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“Colonos, migrantes e projetos de
colonização no Estado de Mato Grosso
               após 1970”
    IN: FRONTEIRAS DA CRENÇA
      Prof. Dr. Vitale Joanoni Neto
         (Considerações gerais)


     Apresentação realizada por:
       Prof. Silvânio Barcelos
         Doutorando UFMT
Karl Von Den Steinen:



•   “Não se habita impunemente
    o centro de semelhante
    continente” (Lylia Galetti).
Mato Grosso “confins da
            civilização”
• Joaquim Ferreira Moutinho (1869):
• Entregar a exploração das riquezas à
  companhias estrangeiras (inglesas).
• Final dos anos 70: Pronunciamento do
  Ministro do Planejamento João Veloso:
• “Grandes empresas deveriam assumir a
  tarefa de desenvolver a região”.
Mato Grosso torna-se “fronteira”

• “Área que necessitava ser colonizada,
  modernizada, para garantir a integridade
  territorial e política do país”.
• Idéia de “sertão”
• Paradoxo do conceito de “ocupação”
A (re)ocupação da região de Mato
            Grosso
• Anos 1970: Transformação da região em
  “Fronteira Agrícola”
• Incentivos do governo aos empresários:
• SUDAM, BASA, SUDECO, PIN,
  POLONOROESTE (MT e RO)
• Incentivos fiscais, linhas de financiamento,
  juros subsidiados e prazos generosos
Entre a prática e o discurso:
             fraudes
• Projetos fictícios
• Muitos foram abandonados após
  liberação de recursos
• Entre 20% instalados: produção de
  apenas um quinto do previsto.
Idéia de progresso amazônico
         colocado em xeque
• Entre 1985 e 1988:
• Dos 86 projetos novos da SUDAM 48 não
  estavam regularizados junto ao INCRA e
  encontravam-se dentro do Parque
  Nacional do Xingu.
• Dos 94 projetos implantados, somente 3
  tinham apresentado alguma rentabilidade
• Migração para as periferias das cidades
P/ Regina Beatriz Guimarães Neto

• “Desse modo, as novas cidades que
  aglutinam esse tipo de população em seu
  perímetro urbano [...] já nascem velhas,
  reproduzindo modelos urbanos
  carcomidos, revelando desde já os
  problemas da sociedade capitalista
  globalizada, agudizadas em regiões em
  que o direito à vida e à propriedade tem
  poucas garantias”
As irregularidades
• São José do Povo: liberados R$165.000,00 para
  construção de 15 Km de estradas e 2 poços artesianos.
  NADA FOI FEITO
• Planalto da Serra: verba para construção de posto de
  saúde foi autorizada, mas a obra nunca foi construída.
• Paranaíta: Foram alocados recursos para construção de
  casas. Após 60% do dinheiro ter sido liberado, nenhum
  tijolo foi assentado.
• Alta Floresta: INCRA paga por um rebanho bovino que
  deveria ser entregue aos parceleiros. Animais recebidos
  com qualidade inferior.
• São Félix do Araguaia: “O gado não tinha nem dente
  para comer capim”.
• Professor Vitale = Resultado prático da
  inépcia dos poderes públicos:
• “Famílias isoladas por anos a fio
  em áreas de dificílimo acesso, a
  espera de demarcação e de infra-
  estrutura mínima. Terras
  abandonadas, grilagem e
  violência” (p. 26)
Mato Grosso e os
 fluxos migratórios: Objetivos
Ocupação do território para
garantia da posse
Abrir áreas para o excedente
populacional
Atenuar as tensões no campo
Evitar crises sociais de elevado
alcance
NORDESTE: Origem da mão-de-
  obra que circula pelo país
1808/1809: Seca na região provoca
migraçao para a Amazônia.
1870/1910 (período da borracha):
População na Amazônia cresceu 4 vezes.
1916: Migração organizada de cearenses
para Ponte Alta (entre Nova Brasilândia e
Chapada dos Guimarães): “Irmandade de
São Francisco de Assis”
1940/60: Migração para o Paraná (Café)
Paraná = 1970/80: mudanças de
    paradigmas no campo
Introdução do cultivo de soja (exportação)
Mecanização ostensiva das lavouras
Necessidade de maiores propriedades
“O Paraná tornou-se exportador de mão-
de-obra, o que atraiu a atenção das
empresas de colonização que atuavam no
estado de Mato Grosso.” (p. 28)
Rotas de migração
Alemanha, Itália, Polônia...Rio Grande do
Sul...Paraná...Mato Grosso
“Seus filhos estão nascendo em Mato
Grosso e seus netos serão acreanos,
roraimenses, quem sabe?” (p.28)
“A árvore genealógica deles é a própria
rota da busca pela terra” (R. Lessa)
Os outros: ERRANTES...
OS PEÕES
Gatos: empreiteiros que utilizam mão-de-obra
dos peões
Estigma: “volantes ao estilo Mato Grosso”,
“raizeiros” ou “pés-inchados”
Locais de fixação: pensões (peoneiros), praças
e outros locais públicos
Sem recursos, superexplorados (nem sempre
remunerados): “vivem maltrapilhos,
embriagando-se e dormindo ao relento” (p. 35)
Sem-memórias
Escravidão por dívida
Relato da família de cearenses
            Juina/MT
Retirante do século XXI, chega ao Noroeste de
Mato Grosso
De Barbalha à Juina: “retrato vivo desse grande
organismo dentro do qual se dá o deslocamento
populacional”
“Às vezes achava um cacau na estrada e depois
achava assim uma coisa verde, comia e bebia a
água, aquela água quente do meio da estrada,
achava caça morta no meio da estrada, a gente
só pelava e comia”
Relato da família de cearenses
        Juina/MT (cont.)
Percurso de impossível identificação
Percursos considerados “normais” não cabem
nesses relatos:
Mundo de trabalho familiar árduo
Renda de centavos
Nenhuma posse
Desterrados
“Alimentar-se quando e daquilo que for possível”
Necessidade levada ao extremo
“Absolutização da desterritorialização”
Deserdados: miséria vivida na origem
Pessoas desprovidas de memórias
No constante caminhar: passado reduzido
à inutilidade
Ações comandadas pelo futuro
“Não existe ponto de partida ou de
chegada, só o trajeto. As cidades, os
empregos e os contatos, não são mais
que meios para continuarem sua eterna
rota” (p. 29)
.
Proletarização rural (rodovias)
Desestruturação da economia natural das
comunidades rurais recém-formadas.
Comunidades transformadas em
consumidoras de produtos dos grandes
centros
Queda dos preços da produção local
Inserção das relações capitalistas
Última instância: mão-de-obra assalariada
Campanhas publicitárias no Sul e
   Sudeste (Colonizadoras)
Público alvo: Mini-fundiários, pequenos
produtores capitalizados.
Imagens fantásticas: terras muito vastas,
produtivas e locais já estruturados.
Natureza exuberante: fartura caça e
pesca
O migrante: expectativas e esperanças
Objetivos comuns: encontrar um lugar
melhor
Propaganda enganosa
“O que a propaganda não revelava era
que a região estava, em alguns casos,
mal cortada por picadões, trilhas nas
quais só se passava a pé, não oferecendo
qualquer estrutura de apoio aos colonos,
como postos de saúde, escolas para as
crianças ou estradas para o escoamento
da produção” (Prof. Vitale, p. 32)
Perigos desconhecidos
Malária: chegou atingir 40%
dos migrantes sulistas.
Acidentes de trabalho: “O
Motosserra foi um aparelho de
fazer viúva” (p. 34)
A CONTRA-PROPAGANDA...
Desqualificação do migrante que volta:
JORNAL DA TERRA (1972): “os erros
devem ser procurados nas condições
psicológicas, morais e intelectuais dos
pioneiros e seriam vagabundos e vadios
os colonos que voltaram”.
Os mais fracos voltariam “porque a terra é
para macho” (p. 40)
.
Esgotamento do modelo fundiário
  no Paraná: pressão fundiária
                Propriedades familiares:
Abertura de áreas agrícolas
Exploração da madeira
Plantação do café
                        Declínio:
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Cultivo produtos exportação (soja): maiores áreas
Crescimento das famílias: fragmentação das
propriedades
Supervalorização das terras: 160% entre 1980/81
Movimentos sociais no Sul do país:
    pressão fundiária (cont.)
 Reivindicações: redistribuição das terras
 1980: 130 mil agricultores migraram para
 as cidades.
 Porto Alegre: 600 mil hab. (1970) para 1,2
 milhões habitantes no censo de 1980:
 grande cinturão de miséria (favelas)
 Cascavel: 13 mil favelados
 Curitiba: 28 mil favelados
Migrações campo/cidade
Teoricamente, esse tipo de migração
promoveria o reagrupamento dos
minifúndios.
Entre 1976 e 1978: “cerca de 61 mil
pequenas propriedades desapareceram
no RS, incorporadas pelo latifúndio.
Entre o discurso e a prática: projeções
equivocadas, única saída:
MIGRAÇÃO PARA O NORTE DO PAÍS
Terra e trabalho: alma do migrante
“Deslocaram-se para se manterem agricultores,
mudaram para não mudar”: (LER GRIFO P. 39)
“A migração, iniciada há gerações, em inúmeros
casos, tem como objetivo, como ponto de
chegada, a terra, o lote de bom tamanho, fértil,
uma utopia estimulada pelo Estado que dela se
aproveita para provocar novos deslocamentos,
carinhosamente acalentados pelo indivíduo
como uma necessidade sagrada” (Prof. Vitale,
38)
Radicalidade do trabalhador do
           campo
“Defesa de sua sagrada condição de vida e
trabalho”.
Conf. Ianni: “O campesinato francês, às
vésperas de 1789, certamente não pensava na
Bastilha, nem o russo, às vésperas de 1917,
pensava no Palácio de Inverno”
CARÁTER REVOLUCIONÁRIO: Afirmação da
comunidade, local no qual expressa, reserva e
mantém sua identidade. (p.38)
A Vila de Fontanillas
  1º Distrito de Aripuanã, atualmente é
   Distrito de Juina (distante 50 km)
  Noroeste de MT: Área original de vários
   povos indígenas:
  Cinta-larga, Surui Paiter, Zoró, Tupi
   Kawahib, Arara do Beiradão,
   Yakarawakta, Erikbaktsa, Enawenê
   Nawê, Myky e Iranxe.
  Em Juina: área indígena cobre 61%
A Vila de Fontanillas
  VERGONHA NACIONAL       - AMAZÔNIA
   TERRA DE NINGUÉM FAZENDEIROS E
   POLÍTICOS EXPULSAM GREENPEACE,
   ORGANIZAÇÕES E JORNALISTAS DE
   JUÍNA (MT) - 22-08-2007
  Greenpeace e Opan pedem investigação
   contra fazendeiros e políticos que
   expulsaram as organizações e dois
   jornalistas franceses da cidade de Juína,
   no Mato Grosso.
  Objetivo visita: Questão Enawenê Nawê
Massacre do Paralelo Onze (1963)

  Mais  ou menos 3500 índios Cinta-Larga (Entre
   rios Aripuanã e Roosevelt) foram
   exterminados na ação iniciada pela empresa
   ARRUDA E JUNQUEIRA de Fontanillas.
  “Toda uma aldeia foi bombardeada com ajuda
   de aviões e, em seguida, grupos por terra
   trataram de eliminar os sobreviventes. Os
   relatos falam de crianças covardemente
   assassinadas, pessoas mutiladas, mulheres
   estupradas” (Prof. Vitale, p. 41)
A estrada Aripuanã/Cuiabá: caos
  Mão-de-obra:  500 a 600 famílias vindas da
   Bahia para trabalhar no projeto.
  Trecho construído: 191 km
   (Aripuanã/Fontanillas)
  Promessa não cumprida: “cada trabalhador
   receberia 100 hectares de terra.
  Aos olhos do Estado e da Empresa:
   “passaram de mão-de-obra barata a invasores
   de terras”
Embargo da obra: o absurdo
  Do  outro lado do Rio Juruena, no
   caminho planejado para a obra, estava a
   reserva indígena Erikbaktsa.
  Mudança do traçado: isolação do trecho
   entre Juina e Fontanillas (corredor sem
   saída)
  “Fontanillas é uma penitenciária
   terrestre e celestial. As almas ficam
   presas ali, vagando...” (p. 45)
COOPERATIVISMO: em busca de
        soluções
• Colonos de COTRIGUAÇU: forte tradição
  cooperativista. (total 22 cadastradas)
• Organização da produção
• Orientação técnica
• Comercialização da produção
• “Surgiram à revelia da empresa, do Estado ou
  da cooperativa local, como uma alternativa,
  principalmente, para os pequenos proprietários
  e os colonos assentados pelo INCRA.
Formas de controle: entre o público
e o privado
  Restrições  à liberdade de “ir e vir”:
   Constituição Federal rasgada.
  PAC Lucas do Rio Verde: Colono só
   podia viajar com autorização do INCRA
   (discurso: fuga dos compromissos)
  Projeto Cotriguaçu (1986): instalação de
   porteira vigiada.(Roma antiga...)
  Projeto Juruena: Controle de acesso
O discurso

  “Sob o eufemismo ‘controle de acesso’,
   estava na verdade uma ação de força para
   impedir a possível ocupação de terras da
   empresa por pessoas sem condições
   financeiras para comprá-las” (p. 108)
  Outra face da moeda: “propostas para
   cercear a liberdade de acesso de
   outros colonos migrantes” (moradores
   da área do Projeto Cotriguaçu – vide
   episódio porteira arrastada por
   camionete)
Diamantes de “sangue”
A maior parte dos diamantes de regiões
em conflito vem de Angola, República
Democrática do Congo, Costa do Marfim,
Libéria e Serra Leoa.
O garimpo e a colonização
Projeto RADAMBRASIL: mapeamento
reservas Juina e Alta Floresta (1977/79)
SOPEMI (Subsidiária da De Beers):
Exploração diamantes (1976/86) sem
pagamento impostos (prospecção...?)
Ideal do aventureiro: garimpeiro
Juina (1986/93) tornou-se um pólo
regional (progresso??)
Trabalho análogo ao escravo:
recorrência histórica
 O   SILÊNCIO DAS VÍTIMAS:
  “O medo, o desconhecimento de seus
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   sentido para essas pessoas, a
   vergonha diante das humilhações
   sofridas, faz as pessoas omitirem
   essa experiência. No entanto, quando
   elas afloram, é possível sentir sua
   intensidade” (Prof. Vitale, p. 73)
Trabalho escravo: traços marcantes
na História do Brasil
  Cia. De Mate Laranjeiras: Thomas
   Laranjeiras e irmãos Murtinho:
  250 trabalhadores: pagos com vales,
   liberdades cerceadas, castigos físicos.
   Mulheres podiam ser negociadas por
   dívida.
  Estrada de ferro Madeira-Mamoré:
   Superexploração do trabalho, pagamento
   transporte, vestuário, alimentação,
   castigos físicos, milícia armada.
Prostituição: corpos sem nome...

  Origem: pobreza extrema, fome, solidão.
  ANOMIA: “Vivem como corpos
   vazios, sem origem, sem identidade.
   Vivem do prazer, sem tê-lo. Convivem
   com os moradores da cidade, mas
   não querem e não podem ser
   reconhecidas. Estranho paradoxo”
•   .
A propaganda
• Ações do Estado para driblar as pressões
  sociais e econômicas.
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• Busca de alternativas econômicas:
  colocação profissional, fuga da
  proletarização (para o camponês significa
  miséria nas periferias das cidades)
• Indução do fluxo populacional
A propaganda: entre o discurso e a
            prática
• Colonização da Amazônia assimilada à
  uma “reforma agrária”
• Redistribuição de terras aos
  camponeses: evitar o abandono do
  campo provendo incentivos e infra-
  estrutura.
• Estradas: ponto principal da infra-
  estrutura prometida.
A propaganda: entre o discurso e a
            prática
• Migração do Sul para o Centro Oeste:
• 1º) Facilitar o processo de acumulação de
  terras no Sul.
• 2º) Suprir deficiência mão-de-obra no
  destino
• 3º) Introduzir na região de destino uma
  economia mercantil.
E a História se repete... (Cícero,
       antiguidade romana)
• “Consumado o processo da colonização,
  muitos foram novamente expulsos e
  induzidos a migrar e a repetir em outras
  regiões o papel desempenhado nas
  anteriores”.
• “Assim, o poder econômico constrói as
  fronteiras à sua conveniência. Ao lavrador
  migrante resta acreditar” (78)
E a História se repete... (Cícero,
       antiguidade romana)
• “O colono do sul foi transformado em
  excluído”:
• Reprodução de sua condição de
  camponês (mesmo com áreas maiores)
• “Bastaram alguns anos para que
  voltassem à condição original de
  minifundiários” FIM DOS SONHOS
Na verdade, não houve “Projetos
 de Colonização” em Mato Grosso
• “O que ocorreu foi uma grande operação
  para comercialização de terras, adquiridas
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• A TERRA COMO MERCADORIA
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  • 1. “Colonos, migrantes e projetos de colonização no Estado de Mato Grosso após 1970” IN: FRONTEIRAS DA CRENÇA Prof. Dr. Vitale Joanoni Neto (Considerações gerais) Apresentação realizada por: Prof. Silvânio Barcelos Doutorando UFMT
  • 2. Karl Von Den Steinen: • “Não se habita impunemente o centro de semelhante continente” (Lylia Galetti).
  • 3. Mato Grosso “confins da civilização” • Joaquim Ferreira Moutinho (1869): • Entregar a exploração das riquezas à companhias estrangeiras (inglesas). • Final dos anos 70: Pronunciamento do Ministro do Planejamento João Veloso: • “Grandes empresas deveriam assumir a tarefa de desenvolver a região”.
  • 4. Mato Grosso torna-se “fronteira” • “Área que necessitava ser colonizada, modernizada, para garantir a integridade territorial e política do país”. • Idéia de “sertão” • Paradoxo do conceito de “ocupação”
  • 5. A (re)ocupação da região de Mato Grosso • Anos 1970: Transformação da região em “Fronteira Agrícola” • Incentivos do governo aos empresários: • SUDAM, BASA, SUDECO, PIN, POLONOROESTE (MT e RO) • Incentivos fiscais, linhas de financiamento, juros subsidiados e prazos generosos
  • 6. Entre a prática e o discurso: fraudes • Projetos fictícios • Muitos foram abandonados após liberação de recursos • Entre 20% instalados: produção de apenas um quinto do previsto.
  • 7. Idéia de progresso amazônico colocado em xeque • Entre 1985 e 1988: • Dos 86 projetos novos da SUDAM 48 não estavam regularizados junto ao INCRA e encontravam-se dentro do Parque Nacional do Xingu. • Dos 94 projetos implantados, somente 3 tinham apresentado alguma rentabilidade • Migração para as periferias das cidades
  • 8. P/ Regina Beatriz Guimarães Neto • “Desse modo, as novas cidades que aglutinam esse tipo de população em seu perímetro urbano [...] já nascem velhas, reproduzindo modelos urbanos carcomidos, revelando desde já os problemas da sociedade capitalista globalizada, agudizadas em regiões em que o direito à vida e à propriedade tem poucas garantias”
  • 9. As irregularidades • São José do Povo: liberados R$165.000,00 para construção de 15 Km de estradas e 2 poços artesianos. NADA FOI FEITO • Planalto da Serra: verba para construção de posto de saúde foi autorizada, mas a obra nunca foi construída. • Paranaíta: Foram alocados recursos para construção de casas. Após 60% do dinheiro ter sido liberado, nenhum tijolo foi assentado. • Alta Floresta: INCRA paga por um rebanho bovino que deveria ser entregue aos parceleiros. Animais recebidos com qualidade inferior. • São Félix do Araguaia: “O gado não tinha nem dente para comer capim”.
  • 10. • Professor Vitale = Resultado prático da inépcia dos poderes públicos: • “Famílias isoladas por anos a fio em áreas de dificílimo acesso, a espera de demarcação e de infra- estrutura mínima. Terras abandonadas, grilagem e violência” (p. 26)
  • 11. Mato Grosso e os fluxos migratórios: Objetivos Ocupação do território para garantia da posse Abrir áreas para o excedente populacional Atenuar as tensões no campo Evitar crises sociais de elevado alcance
  • 12. NORDESTE: Origem da mão-de- obra que circula pelo país 1808/1809: Seca na região provoca migraçao para a Amazônia. 1870/1910 (período da borracha): População na Amazônia cresceu 4 vezes. 1916: Migração organizada de cearenses para Ponte Alta (entre Nova Brasilândia e Chapada dos Guimarães): “Irmandade de São Francisco de Assis” 1940/60: Migração para o Paraná (Café)
  • 13. Paraná = 1970/80: mudanças de paradigmas no campo Introdução do cultivo de soja (exportação) Mecanização ostensiva das lavouras Necessidade de maiores propriedades “O Paraná tornou-se exportador de mão- de-obra, o que atraiu a atenção das empresas de colonização que atuavam no estado de Mato Grosso.” (p. 28)
  • 14. Rotas de migração Alemanha, Itália, Polônia...Rio Grande do Sul...Paraná...Mato Grosso “Seus filhos estão nascendo em Mato Grosso e seus netos serão acreanos, roraimenses, quem sabe?” (p.28) “A árvore genealógica deles é a própria rota da busca pela terra” (R. Lessa) Os outros: ERRANTES...
  • 15. OS PEÕES Gatos: empreiteiros que utilizam mão-de-obra dos peões Estigma: “volantes ao estilo Mato Grosso”, “raizeiros” ou “pés-inchados” Locais de fixação: pensões (peoneiros), praças e outros locais públicos Sem recursos, superexplorados (nem sempre remunerados): “vivem maltrapilhos, embriagando-se e dormindo ao relento” (p. 35) Sem-memórias Escravidão por dívida
  • 16. Relato da família de cearenses Juina/MT Retirante do século XXI, chega ao Noroeste de Mato Grosso De Barbalha à Juina: “retrato vivo desse grande organismo dentro do qual se dá o deslocamento populacional” “Às vezes achava um cacau na estrada e depois achava assim uma coisa verde, comia e bebia a água, aquela água quente do meio da estrada, achava caça morta no meio da estrada, a gente só pelava e comia”
  • 17. Relato da família de cearenses Juina/MT (cont.) Percurso de impossível identificação Percursos considerados “normais” não cabem nesses relatos: Mundo de trabalho familiar árduo Renda de centavos Nenhuma posse Desterrados “Alimentar-se quando e daquilo que for possível” Necessidade levada ao extremo
  • 18. “Absolutização da desterritorialização” Deserdados: miséria vivida na origem Pessoas desprovidas de memórias No constante caminhar: passado reduzido à inutilidade Ações comandadas pelo futuro “Não existe ponto de partida ou de chegada, só o trajeto. As cidades, os empregos e os contatos, não são mais que meios para continuarem sua eterna rota” (p. 29)
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  • 20. Proletarização rural (rodovias) Desestruturação da economia natural das comunidades rurais recém-formadas. Comunidades transformadas em consumidoras de produtos dos grandes centros Queda dos preços da produção local Inserção das relações capitalistas Última instância: mão-de-obra assalariada
  • 21. Campanhas publicitárias no Sul e Sudeste (Colonizadoras) Público alvo: Mini-fundiários, pequenos produtores capitalizados. Imagens fantásticas: terras muito vastas, produtivas e locais já estruturados. Natureza exuberante: fartura caça e pesca O migrante: expectativas e esperanças Objetivos comuns: encontrar um lugar melhor
  • 22. Propaganda enganosa “O que a propaganda não revelava era que a região estava, em alguns casos, mal cortada por picadões, trilhas nas quais só se passava a pé, não oferecendo qualquer estrutura de apoio aos colonos, como postos de saúde, escolas para as crianças ou estradas para o escoamento da produção” (Prof. Vitale, p. 32)
  • 23. Perigos desconhecidos Malária: chegou atingir 40% dos migrantes sulistas. Acidentes de trabalho: “O Motosserra foi um aparelho de fazer viúva” (p. 34)
  • 24. A CONTRA-PROPAGANDA... Desqualificação do migrante que volta: JORNAL DA TERRA (1972): “os erros devem ser procurados nas condições psicológicas, morais e intelectuais dos pioneiros e seriam vagabundos e vadios os colonos que voltaram”. Os mais fracos voltariam “porque a terra é para macho” (p. 40)
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  • 26. Esgotamento do modelo fundiário no Paraná: pressão fundiária Propriedades familiares: Abertura de áreas agrícolas Exploração da madeira Plantação do café Declínio: Crescimento populacional: + de 5%/ano Introdução da mecanização Cultivo produtos exportação (soja): maiores áreas Crescimento das famílias: fragmentação das propriedades Supervalorização das terras: 160% entre 1980/81
  • 27. Movimentos sociais no Sul do país: pressão fundiária (cont.) Reivindicações: redistribuição das terras 1980: 130 mil agricultores migraram para as cidades. Porto Alegre: 600 mil hab. (1970) para 1,2 milhões habitantes no censo de 1980: grande cinturão de miséria (favelas) Cascavel: 13 mil favelados Curitiba: 28 mil favelados
  • 28. Migrações campo/cidade Teoricamente, esse tipo de migração promoveria o reagrupamento dos minifúndios. Entre 1976 e 1978: “cerca de 61 mil pequenas propriedades desapareceram no RS, incorporadas pelo latifúndio. Entre o discurso e a prática: projeções equivocadas, única saída: MIGRAÇÃO PARA O NORTE DO PAÍS
  • 29. Terra e trabalho: alma do migrante “Deslocaram-se para se manterem agricultores, mudaram para não mudar”: (LER GRIFO P. 39) “A migração, iniciada há gerações, em inúmeros casos, tem como objetivo, como ponto de chegada, a terra, o lote de bom tamanho, fértil, uma utopia estimulada pelo Estado que dela se aproveita para provocar novos deslocamentos, carinhosamente acalentados pelo indivíduo como uma necessidade sagrada” (Prof. Vitale, 38)
  • 30. Radicalidade do trabalhador do campo “Defesa de sua sagrada condição de vida e trabalho”. Conf. Ianni: “O campesinato francês, às vésperas de 1789, certamente não pensava na Bastilha, nem o russo, às vésperas de 1917, pensava no Palácio de Inverno” CARÁTER REVOLUCIONÁRIO: Afirmação da comunidade, local no qual expressa, reserva e mantém sua identidade. (p.38)
  • 31. A Vila de Fontanillas  1º Distrito de Aripuanã, atualmente é Distrito de Juina (distante 50 km)  Noroeste de MT: Área original de vários povos indígenas:  Cinta-larga, Surui Paiter, Zoró, Tupi Kawahib, Arara do Beiradão, Yakarawakta, Erikbaktsa, Enawenê Nawê, Myky e Iranxe.  Em Juina: área indígena cobre 61%
  • 32. A Vila de Fontanillas  VERGONHA NACIONAL - AMAZÔNIA TERRA DE NINGUÉM FAZENDEIROS E POLÍTICOS EXPULSAM GREENPEACE, ORGANIZAÇÕES E JORNALISTAS DE JUÍNA (MT) - 22-08-2007  Greenpeace e Opan pedem investigação contra fazendeiros e políticos que expulsaram as organizações e dois jornalistas franceses da cidade de Juína, no Mato Grosso.  Objetivo visita: Questão Enawenê Nawê
  • 33. Massacre do Paralelo Onze (1963)  Mais ou menos 3500 índios Cinta-Larga (Entre rios Aripuanã e Roosevelt) foram exterminados na ação iniciada pela empresa ARRUDA E JUNQUEIRA de Fontanillas.  “Toda uma aldeia foi bombardeada com ajuda de aviões e, em seguida, grupos por terra trataram de eliminar os sobreviventes. Os relatos falam de crianças covardemente assassinadas, pessoas mutiladas, mulheres estupradas” (Prof. Vitale, p. 41)
  • 34. A estrada Aripuanã/Cuiabá: caos  Mão-de-obra: 500 a 600 famílias vindas da Bahia para trabalhar no projeto.  Trecho construído: 191 km (Aripuanã/Fontanillas)  Promessa não cumprida: “cada trabalhador receberia 100 hectares de terra.  Aos olhos do Estado e da Empresa: “passaram de mão-de-obra barata a invasores de terras”
  • 35. Embargo da obra: o absurdo  Do outro lado do Rio Juruena, no caminho planejado para a obra, estava a reserva indígena Erikbaktsa.  Mudança do traçado: isolação do trecho entre Juina e Fontanillas (corredor sem saída)  “Fontanillas é uma penitenciária terrestre e celestial. As almas ficam presas ali, vagando...” (p. 45)
  • 36. COOPERATIVISMO: em busca de soluções • Colonos de COTRIGUAÇU: forte tradição cooperativista. (total 22 cadastradas) • Organização da produção • Orientação técnica • Comercialização da produção • “Surgiram à revelia da empresa, do Estado ou da cooperativa local, como uma alternativa, principalmente, para os pequenos proprietários e os colonos assentados pelo INCRA.
  • 37. Formas de controle: entre o público e o privado  Restrições à liberdade de “ir e vir”: Constituição Federal rasgada.  PAC Lucas do Rio Verde: Colono só podia viajar com autorização do INCRA (discurso: fuga dos compromissos)  Projeto Cotriguaçu (1986): instalação de porteira vigiada.(Roma antiga...)  Projeto Juruena: Controle de acesso
  • 38. O discurso  “Sob o eufemismo ‘controle de acesso’, estava na verdade uma ação de força para impedir a possível ocupação de terras da empresa por pessoas sem condições financeiras para comprá-las” (p. 108)  Outra face da moeda: “propostas para cercear a liberdade de acesso de outros colonos migrantes” (moradores da área do Projeto Cotriguaçu – vide episódio porteira arrastada por camionete)
  • 39. Diamantes de “sangue” A maior parte dos diamantes de regiões em conflito vem de Angola, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Libéria e Serra Leoa.
  • 40. O garimpo e a colonização Projeto RADAMBRASIL: mapeamento reservas Juina e Alta Floresta (1977/79) SOPEMI (Subsidiária da De Beers): Exploração diamantes (1976/86) sem pagamento impostos (prospecção...?) Ideal do aventureiro: garimpeiro Juina (1986/93) tornou-se um pólo regional (progresso??)
  • 41. Trabalho análogo ao escravo: recorrência histórica O SILÊNCIO DAS VÍTIMAS:  “O medo, o desconhecimento de seus direitos que, aliás, não fazem nenhum sentido para essas pessoas, a vergonha diante das humilhações sofridas, faz as pessoas omitirem essa experiência. No entanto, quando elas afloram, é possível sentir sua intensidade” (Prof. Vitale, p. 73)
  • 42. Trabalho escravo: traços marcantes na História do Brasil  Cia. De Mate Laranjeiras: Thomas Laranjeiras e irmãos Murtinho:  250 trabalhadores: pagos com vales, liberdades cerceadas, castigos físicos. Mulheres podiam ser negociadas por dívida.  Estrada de ferro Madeira-Mamoré: Superexploração do trabalho, pagamento transporte, vestuário, alimentação, castigos físicos, milícia armada.
  • 43. Prostituição: corpos sem nome...  Origem: pobreza extrema, fome, solidão.  ANOMIA: “Vivem como corpos vazios, sem origem, sem identidade. Vivem do prazer, sem tê-lo. Convivem com os moradores da cidade, mas não querem e não podem ser reconhecidas. Estranho paradoxo”
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  • 45. A propaganda • Ações do Estado para driblar as pressões sociais e econômicas. • Conseqüências para os migrantes: • Busca de alternativas econômicas: colocação profissional, fuga da proletarização (para o camponês significa miséria nas periferias das cidades) • Indução do fluxo populacional
  • 46. A propaganda: entre o discurso e a prática • Colonização da Amazônia assimilada à uma “reforma agrária” • Redistribuição de terras aos camponeses: evitar o abandono do campo provendo incentivos e infra- estrutura. • Estradas: ponto principal da infra- estrutura prometida.
  • 47. A propaganda: entre o discurso e a prática • Migração do Sul para o Centro Oeste: • 1º) Facilitar o processo de acumulação de terras no Sul. • 2º) Suprir deficiência mão-de-obra no destino • 3º) Introduzir na região de destino uma economia mercantil.
  • 48. E a História se repete... (Cícero, antiguidade romana) • “Consumado o processo da colonização, muitos foram novamente expulsos e induzidos a migrar e a repetir em outras regiões o papel desempenhado nas anteriores”. • “Assim, o poder econômico constrói as fronteiras à sua conveniência. Ao lavrador migrante resta acreditar” (78)
  • 49. E a História se repete... (Cícero, antiguidade romana) • “O colono do sul foi transformado em excluído”: • Reprodução de sua condição de camponês (mesmo com áreas maiores) • “Bastaram alguns anos para que voltassem à condição original de minifundiários” FIM DOS SONHOS
  • 50. Na verdade, não houve “Projetos de Colonização” em Mato Grosso • “O que ocorreu foi uma grande operação para comercialização de terras, adquiridas em condições muito favoráveis por grandes empresas privadas” • A TERRA COMO MERCADORIA • Enriquecimento de um pequeno grupo de empresários: ‘BANDEIRANTES MODERNOS’, ‘DESBRAVADORES’ ou ‘PIONEIROS’.