SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 120
A linguagem possibilita-nos exprimir não só nossa compreensão
de mundo (ideias, conceitos, opiniões...), mas também nosso
mundo psíquico (emoções e “estado de espírito”).
Quando dizemos, por exemplo, “Aquele restaurante é um
chiqueiro”, estamos afirmando que o lugar é sujo e,
simultaneamente, revelando que o lugar nos causa repulsa, nojo.
Às diferentes possibilidades de usar a linguagem para revelar
nosso mundo psíquico damos o nome de recursos estilísticos.
Uma adjetivação sugestiva, a associação original de um
substantivo a um adjetivo, o uso de processos enfáticos são alguns
exemplos de recursos estilísticos que podem ser utilizados.
o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias
interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade.
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
Vamos! Coloque logo a mão na massa!
As crianças estão com as mãos sujas.
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.
O QUE É POLISSEMIA?
Os tipos sentidos que uma palavra pode apresentar:
• DENOTATIVO: sentido real (dicionário)
Ex: Minha geladeira quebrou.
O passarinho foi atingido no bico.
Dizem que o gato possui sete vidas.
• CONOTATIVO: sentido figurado
Ex: Minha namorada é uma geladeira.
O rapaz é um tremendo gato.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência.
A denotação se refere ao significado mais objetivo e
comum de uma palavra. O sentido denotativo é também
conhecido como sentido literal ou próprio. A conotação se
refere a sentidos, associações e ideias que vão além
do sentido original da palavra. O sentido conotativo é
também conhecido como sentido figurado. Entretanto, não
é um absurdo pensarmos que, como parte inerente à
linguagem, os conceitos aqui citados transcendem a
verbalidade. Em outras palavras, uma imagem, por
exemplo, pode expressar significados tanto denotativos
quanto conotativos, ainda que não seja exemplo de
linguagem verbal.
Uma mesma mensagem, a depender do sentido que apresente, pode ser expressa
de forma conotativa ou denotativa, conforme a intenção comunicativa do emissor.
SENTIDO DENOTATIVO SENTIDO CONOTATIVO
SENTIDO DENOTATIVO SENTIDO CONOTATIVO
A imagem captada pelo artista se apresenta de forma informativa, objetiva e realista,
portanto, expressa sentido denotativo. Contudo, ao reproduzi-la, faz-se uma escolha
não pela realidade, mas pela arte, pela subjetividade. A partir de então, essa imagem
passa a expressar não mais a realidade vista, mas aquela sentida e imaginada elo
artista, expressando conotatividade.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem, figuras de estilo ou figuras de
retórica são recursos estilísticos que o orador pode aplicar
ao texto para conseguir um determinado efeito na
interpretação do ouvinte. Podem relacionar-se com aspectos
semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas.
É o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação
de semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida.
• "Não sei que nuvem trago neste peito
que tudo quanto vejo me entristece..."
(Alexandre de Gusmão)
•" Sua boca é um cadeado
E meu corpo é uma fogueira"
(Chico Buarque de Holanda)
•‘‘Não fique pensando que o povo é nada, carneiro, boiada, débil mental pra lhe
entregar tudo de mão beijada.’’ (Chico Buarque de Holanda)
METÁFORA
É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de
semelhança, como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um
conectivo e busca realçar determinada qualidade do primeiro termo.
• A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
• "E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
como carpinteiro nas tábuas!..." (Alberto Caeiro)
• Como um grande borrão de fogo sujo
O sol posto demora-se nas nuvens que ficam." (Alberto Caeiro)
COMPARAÇÃO
É o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar
determinadas coisas. É uma metáfora desgastada pelo uso excessivo.
• Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
• Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas
maçãs do rosto avermelhadas.
• A asa da xícara quebrou-se.
Usamos a catacrese em expressões como “orelha de livro” ou
“dente de alho”.
O termo “engarrafamento”, usado para designar o
congestionamento de automóveis, ou o verbo “embarcar”, usado no
sentido de entrar no carro, no avião ou no trem, são exemplos de
catacrese.
Na expressão “casal gay”, curiosa porque “casal”, ao pé da letra, é
um par formado por macho e fêmea, apagou-se o sentido de
heterossexualidade e avivou-se o sentido de par unido por laços de
afetividade.
É a substituição do sentido de uma palavra ou expressão por outro sentido,
havendo entre eles uma reação lógica.
O autor pela obra.
• Ouvi Mozart com emoção. (a música de Mozart)
• Leio Graciliano Ramos porque ele fala da realidade brasileira.
(obra de Graciliano Ramos)
O continente (o que contém) pelo conteúdo (o que está contido).
• Ele comemorou tomando um copo de caipirinha.
(Continente: um copo; Conteúdo: caipirinha contida no copo)
A parte pelo todo.
• " o bonde passa cheio de pernas." (Drummond) (pernas =
pessoas)
• São muitas as famílias que procuram um teto para morar.
(teto = casa)
O singular pelo plural.
• " Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.“ (Art.3º-Declaração Universal dos Direitos Humanos)
(homem = Humanidade)
• A mulher foi chamada para ir às ruas na luta contra a
violência. (mulher = todas as mulheres)
o instrumento pela pessoa que o utiliza.
• Os microfones corriam atropelando até o entrevistado.
(microfone = repórteres)
• Ele é um bom pincel, o problema é que seus quadros são caros.
(pincel = pintor)
• Ele é um bom garfo.
(garfo = come de mais)
o abstrato pelo concreto.
• A juventude é corajosa e nem sempre conseqüente.
(juventude = jovens)
• A infância é saudavelmente desordeira.
(infância = crianças)
o efeito pela causa
• Com muito suor o operário construiu sua casa.
(suor = trabalho)
• As industrias despejam a morte nos rios.
(morte = detritos, poluição)
a matéria pelo objeto
• Os bronzes tangiam avisando a hora da missa:
(bronze = sino)
• Os cristais tiniam na bandeja de prata.
(cristais = copos)
O sinal pela coisa significada
A coroa espanhola está sendo comentada nas redes sociais.
(a família real espanhola)
O proprietário pela propriedade
Vou ao veterinário com minha cadela.
(ao consultório do veterinário)
O lugar pelo produto
Vamos beber um Porto?
(vinho do Porto)
A marca pelo produto
Vou pedir à empregada para arear essas panelas com bombril.
(esponja de aço)
A classe pelo indivíduo (ou o indivíduo pela classe)
Quanto mais o Homem constrói, mais o Homem destrói.
(os seres humanos)
SINÉDOQUE E METONÍMIA
Muito semelhante à metonímia, a sinédoque é considerada por diversos autores como
sendo um tipo de metonímia. Alguns defendem que na sinédoque ocorre uma relação
quantitativa entre os termos da frase, ocorrendo redução ou ampliação, e na metonímia
ocorre uma relação qualitativa, havendo contiguidade entre os termos da frase. Outros,
contudo, afirmam ser conceitos tão próximos que consideram desnecessária a distinção
entre os dois termos.
TIPOS DE SINÉDOQUE:
 A parte pelo todo (ou o todo pela parte)
Exemplo: Vou sair de casa de meus pais e ter meu próprio teto. (casa)
 A classe pelo indivíduo (ou o indivíduo pela classe)
Exemplo: Quanto mais o Homem constrói, mais o Homem destrói. (os seres humanos)
 O singular pelo plural (ou o plural pelo singular)
Exemplo: O aluno deverá manter o silêncio na biblioteca. (todos os alunos)
É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais
diferentes.
• O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca
mais retornou.
(cheiro = sensação olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação visual)
• Um doce abraço indicava que o pai desculpara.
(doce = sensação gustativa; abraço = tátil)
• Dia de luz , festa de sol
Um barquinho a deslizar no macio azul do mar...
(O barquinho - Tom Jobim)
(azul = sensação visual; macio = sensação tátil)
Expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou
atributos, ou de um fato que celebrizou. Em termos gerais, perífrase designa
qualquer sintagma ou expressão idiomática (e mais ou menos óbvia ou direta) que
substitui outra.
A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo todo.
(cidade luz = Paris)
A Cidade Maravilhosa segue cheia de sol.
(cidade maravilhosa = Rio de Janeiro)
O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
(povo lusitano = os portugueses)
Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de
ANTONOMÁSIA.
• O Príncipe dos poetas também teve outras atividades que o
tornaram famoso; por exemplo: a luta pelo serviço militar obrigatório.
(Príncipe dos poetas = Olavo Bilac)
• O Presidente dos Pobres suicidou-se em 1954.
(Presidente dos Pobres = Getúlio Vargas)
• "A dama do teatro brasileiro foi indicada para o Oscar." (dama do
teatro brasileiro = Fernanda Montenegro)
Consiste na imitação do som ou da voz natural dos seres.
• "Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos como que é que
poderíamos dormir tranqüilos a nossa eternidade?" (Mário Quitanda)
• "No Tic Tic Tac do meu coração, renascerá..." (Timbalada)
Também chamada personificação ou animismo, é uma espécie de
metáfora que consiste em atribuir características humanas a outros seres.
• "Ah! cidade maliciosa
de olhos de ressaca
que das índias guardou a vontade de andar nua".
(Ferreira Gullar)
• Com a passagem da nuvem, a lua se tranqüiliza.
Figura que consiste no emprego de termos com sentidos opostos.
• " Tristeza não tem fim.
felicidade sim ...." (Vinícius de Moraes)
• " Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças". (Drummond)
• "Há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir,
há de apagar uma estrela no céu cada vez que você chorar"
(Gilberto Gil)
É uma proposição aparentemente absurda, resultante da reunião de
idéias contraditórias.
• "Pra se viver do amor
Há que esquecer o amor."
(Chico Buarque de Holanda)
• No discurso, sindicalista afirmou que o operário quanto mais
trabalha mais tem dificuldades econômicas.
PARADOXO
Figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido
desagradável.
• Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro.
(apropriar-se = roubar)
• Cássia Eller partiu dessa para melhor.
(partiu dessa para melhor = morrer)
EUFEMISMO
EUFEMISMO
O disfemismo é uma figura de estilo que consiste em empregar
deliberadamente termos ou expressões depreciativas, sarcásticas ou
grosseiras para fazer referência a um determinado tema, coisa ou
pessoa, opondo-se assim, ao eufemismo. Expressões disfêmicas são
frequentemente usadas para criar situações de humor. .
Figura que através do exagero procura tornar mais expressiva uma ideia.
• Na época de festa junina, sempre morro de medo de fogos de
artifício.
• Ela gastou rios de dinheiro.
• "Será que eu tenho sempre que te lembrar
todo dia, toda hora.
Eu te imploro,
Por favor. " (Alice, Kid Abelha)
Consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que se pensa,
visando à sátira ou à ridicularização.
“Cada vez que você interrompe
seu colega, sem pedir licença,
percebo como é bem-educado”
Na charge, na verdade, o pobre fica sem comer,
porque não pode comprar. Logo, nem paga imposto.
IRONIA
Também conhecida como CLÍMAX, Consiste numa sequência de palavras,
sinônimas ou não, que intensificam uma mesma ideia. Pode ser da menos
intensa para a mais intensa e vice-versa.
• O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se.
(Padre Vieira)
• Ele chorou, berrou, esperneou.
Consiste no chamamento ou interpelação a uma pessoa ou coisa que pode
ser real ou imaginária, pode estar presente ou ausente; usada para dar
ênfase. Um tipo de VOCATIVO.
• Ó mar salgado,
quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
• Senhor, Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
• Deus! Deus! Onde estás que não respondes?
É uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de
pensamento. Ele é usado para abrandar uma expressão por
meio da negação do contrário. Ele permite afirmar algo por meio
da negação. Ex:
Eu não estou feliz com a notícia da prefeitura. Nesse exemplo,
a expressão “não estou feliz” atenua a ideia de “ficar triste”.
Ele não está em seu juízo perfeito. (por estar maluco)
Os jogadores de vôlei não são nada baixos. (por ser muito alto ).
Figura que consiste na expressão do pensamento por meio de
interjeições, quando se está sobre a influência de qualquer
sentimento. Ex:
Ó glória de mandar Ó vã cobiça!
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
(Camões. Os Lusíadas, canto IV.)
“Liberdade! Quantos crimes se cometem em teu nome!”
(Madame Roland, ao caminhar para o cadafalso onde seria decapitada durante a Revolução Francesa)
Figura que consiste numaa pergunta estilística, sem intenção de
resposta. Ex:
“Quanta mentira não há num beijo?
Quanto veneno? Quanta traição?
Um beijo envenena sempre.
Alguns há que envenenam a vida inteira”.
(Albino Forjar de Sampaio)
• - "Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral"
(Caetano Veloso - Araçá Azul)
• Anule aliterações altamente abusivas
• — manual de redação humorístico (aliteração em A)
É a repetição de vogais na mesma frase.
Na publicidade
Ka/Ko –
aliteração e
assonância
A assonância na vogal e dá cadência ao verso quando pronunciado. Sem essa cadência, o
verso, nem teria a mesma harmonia, nem o mesmo brilho
Consiste na repetição de fonemas no início ou interior das
palavras.
• O rato roeu a roupa do rei de Roma.
• “Pedro Pedreiro penseiro esperando o trem/ Manhã parece,
carece de esperar também/ Para o bem de quem tem bem
de quem não tem vintém”. Chico Buarque (várias figuras)
Aqui também há
assonância em E
ALITERAÇÃO
“Velho vento vagabundo!
No teu rosnar sonolento
leva ao longe este lamento”.
(Cruz e Sousa)
“Cassiano pensou, fumou,
imaginou, trotou, cismou,
e, já a duas léguas do
arraial, os seus cálculos
acharam conclusão.”
Também conhecida como eco, é uma figura que consiste na
identidade fonética das terminações ou desinências das palavras
finais de uma oração ou verso.
“...Nos desata, dos desvela, nos revela.
...a importância do poeta: porque ele anuncia, denuncia...”
Figura de linguagem em que se repete a mesma palavra, porém com
significados diferentes.
"Uma meia meia feita,
outra meia por fazer,
digam lá se conseguirem,
quantas meias vêm a ser?"
A antanáclase está próxima da paronomásia e do trocadilho e pode ser sinónima
da diáfora. Aristóteles estuda a antanáclase na Retórica, chamando a atenção para
o efeito de surpresa que se pode obter com o bom uso desta figura. Isso soube fazer
com mestria D. Francisco Manuel de Melo com as variantes e homonímicas e
paronímicas possíveis para a palavra “pelo”: “Meus amigos, digo que me pelo por ouvir
quatro equívocos. Se eles caem a pêlo, têm a sua galantaria; não já como muitos, que
vêm pelos cabelos; apelo eu, que os dissesse.” (Feira de Anexins, I, 1).
É uma figura que emprega palavras parônimas numa mesma frase, fenômeno este
que é popularmente conhecido como trocadilho. É o emprego de palavras
semelhantes na forma ou no som, mas de sentidos diferentes, próximas umas das
outras.
•Eu vou te delatar se você não dilatar a pupila.
•Aprendeu nas aulas por meio da apreensão dos conhecimentos.
•José é um cavaleiro da fazenda muito cavalheiro.
•O docente aplicou a prova essa tarde para os discentes.
•Durante seu descanso o peão jogava pião com seus colegas.
"Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio".
Ocorre quando há omissão de um termo, que fica subentendido
pelo contexto e que é facilmente identificado.
• À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva.
(omissão da forma verbal estava: estava o sol, estava chuva)
• " Na rua deserta, nenhum sinal de bonde." (Clarice Lispector)
(omissão de não havia)
ELIPSE
Omissão de um termo (verbo) já enunciado antes. Pode-se considerar
zeugma como uma forma de elipse.
• “Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.”
(omissão de prefiro)
• "Levou seu retrato,
seu trapo,
seu prato,
que papel!
Uma imagem de São Francisco e um bom disco de Noel"
(omissão de levou)
(A Rita – Chico Buarque de Holanda)
É a inversão da ordem natural (direta) dos termos na oração, ou
das orações no período.
• Viajam cansados os pescadores de ilusões.
( Os pescadores de ilusões viajam cansados)
• Acompanhando o som da torcida, dançava com a bola o atleta.
(O atleta dançava com a bola acompanhando som da torcida)
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
(Gregário de Matos)
É a repetição de um termo, ou reforço de seu significado
• Choramos um choro sentido, mas nos refizemos logo.
• A ele resta-lhe a boa oportunidade de provar sua inocência.
• "Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho"
Flores ( Titãs )
• “Vi, claramente visto, o lume vivo”. (Luiz Vaz de Camões)
• “E rir meu riso e derramar meu pranto”. (Vinícius de Moraes)
Ocorre quando há a supressão (retirada) do conectivo (conjunção)
• O cantor interpretava a canção, o público vaiava. Ele
insistia, o público continuava. Ele parou, quebrou o violão,
saiu do palco.
• O vento zunia, as folhas caíam.
Ocorre quando há repetição do conectivo (conjunção).
• E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas
ninguém parou para socorrer o gato acidentado.
• E a noite é negra
e estrelas não brilham
e pessoas mascaram a voz
e a dor
e expõem o rosto ao risco
e à solidão.
Ocorre quando há uma interrupção da construção sintática para
se introduzir uma outra ideia.
• Umas moedas velhas caídas no fundo da gaveta, nós
descobrimos o seu valor depois que o colecionador as quis
comprar.
• Os nordestinos quando chegam, em família, entre sacos e
sacola, na estação central, eu acho que merecem mais do
que uma reportagem: merecem um livro que conte a luta e
a resistência dessa brava gente.
Ocorre quando se realiza a concordância com a idéia e não com os termos
expressos.
A silepse pode ser:
de gênero
• Vossa Excelência ficou cansado com o discurso.
de número
• A família do réu procurou advogado e queriam saber se ele
poderia ficar em liberdade durante o processo.
de pessoa
• Os brasileiros somos muito crédulos.
É a repetição de termos no início de cada verso ou
frases.
:
• "Era a mais cruel das cenas. Era a mais cruel das
situações. Era a mais cruel das missões..."
O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE)
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces, e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
Chico Buarque de Holanda
"Na solidão solitude,
Na solidão entrei,
Na solidão perdi-me,
Nunca me alegrei." (Mário de Andrade)
"Vários tons de vermelho dançam para mim,
o vermelho da guerra,
o vermelho das terras,
o vermelho do nada." (Kátia Maristela Ongaro)
Figura que consiste em repetir no começo de um verso ou frase a
última palavra da frase ou verso anterior. Ex:
Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,
É verdade, Senhor, que hei delinquido,
Delinquido vos tenho e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
(Gregório de Matos)
Figura que consiste na repetição da mesma palavra no fim do membro
da frase ou das frases. Ex:
•"Parece que eles vieram ao mundo para ser ladrões: nascem
de pais ladrões, criam-se em meio a ladrões, morrem como
ladrões." (Heitor Pinto)
• "Os animais não são criaturas? As árvores não são
criaturas? As pedras não são criaturas?" (Vieira)
• "Não sou nada / Nunca serei nada / Não posso querer ser
nada" (Álvaro de Campos)
Figura que consiste na simultaneidade da anáfora e da epístrofe.
Ex:
Hoje, não quero pensar senão na arte nova;
hoje não me agrada cantar senão a canção nova.
Quando se perde a fortuna, nada se perde;
quando se perde a saúde, algo se perde;
quando se perde o caráter, tudo se perde.
Também conhecida como conversão, é a figura de linguagem
que consiste na repetição simétrica, cruzando as palavras em
forma de X.. Ex:
Bibliografia
• ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua
Portuguesa. 44ª edição. Editora Saraiva. São Paulo. 2001
• CUNHA, Celso & CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do
Português Contemporâneo. 3ª edição. Editora Nova Fronteira.
Rio de Janeiro. 2001
___EXERCITANDO!___
Identifique as figuras de linguagem destacadas nos textos a seguir.
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou
Entre no meu carro
Nós vamos rodar
E seremos passageiros à noite
E veremos a cidade em trapos
E veremos o vazio do céu
Sob os cacos dos subúrbios daqui
Mas essa noite tudo soa tão bem
Muda,
que quando a gente muda
o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se
mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro,
na mudança do presente a gente molda o futuro!
Jackie foi nascer numa cabana em Noa Noa
Sol do Taiti na pele, now boa
Seu pai cruzou o mar, duas filhas na canoa
Côco pra beber e leite de leoa
Jackie é uma menina tão bonita que enjoa
Enjôo de vertigem, viagem de avião
Hálito de virgem, dois olhos de amêndoa
Vaca, cadela, macaca, gazela
Linda toda, toda linda ela
Toda beleza se reconhece nela
Jackie Tequila coca-cola e água
Égua, língua, mingua minha mágoa oh oh yeh
“Ó Formas alvas, brancas, Formas
claras” (Cruz e Souza)
Vamos celebrar nossa justiça
ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:É a festa da
torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração
Há soldados armados, amados ou não
quase todos na rua, indeciso cordão
É como não sentir calor em Cuiabá
Ou como no Arpoador não ver o mar
É como não morrer de raiva com a política
Ignorar que a tarde vai vadia e mítica
E como ver televisão e não dormir
Ver um bichano pelo chão e não sorrir
É como não provar o nectar de um lindo amor
Depois que o coração detecta a mais fina flor
Não alimento
amor por telefone
Isso é ilusão
Não adianta falar de
amor ao telefone
Isso é ilusão
(Tele-fome)
E, SÃO PAULO
E, SÃO PAULO
SÃO PAULO TERRA BOA
SÃO PAULO DA GAROA
Complicada e perfeitinha
você me apareceu
era tudo que eu queria
estrela da sorte
Quando à noite ela surgia
meu bem você cresceu
meu namoro é na folhinha
mulher de fases
Você é a escada na minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos o amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor
Teus sinais me confundem da cabeça
aos pés
mas por dentro eu te devoro.
Teu olhar não me diz exato quem tu és
mesmo assim eu te devoro,
Te devoraria
a qualquer preço porque te ignoro ou te
conheço
quando chove ou quando faz frio
EU NASCI HÁ DEZ MIL ANOS ATRÁS
Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
cada um de nós, algo de uma
criança
Enquanto houver sol, enquanto
houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto
houver sol
CONTROLANDO A
MINHA MALUQUEZ
MISTURADA COM
MINHA LUCIDEZ
Penso no que faço
no que fiz
e no que vou fazer
Hoje o seu retrato
só me mostra o que eu quero
esquecer
Quando o sol se for meu amor vou
onde você for
Quando o sol se for a luz indicará
você pra mim
Então já era
Eu vou fazer de um jeito
que ela não vai esquecer
Se for já era
Eu vou fazer de um jeito
que ela não vai esquecer
Se for já era
Eu vou fazer de um jeito
que ela não vai esquecer
01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para
continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é
chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para
continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é
chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e
"...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..."
enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e
"...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..."
enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou
nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o
essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja"
encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopeia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou
nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o
essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja"
encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopeia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse
ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse
ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro
sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece.
(prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na
violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..."
(aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro
sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece.
(prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na
violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..."
(aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por
silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região,
precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste
relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às
dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha
resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus
insubordinável a qualquer tratamento.
06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por
silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região,
precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste
relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às
dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha
resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus
insubordinável a qualquer tratamento.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos
fragmentos abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos
fragmentos abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto.
(Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice
Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário
Quintana)
e) N.d.a.
08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto.
(Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice
Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário
Quintana)
e) N.d.a.
09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e
partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e
partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em
que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."
10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em
que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."
FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português
FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português
FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português
FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português

Recursos expressivos1 (1)
Recursos expressivos1 (1)Recursos expressivos1 (1)
Recursos expressivos1 (1)
Vanda Marques
 
Figuras de linguagem 2012
Figuras de linguagem   2012Figuras de linguagem   2012
Figuras de linguagem 2012
Lourdes Vilar
 

Semelhante a FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português (20)

Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
figuras-de-linguagem.ppt
figuras-de-linguagem.pptfiguras-de-linguagem.ppt
figuras-de-linguagem.ppt
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Material do cursinho
Material do cursinhoMaterial do cursinho
Material do cursinho
 
Aula 22.11
Aula 22.11Aula 22.11
Aula 22.11
 
A ficção nas mídias
A ficção nas mídiasA ficção nas mídias
A ficção nas mídias
 
Figuras linguagem Completo
Figuras linguagem CompletoFiguras linguagem Completo
Figuras linguagem Completo
 
Figuras de Linguagem
Figuras de LinguagemFiguras de Linguagem
Figuras de Linguagem
 
1 ano literatura gramatica
1 ano literatura gramatica1 ano literatura gramatica
1 ano literatura gramatica
 
1 ano literatura gramatica
1 ano literatura gramatica1 ano literatura gramatica
1 ano literatura gramatica
 
figuras-de-linguagem- DÉBORA.ppt
figuras-de-linguagem- DÉBORA.pptfiguras-de-linguagem- DÉBORA.ppt
figuras-de-linguagem- DÉBORA.ppt
 
Recursos expressivos1 (1)
Recursos expressivos1 (1)Recursos expressivos1 (1)
Recursos expressivos1 (1)
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagem Figuras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Figuras de linguagem 2012
Figuras de linguagem   2012Figuras de linguagem   2012
Figuras de linguagem 2012
 
Figuras linguagem2
Figuras linguagem2Figuras linguagem2
Figuras linguagem2
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Figuras de linguagem completo 01
Figuras de linguagem   completo 01Figuras de linguagem   completo 01
Figuras de linguagem completo 01
 
DIVERSAS FIGURAS DE LINGUAGEM SLIDE ESSE
DIVERSAS FIGURAS DE LINGUAGEM SLIDE ESSEDIVERSAS FIGURAS DE LINGUAGEM SLIDE ESSE
DIVERSAS FIGURAS DE LINGUAGEM SLIDE ESSE
 
Aula 1º Ano - RALP.pptx
Aula 1º Ano - RALP.pptxAula 1º Ano - RALP.pptx
Aula 1º Ano - RALP.pptx
 

Último

472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
GisellySobral
 
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptxAspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
profbrunogeo95
 

Último (20)

Nós Propomos! Sertã 2024 - Geografia C - 12º ano
Nós Propomos! Sertã 2024 - Geografia C - 12º anoNós Propomos! Sertã 2024 - Geografia C - 12º ano
Nós Propomos! Sertã 2024 - Geografia C - 12º ano
 
662938.pdf aula digital de educação básica
662938.pdf aula digital de educação básica662938.pdf aula digital de educação básica
662938.pdf aula digital de educação básica
 
Descrever e planear atividades imersivas estruturadamente
Descrever e planear atividades imersivas estruturadamenteDescrever e planear atividades imersivas estruturadamente
Descrever e planear atividades imersivas estruturadamente
 
O que é, de facto, a Educação de Infância
O que é, de facto, a Educação de InfânciaO que é, de facto, a Educação de Infância
O que é, de facto, a Educação de Infância
 
Testes de avaliação português 6º ano .pdf
Testes de avaliação português 6º ano .pdfTestes de avaliação português 6º ano .pdf
Testes de avaliação português 6º ano .pdf
 
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos AnimaisNós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
 
Sequência didática Carona 1º Encontro.pptx
Sequência didática Carona 1º Encontro.pptxSequência didática Carona 1º Encontro.pptx
Sequência didática Carona 1º Encontro.pptx
 
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - material
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - materialFUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - material
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - material
 
Formação T.2 do Modulo I da Formação HTML & CSS
Formação T.2 do Modulo I da Formação HTML & CSSFormação T.2 do Modulo I da Formação HTML & CSS
Formação T.2 do Modulo I da Formação HTML & CSS
 
QUESTÃO 4 Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
QUESTÃO 4   Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...QUESTÃO 4   Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
QUESTÃO 4 Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
 
Apresentação sobre Robots e processos educativos
Apresentação sobre Robots e processos educativosApresentação sobre Robots e processos educativos
Apresentação sobre Robots e processos educativos
 
UFCD_8291_Preparação e confeção de peixes e mariscos_índice.pdf
UFCD_8291_Preparação e confeção de peixes e mariscos_índice.pdfUFCD_8291_Preparação e confeção de peixes e mariscos_índice.pdf
UFCD_8291_Preparação e confeção de peixes e mariscos_índice.pdf
 
Proposta de redação Soneto de texto do gênero poema para a,usos do 9 ano do e...
Proposta de redação Soneto de texto do gênero poema para a,usos do 9 ano do e...Proposta de redação Soneto de texto do gênero poema para a,usos do 9 ano do e...
Proposta de redação Soneto de texto do gênero poema para a,usos do 9 ano do e...
 
SQL Parte 1 - Criação de Banco de Dados.pdf
SQL Parte 1 - Criação de Banco de Dados.pdfSQL Parte 1 - Criação de Banco de Dados.pdf
SQL Parte 1 - Criação de Banco de Dados.pdf
 
APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.
APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.
APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.
 
Edital do processo seletivo para contratação de agentes de saúde em Floresta, PE
Edital do processo seletivo para contratação de agentes de saúde em Floresta, PEEdital do processo seletivo para contratação de agentes de saúde em Floresta, PE
Edital do processo seletivo para contratação de agentes de saúde em Floresta, PE
 
"Nós Propomos! Escola Secundária em Pedrógão Grande"
"Nós Propomos! Escola Secundária em Pedrógão Grande""Nós Propomos! Escola Secundária em Pedrógão Grande"
"Nós Propomos! Escola Secundária em Pedrógão Grande"
 
Poema - Maio Laranja
Poema - Maio Laranja Poema - Maio Laranja
Poema - Maio Laranja
 
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
 
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptxAspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
 

FIGURAS DE LINGUAGEM edição 2022.ppt português

  • 1.
  • 2. A linguagem possibilita-nos exprimir não só nossa compreensão de mundo (ideias, conceitos, opiniões...), mas também nosso mundo psíquico (emoções e “estado de espírito”). Quando dizemos, por exemplo, “Aquele restaurante é um chiqueiro”, estamos afirmando que o lugar é sujo e, simultaneamente, revelando que o lugar nos causa repulsa, nojo. Às diferentes possibilidades de usar a linguagem para revelar nosso mundo psíquico damos o nome de recursos estilísticos. Uma adjetivação sugestiva, a associação original de um substantivo a um adjetivo, o uso de processos enfáticos são alguns exemplos de recursos estilísticos que podem ser utilizados.
  • 3.
  • 4. o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade. Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! Vamos! Coloque logo a mão na massa! As crianças estão com as mãos sujas. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. O QUE É POLISSEMIA?
  • 5. Os tipos sentidos que uma palavra pode apresentar: • DENOTATIVO: sentido real (dicionário) Ex: Minha geladeira quebrou. O passarinho foi atingido no bico. Dizem que o gato possui sete vidas. • CONOTATIVO: sentido figurado Ex: Minha namorada é uma geladeira. O rapaz é um tremendo gato. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência.
  • 6. A denotação se refere ao significado mais objetivo e comum de uma palavra. O sentido denotativo é também conhecido como sentido literal ou próprio. A conotação se refere a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra. O sentido conotativo é também conhecido como sentido figurado. Entretanto, não é um absurdo pensarmos que, como parte inerente à linguagem, os conceitos aqui citados transcendem a verbalidade. Em outras palavras, uma imagem, por exemplo, pode expressar significados tanto denotativos quanto conotativos, ainda que não seja exemplo de linguagem verbal.
  • 7. Uma mesma mensagem, a depender do sentido que apresente, pode ser expressa de forma conotativa ou denotativa, conforme a intenção comunicativa do emissor. SENTIDO DENOTATIVO SENTIDO CONOTATIVO
  • 8. SENTIDO DENOTATIVO SENTIDO CONOTATIVO A imagem captada pelo artista se apresenta de forma informativa, objetiva e realista, portanto, expressa sentido denotativo. Contudo, ao reproduzi-la, faz-se uma escolha não pela realidade, mas pela arte, pela subjetividade. A partir de então, essa imagem passa a expressar não mais a realidade vista, mas aquela sentida e imaginada elo artista, expressando conotatividade.
  • 9.
  • 10. FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de linguagem, figuras de estilo ou figuras de retórica são recursos estilísticos que o orador pode aplicar ao texto para conseguir um determinado efeito na interpretação do ouvinte. Podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas.
  • 11.
  • 12.
  • 13. É o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação de semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida. • "Não sei que nuvem trago neste peito que tudo quanto vejo me entristece..." (Alexandre de Gusmão) •" Sua boca é um cadeado E meu corpo é uma fogueira" (Chico Buarque de Holanda) •‘‘Não fique pensando que o povo é nada, carneiro, boiada, débil mental pra lhe entregar tudo de mão beijada.’’ (Chico Buarque de Holanda)
  • 15. É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança, como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo e busca realçar determinada qualidade do primeiro termo. • A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido. • "E há poetas que são artistas E trabalham nos seus versos como carpinteiro nas tábuas!..." (Alberto Caeiro) • Como um grande borrão de fogo sujo O sol posto demora-se nas nuvens que ficam." (Alberto Caeiro)
  • 17. É o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar determinadas coisas. É uma metáfora desgastada pelo uso excessivo. • Sentou-se no braço da poltrona para descansar. • Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maçãs do rosto avermelhadas. • A asa da xícara quebrou-se.
  • 18. Usamos a catacrese em expressões como “orelha de livro” ou “dente de alho”. O termo “engarrafamento”, usado para designar o congestionamento de automóveis, ou o verbo “embarcar”, usado no sentido de entrar no carro, no avião ou no trem, são exemplos de catacrese. Na expressão “casal gay”, curiosa porque “casal”, ao pé da letra, é um par formado por macho e fêmea, apagou-se o sentido de heterossexualidade e avivou-se o sentido de par unido por laços de afetividade.
  • 19. É a substituição do sentido de uma palavra ou expressão por outro sentido, havendo entre eles uma reação lógica. O autor pela obra. • Ouvi Mozart com emoção. (a música de Mozart) • Leio Graciliano Ramos porque ele fala da realidade brasileira. (obra de Graciliano Ramos) O continente (o que contém) pelo conteúdo (o que está contido). • Ele comemorou tomando um copo de caipirinha. (Continente: um copo; Conteúdo: caipirinha contida no copo)
  • 20. A parte pelo todo. • " o bonde passa cheio de pernas." (Drummond) (pernas = pessoas) • São muitas as famílias que procuram um teto para morar. (teto = casa) O singular pelo plural. • " Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.“ (Art.3º-Declaração Universal dos Direitos Humanos) (homem = Humanidade) • A mulher foi chamada para ir às ruas na luta contra a violência. (mulher = todas as mulheres)
  • 21. o instrumento pela pessoa que o utiliza. • Os microfones corriam atropelando até o entrevistado. (microfone = repórteres) • Ele é um bom pincel, o problema é que seus quadros são caros. (pincel = pintor) • Ele é um bom garfo. (garfo = come de mais) o abstrato pelo concreto. • A juventude é corajosa e nem sempre conseqüente. (juventude = jovens) • A infância é saudavelmente desordeira. (infância = crianças)
  • 22. o efeito pela causa • Com muito suor o operário construiu sua casa. (suor = trabalho) • As industrias despejam a morte nos rios. (morte = detritos, poluição) a matéria pelo objeto • Os bronzes tangiam avisando a hora da missa: (bronze = sino) • Os cristais tiniam na bandeja de prata. (cristais = copos)
  • 23. O sinal pela coisa significada A coroa espanhola está sendo comentada nas redes sociais. (a família real espanhola) O proprietário pela propriedade Vou ao veterinário com minha cadela. (ao consultório do veterinário) O lugar pelo produto Vamos beber um Porto? (vinho do Porto)
  • 24. A marca pelo produto Vou pedir à empregada para arear essas panelas com bombril. (esponja de aço) A classe pelo indivíduo (ou o indivíduo pela classe) Quanto mais o Homem constrói, mais o Homem destrói. (os seres humanos)
  • 25. SINÉDOQUE E METONÍMIA Muito semelhante à metonímia, a sinédoque é considerada por diversos autores como sendo um tipo de metonímia. Alguns defendem que na sinédoque ocorre uma relação quantitativa entre os termos da frase, ocorrendo redução ou ampliação, e na metonímia ocorre uma relação qualitativa, havendo contiguidade entre os termos da frase. Outros, contudo, afirmam ser conceitos tão próximos que consideram desnecessária a distinção entre os dois termos. TIPOS DE SINÉDOQUE:  A parte pelo todo (ou o todo pela parte) Exemplo: Vou sair de casa de meus pais e ter meu próprio teto. (casa)  A classe pelo indivíduo (ou o indivíduo pela classe) Exemplo: Quanto mais o Homem constrói, mais o Homem destrói. (os seres humanos)  O singular pelo plural (ou o plural pelo singular) Exemplo: O aluno deverá manter o silêncio na biblioteca. (todos os alunos)
  • 26. É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais diferentes. • O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca mais retornou. (cheiro = sensação olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação visual) • Um doce abraço indicava que o pai desculpara. (doce = sensação gustativa; abraço = tátil) • Dia de luz , festa de sol Um barquinho a deslizar no macio azul do mar... (O barquinho - Tom Jobim) (azul = sensação visual; macio = sensação tátil)
  • 27. Expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que celebrizou. Em termos gerais, perífrase designa qualquer sintagma ou expressão idiomática (e mais ou menos óbvia ou direta) que substitui outra. A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo todo. (cidade luz = Paris) A Cidade Maravilhosa segue cheia de sol. (cidade maravilhosa = Rio de Janeiro) O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. (povo lusitano = os portugueses)
  • 28. Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de ANTONOMÁSIA. • O Príncipe dos poetas também teve outras atividades que o tornaram famoso; por exemplo: a luta pelo serviço militar obrigatório. (Príncipe dos poetas = Olavo Bilac) • O Presidente dos Pobres suicidou-se em 1954. (Presidente dos Pobres = Getúlio Vargas) • "A dama do teatro brasileiro foi indicada para o Oscar." (dama do teatro brasileiro = Fernanda Montenegro)
  • 29. Consiste na imitação do som ou da voz natural dos seres. • "Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos como que é que poderíamos dormir tranqüilos a nossa eternidade?" (Mário Quitanda) • "No Tic Tic Tac do meu coração, renascerá..." (Timbalada)
  • 30.
  • 31.
  • 32. Também chamada personificação ou animismo, é uma espécie de metáfora que consiste em atribuir características humanas a outros seres. • "Ah! cidade maliciosa de olhos de ressaca que das índias guardou a vontade de andar nua". (Ferreira Gullar) • Com a passagem da nuvem, a lua se tranqüiliza.
  • 33. Figura que consiste no emprego de termos com sentidos opostos. • " Tristeza não tem fim. felicidade sim ...." (Vinícius de Moraes) • " Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças". (Drummond) • "Há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir, há de apagar uma estrela no céu cada vez que você chorar" (Gilberto Gil)
  • 34. É uma proposição aparentemente absurda, resultante da reunião de idéias contraditórias. • "Pra se viver do amor Há que esquecer o amor." (Chico Buarque de Holanda) • No discurso, sindicalista afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
  • 36. Figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável. • Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro. (apropriar-se = roubar) • Cássia Eller partiu dessa para melhor. (partiu dessa para melhor = morrer)
  • 39. O disfemismo é uma figura de estilo que consiste em empregar deliberadamente termos ou expressões depreciativas, sarcásticas ou grosseiras para fazer referência a um determinado tema, coisa ou pessoa, opondo-se assim, ao eufemismo. Expressões disfêmicas são frequentemente usadas para criar situações de humor. .
  • 40. Figura que através do exagero procura tornar mais expressiva uma ideia. • Na época de festa junina, sempre morro de medo de fogos de artifício. • Ela gastou rios de dinheiro. • "Será que eu tenho sempre que te lembrar todo dia, toda hora. Eu te imploro, Por favor. " (Alice, Kid Abelha)
  • 41. Consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que se pensa, visando à sátira ou à ridicularização. “Cada vez que você interrompe seu colega, sem pedir licença, percebo como é bem-educado” Na charge, na verdade, o pobre fica sem comer, porque não pode comprar. Logo, nem paga imposto.
  • 43.
  • 44. Também conhecida como CLÍMAX, Consiste numa sequência de palavras, sinônimas ou não, que intensificam uma mesma ideia. Pode ser da menos intensa para a mais intensa e vice-versa. • O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se. (Padre Vieira) • Ele chorou, berrou, esperneou.
  • 45.
  • 46. Consiste no chamamento ou interpelação a uma pessoa ou coisa que pode ser real ou imaginária, pode estar presente ou ausente; usada para dar ênfase. Um tipo de VOCATIVO. • Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal! • Senhor, Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! • Deus! Deus! Onde estás que não respondes?
  • 47. É uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de pensamento. Ele é usado para abrandar uma expressão por meio da negação do contrário. Ele permite afirmar algo por meio da negação. Ex: Eu não estou feliz com a notícia da prefeitura. Nesse exemplo, a expressão “não estou feliz” atenua a ideia de “ficar triste”. Ele não está em seu juízo perfeito. (por estar maluco) Os jogadores de vôlei não são nada baixos. (por ser muito alto ).
  • 48. Figura que consiste na expressão do pensamento por meio de interjeições, quando se está sobre a influência de qualquer sentimento. Ex: Ó glória de mandar Ó vã cobiça! Desta vaidade, a quem chamamos Fama! (Camões. Os Lusíadas, canto IV.) “Liberdade! Quantos crimes se cometem em teu nome!” (Madame Roland, ao caminhar para o cadafalso onde seria decapitada durante a Revolução Francesa)
  • 49. Figura que consiste numaa pergunta estilística, sem intenção de resposta. Ex: “Quanta mentira não há num beijo? Quanto veneno? Quanta traição? Um beijo envenena sempre. Alguns há que envenenam a vida inteira”. (Albino Forjar de Sampaio)
  • 50.
  • 51. • - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral" (Caetano Veloso - Araçá Azul) • Anule aliterações altamente abusivas • — manual de redação humorístico (aliteração em A) É a repetição de vogais na mesma frase. Na publicidade Ka/Ko – aliteração e assonância
  • 52. A assonância na vogal e dá cadência ao verso quando pronunciado. Sem essa cadência, o verso, nem teria a mesma harmonia, nem o mesmo brilho
  • 53. Consiste na repetição de fonemas no início ou interior das palavras. • O rato roeu a roupa do rei de Roma. • “Pedro Pedreiro penseiro esperando o trem/ Manhã parece, carece de esperar também/ Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém”. Chico Buarque (várias figuras) Aqui também há assonância em E
  • 54. ALITERAÇÃO “Velho vento vagabundo! No teu rosnar sonolento leva ao longe este lamento”. (Cruz e Sousa)
  • 55. “Cassiano pensou, fumou, imaginou, trotou, cismou, e, já a duas léguas do arraial, os seus cálculos acharam conclusão.”
  • 56. Também conhecida como eco, é uma figura que consiste na identidade fonética das terminações ou desinências das palavras finais de uma oração ou verso. “...Nos desata, dos desvela, nos revela. ...a importância do poeta: porque ele anuncia, denuncia...”
  • 57. Figura de linguagem em que se repete a mesma palavra, porém com significados diferentes. "Uma meia meia feita, outra meia por fazer, digam lá se conseguirem, quantas meias vêm a ser?" A antanáclase está próxima da paronomásia e do trocadilho e pode ser sinónima da diáfora. Aristóteles estuda a antanáclase na Retórica, chamando a atenção para o efeito de surpresa que se pode obter com o bom uso desta figura. Isso soube fazer com mestria D. Francisco Manuel de Melo com as variantes e homonímicas e paronímicas possíveis para a palavra “pelo”: “Meus amigos, digo que me pelo por ouvir quatro equívocos. Se eles caem a pêlo, têm a sua galantaria; não já como muitos, que vêm pelos cabelos; apelo eu, que os dissesse.” (Feira de Anexins, I, 1).
  • 58. É uma figura que emprega palavras parônimas numa mesma frase, fenômeno este que é popularmente conhecido como trocadilho. É o emprego de palavras semelhantes na forma ou no som, mas de sentidos diferentes, próximas umas das outras. •Eu vou te delatar se você não dilatar a pupila. •Aprendeu nas aulas por meio da apreensão dos conhecimentos. •José é um cavaleiro da fazenda muito cavalheiro. •O docente aplicou a prova essa tarde para os discentes. •Durante seu descanso o peão jogava pião com seus colegas. "Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio".
  • 59.
  • 60. Ocorre quando há omissão de um termo, que fica subentendido pelo contexto e que é facilmente identificado. • À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva. (omissão da forma verbal estava: estava o sol, estava chuva) • " Na rua deserta, nenhum sinal de bonde." (Clarice Lispector) (omissão de não havia)
  • 62. Omissão de um termo (verbo) já enunciado antes. Pode-se considerar zeugma como uma forma de elipse. • “Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.” (omissão de prefiro) • "Levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel! Uma imagem de São Francisco e um bom disco de Noel" (omissão de levou) (A Rita – Chico Buarque de Holanda)
  • 63. É a inversão da ordem natural (direta) dos termos na oração, ou das orações no período. • Viajam cansados os pescadores de ilusões. ( Os pescadores de ilusões viajam cansados) • Acompanhando o som da torcida, dançava com a bola o atleta. (O atleta dançava com a bola acompanhando som da torcida) É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. (Gregário de Matos)
  • 64. É a repetição de um termo, ou reforço de seu significado • Choramos um choro sentido, mas nos refizemos logo. • A ele resta-lhe a boa oportunidade de provar sua inocência. • "Olhei até ficar cansado De ver os meus olhos no espelho" Flores ( Titãs ) • “Vi, claramente visto, o lume vivo”. (Luiz Vaz de Camões) • “E rir meu riso e derramar meu pranto”. (Vinícius de Moraes)
  • 65.
  • 66. Ocorre quando há a supressão (retirada) do conectivo (conjunção) • O cantor interpretava a canção, o público vaiava. Ele insistia, o público continuava. Ele parou, quebrou o violão, saiu do palco. • O vento zunia, as folhas caíam.
  • 67. Ocorre quando há repetição do conectivo (conjunção). • E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas ninguém parou para socorrer o gato acidentado. • E a noite é negra e estrelas não brilham e pessoas mascaram a voz e a dor e expõem o rosto ao risco e à solidão.
  • 68. Ocorre quando há uma interrupção da construção sintática para se introduzir uma outra ideia. • Umas moedas velhas caídas no fundo da gaveta, nós descobrimos o seu valor depois que o colecionador as quis comprar. • Os nordestinos quando chegam, em família, entre sacos e sacola, na estação central, eu acho que merecem mais do que uma reportagem: merecem um livro que conte a luta e a resistência dessa brava gente.
  • 69. Ocorre quando se realiza a concordância com a idéia e não com os termos expressos. A silepse pode ser: de gênero • Vossa Excelência ficou cansado com o discurso. de número • A família do réu procurou advogado e queriam saber se ele poderia ficar em liberdade durante o processo. de pessoa • Os brasileiros somos muito crédulos.
  • 70. É a repetição de termos no início de cada verso ou frases. : • "Era a mais cruel das cenas. Era a mais cruel das situações. Era a mais cruel das missões..."
  • 71. O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE) O que será que me dá Que me bole por dentro, será que me dá Que brota à flor da pele, será que me dá E que me sobe às faces, e me faz corar E que me salta aos olhos a me atraiçoar E que me aperta o peito e me faz confessar O que não tem mais jeito de dissimular E que nem é direito ninguém recusar E que me faz mendigo, me faz suplicar O que não tem medida, nem nunca terá O que não tem remédio, nem nunca terá O que não tem receita Chico Buarque de Holanda
  • 72. "Na solidão solitude, Na solidão entrei, Na solidão perdi-me, Nunca me alegrei." (Mário de Andrade) "Vários tons de vermelho dançam para mim, o vermelho da guerra, o vermelho das terras, o vermelho do nada." (Kátia Maristela Ongaro)
  • 73. Figura que consiste em repetir no começo de um verso ou frase a última palavra da frase ou verso anterior. Ex: Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade, É verdade, Senhor, que hei delinquido, Delinquido vos tenho e ofendido, Ofendido vos tem minha maldade. (Gregório de Matos)
  • 74. Figura que consiste na repetição da mesma palavra no fim do membro da frase ou das frases. Ex: •"Parece que eles vieram ao mundo para ser ladrões: nascem de pais ladrões, criam-se em meio a ladrões, morrem como ladrões." (Heitor Pinto) • "Os animais não são criaturas? As árvores não são criaturas? As pedras não são criaturas?" (Vieira) • "Não sou nada / Nunca serei nada / Não posso querer ser nada" (Álvaro de Campos)
  • 75. Figura que consiste na simultaneidade da anáfora e da epístrofe. Ex: Hoje, não quero pensar senão na arte nova; hoje não me agrada cantar senão a canção nova. Quando se perde a fortuna, nada se perde; quando se perde a saúde, algo se perde; quando se perde o caráter, tudo se perde.
  • 76. Também conhecida como conversão, é a figura de linguagem que consiste na repetição simétrica, cruzando as palavras em forma de X.. Ex:
  • 77. Bibliografia • ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 44ª edição. Editora Saraiva. São Paulo. 2001 • CUNHA, Celso & CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3ª edição. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 2001
  • 78. ___EXERCITANDO!___ Identifique as figuras de linguagem destacadas nos textos a seguir.
  • 79. Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar Eu sou o medo do fraco A força da imaginação O blefe do jogador Eu sou, eu fui, eu vou
  • 80. Entre no meu carro Nós vamos rodar E seremos passageiros à noite E veremos a cidade em trapos E veremos o vazio do céu Sob os cacos dos subúrbios daqui Mas essa noite tudo soa tão bem
  • 81. Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente. E quando a gente manda ninguém manda na gente. Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura. Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!
  • 82. Jackie foi nascer numa cabana em Noa Noa Sol do Taiti na pele, now boa Seu pai cruzou o mar, duas filhas na canoa Côco pra beber e leite de leoa Jackie é uma menina tão bonita que enjoa Enjôo de vertigem, viagem de avião Hálito de virgem, dois olhos de amêndoa Vaca, cadela, macaca, gazela Linda toda, toda linda ela Toda beleza se reconhece nela Jackie Tequila coca-cola e água Égua, língua, mingua minha mágoa oh oh yeh
  • 83. “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Souza)
  • 84. Vamos celebrar nossa justiça ganância e a difamação Vamos celebrar os preconceitos O voto dos analfabetos Comemorar a água podre E todos os impostos Queimadas, mentiras e sequestros Nosso castelo de cartas marcadas O trabalho escravo Nosso pequeno universo Toda a hipocrisia e toda a afetação Todo roubo e toda a indiferença Vamos celebrar epidemias:É a festa da torcida campeã Vamos celebrar a fome Não ter a quem ouvir Não se ter a quem amar Vamos alimentar o que é maldade Vamos machucar o coração
  • 85. Há soldados armados, amados ou não quase todos na rua, indeciso cordão
  • 86. É como não sentir calor em Cuiabá Ou como no Arpoador não ver o mar É como não morrer de raiva com a política Ignorar que a tarde vai vadia e mítica E como ver televisão e não dormir Ver um bichano pelo chão e não sorrir É como não provar o nectar de um lindo amor Depois que o coração detecta a mais fina flor
  • 87. Não alimento amor por telefone Isso é ilusão Não adianta falar de amor ao telefone Isso é ilusão (Tele-fome)
  • 88. E, SÃO PAULO E, SÃO PAULO SÃO PAULO TERRA BOA SÃO PAULO DA GAROA
  • 89. Complicada e perfeitinha você me apareceu era tudo que eu queria estrela da sorte Quando à noite ela surgia meu bem você cresceu meu namoro é na folhinha mulher de fases
  • 90. Você é a escada na minha subida Você é o amor da minha vida É o meu abrir de olhos o amanhecer Verdade que me leva a viver Você é a espera na janela A ave que vem de longe tão bela A esperança que arde em calor Você é a tradução do que é o amor
  • 91. Teus sinais me confundem da cabeça aos pés mas por dentro eu te devoro. Teu olhar não me diz exato quem tu és mesmo assim eu te devoro, Te devoraria a qualquer preço porque te ignoro ou te conheço quando chove ou quando faz frio
  • 92. EU NASCI HÁ DEZ MIL ANOS ATRÁS
  • 93. Quando não houver saída Quando não houver mais solução Ainda há de haver saída Nenhuma idéia vale uma vida Quando não houver esperança Quando não restar nem ilusão Ainda há de haver esperança cada um de nós, algo de uma criança Enquanto houver sol, enquanto houver sol Ainda haverá Enquanto houver sol, enquanto houver sol
  • 95. Penso no que faço no que fiz e no que vou fazer Hoje o seu retrato só me mostra o que eu quero esquecer Quando o sol se for meu amor vou onde você for Quando o sol se for a luz indicará você pra mim
  • 96. Então já era Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer Se for já era Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer Se for já era Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer
  • 97. 01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada: a) metáfora b) hipérbole c) hipérbato d) anáfora e) antítese
  • 98. 01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada: a) metáfora b) hipérbole c) hipérbato d) anáfora e) antítese
  • 99. 02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente: a) metáfora e polissíndeto; b) comparação e repetição; c) metonímia e aliteração; d) hipérbole e metáfora; e) anáfora e metáfora.
  • 100. 02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente: a) metáfora e polissíndeto; b) comparação e repetição; c) metonímia e aliteração; d) hipérbole e metáfora; e) anáfora e metáfora.
  • 101. 03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: a) prosopopeia e hipérbole; b) hipérbole e metonímia; c) perífrase e hipérbole; d) metonímia e eufemismo; e) metonímia e prosopopéia.
  • 102. 03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: a) prosopopeia e hipérbole; b) hipérbole e metonímia; c) perífrase e hipérbole; d) metonímia e eufemismo; e) metonímia e prosopopéia.
  • 103. 04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a figura de linguagem chamada: a) silepse de pessoa b) elipse c) anacoluto d) hipérbole e) silepse de número
  • 104. 04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a figura de linguagem chamada: a) silepse de pessoa b) elipse c) anacoluto d) hipérbole e) silepse de número
  • 105. 05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras? a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo) b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia) c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número) d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração) e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
  • 106. 05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras? a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo) b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia) c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número) d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração) e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
  • 107. 06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse: a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver. b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório. c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades. d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios. e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.
  • 108. 06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse: a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver. b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório. c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades. d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios. e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.
  • 109. 07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo: I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste." II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão." III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam." IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos." a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo; b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto; c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato; d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo; e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
  • 110. 07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo: I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste." II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão." III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam." IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos." a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo; b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto; c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato; d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo; e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
  • 111. 08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração: a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira) b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque) c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector) d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana) e) N.d.a.
  • 112. 08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração: a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira) b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque) c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector) d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana) e) N.d.a.
  • 113. 09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em: a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou. b) O avião decolou, ganhou altura e caiu. c) O balão inflou, começou a subir e apagou. d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se. e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
  • 114. 09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em: a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou. b) O avião decolou, ganhou altura e caiu. c) O balão inflou, começou a subir e apagou. d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se. e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
  • 115. 10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima: a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes." b) "Nasci na sala do 3° ano." c) "O bonde passa cheio de pernas." d) "O meu amor, paralisado, pula." e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."
  • 116. 10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima: a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes." b) "Nasci na sala do 3° ano." c) "O bonde passa cheio de pernas." d) "O meu amor, paralisado, pula." e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."