SlideShare uma empresa Scribd logo
GLOBALIZAÇÃO
Releitura da obra de Zygmunt Bauman




  PrOf. SILvânIO BArceLOS
GLOBALIZAÇÃO: Uma palavra em
voga
   A “globalização” está na ordem do dia; uma palavra
    da moda que se transforma rapidamente em um
    lema, uma encantação mágica, uma senha capaz de
    abrir as portas de todos os mistérios presentes e
    futuros. Para alguns, “globalização” é o que
    devemos fazer se quisermos ser felizes; para
    outros, é a causa da nossa infelicidade. Para todos,
    porém, “globalização” é o destino irremediável do
    mundo, um processo irreversível; é também um
    processo que nos afeta a todos na mesma medida e
    da mesma maneira. Estamos todos sendo
    “globalizados” – e isso significa basicamente o
    mesmo para todos. (p. 7)
COMPRESSÃO TEMPO/ESPAÇO


   A globalização tanto divide quanto une; divide
    enquanto une.
   “Junto com as dimensões planetárias dos negócios,
    das finanças, do comércio e do fluxo de
    informação, é colocado em movimento um
    processo localizador, de fixação no espaço” p. 8
   Mobilidade: um valor cobiçado
   Liberdade X “localidade”
   Movimento: contragosto, desígnio ou revelia =
    GLOBAL X LOCAL
Tempo e classe
 “A companhia pertence às pessoas que nela investem – não aos
  empregados, fornecedores ou à localidade em que se situa”
  (Albert J. Dunlap). P. 13
 O poder absoluto dos acionistas
 Último quarto século XX: “Grande guerra de independência em
  relação ao espaço”
 Papel da empresa: pagar seus impostos devidos ao sistema
  negligenciando os direitos dos trabalhadores = o refugo humano
  descartável.
 Quando inviável a empresa muda de local deixando aos locais a
  tarefa de lamber as feridas, consertar o dano e se livrar do lixo. P.
  15
Tempo e classe (cont.)
Proprietários ausentes, marco II

  “A nova liberdade do capital é reminiscente da
   liberdade que tinham outrora os proprietários
   ausentes, notórios por sua negligência, muito
   sentida, face às necessidades das populações que
   os alimentavam” p. 17
  Extrair o produto excedente. Ficavam presos ao
   seu investimento. Esgotamento das terras,
   fortunas precárias. Limites territoriais, reduzir a
   diferença pela força.
  Capitalismo pós-moderno: Não há limitações
   territoriais. Se o embate com a alteridade exigir
   esforços dispendiosos MUDA-SE DE LOCAL.
Tempo e classe (cont.)
Liber dade de movimento e auto-
constituição das sociedades
  Paul Virílio: “Fim da geografia” = As distâncias já
   não importam, ao passo que a idéia de uma
   fronteira geográfica é cada vez mais difícil de
   sustentar no mundo real. P. 19
  Realidade das fronteiras: No passado, como hoje,
   as elites sempre foram mais cosmopolitas. Ao
   contrário, as classes inferiores eram confinadas
   em fronteiras bem definidas.
  Insignificância do “instante”: espaços e
   delimitadores de espaço perdem sua importância.
Continuação...
  Sobre o espaço planejado, territorial-urbanístico-
   arquitetônico, impôs-se um terceiro espaço
   cibernético do mundo humano com o advento da
   rede mundial de informática. P. 24
  “Aqui” e “lá” perderam o sentido.
  As classes subalternas, apesar de utilizar a
   velocidade da internet, continuam “separadas por
   obstáculos físicos e distâncias temporais”. P. 25
  “Separação que agora é mais impiedosa e tem
   efeitos psicológicos mais profundos do que nunca.
   P. 25.
Tempo e classe (cont.)
Nova velocidade, nova polarização
 CIBERESPAÇO:
 A) Para a elite móvel significa libertação em relação ao
     “físico”
 B) Combinação do etéreo com a onipotência
 C) Imunidade à interferência local (política da não-
     vizinhança): as elites se isolam em casas superprotegidas,
     como os fossos dos castelos medievais. A
     desterritorialização do poder anda de mãos dadas com a
     estruturação estrita do território. P. 27
 D) Elites supra-locais se isolam materialmente em suas
     localidades. Locais somente acessíveis por senhas.
 E) O espaço público é lentamente substituido pelo privado.
     Fim do modo de vida comunitário.
 F) Os excluidos são literalmente empurrados para fora das
     “cercas elétricas”.
Globalização: progressiva segregação
espacial = separação e exclusão

  “Os centros de produção de
   significado e valor são hoje
   extraterritoriais e emancipados de
   restrições locais – o que não se
   aplica, porém, à condição humana, à
   qual esses valores e significados
   devem informar e dar sentido” p. 9
CONTINUAÇÃO...

    GUERRAS ESPACIAIS nos territórios urbanos:
   “Os habitantes desprezados e despojados de poder
      das áreas pressionadas e implacavelmente
      usurpadas respondem com ações agressivas
      próprias; tentam instalar nas fronteiras de seus
      guetos seus próprios avisos de – não ultrapasse –
      Usam para isso qualquer material que lhes caia
      nas mãos – rituais, roupas estranhas, atitudes
      bizarras, ruptura de regras, quebrando garrafas,
      janelas ou cabeças, lançando retóricos desafios à
      lei” p. 29.
   * A lei aplicada escamoteia o significado real do
      movimento: tentativas de tornar audíveis e legíveis
      as reivindicações territoriais. Só o que querem os
      excluídos é sua inclusão no jogo territorial.
Continuação...

   FIM DO ESPAÇO PÚBLICO DE DEBATE:
   Lazarsfeld: Líderes de opiniões locais
   Nils Christie: Alegoria
 a) Moisés – Jesus – Maomé (Justiça piramidal)
 b) Mulheres reunidas na fonte (justiça igualitária)
 c) O poço é abolido: Lavanderias automáticas, sobrava algum
    tempinho para conversas.
 d) Shoppings: espaço de (in)sociabilidades
 “Os locais de encontro eram também aqueles em que se
    criavam as normas – de modo que se pudesse fazer justiça e
    distribuí-la horizontalmente, assim re-unindo os
    interlocutores numa comunidade.”p. 33
 = Não há mais espaço para a opinião local.
2. GUERRAS ESPACIAIS:
                informe de carreira

  Desde os primordios o “corpo humano era a
   medida de todas as coisas” (Witold Kula, hist.).
 Burguesia cria a uniformidade das medidas
 ESTADO MODERNO:

“ Unificação do espaço submetido agora à sua
   autoridade direta; ela consistia em separar as
   categorias e distinções espaciais das práticas
   humanas que os poderes do Estado não
   controlavam”
= MAPAS: Territórios domesticados pelo Estado
   moderno. X caos dos aldeamentos/paróquias
A construção dos espaços: cidades
   Modêlo panóptico de Michel Foucault: espaço
    artifical = uma relação de poder
   Visões utópicas modernas da cidade perfeita:
    Planejamento prévio, construção à partir do
    nada, homogeneização dos elementos
    espaciais.
   Cidade chamada liberdade: Ano V da
    Revolução Francesa = sonhos de uma cidade
    perfeita.
   Visão da cidade perfeita (Jürgen Habermas):
    Rejeição total da história.
   “ La ville radieuse” de Le Corbusier: evangelho
    do modernismo urbano = morte das cidades
    existentes (refugo da história) = Brasília - DF
Agorafobia e o renascimento da localidade
   Devastação das pálidas sombras da Ágora: “as
    tentativas de homogeneizar o espaço urbano, de torná-lo
    lógico, funcional ou legível redundaram na desintegração
    das redes protetoras tecidas pelos laços humanos, na
    experiência fisicamente devastadora do abandono e da
    solidão” p. 53.
   Condição urbana ideal: aceitar a alteridade
   Realidade cidades nos EUA: Intolerância à diferença,
    ressentimento com os estranhos, necessidade de isolá-
    los ou bani-los, histeria paranóica com a Lei e a ordem =
    segregação racial, étnica e de classe.
   “ A uniformidade alimenta a conformidade e a outra face
    da conformidade é a intolerância”. P. 55.
   Mundo pós-moderno: Superação do panóptico (poucos
    observam muitos); Internet e Web não são para todos
    (potencial consumidor); TV = muitos observam poucos:
    os locais observam os globais.
3 – Depois da Nação-estado, o que?

   NOVA DESORDEM MUNDIAL: O Estado-nação
    definha em detrimento ao poder das empresas
    transnacionais = mobilidade (procura por novos
    mercados e áreas que permitem maiores lucros).
   FIM DA GUERRA FRIA: “não há mais uma localidade
    com arrogância bastante para falar em nome da
    humanidade como um todo ou para ser ouvida e
    obedecida pela humanidade ao se pronunciar” p. 66
   GLOBALIZAÇÃO: ausência de um centro, de um
    painel de controle, de uma comissão diretora, de um
    gabinete administrativo. É a “nova desordem
    mundial”.
Continuação...
   A expropriação do Estado:
   Após os anos 1960 o Estado Keynesiano cedeu lugar à política
    neo-liberal. Consequência: tripé da soberania estatal foi
    abalado = os mercados financeiros globais impoem suas leis e
    preceitos ao planeta.
   Hoje a “nação-estado torna-se um mero serviço de segurança
    para as mega-empresas” p. 74.
   GLOCALIZAÇÃO: “A criação de riqueza está a caminho de
    finalmente emancipar-se das suas perpétuas conexões com a
    produção de coisas, o processamento de materiais, a criação
    de empregos e a direção de pessoas” p. 80
   Os antigos ricos precisavam dos pobres para fazê-los e mantê-
    los ricos.
   Os novos ricos não precisam mais dos pobres.
   As riquezas são globais, a miséria é local.
4. Turistas e vagabundos

   Hoje em dia estamos todos em movimento.
   Nossa sociedade é uma sociedade de consumo.
    A sociedade antecedente (industrial) era uma
    “sociedade de produtores”.
   A cultura da sociedade de consumo prega o
    esquecimento, não o aprendizado: consumidor
    impaciente, impetuoso, indócil, instigável e de
    fácil desinteresse. É PRECISO ALIMENTAR O
    CÍRCULO VICIOSO DO CONSUMO
    DESENFREADO.
CONTINUAÇÃO...

 “os consumidores são acima de tudo
    colecionadores de sensações”. O desejo não
    deseja satisfação, deseja apenas o desejo. P. 91
   Primeiro mundo: globalmente móveis, o espaço
    não é restritivo. Controle do tempo. Seus
    habitantes vivem no tempo. O espaço não
    importa.
   Segundo mundo: localidade amarrada, sujeitos
    às mudanças que afetam o seu local, o espaço
    real se fecha. Controlado pelo tempo.
Continuação...

   ABISMO SOCIAL: entre “uma rica elite enfurnada em
    condomínios vigiados” e “uma maioria sem trabalho e
    empobrecida”. P. 98
   CULTURA DO PRESENTE ABSOLUTO: A mobilidade total
    de uma elite privilegiada transforma o mundo numa aldeia
    global.
   TURISTA: Ficam ou se vão a seu bel-prazer. Se movem
    porque acham o mundo ao seu alcance (global)
    irresistivelmente atraente.
   VAGABUNDO: se movem porque acham o mundo a seu
    alcance (local) insuportavelmente inóspito.
Continuação...

   “o capital não precisa mais da mão-de-obra itinerante (enquanto
    sua mais avançada e emancipada vanguarda high-tech sequer
    precisa de mão-de-obra alguma, móvel ou fixa).
   MURALHAS CONTRA O VAGABUNDO: Leis de imigração ou de
    nacionalidade. = sinal verde para os turistas, sinal vermelho para
    os vagabundos.
   “Um mundo sem vagabundos: utopia da sociedade dos turistas =
    no entanto os turistas não existiriam sem os vagabundos.
   Sob a película dos “Globais” ferve um caldeirão do
    desconhecido: A feiúra das favelas, dos excluídos.

   PARADOXO: A era da “compressão espaço-temporal”, da
    ilimitada transferência de informação e da comunicação
    instantânea, é também a era de uma quase total quebra de
    comunicação entre as elites instruídas e o populus”
5. LEI GLOBAL, ORDENS LOCAIS
• Nos EUA, segundo Pierre Bourdieu: “o Estado
  Beneficente, fundado no conceito moralizante de
  pobreza, tende a bifurcar-se num Estado Social que
  provê garantias mínimas de segurança para as
  classes médias e num Estado cada vez mais
  repressivo que contra-ataca os efeitos violentos da
  condição cada vez mais precária da grande massa
  da população, principalmente os negros”. P. 111
• Para uns poucos: uma existência ordeira e segura.
• Para “os outros”: toda a espantosa e ameaçadora
  força da lei.
Continuação...

•   O império dos interesses dos “investidores”:
•   Controle mais estritos dos gastos públicos
•   Redução dos impostos
•   Reforma do sistema de proteção social
•   Desmantelamento das normas das relações de trabalho.
    Flexibilidade à favor dos acionistas.
•   CONSEQÜÊNCIAS:
•   A) liberdade de ir aonde os pastos são mais verdes
•   B) Aos “locais” a incumbência de limpar o lixo.
•   C) Extrema fragilização da posição do empregado: trabalhos
    temporários, relação vertical de poder.
•   POLARIZAÇÃO PÓS-MODERNA DAS CONDIÇÕES SOCIAIS: “o
    topo da nova hierarquia é extraterritorial; suas camadas
    inferiores são marcadas por graus variados de restrições
    espaciais e as da base são, para todos os efeitos práticos,
    glebae adscripti”. P. 113
FÁBRICAS DE IMOBILIDADE

• AS PRISÕES MODERNAS:
• Casas de correição século XVIII: produção de
  homens saudáveis, moderados no comer,
  acostumados ao trabalho, com vontade de ter um
  bom emprego, capazes do próprio sustento e
  tementes à Deus.
• Controle Panóptico de Bentham: tirar os internos do
  caminho da perdição moral, desenvolver hábitos que
  permitam o seu retorno ao convívio social, combater
  a preguiça. (era a época da ética do trabalho).
• PRISÃO DE PELICAN BAY: Uma fábrica de
  imobilidade. “laboratório da sociedade globalizada
  no qual são testadas as técnicas de confinamento
  espacial do lixo e do refugo da globalização.
PRISÕES NA IDADE DA PÓS-CORREÇÃO

•   Presos para cada grupo de 100.000 habitantes:
•   E U A: 649 presos
•   NORUEGA: 64 presos
•   HOLANDA: 86 presos
•   INGLATERRA E GALES: 114 presos
“Segundo Zigmunt Baumam: as causas do aumento acelerado de
  prisões no mundo se relacionam às transformações
    conhecidas pelo nome de globalização.

“Os governos não podem seriamente prometer nada exceto
    ‘flexibilidade de mão-de-obra’ – isto é, em última análise, mais
    insegurança e cada vez mais penosa e incapacitante”. P. 126
SEGURANÇA: meio palpável, fim ilusório

• Impossibilitados de resolver os problemas cruciais
  das sociedades modernas, os governos investem no
  espetáculo televisivo da segurança pública:
• Autopropulsão do medo
• Preocupação com a segurança pessoal
• Incerteza psicológica
“A espetaculosidade das operações punitivas importa
  mais que sua eficácia, que de qualquer forma, dada
  a indiferença geral e a curta duração da memória
  pública, raramente é testada”. P. 128
“o caminho mais curto para a prosperidade econômica
  da nação e, supõe-se, para a sensação de bem-estar
  dos eleitores, é a da pública exibição de
  competência policial e destreza do Estado”.
O FORA DE ORDEM

• O SISTEMA ATACA A BASE E NÃO O TOPO DA
  SOCIEDADE:
• Roubar os recursos de nações inteiras é chamado
  de “promoção do livre comércio”.
• Roubar famílias e comunidades inteiras de seu meio
  de subsistência é chamado “enxugamento” ou
  simplesmente “racionalização”
• (Nenhum desses feitos jamais foi incluído entre os
  atos criminosos passíveis de punição). P. 131
• “A exclusão das liberdades globais tende a redundar
  no fortalecimento das localidades”
• “A fragmentação e o isolamento ‘na base’ continuam
  sendo os irmãos gêmeos da globalização no topo”

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Série FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDS
Série FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDSSérie FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDS
Série FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDS
augustodefranco .
 
Fluzz pilulas 55
Fluzz pilulas 55Fluzz pilulas 55
Fluzz pilulas 55
augustodefranco .
 
Aula 47 robert heilbroner - a revolução econômica
Aula 47   robert heilbroner - a revolução econômicaAula 47   robert heilbroner - a revolução econômica
Aula 47 robert heilbroner - a revolução econômica
petecoslides
 
Hermes no ciberespaço completo - 22.06.2011
Hermes no ciberespaço   completo - 22.06.2011Hermes no ciberespaço   completo - 22.06.2011
Hermes no ciberespaço completo - 22.06.2011
claudiocpaiva
 
Milton santos
Milton santosMilton santos
Milton santos
Karoline Tavares
 
Série FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIO
Série FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIOSérie FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIO
Série FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIO
augustodefranco .
 
10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok
10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok
10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok
Lenny Capinan
 
Seminario Tempo e Espaço na sociedade globalizada
Seminario Tempo e Espaço na sociedade globalizadaSeminario Tempo e Espaço na sociedade globalizada
Seminario Tempo e Espaço na sociedade globalizada
Erika Zuza
 

Mais procurados (8)

Série FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDS
Série FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDSSérie FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDS
Série FLUZZ Volume 2 HIGHLY CONNECTED WORLDS
 
Fluzz pilulas 55
Fluzz pilulas 55Fluzz pilulas 55
Fluzz pilulas 55
 
Aula 47 robert heilbroner - a revolução econômica
Aula 47   robert heilbroner - a revolução econômicaAula 47   robert heilbroner - a revolução econômica
Aula 47 robert heilbroner - a revolução econômica
 
Hermes no ciberespaço completo - 22.06.2011
Hermes no ciberespaço   completo - 22.06.2011Hermes no ciberespaço   completo - 22.06.2011
Hermes no ciberespaço completo - 22.06.2011
 
Milton santos
Milton santosMilton santos
Milton santos
 
Série FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIO
Série FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIOSérie FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIO
Série FLUZZ Volume 3 PARA ENTRAR NO TERCEIRO MILÊNIO
 
10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok
10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok
10.renata barreto uma leitura do contexto social.ok
 
Seminario Tempo e Espaço na sociedade globalizada
Seminario Tempo e Espaço na sociedade globalizadaSeminario Tempo e Espaço na sociedade globalizada
Seminario Tempo e Espaço na sociedade globalizada
 

Destaque

Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Fabio Rogerio Nepomuceno
 
Seminário Dr Silene Kuin
Seminário Dr Silene KuinSeminário Dr Silene Kuin
Design sociedade cultura01
Design sociedade cultura01Design sociedade cultura01
Design sociedade cultura01
Izabel Meister
 
214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida
214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida
214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida
Alline Garcia
 
Zygmunt Bauman e os Divergentes
Zygmunt Bauman e  os DivergentesZygmunt Bauman e  os Divergentes
Zygmunt Bauman e os Divergentes
Roberta Dias da Silva
 
Tcc.eca usp diegodeoliveira
Tcc.eca usp diegodeoliveiraTcc.eca usp diegodeoliveira
Tcc.eca usp diegodeoliveira
Diego de Oliveira
 
Bauman, zygmunt. confiança e medo na cidade
Bauman, zygmunt. confiança e medo na cidadeBauman, zygmunt. confiança e medo na cidade
Bauman, zygmunt. confiança e medo na cidade
Luciana Demarchi
 
Monografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'Ana
Monografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'AnaMonografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'Ana
Monografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'Ana
Alex Sandro C. Sant'Ana
 
Um Pouco De Arte Parte III
Um Pouco De Arte Parte IIIUm Pouco De Arte Parte III
Um Pouco De Arte Parte III
renatamruiz
 
Seminario Bauman Final
Seminario Bauman FinalSeminario Bauman Final
Seminario Bauman Final
Clovis Castelo Junior , MSc
 
Identidade
IdentidadeIdentidade
Identidade
Weicker Gutierrez
 
Posse e conflito pela terra em jaurú mt
Posse e conflito pela terra em jaurú   mtPosse e conflito pela terra em jaurú   mt
Posse e conflito pela terra em jaurú mt
Silvânio Barcelos
 
A liquidez do homem pós
A liquidez do homem pósA liquidez do homem pós
A liquidez do homem pós
Hipotese Soluções Educacionais
 
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroyO atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
Silvânio Barcelos
 
Aula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidade
Aula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidadeAula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidade
Aula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidade
IFMS - Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
 
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós modernoApresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
CBD0282 - Estados e Formas da Cultura na Atualidade
 
Identidade cultural
Identidade culturalIdentidade cultural
Identidade cultural
Ex Votos Do Brasil
 
Amor líquido
Amor líquidoAmor líquido
Amor líquido
Mônica Silva
 
Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015
Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015
Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015
Raquel Camargo
 
Bauman e a educação
Bauman e a educaçãoBauman e a educação
Bauman e a educação
Prof.º Carlos Lopes
 

Destaque (20)

Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
 
Seminário Dr Silene Kuin
Seminário Dr Silene KuinSeminário Dr Silene Kuin
Seminário Dr Silene Kuin
 
Design sociedade cultura01
Design sociedade cultura01Design sociedade cultura01
Design sociedade cultura01
 
214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida
214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida
214861544 zygmunt-bauman-vida-liquida
 
Zygmunt Bauman e os Divergentes
Zygmunt Bauman e  os DivergentesZygmunt Bauman e  os Divergentes
Zygmunt Bauman e os Divergentes
 
Tcc.eca usp diegodeoliveira
Tcc.eca usp diegodeoliveiraTcc.eca usp diegodeoliveira
Tcc.eca usp diegodeoliveira
 
Bauman, zygmunt. confiança e medo na cidade
Bauman, zygmunt. confiança e medo na cidadeBauman, zygmunt. confiança e medo na cidade
Bauman, zygmunt. confiança e medo na cidade
 
Monografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'Ana
Monografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'AnaMonografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'Ana
Monografia Educação e Pós-modernidade, de Alex Sandro C. Sant'Ana
 
Um Pouco De Arte Parte III
Um Pouco De Arte Parte IIIUm Pouco De Arte Parte III
Um Pouco De Arte Parte III
 
Seminario Bauman Final
Seminario Bauman FinalSeminario Bauman Final
Seminario Bauman Final
 
Identidade
IdentidadeIdentidade
Identidade
 
Posse e conflito pela terra em jaurú mt
Posse e conflito pela terra em jaurú   mtPosse e conflito pela terra em jaurú   mt
Posse e conflito pela terra em jaurú mt
 
A liquidez do homem pós
A liquidez do homem pósA liquidez do homem pós
A liquidez do homem pós
 
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroyO atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
 
Aula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidade
Aula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidadeAula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidade
Aula 06.08 - A identidade cultural na pós-modernidade
 
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós modernoApresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
 
Identidade cultural
Identidade culturalIdentidade cultural
Identidade cultural
 
Amor líquido
Amor líquidoAmor líquido
Amor líquido
 
Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015
Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015
Mídias Sociais, redes e tempos líquidos - Social Media Week 2015
 
Bauman e a educação
Bauman e a educaçãoBauman e a educação
Bauman e a educação
 

Semelhante a Globalização releitura da obra de zigmunt baumam

PARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSAL
PARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSALPARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSAL
PARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSAL
MAICONDACAMARGO
 
Raizes do brasil
Raizes do brasilRaizes do brasil
Raizes do brasil
Leonara Margotto Tartaglia
 
Raizes do brasil
Raizes do brasilRaizes do brasil
Raizes do brasil
Ciro Mesquita
 
Sociedades em rede, cidades globais, etc
Sociedades em rede, cidades globais, etcSociedades em rede, cidades globais, etc
Sociedades em rede, cidades globais, etc
blogarlete
 
37930 vidas desperdiçadas zigmunt bauman
37930 vidas desperdiçadas  zigmunt bauman37930 vidas desperdiçadas  zigmunt bauman
37930 vidas desperdiçadas zigmunt bauman
Lilian Brito
 
Da ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia Quadros
Da ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia QuadrosDa ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia Quadros
Da ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia Quadros
Silvânio Barcelos
 
A sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil Giardelli
A sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil GiardelliA sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil Giardelli
A sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil Giardelli
Gil Giardelli
 
Por uma outra globalizacao milton santos
Por uma outra globalizacao   milton santosPor uma outra globalizacao   milton santos
Por uma outra globalizacao milton santos
graciele damasio de oliveira
 
O indivíduo em bauman, hall, augé
O indivíduo em bauman, hall, augéO indivíduo em bauman, hall, augé
O indivíduo em bauman, hall, augé
CBD0282 - Estados e Formas da Cultura na Atualidade
 
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humanoFronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Silvânio Barcelos
 
Direitos Humanos
Direitos HumanosDireitos Humanos
Direitos Humanos
Catarina
 
Laudato Si'- Introdução
Laudato Si'- IntroduçãoLaudato Si'- Introdução
Laudato Si'- Introdução
Simone Ferreira
 
Modernidade
ModernidadeModernidade
Geografia agraria
Geografia agrariaGeografia agraria
Geografia agraria
Patric Ramos
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Manifesto do partido comunista
Manifesto do partido comunistaManifesto do partido comunista
Manifesto do partido comunista
sesounirio
 
Sociedade contemporanea e alienação
Sociedade contemporanea e alienaçãoSociedade contemporanea e alienação
Sociedade contemporanea e alienação
Erica Frau
 
"Sociedade em rede e economia criativa"
"Sociedade em rede e economia criativa" "Sociedade em rede e economia criativa"
"Sociedade em rede e economia criativa"
Gil Giardelli
 
éTica, estética e política na comunicação
éTica, estética e política na comunicaçãoéTica, estética e política na comunicação
éTica, estética e política na comunicação
Jadisson Vaz
 
EC POA 11 Ago O mundo mudou
EC POA 11 Ago O mundo mudouEC POA 11 Ago O mundo mudou
EC POA 11 Ago O mundo mudou
Guilherme Lito
 

Semelhante a Globalização releitura da obra de zigmunt baumam (20)

PARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSAL
PARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSALPARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSAL
PARA ALÉM DO PENSAMENTO ABISSAL
 
Raizes do brasil
Raizes do brasilRaizes do brasil
Raizes do brasil
 
Raizes do brasil
Raizes do brasilRaizes do brasil
Raizes do brasil
 
Sociedades em rede, cidades globais, etc
Sociedades em rede, cidades globais, etcSociedades em rede, cidades globais, etc
Sociedades em rede, cidades globais, etc
 
37930 vidas desperdiçadas zigmunt bauman
37930 vidas desperdiçadas  zigmunt bauman37930 vidas desperdiçadas  zigmunt bauman
37930 vidas desperdiçadas zigmunt bauman
 
Da ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia Quadros
Da ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia QuadrosDa ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia Quadros
Da ServidãO Moderna, de Jean-François Brient, trad. Elisa Gerbenia Quadros
 
A sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil Giardelli
A sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil GiardelliA sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil Giardelli
A sociedade em rede TEDXCuritiba com Gil Giardelli
 
Por uma outra globalizacao milton santos
Por uma outra globalizacao   milton santosPor uma outra globalizacao   milton santos
Por uma outra globalizacao milton santos
 
O indivíduo em bauman, hall, augé
O indivíduo em bauman, hall, augéO indivíduo em bauman, hall, augé
O indivíduo em bauman, hall, augé
 
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humanoFronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
 
Direitos Humanos
Direitos HumanosDireitos Humanos
Direitos Humanos
 
Laudato Si'- Introdução
Laudato Si'- IntroduçãoLaudato Si'- Introdução
Laudato Si'- Introdução
 
Modernidade
ModernidadeModernidade
Modernidade
 
Geografia agraria
Geografia agrariaGeografia agraria
Geografia agraria
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
Manifesto do partido comunista
Manifesto do partido comunistaManifesto do partido comunista
Manifesto do partido comunista
 
Sociedade contemporanea e alienação
Sociedade contemporanea e alienaçãoSociedade contemporanea e alienação
Sociedade contemporanea e alienação
 
"Sociedade em rede e economia criativa"
"Sociedade em rede e economia criativa" "Sociedade em rede e economia criativa"
"Sociedade em rede e economia criativa"
 
éTica, estética e política na comunicação
éTica, estética e política na comunicaçãoéTica, estética e política na comunicação
éTica, estética e política na comunicação
 
EC POA 11 Ago O mundo mudou
EC POA 11 Ago O mundo mudouEC POA 11 Ago O mundo mudou
EC POA 11 Ago O mundo mudou
 

Mais de Silvânio Barcelos

Módulo 1 (7º ano) povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...
Módulo 1 (7º ano)   povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...Módulo 1 (7º ano)   povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...
Módulo 1 (7º ano) povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...
Silvânio Barcelos
 
História da áfrica prof. silvânio barcelos
História da áfrica prof. silvânio barcelosHistória da áfrica prof. silvânio barcelos
História da áfrica prof. silvânio barcelos
Silvânio Barcelos
 
Educação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalizaçãoEducação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalização
Silvânio Barcelos
 
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelosGlobalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Silvânio Barcelos
 
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelosEscravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Silvânio Barcelos
 
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelosCuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Silvânio Barcelos
 
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOSA assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
Silvânio Barcelos
 
Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade
Silvânio Barcelos
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidão
Silvânio Barcelos
 
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Silvânio Barcelos
 
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
Silvânio Barcelos
 
Viajantes das estrelas ppt
Viajantes das estrelas pptViajantes das estrelas ppt
Viajantes das estrelas ppt
Silvânio Barcelos
 
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grossoColonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Silvânio Barcelos
 

Mais de Silvânio Barcelos (13)

Módulo 1 (7º ano) povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...
Módulo 1 (7º ano)   povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...Módulo 1 (7º ano)   povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...
Módulo 1 (7º ano) povos indígenas - saberes e técnicas - prof. silvânio bar...
 
História da áfrica prof. silvânio barcelos
História da áfrica prof. silvânio barcelosHistória da áfrica prof. silvânio barcelos
História da áfrica prof. silvânio barcelos
 
Educação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalizaçãoEducação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalização
 
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelosGlobalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
 
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelosEscravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
 
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelosCuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
 
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOSA assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
 
Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidão
 
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
 
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
 
Viajantes das estrelas ppt
Viajantes das estrelas pptViajantes das estrelas ppt
Viajantes das estrelas ppt
 
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grossoColonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
 

Último

epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
MarceloMonteiro213738
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
DECIOMAURINARAMOS
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AntonioVieira539017
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
Eró Cunha
 
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptxAula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
LILIANPRESTESSCUDELE
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
edivirgesribeiro1
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
CarinaSantos916505
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 

Último (20)

epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
 
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptxAula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 

Globalização releitura da obra de zigmunt baumam

  • 1. GLOBALIZAÇÃO Releitura da obra de Zygmunt Bauman PrOf. SILvânIO BArceLOS
  • 2. GLOBALIZAÇÃO: Uma palavra em voga  A “globalização” está na ordem do dia; uma palavra da moda que se transforma rapidamente em um lema, uma encantação mágica, uma senha capaz de abrir as portas de todos os mistérios presentes e futuros. Para alguns, “globalização” é o que devemos fazer se quisermos ser felizes; para outros, é a causa da nossa infelicidade. Para todos, porém, “globalização” é o destino irremediável do mundo, um processo irreversível; é também um processo que nos afeta a todos na mesma medida e da mesma maneira. Estamos todos sendo “globalizados” – e isso significa basicamente o mesmo para todos. (p. 7)
  • 3. COMPRESSÃO TEMPO/ESPAÇO  A globalização tanto divide quanto une; divide enquanto une.  “Junto com as dimensões planetárias dos negócios, das finanças, do comércio e do fluxo de informação, é colocado em movimento um processo localizador, de fixação no espaço” p. 8  Mobilidade: um valor cobiçado  Liberdade X “localidade”  Movimento: contragosto, desígnio ou revelia = GLOBAL X LOCAL
  • 4. Tempo e classe  “A companhia pertence às pessoas que nela investem – não aos empregados, fornecedores ou à localidade em que se situa” (Albert J. Dunlap). P. 13  O poder absoluto dos acionistas  Último quarto século XX: “Grande guerra de independência em relação ao espaço”  Papel da empresa: pagar seus impostos devidos ao sistema negligenciando os direitos dos trabalhadores = o refugo humano descartável.  Quando inviável a empresa muda de local deixando aos locais a tarefa de lamber as feridas, consertar o dano e se livrar do lixo. P. 15
  • 5. Tempo e classe (cont.) Proprietários ausentes, marco II  “A nova liberdade do capital é reminiscente da liberdade que tinham outrora os proprietários ausentes, notórios por sua negligência, muito sentida, face às necessidades das populações que os alimentavam” p. 17  Extrair o produto excedente. Ficavam presos ao seu investimento. Esgotamento das terras, fortunas precárias. Limites territoriais, reduzir a diferença pela força.  Capitalismo pós-moderno: Não há limitações territoriais. Se o embate com a alteridade exigir esforços dispendiosos MUDA-SE DE LOCAL.
  • 6. Tempo e classe (cont.) Liber dade de movimento e auto- constituição das sociedades  Paul Virílio: “Fim da geografia” = As distâncias já não importam, ao passo que a idéia de uma fronteira geográfica é cada vez mais difícil de sustentar no mundo real. P. 19  Realidade das fronteiras: No passado, como hoje, as elites sempre foram mais cosmopolitas. Ao contrário, as classes inferiores eram confinadas em fronteiras bem definidas.  Insignificância do “instante”: espaços e delimitadores de espaço perdem sua importância.
  • 7. Continuação...  Sobre o espaço planejado, territorial-urbanístico- arquitetônico, impôs-se um terceiro espaço cibernético do mundo humano com o advento da rede mundial de informática. P. 24  “Aqui” e “lá” perderam o sentido.  As classes subalternas, apesar de utilizar a velocidade da internet, continuam “separadas por obstáculos físicos e distâncias temporais”. P. 25  “Separação que agora é mais impiedosa e tem efeitos psicológicos mais profundos do que nunca. P. 25.
  • 8. Tempo e classe (cont.) Nova velocidade, nova polarização CIBERESPAÇO: A) Para a elite móvel significa libertação em relação ao “físico” B) Combinação do etéreo com a onipotência C) Imunidade à interferência local (política da não- vizinhança): as elites se isolam em casas superprotegidas, como os fossos dos castelos medievais. A desterritorialização do poder anda de mãos dadas com a estruturação estrita do território. P. 27 D) Elites supra-locais se isolam materialmente em suas localidades. Locais somente acessíveis por senhas. E) O espaço público é lentamente substituido pelo privado. Fim do modo de vida comunitário. F) Os excluidos são literalmente empurrados para fora das “cercas elétricas”.
  • 9. Globalização: progressiva segregação espacial = separação e exclusão  “Os centros de produção de significado e valor são hoje extraterritoriais e emancipados de restrições locais – o que não se aplica, porém, à condição humana, à qual esses valores e significados devem informar e dar sentido” p. 9
  • 10. CONTINUAÇÃO...  GUERRAS ESPACIAIS nos territórios urbanos: “Os habitantes desprezados e despojados de poder das áreas pressionadas e implacavelmente usurpadas respondem com ações agressivas próprias; tentam instalar nas fronteiras de seus guetos seus próprios avisos de – não ultrapasse – Usam para isso qualquer material que lhes caia nas mãos – rituais, roupas estranhas, atitudes bizarras, ruptura de regras, quebrando garrafas, janelas ou cabeças, lançando retóricos desafios à lei” p. 29. * A lei aplicada escamoteia o significado real do movimento: tentativas de tornar audíveis e legíveis as reivindicações territoriais. Só o que querem os excluídos é sua inclusão no jogo territorial.
  • 11. Continuação...  FIM DO ESPAÇO PÚBLICO DE DEBATE:  Lazarsfeld: Líderes de opiniões locais  Nils Christie: Alegoria a) Moisés – Jesus – Maomé (Justiça piramidal) b) Mulheres reunidas na fonte (justiça igualitária) c) O poço é abolido: Lavanderias automáticas, sobrava algum tempinho para conversas. d) Shoppings: espaço de (in)sociabilidades “Os locais de encontro eram também aqueles em que se criavam as normas – de modo que se pudesse fazer justiça e distribuí-la horizontalmente, assim re-unindo os interlocutores numa comunidade.”p. 33 = Não há mais espaço para a opinião local.
  • 12. 2. GUERRAS ESPACIAIS: informe de carreira  Desde os primordios o “corpo humano era a medida de todas as coisas” (Witold Kula, hist.).  Burguesia cria a uniformidade das medidas  ESTADO MODERNO: “ Unificação do espaço submetido agora à sua autoridade direta; ela consistia em separar as categorias e distinções espaciais das práticas humanas que os poderes do Estado não controlavam” = MAPAS: Territórios domesticados pelo Estado moderno. X caos dos aldeamentos/paróquias
  • 13. A construção dos espaços: cidades  Modêlo panóptico de Michel Foucault: espaço artifical = uma relação de poder  Visões utópicas modernas da cidade perfeita: Planejamento prévio, construção à partir do nada, homogeneização dos elementos espaciais.  Cidade chamada liberdade: Ano V da Revolução Francesa = sonhos de uma cidade perfeita.  Visão da cidade perfeita (Jürgen Habermas): Rejeição total da história.  “ La ville radieuse” de Le Corbusier: evangelho do modernismo urbano = morte das cidades existentes (refugo da história) = Brasília - DF
  • 14. Agorafobia e o renascimento da localidade  Devastação das pálidas sombras da Ágora: “as tentativas de homogeneizar o espaço urbano, de torná-lo lógico, funcional ou legível redundaram na desintegração das redes protetoras tecidas pelos laços humanos, na experiência fisicamente devastadora do abandono e da solidão” p. 53.  Condição urbana ideal: aceitar a alteridade  Realidade cidades nos EUA: Intolerância à diferença, ressentimento com os estranhos, necessidade de isolá- los ou bani-los, histeria paranóica com a Lei e a ordem = segregação racial, étnica e de classe.  “ A uniformidade alimenta a conformidade e a outra face da conformidade é a intolerância”. P. 55.  Mundo pós-moderno: Superação do panóptico (poucos observam muitos); Internet e Web não são para todos (potencial consumidor); TV = muitos observam poucos: os locais observam os globais.
  • 15. 3 – Depois da Nação-estado, o que?  NOVA DESORDEM MUNDIAL: O Estado-nação definha em detrimento ao poder das empresas transnacionais = mobilidade (procura por novos mercados e áreas que permitem maiores lucros).  FIM DA GUERRA FRIA: “não há mais uma localidade com arrogância bastante para falar em nome da humanidade como um todo ou para ser ouvida e obedecida pela humanidade ao se pronunciar” p. 66  GLOBALIZAÇÃO: ausência de um centro, de um painel de controle, de uma comissão diretora, de um gabinete administrativo. É a “nova desordem mundial”.
  • 16. Continuação...  A expropriação do Estado:  Após os anos 1960 o Estado Keynesiano cedeu lugar à política neo-liberal. Consequência: tripé da soberania estatal foi abalado = os mercados financeiros globais impoem suas leis e preceitos ao planeta.  Hoje a “nação-estado torna-se um mero serviço de segurança para as mega-empresas” p. 74.  GLOCALIZAÇÃO: “A criação de riqueza está a caminho de finalmente emancipar-se das suas perpétuas conexões com a produção de coisas, o processamento de materiais, a criação de empregos e a direção de pessoas” p. 80  Os antigos ricos precisavam dos pobres para fazê-los e mantê- los ricos.  Os novos ricos não precisam mais dos pobres.  As riquezas são globais, a miséria é local.
  • 17. 4. Turistas e vagabundos  Hoje em dia estamos todos em movimento.  Nossa sociedade é uma sociedade de consumo. A sociedade antecedente (industrial) era uma “sociedade de produtores”.  A cultura da sociedade de consumo prega o esquecimento, não o aprendizado: consumidor impaciente, impetuoso, indócil, instigável e de fácil desinteresse. É PRECISO ALIMENTAR O CÍRCULO VICIOSO DO CONSUMO DESENFREADO.
  • 18. CONTINUAÇÃO...  “os consumidores são acima de tudo colecionadores de sensações”. O desejo não deseja satisfação, deseja apenas o desejo. P. 91  Primeiro mundo: globalmente móveis, o espaço não é restritivo. Controle do tempo. Seus habitantes vivem no tempo. O espaço não importa.  Segundo mundo: localidade amarrada, sujeitos às mudanças que afetam o seu local, o espaço real se fecha. Controlado pelo tempo.
  • 19. Continuação...  ABISMO SOCIAL: entre “uma rica elite enfurnada em condomínios vigiados” e “uma maioria sem trabalho e empobrecida”. P. 98  CULTURA DO PRESENTE ABSOLUTO: A mobilidade total de uma elite privilegiada transforma o mundo numa aldeia global.  TURISTA: Ficam ou se vão a seu bel-prazer. Se movem porque acham o mundo ao seu alcance (global) irresistivelmente atraente.  VAGABUNDO: se movem porque acham o mundo a seu alcance (local) insuportavelmente inóspito.
  • 20. Continuação...  “o capital não precisa mais da mão-de-obra itinerante (enquanto sua mais avançada e emancipada vanguarda high-tech sequer precisa de mão-de-obra alguma, móvel ou fixa).  MURALHAS CONTRA O VAGABUNDO: Leis de imigração ou de nacionalidade. = sinal verde para os turistas, sinal vermelho para os vagabundos.  “Um mundo sem vagabundos: utopia da sociedade dos turistas = no entanto os turistas não existiriam sem os vagabundos.  Sob a película dos “Globais” ferve um caldeirão do desconhecido: A feiúra das favelas, dos excluídos.  PARADOXO: A era da “compressão espaço-temporal”, da ilimitada transferência de informação e da comunicação instantânea, é também a era de uma quase total quebra de comunicação entre as elites instruídas e o populus”
  • 21. 5. LEI GLOBAL, ORDENS LOCAIS • Nos EUA, segundo Pierre Bourdieu: “o Estado Beneficente, fundado no conceito moralizante de pobreza, tende a bifurcar-se num Estado Social que provê garantias mínimas de segurança para as classes médias e num Estado cada vez mais repressivo que contra-ataca os efeitos violentos da condição cada vez mais precária da grande massa da população, principalmente os negros”. P. 111 • Para uns poucos: uma existência ordeira e segura. • Para “os outros”: toda a espantosa e ameaçadora força da lei.
  • 22. Continuação... • O império dos interesses dos “investidores”: • Controle mais estritos dos gastos públicos • Redução dos impostos • Reforma do sistema de proteção social • Desmantelamento das normas das relações de trabalho. Flexibilidade à favor dos acionistas. • CONSEQÜÊNCIAS: • A) liberdade de ir aonde os pastos são mais verdes • B) Aos “locais” a incumbência de limpar o lixo. • C) Extrema fragilização da posição do empregado: trabalhos temporários, relação vertical de poder. • POLARIZAÇÃO PÓS-MODERNA DAS CONDIÇÕES SOCIAIS: “o topo da nova hierarquia é extraterritorial; suas camadas inferiores são marcadas por graus variados de restrições espaciais e as da base são, para todos os efeitos práticos, glebae adscripti”. P. 113
  • 23. FÁBRICAS DE IMOBILIDADE • AS PRISÕES MODERNAS: • Casas de correição século XVIII: produção de homens saudáveis, moderados no comer, acostumados ao trabalho, com vontade de ter um bom emprego, capazes do próprio sustento e tementes à Deus. • Controle Panóptico de Bentham: tirar os internos do caminho da perdição moral, desenvolver hábitos que permitam o seu retorno ao convívio social, combater a preguiça. (era a época da ética do trabalho). • PRISÃO DE PELICAN BAY: Uma fábrica de imobilidade. “laboratório da sociedade globalizada no qual são testadas as técnicas de confinamento espacial do lixo e do refugo da globalização.
  • 24. PRISÕES NA IDADE DA PÓS-CORREÇÃO • Presos para cada grupo de 100.000 habitantes: • E U A: 649 presos • NORUEGA: 64 presos • HOLANDA: 86 presos • INGLATERRA E GALES: 114 presos “Segundo Zigmunt Baumam: as causas do aumento acelerado de prisões no mundo se relacionam às transformações conhecidas pelo nome de globalização. “Os governos não podem seriamente prometer nada exceto ‘flexibilidade de mão-de-obra’ – isto é, em última análise, mais insegurança e cada vez mais penosa e incapacitante”. P. 126
  • 25. SEGURANÇA: meio palpável, fim ilusório • Impossibilitados de resolver os problemas cruciais das sociedades modernas, os governos investem no espetáculo televisivo da segurança pública: • Autopropulsão do medo • Preocupação com a segurança pessoal • Incerteza psicológica “A espetaculosidade das operações punitivas importa mais que sua eficácia, que de qualquer forma, dada a indiferença geral e a curta duração da memória pública, raramente é testada”. P. 128 “o caminho mais curto para a prosperidade econômica da nação e, supõe-se, para a sensação de bem-estar dos eleitores, é a da pública exibição de competência policial e destreza do Estado”.
  • 26. O FORA DE ORDEM • O SISTEMA ATACA A BASE E NÃO O TOPO DA SOCIEDADE: • Roubar os recursos de nações inteiras é chamado de “promoção do livre comércio”. • Roubar famílias e comunidades inteiras de seu meio de subsistência é chamado “enxugamento” ou simplesmente “racionalização” • (Nenhum desses feitos jamais foi incluído entre os atos criminosos passíveis de punição). P. 131 • “A exclusão das liberdades globais tende a redundar no fortalecimento das localidades” • “A fragmentação e o isolamento ‘na base’ continuam sendo os irmãos gêmeos da globalização no topo”