1. O documento resume a vida e obra de Allan Kardec, codificador do Espiritismo. Itens como data de nascimento, local de nascimento, obras publicadas como O Livro dos Espíritos em 1857 são destacados.
2. Kardec aplicou o método científico na investigação dos fenômenos espíritas, com observação, comparação e análise sistemática dos fatos para chegar a conclusões. Isso fundamentou a doutrina espírita.
3. As principais doutrinas espíritas ensinadas por Kardec
2. Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail.
• O codificador.
• 03/10/1804 – 31/03/1869
• Lyon (França);
• Pesquisador, pedagogo,
• discípulo de Pestalozzi.
• Allan Kardec é pseudônimo.
• Diferenciação de suas
outras obras.
3. • “Dentre todos, no entanto, um deles avultava em
superioridade e beleza. Tiara rutilante brilhava-lhe na cabeça,
como que a aureolar-lhe de bênçãos o olhar magnânimo,
cheio de atração e doçura. [...]
• [...] Eis-te à frente do apóstolo da fé, que, sob a égide do
Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de
conhecimento...
• [...]
• Em 3 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação
renascia num abençoado lar de Lião, [...].
(XAVIER, Francisco Cândido. “Cartas e Crônicas. Cap.28, Ditadas
pelo Espírito Irmão X).
4. Deolindo Amorim, num de seus artigos, explica o espírito
científico de Kardec:
• Serenidade e equilíbrio: encarou os fatos mediúnicos, com
equilíbrio imperturbável, sem negar nem afirmar
aprioristicamente.
• Domínio próprio: a fim de não se entusiasmar com os primeiros
resultados.
• Cuidado na seleção das comunicações;
• Prudência nas declarações: para evitar a divulgação de fatos
ainda não de todo examinados e comprovados.
• Humildade: interessado na busca da verdade, antes e acima
de tudo.
• Flammarion o denominou: O Bom senso encarnado;
5. • Momento era propício e necessário;
• Manifestações em todo mundo;
6. • Colaboradores mediúnicos insuspeitos
• Análise rigorosa das comunicações
• Controle dos espíritos comunicantes
• Consenso universal
7. • No fato originador, ou seja, as mesas girantes,
identificou-se um princípio inteligente.
• Não era só fenômeno natural ou físico.
• Há razões provadas pelo processo científico que
asseguram legitimidade.
• Apesar das fraudes, o fenômeno é inegável.
8. O método adotado por Kardec na investigação e comprovação do fato
mediúnico é o experimental, aplicado às ciências positivas, fundamentado
na observação, comparação, análise sistemática e conclusão.
O Espiritismo procede exatamente como as ciências positivas, aplicando o
método experimental.
Surgem fatos
novos sem
explicação
conhecida.
Ele observa, compara,
analisa e, remontando
do efeito às causas,
chega à lei que os rege.
Por fim, deduz-lhe as
consequências e
busca as aplicações
úteis.
Kardec, em Obras Póstumas:
“Nunca elaborei teorias preconcebidas; observava
cuidadosamente, comparava, deduzia consequências; dos
efeitos, procurava remontar às causas, por dedução e pelo
encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida
uma explicação, senão quando resolvia todas as
dificuldades da questão.”
9. • Deus é único.
• Moisés
• a Bíblia.
• Necessidade de ordem.
• A ordem, o medo, as regras.
10. • Deus é amor.
• Jesus e as parábolas (O Evangelho).
• Necessidade de entendimento.
• Amor e caridade.
11. “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a
meu Pai e ele vos enviará um outro Consolador, afim de que
fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o
mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o
não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará
convosco e estará em vós. - Porém, o Consolador, que é o
Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos
tenho dito.” (São João, Cap. XIV, vv. 15-17, 26).
12. “O consolador é a onipresença de Jesus na Terra.
[...]
Em toda estrada transparecem festivais de sorrisos e chovem lágrimas
de aflição, mas o amor, com o Cristo-Jesus, recupera a poesia perdida
ao longo de nosso caminho, pois só ele transforma o miasma em
perfume, o incêndio em luz, o espinho em flor, o deserto em jardim e a
queda em ascensão.” (XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. da
obra “O Espírito da Verdade”. Pelo Espírito de Manuel Quintão. 22 - A
poesia perdida).
13. • O conhecimento.
• A fé raciocinada.
• As causas e consequências.
• Trabalho e progresso.
15. “Allan Kardec renasceu [...] com a sagrada missão
de abrir caminho ao Espiritismo, a grande voz do
Consolador Prometido ao mundo pela
misericórdia de Jesus Cristo.”
(XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz.
Ditado pelo Espírito de Emmanuel. Cap. 22).
16. Allan Kardec, sendo adepto do magnetismo, tinha um amigo, que era
magnetizador, o Sr. Fortier. Este freqüentava as sessões em que as mesas
giravam. O Sr. Fortier lhe disse um dia: “Eis aqui uma coisa que é bem mais
extraordinária: não somente se faz girar uma mesa, magnetizando-a, mas
também se pode fazê-la falar. Interroga-se, e ela responde.”
Kardec passou a estudar o fenômeno até a publicação de O Livro dos
Espíritos, 18 de abril de 1857.
17. Galeria d'Orléans, dentro do Palais-Royal, Paris, de onde,
em 18 de abril de 1857, o codificador espírita apresentou ao
público a primeira edição de O Livro dos Espíritos.
18. "Este livro é o resultado de um
trabalho coletivo e conjugado entre o
Céu e a Terra.”
19. • As palavras espiritual, espiritualista,
espiritualismo têm uma significação bem
definida. Espiritualismo é o oposto do
materialismo.
• Por isso, foi criado o termo Espiritismo.
• Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por
princípio as relações do mundo material com os
Espíritos.
20. “Uma ciência que trata da natureza,
origem e destino dos espíritos, bem
como de suas relações com o mundo
corporal.”
• No prólogo de “O Que é o Espiritismo”, Allan Kardec define
o Espiritismo como sendo:
• (KARDEC, Allan. O que é o
Espiritismo. - Preâmbulo).
21. Contendo os Princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos
Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da
humanidade.
Introdução ao Estudo da
Doutrina Espírita
Prolegômenos (preâmbulos);
Prolegômenos (preâmbulos) - Noções preliminares necessárias à
compreensão do livro. Noções ou princípios básicos para o estudo
do livro.
Livro Primeiro: As Causas Primárias – Cap. I ao IV
Onde estão inseridas as questões sobre Deus e os elementos
gerais do universo: espírito e matéria.
Livro Segundo: Mundo Espírita ou dos Espíritos – Cap. I ao XI
Os conceitos fundamentais acerca do princípio inteligente –
Espírito – são examinados: a origem e natureza dos Espíritos, sua
forma e ubiquidade; o perispírito; as diferentes ordens de
Espíritos; a progressão dos Espíritos; a encarnação e reencarnação
dos Espíritos; a vida espírita; a emancipação da alma; a
intervenção dos Espíritos no mundo corporal.
Livro Terceiro: As Leis Morais – Cap. I ao XII
As Leis Morais regulam a conduta dos Espíritos. As leis físicas
regulam o mundo material.
Livro Quarto: Esperanças e Consolações – Cap. I e II
Penas e gozos terrenos;
Penas e gozos futuros;
Conclusão
22. Quem sou?
(LE, 2a. Parte)
O que sinto?
(LE, 1a. Parte)
De onde vim?
(LE, 3a. Parte)
Por quê sofro?
(LE, 4a. Parte)
Para onde vou?
(18 de abril
de 1857)
(janeiro - 1861)
(abril - 1864)
(janeiro - 1868)
(agosto - 1865)
(1859)
(1890)
23. • O Livro dos Espíritos (18 de abril de 1857);
• O Livro dos Médiuns (janeiro - 1861);
• O Evangelho Segundo o Espiritismo (abril - 1864);
• O Céu e o Inferno (agosto - 1865);
• A Gênese (janeiro - 1868).
• O que é o Espiritismo (1859);
• O Espiritismo em sua Expressão mais Simples (1862);
• Viagem Espírita (1862);
• Obras Póstumas (1.ª edição - 1890); Após o desencarne de Kardec em 31 de março de
1869 com 64 anos, foi publicado o livro Obras Póstumas, em 1890.
• Revista Espírita, periódico mensal (1.ª edição - 1.º de janeiro de 1858).
24. “O propósito essencial do Espiritismo é a melhoria dos homens.” (Allan Kardec).
“A finalidade divina do Espiritismo é a iluminação dos sentimentos, na sagrada
melhoria das características morais do homem.” (XAVIER, Francisco Cândido. O
Consolador. Ditado pelo espírito Emmanuel. 23a. edição, 1940, p.23).
“O Espiritismo marca uma nova era para a Humanidade.” (Federação Espírita
Brasileira - FEB).
Deus, inteligência suprema causa primeira de todas as coisas.
Jesus, o guia e modelo.
Kardec, a base fundamental.
As Três Revelações:
Moisés: Os 10 Mandamentos;
Jesus: O caminho, a verdade e a vida;
Kardec e o Espiritismo: O consolador prometido.
25. 1) Existência de Deus;
2) Imortalidade da alma;
3) Comunicabilidade dos espíritos -
Mediunidade;
4) Pluralidade das existências -
Reencarnação;
5) Pluralidade dos mundos habitados;
26. 1. Que é Deus? “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”
23. Que é o Espírito? “O princípio inteligente do Universo.”
134. Que é a alma? “Um Espírito encarnado.”
30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos? “De um só elemento
primitivo. [...].
167. Qual o fim objetivado com a reencarnação? “Expiação, melhoramento
progressivo da Humanidade. Sem isto, onde estaria a justiça?”
621. Onde está escrita a lei de Deus? “Na consciência.”
625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de
guia e modelo? “Jesus.”
459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? “Muito mais do
que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”
785. Qual o maior obstáculo ao progresso? “O orgulho e o egoísmo.[...].
919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e
de resistir à atração do mal? “Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti
mesmo.”
27. Caridade: benevolência para com todos, indulgência para imperfeições dos outros,
perdão das ofensas. (KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. Questão 886).
Caridade
Q.886. Qual o verdadeiro sentido da palavra
caridade, como a entendia Jesus?
• benevolência para com todos,
• indulgência para imperfeições dos outros,
• perdão das ofensas.
29. A Ciência e a Filosofia fazem com que cresçamos
intelectualmente, somente a Religião cultiva-nos o coração,
para que nele viaje o sentimento.
• Com a Ciência procuramos;
• Com a Filosofia pensamos;
• Com a Religião sentimos.
o Desperta a imortalidade da alma;
o Liberta a consciência humana;
o Revela a evolução dos seres;
o Explicação racional do Evangelho de Jesus.
“Espiritismo - Religião cósmica do amor e da sabedoria.”
(Chico Xavier e Emmanuel).
30. Perguntaram a Kardec: - De que maneira o Espiritismo tem feito
bem as pessoas?
• Impediu inúmeros suicídios;
• Restabeleceu a Paz e a Concórdia em várias famílias;
• Tornou mansos e pacientes os homens violentos e coléricos;
• Deu resignação para aqueles que faltava;
• Reconduziu a Deus os que o desconheciam, destruindo-lhes as
idéias materialistas, verdadeira chaga social que aniquila a
responsabilidade moral do homem;
• Conduz os homens a se amarem como irmãos.
31. • Fomos criados puros e ignorantes;
• Nascemos, morremos e nascemos de
novo;
• Teremos todas as chances de evoluir
quantas vidas forem necessárias;
• O acelerador é o amor;
• O breque é o egoísmo;
• Temos que evoluir moral e
intelectualmente;
• A moral é a moral Cristã;
• Somos eternos – esperança, justiça;
“(...) estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e,
seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o
Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade
da sua própria divulgação.” (XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA,
Waldo. Estude e Viva. Ditado pelo Espírito de Emmanuel. “Socorro
Oportuno”).
32. “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua
transformação moral, e pelos esforços que emprega
para domar suas más inclinações.”
(KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo.
CAP. XVII, Item 4).
33.
34. “Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la,
proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede
realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira
prova.” (KARDEC. Allan. O Livro dos Espíritos. Questão 171).
“Com perseverança é que chegarás a colher os frutos de teus trabalhos. O prazer que
experimentarás, vendo a doutrina propagar-se e bem compreendida, será uma
recompensa, cujo valor integral conhecerás, talvez mais no futuro do que no presente.”
(KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos - Prolegômenos).
35. Nós vamos enterrar os corpos, mas não sepultaremos os Espíritos, pois o
Espírito continua vivo, após a morte.
Vamos enterrar as mãos, mas não sepultaremos suas obras.
Vamos enterrar os pés, mas não sepultaremos seus passos.
Vamos enterrar as bocas, mas não sepultaremos as palavras que foram ditas.
Vamos enterrar os cérebros, mas suas ideias não podem ser sepultadas.
Vamos enterrar os corações, mas seus sentimentos ninguém conseguirá
sepultar.
Assim sendo, este não é um momento de dizer um adeus definitivo, mas de
dizer “até breve”, pois iremos encontrá-los na outra vida.
Redação do Momento Espírita.
Em 01-02-2013.
Notas do Editor
Merecedor de confiança; fidedigno.
Com este livro surgiu no mundo o Espiritismo.
Sua primeira edição foi lançada a 18 de abril de 1857, em Paris, pelo editor E. Dentu, estabelecido no Falais Royal, Galérie d’0rléans, 13. Três novidades, à maneira das tríades druídicas, apareciam com este livro: a Doutrina Espírita, a palavra Espiritismo, que a designava; e o nome Allan Kardec, que provinha do passado celta das Gálias.
A primeira novidade era apresentada como antiga, em virtude de representar a eterna realidade espiritual, servindo de fundamento a todas as religiões de todos os tempos: a Doutrina Espírita. Era, entretanto, a primeira vez que aparecia na sua inteireza, graças à revelação do Espírito de Verdade prometida pelo Cristo. A segunda, a palavra Espiritismo, era um neologismo criado por Kardec e desde aquele momento integrado na língua francesa e nos demais idiomas do mundo. A terceira representava a ressurreição do nome de um sacerdote druida desconhecido.
A maneira por que o livro fora escrito era também inteiramente nova. O Prof. Denizard Hippolyte Léon Rivail fizera as perguntas que eram respondidas pelos Espíritos, sob a direção do Espírito de Verdade, através das cestinhas-de-bico. Psicografia indireta. Os médiuns, duas meninas, Caroline Baudin, de 16 anos, e Julie Baudin, de 14, colocavam as mãos nas bordas da cesta e o lápis (o bico) escrevia numa lousa. Pelo mesmo processo, o livro foi revisado pelo Espírito de Verdade, através de outra menina, a Srtª Japhet. Outros médiuns foram posteriormente consultados e Kardec informa, em Obras Póstumas: “Foi dessa maneira que mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho”.
Este livro é, portanto, o resultado de um trabalho coletivo e conjugado entre o Céu e a Terra. O Prof. Denizard não o publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se preparava ativamente para a missão espírita. O nome obscuro suplantou o nome ilustre, pois representava, na Terra, a Falange do Consolador. Esta falange se constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade e dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente.
A 16 de março de 1860, foi publicada a segunda edição deste livro, inteiramente revisto, reestruturado e aumentado por Kardec, sob orientação do Espírito de Verdade, que, desde a elaboração da primeira edição, já o avisara de que nem tudo podia ser feito naquela. Assim, a primeira edição foi o primeiro impacto da Doutrina Espírita no mundo, preparando ambiente para a segunda que a completaria. Toda a Doutrina está contida neste livro, de forma sintética, e foi posteriormente desenvolvida nos demais volumes da Codificação.
Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular, este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo cm novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética, e estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual. Um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação.
José Herculano Pires
Existência de Deus - É a origem e o fim de tudo. Deus é a suprema perfeição. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. É o criador do Universo. “Deus é a inteligência Suprema causa primária de todas as coisas” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questão 1);
Imortalidade da alma - preexistência e sobrevivência do Espírito. Somos todos espíritos criados por Deus como princípio inteligente do universo;
Reencarnação - Pluralidade das existências - fomos criados para evoluir usando o livre arbítrio. O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações. “Não te maravilhes de te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.” (João, 3:7).
Evolução - Progresso. Experiências adquiridas ao longo das reencarnações.
Comunicabilidade dos espíritos - Mediunidade.
Moral Espírita - Moral de Cristo contida no Evangelho de Jesus. - Amor ao próximo. É o roteiro para a evolução segura de todos os homens. Jesus como guia e modelo da humanidade. O Evangelho como fundamento moral da Doutrina.
Pluralidade dos mundos habitados - existência de vidas nos diferente orbes do universo. “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.” (João, 14:1-2).
Não sepultamos o Espírito
Alguns dias após a tragédia ocorrida em Nova Iorque, em 11de setembro de 2001, que abalou o mundo inteiro e, de forma especial, os norteamericanos, o número de mortos já somava milhares.
As pessoas, inconformadas pela separação brusca dos entes queridos que foram arrebatados do corpo de forma violenta, eram tomadas pelo desespero.
Após uma cerimônia simples, dezenas de bombeiros foram sepultados.
Aqueles homens morreram no cumprimento do dever. Morreram tentando apagar as labaredas que devoravam os dois edifícios e também socorrendo os feridos mais graves.
Agora eles também se despediam do palco terreno, encerrando definitivamente o expediente no corpo físico.
O capelão do Corpo de Bombeiros proferia algumas palavras de consolo aos familiares dos falecidos.
De forma serena, expressava profunda fé na vida eterna.
Dizia ele aos seus ouvintes:
Logo mais estes corpos serão enterrados...
Nós vamos enterrar os corpos, mas não sepultaremos os Espíritos, pois o Espírito continua vivo, após a morte.
Vamos enterrar as mãos, mas não sepultaremos suas obras.
Vamos enterrar os pés, mas não sepultaremos seus passos.
Vamos enterrar as bocas, mas não sepultaremos as palavras que foram ditas.
Vamos enterrar os cérebros, mas suas ideias não podem ser sepultadas.
Vamos enterrar os corações, mas seus sentimentos ninguém conseguirá sepultar.
Assim sendo, este não é um momento de dizer um adeus definitivo, mas de dizer “até breve”, pois iremos encontrá-los na outra vida.
* * *
O capelão, como todo cristão, sabe que não se pode sepultar o Espírito, pois o Espírito é imortal.
Todo cristão sabe que só corpos podem ser destruídos, porque o Espírito é indestrutível.
Todo cristão tem certeza de que a vida não acaba com a morte, pois é eterna, conforme ensinou e demonstrou o Mestre de Nazaré.
Vitor Hugo, poeta e romancista francês que viveu no século passado, falou da Imortalidade da alma dizendo: De cada vez que morremos ganhamos mais vida.
As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhantes. Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou.
Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: “Meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou. Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte.”
O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente.
As palavras do capelão e o depoimento de Victor Hugo demonstram que a Imortalidade e a individualidade da alma, bem como sua consequente evolução infinita, é uma necessidade lógica para todos aqueles que acreditam num Deus sábio e justo.
* * *
É natural que se lamente o sofrimento daqueles familiares que choram a morte dos seus e que rogue a Deus para que os fortaleça nessa hora amarga.
Todavia, pensemos um pouco naqueles que promovem o terrorismo e com ele tanta desgraça.
Lembremos que esses são merecedores da nossa mais profunda compaixão, pois são loucos que não sabem o que fazem.
Aqueles que perderam o corpo no desastre resgataram algum débito pendente com as Leis Divinas e se libertaram, mas os terroristas estão se endividando desastrosamente.
Quem, nesse caso, é mais necessitado de preces?
Pense nisso, e não se esqueça de rogar a Deus por eles também!
Redação do Momento Espírita.
Em 1.2.2013.