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Material Para Estudos de Prova                        2º Bimestre/2012

                                        __9º_ Ano               Ensino Fundamental        I             Data: 17/04/2012
                                                                                                     //___________/____/__
           Nome:                                                                                              Nº.
                                                                                                               __

           Prof. Rafael                 Valor da prova: xxxxx             Nota: xxxx           Ass. do aluno:


                                                  FIGURAS DE LINGUAGEM

São recursos linguísticos a que autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva.

Para utilizar corretamente as figuras de linguagem, é necessário entender os conceitos de DENOTAÇÃO e CONOTAÇÃO, ou
seja, o uso das palavras ou expressões empregadas no sentido próprio ou figurado.

DENOTAÇÃO: é o significado básico e objetivo de uma palavra, não permitindo mais de uma interpretação. Exemplos:

                                             1. O goleiro bateu a cabeça na trave.
                                         2. O lavrador possui as mãos bastante ásperas.

        Nesses exemplos, as palavras cabeça e ásperas estão empregadas no sentido próprio.

CONOTAÇÃO: é o emprego de uma palavra no sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações ao receptor.
Exemplos:
                                1. Conseguiram capturar o cabeça daquela quadrilha.
                                 2. O pai dirigiu palavras ásperas ao filho respondão.

Já nesses exemplos, as palavras cabeça e ásperas ganham novos sentidos, sugerindo ao receptor a ideia de forma indireta.

ESPÉCIES DE FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem classificam-se em:
     1) Figuras de palavras ou semânticas.
     2) Figuras de construção ou de sintaxe.
     3) Figuras sonoras ou de harmonia.

   FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS
   Consistem no emprego de palavras ou expressões do ponto de vista conotativo, ou seja, em sentido diferente do que
   habitualmente são empregadas.
   A semântica, que é a exploração do significado das palavras, gera as seguintes figuras:

            COMPARAÇÃO: aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos
             (como, tal qual, assim como, que nem, feito etc.) ou por alguns tipos de verbos (parecer, assemelhar-se, figurar-se
             etc.).
             “Você há de rolar como as pedras / Que rolam na estrada.” – Lupicínio Rodrigues.
             “Antônia, você parece uma lagarta listada.” – Manuel Bandeira.

            METÁFORA: substituição de um termo por outro a partir de uma relação de semelhança entre os elementos que
             tais termos designam. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o nexo
             comparativo não está expresso, mas subtendido:
             “Um beijo seria uma borboleta afogada em mármore.” – Cecília Meireles.
             “O passado é uma roupa que não nos serve mais.” – Belchior.
   CATACRESE: espécie de metáfora em que se emprega uma palavra no sentido figurado por hábito ou
    esquecimento de sua etimologia:
                                       “Ninguém coça as costas da cadeira.
                                       Ninguém chupa a manga da camisa.
                                          O piano jamais abana a cauda.
                                Tem asa, porém não voa, a xícara.” – José Paulo Paes


   METONÍMIA: emprego de uma palavra por outra com a qual apresenta certa interdependência de sentido. Ocorre
    quando se emprega:
    a) A causa no lugar de efeito: “Vivo do meu trabalho.” (do produto do trabalho = alimento)
    b) O efeito no lugar da causa: “Estão destruindo as nossas sombras.” (sombras =matas)
    c) O instrumento no lugar do usuário dele: “Os microfones corriam no gramado.” (microfones = repórteres)
    d) O autor no lugar da obra que compôs: “Dei-lhe um Paulo Coelho de presente”. (Paulo Coelho = uma obra de
        Paulo Coelho)
    e) O continente no lugar do conteúdo que nele está: “Tomei uma taça de um saboroso vinho.” (taça = o conteúdo
        de uma taça)
    f) O símbolo no lugar do simbolizar: “A coroa foi disputada pelos irmãos.” (coroa = poder) / “Não devemos nos
        afastar da cruz.” (cruz = cristianismo)
    g) O lugar de produção em vez do produto: “Comprei a garrafa de um legítimo Porto.” (Porto = vinho produzido na
        cidade do Porto em Portugal).
    h) O inventor no lugar do invento: “Comprou um Graham Bell antigo a preço de banana.” (Graham Bell = inventor
        do telefone)
    i) A parte em vez do todo: “O que a boca não diz, o que a mão não escreve?” – Olavo Bilac (a boca, a mão = a
        pessoa)
    j) O material no lugar do objeto dele feito: “O bronze chamava os fiéis para a missa.” (bronze = sino)
    k) O singular em vez do plural: “O cidadão possui direitos e deveres.” (cidadão = todos os cidadãos)
    l) A marca no lugar do produto que a carrega: “O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford.” – Alcântara
        Machado (Ford = automóvel)

   ANTONOMÁSIA: designação de uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória: “O Poeta
    dos Escravos denunciou em seus versos os horrores da crueldade. (Poeta dos Escravos = Castro Alves).
   SINESTESIA: cruzamento de sensações sensoriais diferentes. “Sobre a terra amarga, caminhos têm sonho.” –
    Antônio Machado (terra = visual; amarga = gustativo) // “...e veja, ouça a doce modulação do canto.” – Autran
    Dourado (doce = gustativo; canto = sonoro).
   ANTÍTESE: emprego de palavras ou expressões de significados opostos: “Hoje eu não vou falar mal nem bem de
    ninguém.” – Ana Carolina // Buscas a vida, eu a morte. Buscas a terra, eu os céus.” – Gonçalves Dias
   EUFEMISMO: substituição de um termo rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou atenuante:
    “Levamos-te cansado ao teu último endereço.” – Manuel Bandeira (cansado = morto; último endereço = sepultura)
    // “Era incapaz de apropriar-se do alheio.” – José Américo (apropriar-se do alheio = roubar)
   GARADAÇÃO: sequência de palavras que intensificam uma mesma ideia: “Verso canta-se, urra-se, chora-se.” –
    Mário de Andrade // “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se, mediu-se.” – Pe. Antônio
    Vieira
   HIPÉRBOLE: engrandecimento, de forma exagerada, de uma afirmação, a fim de proporcionar uma imagem de
    impacto: “Uma nuvem de códigos nos envolve.” – Murilo Mendes / “Chorou lágrimas de esguicho.” – Nelson
    Rodrigues.
   PROSOPOPEIA: empréstimo de ação, voz ou sentimento à seres inanimados ou imaginários: “as árvores são
    fáceis de achar / ficam plantadas no chão / mamam do céu pelas folhas / e pela terra / também bebem água /
    cantam no vento / e recebem a chuva de galhos abertos.” – Arnaldo Antunes.
   PARADOXO: emprego de ideias aparentemente absurdas por meio de palavras que parecem excluir-se
    mutuamente: “O caminho da verdade é o da falsidade.” – Pe. Antônio Vieira / “Grito materno sim: até filho surda
    escuta.” – Alcântara Machado.
   PERÍFRASE: designação de algo por meio de alguma característica ou fato que o notabilizou: “última flor do Lácio,
    inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.” – Olavo Billac (flor do Lácio = língua portuguesa) // “Nas
    próximas férias visitaremos a Veneza Brasileira.” (Veneza Brasileira = Recife).
   IRONIA: ato de afirmar o contrário do que se pensa, geralmente num tom depreciativo e sarcástico: “Era um tatu.
    Nada mais que um tatu, bichinho que rivaliza com a prefeitura na arte de esburacar.” – Stanislav Ponte Preta / “Será
    uma boa mãe de família segundo a doutrina de alguns padres-metres da civilização, isto é, fecunda e ignorante.” –
    Machado de Assis.
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU DE SINTAXE
    São os desvios que se evidenciam na construção normal do período. Ocorrem na concordância, na ordem e na
    construção dos termos da oração. Esses recursos são os seguintes:

   ELIPSE: omissão de termos facilmente identificáveis pelo contexto: “Muita gente nas calçadas, nas portas e nas
    janelas dos palacetes, vendo o enterro.” – Alcântara Machado (Elipse do verbo “haver” em “havia muita gente nas
    calçadas...”)
   ZEUGMA: omissão de termos já expressos no texto: “Um trouxe cigarros, outro apenas seu pulmão.” – Rubens
    Braga // “Nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores.” – Gonçalves Dias.
   PLEONASMO: repetição de uma ideia ou de uma função sintática. A sua finalidade é enfatizar a mensagem:
    a) Repetição de ideias: “Vivemos uma vida pacífica”, “Dormi um sono tranquilíssimo.”.
    b) Repetição de função sintática: “A mim, nada me peça.”, “Este caso, nunca o direi a ninguém.”

        Outros exemplos: “Você haverá de chorar lágrimas sentidas. A esse, Deus lhe dará uma vida de novo.” –
        Jorge de Lima.

        OBS: O Pleonasmo, quando perde o caráter enfático, é chamado vicioso. Esse tipo de pleonasmo se encaixa
        em vícios de linguagem – assunto que trataremos em um outro momento.

 ASSÍNDETO: supressão de um conectivo entre elementos coordenados: “Nesse ponto baleia arrebitou as orelhas,
   arregaçou as ventas, sentiu cheiro de preás, farejou um minuto, localizou-os no morro e saiu correndo.” – Graciliano
   Ramos.
 POLISSÍNDETO: repetição intencional de um conectivo coordenativo (geralmente a conjunção coordenativa aditiva
   e): “... e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” – Clarice Lispector.
 ANACOLUTO: interrupção do segmento sintático de uma frase, ficando um termo desprovido de função dentro da
   estrutura oracional; é, contudo, semanticamente indispensável à compreensão do período. Observe: “Eles, o seu
   único desejo é exterminar-mos!” – Almeida Garret (o pronome “eles”, com aparência de sujeito, não se integra
   sintaticamente à oração.)
 HIPÉRBATO: inversão da ordem normal dos termos na oração ou das orações no período. “Raios não peço ao
   criador do mundo, Tormentas não suplico aos ruídos dos mares...” – Bocage.
   Note que a ordem direta dos termos dos dois versos anteriores seria: “Não peço raios ao criador do mundo, Não
   suplico tormentas aos ruídos dos mares...”
 ANÁFORA: repetição de uma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos, com função
 enfática: “Quando se vê, já são seis horas. Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já terminou o ano...
 Quando se vê, passaram-se 50 anos!” – Mario Quintana.
 SILEPSE: ato de fazer a concordância com a palavra implícita na mente de quem fala ou escreve, e não com a
   palavra explícita no enunciado. Há três tipos de SILEPSE:
 a) De gênero – a concordância se faz com o gênero gramatical implícito: “Eu não devia dizer, mas essa lua, mas
      esse conhaque, botam a gente comovido como diabo.”
 b) De número – a concordância se faz com o número gramatical implícito: “Ninguém tinha notícia do livro, nem
      supunham que valesse a pena gastar tempo com essas coisas.” – José de Alencar.
 c) De pessoa – a concordância se faz com a pessoa gramatical implícita: “Quando Cristina acabou, todos a
      quisemos beijar.” – Vergílio Ferreira.

       FIGURAS SONORAS OU DE HARMONIA
Utilizam os efeitos que a linguagem realiza para reproduzir os sons emitidos pelos seres. São os seguintes:

       ALITERAÇÃO: repetição ordenada de fonemas consonantais na frase: “O vento varria as folhas, o vento
        varria os frutos, o vento varria as flores...” – Cecília Meireles // “Esperando, parada, pregada na pedra do
        porto.” – Chico Buarque.
       ASSONÂNCIA: sequência ordenada de fonemas vocálicos ao longo da frase: “A bela bola rola: a bela bola do
        Raul. Bola amarela, a da Arabela. A do Raul, azul. Rola a amarela e pula a azul.” – Cecília Meireles
       PARANOMÁSIA: aproximação de palavras de sons parecidos, porém de significados diferentes: “Quem vê o
        fruto, não vê um furto.” – Mário Quintana // “Bomba atômica que aterra! Pomba atônita da paz! Pomba
        tonta, bomba atômica.” – Vinícius de Moraes.
       ONOMATOPEIA: emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruído: “Não se ouvia
        mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” – Machado de Assis.
EXERCÍCIOS

1. (NOSSA CAIXA-SP) Assinale a alternativa que apresenta frase com sentido figurado.
   a) Essencial para a sobrevivência, a água também determina a riqueza de uma nação.
   b) Na semana passada, que marcou o início do outono e o dia mundial da água...
   c) ... a única esperança estava em conter o vazamento, que faz uma enxurrada de diamantes
       literalmente escapar pelo ralo.
   d) Tão essencial à vida quanto o ar que se respira, a água não custa nada...
   e) Dono de quase 12% de toda a água doce, (...) o Brasil começa a cobrar pelo uso da água do
       rio Paraíba do Sul...

2. (CETESB-SP) Assinale a alternativa que apresenta uma palavra com sentido figurado ou
   conotativo.
   a) O sistema seria mais eficiente que o armazenamento de água.
   b) Seria desejável que o governo adiasse a obra.
   c) O projeto suscita cada vez mais um mar de controvérsias.
   d) A obra deverá custar R$4,2 bilhões.
   e) Os estudos para a obra privilegiam a questão da quantidade.

3. (UNESP) Silepse é:
   a) Redundância de expressão.
   b) Repetição desagradável de consonâncias iguais ou semelhantes.
   c) Expressão idiomática.
   d) Concordância irregular.

4. (PUC-SP) A frase “Vi com os meus próprios olhos” apresenta a seguinte figura de linguagem:
   a) Pleonasmo
   b) Anacoluto
   c) Elipse
   d) Zeugma

5. (UNICAMP) O escritor Paulo Lins, em seu romance Cidade de Deus, expressa o avanço da
   violência no Brasil, nas últimas décadas, com a frase: “Falha a fala. Fala a bala.”
   Nas duas frases só não se pode identificar a seguinte figura de linguagem:
   a) Paranomásia, pelo trocadilho ou jogo de palavras com apelo sonoro.
   b) Aliteração, pela repetição de fonemas consonantais.
   c) Assonância, pela repetição da vogal “a”.
   d) Perífrase, pela substituição da palavra “violência” por um elemento que a compõe (bala).
   e) Personificação, pela característica humana à “bala”.

6. (PUC-SP) Observe o enunciado:
   “Enquanto todos pulavam no salão, o dólar pulava no câmbio”. O verbo “pular” está empregado
   no primeiro caso no sentido denotativo; no segundo, o sentido é figurado. Também a palavra
   “dólar” é usada no sentido figurado. A figura de linguagem empregada no caso de “dólar” é:
   a) Antítese, porque, no enunciado, há ideias contrárias relacionadas aos seres representados.
   b) Eufemismo, porque, no enunciado, há ideias diminuídas relacionadas aos seres
       representados.
   c) Prosopopeia, porque, no enunciado, há a personificação do ser representado.
   d) Metonímia, porque, no enunciado, há relações de contiguidade entre os seres representados.
   e) Onomatopeia, porque, no enunciado, imitam-se as vozes dos seres representados.
7.    (UFRJ) Indique a alternativa em que o exemplo de figura de linguagem não está corretamente
     classificado:
     a) Com a alma purificada, ela partiu para a eternidade. (eufemismo)
     b) Cai a tinta da treva sobre o mundo. (metáfora)
     c) Sem eu louvor hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto. (assíndeto)
     d) As ondas do mar gritam e gemem ao encontro das pedras. (prosopopeia)
     e) Rezo para esquecer o que vivo lembrando. (antítese)

8. (FUVEST) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figura de linguagem presente nos
   fragmentos abaixo.
       I – “Não te esqueças daqueles amor ardente
            Que já nos olhos meus tão puro viste.”
       II – “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
       III – “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores, porém, discordavam.”
       IV – “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, para, ergue a mão em viseira, firma os
       olhos.”

          a)   Anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo.
          b)   Hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto.
          c)   Anáfora, polissíndeto, elipse, assíndeto.
          d)   Pleonasmos, anacoluto, catacrese, eufemismo.
          e)   Hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.

9. (BANCO DO BRASIL) Leia o trecho: “Só quando albino surgiu na boca do poço, o sarilho
   parou de gemer. O rapaz estava que era um monstro de lama.” (Mário de Andrade, “O Poço”,
   Contos Novos).

     No texto acima, temos respectivamente três figuras de linguagem:
     a) Catacrese, prosopopeia e comparação.
     b) Metonímia, personificação e metáfora.
     c) Metáfora, hipérbole e eufemismo.
     d) Sinestesia, pleonasmo e anacoluto.
     e) Prosopopeia, onomatopeia e metáfora.

10. (FGV-SP) Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas
    frases a seguir.

     “O bom rapaz buscava, no fim, do dia, negociar com os traficantes de drogas.”
     “Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.”
     “Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.”
     “A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.”
     “A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.”

     a)   Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia.
     b)   Reticências, retificação, gradação, apóstrofe, ironia.
     c)   Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo.
     d)   Gradação, apóstrofe, personificação, reticências, retificação.
     e)   Ironia, eufemismo, antítese, apóstrofe, gradação.

11. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que se identifica a figura de linguagem predominante no
    trecho:
“as rodas dentadas da proeza, ignorância, falta de esperança e baixa autoestima se engrenam
para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a
geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha.”
a) Eufemismo
b) Antítese
c) Metáfora
d) Elipse
e) Inversão

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Figuras de linguagem

  • 1. Material Para Estudos de Prova 2º Bimestre/2012 __9º_ Ano Ensino Fundamental I Data: 17/04/2012 //___________/____/__ Nome: Nº. __ Prof. Rafael Valor da prova: xxxxx Nota: xxxx Ass. do aluno: FIGURAS DE LINGUAGEM São recursos linguísticos a que autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Para utilizar corretamente as figuras de linguagem, é necessário entender os conceitos de DENOTAÇÃO e CONOTAÇÃO, ou seja, o uso das palavras ou expressões empregadas no sentido próprio ou figurado. DENOTAÇÃO: é o significado básico e objetivo de uma palavra, não permitindo mais de uma interpretação. Exemplos: 1. O goleiro bateu a cabeça na trave. 2. O lavrador possui as mãos bastante ásperas. Nesses exemplos, as palavras cabeça e ásperas estão empregadas no sentido próprio. CONOTAÇÃO: é o emprego de uma palavra no sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações ao receptor. Exemplos: 1. Conseguiram capturar o cabeça daquela quadrilha. 2. O pai dirigiu palavras ásperas ao filho respondão. Já nesses exemplos, as palavras cabeça e ásperas ganham novos sentidos, sugerindo ao receptor a ideia de forma indireta. ESPÉCIES DE FIGURAS DE LINGUAGEM As figuras de linguagem classificam-se em: 1) Figuras de palavras ou semânticas. 2) Figuras de construção ou de sintaxe. 3) Figuras sonoras ou de harmonia. FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS Consistem no emprego de palavras ou expressões do ponto de vista conotativo, ou seja, em sentido diferente do que habitualmente são empregadas. A semântica, que é a exploração do significado das palavras, gera as seguintes figuras:  COMPARAÇÃO: aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos (como, tal qual, assim como, que nem, feito etc.) ou por alguns tipos de verbos (parecer, assemelhar-se, figurar-se etc.). “Você há de rolar como as pedras / Que rolam na estrada.” – Lupicínio Rodrigues. “Antônia, você parece uma lagarta listada.” – Manuel Bandeira.  METÁFORA: substituição de um termo por outro a partir de uma relação de semelhança entre os elementos que tais termos designam. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o nexo comparativo não está expresso, mas subtendido: “Um beijo seria uma borboleta afogada em mármore.” – Cecília Meireles. “O passado é uma roupa que não nos serve mais.” – Belchior.
  • 2. CATACRESE: espécie de metáfora em que se emprega uma palavra no sentido figurado por hábito ou esquecimento de sua etimologia: “Ninguém coça as costas da cadeira. Ninguém chupa a manga da camisa. O piano jamais abana a cauda. Tem asa, porém não voa, a xícara.” – José Paulo Paes  METONÍMIA: emprego de uma palavra por outra com a qual apresenta certa interdependência de sentido. Ocorre quando se emprega: a) A causa no lugar de efeito: “Vivo do meu trabalho.” (do produto do trabalho = alimento) b) O efeito no lugar da causa: “Estão destruindo as nossas sombras.” (sombras =matas) c) O instrumento no lugar do usuário dele: “Os microfones corriam no gramado.” (microfones = repórteres) d) O autor no lugar da obra que compôs: “Dei-lhe um Paulo Coelho de presente”. (Paulo Coelho = uma obra de Paulo Coelho) e) O continente no lugar do conteúdo que nele está: “Tomei uma taça de um saboroso vinho.” (taça = o conteúdo de uma taça) f) O símbolo no lugar do simbolizar: “A coroa foi disputada pelos irmãos.” (coroa = poder) / “Não devemos nos afastar da cruz.” (cruz = cristianismo) g) O lugar de produção em vez do produto: “Comprei a garrafa de um legítimo Porto.” (Porto = vinho produzido na cidade do Porto em Portugal). h) O inventor no lugar do invento: “Comprou um Graham Bell antigo a preço de banana.” (Graham Bell = inventor do telefone) i) A parte em vez do todo: “O que a boca não diz, o que a mão não escreve?” – Olavo Bilac (a boca, a mão = a pessoa) j) O material no lugar do objeto dele feito: “O bronze chamava os fiéis para a missa.” (bronze = sino) k) O singular em vez do plural: “O cidadão possui direitos e deveres.” (cidadão = todos os cidadãos) l) A marca no lugar do produto que a carrega: “O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford.” – Alcântara Machado (Ford = automóvel)  ANTONOMÁSIA: designação de uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória: “O Poeta dos Escravos denunciou em seus versos os horrores da crueldade. (Poeta dos Escravos = Castro Alves).  SINESTESIA: cruzamento de sensações sensoriais diferentes. “Sobre a terra amarga, caminhos têm sonho.” – Antônio Machado (terra = visual; amarga = gustativo) // “...e veja, ouça a doce modulação do canto.” – Autran Dourado (doce = gustativo; canto = sonoro).  ANTÍTESE: emprego de palavras ou expressões de significados opostos: “Hoje eu não vou falar mal nem bem de ninguém.” – Ana Carolina // Buscas a vida, eu a morte. Buscas a terra, eu os céus.” – Gonçalves Dias  EUFEMISMO: substituição de um termo rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou atenuante: “Levamos-te cansado ao teu último endereço.” – Manuel Bandeira (cansado = morto; último endereço = sepultura) // “Era incapaz de apropriar-se do alheio.” – José Américo (apropriar-se do alheio = roubar)  GARADAÇÃO: sequência de palavras que intensificam uma mesma ideia: “Verso canta-se, urra-se, chora-se.” – Mário de Andrade // “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se, mediu-se.” – Pe. Antônio Vieira  HIPÉRBOLE: engrandecimento, de forma exagerada, de uma afirmação, a fim de proporcionar uma imagem de impacto: “Uma nuvem de códigos nos envolve.” – Murilo Mendes / “Chorou lágrimas de esguicho.” – Nelson Rodrigues.  PROSOPOPEIA: empréstimo de ação, voz ou sentimento à seres inanimados ou imaginários: “as árvores são fáceis de achar / ficam plantadas no chão / mamam do céu pelas folhas / e pela terra / também bebem água / cantam no vento / e recebem a chuva de galhos abertos.” – Arnaldo Antunes.  PARADOXO: emprego de ideias aparentemente absurdas por meio de palavras que parecem excluir-se mutuamente: “O caminho da verdade é o da falsidade.” – Pe. Antônio Vieira / “Grito materno sim: até filho surda escuta.” – Alcântara Machado.  PERÍFRASE: designação de algo por meio de alguma característica ou fato que o notabilizou: “última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.” – Olavo Billac (flor do Lácio = língua portuguesa) // “Nas próximas férias visitaremos a Veneza Brasileira.” (Veneza Brasileira = Recife).  IRONIA: ato de afirmar o contrário do que se pensa, geralmente num tom depreciativo e sarcástico: “Era um tatu. Nada mais que um tatu, bichinho que rivaliza com a prefeitura na arte de esburacar.” – Stanislav Ponte Preta / “Será uma boa mãe de família segundo a doutrina de alguns padres-metres da civilização, isto é, fecunda e ignorante.” – Machado de Assis.
  • 3. FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU DE SINTAXE São os desvios que se evidenciam na construção normal do período. Ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração. Esses recursos são os seguintes:  ELIPSE: omissão de termos facilmente identificáveis pelo contexto: “Muita gente nas calçadas, nas portas e nas janelas dos palacetes, vendo o enterro.” – Alcântara Machado (Elipse do verbo “haver” em “havia muita gente nas calçadas...”)  ZEUGMA: omissão de termos já expressos no texto: “Um trouxe cigarros, outro apenas seu pulmão.” – Rubens Braga // “Nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores.” – Gonçalves Dias.  PLEONASMO: repetição de uma ideia ou de uma função sintática. A sua finalidade é enfatizar a mensagem: a) Repetição de ideias: “Vivemos uma vida pacífica”, “Dormi um sono tranquilíssimo.”. b) Repetição de função sintática: “A mim, nada me peça.”, “Este caso, nunca o direi a ninguém.” Outros exemplos: “Você haverá de chorar lágrimas sentidas. A esse, Deus lhe dará uma vida de novo.” – Jorge de Lima. OBS: O Pleonasmo, quando perde o caráter enfático, é chamado vicioso. Esse tipo de pleonasmo se encaixa em vícios de linguagem – assunto que trataremos em um outro momento.  ASSÍNDETO: supressão de um conectivo entre elementos coordenados: “Nesse ponto baleia arrebitou as orelhas, arregaçou as ventas, sentiu cheiro de preás, farejou um minuto, localizou-os no morro e saiu correndo.” – Graciliano Ramos.  POLISSÍNDETO: repetição intencional de um conectivo coordenativo (geralmente a conjunção coordenativa aditiva e): “... e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” – Clarice Lispector.  ANACOLUTO: interrupção do segmento sintático de uma frase, ficando um termo desprovido de função dentro da estrutura oracional; é, contudo, semanticamente indispensável à compreensão do período. Observe: “Eles, o seu único desejo é exterminar-mos!” – Almeida Garret (o pronome “eles”, com aparência de sujeito, não se integra sintaticamente à oração.)  HIPÉRBATO: inversão da ordem normal dos termos na oração ou das orações no período. “Raios não peço ao criador do mundo, Tormentas não suplico aos ruídos dos mares...” – Bocage. Note que a ordem direta dos termos dos dois versos anteriores seria: “Não peço raios ao criador do mundo, Não suplico tormentas aos ruídos dos mares...”  ANÁFORA: repetição de uma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos, com função enfática: “Quando se vê, já são seis horas. Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê, passaram-se 50 anos!” – Mario Quintana.  SILEPSE: ato de fazer a concordância com a palavra implícita na mente de quem fala ou escreve, e não com a palavra explícita no enunciado. Há três tipos de SILEPSE: a) De gênero – a concordância se faz com o gênero gramatical implícito: “Eu não devia dizer, mas essa lua, mas esse conhaque, botam a gente comovido como diabo.” b) De número – a concordância se faz com o número gramatical implícito: “Ninguém tinha notícia do livro, nem supunham que valesse a pena gastar tempo com essas coisas.” – José de Alencar. c) De pessoa – a concordância se faz com a pessoa gramatical implícita: “Quando Cristina acabou, todos a quisemos beijar.” – Vergílio Ferreira. FIGURAS SONORAS OU DE HARMONIA Utilizam os efeitos que a linguagem realiza para reproduzir os sons emitidos pelos seres. São os seguintes:  ALITERAÇÃO: repetição ordenada de fonemas consonantais na frase: “O vento varria as folhas, o vento varria os frutos, o vento varria as flores...” – Cecília Meireles // “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.” – Chico Buarque.  ASSONÂNCIA: sequência ordenada de fonemas vocálicos ao longo da frase: “A bela bola rola: a bela bola do Raul. Bola amarela, a da Arabela. A do Raul, azul. Rola a amarela e pula a azul.” – Cecília Meireles  PARANOMÁSIA: aproximação de palavras de sons parecidos, porém de significados diferentes: “Quem vê o fruto, não vê um furto.” – Mário Quintana // “Bomba atômica que aterra! Pomba atônita da paz! Pomba tonta, bomba atômica.” – Vinícius de Moraes.  ONOMATOPEIA: emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruído: “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” – Machado de Assis.
  • 4. EXERCÍCIOS 1. (NOSSA CAIXA-SP) Assinale a alternativa que apresenta frase com sentido figurado. a) Essencial para a sobrevivência, a água também determina a riqueza de uma nação. b) Na semana passada, que marcou o início do outono e o dia mundial da água... c) ... a única esperança estava em conter o vazamento, que faz uma enxurrada de diamantes literalmente escapar pelo ralo. d) Tão essencial à vida quanto o ar que se respira, a água não custa nada... e) Dono de quase 12% de toda a água doce, (...) o Brasil começa a cobrar pelo uso da água do rio Paraíba do Sul... 2. (CETESB-SP) Assinale a alternativa que apresenta uma palavra com sentido figurado ou conotativo. a) O sistema seria mais eficiente que o armazenamento de água. b) Seria desejável que o governo adiasse a obra. c) O projeto suscita cada vez mais um mar de controvérsias. d) A obra deverá custar R$4,2 bilhões. e) Os estudos para a obra privilegiam a questão da quantidade. 3. (UNESP) Silepse é: a) Redundância de expressão. b) Repetição desagradável de consonâncias iguais ou semelhantes. c) Expressão idiomática. d) Concordância irregular. 4. (PUC-SP) A frase “Vi com os meus próprios olhos” apresenta a seguinte figura de linguagem: a) Pleonasmo b) Anacoluto c) Elipse d) Zeugma 5. (UNICAMP) O escritor Paulo Lins, em seu romance Cidade de Deus, expressa o avanço da violência no Brasil, nas últimas décadas, com a frase: “Falha a fala. Fala a bala.” Nas duas frases só não se pode identificar a seguinte figura de linguagem: a) Paranomásia, pelo trocadilho ou jogo de palavras com apelo sonoro. b) Aliteração, pela repetição de fonemas consonantais. c) Assonância, pela repetição da vogal “a”. d) Perífrase, pela substituição da palavra “violência” por um elemento que a compõe (bala). e) Personificação, pela característica humana à “bala”. 6. (PUC-SP) Observe o enunciado: “Enquanto todos pulavam no salão, o dólar pulava no câmbio”. O verbo “pular” está empregado no primeiro caso no sentido denotativo; no segundo, o sentido é figurado. Também a palavra “dólar” é usada no sentido figurado. A figura de linguagem empregada no caso de “dólar” é: a) Antítese, porque, no enunciado, há ideias contrárias relacionadas aos seres representados. b) Eufemismo, porque, no enunciado, há ideias diminuídas relacionadas aos seres representados. c) Prosopopeia, porque, no enunciado, há a personificação do ser representado. d) Metonímia, porque, no enunciado, há relações de contiguidade entre os seres representados. e) Onomatopeia, porque, no enunciado, imitam-se as vozes dos seres representados.
  • 5. 7. (UFRJ) Indique a alternativa em que o exemplo de figura de linguagem não está corretamente classificado: a) Com a alma purificada, ela partiu para a eternidade. (eufemismo) b) Cai a tinta da treva sobre o mundo. (metáfora) c) Sem eu louvor hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto. (assíndeto) d) As ondas do mar gritam e gemem ao encontro das pedras. (prosopopeia) e) Rezo para esquecer o que vivo lembrando. (antítese) 8. (FUVEST) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figura de linguagem presente nos fragmentos abaixo. I – “Não te esqueças daqueles amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste.” II – “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.” III – “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores, porém, discordavam.” IV – “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, para, ergue a mão em viseira, firma os olhos.” a) Anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo. b) Hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto. c) Anáfora, polissíndeto, elipse, assíndeto. d) Pleonasmos, anacoluto, catacrese, eufemismo. e) Hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma. 9. (BANCO DO BRASIL) Leia o trecho: “Só quando albino surgiu na boca do poço, o sarilho parou de gemer. O rapaz estava que era um monstro de lama.” (Mário de Andrade, “O Poço”, Contos Novos). No texto acima, temos respectivamente três figuras de linguagem: a) Catacrese, prosopopeia e comparação. b) Metonímia, personificação e metáfora. c) Metáfora, hipérbole e eufemismo. d) Sinestesia, pleonasmo e anacoluto. e) Prosopopeia, onomatopeia e metáfora. 10. (FGV-SP) Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas frases a seguir. “O bom rapaz buscava, no fim, do dia, negociar com os traficantes de drogas.” “Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.” “Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.” “A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.” “A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.” a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia. b) Reticências, retificação, gradação, apóstrofe, ironia. c) Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo. d) Gradação, apóstrofe, personificação, reticências, retificação. e) Ironia, eufemismo, antítese, apóstrofe, gradação. 11. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que se identifica a figura de linguagem predominante no trecho:
  • 6. “as rodas dentadas da proeza, ignorância, falta de esperança e baixa autoestima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha.” a) Eufemismo b) Antítese c) Metáfora d) Elipse e) Inversão