1. A Reforma da Atenção Primária em Portugal
Luís Pisco
Vice Presidente da ARSLVT
Coordenador MCSP 2005-2010
Rio de Janeiro
18 de Novembro de 2014
2. Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal
2. A ARSLVT
3. As Unidades de Saúde Familiar
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
5. Sustentabilidade do SNS
3. Cuidados de Saúde Pr imár ios
Realidade em 2005
O ponto de partida para a reforma assentou num baixo nível
de satisfação de todos os intervenientes,
Cidadãos,
Profissionais
Decisores políticos
motivado pela baixa acessibilidade, ineficiência, barreiras
burocráticas e falta de incentivos para melhorar a
produtividade e a qualidade.
4. Estratégia de reforma que permita obter:
Doentes – melhores cuidados de saúde.
Profissionais – recompensa pelas boas práticas.
Financiadores – contenção de custos.
How physicians can change
the future of health care
Michael Porter, Elizabeth Teisberg
JAMA, March 14, 2007 – vol 297, No. 10
5. NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO
A evidência científica a nível
DE MEDICINA FAMILIAR
internacional indica que os sistemas
de saúde baseados em cuidados
primários efetivos, com Profissionais
altamente treinados e exercendo na
comunidade,
prestam cuidados com maior
efetividade, tanto em termos de
custos como em termos clínicos, em
comparação com os sistemas com
uma fraca orientação para os
cuidados primários.
Barbara Starfield.
The New England
Journal of Medicine
November 2008.
6. NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO
DE MEDICINA FAMILIAR
Na Europa, é necessário um maior
investimento nos Cuidados de
Saúde Primários para permitir que
os sistemas de saúde cumpram o
seu potencial em benefício dos
doentes.
Esse investimento tem a ver não só
com recursos humanos e infra-estruturas,
mas também com
educação, investigação, formação,
e melhoria contínua da qualidade.
What are the advantages and disadvantages of
restructuring a health care system to be more
focused on primary care services?
WHO Regional Office for Europe’s Health
Evidence Network (HEN) January 2004.
7. OBSERVATÓRIO EUROPEU ANALISA MUDANÇAS
ORGANIZACIONAIS NA APS
Livro corrobora Princípios da Reforma Portuguesa
Investigadores do Observatório Europeu dos
Sistemas e Políticas de Saúde editaram um livro
que faz o ponto da situação em matéria de atenção
primária e enuncia algumas recomendações quanto
ao futuro.
Para que os resultados sejam os esperados, há que
apostar:
no trabalho em equipa,
em listas de usuários,
maior acessibilidade,
num pagamento diferenciado,
na informatização dos serviços.
Cada vez mais a APS é entendida como a base dos
sistemas de saúde.
www.euro.who.int
Tempo Medicina Online
número 1180 de 2006.05.15
8. Todos os cidadãos,
Um futuro para a Medicina de Família em
independentemente das
suas condições ou
características, devem ter
acesso a cuidados de saúde
de que necessitem,
respeitando padrões de
Qualidade.
Portugal - APMCG 1990
www.apmgf.pt
9. Reforma da Atenção Primária
Principais objetivos
Melhorar a
acessibilidade
Aumentar a satisfação
de Profissionais e
Usuários
Melhorar a Qualidade
e a Continuidade de
Cuidados
Melhorar a eficiência Missão para os
Cuidados de Saúde
Primários 2005
10. A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE
obedeceu a um duplo movimento
Constituição de pequenas
unidades funcionais
autónomas, (USF), que
proporcionam maior
proximidade ao cidadão e
maior qualidade de serviço.
A agregação de recursos e
estruturas de gestão, (ACES)
eliminando concorrências
estruturais, e obtendo
economias de escala.
11. MODELO ORGANIZACIONAL
A criação das USF é um
processo voluntário da base
para o topo
Total envolvimento dos
profissionais de saúde
Escolha da equipa
Autonomia organizacional
Definição do Plano de Ação
Gestão em função de
objetivos
Co-responsabilização
12. Reforma da Atenção Primária
Principais características
Adesão voluntária de Profissionais e Usuários
Trabalho em Equipa Multiprofissional
Obrigatoriedade de Sistema de Informação
Regime remuneratório sensível ao desempenho
Regime de incentivos
Contratualização e Avaliação
13. Número de USF em actividade por
ano entre 2006 e 2013
43
118
159
231
276
319
357
390
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
17. Processo de Mudança
Constituição de USF;
Agrupamentos de Centros de Saúde;
Introdução de novo modelo de gestão;
Instituição de governação clínica;
Reorganização dos serviços de suporte.
18. R E F O R M A D A A P S
Satisfação dos Profissionais
www.jmfamilia.com
21. REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM PORTUGAL
Pisco L. Ciência & Saúde Coletiva, 16(6):2841-2852, 2011.
22. Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal
2. A ARSLVT
3. As Unidades de Saúde Familiar
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
5. Sustentabilidade do SNS
24. Movimento assistencial na ARSLVT num dia
Saúde Adultos 34.586
Saúde Infantil 4.010
Saúde Materna 904
Planeamento Familiar 1.643
Especialidade 200
TOTAL 41.343
Consultas por Programa de Saúde
Fonte: SIGA - 18 de junho de 2012
26. Custos observados nos anos de 2010,
2011 e 2012 (milhões de Euros)
290
244 251
313
253
222
160
135
115 126 110 126
890
743
714
-13,6% - 29,0%
-28,3% -0,2%
-19,7%
2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012
Pessoal Medicamentos MCDT Outros Total
27. Plano Atividades ARSLVT
Vetores estratégicos
1. Promover e melhorar a saúde da população
A promoção de estilos de vida indutores de saúde e a
informação aos cidadãos, como estímulo para a
adoção de comportamentos saudáveis, constituem
elementos centrais da estratégia de atuação da
ARSLVT.
28. Plano Atividades ARSLVT
Vetores estratégicos
2. Reforçar o Sistema de Saúde
Os desafios do SNS devem ser no sentido de melhorar a
qualidade dos resultados e corrigir as desigualdades
ainda existentes.
Estes Objetivos passam pelas seguintes ações:
ganhos de eficiência na gestão,
ganhos no acesso aos cuidados de saúde,
garantia da sustentabilidade,
responsabilização dos profissionais de saúde.
29. Plano Atividades ARSLVT
Vetores estratégicos
3. Garantir um SNS sustentável e bem gerido
A sustentabilidade do SNS é fundamental para a sua
sobrevivência, devendo, no entanto, a mesma ser assegurada
através da valorização da importância da saúde e da eficiência
dos serviços.
É determinante a aposta na melhoria da gestão do SNS,
potenciando a eficiência e combatendo o desperdício,
valorizando os seus recursos humanos, ao nível da formação e
do seu aperfeiçoamento profissional.
Também se reveste de grande relevância a inovação ao nível da
organização dos cuidados de saúde, particularmente na
Atenção Primária já em curso.
30. Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal
2. A ARSLVT
3. As Unidades de Saúde Familiar
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
5. Sustentabilidade do SNS
36. UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR
As USF, são pequenas equipas multiprofissionais, formadas
voluntariamente, auto-organizadas, compostas por 3 a 8
médicos de família, por um mesmo número de enfermeiros
de família e profissionais administrativos, que abarcam uma
população entre 4.000 e 14.000 pessoas.
Estas equipas dispõe de autonomia técnica, funcional e
organizativa, e, muito importante, um sistema de
pagamento misto, (capitação/salário/objetivos), incentivos
financeiros e profissionais que recompensam o mérito e são
sensíveis à produtividade, acessibilidade, mas também, e
sobretudo, à qualidade.
38. Inscritos (31/12/2012), nas USF e UCSP
que contratualizaram no ano de 2012
Mod B - 46
681.887 Sem
Mod A - 54
632.689
Com Médico
Médico
de Família
649.558
de Família
1.322.484
UCSP - 115
1.972.042
População inscrita em USF é, no
final de 2012, de cerca de 31,8%.
Mod A Mod B Total
2012 62 48 110
2013 69 54 123
39. Taxa de Utilização Global de Consultas
56,4% 64,0% 68,7%
53,5%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
UCSP USF A USF B ARSLVT
Realizado Contratualizado
40. Taxa de visitas domiciliárias médicas
por 1.000 inscritos
7,6 ‰
20,1 ‰
34,9 ‰
12,3 ‰
35 ‰
30 ‰
25 ‰
20 ‰
15 ‰
10 ‰
5 ‰
0 ‰
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
Realizad
o
Contratualizado
41. Taxa de visitas domiciliárias de
enfermagem por 1.000 inscritos
74,5 ‰
104,8 ‰
133,9 ‰
95,5 ‰
160 ‰
140 ‰
120 ‰
100 ‰
80 ‰
60 ‰
40 ‰
20 ‰
0 ‰
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
Realizado Contratualizado
42. % de mulheres entre 25 e 64 anos
com colpocitologia atualizada
15,7%
47,6%
60,5%
25,1%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
Realizado Contratualizado
43. % diabéticos com pelo menos duas HbA1C
nos últimos 12 meses
(que abranjam os 2 semestres)
26,4%
71,3%
86,6%
51,2%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
Realizado Contratualizado
44. % de mulheres entre 25 e 64 anos com
colpocitologia atualizada (2007 – 2012)
21,1%
34,8%
41,9% 44,4%
48,8%
53,8%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012
MÉDIA USF
USF A
USF B
45. Custo médio de medicamentos por utilizador
2012 141,9€
176,06
166,39
162,04
164,55
230,00
220,00
210,00
200,00
190,00
180,00
170,00
160,00
150,00
2007 2008 2009 2010 2011
USF MODELO A + B USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
47. Agência da Qualidade da Andaluzia
http://www.juntadeandalucia.es/agenciadecalidadsanitaria/
48. Processo de mudança
As USF conseguiram simultaneamente:
mais eficiência,
mais acessibilidade,
melhor clima laboral,
maior satisfação dos cidadãos,
numa palavra, mais qualidade.
São um bom exemplo do sucesso da filosofia de gestão que
recomenda não dizer às pessoas como fazer as coisas. Dizer o
que fazer e elas surpreender-nos-ão com a sua criatividade.
Atribuir uma missão para cumprir e dar liberdade para o
fazer.
49. Estudo: 25 anos de
Portugal Europeu
Portugal evoluiu nas infra-estruturas e nas condições de vida, mas
ainda evidencia níveis baixos de organização e eficiência
colectivas que dificultam a obtenção de resultados.
há uma lógica de copo meio cheio ou copo meio vazio, de semi
sucesso e de semi falhanço, do que foi a trajectória do país após a
adesão à União Europeia (UE).
"Evoluímos muito em tudo o que é infra-estruturas, condições de
vida, o que tem a ver com as questões ambientais, rede de
estradas, condições de equipamentos na saúde e educação“.
Paulo Madruga
Professor do ISEG
29 Agosto 2013
50. A conclusão da Reforma dos
Cuidados de Saúde Primários
Jornal Médico
Novembro 2013
Concluir a Reforma dos
Cuidados de Saúde Primários
em coerência com o que foi
pensado e desenhado e
adaptado aos tempos que
vivemos parece-me não só
crucial como um imperativo
ético.
51. Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal
2. A ARSLVT
3. As Unidades de Saúde Familiar
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
5. Sustentabilidade do SNS
52. Planeamento Governação Monitorização
Clínica
ACES
Âmbito
de
actuação
Cuidados personalizados de saúde (individual e familiar)
Intervenção na comunidade (grupos e comunidade)
Serviços de Suporte
Tecnologias de
Informação
Recursos
Humanos
Financeiro
Assessoria
Especializada
Instalações e
Equipamentos
Compras
Saúde Pública
Agrupamentos de Centros de Saúde
Âmbito de actuação
53. Governação Clínica
A hierarquia técnica deverá ser instituída através da formação de um
Conselho Clínico, cujo presidente é o Diretor Clínico.
Competências
na área de
Governação
Clínica
Organizar e controlar as atividades de formação contínua;
Dar instruções para o cumprimento das normas técnicas
emitidas pelas entidades competentes;
Análise de efetividade de práticas clínicas, adoção de protocolos
e práticas baseadas na evidência, homogeneização das práticas
utilizadas nas várias unidades operativas;
Fixar procedimentos que garantam a melhoria contínua da
qualidade dos cuidados de saúde;
Realização de auditorias clínicas e gestão do risco clínico e
global;
Promover a divulgação de medidas de desempenho, garantindo a
transparência;
Promover a investigação e aprendizagem interna;
Verificar o grau de satisfação dos utentes e dos profissionais.
54. Agrupamento de Centros de Saúde
USP URAP
Conselho
Comunidade
Conselho
Executivo
Conselho
Clínico
Unidade de
Apoio à Gestão
Gabinete do
Cidadão
Director
Executivo
ECLCCI
Governação
Clínica
Gestão
57. % de primeiras consultas na vida
efetuadas até aos 28 dias
70%
64%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
80%
90%
Odivelas
Lisboa Central
Lisboa Oriental
Sintra-Mafra
Oeste Sul
Vila Franca de Xira
Lisboa Norte
Cascais
ARS LVT
Setúbal- Palmela
Algueirão - Rio de Mouro
Loures
Cacém-Queluz
Oeiras
Lezíria II
Amadora
Zêzere
Almada
Ribatejo
Serra d'Aire
Arco Ribeirinho
Seixal - Sesimbra
Oeste Norte
2010 2011 2012
64%
58. Incidência de amputações major em
diabéticos na população residente (10.000 residentes)
0,60
0,67
0,00
0,20
0,40
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
Oeste Sul
Loures
Cascais
Zêzere
Amadora
Oeste Norte
Almada
Lisboa Oriental
Oeiras
Sintra-Mafra
Cacém-Queluz
Seixal - Sesimbra
ARS LVT
Lisboa Central
Setúbal- Palmela
Arco Ribeirinho
Algueirão - Rio de Mouro
Ribatejo
Lezíria II
Serra d'Aire
Lisboa Norte
Odivelas
Vila Franca de Xira
2010 2011 2012
0,67
59. % de mulheres entre os 50-69 anos com
mamografia registada nos últimos 2 anos
40%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Lisboa Central
Sintra-Mafra
Odivelas
Cacém-Queluz
Setúbal- Palmela
Lisboa Oriental
Lisboa Norte
Amadora
Arco Ribeirinho
Algueirão - Rio de Mouro
Oeste Sul
ARS LVT
Vila Franca de Xira
Oeiras
Almada
Cascais
Loures
Oeste Norte
Serra d'Aire
Ribatejo
Seixal - Sesimbra
Lezíria II
Zêzere
2010 2011 2012
40%
60. Consumo de medicamentos ansiolíticos,
hipnóticos, sedativos e antidepressivos
ambulatório (DDD/1.000 habitantes)
60
67
0
20
40
80
100
120
Zêzere
Ribatejo
Serra d'Aire
Lezíria II
Oeste Norte
Almada
Oeste Sul
Lisboa Norte
Lisboa Central
ARS LVT
Seixal - Sesimbra
Lisboa Oriental
Arco Ribeirinho
Sintra-Mafra
Setúbal- Palmela
Oeiras
Loures
Vila Franca de Xira
Cascais
Odivelas
Algueirão - Rio de Mouro
Amadora
Cacém-Queluz
2010 2011 2012
67%
61. % de consumo de genéricos em
embalagens, no total de embalagens de
medicamentos
40%
0%
39%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
45%
50%
Zêzere
Setúbal- Palmela
Cacém-Queluz
Lisboa Central
Serra d'Aire
Algueirão - Rio de Mouro
Lisboa Oriental
Odivelas
Lezíria II
Loures
Oeste Sul
Lisboa Norte
ARS LVT
Sintra-Mafra
Cascais
Oeiras
Amadora
Ribatejo
Arco Ribeirinho
Vila Franca de Xira
Oeste Norte
Almada
Seixal - Sesimbra
2010 2011 2012
39%
62. % de consumo de quinolonas no consumo
total de antibióticos em ambulatório
15%
16%
0%
5%
10%
20%
25%
30%
35%
Zêzere
Lezíria II
Arco Ribeirinho
Serra d'Aire
Oeiras
Lisboa Oriental
Setúbal- Palmela
Lisboa Central
Oeste Sul
ARS LVT
Amadora
Almada
Cacém-Queluz
Seixal - Sesimbra
Sintra-Mafra
Ribatejo
Odivelas
Vila Franca de Xira
Oeste Norte
Lisboa Norte
Loures
Algueirão - Rio de Mouro
Cascais
2010 2011 2012
16%
63. ACES em termos de acesso desempenho
assistencial e eficiência
2.ºQ 1.ºQ
Lisboa Norte
Lisboa Central
Lisboa Oriental
Oeiras
Loures
Amadora
Odivelas
Sintra-Mafra
Algueirão - Rio de Mouro
Cacém-Queluz
Cascais
Vila Franca de Xira
Almada
Seixal - Sesimbra
15
10
5
Setúbal- Palmela Arco Ribeirinho
Oeste Norte
Oeste Sul
Serra d'Aire
Zêzere
Ribatejo
Lezíria II
0
-5
-10
-15
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Eficiência
Acesso e
Desempenho Assistencial
4.ºQ
3.ºQ
64. Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal
2. A ARSLVT
3. As Unidades de Saúde Familiar
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
5. Sustentabilidade do SNS
70. Melhorar a utilização dos recursos
Há ampla evidência de que a maioria dos doentes nem
sempre recebem o melhor tratamento disponível.
Enquanto isso, existem grandes variações na prática
médica entre países e mesmo dentro de cada país que não
podem ser explicados com diferenças nas necessidades.
O trabalho da OCDE explora diferentes políticas de saúde
procurando reduzir as variações injustificadas e melhorar a
alocação de recursos.
71. A eficiência é a dimensão da qualidade
do nossos tempo.
Todos na área da saúde têm um papel a
desempenhar na redução dos custos e
do desperdício, mas são aqueles que
trabalhando no ambulatório e
participando em programas de
melhoria, são a chave para a prestação
de melhores cuidados de saúde com
menores custos. Donald Berwick
Dezembro 2011
Donald Berwick
Dezembro de 2011
Eficiência
72. Relatório Mundial de Saúde
OMS 2010
65 Utilizar os recursos racionalmente
66 Dez causas principais de ineficiência
66 Eliminar despesas desnecessárias em medicamentos
68 Melhorar o controlo de qualidade dos medicamentos
69 Utilização apropriada dos medicamentos
69 Retirar o máximo benefício dos serviços e da tecnologia
71 Motivar as pessoas
72 Melhorar eficiência hospitalar-dimensão e duração da estadia
73 Definir o tratamento correcto desde o início
73 Eliminar o desperdício e a corrupção
74 Levantamento crítico dos serviços necessários
76 Benefícios potenciais de melhorar a eficiência
78 Incentivos, financiamento da saúde e eficiência
80 Pagamentos de acordo com o desempenho
82 Aquisições estratégicas
83 Fragmentação
84 Corrigir as desigualdades
85 Conclusão
73. Budget Constraints Can Lead to
Improved Quality http://blogs.hbr.org/
The emphasis on providing accountable care, will
require health care organizations to shift from
focusing on volume of care to focusing on value.
Value in health care depends on less waste, less
variation, and better health.
Derek Feeley
Chief Executive of the
National Health Service in Scotland
IHI Executive Vice President
November 2013
80. Que cuidados de saúde
para o Século 21
Parte desta atenção renovada nos cuidados primários resulta
do sentimento generalizado, em particular nos países mais
ricos, de uma crise iminente, com Médicos de Família
insuficientes, uma carga de trabalho cada vez mais
insustentável, subfinanciamento por parte dos governos,
fragmentação entre serviços primários, secundários e terciários
e uma população com perfis de risco e cargas de doença em
permanente alteração.
A questão que se coloca, é: Como deverá um sistema de
cuidados de saúde primários operar no século 21?
81. Que cuidados de saúde para o
Século 21
Desde a definição de cuidados de saúde primários
estabelecida em Alma-Ata em 1978 que não havia tanta
procura sobre a melhor forma de fornecer um sistema
de primeiro contacto que seja justo, equitativo,
acessível, eficaz, sustentável e, sobretudo, que
melhore a saúde e o bem-estar da população que serve.
82. In effect there are fewer GPs doing more work with less
resource and it is simply not sustainable.
There has been a doubling of consultation figures in the
past 10 years but on top of that there is probably a
doubling of complexity.
Martin Marshall
Professor of health-care Improvement
University College - London
83. % dos gastos em CSP
Reino Unido 2004 - 2012
2 de Abril de 2014
84. Uma Visão para o sistema de saúde
Holandês em 2040
Se nada for feito em 2040 a
Holanda gastará um quarto do
PIB e ocupará um quarto da sua
população activa na saúde.
McKinsey
85. Prof. Dionne Kringos – projecto
PHAMEU CSP em 31 Países Europeus
Investigadora de sistemas de saúde
Departamento de Medicina Social
Faculdade de Medicina
Universidade de Amesterdão
86. Desenvolvimento dos Cuidados de
Saúde Primários - projecto PHAMEU
há um conjunto de questões, cujo
desenvolvimento é imprescindível para o
fortalecimento dos CSP: uma visão
governamental clara do futuro dos
CSP, protecção da equidade no
acesso, regimes remuneratórios
adequados, planificação dos recursos
humanos para evitar carências futuras,
melhoria da coordenação e
articulação entre níveis de cuidados.
Jornal Médico de Família
Março 2012
se os Estados pretendem uma melhor gestão/organização
dos seus CSP, terão que investir num sistema de
informação integrado e de alta qualidade, a nível
nacional – um aspecto actualmente em falta ou com
deficiências na grande maioria dos países estudados.
87. CSP – Prioridades para o Futuro
Aumentar a acessibilidade nomeadamente nos casos de
doença aguda
Centrar a atenção na prevenção e na intervenção precoce
Melhorar a gestão da doença crónica
Apoiar a integração e prestação de cuidados
multidisciplinares
Seleccionar a evidência disponível para a prestação efectiva
de cuidados de qualidade
Utilizar a tecnologia para apoiar boas práticas
88. Medicina Geral e Familiar
que futuro?
O futuro da Medicina Familiar está cada vez mais interligado
com o sucesso ou insucesso da actual reforma dos Cuidados
de Saúde Primários.
O futuro da Medicina Familiar está ligado ao nosso sucesso ou
insucesso em lidar com a formação e a investigação.
Vai depender de se ganhar ou perder a batalha dos sistemas
de informação e comunicação, de se perder ou ganhar a
batalha pela eficiência, pela gestão, pela governação clínica,
pela qualidade e pelas boas práticas.
89. Medicina Geral e Familiar
que futuro?
O futuro, vai depender cada vez mais, de se ganhar ou perder
a aposta nas pessoas, no trabalho em equipa, numa cultura de
saúde, de organização, de intervenção na comunidade, da
criação de condições e espaços de trabalho, verdadeiros locais
de serviço à população, com profissionais motivados, que
gostem do seu trabalho e gostem de lidar com os outros.
Luis Pisco
Julho 2008
90. Um Futuro para a Saúde:
todos temos um papel a desempenhar
O relatório propõe uma transição do sistema actual,
centrado no hospital e na doença, em que todas as acções
têm como objecto e alvo o doente,
para um sistema centrado nas pessoas e baseado na
saúde, em que os cidadãos são parceiros na promoção da
saúde e na organização dos cuidados.
Relatório Gulbenkian
Setembro 2014