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ARTE DO BRONZE FINAL E DA IDADE DO FERRO
Torques de Vilas Boas
Vila Flor
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Ao longo do 1º
Milénio a.C.,
desenvolvem-se
sociedades mais
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A arte castreja (IX a. C. – I d. C.) não atingiu proporções monumentais. Os maiores
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aquecidas pelo fogo e (depois) banham-se em água
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Estrabão, Geografia 3.3.6
A decoração, feita em relevo e gravura, utilizava motivos geométricos típicos da
cultura castreja: cordas, espinhas, círculos encadeados, tríscelos e tetráscelos, sinais
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http://www.csarmento.uminho.pt/docs/sms/exposicoes/Cat%C3%A1logoArteCastreja.pdf
No noroeste Peninsular, as influências
fenícias e gregas foram ligeiras. Aqui,
as influências indo-europeias são
marcantes, sendo a ourivesaria a arte
predominante, com uma
extraordinária riqueza decorativa de
pendor geometrizante.
Tesouro de Baião (Séculos. VII-VI a.C.)
Museu Nacional de Arqueologia
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A ourivesaria castreja exibe uma mistura de
estilos e tradições de procedência
diversificada.
Pulseira da Cantonha
Guimarães_
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Lisboa
Lúnula e disco
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O carro votivo de bronze encontrado juntamente com um espeto em Vilela (Paredes), na
área meridional do território da Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), com a figuração do
sacrifício de um caprídeo, representará uma alegoria dos rituais indígenas ao seu Deus da
Guerra, equivalente a Ares ou a Marte, conforme o texto de Estrabão.
Esta cenarização, com a imolação da vítima por sacerdotes, guerreiros de um lado e
mulheres oferentes do outro, poderá referenciar modelarmente uma organização
hierárquica da sociedade castreja, tripartida e trifuncional, à maneira indo-europeia, em
torno das ideias da soberania, força e fecundidade.
www.csarmento.uminho.pt
Comp.: 38,5 cm
I milénio a. C
Carro votivo de Baiões
Nossa Senhora da Guia
S. Pedro do Sul
c. 700 a. C.
Os carros votivos, com paralelo
noutras regiões europeias sugerem
cultos religiosos colectivos
Strettweg; Aústria
Séc. VII a. C.
A estatuária de guerreiros
castrejos constitui um dos
documentos arqueológicos mais
significativos da área meridional
calaica, como evolução das
estátuas-estelas da Idade do
Bronze a que se associaram
elementos mediterrânicos e
célticos. Considerados quase
sempre como estátuas funerárias,
devem, antes, entender-se como
representação tutelares dos chefes
enquanto glorificação dos
antepassados.
www.csarmento.uminho.pt
Guerreiro de Santa Comba
Cabeceiras de Basto
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proveniência: Outeiro Lezenho; Boticas; Vila Real
Séc. I d. C.
Museu Nacional de Arqueologia
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Berrão
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Museu Nacional de Arqueologia
Lisboa
No Bronze final
encontram-se, no
Alentejo, estelas
funerárias:
a) grupo «alentejano»
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recorte em v, muito
discutido, Estremadura
Espanhola, alguns
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portugueses; 1100-700
a.C.)
a) b)
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Beja
c. 2500 anos
Tartesso, no Sul da Espanha. Localização enigmática, algures na bacia do Guadalquivir.
Os gregos e fenícios mantiveram contactos comerciais com Tartessus e estenderam-nos a
outras regiões da Península. A foz do Sado parece ter sido uma região de contatos
privilegiados, tal como Beja, Ourique, Sines ou Santiago do Cacém e Mértola.
Fernando García de Cortázar:
Atlas de Historia de España;
Barcelona; Planeta; 2005; p.37
As influências dos fenícios e gregos foram
demograficamente irrelevantes.
Exerceram influência a outros níveis: a roda
de oleiro, a metalurgia do ferro, novos
padrões, novos gostos,…
A cerâmica grega foi detetada em cerca de
10 estações arqueológicas em Portugal.
Cratera grega dos inícios
do séc. IV a. C., achada em
Alcácer do Sal.
M. N. Arqueologia
Lisboa
Bibliografia: A bibliografia sobre a arte castreja e a era dos metais
é vasta e muito dispersa. Pelos catálogos dos museus e pelas
revistas especializadas encontram-se muitos trabalhos de grande
interesse.
Recomenda-se a leitura dos seguintes capítulos de Jorge de Alarcão
(A arte do Bronze Final e da Idade do Ferro) e de Armando Coelho
Ferreira da Silva (Ourivesaria pré-romana no Norte de Portugal),
incluídos no primeiro volume da História da Arte em Portugal
(Lisboa; publicações Alfa; 1986), entre as páginas 56 e 73. Mila
Simões de Abreu escreve uma curtíssima nota no 1º volume da
História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa;
Círculo de Leitores; 1995; pp. 71 – 73).
Maria da Conceição Lopes redige igualmente uma excelente
síntese, no 1º vol. da colecção dirigida por Dalila Rodrigues («Arte
Portuguesa. Da Pré-História ao Século XX»; Lisboa; Fubu Editores;
2008; pp. 35-74).
Sobre a cerâmica grega, o destaque obrigatório é para o excelente
guia da exposição realizada em 2007 no Museu Nacional de
Arqueologia, sob a orientação científica da professora Maria Helena
Rocha Pereira: Vasos Gregos em Portugal - Aquém das Colunas de
Hércules.
A síntese que temos seguido, de Paulo Pereira, aborda o tema
entre as págs. 79 e 110.
Ver ainda o catálogo da exposição sobre a arte castreja no Norte de
Portugal, organizado pela Sociedade Martins Sarmento em 1999:
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F bronze final e ferro

  • 1. ARTE DO BRONZE FINAL E DA IDADE DO FERRO Torques de Vilas Boas Vila Flor MN Arqueologia; Lisboa
  • 2. Ao longo do 1º Milénio a.C., desenvolvem-se sociedades mais complexas e hierarquizadas. Surgem os primeiros Estados Bárbaros na Península Ibérica. A importação de peças artísticas do Mediterrâneo faz-se para simbolizar poder e posição social. Citânia de Sanfins Paços de Ferreira
  • 3.
  • 5. A cultura castreja do Noroeste Peninsular disseminou-se para outras regiões do Centro e Sul. No entanto, a sua origem e tradição é atlântica, apresentando afinidades com as regiões do arco atlântico. Castro de Baronha Corunha
  • 7. A arte castreja (IX a. C. – I d. C.) não atingiu proporções monumentais. Os maiores edifícios são termas para banhos de vapor, com pedras decoradas («Pedras Formosas»)
  • 8. A «Pedra Formosa» era a estela da antecâmara dos balneários.
  • 9. «Pedra Formosa» da citânia de Sanfins Dizem que alguns dos povos das margens do rio Douro vivem à maneira dos Lacónio (Esparta). Untam-se com óleo duas vezes (por dia) em lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas pelo fogo e (depois) banham-se em água fria. Estrabão, Geografia 3.3.6
  • 10. A decoração, feita em relevo e gravura, utilizava motivos geométricos típicos da cultura castreja: cordas, espinhas, círculos encadeados, tríscelos e tetráscelos, sinais espiralados, cruciformes e serpentiformes.
  • 12. No noroeste Peninsular, as influências fenícias e gregas foram ligeiras. Aqui, as influências indo-europeias são marcantes, sendo a ourivesaria a arte predominante, com uma extraordinária riqueza decorativa de pendor geometrizante. Tesouro de Baião (Séculos. VII-VI a.C.) Museu Nacional de Arqueologia Lisboa
  • 13. A ourivesaria castreja exibe uma mistura de estilos e tradições de procedência diversificada. Pulseira da Cantonha Guimarães_ Museu Nacional de Arqueologia Lisboa Lúnula e disco Cabeceiras de Basto Braga Museu Nacional de Arqueologia Lisboa
  • 14. Torques de Vilas Boas Vila Flor Bragança Museu Nacional de Arqueologia Lisboa É uma terra rica em frutos, gado, ouro, prata e muitos outros metais. Estrabão, Geografia 3.3.5
  • 15. Adaga em bronze Diadema em ouro Vila Nova de Cerveira Museu Nacional de Arqueologia Lisboa
  • 17.
  • 18. Arrecadas da Idade do Ferro Brinco actual
  • 19. Carro Sacrificial Paredes Museu da Sociedade Martins Sarmento Guimarães O carro votivo de bronze encontrado juntamente com um espeto em Vilela (Paredes), na área meridional do território da Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), com a figuração do sacrifício de um caprídeo, representará uma alegoria dos rituais indígenas ao seu Deus da Guerra, equivalente a Ares ou a Marte, conforme o texto de Estrabão. Esta cenarização, com a imolação da vítima por sacerdotes, guerreiros de um lado e mulheres oferentes do outro, poderá referenciar modelarmente uma organização hierárquica da sociedade castreja, tripartida e trifuncional, à maneira indo-europeia, em torno das ideias da soberania, força e fecundidade. www.csarmento.uminho.pt Comp.: 38,5 cm I milénio a. C
  • 20. Carro votivo de Baiões Nossa Senhora da Guia S. Pedro do Sul c. 700 a. C. Os carros votivos, com paralelo noutras regiões europeias sugerem cultos religiosos colectivos Strettweg; Aústria Séc. VII a. C.
  • 21. A estatuária de guerreiros castrejos constitui um dos documentos arqueológicos mais significativos da área meridional calaica, como evolução das estátuas-estelas da Idade do Bronze a que se associaram elementos mediterrânicos e célticos. Considerados quase sempre como estátuas funerárias, devem, antes, entender-se como representação tutelares dos chefes enquanto glorificação dos antepassados. www.csarmento.uminho.pt Guerreiro de Santa Comba Cabeceiras de Basto
  • 22. Estátua de guerreiro calaico proveniência: Outeiro Lezenho; Boticas; Vila Real Séc. I d. C. Museu Nacional de Arqueologia Lisboa
  • 23. Berrão Torre de Moncorvo; Bragança Séculos I-III d.C. Museu Nacional de Arqueologia Lisboa
  • 24. No Bronze final encontram-se, no Alentejo, estelas funerárias: a) grupo «alentejano» (motivo ancoriforme, principalmente no distrito de Beja, 1200- 900 a.C.) e b) «estremenhas» (motivo circular com recorte em v, muito discutido, Estremadura Espanhola, alguns exemplares portugueses; 1100-700 a.C.) a) b)
  • 27. Tartesso, no Sul da Espanha. Localização enigmática, algures na bacia do Guadalquivir. Os gregos e fenícios mantiveram contactos comerciais com Tartessus e estenderam-nos a outras regiões da Península. A foz do Sado parece ter sido uma região de contatos privilegiados, tal como Beja, Ourique, Sines ou Santiago do Cacém e Mértola. Fernando García de Cortázar: Atlas de Historia de España; Barcelona; Planeta; 2005; p.37
  • 28. As influências dos fenícios e gregos foram demograficamente irrelevantes. Exerceram influência a outros níveis: a roda de oleiro, a metalurgia do ferro, novos padrões, novos gostos,… A cerâmica grega foi detetada em cerca de 10 estações arqueológicas em Portugal. Cratera grega dos inícios do séc. IV a. C., achada em Alcácer do Sal. M. N. Arqueologia Lisboa
  • 29. Bibliografia: A bibliografia sobre a arte castreja e a era dos metais é vasta e muito dispersa. Pelos catálogos dos museus e pelas revistas especializadas encontram-se muitos trabalhos de grande interesse. Recomenda-se a leitura dos seguintes capítulos de Jorge de Alarcão (A arte do Bronze Final e da Idade do Ferro) e de Armando Coelho Ferreira da Silva (Ourivesaria pré-romana no Norte de Portugal), incluídos no primeiro volume da História da Arte em Portugal (Lisboa; publicações Alfa; 1986), entre as páginas 56 e 73. Mila Simões de Abreu escreve uma curtíssima nota no 1º volume da História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de Leitores; 1995; pp. 71 – 73). Maria da Conceição Lopes redige igualmente uma excelente síntese, no 1º vol. da colecção dirigida por Dalila Rodrigues («Arte Portuguesa. Da Pré-História ao Século XX»; Lisboa; Fubu Editores; 2008; pp. 35-74). Sobre a cerâmica grega, o destaque obrigatório é para o excelente guia da exposição realizada em 2007 no Museu Nacional de Arqueologia, sob a orientação científica da professora Maria Helena Rocha Pereira: Vasos Gregos em Portugal - Aquém das Colunas de Hércules. A síntese que temos seguido, de Paulo Pereira, aborda o tema entre as págs. 79 e 110. Ver ainda o catálogo da exposição sobre a arte castreja no Norte de Portugal, organizado pela Sociedade Martins Sarmento em 1999: http://www.csarmento.uminho.pt/docs/sms/exposicoes/Cat%C3% A1logoArteCastreja.pdf