1. A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS MODERNIDADE
TEORIA DA COMUNICAÇÃO
Realização
Fabiane Fernandes Alves (1085908-2)
2. A IDENTIDADE CULTURAL
Stuart Hall, nasceu em 3 de Fevereiro de 1932 em Kingston.
Ele é um teórico cultural jamaicano que trabalha no Reino Unido, e que contribuiu com obras chave
para os estudos da cultura e dos meios de comunicação, assim como para o debate político.
Stuart, publicou uma série de livros, entre eles “A Identidade Cultural na Pós-modernidade”
3. A IDENTIDADE CULTURAL
Segundo Stuart Hall, as sociedades do final do século XX têm sofrido uma mudança estrutural que se
irradia nas transformações das “paisagens culturais”, antes sólidas e estáveis, como o gênero, a
sexualidade, a etnia, a raça e a nacionalidade.
Tais transformações influenciam a formação cultural das pessoas, que acabam ficando divididas
periodicamente entre os velhos e novos padrões, bem como entre as mais variadas classes que surgem
na metade do século, principalmente em decorrência da quebra do pensamento de teorias clássicas,
como o iluminismo.
4. A IDENTIDADE CULTURAL
O pensamento iluminista, que agregava visões racionalistas, individualistas e humanistas, deu suporte à
idéia de que o próprio sujeito seria “o responsável” pelo seu reconhecimento cultural. E sendo assim
identificando três concepções de identidade:
- Sujeito do Iluminismo, que se baseia numa concepção de pessoa humana como um
indivíduo totalmente centrado que emergia deste o nascimento e ao longo de toda sua vida,
permanecendo totalmente o mesmo.
- Sujeito Sociológico, reflete a complexidade do mundo moderno e a consciência de que este
núcleo moderno não era autônomo e auto-suficiente.
- Sujeito Pós-Moderno, a identidade torna-se uma celebração móvel, formada e
transformada continuamente em relação às formas pela quais somos representados nos sistemas
culturais que nos rodeiam.
5. A IDENTIDADE CULTURAL
Esse processo estaria, segundo o Stuart, intimamente relacionado ao caráter da mudança na
modernidade tardia, sobretudo aquela que se conhece, de modo genérico, pelo nome de globalização.
Antes da Era Moderna, o indivíduo encontrava sua identidade ancorada em apoios estáveis (tradições,
estruturas),já na modernidade tardia, a concepção de identidade passa por transformações substanciais:
o sujeito passa por um profundo processo de descentramento, que tem origem, por exemplo, nas
teorias revolucionárias de Marx, Freud, Saussure, Foucault e outros.
E o mesmo ocorre, com as identidades culturais/nacionais, igualmente deslocadas pela globalização.
6. A IDENTIDADE CULTURAL
Esse processo deu-se em cinco momentos principais:
A corrente marxista, que o reconhecimento cultural do sujeito estaria ligado a sua historicidade ainda
que na construção de mudanças sociais.
A descoberta do inconsciente, teorizado por Freud, que seria o grande responsável pela formação
cultural do sujeito, através de processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, que intermedeiam as
relações que o sujeito tem com o mundo externo.
O desenvolvimento do estruturalismo lingüístico de Saussure que teoriza a língua como um sistema
pré-existente e social (não-individual). Isso implica que a utilização da linguagem é um processo de
formação cultural, no qual acopla valores ao individuo em sua formação.
E a ideia de “poder disciplinar”, desenvolvida por Foucault, que trata sobre o controle e disciplina com
base no poder dos regimes administrativos, isto é, instituições que coletivas que mantém os
comportamentos humanos e que são capazes de torná-los “dóceis”.
7. A IDENTIDADE CULTURAL
Segundo Stuart Hall, quanto mais a vida se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e
imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação
globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas, desalojadas.
Evidentemente, todo esse processo não surge sem que haja uma contrapartida, isto é, aquelas
tendências que argumentam a favor da homogeneização cultural, portanto contrários à pretensa
fragmentação global.
Além disso, é preciso compreender que o sincretismo, como o mesmo Stuart Hall relata, é nada mais
que a fusão de várias culturas que contribuem para formar uma única cultura.