O documento descreve Giardia lamblia, um protozoário parasita intestinal que causa giardíase. G. lamblia possui dois estágios em seu ciclo de vida, trofozoíto e cisto. A transmissão ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes infectadas. Sintomas incluem diarreia aguda ou crônica. O diagnóstico é feito por exames parasitológicos ou imunológicos em amostras fecais. O tratamento é realizado com derivados imidazólic
A Giardia foi descoberta em 1681, por Anton Van Leeuwenhoek quando examinava as suas próprias fezes diarreicas sob o microscópio. O parasita foi descrito novamente em 1859, pelo médico tcheco Vilém Dusan Lamblo qual o denominou Cercomas intestinalis.
Em 1915, a equipe do zoólogo Charles Stiles criou o nome Giardia lamblia, para homenagear as pesquisas do biólogo francês Alfred Mathieu Giard e Vilém Dusan Lambl.
A Giardia é um pequeno protozoário parasita do intestino delgado e, algumas vezes, do intestino grosso que pode causar diarreia aguda e crônica, ocasionalmente má formação e, raramente, êmese ou Giardíase.
Os Protozoários do gênero Giardia lamblia são parasitas flagelados que habitam no trato de gastrointestinal
A água, tão necessária à vida do ser humano, pode
ser também responsável por transmitir doenças.
As principais doenças de veiculação hídrica são:
amebíase, giardíase, gastroenterite, febres tifoide e
paratifoide, hepatite infecciosa e cólera.
Indiretamente, a água também está ligada à transmissão
de verminoses, como esquistossomose,
ascaridíase, teníase, oxiuríase e ancilostomíase.
Vetores, como o mosquito Aedes aegypti, que se relacionam
com a água podem ocasionar a dengue, a
febre amarela e a malária.
Em todos esses casos, o tratamento da água, higiene
pessoal e condições sanitárias adequadas são
formas de evitar as doenças
Água não tratada é porta aberta para várias doençasCopasa Digital
A água, tão necessária à vida do ser humano, pode ser também responsável por transmitir doenças. As principais doenças de veiculação hídrica são: amebíase, giardíase, gastroenterite, febres tifoide e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera. Saiba mais.
3. Giardia lambliaGiardia lamblia
EPIDEMIOLOGIA
1. Mecanismo de transmissão
-ingestão de águas não tratadas, alimentos contaminados com água de esgoto
- alimentos contaminados por vetores mecânicos
- mãos contaminadas com fezes
- transmissão sexual
2. Distribuição
- cosmopolita
- afeta principalmente crianças de 8 meses aos 12 anos com predomínio na faixa
etária de 6 anos
-- prevalece com taxas de até 30% nas regiões do Brasil com baixas condições
sócio-econômicas
- pode ocorrer em surtos epidêmicos em ambientes fechados (creches e abrigos)
- o cisto resiste até 2 meses em boas condições de umidade
4. Giardia lambliaGiardia lamblia
PATOGENIA
•A Giardia provoca diarréia e má-absorção intestinal
•Adere-se às microvilosidades do intestino delgado através de seu
disco ventral suctorial e impede a absorção de nutrientes
•Possui proteases que poderiam agir sobre glicoproteínas de
superfície e lesar as microvilosidades
•Desencadeia resposta inflamatória e imune com produção de
IgA e IgE que ativa mastócitos e libera histamina – edema –
aumento de motilidade - diarréia
5. Giardia lambliaGiardia lamblia
QUADRO CLÍNICO
•A maioria das infecções é assintomática e autolimitada podendo
haver eliminação de cistos nas fezes por longos períodos
•Diarréia, esteatorréia, iritabilidade, náuseas, vômitos – são sintomas
comuns em crianças pequenas
•Indivíduos que nunca entraram em contato com o parasita antes
podem apresentar diarréia aquosa, explosiva, com odor fétido e
dor abdominal – diarréia dos viajantes
•Quadros crônicos estão associados a desnutrição e vice-versa – má
absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), vitamina
B12, ferro, xilose, lactose
6. Giardia lambliaGiardia lamblia
DIAGNÓSTICO
•Nas fezes formadas – pesquisa de cistos com salina ou lugol pelo
método de Faust
•No fluido duodenal – pesquisa de trofozoítos em biópsia
jejunal ou “Entero-test” (para casos de diarréia crônica)
•Nas fezes diarreicas – pesquisa de trofozoítos ou cistos– devem ser
examinadas imediatamente após a coleta ou colocar em soluções
conservantes pois os trofozoítas têm viabilidade curta
1. Parasitológico
7. Giardia lambliaGiardia lamblia
DIAGNÓSTICO
2. Imunológico
•No soro – pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI – pouco
sensível e específico
•Nas fezes – pesquisa de antígenos por ELISA – sensibilidade em
torno de 85% a 95% e especificidade de 90 a 100%
3. Molecular
• Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário por PCR
8. Giardia lambliaGiardia lamblia
TRATAMENTO
Derivados imidazólicos
Metronidazol – 15 a 20mg/kg/dia durante 7 a 10 dias consecutivos
para crianças; para adultos 250mg 2x/dia
Tinidazol – 1g/dia dose única para crianças; 2g /dia VO para adultos
PROFILAXIA
Medidas de saneamento básico e educação para saúde
Outras drogas – nitazoxanida
9. Leitura recomendada
• David Pereira Neves e cols. – Parasitologia
Humana – 10a. Ed., cap. 13 e 14
• Syed A. Ali & David R. Hill – Giardia
intestinalis Current Opinion in Infectious Diseases
2003, 16:453-460 (artigo de revisão)
10. Leitura recomendada
• David Pereira Neves e cols. – Parasitologia
Humana – 10a. Ed., cap. 13 e 14
• Syed A. Ali & David R. Hill – Giardia
intestinalis Current Opinion in Infectious Diseases
2003, 16:453-460 (artigo de revisão)