens das mídias, pós-modernismo, e a relação entre homem e máquinas.
O documento descreve os conceitos básicos do jornalismo de dados, definindo-o como a prática de explorar e analisar grandes conjuntos de dados para produzir reportagens. Explica que envolve encontrar dados, interrogá-los, visualizá-los e combiná-los para descobrir novas informações. O resultado é usado para complementar matérias jornalísticas, enriquecendo o trabalho do jornalista.
O documento apresenta a Teoria Organizacional do jornalismo de Warren Breed, que vê o jornalista como funcionário submisso à política editorial da empresa jornalística onde trabalha. Segundo a teoria, as notícias resultam da interação social dentro da redação e são influenciadas pelo fator econômico, visando lucro. Os jornalistas têm autonomia limitada e tendem a se conformar com as normas da organização para evitar punições e obter recompensas no trabalho.
Laboratório de Comunicação Popular - Aula 1Diedro Barros
Primeira apresentação de slides do Laboratório de Comunicação Popular, projeto da Escola Sesc de Ensino Médio, reformulada para o ano de 2015.
O que é Comunicação? História e conceitos básicos.
- Como surgiu a Comunicação (Comunicação pré-Imprensa; Idade Média e surgimento da Imprensa; A difusão da Imprensa e a participação na política mundial; A Comunicação no Brasil);
- Processos de Comunicação (Comunicação Interpessoal; Comunicação de Massa / Como se dá a Comunicação).
O documento discute o pensamento contemporâneo francês sobre comunicação, mencionando teóricos como Edgar Morin, Roland Barthes e Pierre Bourdieu. Aborda temas como estruturalismo, semiologia, cultura de massa e análise de mitos na mídia.
O documento discute os conceitos de newsmaking e valores-notícia no processo de produção jornalística. Apresenta os critérios usados pelos jornalistas para selecionar e construir notícias, como frequência, amplitude, dramatização e personalização de eventos. Também destaca a influência das normas de produção e preferências editoriais sobre a autonomia do jornalista.
O texto discute como as tecnologias de informação e comunicação estão influenciando profundamente as sociedades e culturas contemporâneas. Apesar das mídias serem importantes veículos, a linguagem e comunicação são determinantes na formação cultural. As novas tecnologias integram-se às formas culturais existentes de maneira cumulativa e complexa.
A Folkcomunicação tem origem com Luiz Beltrão.
Para Beltrão, um dos grandes canais de comunicação coletiva é sem dúvida, o folclore. Das conversas de boca de noite, nas pequenas cidades interioranas, na farmácia ou na barbearia; da troca de informações trazidas pelo chofer de caminhão, pelo representante comercial ou pelo ‘bicheiro’, ou, ainda, pelos versos do poeta distante, impressos no folheto que se compra na feira (...) – é que a semente da informação germinou no espírito dos analfabetos
O documento discute os conceitos-chave da abordagem do newsmaking no jornalismo. Apresenta como os jornalistas selecionam os acontecimentos para noticiar levando em conta a cultura profissional e as restrições da organização do trabalho. Explora como os critérios de relevância definem a "noticiabilidade" de um evento e como os jornalistas "tornam notícia" aquilo que pode ser trabalhado dentro do fluxo normal de produção.
Este documento discute os conceitos de propaganda e publicidade, explicando as diferenças entre os termos e os objetivos de cada um. A propaganda visa fins ideológicos ou de promoção de ideias, enquanto a publicidade tem fins comerciais. O documento também descreve os diferentes tipos de propaganda, campanhas publicitárias e as etapas para criar uma campanha.
O documento descreve os passos para criação de uma campanha de marketing, incluindo definir objetivos, estratégias, táticas, criação da campanha, execução e acompanhamento. Ele discute a importância do planejamento, da definição de público-alvo e objetivos, além de apresentar diferentes tipos de linguagem que podem ser usados em campanhas.
Matriz: conceito de acumulação presente na hipótese de agenda setting, que destaca a onipresença da mídia como modificadora e formadora de opinião a respeito da realidade.
Opinião pública: tema central das reflexões relativas à espiral de silêncio feitas por Elisabeth Noelle Neumann.
Influência de processos de opinião pública no comportamento eleitoral.
Este documento descreve a Teoria Funcionalista da Comunicação. De acordo com esta teoria, os meios de comunicação de massa desempenham funções importantes para a manutenção da sociedade, como reforçar normas e valores sociais. A teoria também discute possíveis disfunções dos meios de comunicação, como provocar pânico em vez de vigilância consciente.
O jornal impresso em tempos de mídias digitaisAndrey Martins
O documento discute a evolução do jornalismo impresso para o digital, desde as origens do jornalismo até as mudanças causadas pela internet. Ele analisa especificamente a transição do jornal O Globo do impresso para várias plataformas digitais e redes sociais. A conclusão é que o jornalismo continua se adaptando às novas tecnologias e que o futuro trará mais integração entre versões impressas e digitais.
O documento resume a história do jornalismo ao longo dos séculos, desde seu surgimento na era da Ilustração até a atualidade. Apresenta como o jornalismo evoluiu de um veículo de disseminação de ideias políticas e críticas ao poder para um negócio capitalista focado em vendas e publicidade. No século 20, surge a indústria cultural e a comunicação de massa, levando o jornalismo a novas transformações e sua possível descaracterização.
O documento discute como o jornalismo está se adaptando à era digital, onde os leitores agora também são produtores de conteúdo e compartilham notícias em plataformas multiplataformas. Isso criou um ecossistema pós-industrial onde organizações de notícias não controlam mais a narrativa e precisam se adaptar, explorando novas formas de financiamento, produção, distribuição e engajamento do público.
Aula do módulo de Produção Gráfica e Editoração Eletrônica da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso para o semestre 2012.1 do curso de Comunicação Social da UFPB.
Há uma transformação tecnológica de dimensões históricas em curso atualmente: a integração de vários modos de comunicação em uma rede interativa.
Pela primeira vez na história, um mesmo sistema é capaz de integrar comunicação humana nas modalidades escrita, oral e audiovisual. Surge uma nova forma de comunicação baseada em hipertexto e metalinguagem.
Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA...Francilis Enes
O documento discute o conceito de cultura e sua evolução ao longo do tempo. Apresenta diferentes perspectivas sobre cultura, desde a concepção humanista e antropológica até a noção de cultura nas mídias digitais. Também aborda os principais traços da cultura, como sua natureza simbólica, padronização, dinâmica de mudanças e continuidade através das gerações.
O documento discute os principais conceitos da Cultura das Mídias segundo a autora Lúcia Santaella, incluindo semiótica, comunicação de massa, características das culturas das mídias, signos e linguagens das mídias, pós-modernismo, e a relação entre homem e máquinas.
O documento discute os conceitos de convergência digital, narrativas transmidiáticas e design responsivo. A convergência digital representa uma transformação cultural na forma de produzir e consumir mídia. Narrativas transmidiáticas expandem histórias por múltiplas plataformas. E design responsivo projeta interfaces adaptáveis a diferentes dispositivos.
Este documento discute o uso do celular como ferramenta educacional para produzir vídeos na escola. Ele apresenta o objetivo geral de utilizar o celular para produzir vídeos educativos e objetivos específicos como desmistificar o uso do celular na escola e incentivar os alunos a participar do processo de ensino-aprendizagem. Também justifica que o celular é uma ferramenta acessível para produzir vídeos de qualidade e discute como os vídeos podem registrar atividades da escola
O documento discute a transição da cultura das mídias para a cibercultura e os desafios do pós-humano. Apresenta como as mídias prepararam as pessoas para a cultura digital e como a convergência de mídias levou a uma produção e circulação exacerbada de informação. Também discute reações à cibercultura e como as tecnologias digitais moldam a sensibilidade humana, levantando questões sobre a interface entre seres humanos e máquinas.
O documento discute a emergência de um corpo biocibernético e pós-humano devido às transformações proporcionadas por avanços científicos e tecnológicos. O termo "ciborg" designa sistemas homem-máquina auto-regulatórios e questiona dualismos ao combinar mente e matéria. Filmes como Robocop representam essa hibridização entre partes orgânicas e próteses. O ciberpunk também explora essa transição para formas de existência pós-corporais baseadas
O documento discute os novos paradigmas da Teoria da Comunicação, incluindo a problematização do conceito de comunicação de massa e mediação. Também aborda os estudos sobre recepção e as relações entre o contexto sócio-cultural contemporâneo e os fenômenos da Comunicação Social, como a pós-modernidade e novas tecnologias da comunicação e informação.
O documento discute os conceitos de cultura das mídias, comunicação e semiótica. A autora analisa como as mídias influenciam a cultura através da disseminação de informações e imagens, e como os signos são usados para representar significados nessas mídias. Também discute como a internet e computadores criaram novas formas de comunicação e cultura.
O documento discute o conceito de ciberdemocracia proposto pelo autor Pierre Lévy. Ele argumenta que a Internet renova a democracia ao aumentar a transparência dos governos, fornecer mais canais para deliberação política e permitir maior participação dos cidadãos no processo democrático. A ciberdemocracia representa um estágio superior da democracia ao facilitar o acesso a informações políticas e promover o aprofundamento do conhecimento sobre os assuntos políticos.
O documento discute as mudanças culturais decorrentes da interface entre seres humanos e máquinas no século XXI, abordando conceitos como pós-humano, cultura digital e cibercultura. Apresenta a evolução das formas de cultura ao longo da história, desde a cultura oral até a cultura digital, destacando como as novas tecnologias têm promovido a descentralização, fragmentação e personalização da cultura.
O documento discute como as novas tecnologias digitais estão transformando a cultura e a economia de forma colaborativa, com ênfase na democratização do acesso ao conhecimento e na inovação por meio de redes, compartilhamento e colaboração.
Aula de revisao_-_antropologia_juridicaElenir Flores
Este documento apresenta os objetivos e conteúdos de uma disciplina de Antropologia Jurídica. Aborda temas como a história da antropologia jurídica, o multiculturalismo e seus impactos no direito, além de discutir como diferentes culturas influenciam a formação dos sistemas jurídicos e a percepção sobre o que é certo ou errado.
Diretrizes e Políticas Institucionais de Comunicação do Grupo MaristaLeandro Martins
Lançamento das Diretrizes e Políticas Institucionais de Comunicação do Grupo Marista.
Case vencedor do Prêmio Aberje 2012 - Categoria: Publicação Especial - Região: Sul
O documento discute a comunicação humana e sua complexidade, definindo seus componentes principais como emissor, receptor, mensagem, meio e contexto. Também aborda a cultura de um povo, notando que cultura não se mede, mas tem valor, avaliado de acordo com os costumes de cada grupo. O filme "A Massai Branca" mostra um encontro cultural entre uma mulher suíça e um guerreiro massai, ilustrando o choque e a troca de elementos entre culturas diferentes.
Tecnologias, Mídias, Criação e Hipertextualidade na transformação da Informaç...Freelancer
Este documento apresenta uma tese de doutorado defendida na Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 2009. A tese explora como novas tecnologias, mídias e hipertextualidade transformam informação em conhecimento interativo, facilitando a criação. O trabalho articula teoria com aplicações práticas em laboratório, analisando como mídias pós-vanguardistas e processos cognitivos influenciam a criação contemporânea.
Slides comunicação cultura e valores num mundo globalizado.Gabriel Geraldino
Valores determinam a cultura de um povo, incluindo seu modo de vida. Valores pessoais compartilhados se tornam valores sociais que influenciam as escolhas pessoais e da sociedade. Comportamento pessoal reflete os valores da sociedade, que por sua vez influenciam o comportamento pessoal.
Valores culturais são transmitidos através da comunicação entre indivíduos, incluindo vestimenta, hábitos, atitudes, linguagem corporal e escrita. A comunicação é a melhor maneira de estudar os valores compartilhados de uma organização através da interação entre seus membros.
O documento discute a história e o desenvolvimento da antropologia como disciplina científica. Começa com a antropologia surgindo no século 18 como estudo do homem, e no século 19 focando em sociedades não ocidentais. No século 20, passa a estudar todas as sociedades e aspectos do ser humano. Também descreve as principais áreas da antropologia e como ela busca compreender a diversidade cultural e a unidade fundamental da humanidade.
As três frases mais importantes do documento são:
1) Os fatores fundamentais para determinar a cultura empresarial incluem o comportamento da liderança e a alinhamento entre o discurso e as ações dos líderes.
2) A comunicação é fundamental para estabelecer metas e objetivos, mas os líderes devem ter um comportamento coerente com o que dizem.
3) Existem apenas duas maneiras de mudar a cultura de uma organização: mudando as pessoas ou mudando as pessoas da organização.
O documento discute a evolução das eras culturais ao longo da história da humanidade, desde a cultura oral até a cultura digital. A autora Lúcia Santaella divide as eras culturais em seis tipos e argumenta que as novas tecnologias de comunicação e informação influenciam profundamente as formações socioculturais, embora a linguagem seja o fator predominante na comunicação e cultura. As eras culturais não são períodos lineares, mas sim se relacionam de forma cumulativa e complexa.
Este artigo discute a evolução das tecnologias da informação e comunicação e seu impacto na sociedade e cultura. O autor divide a história cultural em seis formações distintas, da cultura oral à cultura digital, e argumenta que cada nova tecnologia trouxe consigo um novo ciclo cultural ao invés de substituir completamente o anterior.
Este artigo discute a evolução das tecnologias da informação e comunicação e seu impacto na sociedade e cultura. O autor divide a história cultural em seis formações distintas, da cultura oral à cultura digital, e argumenta que cada nova tecnologia trouxe consigo um novo ciclo cultural ao invés de substituir completamente o anterior.
O documento discute como as tecnologias de informação e comunicação estão influenciando profundamente as sociedades e culturas contemporâneas. Embora as novas tecnologias sejam importantes, a linguagem e a comunicação são os verdadeiros responsáveis pelas mudanças culturais. As eras culturais não são lineares, mas sim cumulativas, à medida que novas mídias integram formas comunicativas e culturais existentes.
Este documento discute como as mudanças nas comunicações afetaram as comunidades e a mobilização social. 1) A comunicação moderna desafiou a noção tradicional de comunidade local, à medida que as pessoas podem se conectar em escala global. 2) Novas tecnologias como rádio, TV e internet permitiram que as causas sociais transcendam o âmbito local. 3) Isso exige novas estratégias comunicativas para mobilizar as pessoas e alcançar cooperação mais ampla.
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de MassasMontaniniRC
Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre a interface marxista entre comunicação e cultura de massas. Analisa como as ideias marxistas sobre comunicação e cultura de massas podem ser aplicadas no contexto atual, especialmente no que diz respeito à força do coletivo para aceitar novas condições sociais.
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Giovana S. Carlos
O documento descreve a evolução da cultura de massa para a cibercultura, analisando três estágios: cultura de massa, cultura das mídias e cibercultura. A autora usa o fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente como exemplo para ilustrar como o público passou de mero consumidor para participante ativo nesses três estágios.
O texto descreve as diferentes eras culturais da humanidade relacionadas à comunicação: a cultura oral, escrita, impressa, de massas, midiática e digital. Aponta que essas culturas não se substituem linearmente e convivem adaptadas às novas mídias, formando uma cultura complexa e em constante evolução.
O documento discute como as tecnologias de informação e comunicação estão influenciando profundamente as sociedades e culturas contemporâneas. Embora as novas tecnologias sejam importantes, a linguagem e a comunicação são ainda mais fundamentais para a cultura. As mídias são canais pelos quais as mensagens se transmitem, mas não determinam sozinhas as transformações culturais.
A dinâmica dos meios de comunicação de massamarluiz31
Este documento discute a relação entre meios de comunicação de massa, espaço público e diversidade cultural no Brasil. Apresenta a teoria da ação comunicativa de Habermas e como ela propõe que indivíduos reflexivos produzem informações alternativas aos meios de comunicação sistêmicos, difundindo a diversidade cultural. Também argumenta que os meios de comunicação não necessariamente homogeneizam a cultura, mas também ajudam a difundir a diversidade através de meios alternativos e cobertura de questões de minorias.
Midia Alternativa P Alem Da Contra InformaçãOAllan Diniz
Este documento discute modelos alternativos de mídia além da contra-informação. Apresenta como o excesso de informação, a espetacularização, a internet e novas sensibilidades em relação à mídia afetam as respostas dos ativistas aos veículos midiáticos hegemônicos. Também reflete sobre como certas práticas contemporâneas de mídia alternativa experimentam modelos diferentes daquele baseado na contra-informação.
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011claudiocpaiva
O documento discute o deus Hermes na mitologia grega e sua relevância para a comunicação moderna. Hermes era o mensageiro dos deuses e patrono da comunicação, comércio e diplomacia. Sua imagem representa a mediação e o equilíbrio nas trocas de informações. O documento também analisa como as redes sociais atualizaram o papel de Hermes na disseminação colaborativa de conteúdo.
1) O documento discute conceitos básicos de comunicação, incluindo suas definições etimológica, biológica, pedagógica e sociológica.
2) A comunicação de massa é definida como comunicação em larga escala através de mídia para atingir grandes números de pessoas.
3) Cultura de massa, sociedade de massa e contracultura são abordados em relação à influência dos meios de comunicação.
Publicado na 3ª Conferência de Comunicação e Tecnologias Digitais (UnB, 2009), o artigo trata de como qualquer tecnologia traz em si pressupostos sociais intrínsecos, que são agenciados pela
sociedade conforme suas necessidades ambientais e históricas específicas. Esses usos podem resultar em configurações bastante diversas das inicialmente imaginadas ou que serviram de inspiração ás técnicas. O artigo aborda tais aspectos, indicando resistências e riscos a um projeto mais democrático de uso das novas tecnologias, por um lado, e a expansão, por outro,
da lógica própria dos meios digitais, que busca chegar até mesmo aos meios de produção,
abrindo oportunidades para uma superação do modelo capitalista, ao menos em sua formulação
contemporânea. Uma versão preliminar foi apresentada em disciplina da UnB.
BARICHELLO, E.M.M.R.; CARVALHO, L.M. O Twitter como medium-ambiência mcluhaniano: o processo de apropriação dos interagentes na mídia social digital. In: VIZER, Eduardo (org). Lo que Mc Luhan no previó. Buenos Aires: Ed. La Crujía, 2012. ISBN 978-987-601-177-8
Entre a utopia e o ceticismo: as potencialidades dos diários virtuais no merc...Mariana Tavernari
O documento discute como os diários virtuais representam uma alternativa à unilateralidade dos meios de comunicação tradicionais ao introduzir uma narrativa interativa semelhante ao jornalismo literário na Internet. Os diários virtuais são elementos-chave para entender como as profecias otimistas e pessimistas sobre as novas mídias se articulam, já que eles tornam-se alvos dos entusiastas do chamado jornalismo cidadão.
1) A globalização caracteriza-se por um processo de integração global que induz ao crescimento da interdependência entre as nações.
2) Esse fenômeno proporciona maior visibilidade à política interna dos países em um cenário global, com maior velocidade na interação social.
3) A globalização denota a escala crescente, a magnitude progressiva, a aceleração e o aprofundamento do impacto dos fluxos e padrões inter-regionais de interação social.
O documento discute a evolução da comunicação humana desde a era dos símbolos até a era da informação, analisa a influência das mídias e da televisão na sociedade, e define mídia-educação como um processo educacional que ensina sobre novas tecnologias de comunicação e como influenciam a aprendizagem e a cidadania.
O documento discute a evolução da comunicação humana desde a era dos símbolos até a era da informação, analisa a influência das mídias e da televisão na sociedade e defende a importância da educação midiática para o desenvolvimento da cidadania crítica.
Trabalho apresentado ao NT “Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo”, do II Simpósio em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SimSocial), realizado em Salvador/BA, em 11 de outubro de 2012.
Semelhante a Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Santaella, Lucia (20)
1) Este documento discute uma teoria da comunicação sobre a natureza e origem da esquizofrenia, com foco na interação familiar e no conceito de "double bind".
2) A teoria argumenta que a esquizofrenia resulta da repetida exposição a situações "double bind" na infância, onde ordens contraditórias são impostas através de ameaças, criando conflitos na determinação dos tipos lógicos de comunicação.
3) Uma situação "double bind" idealmente envolve duas ou mais pessoas, experiências repetidas de ord
O documento descreve a história das revistas no Brasil desde o início do século XIX, destacando as origens, os tipos de revistas que surgiram e seu desenvolvimento. As primeiras revistas eram inspiradas nos modelos europeus e tinham como objetivo educar e entreter o público. No início do século XX, surgiram as revistas ilustradas que utilizavam fotografias, atraindo mais leitores. A revista Cruzeiro, lançada em 1928, se tornou um grande sucesso devido à qualidade editorial e ao enfoque em f
Este manual apresenta um método de jornalismo investigativo baseado em começar com uma história hipotética e usá-la para guiar o processo de investigação, desde a concepção até a publicação. O método envolve formular uma história potencial, testá-la para avaliar a viabilidade do projeto, organizar as informações coletadas de acordo com a história, e redigi-la de forma a contá-la de maneira impactante. O objetivo é contar histórias que promovam reformas e soluções para problemas sociais.
1. O documento discute a crise do pensamento iluminista e como o desenvolvimento técnico minou conceitos como razão, verdade e história.
2. Também aborda como a técnica liquidou a noção de ontologia e de sujeito histórico, demonstrando que o homem não tem controle total sobre os acontecimentos.
3. Analisa como a sociedade passou a ser dominada pela técnica de forma autônoma, criando uma "sociedade Frankenstein".
Revista realizada pelos alunos da disciplina Redação e Edição em Impressos das faculdades Integradas Helio Alonso, campus Méier, no segundo semestre de 2013.
Docente: Maracy Guimaraes
1) O autor contesta três postulados implícitos das pesquisas de opinião pública: que todos podem ter uma opinião, que todas as opiniões têm o mesmo valor e que há consenso sobre quais questões devem ser colocadas.
2) As pesquisas de opinião são dominadas por demandas políticas e servem para legitimar políticas através da ilusão de consenso público.
3) Não existe realmente uma "opinião pública" uniforme, mas sim um sistema complexo de forças e tensões que as pesquisas simplific
1) O autor contesta três postulados implícitos das pesquisas de opinião pública: que todos podem ter uma opinião, que todas as opiniões têm o mesmo valor e que há consenso sobre quais questões devem ser colocadas.
2) As pesquisas de opinião são dominadas por demandas políticas e servem para legitimar políticas através da ilusão de consenso, representado por percentagens.
3) Não existe realmente uma "opinião pública" unânime, mas sim um sistema complexo de forças e tensões que não pode
Este documento apresenta várias histórias curtas sobre a vida na comunidade Nova Brasília no Rio de Janeiro, incluindo: (1) a história de Jurema, que vendia lugares na fila do posto de saúde; (2) uma discussão entre moradores sobre os problemas da comunidade; e (3) uma conversa sobre as mudanças trazidas pelo programa de investimentos PAC e os problemas que ainda precisam ser resolvidos.
O documento repete várias vezes palavras-chave relacionadas a conhecimento, cultura, tempo, comunidade e desenvolvimento. Sem um contexto claro, é difícil resumir o significado geral do texto.
1) O texto discute as posições extremadas em relação às novas tecnologias, seja de aceitação entusiástica ou rejeição conservadora.
2) Argumenta que as marcas deixadas pela internet e tecnologia digital irão reprogramar as pessoas e sociedade de forma duradoura, mesmo após seu declínio, orientando-os para novos modos de pensar e viver.
3) Aponta que a digitalização reduz todas as informações a bits abstratos e igualizados, ameaçando a cultura escrita e patrimônio
O documento descreve diversas brincadeiras tradicionais de crianças, incluindo pular corda, esconde-esconde, cabo de guerra, amarelinha, pega-pega, queimado e telefone sem fio. As brincadeiras requerem poucos ou nenhum material e envolvem corrida, competição, habilidade motora e diversão entre amigos. O texto encoraja a relembrar essas brincadeiras simples.
CIRANDA: A Infância na História dos Moradores da Serra da Misericordia e Arre...Maracy Guimaraes
Este documento descreve a revista "Ciranda" produzida por alunos do Centro de Cultura Digital Praça do Conhecimento em Nova Brasília, Complexo do Alemão. A revista contém relatos e memórias dos alunos sobre suas infâncias vividas na região, incluindo brincadeiras, jogos, desafios e a forma como a comunidade era no passado.
Este documento descreve a revista "Ciranda" produzida por alunos do Centro de Cultura Digital Praça do Conhecimento em Nova Brasília, Complexo do Alemão. A revista contém relatos e memórias dos alunos sobre suas infâncias nas favelas, incluindo brincadeiras, jogos, desafios e a falta de infraestrutura na época.
1) O entrevistado analisa o histórico das Organizações Globo, destacando seu papel controverso, com apoio aos governos militares e de ocasião, e linha editorial de oposição aos governos de esquerda;
2) Ele cita um exemplo recente de erro factual em reportagem do jornal O Globo para ilustrar possível deslealdade editorial;
3) Apesar de considerar a Carta de Princípios Editoriais importante, o entrevistado duvida que haja efetiva mudança na linha editorial das
O documento apresenta uma entrevista com Luciano Zarur, jornalista e professor, sobre o papel do jornalismo praticado pelas Organizações Globo. Zarur analisa o histórico controverso das Organizações Globo, destacando seu alinhamento com governos de ocasião, e avalia positivamente a Carta de Princípios Editoriais, embora ache que alguns pontos são óbvios para qualquer jornalista.
O documento apresenta uma entrevista com Luciano Zarur, jornalista e professor, sobre o papel do jornalismo praticado pelas Organizações Globo. Zarur analisa o histórico controverso das Organizações Globo, desde a fundação do jornal O Globo até a obtenção da concessão para a TV Globo durante a ditadura militar, período em que a emissora se alinhou ao regime. Zarur também comenta a Carta de Princípios Editoriais proposta pelas Organizações Globo
Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Santaella, Lucia
1. 23Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
TECNOLOGIAS DO IMAGINÁRIO
Da cultura das
mídias à
cibercultura: o
advento do pós-
humano
RESUMO
Este artigo trata da questão do desenvolvimento das
tecnologias da informação e da comunicação e sua implicação
em todas as esferas da sociedade.
ABSTRACT
This text discusses the evolution of information and communic
ationtechnologies and its effect upon society.
PALAVRAS-CHAVE (KEY WORDS)
- Tecnologias (Technologies)
- Complexidade (Complexity)
- Cultura das mídias (Media cultures)
Lúcia Santaella
JÁ ESTÁ SE TORNANDO lugar-comum afirmar
que as novas tecnologias da informação
e comunicação estão mudando não
apenas as formas do entretenimento
e do lazer, mas potencialmente todas
as esferas da sociedade: o trabalho
(robótica e tecnologias para escritórios),
gerenciamento político, atividades militares
e policiais (a guerra eletrônica), consumo
(transferência de fundos eletrônicos),
comunicação e educação (aprendizagem
a distância), enfim, estão mudando toda a
cultura em geral. Para Robins e Webster
(1999, p. 111), se as forças do capital
corporativista e os interesses políticos
forem bem-sucedidos na introdução
sistemática dessas novas tecnologias – da
robótica aos bancos de dados, da internet
aos jogos de realidade virtual, então a vida
social será transformada em quase todos
os seus aspectos. O desenvolvimento
estratégico das tecnologias da informática
e comunicação terá, então, reverberações
por toda a estrutura social das sociedades
capitalistas avançadas.
Tendo em vista a relevância das
reverberações que já se fazem presentes
e daquelas que estão por vir, tenho
defendido a idéia de que nós, intelectuais,
pesquisadores e mestres, devemos nos
dedicar à tarefa de gerar conceitos que
sejam capazes de nos levar a compreender
de modo mais efetivo as complexidades
com que a realidade em mutação nos
desafia. Este trabalho que aqui apresento
é parte do esforço que tenho desenvolvido
para ir ao encontro dessa tarefa. Prova
desse esforço está no meu livro recém-
lançado Culturas e Artes do Pós-Humano.
Da cultura das mídias à cibercultura (2003).
2. 24 Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
As idéias que apresentarei a seguir fazem
parte dos argumentos que desenvolvi
nesse livro.
A bem da verdade, esse livro recente
funciona como uma espécie de segundo
volume de um livro anterior, sob o título de
Cultura das Mídias, cuja primeira edição
foi lançada em 1992. Foi ousado para
aquela época o título escolhido. Ousado
não apenas porque a palavra “mídias”
ainda não havia se disseminado, mas
principalmente porque devo confessar
que, naquele momento, não tinha perfeita
clareza do significado exato que estava
dando para a expressão “cultura das
mídias”. Sabia que se tratava de formas
culturais com uma lógica distinta da cultura
das massas, mas não podia ainda precisar
sua natureza com exatidão. Foi a leitura,
em 1997, do livro Culturas híbridas, de
Néstor Garcia Canclini (publicado em
1990, com tradução brasileira de 1997)
que trouxe uma primeira luz para precisar
minhas idéias. Depois disso, a explosão
cada vez mais impressionante das redes e
a emergência indisfarçável da cibercultura
ou cultura do virtual permitiram-me chegar
a uma noção mais clara do sentido que,
no início ainda obscuro, desejava imprimir
para a expressão “cultura das mídias”.
Hoje, com as idéias mais ajustadas,
posso definir com mais precisão o que
tenho entendido por cultura das mídias.
Ela não se confunde nem com a cultura
de massas, de um lado, nem com a cultura
virtual ou cibercultura de outro. É, isto sim,
uma cultura intermediária, situada entre
ambas. Quer dizer, a cultura virtual não
brotou diretamente da cultura de massas,
mas foi sendo semeada por processos
de produção, distribuição e consumo
comunicacionais a que chamo de “cultura
das mídias”. Esses processos são distintos
da lógica massiva e vieram fertilizando
gradativamente o terreno sociocultural
para o surgimento da cultura virtual ora em
curso.
1 As formações socioculturais
Para compreender essas passagens de
uma cultura à outra, que considero sutis,
tenho utilizado uma divisão das eras
culturais em seis tipos de formações: a
cultura oral, a cultura escrita, a cultura
impressa, a cultura de massas, a cultura
das mídias e a cultura digital. Antes de
tudo, deve ser declarado que essas
divisões estão pautadas na convicção
de que os meios de comunicação, desde
o aparelho fonador até as redes digitais
atuais, não passam de meros canais
para a transmissão de informação.
Por isso mesmo, não devemos cair no
equívoco de julgar que as transformações
culturais são devidas apenas ao advento
de novas tecnologias e novos meios de
comunicação e cultura. São, isto sim, os
tipos de signos que circulam nesses meios,
os tipos de mensagens e processos de
comunicação que neles se engendram
os verdadeiros responsáveis não só por
moldar o pensamento e a sensibilidade
dos seres humanos, mas também por
propiciar o surgimento de novos ambientes
socioculturais.
Certamente, há algo de McLuhan
nessa minha postulação. Entretanto,
diferentemente de McLuhan, ou daquilo
que se passou a se considerar como sendo
mcluhniano, creio que devemos tirar a
ênfase que se costuma colocar nos meios e
nas mídias em si para trazer à baila outras
determinações que tendem a ser ocultadas
pelo fetiche das mídias. Entre essas
determinações, aquela que é central à
comunicação e à cultura é a determinação
da linguagem.
Nem mesmo McLuhan, com sua
célebre provocação O meio é a mensagem
(1964), tão criticada há algumas décadas
e hoje transformada em axioma para
todos os “plugados”, chegou ao nível de
obliteração da linguagem que o fetiche das
mídias tem alcançado. Ao contrário, com
sua afirmação, McLuhan estava justamente
se desviando da tendência comum nas
3. 25Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
teorias da comunicação de sua época, que
separavam, de um lado, o modo como a
mensagem é transmitida, de outro lado,
o conteúdo da mensagem. Ao colocar
ênfase nos meios, McLuhan insistia na
impossibilidade de se separar a mensagem
do meio, pois a mensagem é determinada
muito mais pelo meio que a veicula do que
pelas intenções de seu autor. Portanto, em
vez de serem duas funções separadas, o
meio é a mensagem (Lunenfeld, 1999a, p.
130).
Do mesmo modo que essa frase de
McLuhan foi denegrida pelos amantes dos
conteúdos semânticos, sem que esses
críticos tivessem se dado ao trabalho
de bem compreendê-la, hoje se fala
de mídia de maneira atabalhoada, sem
a preocupação e compromisso com o
escrutínio das complexidades semióticas
que as constituem.
Ora, mídias são meios, e meios, como
o próprio nome diz, são simplesmente
meios, isto é, suportes materiais, canais
físicos, nos quais as linguagens se
corporificam e através dos quais transitam.
Por isso mesmo, o veículo, meio ou mídia
de comunicação é o componente mais
superficial, no sentido de ser aquele que
primeiro aparece no processo comunicativo.
Não obstante sua relevância para o estudo
desse processo, veículos são meros canais,
tecnologias que estariam esvaziadas de
sentido não fossem as mensagens que
nelas se configuram. Conseqüentemente,
processos comunicativos e formas de
cultura que nelas se realizam devem
pressupor tanto as diferentes linguagens
e sistemas sígnicos que se configuram
dentro dos veículos em consonância com o
potencial e limites de cada veículo quanto
devem pressupor também as misturas entre
linguagens que se realizam nos veículos
híbridos de que a televisão e, muito mais, a
hipermídia são exemplares.
Embora sejam responsáveis pelo
crescimento e multiplicação dos códigos
e linguagens, meios continuam sendo
meios. Deixar de ver isso e, ainda por
cima, considerar que as mediações sociais
vêm das mídias em si é incorrer em uma
ingenuidade e equívoco epistemológicos
básicos, pois a mediação primeira não vem
das mídias, mas dos signos, linguagem e
pensamento, que elas veiculam (Santaella,
1992 [2003a], p. 222-230).
O segundo aspecto fundamental que
o fetiche das mídias oblitera encontra-
se no fato de que quaisquer mídias, em
função dos processos de comunicação que
propiciam, são inseparáveis das formas
de socialização e cultura que são capazes
de criar, de modo que o advento de cada
novo meio de comunicação traz consigo
um ciclo cultural que lhe é próprio e que
fica impregnado de todas as contradições
que caracterizam o modo de produção
econômica e as conseqüentes injunções
políticas em que um tal ciclo cultural toma
corpo. Considerando-se que as mídias são
conformadoras de novos ambientes sociais,
pode-se estudar sociedades cuja cultura se
molda pela oralidade, então pela escrita,
mais tarde pela explosão das imagens na
revolução industrial-eletrônica etc.
Tendo isso em vista, cumpre ainda
alertar para uma outra questão. Embora
a divisão que estabeleço de seis eras
culturais refira-se, de fato, a eras, prefiro
também chamá-las de formações culturais
para transmitir a idéia de que não se trata aí
de períodos culturais lineares, como se uma
era fosse desaparecendo com o surgimento
da próxima. Ao contrário, há sempre um
processo cumulativo de complexificação:
uma nova formação comunicativa e cultural
vai se integrando na anterior, provocando
nela reajustamentos e refuncionalizaçõe
s. É certo que alguns elementos sempre
desaparecem, por exemplo, um tipo de
suporte que é substituído por outro, como
no caso do papiro, ou um aparelho que
é substituído por outro mais eficiente, o
caso do telégrafo. É certo também que,
em cada período histórico, a cultura fica
sob o domínio da técnica ou da tecnologia
de comunicação mais recente. Contudo,
esse domínio não é suficiente para asfixiar
4. 26 Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
os princípios semióticos que definem as
formações culturais preexistentes. Afinal,
a cultura comporta-se sempre como um
organismo vivo e, sobretudo, inteligente,
com poderes de adaptação imprevisíveis e
surpreendentes.
A divisão em seis eras pode parecer
excessiva, mas, se não as levarmos
em consideração, acabamos perdendo
especificidades importantes e reveladoras.
Por exemplo: a cultura impressa não
nasceu diretamente da cultura oral. Foi
antecedida por uma rica cultura da escrita
não alfabética. A memória dessas escritas
trouxe grandes contribuições para a
visualidade da arte moderna. Ela sobrevive
na imaginação visual da profusão dos tipos
gráficos hoje existentes. Sobrevive ainda
nos processos diagramáticos do jornal, na
visualidade da poesia, no design atual de
páginas da Web. Enfim, de certa forma,
ela continua viva porque ainda se preserva
na memória da espécie. Assim também,
embora a grande maioria dos autores
esteja vendo a cibercultura na continuidade
da cultura de massas, considero que
o reconhecimento da fase transitória
entre elas, a saber, o reconhecimento da
cultura das mídias, é substancial para se
compreender a própria cibercultura.
Com bastante imprecisão, muitos têm
se referido a todo o complexo contexto
atual sob o nome de “cultura midiática”.
Essa generalização cobre o território com
uma cortina de fumaça. É claro que tudo
é mídia, até mesmo o aparelho fonador.
Quais são elas, como se inserem na
dinâmica social, em quais delas o capital
está investindo, como impõem sua lógica
ao conjunto da cultura? São todas questões
irrespondíveis se não fizermos o esforço
de precisar nossos conceitos. A confusão
conceitual é proporcional à confusão dos
modos como nos aparecem os fatos que
pretendemos compreender. O cultivo
da ambigüidade e o espraiamento das
neblinas de sentido são tarefas da poesia
que nos traz maneiras de sentir e ver
que, sem ela, seriam impossíveis. Porém,
quando se trata de interpretar fenômenos
cuja complexidade nos desafia, a paciência
do conceito é imprescindível. Isso não
significa recusar o caráter congenitamente
polissêmico dos nossos discursos, fruto da
natureza complexa e contraditória tanto
das nossas mentes, de um lado, quanto
daquilo que chamamos de realidade, do
outro. Justamente o contrário, porque
sabemos que há uma imprecisão congênita
em tudo que dizemos, nossos esforços,
tanto de observação empírica quanto de
clareza conceitual, devem se redobrar se
pretendemos trazer alguma contribuição
para a compreensão menos superficial da
complexidade que nos rodeia.
2 Da cultura das mídias à ciber-cultura
Isso posto, passo a explicitar que
fenômenos tenho designado com
a expressão “cultura das mídias”.
Fenômenos, aliás, que só pude melhor
compreender après-coup, quando a cultura
digital ou cibercultura decididamente se
impôs. Por volta do início dos anos 80,
começaram a se intensificar cada vez mais
os casamentos e misturas entre linguagens
e meios, misturas essas que funcionam
como um multiplicador de mídias.
Estas produzem mensagens híbridas
como se pode encontrar, por exemplo,
nos suplementos literários ou culturais
especializados de jornais e revistas, nas
revistas de cultura, no radiojornal, telejornal
etc.
Ao mesmo tempo, novas sementes
começaram a brotar no campo das mídias
com o surgimento de equipamentos
e dispositivos que possibilitaram o
aparecimento de uma cultura do
disponível e do transitório: fotocopiadoras,
videocassetes e aparelhos para gravação
de vídeos, equipamentos do tipo walkman
e walktalk, acompanhados de uma
remarcável indústria de videoclips e
videogames, juntamente com a expansiva
indústria de filmes em vídeo para serem
5. 27Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
alugados nas videolocadoras, tudo isso
culminando no surgimento da TV a cabo.
Essas tecnologias, equipamentos e as
linguagens criadas para circularem neles
têm como principal característica propiciar
a escolha e consumo individualizados, em
oposição ao consumo massivo. São esses
processos comunicativos que considero
como constitutivos de uma cultura das
mídias. Foram eles que nos arrancaram
da inércia da recepção de mensagens
impostas de fora e nos treinaram para a
busca da informação e do entretenimento
que desejamos encontrar. Por isso mesmo,
foram esses meios e os processos de
recepção que eles engendram que
prepararam a sensibilidade dos usuários
para a chegada dos meios digitais cuja
marca principal está na busca dispersa,
alinear, fragmentada, mas certamente uma
busca individualizada da mensagem e da
informação.
A proliferação midiática, provocada
pelo surgimento de meios cujas
mensagens tendem para a segmentação
e diversificação, e a hibridização das
mensagens, provocada pela mistura
entre meios, foram sincrônicas aos
acalorados debates dos anos 80 sobre
a pós-modernidade. Por isso mesmo,
em contraposição a alguns autores que
consideram a pós-modernidade como a
face identificadora da cibercultura, tenho
concebido as discussões sobre a pós-
modernidade como sinais de alerta críticos
para um período de mudanças profundas
que se insinuavam no seio da cultura e
que, naquele momento, anos 80, estavam
sendo encubadas pela cultura das mídias e
pelo hibridismo tanto nas artes quanto nos
fenômenos comunicativos em geral que
essa cultura propicia.
Embora sem estabelecer as distinções
da cultura das mídias em relação à cultura
de massas, de um lado, e a cultura digital,
de outro, no capítulo sobre “A cultura da
virtualidade real”, no tópico sob o título
de “A nova mídia e a diversificação da
audiência de massas”, Castells (2000,
p. 362-367) descreve em detalhes os
processos que, a meu ver, constituem
a cultura das mídias. Uma passagem,
citada pelo autor, extraída de um artigo de
F. Sabbah, escrito em 1985, é capaz de
sintetizar à perfeição o perfil identificador
dessa formação cultural, como se segue:
“Em resumo, a nova mídia determina
uma audiência segmentada,
diferenciada que, embora maciça
em termos de números, já não é
uma audiência de massa em termos
de simultaneidade e uniformidade
da mensagem recebida. A nova
mídia não é mais mídia de massa
no sentido tradicional do envio de
um número limitado de mensagens
a uma audiência homogênea de
massa. Devido à multiplicação de
mensagens e fontes, a própria
audiência torna-se mais seletiva. A
audiência visada tende a escolher
suas mensagens, assim aprofundando
sua seg-mentação, intensificando
o relacionamento individual entre o
emissor e o receptor”.
3 A cultura digital e a moeda
corrente da informação
Enfim, cultura de massas, cultura das
mídias e cultura digital, embora convivam
hoje em um imenso caldeirão de misturas,
apresentam cada uma delas caracteres
que lhes são próprios e que precisam ser
distinguidos, sob pena de nos perdermos
em um labirinto de confusões. Uma
diferença gritante entre a cultura das mídias
e a cultura digital, por exemplo, está no fato
muito evidente de que, nesta última, está
ocorrendo a convergência das mídias, um
fenômeno muito distinto da convivência das
mídias típica da cultura das mídias.
Se, de um lado, é preciso perceber
distinções, de outro lado essas distinções
não podem nos levar a negligenciar o
fato de que hoje vivemos uma verdadeira
confraternização geral de todas as
6. 28 Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
formas de comunicação e de cultura,
em um caldeamento denso e híbrido: a
comunicação oral que ainda persiste com
força, a escrita, no design, por exemplo, a
cultura de massas que também tem seus
pontos positivos, a cultura das mídias,
que é uma cultura do disponível, e a
cibercultura, a cultura do acesso. Mas é a
convergência das mídias, na coexistência
com a cultura de massas e a cultura das
mídias, estas últimas em plena atividade,
que tem sido responsável pelo nível de
exacerbação que a produção e circulação
da informação atingiu nos nossos dias
e que é uma das marcas registradas da
cultura digital.
De fato, como afirma Hayles (1996b,
p. 259, 270), a informação se tornou a
grande palavra de ordem, circulando como
moeda corrente. Genética, assuntos de
guerra, entretenimento, comunicações,
produção de grãos e cifras do mercado
financeiro estão entre os setores da
sociedade que passam por uma revolução
provocada pela entrada no paradigma
informacional. Uma diferença significante
entre informação e bens duráveis está
na replicabilidade. Informação não é uma
quantidade conservada. Se eu lhe dou
informação, você a tem e eu também.
Passa-se aí da posse para o acesso. Este
difere da posse porque o acesso vasculha
padrões em lugar de presenças.
É por essa razão que a era digital
vem sendo também chamada de cultura
do acesso, uma formação cultural está
nos colocando não só no seio de uma
revolução técnica, mas também de uma
sublevação cultural cuja propensão é se
alastrar tendo em vista que a tecnologia
dos computadores tende a ficar cada vez
mais barata. Dominada pelo microchip,
essa tecnologia dobra aproximadamente
de poder a cada 12 a 18 meses. À medida
que cresce seu poder, seu preço declina e
seu mercado aumenta. Esse crescimento
é um indicador fundamental porque a
produção, o arquivamento e a circulação
da moeda corrente da informação
dependem do computador e das redes de
telecomunicação, estes, na verdade, os
grandes pivôs de toda essa história.
Diante disso, Lunenfeld (1999b)
deve estar com a razão quando diz que
não importa o quanto as mídias digitais
podem, à primeira vista, assemelhar-se às
mídias analógicas - foto, cinema, vídeo etc.
-, elas são fundamentalmente diferentes
delas. Por isso mesmo, os teóricos da
comunicação, cultura e sociedade devem
fazer um esforço para criar modelos de
análise adequados a essa emergência
que transcendam os modelos que eram
aplicáveis a mídias anteriores e que
transcendam principalmente os refrões
sobre consumo e recepção, típicos da era
televisiva.
Questões resultantes da maneira
como o computador está recodificando
as linguagens, as mídias, as formas de
arte e estéticas anteriores, assim como
criando suas próprias, a relação entre
imersão e velocidade, a dinâmica frenética
da WWW, com seus sites que pipocam e
desaparecem como flores no deserto, a
vida ciborg, o potencial das tecnologias vs.
a viabilidade do mercado, os mecanismos
de distribuição, a dinâmica social dos
usuários, a contextualização desses novos
processos de comunicação nas sociedades
do capitalismo globalizado são alguns dos
temas que aparecem na ponta do iceberg,
deixando entrever as complexidades que aí
residem.
Realmente, essas complexidades
têm chamado a atenção de muitos
estudiosos, também no Brasil, onde
alguns têm lançado alarmes críticos em
relação às conseqüências filosóficas,
psíquicas e político-sociais da era digital
(para nos limitarmos aos livros, ver, por
exemplo, Rüdiger, 2002; Trivinho, 1999,
2001), enquanto outros têm apresentado
panoramas detalhados das novas
paisagens ciber, colocando-nos a par das
raízes históricas e das linhas de força
comunicacionais e socioculturais que lhes
são próprias (ver, por exemplo, Lemos,
7. 29Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
2002a, 2002b; Costa 2002). No panorama
internacional, o número de estudos sobre o
assunto cresce assombrosamente a cada
dia, o que torna praticamente impossível
qualquer tentativa de levantamento do
estado da arte dessa questão. O que se
pode delinear, de modo muito simplificado,
são algumas tendências que têm marcado
esses estudos.
4 Reações à ciberealidade
Uma avaliação detalhada das reações que
a ciberealidade tem provocado em seus
comentadores foi feita por Heim (1999, p.
31-45). Para ele, o impacto do computador
sobre a cultura e a economia tem dividido
os críticos em três tipos de reação. De um
lado, os realistas ingênuos. Estes tomam
a realidade como aquilo que pode ser
experienciado imediatamente e alinham os
computadores com os poluidores que são
jogados no terreno da experiência pura,
não mediatizada. Quando dá voz a suas
inquietações, o realista ingênuo faz soar
alarmes que estão em agudo contraste
com os bons augúrios dos idealistas das
redes. Estes consideram o mundo das
redes o melhor dos mundos e apontam
para os ganhos evolutivos da espécie. “São
otimistas e, nos maus dias, exibem uma
felicidade preocupada.” Para o autor (ibid.,
p. 38), tanto os realistas ingênuos quanto
os idealistas são os dois lados da mesma
moeda. “Enquanto o idealista avança com
otimismo sem reservas, o realista pisa para
trás movido pelo desejo de nos assentar
fora da tecnologia.”
Além dos realistas e idealistas,
Heim encontra um terceiro grupo, o dos
céticos. Convictos de que as tentativas
para compreender o processo, não importa
quão inteligentes elas possam ser, são
inócuas, eles insistem que o ciberespaço
está atravessando um processo de
nascimento muito confuso. Trata-se de um
ceticismo que resulta em uma atitude de
deixar acontecer para ver como é que fica.
“Nenhuma dessas três posições nos ajuda
a fazer sentido do que está acontecendo”,
Heim conclui.
Para que possamos enfrentar
os desafios do presente, ele propõe a
posição dialética de um realismo virtual
como posição mediadora entre o realismo
ingênuo e o idealismo das redes. “Só
assim se pode sustentar a oposição como
a polaridade que continuamente produz
as faíscas do diálogo, e o diálogo é a vida
do ciberespaço.” (ibid., p. 41) “O realismo
virtual vai ao encontro do destino sem
ficar cego às perdas que o progresso traz.”
(ibid., p. 45)
Esse texto de Heim está
prioritariamente voltado para uma avaliação
das posições, digamos, epistemológicas
que têm sido assumidas frente ao mundo
digital. O que falta nessa avaliação é
alguma indicação do conteúdo das críticas
que são levantadas pelos comentadores,
sempre realistas, mas nem sempre tão
ingênuos quanto o retrato de Heim os
pintou.
A maioria das críticas está preocupada
com o fato - inolvidável - de que o mundo
digital nasceu e cresce no terreno das
formações socioeconômicas e políticas do
capitalismo globalizado. Do que reclamam
os críticos? Da separação que muitas
apreciações sobre a era digital estabelecem
entre o mundo lá fora, esquecido, e o
mundo virtual, como se a turbulência
social e política do nosso tempo - o conflito
étnico, o ressurgimento do nacionalismo, a
fragmentação urbana, a miséria e a fome
nas periferias do mundo - não tivesse nada
a ver com o espaço virtual (Robins, 2000,
p. 79).
Querem, portanto, chamar atenção
para a evidência de que, mesmo que o
ciberespaço possa ser significantemente
diferente de outras mídias culturais,
seus programas, realidades virtuais e
experiências dos usuários estão tão
firmemente enraizados no capitalismo
contemporâneo quanto qualquer outra
forma de cultura. “Aqueles que promovem
8. 30 Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
seu caráter revolucionário muitas vezes se
esquecem de considerar as dificuldades
de se transcender formas e convenções
culturais estabelecidas em tecnologias e
práticas culturais que se originam nessa
mesma cultura.” (Hayward, 1993, p. 187).
Não obstante a relevância dessas
críticas, não obstante também as
constatações inspiradas e iluminadoras
de muitos daqueles que, no dizer de
Heim, não passam de idealistas, o que
deve ser evitado, a meu ver, é a adesão
aos extremos. Na medida em que as
telecomunicações e os modos acelerados
de transporte estão fazendo o planeta
encolher cada vez mais, na medida mesma
em que se esfumam os parâmetros de
tempo e espaço tradicionais, assume-se,
via de regra, que as tecnologias são a
medida de nossa salvação ou a causa de
nossa perdição. De um lado, celebrações
pós-modernas das tecnologias asseveram
que estas são tão benéficas que serão
capazes de realizar proezas que os
discursos humanistas nunca conseguiram
atingir. De outro lado, elegias sobre a morte
da natureza e os perigos da automação e
desumanização contrariam as expressões
salvacionistas.
5 Desafios do pós-humano
No livro que publiquei recentemente,
Culturas e artes do pós-humano. Da cultura
das mídias à cibercultura, busquei evitar
os extremos. Nem esposar cegamente
o “consumerismo” ou o apelo esnobe
do high tech, de um lado, nem cair nos
lamentos nostálgicos, chorando a perda
do paraíso, de outro. De resto, o lamento
não traz nenhuma conseqüência, além
de soar histérico, especialmente neste
momento em que as novas relações entre
a tecnologia e os humanos se tornaram
sumamente complexas. “A tecnologia
não apenas penetra nos eventos, mas
se tornou um evento que não deixa nada
intocado. É um ingrediente sem o qual a
cultura contemporânea - trabalho, arte,
ciência e educação -, na verdade toda a
gama de interações sociais, é impensável.”
(Aronowitz, 1995, p. 22) Buscar apagar
essa realidade através da denegação
implica, acima de tudo, uma recusa do
pensamento.
A cibercultura, tanto quanto quaisquer
outros tipos de cultura, são criaturas
humanas. Não há uma separação entre
uma forma de cultura e o ser humano.
Nós somos essas culturas. Elas moldam
nossa sensibilidade e nossa mente, muito
especialmente as tecnologias digitais,
computacionais, que são tecnologias
da inteligência, conforme foi muito bem
desenvolvido por Lévy e De Kerckhove.
Por isso mesmo, são tecnologias auto-
evolutivas, pois as máquinas estão
ficando cada vez mais inteligentes. Mas,
tanto quanto posso ver, não há por que
desenvolver medos apocalípticos a respeito
disso. As máquinas vão ficar cada vez
mais parecidas com o ser humano, e não
o contrário. É nessa direção que caminham
as pesquisas atuais em computação. Mas,
ao mesmo tempo, também não se trata de
desenvolver ideologias salvacionistas a
respeito das tecnologias. Se elas são crias
nossas, inevitavelmente carregam dentro
de si nossas contradições e paradoxos.
Dentro desse espírito, as reflexões
que desenvolvi no livro buscam contribuir
com sugestões de respostas às questões
que estão no centro da atenção daqueles
que têm sido movidos pelo desejo da
pesquisa sobre os temas do ciberespaço,
cibercultura e ciberarte: O que está
acontecendo à interface ser humano-
máquina e o que isso está significando
para as comunicações e a cultura do
início do século 21? As respostas que
encontro para essas perguntas, respostas
são sempre tentativas em tempos de
incerteza, pretendem repensar o humano
neste alvorecer do vir-a-ser tecnológico
do mundo. É justamente da necessidade
desse repensamento que advém a
expressão pós-humano. Os meios para
9. 31Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
isso vou buscar na história das novas
tecnologias, da filosofia, da psicanálise, da
comunicação e semiótica e, sobretudo, da
arte.
De fato, a arte, não a arte que se
conforta no estabelecido, mas a arte
que cria problemas, tem sido para mim o
território privilegiado para o exercício da
ousadia do pensamento que não teme
abraçar sínteses, fazendo face aos enigmas
e desafios do emergencial, um território
privilegiado, enfim, para dar margem à
imaginação que ausculta o presente, nele
pressentindo o futuro. É na ambiência
conjectural de uma reflexão pouco servil à
severidade das exigências superegóicas
que tenho desenvolvido minhas idéias.
A hipótese que tem me norteado é
que, em tempos de mutação, há que ficar
perto dos artistas. Pelo simples fato de
que, parafraseando Lacan, eles sabem
sem saber que sabem. Semelhante a
este, há um dictum de Goethe que vale
a pena mencionar: há um empirismo
da sensibilidade que se identifica muito
intimamente com o objeto e assim se torna,
propriamente falando, teoria. É, de fato,
uma espécie de teoria não-verbal e poética
que os artistas criam na sua aproximação
sensível dos enigmas do real. Por isso,
sou movida pela convicção de que, nesta
entrada do terceiro ciclo evolutivo da
espécie (argumento de Donald, 1991),
temos de prestar atenção no que os
artistas estão fazendo. Pressinto que são
eles que estão criando uma nova imagem
do ser humano no vórtice de suas atuais
transformações. São os artistas que têm
nos colocado frente a frente com a face
humana das tecnologias.
A rápida evolução do computador
comparada com aquela de tecnologias
anteriores, quando contrastada com a
ausência de evolução na forma humana,
levou o teórico e artista da realidade virtual
Myron Krueger a prever que a interface
última entre o computador e as pessoas
estará voltada para o corpo humano e
os sentidos humanos (apud Hillis, 1999:
6). Vem daí a importância que tenho
dado às metamorfoses, no mais das
vezes invisíveis, do corpo humano e às
transformações na sensibilidade que vêm
sendo exploradas pelos artistas.
Atendendo à sugestão de
Featherstone e Burrows (1996, p. 2), não
são apenas as reconstituições da vida social
e da cultura que procuro levar em conta,
mas também o impacto dessas mudanças
no corpo humano. É nesse aspecto
que os desenvolvimentos tecnológicos
apontam para as possibilidades de
formas de existência pós-humanas que,
no seu visionarismo, Roy Ascott (2003a)
vem chamando de pós-biológicas na
emergência de uma era úmida (moist)
que nascerá da junção do ser humano
molhado (wet) com o silício seco (dry),
especialmente a partir do desenvolvimento
das nanotecnologias que, bem abaixo da
pele, passarão silenciosamente a interagir
com as moléculas do corpo humano.
Estou ciente de que a expressão
“pós-humano” é perturbadora. De fato,
essa expressão pode trazer muitos mal-
entendidos. O primeiro significado que
costuma vir à mente das pessoas é o de
que o humano já era, foi-se, perdeu-se no
golpe dos acontecimentos. Não se trata
disso. O termo pós-humano vem sendo
empregado especialmente por artistas ou
teóricos da arte e da cultura desde o início
dos anos 90. A expressão tem sido usada
para sinalizar as grandes transformações
que as novas tecnologias da comunicação
estão trazendo para tudo o que diz respeito
à vida humana, tanto no nível psíquico
quanto social e antropológico. Há alguns
autores que até defendem a idéia de
que se trata de um passo evolutivo da
espécie. Uso a expressão deliberada e
estrategicamente para chamar atenção
para o fato de que não podemos nos furtar
à reflexão sobre as modificações por que o
ser humano vem passando, modificações
não apenas mentais, mas também
corporais, moleculares .
10. 32 Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 22 • dezembro 2003 • quadrimestral
Referências
ASCOTT, Roy. Telematic embrace: Visionary theories of
art, technology, and consciousness. Berkeley: University of
California Press, 2003.
ARONOWITZ, Stanley. “Technology and the future of work”.
Em Culture on the brink: Ideologies of technology, Gretchen
Bender e Timothy Druckrey (eds.). Seattle: Bay Press, 1995,
p. 15-30.
CANCLINI, Néstor G. Culturas híbridas: Estrategias para
entrar e salir de la modernidad. México: Grijalbo, 1990.
CASTELLS, Manuel. Sociedade em rede. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2000.
COSTA, Rogério. Cultura digital. São Paulo: Publifolha, 2002.
DONALD, Merlin. Origins of the modern mind: Three stages in
the evolution of culture and cognition. Cambridge, MA: Harvard
University Press, 1991.
FEATHERSTONE, M. e Burrows, R. “Cultures of Technological
Embodiment”. Introduction. Em Cyberspace/Cyberbodies/
Cyberpunks. Cultures of Technological Embodiment, M.
Featherstone e R. Burrows (eds.). London: Sage, 1996, p.
1-15.
HAYLES, Catherine. “Virtual bodies and flickering signifiers”.
Em Electronic Culture: Technology and Visual Representation,
Timothy Druckrey (ed.), 1996, p. 259-277.
HAYWARD, Philip. “Situating cyberspace. The popularization
of virtual reality”. Em Future visions: New technologies of the
screen, P. Hayward e T. Wollen (eds.). Fakenham, Norfolk: BFI
Publishing, 1996, p. 180-204.
HEIM, Michael. “The cyberspace dialectic”. Em The digital
dialectic: New essays on new media. Peter Lunenfeld (ed.).
Cambridge, MA: The MIT Press, 1999, p. 25-45.
HILLIS, Ken. Digital sensations: Space, identity, and
embodiment in virtual reality. Minneapolis: University of
Minnesota Press, 1999.
LEMOS, André. Cibercultura. Tecnologia e vida social na
cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002a.
______.Ciberensaios para o século XXI. Salvador: Edufba,
2002b.
LUNENFELD, Peter . “The medium and the message”. Em The
digital dialectic: New essays on new media. Peter Lunenfeld
(ed.). Cambridge, MA: Mit Press, 1999a, p. 130-132.
______. “Screen Grabs: The digital dialectics and new media
theory”. Em The digital dialectic: New essays on new media.
Peter Lunenfeld (ed.). Cambridge, MA: Mit Press, xiv-xxi,
1999b.
MCLUHAN, M. Understanding Media: The extensions of man.
Cambridge, MA: Mit Press, 1964.
ROBINS, Kevin. “Cyberspace and the world we live in”. Em
The cibercultures reader, David Bell e Barbara M. Kennedy
(eds.). London: Routledge, 2000, p. 77-95.
RÜDIGER, Francisco. Elementos para a crítica da cibercultura.
São Paulo: Hacker, 2002.
SANTAELLA, Lucia. Cultura das mídias. 4a. ed. São Paulo:
Experimento, 1992 [2003a].
______. Culturas e artes do pós-humano: Da cultura das
mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003b.
TRIVINHO, Eugênio. “Cyberspace: crítica da nova
comunicação”. Tese de doutorado, ECA/Universidade de São
Paulo, 1999.
______. O mal-estar da teoria: a condição da crítica na
sociedade tecnológica atual. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.