As três frases resumem os principais pontos do documento:
1. O documento descreve a jornada de uma mulher que visita os doentes e necessitados em sua comunidade, levando doações e conforto sem esperar reconhecimento.
2. Ela ensina sua filha a praticar a caridade de forma humilde, ajudando os outros com seu próprio esforço em vez de apenas distribuir doações.
3. O texto argumenta que todos devem estar atentos aos "infortúnios ocultos" ao seu redor e ajudar os necessitados discret
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
Evangeliza - Infortúnios Ocultos
1. (KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Cap. XIII, item 4).
2. Nas grandes calamidades, a caridade se manifesta, e veem-se generosos
impulsos para reparar os desastres; mas, ao lado desses desastres gerais, há
milhares de desastres particulares que passam despercebidos, de pessoas que
jazem sobre um catre sem se lamentarem. São a esses infortúnios discretos e
ocultos que a verdadeira generosidade sabe ir descobrir, sem esperar que eles
venham pedir assistência.
3. Quem é esta mulher de ar distinto, vestida de maneira simples mas cuidada, seguida de uma
jovem vestida também modestamente? Entra numa casa de sórdida aparência, onde é conhecida,
sem duvida, porque, à porta, a saúdam com respeito. Onde vai ela? Sobe até a mansarda: lá
mora uma mãe de família cercada de filhos pequenos; à sua chegada, a alegria brilha nesses
semblantes emagrecidos; é que ela vem acalmar todas essas dores; trás o necessário, temperado
com doces e consoladoras palavras, que fazem aceitar o beneficio sem corar, porque esses
infortunados não são mendigos profissionais; o pai está no hospital e, durante esse tempo, a mãe
não pode bastar às necessidades. Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem o frio, nem a
fome; irão à escola agasalhadas e o seio da mãe não secará para as criancinhas. Se há um doente
entre eles, nenhum, cuidado material a repugnará.[...]
4. [...] De lá, ela se dirige ao hospital, para levar ao pai algum consolo e tranquilizá-lo sobre a sorte
da família. No canto da rua a espera uma viatura, verdadeira loja de tudo o que leva aos seus
protegidos, que visita assim sucessivamente; não lhes pergunta nem sua crença, nem sua opinião,
porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Terminada a excursão, ela se diz:
Comecei bem o meu dia. Qual é seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe; para os infelizes, é um
nome que não revela nada; mas é o anjo de consolação; e, à noite, uma sinfonia de bênçãos se
eleva para ela até o Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.
5. Por que ela se veste de maneira tão simples? É que não quer insultar a miséria com o seu luxo. Por
que se faz acompanhar da filha adolescente? É para ensinar-lhe como se deve praticar a
benevolência. A filha também quer fazer a caridade, mas sua mãe lhe diz: “Que podes dar, minha
criança, uma vez que nada tens de ti? Se eu te entregar alguma coisa para passá-la aos outros, que
mérito terás? Em realidade, eu é que farei a caridade, e tu que dela terás o mérito; isso não é justo.
Quando vamos visitar os enfermos, tu me ajudas a cuidar deles; ora, dar cuidados é dar alguma
coisa. Isso não parece bastante? Nada é mais simples; aprende a fazer obras uteis, e tu
confeccionarás roupinhas para essas criancinhas; deste modo, darás alguma coisa vinda de ti”. É
assim que essa mãe, verdadeiramente cristã, forma sua filha na pratica das virtudes ensinadas pelo
Cristo. É espírita? Que importa!
No seu lar, é a mulher do mundo, porque a sua
posição o exige; mas ignora-se o que ela faz, porque
não quer outra aprovação senão a de Deus e da
sua consciência. Um dia, porém, uma circunstância
imprevista conduziu até ela uma das suas
protegidas, que lhe produzia obras; esta a
reconheceu e quis abençoar a sua benfeitora:
“Silencio! Disse-lhe; não o digas a ninguém”. Assim
falava Jesus. (KARDEC, Allan. O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Cap. XIII, item 4).
6. Nas grandes calamidades, a caridade se manifesta:
• Comoção coletiva;
• Grande visibilidade da solidariedade;
• Fomenta a esperança;
(**) Há colaboradores e aproveitadores
7. • Humildade;
• Ausência de preconceito;
• Doa com respeito e consideração, sem vaidade;
• “Procura” oportunidades de auxílio;
• Não espera retribuição/reconhecimento (Lucas, 14:12-14);
• Dá de si mesma;
• Estimula ao bem pelo exemplo;
8. “Todos os seres são de essência divina,
porque procedentes do Psiquismo
Criador, que estabelece o processo de
evolução mediante as experiências
infinitas do progresso incessante.
Como consequência, torna-se imperiosa
a necessidade de cada qual desenvolver
os sentimentos que se aprimoram,
superando os atavismos que
remanescem das experiências anteriores,
ainda predominantes em sua natureza.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o
Evangelho à Luz da Psicologia
Profunda. Cap. 17).
9. “Das penosas conjunturas do começo até aos momentos de sublimação, etapas se
sucedem ricas de possibilidades que, aproveitadas apressam o desabrochar dos
valores adormecidos, encarregados de ampliar-se no rumo das estrelas.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
“Na planta, a inteligência fica adormecida; no animal, ela sonha; apenas no
homem ela acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente.” (DENIS, Leon. O
Problema do Ser, do Destino e da Dor).
10. “Para esse logro, o trabalho é árduo e
gratificante, porque à medida que se libera de
cada impositivo, torna-se mais factível vencer o
próximo, ensejando-se mais amplos recursos de
iluminação interior.
[...]
O Cristo histórico, neste contexto, cede lugar ao
Jesus-Homem, mergulhado na turbamulta e
entre os caprichos da mole humana,
mantendo-se em neutralidade total, não
obstante tomado de profunda compaixão por
aqueles que O não entendiam e se
engalfinhavam nas lutas ridículas das disputas
transitórias pela conquista de migalhas,
ouropéis, metais das entranhas da Terra, que
passaram a adquirir valor relativo...”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho
à Luz da Psicologia Profunda. Cap. 17).
11. “Aquele Jesus das teologias igrejistas, embora compadecido das multidões
parecia distante dos seus sentimentos, procurando a sua comunhão com Deus,
longe dos tormentos das massas, que se apresentavam necessitadas desse
processo depurador.” (FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da
Psicologia Profunda. Cap. 17).
12. “Colocado como redentor, liberador de culpas, também estava isento de
qualquer tentação, de qualquer condição de humanidade, inalcançável pelos
fenômenos do mundo, portanto, de certo modo, também, impossível de ser
imitado, acompanhado, inacessível...”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
13. “Na proposta da psicologia profunda que humaniza o Vencedor de si mesmo,
que triunfou sobre as conjunturas em que se encontrava graças aos valores
conquistados, tornava-se companheiro do infortúnio por conhecer a sua origem
e as contingências perigosas para o processo de evolução, ao mesmo tempo
oferecendo recurso terapêutico para as mazelas morais e espirituais daqueles
que as padeciam.
Instava com os infelizes, mesclava-se com eles, mas não se tornava um deles,
porque a gema preciosa, mesmo no pântano, quando o Sol a alcança mantém
o seu brilho.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
14. “Jesus é o diamante que se tornou estelar, mantendo o brilho interior, sem
permitir-se ofuscar as débeis claridades individuais, no entanto, clareando as
consciências e amando-as.
Todo o Seu é um ministério de esperança e de amor, de compaixão e de auxílio,
movimentado pela ação do Bem, único recurso para minimizar ou anular as
ocorrências dos infortúnios ocultos.
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
15. “Conhecendo cada pessoa que dEle se acercava, graças à capacidade de
penetrar o insondável do coração e da mente, sem humilhar ou jactar-se,
conseguia oferecer combustível de amor para a transformação interior que se
deveria operar, e quando essa não ocorria, assim mesmo estimulava ao seu
prosseguimento, pois que um dia seria alcançada...
A Sua divindade estava na essência interior d'Ele mesmo - assim como se
encontra em todos nós — mas, sobretudo, na forma de viver a Mensagem, que
expressa o amor inefável de Deus pelas Suas criaturas.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
16. “Fossem conforme se apresentassem as calamidades físicas, morais, políticas,
econômicas, os infortúnios de qualquer expressão, Ele se utilizava da caridade
misericordiosa, entendendo a angústia e a aflição, procurando remediar, quando
não as devesse eliminar, porque delas poderiam resultar abençoados frutos para
o porvir de cada qual.
Quantos desastres ocultos, quantos desalinhos que não chegavam a ser
conhecidos, porém foram identificados pela sua superior qualidade espiritual.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
17. “Silenciosa ou verbalmente contribuía
para que tudo se resolvesse, sem impedir
que o paciente ou a vítima oferecesse sua
contribuição de esforço e sacrifício, a fim
de crescer e aprender a construir o bem
em si mesmo, sem permitir-se elogios,
gratidões ou aplausos, que sempre os
desconsiderou.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o
Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
Simão, o cireneu, é o testemunho da
solidariedade que o mundo nos solicita até
hoje:
“E, quando o iam levando, tomaram um
certo Simão, cireneu, que vinha do campo,
e puseram-lhe a cruz às costas, para que a
levasse após Jesus.” (Lucas, 23:26).
18. “Arrancando as pústulas em decomposição
orgânica, por intermédio da renovação
celular, propunha a profunda mudança de
atitude mental e moral do paciente, para
que os campos vibratórios modeladores da
forma mantivessem o ritmo do equilíbrio
para a preservação da harmonia dos
orgãos. Igualmente induzia ao respeito pelo
que estava estabelecido, de modo que
educasse o indivíduo para viver
dignamente no grupamento social em que
se encontrava.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o
Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
19. “O Seu lado humano exigia que a comunidade vivesse em equilíbrio emocional
vinculada aos seus estatutos legais.
A caridade não arrosta consequências da insubordinação, do desrespeito, da
agressão ao status quo, antes ilumina-o, contribui para a sua renovação
incessante, por ser semelhante à luz que dilui trevas sem alarde nem violência.
Ninguém se pode escusar de atender aos infortúnios ocultos, conforme Ele o fez.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
20. “Os infortúnios ocultos encontram-se em todos os seres humanos, sem qualquer
exceção. Dissimulados, escondidos, ignorados eles são as presenças-apelos da
vida para o crescimento interior, ao esforço para alcançar os patamares da paz
e da alegria perfeita. Sem o seu concurso todos se contentariam com as
paisagens menos belas da névoa carnal, não aspirando ascensão nem
imortalidade!”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
21. “A humanidade de Jesus está muito bem-delineada na parábola do bom
samaritano, exemplo máximo de solidariedade, de elevação de sentimentos, de
caridade... como Ele próprio o fazia.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
22. “ O homem moderno necessita ouvir Jesus com os olhos. Sentir os exemplos que
ressumam da Sua história e que estão ressuscitados em seus seguidores, que
procuram fazer conforme Ele realizava na direção do alvo essencial, que é a
libertação das paixões constritoras que remanescem no egotismo da natureza
animal, transformando-se em realidade espiritual.”
(FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda.
Cap. 17).
23. Senhor,
quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessita de comida;
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água;
Quando tiver frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo;
Quando minha cruz parecer pesada, dai-me compartilhar a cruz do outro;
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos;
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém;
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite
da minha;
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de
atender;
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com
fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor
compassivo, a paz e a alegria.
24. O autor Leo Buscaglia foi certa vez convidado a ser jurado de um
concurso numa escola, cujo tema era: “a criança que mais se
preocupa com os outros”.
O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de
oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu
quintal, em lágrimas, garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo,
e ali ficou por muito tempo.
Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera
ao pobre homem.
- Nada – disse o menino. – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso
deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar.
(COELHO, Paulo. Histórias para os pais, filhos, e netos - Volume 1).
A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos
profundos.
25. Caridade: benevolência para com todos, indulgência para imperfeições dos outros,
perdão das ofensas. (KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. Questão 886).
Caridade
Q.886. Qual o verdadeiro sentido da palavra
caridade, como a entendia Jesus?
• benevolência para com todos,
• indulgência para imperfeições dos outros,
• perdão das ofensas.
26. • Boa vontade para com alguém; disposição bondosa de promover
a felicidade e prazer na prática de boas ações; Se exprime na
boa vontade e na disposição para praticar o Bem; Trabalho em
favor do semelhante;
• Que é clemência e misericórdia para com as imperfeições alheias;
Solidariedade em face das limitações e fraquezas do próximo,
evitando discriminá-lo;
• que é o ato de desculpar ofensas; tolerância, disposição para
desculpar. Esquecimento do mal que se tenha sofrido de alguém,
num ato de tolerância esclarecida que se exprime na
compreensão.
Notas do Editor
E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado.
Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos,
E serás bem-aventurado, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos".
Lucas 14:12-14